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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSIKIRAN DE FORMAÇÃO SUPERIOR INDÍGENA GESTÃO TERRITORIAL INDÍGENA MARCOS SILVA DE SOUZA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSIKIRAN DE FORMAÇÃO SUPERIOR INDÍGENA

GESTÃO TERRITORIAL INDÍGENA

MARCOS SILVA DE SOUZA

A PERMANÊNCIA DO INDÍGENA NO ENSINO SUPERIOR

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INTRODUÇÃO

A pesquisa realizada visa diagnosticar os problemas encontrados na permanência dos indígenas após o ingresso no ensino superior, bem como explicar como se deu a instalação do Processo Seletivo Específico para Indígena (PSEI) na Universidade federal de Roraima, que tinha como característica principal suprir a demanda de estudantes concludentes do ensino médio das comunidades indígenas de Roraima, os quais almejam seguir outras carreiras profissionais e buscavam através dessa formação a solução de alguns problemas existentes na comunidade, como falta de médicos, agrônomos, enfermeiros, antropólogos etc.

O objetivo geral desse diagnóstico é provar que existem diversos problemas quanto à permanência dos indígenas no ensino superior, bem como demonstrar por meio dos dados encontrados que o programa não cumpre com a citação acima. Para alcançar tal objetivo além da pesquisa bibliográfica, foi realizada uma pesquisa científica com diversos alunos da UFRR que fazem parte da cota do PSEI.

Para a coleta de dados utilizou-se método de pesquisa Survey, o qual no seu texto descreve várias experiências de pesquisadores, nos possibilitando elaborar um questionário sócio econômico e cultural que puderam gerar dados úteis para analises, com perguntas fechadas na qual foi solicitada que o respondente escolhesse uma das alternativas propostas em uma lista apresentada, as perguntas abertas foram solicitadas aos respondentes darem as suas próprias respostas, dando espaço ao entrevistado escrever o seu ponto de vista.

Esse trabalho justifica-se por não haver um diagnostico especifico sobre os problemas encontrados na permanência do indígena quando ingressam no ensino superior por meio do PSEI, o qual busca obter informações para entender os níveis de evasão desses alunos, propor ações para amenizar o problema.

A problemática deste trabalho centra-se no fato de que o PSEI não disponibiliza nenhum tipo de apoio para a permanência dos indígenas que ingressam na universidade, diferente dos demais cursos específicos para indígena, como licenciatura intercultural que possuem recursos que pode ser utilizado pelos alunos como alimentação e transporte. Fato este que difere das preensões do programa PSEI, explicitadas em Cunha (2010), que diz que o mesmo visa “garantir o acesso e a permanência de indígenas, particularmente de Roraima, no ensino superior”.

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Pretende-se com estes diagnósticos e os resultados por ele obtidos, apontar as falhas e propor ações de melhorias para a permanência desses estudantes na instituição. DESENVOLVIMENTO

Com apoio das organizações e pela demanda das comunidades com necessidades de pessoas formadas para atuarem em diferentes áreas, além da formação de professores, foi criado o processo seletivo (PSEI), a partir da resolução n°009/CEPE-UFRR, de 2007, logo após a criação do curso Licenciatura Intercultural. O “PSEI é um programa de ações afirmativas da Universidade Federal de Roraima (UFRR), destinado a garantir o acesso e permanência do indígena, particularmente de Roraima no ensino superior, as vagas desse programa são adicionais ás vagas disponibilizadas por meio do vestibular, por tanto não havido perda ou diminuição de oferta nos cursos que aderiram ao programa” (CUNHA, 2010).

A pesquisa foi aplicada com a pretensão de diagnosticar os problemas enfrentados pelos indígenas, participantes do programa PSEI, quanto à permanência no ensino superior, foi aplicado aproximadamente 20% dos alunos indígenas matriculados no programa em diferentes áreas, entre o primeiro (1º) e o oitavo (8º semestre), sendo 40% mulheres e 60% homens, entre 19 e 41 anos, os quais participaram voluntariamente da pesquisa. O questionário foi composto por 28 perguntas objetivas e 6 subjetivas, sendo apresentado de forma oral aos entrevistados.

O PSEI possui atualmente 81 estudantes matriculados em situação regular, distribuídos em diversos cursos. Os acadêmicos estão distribuídos entre as etnias macuxi e wapichana, sendo quarenta e sete pertencentes a etnia macuxi e cinquenta e três (53%) wapichana. Vinte e seis por cento (26%) moram em casa própria e trinta e três (33%) pagam aluguel, os demais se dividem entre casa cedida e outros.

33% 20% 33,33% 13,33% 0% 10% 20% 30% 40%

Propria Outros Alugada Cedida

Situação de moradia

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Observa-se no gráfico que mais de dois terços dos alunos possui outras situações de moradia que não a própria, o que causa um grande índice de evasão. Diante dessa situação vê-se a necessidade de um apoio da universidade quanto à permanência desses alunos na cidade, sugere-se um local específico para atender essa necessidade, como por exemplo, a casa do estudante coordenada pelo Governo do Estado, que já está praticamente desativada. Havendo investimentos e incentivos financeiros adequados, pode-se fazer uma revitalização proporcionando melhores condições de moradia aos estudantes atendidos pela cota do programa PSEI, e consequentemente abrangendo demais estudantes indígenas.

Mais um grande impe cílio enfrentado pelos alunos e constatado na pesquisa, é a dificuldade em chegar a universidade, dentre eles noventa e três por cento (93%) não possui transporte próprio, sendo o meio utilizado para locomoção, em sua grande maioria o transporte coletivo, conforme apresentado no gráfico .

14,28% 35,71% 50% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 a pé bicicleta coletivo

Transporte

Gráfico da situação de ida e volata da Universidade (tabela 02)

Observa-se que metade dos alunos utiliza o transporte coletivo, por não haver outro meio de locomoção visto que ir a pé ou de bicicleta por diversas vezes torna-se inviável pela distancia entre sua casa e a universidade, dessa forma vê-se a importância de um apoio financeiro a esses alunos, pois há relatos de que essa é uma das maiores dificuldades encontradas, e em muitos casos pode provocar a desistência do curso, ou quando não a diminuição do estimulo pelos estudos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante desse diagnostico apresentado, com o objetivo de saber as dificuldades existentes e implementar ações no sentido de zelar não só pela permanência, mas pela qualidade de vida na cidade de modo a permitir uma formação satisfatória a esses acadêmicos.

“As ações se voltaram para garantir a aprovação de vagas especificas nos cursos que tomaram a decisão de investir nesse tipo de formação”. (FERNANDES, M; FERNANDES, M.L. 2009, p.46), não basta só ter cotas para indígenas no ensino superior, e preciso garantir a permanência dos acadêmicos para poder se manter nos estudos. Por tanto é indispensável identificar e entender as dificuldades enfrentadas pelos estudantes e discutir medidas que permitam superar as dificuldades. Por fim, este diagnóstico possibilitou saber as falhas que o programa ainda tem e que pode ser reparada, como por exemplo, as estudantes que vem das comunidades e não tem moradia, alimentação, e transporte para se locomover ate a universidade, fazendo que tenha grande evasão nos cursos ofertados pelo programa.

Na realização dessa pesquisa foram constatadas que a falta de moradia, de transporte para chegar à universidade, de recursos financeiros para comprar livros e tirar xerox são dificuldades enfrentadas pelos estudantes, tais fatos ocorrem porque para fazer um curso superior é necessário sair da sua comunidade e dedicar-se integralmente aos estudos, ficando impossibilitado de trabalhar. Assim, não havendo a possibilidade de conciliar estudo e trabalho muitos alunos indígenas acabam desistindo ou adiando o sonho da formação em nível superior.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CUNHA, Luiz Otávio Pinheiro da. Relatório da comissão de orientação e acompanhamento da permanência dos alunos indígenas da UFRR. Boa Vista, 2010.

FERNANDES, M; FERNANDES, M.L. Acesso e permanência de acesso ao ensino superior: Programa E´MA PIA. Boa Vista: Editora da UFRR, 2009.

CARVALHO, Fabiola Almeida de. Educação, cidadania e interculturalidade no contexto da escola indígena de Roraima: Editora da UFRR, 2007.CARREÑO, Maxim Repetto. Diagnostico da situação dos indígenas na cidade de Boa Vista Roraima, Editora da UFRR, 2008.

Referências

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