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Texto_-_David_Easton_-_Uma_teoria_de_analise_politica

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BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS SOCIAIS BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

D A

D A V I D V I D E A S T O NE A S T O N  da

 da UniversidadeUniversidade dede ChicagoChicago

ii ::

UMA TEORIA

UMA TEORIA

DE ANÁLISE POLÍTICA

DE ANÁLISE POLÍTICA

Tradução de Tradução de GILBERTO VELHO GILBERTO VELHO •• ZAHAR EDITORES ZAHAR EDITORES RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO FILOSOFIA -UFRGS FILOSOFIA -UFRGS

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V I I

O Sistema Político sob Pressão

COMO PODEMOS detectar a maneira pela qual os distúrbios afetam o funcion amento de um sistema? A pesquisa política tem tendido a ignorar esse problema ou pressupõe que não exis te nenhum problema especial em ligar os acontecimentos do meio ambiente com as estruturas e processos do sistema políti

co. Para nós será proveitoso considerar problemático o que pode normalmente ser considerado óbvio. Na verdade, desco

briremos que o próprio método que consideramos útil para

assinalar o impacto dos distúrbios em um sistema político vai também fornecer-nos indicadores de pressão vitais e teórica mente utilizáveis.

A COMUNICAÇÃO DE DISTÚRBIOS AO SISTEMA POLÍTICO   Distúrbios no Meio Ambiente Devidos à Mudança

Começarei de uma forma relativamente simples. Estamos procurando compreender como qualquer sistema político con segue persistir. Pressupomos que ele é sujeito a diversas in fluências vindas do meio ambiente ou devidas a coisas que acon tecem dentro de um sistema político. Já as designamos como distúrbios: Uma coisa é reconhecer em termos genéricos que um sistema pode estar sujeito a tais influências; outra coisa é es tabelecer categorias de análise que nos permitirão enfrentar os complexos problemas envolvidos na sua transmissão ao sistema político.

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144. UM A TEORIA DE ANÁLISE POLÍTIC A

Devido à magnitude da tarefa, momentâneamente, negli genciarei os distúrbios internos ao sistema e considerarei ape nas os do meio ambiente especialmente a parte intra-social. É legítimo fazer isso porque teóricamente o problema de enfren tar distúrbios internos e externos tem um status semelhante e

logo não exige instrumentos analíticos especiais.

Começarei por pressupor, para propósito de ilustração, que os sistemas do meio ambiente estão eles próprios sofrendo mu dança considerável. Como ligaremos essas mudanças com as suas consequências para um sistema político?

Por exemplo, tornou-se um lugar-comum enfatizar os gran des problemas com que se confrontam as sociedades anterior mente tradicionais, resultantes de seu lento contato durante séculos com as civilizações industriais e a súbita e crescente in tensidade dos contatos dos dias atuais. Isso levou, através do cruzamento complexo de influências, à emergência, em número sem precedentes, de novas unidades nacionais; à redistribuição de populações em centros urbanos tensos e superpovoados; ao crescimento de uma elite educada dentro dos ideais da civiliza ção ocidental; à lenta penetração dessas ideias nas numerosas po pulações indígenas; e à implantação de uma nova escala de valo res associada ao desaparecimento de uma economia de subsis tência e ao desenvolvimento de uma economia monetária. Essa economia monetária, a mobilidade das pessoas, novos ideais e objetivos para o indivíduo e para as coletividades encorajaram a importação e adoção de novas técnicas. Estas tornaram-se essen ciais tanto para fortificar o crescente complexo industrial que pode demorar a formar-se, como para mobilizar os membros da sociedade na procura das ambições e possibilidades recém-desco-bertas. A mudança significou um despertar não tão lento para a importância do comportamento organizado através de sindi catos, partidos políticos e grupos tribais ou étnicos. Isso é ne cessário, assim como a adoção de estruturas burocráticas racio nalmente orientadas para o cumprimento dos objetivos econó micos e políticos.

Todas as mudanças sociais mencionadas têm tido e podem vir a ter efeitos decisivos na forma de funcionamento de um sistema político. Em muitos casos, em relação às nações em

O SISTEMA POLITICO SOB PRESSÃO 14 5

desenvolvimento especialmente na África, causaram tal pressão nos sistemas políticos indígenas que esses sistemas foram inca pazes de enfrentar os distúrbios. Os velhos sistemas tribais, já de alguma forma atrofiados com as diferentes políticas coloniais, estão simplesmente desaparecendo embora com lentidão . Quase não há dúvida de que na maioria dos casos serão completamente absorvidos em sistemas regulares definidos territorialmente e organizados burocraticamente,

Se quisesemos ligar essas mudanças no meio ambiente de um sistema na economia , na cultura e na estrutura social

-ao destino do sistema político envolvido, poderíamos enumerar os varios elementos que estão mudando no meio ambiente, Po deríamos ligá-los em uma basead hoc aos resultados que parecem ocasionar nas estruturas e processos dos sistemas políticos rele vantes. Dependendo dos nossos interesses, poderíamos escrever livros que mostrassem como a mudança e o desenvolvimento, em nações antigas ou novas, levaram à emergência de partidos, de legislaturas, novos padrões de recrutamento político, novos tipos de motivações políticas, formas especiais de grupos de interesse, tipos de participação e envolvimento políticos diferentes dos que conhecemos no Ocidente e novos métodos de liderança e controle político. Mas, no final, ainda teríamos a necessidade de ordenar todo este material descritivo e teorias parciais ou as chamadas teorias de grupos de interesse, de partido, de persona lidade, ou mudança de estrutura política em áreas em desenvol vimento que podem ter surgido. Pelo menos, precisaríamos de uma ordem que derivasse de algo mais do que o fato de que as investigações lidam com o que todos os observadores concorda riam ser importantes transformações da vida política atribuíveis a condições de mudança no meio ambiente.

Poderíamos desejar dar alguma ordem teórica aos dados, postulando algumas necessidades funcionais, a possibilidade de substituir estruturas e a comparação de estruturas diferentes pa ra o preenchimento de funções constantes. Por mais que tal abor dagem possa ser cientificamente válida, já demonstrou ser na melhor das hipóteses trivial em termos teóricos.1 Na pior,

en-1 K. Davis, "The Myth of Functional Analysis".

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146 UM A TEORIA DE ANÁLISE POLÍTIC A

volve o pesquisador em um interminável e gigantesco jogo de números: cada investigador é encorajado a estabelecer seu pró prio número favorito de funções não-variáveis e não existe uma forma satisfatória de selecionar entre as alternativas.2

Na medida em que exista alguma validade nessa aborda gem, ela vai derivar do fato de que esclarece o que está na base de toda pesquisa científica. Qualquer investigação postula al guns tipos de funções, embora o termo exato possa não ser e nem precise ser usado. Por esse motivo, a identificação explícita de função não indica a presença de alguma teoria especial. Reflete apenas uma atitude científica que, sem dúvida, deve ser encora   jada. Indica também um ponto de partida para a construção teó

rica. Parar aí e simplesmente comparar estruturas alternativas é deixar-nos em suspense esperando alguma teoria.

Mesmo para começar a desenvolver a investigação,. teórica e necessário ir bem mais além do relacionamento das diferentes estruturas com as funções. A ordem que a análise funcionai, pe lo menos como tem sido vagamente esboçado em ciência políti ca, deseja trazer à pesquisa comparada ainda deixa inteiramente intocados os problemas básicos de construção teórica e poderia até causar malefício se fosse utilizada como uma substituta fácil da teoria. Não oferece, no mínimo, uma forma de ordenar os dados segundo um corpo de conceitos coerentes e consistentes, diferentes dos chamados termos funcionais que são e precisam ser comuns a toda investigação científica. Além dessas conside

rações mais gerais, a chamada abordagem funcional ainda nos . deixa lutando por uma maneira de estabelecer sistematicamente as relações entre mudanças no meio ambiente e respostas dentro dos sistemas políticos.

  A Estabilidade como um Tipo Especial de Mudança

Mesmo se abandonarmos a pressuposição de que está haven do mudança no meio ambiente e nos voltarmos para sistemas cujos meios ambientes têm sido relativamente estáveis (uma

2 Eu mesmo já dediquei-me a esse "jogo de números", como no meu artigo citado "Politicai Anthropology \ ,

O SISTEMA POLÍTICO SOB PRESSÃO 14 7

exceção no mundo moderno, mas coisa frequente no passado e sem dúvida episodicamente possível no futuro), continuaremos a enfrentar o problema de como lidar económica e sistematica mente com influências em um sistema, vindas do meio ambiente. Quer o sistema esteja inserido em um meio ambiente em cons tante mudança ou em um estável, os elementos do meio ambien te continuarão a exercer um efeito sobre as operações do siste ma. A análise do efeito do meio ambiente estável em um siste ma coloca os mesmos problemas teóricos que são colocados no caso dos-que se encontram em mudança, embo ra a velocidade da

mudança possa ter importantes consequências adicionais. Embora a ciência social tenha recente e rapidamente se ena morado dos problemas de mudança e uma grande onda de teo rias de mudança ameace engolfar-nos, pelo menos abriu-nos os olhos para o fato de que .qualquer teoria geral, mesmo se for minimamente adequada, precisa ser capaz de lidar com a mudan-ça tão facilmente quanto lida com a estabilidade.3 Mas a ver

dade é que na elaboração das categorias iniciais fundamentais de uma análise não há necessidade de conceitos especiais para estu dar a mudança. Na realidade, introduzi-los seria um sinal de fra queza e desconexão na teoria e não de vigor e integração.

A estabilidade é apenas um tipo especial de mudança e não um tipo genericamente diferente. Nunca existe uma situação social em que os padrões de interação são absolutamente imutá veis. Se estabilidade deve ter um significado sensível, deve re presentar uma condição em que o índice de mudança é suficien temente lento para não criar problemas especiais devidos à mu dança. Mas sempre há alguma mudança. Assim, o estudo de sistemas estáveis envolve um tipo especial de mudança, cuja velocidade é lenta. Similarmente, a chamada mudança chama atenção para outro caso especial em que a velocidade é bastante alta para criar consequências especiais que precisam ser assinala das, tanto analítica como empiricamente.

3 Estou usando aqui o conceito "mudança" no usual sentido vago da ciência social. O fato é que a estabilidade não se relaciona com a mudança ou com sua antítese. Para verificar a diferença entre condições estáticas e de mudança, de um lado, e de outro a estabilidade, ver meu artigo citado "Limits of the Equilibrium Model in Social Research".

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148 UMA TEORIA DE ANÁLISE POLÍTIC A

Qualquer teoria geral ou sistema conceptual, contudo, deve ser capaz de lidar com os dois casos simultane amente. O obje-tivo vital no final não é criar um conjunto especial de categorias para examinar casos especiais, mas desenvolver um conjunto que seja útil na identificação das variáveis principais envolvidas, no, funcionamento do sistema, sem considerar no momento a velo cidade da mudança. Quer o sistema esteja mudando impercepti-velmente e é considerado estável, quer esteja mudando rápida-mente e é, portanto, caracterizado como instável ou em transição, não altera a natureza das variáveis fundamentais que precisam ser examinadas. Pode enriquecê-las mas não empobrecê-las. As categorias que vão ser apresentadas agora são designadas como de caráter geral.

  Distúrbios no Meio Ambiente sob Condições de Estabilidade

Mesmo sob condições de estabilidade, quando a velocidade de, mudança é baixa, continua a ocorrer interação entre o meio ambiente e £ sistema. Assim, mesmo se fosse exigida uma teoria especial de mudança, não poderia eliminar a semelhança entre mudança e não-mudança em relação à presença contínua de tro cas entre o sistema político e o seu meio ambiente.

Para ilustrar, vamos pressupor que estivéssemos interessa dos em estabelecer as consequências da estratificação social na estrutura política. Em um ponto , quando ocorreu uma mudan ça na estrutura social, poderíamos descobrir que o realinhamen-to das classes sociais modificou a distribuição de poder na so ciedade de tal forma que uma nova elite política tomou o lugar da antiga. Tanto a Revolução Francesa quanto a Russa levaram a consequências como estas. Mas uma vez produzidos esses efei tos no sistema político, isso não leva à eliminação dos efeitos da nova estrutura de classe na sociedade, mesmo se a nova seleção de classe permanecesse absolutamente estática. Uma vez intro duzida e estabilizada uma mudança, ela pode continuar a exer cer sua influência em outros aspectos da sociedade. Não é como o raio do relâmpago que produz os seus danos e desaparece sem deixar um só depósito de efeito. Pelo contrário, constitui uma pressão contínua no sistema político.

O SISTEMA POL ÍTI CO SOB PRESSÃO 149

O novo status e estrutura de classes da sociedade exerceria, de diversas maneiras, sua pressão contínua na estrutura política. Pode afetar o tipo de pessoa recrutado para as posições políticas, a variedade de assuntos levantada para discussão, e o tipo de decisão realmente tomado e desenvolvido. A ausência de mu dança não significa que. a política escapa à. influência desses, pa-rametros, mas sim a estabilização dessas influências. Em o u t r a s , palavras continuam as trocas entre um meio ambiente e o

sis-tema político nele inserido mas sem modificações de importância. É vital entender isso. Mesmo no estado irreal de condições absolutamente estáticas no meio ambiente de um sistema .políti co, continuariarn. a existir transações entre os dois. Se isso não se desse, jamais poderíamos entender como um sistema poderia experimentar pressão mesmo se suas condições de existência não mudassem. Se as próprias condições sempre produziram pressões, um sistema poderia ser destruído, não como um resul tado da ocorrência de novos tipos de pressão, mas como conse quência da falência, em alguns pontos, dos membros do sistema em lidar com as antigas e estáveis pressões de maneira tão ade quada quanto os seus predecessores.

As VARIÁVEIS DE LIGAÇAO ENTRE O SISTEMA E o MEIO AMBIENTE

Duas coisas ficam claras com a discussão prec eden te. Em primeiro lugar,existe uma enorme variedade de influências vin-das do meio ambiente de um sistema político capazes de causar distúrbios no; funcionamento do .sistema., Em segundo lugar,

essas influências existem quer num meio ambiente relativamen te estável quer num.furiosamente agitado. A mudança no meio

ambiente que tanto e apropriadamente chama atenção hoje em dia não cria problemas teóricos inteiramente novos na constru ção de uma estrutura geral de análise. Simplesmente agrava um problema analítico já existente: Como sistematizaremos nossa çonipreensão da maneira pela qual os distúrbios ou influências do. meio ambiente são transferidos para um sistema político? Teremos que tratar cada mudança ou distúrbio como tipo parti cular ou genérico, conforme o caso, e simplesmente verificar seus

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150 UMA TEORIA DE ANÁLISE POLÍTICA

efeitos específicos em cada instân cia? Assim sendo , devid o à obviamente enorme variedade de influências a serem considera das, são praticamente intransponíveis os problemas de uma aná lise sistemática. Mas se pudermos descobrir uma maneira de generalizar o nosso método para lidar com o impacto do meio ambiente em um sistema, Haveria alguma esperança de reduzir a enorme variedade de influencias em relativamente poucas e, assim, obter um número de indicadores ou variáveis relativamen-te manejáveis. Isso é o que precisamenrelativamen-te procurarei fazer.

Transações Através dos Limites do Sistema

Desde que concebemos o sistema político como analitica mente separável de todos os outros sistemas sociais, e com fre quência empiricamente diferenciado assim como através de uma estrutura política independente, é útil tratar os distúrbios ou in fluências originados do comportamento nos sistemas do meio ambiente como trocas ou transações que atravessam os limites do

sistema político. Nenhum dos grandes sistemas sociais em que dividi o meio ambiente permanece completamente independente. Ocorre complexa interpe netração, isto é, cada um se liga de

algu-ma foralgu-ma a outro por algu-mais de leve que possa ser, Mudanças podem ser usadas quando nos desejarmos referir a uma relação mútua, ou seja, quando cada um tem influência recíproca no outro. Tran sação pode ser usada quando desejarmos enfatizar o movimento em uma direção, simplesmente através do limite de um sistema para outro.4

4 A troca é algumas vezes utilizada para sugerir algum tipo de re

lação mutuamente benéfica, tal como um acordo ou laço contratual em que cada um dos participantes acha que tem alguma coisa a ganhar. Eu presumo que Talcott Par sons, tipicamente, utiliza o conceito nesse ou num sentido próximo. Ver a utilização desse termo emThe Social System

(Nova York: Free Press of Glencoe, Inc., 1951), especialmente na p. 122 e no livro com N. J. Smelser, Economy and Society (Nova York:

Free Press of Glencoe, Inc., 1956), pp. 105 e 184. Aqui, no entanto, confinarei o termo a um significado neutro denotando apenas que aconte cimentos em dois ou mais sistemas têm efeitos recíprocos nos sistemas envolvidos e que tais efeitos estão relacionados uns aos outros- Poderia ter utilizado interação para descrever a relação, mas tem sido costumeiro restringir esse conceito às açoes e reações entre papéis sociais e não entre sistemas.

O SISTEMA POLÍTICO SOB PRESSÃO 151

Por mais cientificamente importante que possa ser assina lar isso, a observação em si mesma é tão óbvia que tem pouco in teresse. O que pode e que levará o reconhecimento dessa ligação além de um mero truísmo é a invenção de uma maneira de assi nalar as complexas trocas para que possamos, rapidamente, redu zir a imensa variedade de interaçoes para proporções teóricas e empíricas manejáveis.

Para fazer isso, proponho reduzir as influências maiores e raais significativas do. meio ambiente a uns poucos indicadores. Através do exame destes estaríamos aptos a avaliar e acompanhar o impacto potencial dos acontecimentos do meio ambiente no sistema. Tendo esse objetivo em mente, designarei os efeitos transmitidos através do limite de um sistema a outro sistema como os outputs do primeiro sistema, e logo como os inputs do segundo sistema o que é por eles influenciado. A transação en tre sistemas será assim encarada como uma ligação entre eles sob a forma de uma relação de input-output.

Se agora aplicarmos essa conceituaçao geral dos pontos de ligação entre sistemas a um sistema político e aos seus sistemas de meio ambiente, oferece-nos um modelo rudimentar do tipo ilustrado no Diagrama 2. Isso é, sem dúvida, uma simplificação gigantesca tanto da realidade como do meu próprio sistema con ceptual em desenvolvimento. Mas pode-se pelo menos começar a análise afastando todas as relações incidentais para deixar à mos tra o quadro essencial. Estas são as mínimas necessidades se encararmos a vida política como um sistema de comportamento. Em livro seguinte, o objetivo será acrescentar relações mais com plexas de diversos tipos para que o modelo ofereça uma aproxi mação mais precisa às relações nos sistemas fenomenais. Aqui a análise permanecerá macroscópica na sua intenção. Estaremos observando os sistemas políticos de uma distância considerável como através de um telescópio e não de um microscópio. Isso está na natureza do problema devido ao estádio atual da análise teórica na pesquisa política. Embora tenhamos muitos detalhes empíricos, perdemos a visão da necessidade de perceber as linhas mestras do quadro.

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O SISTEMA POLÍTICO SOB PRESSÃO 153

Um Modelo Circular do Sistema Político

De maneira geral esta representação diagramática do fun cionamento de um sistema político sugere que o que está acon tecendo no meio ambiente afeta o sistema político através dos tipos de influências que circulam no sistema. Através de suas J estruturas e processos o sistema atua nessas entradas de tal ma-neira que são convertidas em outputs. Estes são as decisões au-toritárias e seu instrumenta l. Os outputs retornam aos sistemas

no meio ambiente ou em muitos casos podem voltar diretamente e sem intermediários ao próprio sistema. No Diagrama 2 as setas dos meios ambientes indicam a vasta variedade de transa ções entre eles e o sistema político. Aqui, no entanto, as setas têm cabeças únicas, e aparecem de tal maneira que penetram no sistema em formas sumárias de demandas e supo rte. A troca ou reciprocidade entre os sistemas e os seus meios ambientes, previamente assinalados como setas de cabeça dupla, agora é in dicada por setas que indicam a direção do fluxo dos outputs

para os sistemas do meio ambiente. Isso demonstra claramente que os inputs do meio ambiente são exatamente os outputs do

sistema político . As linhas quebradas nos sistemas do meio ambiente refletem a dinâmica da relação, indicam que existe um contínuo fluxo de influência ou outputs do sistema político para

e através dos meios ambie ntes. Modificando os meios ambien tes, os outputs políticos assim influenciam a próxima série de

efeitos que se deslocam do meio ambiente de volta para o sis tema político. Dessa forma podemo s identifica r um circuito con tínuo de feedback. O significado das outras linhas e designações

do diagrama ficarão claros na medida em que prosseguir a nossa discussão.

Embora o diagrama seja detalhado, muita coisa fica omitida, como seria de se esperar. Em primeiro lugar, vários outros sis temas de meio ambiente poderiam ser acrescidos mesmo para levar em consideração os poucos identificados em um capítulo anterior. Em segundo lugar, as inter-relações entre os próprios sistemas do meio ambiente estão completamente omitidos, desde que eles tumultuariam de tal forma o diagrama que este ficaria indecifrável. Finalmente, as estruturas e processos através dos

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154 UMA TEORIA DE ANÁLISE POLÍTICA

quais um sistema político converte seus inputs em outputs estão apenas representados pela linha sinuosa dentro do sistema. Su gere, no entanto, que os vários inputs do sistema externo são

trabalhados e convertidos em outputs que retornam para um ou

outro dos sistemas externos como inputs para eles.

O Diagrama 3 simplifica ainda mais os processos políticos ricos e complexos a seus elementos mais elementares. Apresenta no seu aspecto mais simples as relações dinâmicas entre os pro cessos de um sistema político. Serve para dramati zar uma ima gem a que voltaremos; revela que, afinal de contas, em sua

for-DIAGRAMA3. Um Modelo Simplificado de um Sistema Político. ma elementar um sistema político é apenas uma maneira de

converter certos tipos de inputs em outputs. Pelo menos, êste

é um ponto de partida altamente útil para começar a investigar as complexidades da vida política.

O SISTEMA POLÍTICO SOB PRESSÃO 155

As VARIÁVEIS DE "INPUT"   Demandas e Suporte como Indicadores de "ln put "

O valor dos inputs como conceito é que através do seu uso

será possível apreender o efeito da enorme variedade de aconte cimentos e condições no meio ambiente no que concerne à per sistência do sistema político. Sem os inputs seria difícil delinear

de alguma forma precisa como o comportamento nos vários se-tores da sociedade afeta o que acontece no setor político, inputs

servirão como variáveis sumárias que concentrarão e refletirão tudo que no meio ambiente é relevante para a pressão política, Porque é possível utilizar os inputs dessa maneira, o conceito

pode ser uma poderosa ferramenta analítica.

A utilização ou não dos inputs como variáveis sumárias de

penderá de como os definimos. Podemos concebê-los no seu sen tido mais amplo. Então os interpretaríamos como incluindo qualquer acontecimento externo ao sistema — limitando-nos mo mentaneamente aos inputs do meio ambiente — que altera, mo

difica ou afeta o sistema de alguma maneira . Se osinputs forem

utilizados num sentido tão amplo, nunca exauriremos a lista da queles que provocam impacto no sistema político. Isto é repre sentado no Diagrama 1. As setas de duas cabeças ligando os sistemas do meio ambiente ao sistema político poderiam ser multiplicadas mil vezes e ainda não teríamos começado a arra nhar a superfície do número e variedade de influências fluindo entre esses sistemas.

Tomemos um pequeno número de exemplos. O efeito da economia criando e sustentando poderosas classes económicas, a urbanização, a segmentação de grupos de interesse, flutuações no ciclo de negócios, constituiria inputs no sentido mais amplo,

que vão formar o caráter da estrutura política, a sua distribuição de poder e os objetivos da controvérsia política. A cultura aju da a moldar as coerções dentro das quais se travam as discussões políticas e a competição (se são permitidas), colore o estilo da vida política e assinala os tipos de pontos que serão considerados importantes pelos membros do sistema. Padrões motivacionais

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156 UMA TEORIA DE ANÁLISE POLÍTIC A

encontrados em tipos de personalidade modais ou em persona lidades de elite dentro de uma sociedade contribuirão para o pessoal disponível para preencher os papéis políticos, para os incentivos para a participação política e para os tipos que atin gem o status de liderança e para a sua percepção política. Po

deríamos aumentar essa lista indefinidamente. Para cada setor do meio ambiente introduzido precisaríamos de uma teoria par cial separada para explicar o efeito que seus inputs podem ter,

O único elemento unificador seria o fato de estarmos procuran do assinalar e inter-relacionar os inputs (ou seja, os efeitos ge

rais e específicos) de cada um desses parâmetros em um objeto comum — o sistema político.

No entanto, .podemos simplificar enormemente a tarefa de analisar o impacto do meio ambiente no sistema político se ado-tarmos inputs mais limitadamente definidos e usá-los como

in-dicadqres que sintetizarão a .maior parte dos efeitos importantes que, cruzam o limite entre esses sistemas. Esta conceituação nos aliviaria da necessidade de lidar e assinalar o efeito de cada di ferente tipo de acontecimento no meio ambiente, separadamente, em um sistema.

Como ferramenta analítica para esse propósito é útil encarar os principais parâmetros focalizando os seus efeitos em dois

inputs principais demandas e suporte Através deles uma vasta

série de mudanças no meio ambiente pode ser canalizada, refle-tida e sintetizada. Por essa razão eles podem ser usados como os indicadores-chaves da maneira pela qual acontecimentos e condições do meio ambiente modificam e afetam o funciona mento do sistema político. No Diagrama 2 as múltiplas transa ções canalizam-se em dois inputs principais e apenas estes são

considerados como fluindo para e afetando o sistema político. Não terá maior importância considerar esses inputs como

internos ou externos ao sistema político. Eles estão no limite ligando e comunicando o sistema político com todos os outros sistemas intra e extra-sociais. Depend endo das necessidades de nossa análise, podem ser considerados tanto externos quanto in ternos, contanto que reconheçamos que permanecem próximos ao limite.

O SISTEMA POLÍTI CO SOB PRESSÃO 15 7

' Withinputs como Indicadores de Intra-Sistema

Às vezes tenho escrito como se todas as influências ou dis túrbios que precisam ser considerados para compreender-se como um sistema consegue persistir ocorressem no meio ambiente de um sistema. Como sabemos, pelo que já foi dito,várias, dessas in fluências podem,ocorrer dentro do próprio sistema.Na medida i em que as coisas que acontecem dentro de um sistema marcam seus destinos como um sistema de interações, será possível le vá-las em conta, como ..são. refleddas através dosinputs dos

mem-bros de um sistema. Não parece razoável falar desses aconteci mentos como inputs desde que eles já ocorram dentro do

siste-ma. Para efeitos de consistência lógica, podemos chamá-los de

withinputs Tudo o que significaria este neologismo é que deci

dimos tratar, em uma forma unificada, os efeitos que tanto os acontecimentos como as condições, internos e externos a um sis tema, podem ter sobre a sua persistência. Assim, a não ser que o contexto exija coisa diferente, escrevendo sobre os inputs eu

incluirei os withinputs na mesma categoria.

Precisamos ter o trabalho de fazer essa distinção porque o reconhecimento das duas categorias sensibiliza-nos para o valor ; de observar dentro do sistema assim como no meio ambiente a fim de encontrar as principais influências que podem causar pres são. Assim como o corpo humano pode decair por causa de uma infecção recebida do exterior ou por causa do desgaste com a idade de algum órgão, como o coração, um sistema político, pode sofrer pressão de distúrbios no meio ambiente ou de fracassos que podem ser atribuídos diretamente a mudanças nos processos ( ou estruturas dentro do próprio sistema. Por exemplo, os mem bros do sistema político americano têm, de vez em quando, sen tido que todo o regime tem sido ameaçado pelas dificuldades que a separação de poderes agravou em relação à legislação. Isso tradicionalmente tem provocado discussões de um responsável sistema bipartidário para os Estados Unidos. Para assinalar o fato de que o distúrbio ocorreu dentro do sistema e que o input 

* de pressão deveu-se a acontecimentos internos pode-se usar o conceito withinput.

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158 UMA TEORIA DE ANÁLISE POLÍTICA

  Ilustrações da Função Sumária dos "Inputs"

Será útil ter algumas breves indicações do que as demandas e o suporte compreendem e como podem ser usados, embora uma análise completa do seu papel como variáveis sumárias, através das quais a pressão é transmitida, terá que esperar um outro tra balho. Para tomar um exemplo específico, vamos supor que es tamos interessados em uma nação em desenvolvimento, que está sofrendo transição de uma forma tribal de organização baseada em chefes de aldeia, em anciãos do clã e em um chefe supremo com o mínimo poder determinado pelo parentesco, para uma li derança política nacional baseada em uma organização partidá ria leiga, uma legislatura, uma burocracia com padrões de eficiên cia e uma liderança dominante. Presumivelmente as modifica ções no velho sistema tribal foram causadas, em parte, pelo con-tato com ideais ocidentais de democracia e administração enfati zados pelas necessidades de uma economia e estrutura social em mudança.

De acordo com procedimentos correntes da pesquisa políti ca, poderíamos especificar o aspecto da mudança política que pa rece ser importa nte. Normalmente usaríamos como critérios de relevância as mudanças que aproximam ou afastam das institui ções democráticas ocidentais. Poderíamos então verificar a dire-ção, grau e resultado dessas mudanças, considerando todas as mudanças externas que parecem relevantes para as mudanças po líticas que já tínhamos selecionado como importantes de acordo com esses critérios.

Da perspectiva de nossa análise, as mudanças no meio ambiente são consideradas como distúrbios no sistema tribal existentes devido à pressão que lhe impõe, levando, em termos finais, à sua transformação. Respondendo à pressão, o sistema ou se extingue e é absorvido por outra sociedade, ou responde e adapta-se, adotando estruturas políticas modernas através de partidos, legislaturas, burocracia racionalizada e uma liderança geral (e não uma liderança baseada em parentesco, em tribalis mo ou em etnia).

As perguntas críticas para nós não se relacionam à manei ra pela qual os distúrbios no meio ambiente modificam a forma

O SISTEMA POLÍTICO SOB PRESSÃO 159

particular das estruturas ou processos internos do sistema. Tais mudanças podem ocorrer sem nenhum efeito discernível sobre a capacidade de determinado sistema persistir, ou podem não estar fundamentalmente relacionadas a essa capacidade. Ou, por outras palavras, quer a estrutura moderna adotada seja moldada segundo o sistema parlamentar britânico ou segundo o tipo pre sidencial americano, pode ter ou não relevância para a capacidade de persistir de um determinado sistema. O que é importante é que as formas políticas tradicionais cederam lugar a pelo menos algo semelhante aos tipos burocratizad os. Para nós as pergun tas cruciais são: Em que extensão os distúrbios provocaram pressão no sistema preexistente? Como precisamente manifes-tou-se e comunicou-se essa pressão ? Como, se o fez, o sistema enfrentou essa pressão?

Uma maneira útil de responder a estas perguntas está em explorar o impacto que os cohtatos com o Ocidente, tanto ideo lógicos como económicos, têm sobre os inputs. Resumidamente,

a exposição ao tipo de vida possível sob formas ocidentais de or ganização social, juntamente com a emergência de meios mate riais através da transição de uma economia de subsistência para uma de dinheiro e salário, provocou um grande aumento no vo lume das demandas que agora os membros do sistema procuram satisfazer atravé s de ação política. Isso por si só impõe um peso tão severo sobre as velhas formas tribais de organização política que elas não poderiam suportá-lo.

Mais ainda, as mudanças no meio ambiente servem para ampliar os tipos de demanda cuja satisfação é agora procurada através do sistema político. Essas demandas no seu nível mais inclusivo são tipicamente apresentadas em programas de liber tação nacional e de unidade política entre grupos divergentes, ligados usualmente a políticas que advogam um índice rápido de desenvolvimento económico. Os tipos de compromissos exigi dos dos membros de um sistema para o cumprimento desses ti pos de demanda são dramaticamente diferentes daqueles exigi dos nos anteriores sistemas tradicionais. A novidade dessas de mandas cria por si só severas crises nas nações em desenvolvi mento.

Mudanças no volume e na variedade de demandas repre sentam um grande e fundamentalmente negligenciado tipo de

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160 UMA TEORIA DE ANÁLISE POLÍTICA

pressão e as mudanças do meio ambiente podem ser considera das responsáveis pela sua presença no sistema político. Dessa maneira, uma vasta quantidade de mudanças como essas podem ser reunidas e observadas através de um tipo único de variáveis, na medida em que influenciam o volume e variedade de de mandas.

Mas algo mais está em jogo nessas unidades nacionais emer gentes. A necessidade de uma nova liderança reunir um grupo que p>ode oferecer su potte pára "uma nova unid ade po lítica, u m novo conjunto de estruturas para fazer com que as coisas fun cionem politicamente e novas autoridades políticas para forne cer liderança e capacidade administrativa. Esses são os compo nentes básicos de um sistema político que podem ser denomina dos comunidade política, regime e autoridade.5 A procura

de um rápido desenvolvimento económico e social combinado com estabilidade política impõe nesses sistemas a necessidade de gerar uma liderança que possa promover e sustentar suporte pa ra esses componentes. Para fazer isso talvez eles tenham que ne gociar coalizões com os grupos étnicos de linhagem e económi cos dominantes na sociedade. Podem procurar suporte entre   jovens adultos, entre as tribos politicamente despossuídas. ou en tre os trabalhadores urbanos privados dos antigos laços de pa rentesco. Podem vir a usar a coerção.

Por mais que a nova liderança possa procurar renovar o

input de suporte para algum sistema, a pressão devida ao declí

nio de suporte para o sistema preexistente pode ser considerada do tipo das mudanças de meio ambiente já mencionadas. Onde a mudança indica que os velhos sistemas falharam podemos in terpretar a situação significando que os membros foram capazes de assegurar a persistência de algum tipo de sistema transfor-mando-se e fornecendo suporte para um tipo de sistema moder-nízador ou de transição. Sem considerar como o sistema enfren tou a pressão, o fato é que os distúrbios do meio ambiente po dem ser resumidos e unificados através de sua influência no ní-5 Para uma rápida discussão desses termos, ver Easton, "An Approach to the Analysis of Politicai Systems" e "Politicai Anthropology". Os conceitos serão elaborados detalhadamente em outro livro.

O SISTEMA POLÍTICO SOB PRESSÃO

vel de suporte para um sistema. Assim, utilizando o suporte co- I mo elo de ligação entre o meio ambiente e o sistema, obtemos uma pista de como esta variável serve de ponto focal para vá-rios tipos diferentes de mudanças no meio ambiente importante para a compreensão da pressão em um sistema.

Há muita coisa ainda a ser dita sobre a maneira pela qual os inputs das demandas e dosuporte refletem as mudanças que

se processam no. meio ambiente do sistema político, comunicam essas mudanças como distúrbios para o sistema e, por sua vez, sofrem a.ação do sistema como uma forma de enfrentar a pressão potenc ial. Uma confirmação final do fato de que a maior parte dos aspectos importantes dos acontecimentos e condições do meio ambiente é refratada através desses dois indicadores terá que esperar a elaboração de cada input e a resposta do sistema.

Meu objetivo é apenas esquematizar e oferecer uma visão preli minar do papel que esses inputs desempenham. Através da

adoção deste tipo de conceituação estamos habilitados a inven tar uma maneira de assinalar como uma pressão pode ser comu nicada a um sistema.

Poucos sistemas sucumbem à pressão de um meio ambiente estável ou mesmo de um em rápida mudança. O fato de que muitos sistemas são capazes de enfrentar os distúrbios que po dem ameaçar a própria existência de qualquer sistema, deve le-var-nos a inquirir os meios através dos quais eles foram capazes de, resistir. Quando tivermos feito isso no próximo capítulo, te remos completado nossa introdução aos tipos de compromissos que podemos estar assumindo impensadamente, uma vez que te nhamos começado a seguir consistentemente as implicações teó ricas já corporificadas na própria ideia de sistema.

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