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VIVER O ESSENCIAL DE FÉ E LUZ

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Academic year: 2021

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Fé e Luz Província Luzitana

VIVER O ESSENCIAL

DE FÉ E LUZ

(2)

Viver o essencial

de Fé e Luz

(3)

Foi et Lumière international 3 rue du Laos 75015 Paris France T. + 33 1 53 69 44 30 - international@foietlumiere.org

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Índice

I

4



Alemanha



Argentina



Áustria



Bélgica



Benim



Brasil



Burquina Faso



Canadá



Chile



Colômbia



Croácia



Dinamarca



Espanha



França



Hungria



Itália



Líbano



Países-Baixos



País de Gales



Peru



Filipinas



Polónia



Portugal



República Tcheca



Rússia



Suíça



Ucrânia

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Queridas Comunidades Fé e Luz,

Este livrinho é um TESOURO. Fiquem bem atentos ao abri-lo e ao lê-lo, porque vão encontrar ideias que são jóias, experiências e teste-munhos de grande valor. Um tesouro feito de criatividade e com o co-ração que iluminará e alargargará a vida de todos nós que fazemos parte desta família Fé e Luz.

Este TESOURO é-nos oferecido como um presente. Comunidades de numerosos países enviaram as suas experiências e depois da as ler, senti-me cheio de gratidão e de emoção. Posso constatar duas coisas: 1. O empenho das pequenas comunidades Fé e luz é forte. Elas estão

vivas e querem continuar a viver. Nem a pandemia de Covid nem nenhum flagelo poderá aniquilar, enquanto tivermos consciência da vocação a que somos chamados por Jesus e dos laços que nos unem. E isso constata-se nas experiências partilhadas neste livrinho.

2. Em Fé e Luz, há muita criatividadel e um grande desejo de traba-lhar, de se bater e de construir uma comunidade. Há um grande desejo de continuar a fazer parte da família. Desejamos todos que os nossos amigos com uma deficiência sejam felizes e que cuide-mos deles. Isso constata-se ao ler as vossas experiências.

É verdade que em Fé e Luz, precisamos de nos encontrar, de cantare dançar juntos…. Mas quando não o podemos fazer por causa duma si-tuação que não podemos mudar, o que é que nos resta? Apenas o es-sencial: Jesus une-nos e reune-nos. Chama-nos juntos e deveremos en-contrar os meios para que isso continue a reforçar-se mesmo no meio das dificuldades. E no fim, essas dificuldades acabarão por se dissipar. Nada é impossível a Deus!

Só me resta encorajar cada um de vós a continuar a cuidar da vida da vossa comunidade com criatividade e entusiasmo. Talvez já não seja possível fazer as coisas como antes, mas podemos fazer outras e sere-mos certamente surpreendidos ao descobrir outras vias e outras opor-tunidades.

Faço questão de agradecer a todas as comunidades que enviaram as

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tras iniciativas noutras comunidades. Quero igualmente agradecer às nossas amigas do secretariado internacional, a Corinne e a Céline por todo o trabalho que tiveram para recolher, juntar e traduzir esses teste-munhos.

Que este livrinho nos ajude a todos a aprender uns com os outros, a fazer surgir novas ideias e a ver que o cuidado com a comunidade de-pende de cada um, de cada membro de Fé e Luz. Que a vossa comuni-dade, mesmo no meio desta situação, continua a ser um lugar de cresci-mento, um lugar onde se vive a fé juntos, um motivo e uma incitação a ser feliz na vida quotidiana.

R I

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Na Alemanha

Carta dum coordenador à sua comunidade

Também nós fomos surpreendidos pelo Corona e não fomos poupa-dos.

Os encontros que estavam previstos foram proibidos pelo governo e atualmente ainda não nos é possível dizer quando poderemos voltar a encontrar-nos.

Todos os membros da comunidade receberam o nosso CD de can-ções e são muitos os que gostam de o ouvir.

Quatro pessoas reúnem-se todos os dias às 19 horas na nossa igreja velha. Fazemos uma "oração de corona". Durante 20 minutos, rezamos e cantamos juntos e isso dá-nos coragem e esperança. Nestes tempos incertos, o nosso meio precisa muito de Fé e Luz, afim de não se resig-nar.

Desejo a cada um de vós confiança e alegria na esperança de nos revermos logo que possível...

Que Deus vos proteja, não nos esquecemos de todos.

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Na Argentina

Se dois ou três se reunirem em meu nome

Este ano de 2020 fomos surpreendidos. Tínhamos previsto novida-des, desenhado projetos. A nossa comunidade ia viver os seus encon-tros num novo local, um outro espaço que oferecia mais disponibilida-de e liberdadisponibilida-de...

Preparávamo-nos para fazer uma peregrinação em Maio ao santuá-rio de Nossa Senhora do Rosásantuá-rio de San Nicolás, próximo de nós sob o tema "Em festa com Maria". Convidámos as comunidades Fé e Luz do nosso país e os nossos irmãos do Paraguai. Estávamos muito entusias-mados na preparação e na expectativa desse momento de encontro e de festa.

Tínhamo-nos encontrado em Fevereiro, o primeiro encontro do ano, para nos organizarmos para que toda a gente pudesse participar, ver como recolher fundos, e tudo o que era preciso preparar para orga-nizar um evento como aquele. Estávamos cheios de coragem e impaci-entes.

Mas fomos surpreendidos pela pandemia que nos fechou em casa e nunca mais nos vimos... Isolados, mas permanecemos unidos. Temos um grupo WhatsApp que nos manteve unidos através de mensagens de encorajamento, desejos, cânticos, bons dias... Sentíamo-nos acompa-nhados e apoiados.

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Fizemos algumas chamadas por vídeo em grupo. A dificuldade foi que a maior parte de nós não tem acesso à Internet, e não pudemos fa-zer um encontro virtual com toda a comunidade.

Depois demos um outro passo, organisando a partir de WhatsApp um espaço de encontro e de oração. Onde dois ou três estão reunidos

em meu nome, Eu estarei no meio deles, disse Jesus. Com a certeza de

que Ele está connosco, que o Seu Espírito nos envolve e nos une, em família e em comunidade formando um só coração. Encontramo-nos uma vez por semana, sempre à mesma hora com modalidades diferen-tes: cantamos, pomos as nossas intenções, rezamos, escutamos a Pala-vra, partilhamos… Este tempo é vivido de forma intensa. É uma forte experiência de comunhão. Formamos verdadeiramente uma comunida-de. É um momento muito aguardado. Assim, tentamos viver o essencial de Fé e Luz no meio deste pandemia.

Esperamos com impaciência o momento em que poderemos encon-trar-nos a sério, abraçar-nos, darmos as mãos, festejar os aniversários juntos, partilhar jogos, cantos, a Palavra, a vida e para viver o que tínhamos previsto este ano.

Mas deveremos manter-nos vigilantes enquanto esperamos, e à procura da melhor maneira de continuar a crescer em comunidade.

O nosso afeto a todos e a todas as comunidades.

Comunidade "Maria, Mãe da Luz", Santa Fe

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Na Áustria

Mês a mês

Foi e ainda é um período difícil. Damos graças por não ter havido nenhuma vítima da Covid na nossa comunidade até agora.

A Áustria esteve em confinamento durante três semanas a partir de meados de Março, com proibição total de sair. Uma grande parte das pessoas com deficiência vivem em instituição e não com a família. Para elas foi especialmente difícil: sem ocupação, sem trabalho, sem visitas, sem passeios, sem encontros de Fé e Luz. Triste !

Quando as medidas de confinamento foram aliviadas, continuaram a estar proibidas as aglomerações e tivemos que anular a nossa festa de Verão. Mais triste!

O único contacto possível era o telefone, o computador com o ví-deo e a possibilidade de enviar fotos. Assim, pudemos trocar ideias e encorajar-nos mutuamente.

Em Setembro, por fim conseguimos encontrar-nos na Gruta de Lourdes de Maria Gugging perto de Klosterneuburg ! Foi possível cele-brar ao ar livre e depois estarmos um pouco juntos, pois as restrições eram menores no exterior.

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pensar celebrar a missa na Igreja de São Martinho em Outubro e No-vembro mas renunciar aos jogos e às canções... Porque a regulamenta-ção para os eventos em salas fechadas é actualmente muito estrita. Se o tempo estiver maravilhosamente bom, talvez possamos ficar um pouco fora, em frente da Igreja (com a distância necessária).

Em Dezembro, há vários anos fabricamos velas de cera que oferece-mos aos nossos amigos e familiares para o Natal. Esperaoferece-mos que a pa-róquia de Viena do nosso assistente Gerhard Mayrhofer poderá colocar à nossa disposição a sala de reuniões. Para isso, teremos que nos deslo-car a Viena a título excepcional. Isso será possível?

Vamos decidir de mês a mês como e onde nos encontrar. Mas tudo depende também das medidas sanitárias. Neste momento, o número de pessoas infectadas aumenta na Áustria e as restrições aumentam! Não temos uma ideia concreta mas desejamos todos que a comunidade con-tinua a existir. Faremos tudo para conseguir.

T S (Em nome da equipa) Comunidade "São Martinho", Klosterneuburg

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Na Bélgica

O sonho de Nicole

Como tanta gente, tinha saudades de rever os membros da comuni-dade. Desde o princípio do desconfinamento, perguntei a cada membro se lhes podia tirar uma fotografia à entrada da sua porta, aberta e com a máscara posta, o que marca bem este ano de 2020.

O meu sonho era reunir-nos numa casa grande, mas só é possível numa casa de papel.

E foi assim que realizei o meu sonho… Encontrar-nos numa casa aberta a todos, onde há muito espaço e, é claro, com as medidas de dis-tanciamento de que nos podemos aperceber aqui…

Uma espreitadela a este ano inesquecível .

N R Comunidade "Les Véroniques", Florennes

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Cheguei quase ao mesmo tempo que o virus

Sou a nova responsável da comunidade "As Verónicas" em Floren-nes desde Setembro de 2019. Foi com alegria que aceitei esta responsa-bilidade. O meu mandato tinha acabado de começar quando o corona-virus fez também a sua entrada e veio desorganizar todos os nossos há-bitos. A nossa última reunião teve lugar no dia 2 de Fevereiro e depois mais nada. Os nossos amigos deixaram de poder sair das suas institui-ções, outros voltaram às famílias por quatro meses, outros vivem sozi-nhos com apoio domiciliário.

Mantivemos um contacto mensal entre nós. Eu enviava por mail ou pelo correio, uma reflexão ou uma oração, um desenho ou uma tarefa manual a fazer ou fazer um postal durante as férias e enviá-lo a um utro membro da comunidade. Também usámos o telefone para ter notícias uns dos outros.

No dia 23 de Agosto, tivemos um encontro da equipa regional e pensámos numa grane festa para o nosso 50º aniversário que se realiza-rá no Domingo 6 de Junho de 2021. Se tudo correr bem, voltaremos a encontrar-nos no dia 18 de Outubro, estamos todos muito impacientes.

L -M L

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Um terço para o mês de Maio

Estávamos todos confinados nas nossas casas, com muito poucos contactos para além do telefone. A comunidade "Soleil" (Sol) teve a ideia de materializar os laços entre as comunidades da região propondo -lhes de desenhar ou contruir um terço, escrevendo à volta os nomes dos membros da comunidade.

As contas dum terço também são o símbolo dos laços que existem entre nós todos, reunidos por Maria e Jesus.

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Uma iniciativa

O Domingo 19 de Abril devia ser um dia grande e belo para as nossas comunidades Fé e Luz da região Namur/Luxemburgo. Um dia de ale-gria, de feste e de encontro!

E se para além do confinamento, inventássemos e vivessemos esse dia à altura “desse laço de amizade que nos une”?

Imaginámos que nesse Domingo à hora de almoço íamos pôr mais 7 lugares na mesa, um por cada comunidade da nossa região. E enfeitáva-mos a mesa com recordações: fotos, bandeirinhas, marcadores dos anos anteriores... e porque não como uma refeição: um piquenique! Uma oração antes da refeição: "Os nossos cinco pães e dois peixes¦. E depois convite à imaginação...

Um dia bonito em comunhão.

A , comunidade "Copain-Partage", Libramont F , comunidade "l’Arbre", Bastogne

Os membros das comunidades da região Namur-Luxembourg organizaram esta refeição e partilharam as fotos para se sentirem próximos uns dos ou-tros...

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Quem é quem?

A nossa comunidade "Emaús" envia todos os meses uma carta com notícias. Continuamos a não seguir o ritmo das nossas reuniões men-sais, evidentemente por causa do coronavírus. A nossa comunidade é composta em tempo normal, por 31 membros (mais um assistente). En-tre esses membros, 13 estão em instituições e, neste momento, não é permitido sair em grupo sem um educador, pelo que não nos é possível acolhê-los todos no momento presente.

Durante este período duro para toda a gente, tentamos manter o contacto, apesar das dificuldades. O nosso pequeno boletim continua a ser um bom meio e o último número contém um pequeno jogo que vai desafiar a memória visual dos nossos membros.

Quem se esconde por detrás da máscara obrigatória?

JIMMI BRUYNINX Comunidade "Emmaüs", Nivelles

Para além do jogo das máscaras, o último bo-letim da comunidade apresente a palavra do mês do carnet de route, um desenho para pin-tar de S. Francisco e o calendário dos aniver-sários...

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No Benim

Toda a gente está impaciente

É sempre uma grande alegria para mim, ler as mensagens que vêm dos nossos responsáveis do Fé e Luz.

De facto, desde a declaração da pandemia de Coronavírus, deixá-mos de fazer os nossos encontros com as pessoas com deficiência. Con-tudo temos mantido contacto entre pais e amigos.

Telefonamo-nos para saber notícias uns dos outros. Uma vez conse-guimos reunir uma delegação importante para responder ao convite dum Irmão religioso que fazia os seus votos perpétuos na sua congrega-ção. Foi uma bela ocasião de nos reencontramos e de festejar. Também conseguimos fazer a peregrinação anual ao Santuário mariano de Alla-da, um sítio situado a cerca de 30 km de Cotonou antes desta situação rebentar. Atualmente, todos estão impacientes. Quando chega o fim da Covid?

Nós esperamos em oração a hora do Senhor. Como se fará o reco-meço? Deus providenciará. Vivamos na esperança dum amanhã melhor. Permaneçamos unidos em oração e confiantes.

I M -A D Comunidade "Nª.Srª. das Pessoas com Deficiência", Cotonou

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No Brasil

Visitas às famílias

A comunidade existe há 22 anos. Hoje em dia vivemos um período muito difícil. Contudo, com a utilização dos meios de comunicação, os laços entre os membros da comunidade mantêm-se e até se reforçam.

Durante o confinamento, a única forma de encontros pessoais foi a visita às famílias.

Tivemos várias ocasiões: na Páscoa, no dia 12 de Outubro em que se festeja o Dia da Criança no Brasil, e Nossa Senhora de Aparecida, pa-droeirta do país. Levámos presentes aos nossos amigos com deficiência. Foi um momento de alegria, com canções e sorrisos… Depois enfim vi-vemos com intensidade um verdadeiro encontro de comunidade.

Esperemos que este experiência poderá influenciar positivamente todas as comunidades Fé e Luz do mundo.

S

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Telefonei a toda a gente

A minha comunidade, aqui no sul do Brasil é a única na região. É muito antiga: 33 anos e os nossos membros têm já uma idade avançada.

Durante a pandemia, a maneira de nos mantermos próximos foi o nosso grupo WhatsApp. Mas nem toda a gente participa. Alguns ainda têm dificuldades com a internet.

Eu organizei reuniões via Zoom e WhatsApp mas apenas dez pesso-as puderam participar. Então telefonei a toda a gente. Pedi que me des-sem ideias para as celebrações dos 50 anos de Fé e Luz e toda a gente propôs um encontro no Santuário de Nª. Srª. De Aparecida.

E M Comunidade "Nossa Senhora da Glória", Porto Alegre

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Um canal YouTube

Criámos um canal YouTube no qual todas as comunidades do Bra-sil podem enviar vídeos e mensagens.

Na minha comunidade, a Márcia tem muito jeito para os trabalhos manuais. Fez um presentinho para os amigos com deficiência. Todos foram entregues pessoalmente. Foi uma ocasião de discutir um pouco e verificar como estava toda a gente.

J A Comunidade "Vila Guilherme", São Paulo

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No Burquina Faso

Distribuição de víveres

Alegramo-nos por poder partilhar algumas experiências vividas durante o período de confi-namento de Março a Junho e depois.

Durante o confinamento em Uagadugu, não fizemos os encontros mensais em resposta às medidas do Ministério da Saúde. Tivemos notí-cias pelo telefone. Todos os membros da comu-nidade dispõem dum meio de comunicação.

A comunidade conseguiu reunir no dia 12 de Julho com uma celebração eucarística com o nosso assistente seguida duma partilha de víve-res alimentavíve-res. Tínhamos feito uma campanha de pedido de ajuda para nos dons naturais e em espécie. Isso permitiu-nos fazer uma distribui-ção de víveres a todos os membros da comuni-dade. Esses dons foram leite, arroz, massas ali-mentares, óleo e açúcar.

Não fazemos encontros durante a estação das chuvas que vai de Junho a Outubro. Decidimos organizar encontros de dois em dois meses até que a situação sanitária melhore verdadeiramen-te, pois os nossos filhos são muito frágeis.

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O nosso grupo WhatsApp permite saber notícias uns dos outros e, para aqueles que não têm internet, falamos pelo telefone ou por peque-nas mensagens.

Mantemo-nos unidos em oração.

C E V Comunidade "Nossa Senhora de todas as Graças", Uagadugu

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No Canadá

Um começo um pouco caótico

Começámos a encontrar-nos via Zoom pouco tempo depois da de-claração de confinamento devido à pandemia. A equipa de coordenação reuniu no dia 17 de Março de 2020. O nosso primeiro encontro como comunidade realizou-se em Abril. Desde aí reunimos duas vezes por mês. Uma sessão para todos e a outra unicamente para os pais.

A nossa primeira reunião Zoom foi caótica. Estávamos tão conten-tes de nos ver que falávamos todos ao mesmo tempo! Foi um encontro feliz e refrescante com muitos risos. As reuniões que se seguiram foram estruturadas e divertidas. Organizamos diferentes atividades: cantos, cantos com mímica, jogos e adivinhas, origami, desenhos, pintura… A mais apreciada é a pintura. Tivemos duas sessões de "pintura no jar-dim". Tudo foi feito respeitando todas as medidas decretadas pelo go-verno. Foi ao mesmo tempo presencial e por Zoom.

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Visitas "Amizade-Fidelidade"

Propus que se fizessem visitas "Amizade-Fidelidade", permitindo o encontro em pequenos grupos no exterior enquanto pudermos, para partilhar, divertirmo-nos, aquecer o coração... A Marcelle e eu começá-mos as nossas visitas.

Queríamos organizar um encontro em pequenos grupos num par-que para um pipar-quenipar-que. Mas a segunda vaga de Covid veio cortar-nos a erva debaixo dos pés. Decidimos esperar para fazer os encontros de grupo, mas vamos continuar tanto quanto possível os nossos encontros pessoais para manter o contacto, pessoalmente ou pelo telefone, e en-corajamos todos a fazer o mesmo. Vocês são muito importantes para nós. E nós somos todos muito importantes uns para os outros.

Apesar da pandemia, conseguimos cobrar as quotas, para entregar como donativo à nossa família internacional e os carnets de route são impressos. Já entregámos vários e recebido as quotas por ocasião das nossas visitas.

Deixemo-nos guiar pelo Espírito e peçamos-lhe sinais claros para nos guiar nas nossas decisões. Contamos com as vossas orações.

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Tínhamos tantas saudades deles

Tínhamos tantas saudades dos nossos amigos… Não nos tínhamos reunido desde Fevereiro e então este Verão tornámo-nos mais criativos. Sentíamo-nos mal, não só pelas pessoas com deficiência que residem principalmente em lares, mas também pelos seus cuidadores que têm que usar máscara todo o dia, tentando ocupar aqueles que costuma fre-quentar centros ocupacionais.

Queríamos fazer-lhes saber que ainda gostávamos deles e então resolvemos organizar um encontro em linha. Divulgámos as músicas com cânticos gestuados, festejámos os seus aniversários e terminámos com uma bênção especial. Conseguimos visitar seis lares onde residem os nossos amigos. Mesmo sem os grandes abraços habituais, sentimo-nos todos mais próximos.

Agora que nos encaminhamos para um tempo mais fresco sem es-perança de que as restrições da Covid acabem tão cedo… Recomeçámos a encontrar-nos por Zoom.

Em Setembro, conseguimos reunir 17 dos nossos membros on line. Estamos a prever encontrar-nos todos os meses como dantes, utilizan-do o carnet de route deste ano.

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Além disso:

 Fizemos e distribuímos um calendário de recordações que apresen-ta as celebrações e os temas mais imporapresen-tantes que já vivemos jun-tos. Os aniversários dos membros estão anotados, assim como as datas das reuniões de cada mês.

 Pedimos aos nossos membros para fazer cartões de agradecimento para os trabalhadores da primeira linha e entregámo-los ao Hospi-tal local.

 Cada pessoa da equipa de coordenação adotou um ou dois mem-bros como "companheiros de telefone", para partilhar notícias entre as reuniões.

As nossas orações dirigem-se a todos os que lutam para estabelecer laços e que sentem o amor sempre presente de Deus e da comuni-dade neste tempos estranhos.

D R

(27)

No Chile

Bom dia a todo o Fé e Luz

Sou a coordenadora da comunidade "Capacidade de amor". Esta-mos em Santiago do Chile e gostaria de partilhar a nossa experiência nestes tempos de pandemia.

Encontramo-nos em linha uma vez por mês e partilhamos um te-ma do carnet de route, cantamos e fazemos jogos e apreciamos o tempo de partilha.

Todos aguardam com expectativa estes encontros. Entre os encon-tros, trocamos fotos… As novas tecnologias permitiram ao Espírito Santo chegar até nós, assim como Deus, Jesus e Maria.

Enviamos um beijo fraterno desde este cantinho do mundo. P V G Comunidade "Capacidade de amar", Santiago do Chile

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Na Colômbia

Todos os dias, Rigoberto envia uma oração

Este período foi muito difícil, não só para a nossa comunidade, mas para o mundo inteiro porque o vírus chegou de modo inesperado e fez-nos mudar totalmente os fez-nossos hábitos de vida. Comunicámos pelo telefone com cada um dos membros da comunidade. No nosso grupo WhatsApp, o Rigoberto envia todos os dias uma oração e enviamos tam-bém mensagens positivas a toda a gente. Todos os Domingos, o Padre Hermann envia-nos uma reflexão sobre o Evangelho do dia.

Encontrámo-nos virtualmente três vezes: em Julho, Agosto e Setem-bro. Tivemos a sorte de ser acompanhados espiritualmente pelo Padre Isaac do Peru e pelo Padre Hermann Rodríguez.

Foi uma alegria imensa rever os nossos amigos e partilhar as nossas experiências sobre a maneira como temos vivido este período de confi-namento. Demos graças a Deus pela saúde de cada um.

Para o terceiro encontro de Setembro, o Padre Hermann Rodríguez começou por uma bela oração por todas as comunidades Fé e Luz no mundo e pelas nossas famílias. Começámos o nosso ano com o tema nº 1 do novo carnet de route.

Espero que nos voltemos a ver, em breve e celebrar os 50 anos de Fé e Luz!

R T R -E R Comunidade "Caminho de Betânia", Bogotá

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Na Croácia

Rezar juntos em cada Domingo

Estamos muito contentes de ter podido retomar as nossas reuniões mensais em Junho, Julho e Setembro de 2020. O tempo estava bom e quente e por isso podíamos estar no exterior. Assistimos à missa juntos e como éramos 30, ocupávamos muito espaço na igreja.

Durante o período de confinamento de Março a Junho, tentámos ver-nos e rezar via reuniões Zoom em cada Domingo. Por isso conti-nuámos a ver-nos e a permanecer em contacto.

Em Junho, tentámos partilhar como é que tínhamos vivido este pe-ríodo difícil e estranho. Foi uma grande alegria. Tomámos precauções especiais para o almoço, em que cada um trouxe a sua própria refeição. Tentámos não nos abraçar nem beijar e ficar longe uns dos outros. É verdadeiramente estranho para nós, mas fizemos o melhor que soube-mos e estávasoube-mos felizes de nos podersoube-mos ver a sério.

Para os que não podem vir às reuniões, tentamos manter o contacto telefonando ou fazendo uma breve visita (apenas um dos nossos mem-bros como representante). Enviámos uma pequena encomenda com presentinhos a um membro que fazia anos e não estava autorizado a juntar-se a nós.

Interrogamo-nos sobre o que o Inverno vai trazer, mas esperamos que com a ajuda de Deus, continuaremos a manter-nos próximos dos nossos amigos com deficiência e próximos uns dos outros.

(30)

Na Dinamarca

Dois a dois

A comunidade "Vesterbro" já não se reúne desde Março. Mas en-contramo-nos a dois e dois para dar um passeio, telefonamos um ao outro e rezamos um pelo outro. Como não conseguimos organizar o Dia de Anúncio e Partilha, os membros deram dinheiro para a solidarie-dade, obtendo o mesmo montante que nos anos anteriores.

Ainda não sabemos quando será possível encontrarmo-nos todos de novo, mas esperamos ir a Lourdes em 2021 para festejar os 50 anos de Fé e Luz. Iremos a Lourdes na última semana de Julho com a peregrinação escandinava, que costuma realizar-se todos os anos.

Que Deus vos abençoe e vos proteja a todos.

I S

(31)

Em Espanha

Encontros virtuais

Ninguém poderia imaginar que tudo o que nos rodeia e a nossa vida quotidiana poderiam mudar tão de repente. Em 2020, demo-nos conta que sim. A Covid mudou as nossas relações uns com os outros e tam-bém mudou a maneira de nos reunirmos.

Na comunidade, temos a sorte de ter uma maioria relativamente jovem que domina as novas tecnologias. Desde há alguns anos, esta-mos mais próxiesta-mos uns os outros no nosso quotidiano graças a um grupo WhatsApp que, desde o confinamento, se tornou um ponto de encontro. Decidimos que era ele a nossa alter-nativa.

O acolhimento, as reflexões, os trabalhos manuais explicados por vídeo e as fotos dos re-sultados, as orações guiadas, as receitas ou as propostas de cânticos para os momentos de fes-ta fizeram parte dos encontros virtuais organi-zados pela nossa equipa de coordenação.

Além disso, nas redes sociais da nossa comunidade, fizemos parti-cipar os nossos seguidores em cada uma das atividades e dos resulta-dos. Se não pudemos reunir-nos e abraçar-nos, pudemos continuar a partilhar a vida cuidando dos laços que criámos nos últimos anos.

(32)

Uma ferramenta fundamental

Desde que fomos obrigados a anular os encontros, o WhatsApp tem sido a nossa ferramenta fundamental. Permanecemos em contacto uns com os outros quase todos os dias. Ana recorda os aniversários de cada membro da comunidade, dos membros da família ou os aniversá-rios do falecimento de pessoas queridas. É uma bela maneira de parti-lhar as boas notícias e a memória daqueles que partiram. Há sete pes-soas que não têm WhatsApp. Entramos em contacto direto com elas por telefone ou por intermédio dos que lhes estão próximos.

Durante o confinamento, enviámos todas as semanas orações para que cada um possa rezar em casa e assim ficar próximo de Jesus e dos membros da comunidade. Organizámos reuniões virtuais em Abril, Maio e Junho. Este foi o esquema:

 A equipa de coordenação da comunidade reúne por Zoom e confia uma tarefa a cada um.

 O assistente regista o tempo de oração.

 Tudo o que cada um preparou deve ser posto online antes da reu-nião.

 Enviamos um email às pessoas que não têm WhatsApp no dia se-guinte à reunião virtual com vídeos e com a oração.

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Um "verdadeiro" encontro

Para começar o ano, a equipa de coordenação procurou ver como organisar uma reunião virtual que se pudesse parecer com as reuniões que tínhamos antes. Esta realizou-se no dia 27 de Setembro! No fim, estávamos todos muito contentes do modo como se tinha passado, do contributo de cada um e de tudo o que tínhamos recebido para nos ajudar a avançar todos os dias.

Preparação e programa:

 Enviámos o novo carnet de route a cada um por email e escolhemos o tema nº 1: A vocação de Fé e Luz, Tu chamaste-nos a seguir-Te.

 Leitura da oração de Fé e Luz no início de cada encontro.

 Cântico: "Pescador de homens", magnífico, todos cantámos acom-panhados pela viola.

 Cada um preparou um desenho de um peixe com o seu nome dum lado e nas costas uma frase dizendo o que é Fé e Luz para ele.

 Leitura da meditação do mês.

 Leitura do Evangelho da pesca milagrosa (Lc 5, 2-11).

 Divulgação do vídeo proposto sobre esse tema.

 Reflexão e respostas às três perguntas apresentadas.

 Jogo surpresa interativo: "Kahoot !" quizz em linha preparado com perguntas e fotos que cada um terá enviado. Foi muito divertido!

 Leitura da oração todos juntos.

 Lanche cada um em sua casa.

E G Comunidade "Maná", Madrid

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Páscoa em casa

Durante a semana santa, o período de confinamento mais duro em Espanha, as comunidades da província "Terra et Mare" encontraram-se para celebrar a Páscoa à distância ou melhor Páscoa juntos pelo

cora-ção. Todos os dias da semana, Domingo de Ramos, Quinta Feira Santa,

Sexta Feira Santa, Sábado Santo e Domingo de Páscoa, a equipa provin-cial enviou aos coordenadores de comunidade e estes aos seus mem-bros, uma proposta simples de oração a fazer em casa. Eram convida-dos a rezar ao mesmo tempo em família. Àqueles que estão mais isola-dos em casa ou em instituição, foram enviaisola-dos por vídeo.

Propostas de orações simples, com leituras acessíveis, acompanha-dos de gestos e de música, ao estilo de Fé e Luz. As orações terminavam sempre com um gesto a partilhar via WhatsApp. Também, enviaram fotos à equipa provincial. Durante todo o confinamento, fizemos tam-bém uma oração dominical do mesmo estilo. Partilhámos algumas fo-tos destes dias que nos ajudaram a viver Fé e Luz em casa.

J C Coordenadores da província "Terra et Mare"

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Tantas mudanças!

Já não nos vemos, já não nos abraçamos... Ao princípio pensávamos que istoa não ia durar; as nossas relações por telefone ou WhatsApp continuam até agora; estamos a tentar adaptar-nos à nova realidade.

Durante os quase dois meses de confinamento em casa, a comuni-dade "Sem Barreiras" manteve-se unida pelo telefone e WhatsApp, fomo-nos apoiando e partilhámos o nosso dia a dia para saber como estávamos e para ter notícias da Nuria, da Fátima e da Rocío que vivem em instituições e foram afetadas pela Covid. Meses muito duros para a comunidade pois quando um membro sofre, sofremos todos com ele; é assim que nós vivemos em Fé e Luz.

A Rosário e a Maria José ficaram muito afetadas por não poder visi-tar as filhas. Apesar de esvisi-tarem em contacto diário com a instituição pelo telefone e videoconferência, isso não era suficiente. Elas estavam muito aflitas e tristes.

Felizmente, a Nuria, a Fátima e a Rocío venceram o vírus como campeãs, confinadas nos seus quartos. Alguns de nós enviaram-lhes vídeos de encorajamento e de apoio.

(36)

Ao meio dia, durante o confinamento, o Angelus soava todos os dias. O Pe Jesús Recuero, pároco e nosso assistente, subia à torre sinei-ra pasinei-ra fazer tocar os sinos com força e enviar a sua bênção a todo o bairro. Às 20 horas, íamos todos à janela ou aos terraços para aplaudir o pessoal da saúde que cuida de nós. O Pe Jesús voltava a subir à torre para fazer tocar os sinos ainda com muita força depois de celebrar a missa, sozinho com Ele.

Nós seguimos as celebrações e as eucaristias pela televisão ou pela internet. Vivemos essas celebrações com fervor a partir de casa. Afinal, este tempo de confinamento ajudou-nos a aprofundar a nossa medita-ção pessoal e a manter o Evangelho mais vivo.

A comunidade manteve-se em contacto permanente com as comu-nidades da província "Terra et Mare". Vivemos juntos as celebrações da Quaresma, da Semana Santa e da Pascoa. Celebrações adaptadas àque-les que estão no coração das nossas comunidades, àqueàque-les que têm ca-pacidades diferentes, em especial a capacidade transbordante de amor.

Rezámos muito durante todo este período, especialmente pelos doentes e pelas pessoas de Fé e Luz que morreram. Sabemos que Jesus está no meio de nós, não temos medo e continuamos a partilhar a nos-sa vida.

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Olhos que sorriem

Durante o confinamento, de Março a Junho, a nossa comunidade realizou reu-niões virtuais com a equipa de coordena-ção para refletir sobre o que poderíamos fazer para motivar a comunidade e igual-mente falar do contacto que tínhamos com as pessoas com deficiência via Inter-net.

No grupo WhatsApp, publicamos to-das as semanas um dos álbuns de fotos de antigas reuniões. As famílias não vêm muito esse grupo, mas quando lhes tele-fonámos, disseram que estavam impaci-entes de ver as fotos.

Um dia, fizemos um jogo que nos

di-vertiu muito, chamámos-lhe: olhos que sorriem. Dado que agora com as máscaras já não podemos ver os sorrisos, temos que aprender a ver os olhos sorridentes. Pedi às famílias que me enviassem uma foto. Cor-támos os olhos e realizámos uma montagem para jogar a adivinhar quem era quem. Propusemos este jogo a todos os responsáveis da Cata-lunha.

Em Julho, quando tudo estava mais solto, tivemos uma mini-reunião com as famílias. Muitas tinham medo e não vieram. Foi curto, numa das paróquias da cidade, afastados uns dos outros, com todas as medidas de segurança. Pelo menos podíamos ver-nos! Cada um contou o que tinha sentido durante o confinamento e o que tinha feito. Depois comemos gelados e fomos passear na praia. Durou uma hora e meia. Aqueles que o desejaram puderam ficar para a missa vespertina.

Desde Outubro, decidimos fazer uma coisa mais simples. Todos os meses enviaremos um dos desenhos do carnet de route com uma bela frase e a meditação proposta. Vamos enviar às pessoas com deficiência um envelope contendo uma carta, um presentinho e um desenho para pintar. À tarde farei a distribuição para que a carta chegue a cada uma.

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para nós e nós queremos acima de tudo manter os laços entre nós para manter a nossa comunidade viva.

Mando abraços e beijos para todas as comunidades Fé e Luz do mundo. Como diz Fano: "continuemos a remar".

C C

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Em França

Carta de Setembro

Sabemos quantos de vós aguardam com impaciência o retomar dos encontros da nossa comunidade e nós também fazemos parte desses.

Mas a situação sanitária em torno do virus obriga-nos a anular os encontros de Setembro e de Outubro. Enquanto esta situação não esti-ver esclarecida não poderemos reunir. Temos instruções estritas dos nossos responsáveis internacionais e eclesiais. Não se podem fazer cor-rer riscos aos mais frágeis entre nós. Contudo propomos um grande número de atividades para compensar:

Primeiro, vamos recomeçar a nossa correspondência bimensal na qual partilhamos fotos, orações e informações de cada um.

Cada envio conterá uma oração realizada por um ou uma de nós que servirá como oração da comunidade— peguem nas vossas canetas!

Vamos organizar encontros em binómios para o 4º tempo de Fé e Luz. A equipa de coordenação escolherá e informa-nos do nome do nosso binómio que poderemos contactar, encontrar, com quem pode-remos falar… Sem esquecer os gestos barreira! Cada um é livre para a organização deste tempo de partilha. A equipa pede apenas a cada binómio de informar sobre a experiência vivida para que seja dado conhecimento a todos. Regularmente os binómios mudam.

Organizaremos os Dias de Anúncio e Partilha nas paróquias, numa equipa restrita sem as pessoas frágeis, para poder apresentar o Fé e Luz, a nossa bela comunidade, vender alguns bolos e recolher algum dinheiro para irmos todos a Lourdes em peregrinação no fim de 2021.

Mantemos a oração individual da 4ª feira ao fim da tarde, a partir da oração enviada, em união com toda a comunidade.

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Mantemos e voltamos a enviar-vos a lista dos membros da comunida-de por quem nós rezamos todos os dias durante o mês.

Realizaremos, como durante o confinamento, uma partilha catequéti-ca sobre uma passagem do Evangelho, com desenhos para pintar e jogos.

Existirão outras surpresas que vos enviaremos durante estes tempos em que não será possível encontrar-nos.

Pensamos muito em todos, rezamos por todos e mandamos um abraço bem apertadinho.

M -C R G

Comunidade "A Semente que Floresce", Orléans

A equipa de coordenação da comunidade enviou também um carta pessoal a seis dos seus membros pedindo-lhes um testemunho que será partilhado por toda a comunidade. A pergunta é diferente de cada vez:

 Conta-nos a tua história mais bonita em Fé e Luz?  Fé e Luz o que é para ti?

 Porquê fazer parte de Fé e Luz?

 Fé e Luz, é o quê para a tua família, para ti e para o teu conguje e os teus filhos? O que vos traz?

 Em que é que o Fé e Luz te ajuda a viver no teu dia a dia?  A minha vida com Fé e Luz? Fé e Luz a minha segunda família!

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Todos os Domingos

Desde o início do confinamento, reuníamo-nos todos os Domingos às 17 horas, por telefone: trocávamos notícias, meditávamos sobre o te-ma do mês proposto no carnet de route, que nessa altura se intitulava "Jesus é o caminho" e acabávamos com um tempo de oração e de inter-cessão.

Testemunhos:

 Sair do confinamento , durante o tempo do encontro, e sentir-se proje-tado como num encontro habitual. (Nicole)

 Acho que isso é muito aberto e muito grande. (Pierre)

 Continuámos a seguir o nosso carnet: letura do Evangelho a várias vozes. (Nicole)

 Conseguimos que as pessoas silenciosas partilhassem deixando-lhes tempo para dizer a sua intenção na oração. (Nicole)

 Rezo a Nossa Senhora de Lourdes por todo o Fé e Luz e também por todo o mundo. (Hilaire)

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Obrigado WhatsApp !

Desde os primeiros tempos do confinamento organizámos um gru-po WhatsApp e praticamente toda a comunidade estava conectada!

Os aniversários destes meses de confinamento foram festejados no próprio dia e assim tivemos vários reis e rainhas por um dia! A Lucie cantou os parabéns a você. Do Lar da Pauline e da Emmanuelle forma-nos enviados vídeos. A Julie "enviava-forma-nos" bolos que devorávamos com os olhos!

Tivemos um encontro por WhatsApp no Domingo de Páscoa. A Blandine explicou-nos como festejar bem a Páscoa quando se está sozi-nho e recebeu muitas mensagens muito queridas, em especial da Vivia-ne e da MadeleiVivia-ne que também estão sozinhas. A Cécile contou-nos os seus talentos de costureira e de dona de casa. O Etienne levou-nos a Ardèche para o meio das suas ovelhas. A Catherine e a Blandine apre-sentaram-nos as suas últimas netas Ava e Elisabeth…

Na Sexta Feira Santa, algumas pessoas viveram o lava-pés em casa, como nós sabemos fazer! Ficámos várias evzes unidos em oração via YouTube, onde o André, nosso diácono assistente, participava nos ofí-cios litúrgicos.

Ninguém ficou seriamente doente na nossas comunidade. Vivemos este momento mantendo-nos bastante ligados, mas a presença "ao vi-vo" faz-nos falta e espero que não demoremos muito a rever-nos !!!

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"A Gazeta"

Eis o que organizámos para continuar a dar vida à comunidade nestes tempos de confinamento e de difícil regresso à normalidade.

 Durante quatro meses, através do site "Famileo", produzimos uma "Gazeta" mensal para dar e receber fotos e textos que podíamos postar diretamente no site. Cada um podia assim manter-nos um laço com a comunidade. Não é o ideal, mas foi o melhor que sabía-mos.

 Fizemos 17 assinaturas para cada uma das pessoas com deficiência, com um custo de 5,90€ por número em papel. O resto da comuni-dade recebia a gazeta em PDF.

 Para este ano letivo, vamos organizar encontros em pequenos gru-pos no Sábado à tarde: uma passeio, uma visita a um lar, um mo-mento de oração… talvez um lanche.

M T e E M

Comunidade "Arco Íris", Grenoble

"A Gazeta", (16 páginas) permite publicar diretamente notícias e fotos. A paginação é automática e o resultado é muito bonito. O site existe em várias línguas: www.famileo.com/famileo/fr-FR/

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Rezar com São Francisco

Apesar da pandemia, pudemos encontrar-nos no ínicio de Setem-bro, no exterior, e no início de OutuSetem-bro, numa sala, mantendo as dis-tâncias e com as nossas máscaras. É claro, que algumas pessoas não ou-saram vir por medo do coronavírus. Para esses, imaginámos algo para manter o contacto:

Pegámos no Evangelho do juízo final (Mateus, 25) em ligação com a festa de S. Francisco de Assis. Fizemos a mímica proposta e depois con-támos a história de S. Francisco e, entre outros, o episódio do lobo de Gubbio e o do corvo e o pardal. Depois lemos a oração simples de S. Francisco.

Para a atividade, enviámos a cada um um marcador com uma pintura represen-tando S. Francisco de Assis e nas costas a sua oração. Cada um enfeitou a oração com grinalda de flores.

Vamos tentar manter a ligação com cada um enviando sempre que possível um postal ou um desenho aos ausentes. É claro que os SMS funcionam entre nós assim como o telefone para as notícias. E depois cada um dá notícias aos outros daqueles com quem contactou. Vivemos uma verdadeira união em toda a comuni-dade: rezamos por uns e outros, doente ou confinado e é um momento muito rico.

Durante o confinamento, propusemos a todos de assistir à mesma missa pela televisão e de fazer um desenho todas as semanas ligado ao ano litúrgico: flores, cruz, sol, árvore, caminho... E no encontro de Se-tembro fizemos um painel com todos estes desenhos.

E são estes os nossos pequenos recursos para continuar a dar vida à nossa comunidade...

C T

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Cultivemos legumes e frutos

Obrigado aos coordenadores internacionais por toda a atenção e o afeto que nos dão através da vossa carta a todas as comunidades. Em relação ao vosso pedido de partilha sobre as diferentes possibilidades de acompanhar as comunidades articulando com as precauções sanitá-rias, eis aminha resposta: cultivemos legumes e frutos! Onde nos en-contrarmos: ao lado do nosso local de reunião (sala paroquial), numa relva ou recanto de terra, em qualquer lugar!

Isto tem a vantagem de ser ao ar livre e assim, contribuímos com pequenos passos para a solidariedade alimentar e também para uma melhor saúde para cada um!

Alguns de nós, que não queiram ou não se possam pôr de joelhos, podem preparar as sementes em vasos em cima duma mesa.

Nós ainda não fizemos a experiência, mas já a pensámos. É apenas uma pista que partilhamos com todos porque acreditamos que é boa e bonita.

S

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Obrigada por nos terem estimulado

A nossa comunidade tem 45 membros regulares! Durante o confina-mento, mantivemo-nos em contacto pela internet, telefone e visitas in-dividuais. Na sequência da mensagem do Raúl e da Maria Sílvia, decidi-mos retomar as nossas reuniões um Domingo por mês, mas de uma for-ma diferente para respeitar as norfor-mas sanitárias.

A nova fórmula para os nossos encontros: seis pequenos grupos reu-nidos das 15h às 16h30 a partir de Novembro com um chefe de equipa e um ajudante. A paróquia pôs à nossa disposição seis salas onde pode-mos respeitar a distanciamento social e as normas dos lares.

Os nossos encontros fazem-se como antes, com a troca de notícias, um tema do carnet de route comum às seis equipas, uma meditação e um tempo de partilha, canções. Cada chefe de equipa traz um lanche (bolos individuais). O nosso primeiro tema foi: Esta família que Tu nos

deste e o Evangelho de S. Marcos 2, 1-12 que fala do cuidado a ter uns

com os outros e o nosso desejo de encontrar Jesus. Desejamos também aprofundar a oração do Pai Nosso meditando uma frase em casa encon-tro.

Depois da reunião, os chefes de equipa poderão ficar numa sala para falar (ou ligar-se por Zoom). Todos os meses realizamos um jornalinho

Carnet de route 2020-2021 Esta família que Tu nos deste

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com as notícias e os testemunhos dos grupos, fotos e/ou desenhos… Antes de cada encontro a equipa de coordenação reúne-se como antes com o nosso diácono assistente, Luc Martel.

O encontro é o coração de Fé e Luz. Quando um amigo me abraça, diz-nos a Natalina, tenho a sensação de que a minha deficiência

desa-parece e, durante um curto instante, tenho a impressão de ser como os outros e isso faz-me um bem enorme. Não podemos abraçar-nos, mas as

palavras amigas e os olhares que trocamos estão presentes para nos di-zer que nos amamos.

C P A M A H Comunidade "A Pomba", Neuilly

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Acabaram as refeições e os lanches!

Durante o confinamento, a comunidade continuou as suas ativida-des através duma cadeia telefónica que funcionou muito bem e depois enviámos postais pelo site "Feezer" com uma foto de todos os membros da comunidade. Depois, fizemos dois jornais de quatro páginas recapi-tulando todas as atividades de cada um durante o confinamento com uma palavra do nosso assistente.

Desde Setembro reunimos no Domingo à tarde numa Igreja para respeitar os gestos barreira, com um tempo de acolhimento, um tempo de partilha em torno do carnet de route e a preparação da missa que celebramos juntos. Infelizmente já não partilhamos refeições, nem lan-ches, o que era muito importante para nós!

C G

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Uma oração especial para o confinamento

Durante o confinamento telefonámos uns aos outros e cada um re-cebeu pelo correio ou mail a oração "especial confinamento" que en-contrámos no site do OCH (Office Chrétien des Personnes Handi-capées—Secretariado Cristão das Pessoas com Deficiência).

Em Maio encontrámo-nos em pequenos grupos num jardim. Em Setembro instalámo-nos na cave da coordenadora com todas as portas abertas respeitando o distanciamento, com loiça descartável e o gel nas mãos antes do lanche.

Em Outubro voltámos à sala paroquial com máscara, gel, distancia-mento e retomámos o carnet de route. Tivemos alguns ausentes mas por outras razões que não o medo da Covid.

D L

Oração de apoio

Senhor, em comunhão com toda a Igreja e o Papa Francisco, voltamo-nos para Ti:

Ajuda-nos a fazer que este período de perturbação e de confinamen-to nos permita redescobrir a beleza das pequenas coisas, das peque-nas atenções aos que nos estão próximos, os nossos pais, os nossos amigos e os nossos vizinhos.

Com a ajuda do Teu Espírito, ajuda-nos a compreender que nessas pequenas coisas, está o nosso tesouro.

Ajuda-nos a renovar os gestos de ternura, de afeto e de compaixão

para ir ao encontro daqueles e daquelas que mais precisam.

Confiamos-Te especialmente as pessoas doentes e as pessoas com deficiência e todas aquelas para quem este período é fonte de angús-tia e de grande solidão.

Confiamos-Te igualmente todos os que perderam um ente querido assim como todas as pessoas que cuidam dos doentes, pondo em ris-co por vezes a sua própria vida.

Confiamos-te por fim todos aqueles e aquelas que trabalham hoje para que nós possamos continuar a viver no dia a dia. Obrigado por estes talentos desenvolvidos e estes entusiasmos de generosidade em todo o mundo.

Com a ajuda da Virgem Maria, ajuda-nos a não te perder de vista e a caminhar juntos em direção à luz da Páscoa.

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O sol brilhou sempre

Eis como atravessámos este longo tempo sem possibilidade de en-contros, entre o dia 2 de Fevereiro e o dia 11 de Julho, inédito desde a criação da comunidade em 1997.

Foi nossa grande preocupação enviar um mail especial aos mem-bros da comunidade (e pelo correio para aqueles que não têm internet) nos dias previstos para os encontros que não se podiam realizar. Tam-bém usei o vídeo para enviar uma mensagem pessoal à comunidade: com as minhas filhas divulgámos uma canção com gestos. Lançámos um concurso de adivinhas de canções com gestos (dez canções sem as palavras, para adivinhar o título). Enviámos a cada um uma lista com telefone e foto para que pudéssemos telefonar uns aos outros. Enviá-mos também um calendário dos aniversários. Isso foi muito importante para que os laços continuem e se fortifiquem.

Por fim, quando terminaram os dois meses de estrito confinamento visitei pessoalmente cada um. Foi uma grande alegria. Consegui fazer uma foto de cada um e pude partilhar por mail algumas notícias mas sobretudo os belos rostos de uns e de outros. A nossa comunidade con-tinuou assim a viver, e o sol da nossa comunidade brilhou sempre!

M B Comunidade "Sol", Dijon

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Na Hungria

Como manter a chama viva?

No dia 6 Setembro em Budapeste, organizámos uma festa reduzida tendo em conta as precauções sanitárias, pondo a tónica no encontro pessoal. Durante a missa houve primeiras comunhões.

Para tornar a festa mais bonita, aprendemos a cantar a música que acaba de ser composta para a oração de Fé e Luz. Durante o confina-mento de Março, tínhamos pedido a um músico muito conhecido para compor uma música com a letra desta oração em húngaro. Como tínhamos tempo, ele fê-lo com prazer. Aquando da reunião, desco-brimos a melodia.

A dança está intimamente ligada à festa. Para manter as distâncias necessárias, segurámo-nos com lenços, formando uma roda grande. Foi um bom momento juntos.

Durante o confinamento, as nossas comunidades encontraram-se

online. Mas neste Verão, a maior parte dos campos de férias puderam

realizar-se. Alguns foram encurtados, por vezes, duraram só a um fim de semana, mas tínhamos sede uns dos outros.

As comunidades da Hungria

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O poder da oração

Eis o que fizemos :

Mantivemo-nos em contacto por telefone e visitámo-nos. Visitar um membro da comunidade e a sua fa-mília permitiu que nos conhecesse-mos melhor.

Precisamos de nos entreajudar e partilhar os nossos medos. Se posso telefonar a alguém de Fé e Luz, sinto -me rapidamente aliviada e melhor. Partilhámos os nossos receios e as nossas preocupações.

Rezámos uns pelos outros. Não

deve-mos ter medo de pedir aos outros que rezem por nós.

Tentámos proteger a saúde de cada um. Foi por isso que nos contac-távamos por Messenger, Skype, Zoom ou WhatsApp, o que nos per-mite igualmente de nos vermos. É tranquilizador podermos ver-nos.

Enviámos a lista dos nºs de telefone a cada membro para nos poder-mos telefonar a qualquer momento para pedir ajuda ou partilhar os nossos sentimentos.

Quem não estava em quarentena fez as compras para os que estavam.

O meu marido faleceu durante o confinamento. Foi aí que eu experi-mentei o que significa verdadeiramente pertencer à família Fé e Luz. Pedi e recebi muita ajuda. Os meus irmãos e irmãs fizeram-me sentir a bondade do amor e a solicitude de Deus. Podia telefonar a qualquer momento, mesmo à noite já tarde. Rezámos juntos ao telefone. Eles rezaram por mim. Senti o poder da oração. Foi o que nos manteve. Uma vez, cruzei-me com uma amiga da comunidade na escada. Pen-so que ela foi enviada pelo Senhor. Depois de a ter encontrado, fiquei totalmente renovada. O meu filho com trissomia ajuda-me também muito. Sinto-me mesmo privilegiada de o ter.

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Em Itália

Próximos, à distância

O confinamento começou: nada de amigos, nada de cine-ma. Encontros de amigos anulados. E o maior sofrimento: não poder ver os amigos de Fé e Luz. O último encontro com a minha comunida-de comunida-de Rho tinha sido tão rico, tão intenso. Um belo dia juntos, com anúncio e partilha, um almoço e um espetáculo que envolveu toda a gente. O calendário estava pronto e tínhamos previsto numerosas reu-niões. Mas não. Tudo parou. Desde a festa de aniversário da Glenda à formação provincial, do conselho internacional, previsto para meados de Março no Egipto, à assembleia nacional italiana prevista para Ju-nho. Paragem forçada.

A vontade de ter notícias uns dos outros, de nos abraçarmos e nos beijarmos era forte demais. Mas o que fazer sem sair de casa? A única solução, para além das chamadas telefónicas e pelo WhatsApp, eram as redes sociais. Foi assim que nasceu "Próximos, à distância', o slogan do lançamento de vídeos que nos permitiriam de nos sentir próximos das comunidades, de cada família e de cada pessoa.

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E depois chegou a vontade de ouvir os vídeos do Padre Marco: os comentários sobre a Palavra de Deus eram preciosos e sentíamos falta do seu acompanhamento. Gostei muito desses vídeos que me fizeram sentir menos sozinha. Es-pero que eles tenham ajudado ou-tras pessoas a passar estes dias es-tranhos.

A criatividade está em casa em Fé e Luz. Vi concursos de cozinha, outros vídeos para aprender can-ções, mensagens do Padre Mauro, arco-íris pintados com as palavras:

Vai tudo ficar bem! O Matteo a

pre-parar massa para a mãe Luisa… Mas também recebi mensagens tristes. Chorei... Rezei pelos meus queridos amigos fechados no Hos-pital e depois em casa.

O confinamento ensinou-nos a encontrar tempo para nós. Mesmo se não poder sair, cria stress, continuem a usar a imagina-ção. Encontrem tempo para rezar. As redes sociais mostraram-nos que podem ser úteis para isso: seguir uma Via Sacra, a missa, escutar medi-tações...

Vermo-nos outra vez é um desejo imenso. Assim que possamos abrir as portas das nossas casas, vamos correr uns para os outros para celebrar. Será uma grande alegria.

O confinamento ensinou alguma coisa a toda a gente. A primeira, para mim, é que ficar próximos, mesmo à distância, permite fazer cres-cer a esperança. E a cres-certeza que Fé e Luz é uma grande família constitui todos os dias, a minha grande esperança. Estamos contagiosos, sim, mas é um contágio de amor. E, mesmo longe, sabemos dizer uns aos outros: és precioso para mim, amo-te tanto!

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E depois foi o confinamento

Logo no início da pandemia, estávamos otimistas quanto à possibi-lidade de nos reunirmos, pensávamos que era só preciso tomar algumas medidas de proteção suplementares, mas que no fim as coisas se iam manter como de costume. Mas as restrições vieram. Um dos nossos "ragazzi" (pessoa com deficiência) disse: "Se já não nos podemos

abra-çar, já não é Fé e Luz!"

Num certo sentido ele tinha razão. Fé e Luz assenta em relações baseadas em contactos humanos, consequência de laços de amizade e a nossa maneira de provar a nossa atenção ao outro.

Quando veio o confinamento, todas as dúvidas foram varridas por uma realidade bem mais dura: os contactos físicos eram proibidos e todos devíamos ficar em casa. Como se pode viver uma amizade sem os "instrumentos" de base de que precisamos? A tecnologia e a criativida-de vieram salvar-nos. As recriativida-des sociais, os instrumentos informáticos e as chamadas com vídeo tornaram-se os nossos olhos e as nossas vozes.

A nossa comunidade começou por um concurso de cozinha: cada família tinha que preparar um prato italiano para pres-tar homenagem ao nosso país, tão dura-mente afetado e filmar a atividade. Os nossos "ragazzi" gostaram de amassar al-mondegas de carne ou enfeitar bolos com as cores da nossa bandeira. O mais agra-dável era ver os vídeos e comer essas obras primas culinárias! Como o vírus se espa-lhou por toda a Europa, fizemos um novo concurso de cozinha atribuindo a cada família um país da Europa para preparar um prato típico.

Criámos um vídeo que descrevia cada membro da comunidade mostrando um objeto com um significado especial para ele. O gesto tinha que ser simples, para que todos o pudessem fazer:

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a pessoa devia apanhar o objeto vindo do exterior do ecrã, fazer com ele algo de significativo durante alguns segundos e depois fazê-lo desa-parecer do ecrã. O vídeo final mostrou-nos um traço específico da nos-sa personalidade com um valor especial nas nosnos-sas vidas.

Dois "ragazzi" lançaram uma espécie de evento diário em vídeo: cantaram uma canção diferente todos os dias às 18 horas exatas.

Era comovente e ao mesmo tempo engraçado. Todos nós apreciámos as suas habilidades. E então, organizámos um concurso de canções, com árbitros e notação. Vimos esses vídeos uma centena de vezes e morremos a rir de cada vez que os revemos. A nossa comunidade man-teve-se bem viva e apaixonada nesses rostos de cantores espalhados num ecrã como um mosaico colorido.

Hoje em dia, o vírus está de volta com as suas restrições. Podemos sentir a que ponto sentimos falta uns dos outros. Não podemos fazer uma oração ou uma refeição no mesmo espaço, mas sabemos que esta-mos juntos, mesmo separados. Regresseesta-mos então à pergunta inicial:

«Será isto ainda Fé e Luz?» E respondemos francamente: «Sim, talvez não completamente, mas Fé e Luz faz-se de relações e elas continuam aqui intactas".

S M

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Temos saudades dos momentos espirituais

Durante o confinamento, criámos um chat no WhatsApp onde to-dos os membros da comunidade se inscreveram menos dois ou três que não têm acesso à internet. Utilizamos esse chat para dizer bom dia, para dar e receber notícias... e para nos sentirmos menos isolados. Os outros são contactados por telefone.

Num futuro próximo, não estamos a pensar reunir-nos fisicamente. A nossa paróquia não tem espaços grandes e alguns amigos não com-preenderiam que não nos abraçássemos.

Enquanto não há frio podemos dividir a comunidade em dois ou três grupos para dar um passeio e comer um gelado. Infelizmente, te-mos falta os tempos espirituais da reunião mas com este Covid que vai e vem, o medo em Turim ainda é muito grande.

Unidos em oração com cada um de vocês.

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Pequenos gestos

Depois da última reunião em Fevereiro e a anulação da de Março e após um momento de perplexidade, começámos a organizar encontros por Zoom com algumas dificuldades mas, pelo menos, podemos ver-nos e discutir sobre o que íamos fazer.

Para a Páscoa, enviámos um postal a cada pessoa com deficiência e, de tempos a tempos, organizámos chamadas de vídeo em pequenos grupos via WhatsApp com as famílias ou os lares para aqueles que vi-vem em instituição.

Durante o Verão com alguns jovens, organizámos pequenos grupos para comer juntos um gelado ou uma pizza mas muitas famílias ficavam em casa por precaução e as pessoas que vivem em lares não podiam re-ceber visitas.

Atualmente decidimos voltar a festejar os aniversários, preparando um presente ligado com um momento feliz da comunidade: como um individual com uma foto da nossa comunidade, uma t-shirt com uma foto da pessoa festejada...

Um pequeno gesto para nos sentirmos mais próximos através das fotos que fizemos juntos e esperamos a ocasião de nos revermos nem que seja para um simples passeio.

(59)

A covid não pára Fé e

Luz!

Durante o confinamento, as tecnologias permitiram-nos mantermo-nos próximos. Não podíamos encontrar-nos, mas com os novos meios de comunicação, podíamos ver-nos, fazer companhia uns aos outros, discutir...

Os que não têm WhatsApp foram contactados pelo telefone ou pelo correio. Tentámos apoiar-nos uns aos outros para que ninguém se sen-tisse sozinho.

Também conseguimos fazer jogos divertidos, contar anedotas... Pusemos em linha jogos com adivinhas simples para estimular a imagi-nação, mantermo-nos ocupados e passar o tempo. Afim de implicar mais pessoas, tentámos fixar uma hora que convinha a toda a gente, ou ao fim da tarde, como as 18 horas ou depois do jantar pelas 21 horas. Para muitos, este tempo de jogo tornou-se um encontro incontornável porque nos divertimos, e passamos uma hora despreocupada. Eu diverti -me muito a organizar esses jogos e a procurar os conteúdos. Foi uma tentativa, mas o objetivo foi atingido com muito sucesso. Com o passa palavra uns aos outros, nos últimos tempos toda a gente se liga a esse tempo de divertimento. Cada um estava em sua casa, mas sentíamo-nos próximos de todos com simplicidade, rindo e divertindo-nos juntos.

A amizade aproxima-nos, encurta as distâncias, estamos unidos por laços que se reforçam e se apoiam mutuamente.

F A

(60)

As receitas da comunidade de Rho

De repente, em poucos dias, ficámos separados, sem possibilidade de nos encontrarmos. Desde o princípio, cada um de nós tinha vonta-de vonta-de se manter em contacto com os outros. O nosso telefone e o nos-so grupo WhatsApp tornaram-se incontornáveis. Quem não se pôde ligar ao grupo foi contactado individualmente. Desde o primeiro dia do confinamento, organizámos tempos em conjunto:

 Domingo de Ramos: em vez da festa tradicional e do almoço jun-tos, toda a gente enviou uma foto ou um vídeo com os braços es-tendidos como sinal dum abraço com uma canção.

 Páscoa: pedimos a cada um que preparasse um postal de boas fes-tas e que a fotografasse. Todas as fotos dos postais foram reunidas num vídeo único que nós partilhámos. Pedimos a cada pessoa que enviasse os vídeos ou fotos das suas atividades durante o confina-mento. Muitos eram atividades físicas variadas para manter a for-ma, mas também de cozinha e de tarefas domésticas.

 Cada um de nós partilhou a sua receita preferida, por vezes acompanhada de fotos. Po-demos dizer que neste período difícil e exigente, descobrimos algo de belo: a nossa amizade e o nosso desejo de estarmos juntos são verdadeiros e pro-fundos. A procura e a desco-berta de relações pessoais es-tão mais vivas do que antes.

M Comunidade de Rho

(61)

Troca de fotos

Algumas fotos dos momentos vividos pelas comunidades "Semente de Esperança" de Mazara del Vallo.

Feliz Páscoa

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A esperança

As mães

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No Líbano

Lá onde está o amor

Lá onde está o amor, o sofrimento pode coexistir com a alegria. E essa alegria é o que distingue a comunidade Fé e Luz.

Como compensar com coisas simples os tempos que vivíamos an-tes, como a presença, a celebração, a oração, a amizade, a evangeliza-ção, a missa, as refeições, a dança, os trabalhos manuais, os jogos, os cânticos…? Já não podíamos viver isto tudo.

Desde que ficámos em confinamento, dei voltas à cabeça para encontrar as melhores soluções para comunicarmos uns com os ou-tros, mesmo à distância… Graças às redes sociais e ao WhatsApp, pudemos reconfortar -nos, ter conversas divertidas e trocar fotos que mostravam como vivíamos nas nossas casas.

Cada semana, às quartas feiras às 19h, tínhamos um tempo de oração.

Partilhávamos todos as nossas orações de pedido e de ação de graças pedindo ao Senhor que pusesse fim a esta pandemia e de regressar à vida normal. O mais importante, que nos pudéssemos rever.

R N Comunidade "São João Batista", Bauchrieh

(64)

Visitas em caravana

Durante o confinamento, pensámos muito nos membros da nossa comunidade “Fé e Luz Biblos” que fazem parte da nossa família. Pensá-mos muito como ajudá-los, estar ao lado deles apesar do confinamento que nos separava.

Organizámos três atividades:

 Como contactar o nosso amigo?

O nosso objetivo era assegurar a saúde dos membros enquanto reforçávamos as suas amizades.

Cada jovem devia ligar a um amigo e fa-zer algumas perguntas:

 Qual a tua comida preferida?

 Aprendeste alguma coisa nova duran-te o confinamento?

 Queres cantar comigo?

 O que tens feito em casa?

 Estás pronto para uma adivinha?

 Lembras-te do que fizemos du-rante o campo de férias?

Depois, partilhávamos estas notícias e informações no grupo de WhatsApp dos jovens.

Como rezar à distância ?

O nosso objetivo era que nos encontrássemos num ambiente de oração afim de renovar a es-perança.

Cada família preparou um canto de oração perto das suas casa. Depois visitámo-los de carro, em caravana, acompanhados por cantos religiosos.

Referências

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