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SARTORIUS A M A IO R F A Ç A N H A N A V A L HISTORIA A N TIG A E M O D E RN A.

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S A R T O R I U S

E A SUA

e s q u a d r a

*;'-H IS T O R IA A N T IG A E M O D E R N A .

o Tice-AIinirante espera de seus camaradas o apoio mais eSicax em leia esforças com deaodo e deliberação no ataque contra Portugal &c.

La waie épreuve du courage N’ est que dans le danger que l’ on touche du doigt : Tel le cherchait, dit-il, qui, changeant de langage,

S’enfuit aussitôt qu’il le voit

Fables de la Foulaine , Liv. 6. Fab. t.

titu lo e n ig m á tic o ! C o m o se p o d e d e c ifr a r ! E sta m o s n o le m p o d<rs beiii co n h ecid os A rú sp ic es p aru os c o n su lta rm o s ? S a r lo r im e a s u a lilsq u ad ra ! F o rte desconserto d ’ id e ia s ! P u la - Aras s*'(n n e x o ! S< n lid o vago e in iie ie rm in a d o ! A s s im e x c la m a - l â o a lg n n s p c h o z o s , e m alsin s tie p a la v r a s ; m as eu q u e zo m ­ b o d a s vo zeiias destes Senh ores ; dos brados destes rígid os S e­ c ta rio s d e Q u i n i i i li a n o y q u e to lh em os vpõs d a im a g in a ç ã o q tieierid o ser e x c e s iv a m e n te m e th o d ic o s, g f a r d a n d o a ex^ C lídão n ia lh e m a lie a em seus e scrip lo s in d ig e s to s , e c u e g á m a is a t lin - g e in o verd ad eiro s u b lim e d e L o n g in o p o rq u e m ed em os pe­ rio d o s co m o os a n tig o s fa z iã o a u m e s t a d io , lh es r e p lic o : /-)«- t i f o curre revereníia : S ocegu em e xim io s D o u to res d e n ad a s j

OU

A M A IO R F A Ç A N H A N A V A L

P A

OÓlcm do dia de 4 de Fevereiro de 1838, ou passagem do Sermão Sartoriense aos seus Flibusteiros.

-V li f

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soceguem que cu os tiro do embaraço. Estcjao ccrlos que não precizao queimar iiiseiiso sobre o sangue ainda fuincgante de urna hecaloml>e para entenderem o sentido que julgao lenebro- 20. Leiáo o titu lo , e as duas epigrapltes, e depois mais aptos estarão para applicarem as aitlboridades que cito.

Nesta minha pequena tarefa não levo em vista senão es­ clarecer um facto que se passou diante de possos olhos , e ar­ rancar a mascara a uma cabilda d'impostóres , que ao abrigo das intrigas e machinagôes pertendern devorar o resto da nossa substancia pública que escapou á sua rapacidade ; entes sem patria, nefandos aventureiros promplos a tomar todas as vestes que sua cotdça lhes aconselha, homens destituidos de princi­ pios fixos , cuja carreira é uma longa serie d ’inauditos exces­ sos, de golpes descarregados sobre a m o ra l, sobre a honra, e sobre a virtude.

Porem onde me arrebata o amor da P atria, que me li- zongeio de conservar mui vivo em meu coração ? ( permitta- se-me ao menos esta jactancia ) Que vereda escabroza vou en­ cetar ? Nào cumpre que seja prudente e commedido afim de nào desafiar a cólera dos patronos desses/individuos, que ser­ vem d instrumeiUos da mais abominavcl de todas as aggressões , e que se julgão invulneráveis ? Abalanço-me a esta empreza gigantesca sem me conterem os raios que podem vibrar contra mim estes Semi-Deozes hltivos e intratáveis, cruéis no poder, e abjectos reptis , cornmeltendo toda a especie de baixezas, na infortunio, e depois da q ueda, que aflronlão como N abuco o mesmo Deos, sem reílectirem que sua aulhoridade já baqueia, e que tem igual solidez á desse Principe blasfemo, nem lhes abrir «s olhos o exicio daquelles que lornào por modellos?

Não desconheço a profundidade do despenhadeiro ; po­ rem a cauza que defendo é lào justa , e tão sublim e, que sup­ planta em rnim todos estes receios: advogando-a allio os mais sagrados direitos a despeito dessa liga ítnpía que os posterga, e em vão procura vencer, atfectando com vil hypocrizia a vir­ tude para mais a seu salvo cravar o punhal no seio do incau­ t o ; Virtude, Augusta Filha dosC eos, (d ire i com utn dos nos­ sos mais famozos vates)

Mafoniús .aisos, Cromweis tyrannoi F.ni teu manto embuçados, Terceniio sangue, atropellando Sceptros,

Te fizerão malquista :

Em vivo fogo, em lôbregas masmbrras Te derão niio devida sepultura.

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A lula procrastinada em que Portugal se acha envolvi­ d o , esta cauzu verdadeirainente nacional tem todos os caracie- risticos capazes de aceender os Irrios de um Povo lào pnndoiio- rozo coino o Portugués. Tem visto o M undo desde a origem desta Monarchia vários periodos de dissensões civis, em diver­ sas épocas; tem corrido Q sangue Luzitano, alagando este s'do do heroísmo e do valor ; cxcitào o assombro ditrerenles scenus de liorror , e o enle sensível tlesvia os olhos desses fastos que as rnemorâo , contristado e com movido. N ão são novos laes deba­ tes e desavenças desde que a Discordia com seu irmão Teu-e -M eu foi recebida entre os homens com os braços abertos , e veio dar alguns vizos de razão ao testarudo esysteniatico Ilobbes em seus chamados paradoxos. Disputadas successôes, projeclos Itmbiciozos, plano» tendentes ao engradecimeiilo espezinhando a Lei Natural , e os principios conservadores das sociedades, tudo isto , repilo. ' , . não e novo entre as Nações desde que a printítiva simplicidade de costumes se perdeo, introduz in do-se a caballa e a devacidão; porem um attentado degenero iiilei- ramente novo , e atroz eslava rezervado para nossos dias , e certamente as futuras geraçòtis negar-se-hão a prestar credito á narração deste execrando tecido d iniquidades. Um Princi[x; nascido Portu.guez , em tiyas veias gyra o sangue illustre de tantos heroes , nega a Palria , desmembra a Monarchia , su­ bleva-se com a sua mais vasta e rica porção , ordena guerra de morte e sem quartel contra esses mesmos Portuguezes que_ acabavão de restituir-lhe o T h ron o, e cujo sangue sellara tan las e tão. gloriozas victorias, manda que escravos Africanos pu blicamenle os flagellerii , ¡rroclama á fuce do Universo que envergonha de ser Porluguez , suirscreve um Pacto pelo qual cede todos os s e u s Direitos a outra qualquer C o ro a , por dupli­

cados motivos despedaça para s i, e para a sua descendencia os vinculos que o ligavao ao Tbrono de sens antepassados, pela Cunsliluiçào do Brazil , a qnal niui clara e pozllivamentc o declara, e pelas Leis í'undaincnlacs Porluguezas que por mais d'um titulo o repcllcm , e de|x>is de não ter parado em seus desatinos e excessos durante alguns annos, sempre ludibrio dos partidos, escravo permanente das facçôíís, ora Democrata exal­ ta do, o a Despota furibundo, rasgando hoje o Codigo de Fun- damenlo que honlem promulgara, e desterrando a seu hel-pra- zer, ou enviando ao patíbulo qirem era a‘ saz enérgico e livre ¡¡ara regeilar suas propostas , quando um Povo inteiro solta contra elle um brado unisono, derribando-o do T h ro n o , pros­ crevendo-o , e aprt’ zeniando-o ,ao M undo cm lasiimozo

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pectaculo de seus desvarios, foge desse vastíssimo Continente, e para onde ( o h ! Pasmo! ) Para o mesmo Pai* que lanto se afadigára por destruir , e riscar da lista das Nações ! K qtie pede il esse Povo resentido, porem generozo? Um a z y lo , um refugio para emendar sua carreira pretérita cultivando a virtu­ de entre as delicias da vida privada, e captar assim em par­ te a amizade de seus aggravados compatricios ? Não ( incrivel arrojo! ) N ão: este Principe proscripto atravessa os mares cu- berlo de maldições e sem um só a m ig o , para arrebatar a Por­ tugal as reliquias de sua grandeza, o resto das riquezas com - merciaes que escapara aos corsarios que e lle ( Príncipe infeliz ! ) authorizára, derribar o edifício magestozo da sua independen­ cia , e desthronar o Soberano eminentemente patriota , o R ei h om em , e C idadão, em cuja existencia se fundão as mais ca­ ras esperanças de Portugal, e que, no e x ilio , e prezo , ou ro­ deado do explendor daMagestade, nunca deixou de ter a m ira, constante e desvelado, na grandeza e prosperidade dessa Patria perseguida, terreno d ’ heroicidade !

E com que meios conta o novo Dyonizio para executar esse espantozo feito ? E ’ chamado pelos votos da N a çã o , com o o S.° Alfonso para levantar uma barreira á inundação moral dimanada do desleixo de outro Sancho m anto, e descuidado { * ) ? Vem q u a lou tiu D . J o ã o ll. decepar as cabeças da hydra do Feudalismo , e erguer a si proprio um monumento mais dura­ doiro do que as estatuas e os obeliscos, desarraigando abuzos inveterados, promulgando I.eis salutares e sábias, vencendo, qual fero A lcid es, os monstros que euipecião o progresso da fe­ licidade dos povos ? In voca, como o grande Achilles Luzitajio , D . João I . , o auxilio nacional, para depois dos maiores pro­ dígios de valor, receber o Diadema conferido pela Nação con­ gregada nas Cortes de C oim bra? Debella com o este grande R ei o odiozo jugo estranho firmando-se no S o lio , pela sua es­ pad a, pela coragem Portiigueza sempre intencivel, e pela

elo-( 4 )

( * ) • ■ • • • ...

Que tanto em seus descuidos se desmede Que de oiifrem, que mandara era reandado; De governar o Reino que oii^ro pede, Por cauza dos privados foi }>riv^oj Porque, como por elles se reiría Em todos os seus vicios coosciHin.

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qvieticía de um Joào das Regras, e de oulros vírtuozôs ô egré­ gios varòes? AppariK^e qual outro D. João IV . para restaurar a litrerdade e independencia de Portugal, e Irazer-lhe a ven­ tu ra , fazendo reviver seus amortecidos brios? Bem pelo con­ trário: chega á Europa, e a sua vinda é o signal da commoçâo nos espirites de quantos bandidos as Nações tem aflugentado de sèu seio, e que sempre incorrigiveis só põem a mira na conflagração geral ,* e considerâo com o brilhante porvir a épo­ ca em que de novo possão em p olg ai, quaes aves de rapina e máo agoiro, os despojos de sua pervertida administração. Cen­ tro d ’ uniào de quantos elementos desorganizadores existem es- palliados entre alguns povos da .Europa, delles se rodêa e bus­ ca solicito levar á sua antiga Patria o ferro, a devastação, o - rou b o, a irreligião, a im m oralidade; trabalha, em fim , por completar a sua obra. Cego instrumento d ’eslrangeiros iniquos, a esperança de avassallar um povo sempre ciozo da sua inde- pendendia, e venerandas instituições, o devora; embaido em falsas maximas-, e fascinado por efleito de menlirozas relações, dispõe a expedição lizongeando-se de que poderá com o Cezar triunfar com a rapidez do raio ; a soldo desses mesmos estran­ geiros que o compromeltem para depois o escarnecerem e aban­ donarem , com o a tantos outros tem feito ( victimas sacrifica­ das em Quiberon ainda parece que retiimbão em meus ouvi­ dos vossas imprecações contra os que vos irahírão!) luio perde um momento para empregar esses infames recursos e tramas em detrimento d ’ um p o v o , que nunca o ofiendêra, e ensaia­ va-se no papel de libertador com desmedida e louca jactancia , quando a realidade o veio desabuzar.

Se o exilo correspondeo á sua expectativa seja o Mundo juiz imparcial: qual foi a recepção que lhe fez este p o v o , que os ennuchos desse Principe mal aconselhado dizião prompto a. soltar um só brado em seu favor, pois se achava (im puden­ t e s !) opprim ido, e disposto a quebrar os ferros, e' manifesta: os factos não podem desmentir-se ; os sophismas e argucias de assalariados escrevinhadores cabem á vista do espectáculo que offerece toda a Nação arnrada em massa repellindo a recua de Caraibas qtie saltou em nossas praias para nos fazerem sabo­ rear 03 sazonados e preciozos fruclos de suas lheorias. Desinte­ ressados philanlfiropos que não tolerão de sangue frio que vi­ vamos nas trevas ! Aggregado multiforme de sectarios <fe P a y­ ne e de João Jaques; piedoza Cruzada, digna de ter por can­ tor um novo Tasso , que só possiie o terreno que piza , po­ dendo talvez dizee-se sem bypetbole que não ha mn único

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( « )

P ü r t t i g u c z q u e o s n S o l i o s l i l i z e c o r n m a i o r a f f i n c o e r a n c o r d o q u e e i n q u a l q u e r d a s i n v a z õ e s q u e a n o s s a I l i s l o r i a a p r e z e n t a ! l i m b o r a c a l u m n i e m , e i n v e n t e m a b s u r d o s , m e n t i r a s e a l e i v e s o s Propagandistai p a r a n â o i a z e r d e s a c o r o ç o a r s e u s p r o t e c t o ­ r e s e a l g U H s J u d e o s p e c u n i o z o s , e s t ó l i d o s , e u z u r a r i o s , q u e d e s a f e r r o l h à r à o o s c o f r e s c o n f i a d o s n a s p r o m e s s a s a n i m a d o r a s d e c e r t a s a l t a s p e r s o n a g e n s , e c o m o e n g < x lo d e u m l u c r o e x ­ c e s s i v o . E s t e s m e s m o s j á t e m p o r m a i s e le u r n a v e z d e s m a i a r l o a t l e n l a n d o n a l e v i a n d a d e c o r n q u e l a r g a r ã o d a s r n â o s p a r t e d o f r u c t o d e r o u b o s , e n v c n e n a n i e n t o s e t r a i ç õ e s ; d a h e r a n ç a d o p u p i l l o , d o s m e i o s d e s u b s i s t e n c i a d a v i u v a e d o o r f ã o .

Voltarei a tratar este ponto com miudeza ; mas c forçozo que por agora me cinja á arialyze da empreza pelo lado ma- rilim o. Fui apoz um zelo talvez demnziado, e a digressão j>a- recerá estianlra ao assumpto. C om tudo; congratulo-me porque transgredi as regras da arte, e saltei as balizas que me propuz no titulo destas considerações que lancei ao correr da penna arrebatado por um sincero e ardente dezejo de illustrar mate­ ria de tamanha monta.

Se os Loiros com que tem cingido' a frente victorioza es­ te Exercito Libertador Pandaïico-Polaco-Germamo-Argelïno- Angl-o-Franco-Hiipano-ltalu-pseudo-Lwso são mui viçozos, c jamais hão do murchar, nâo menos es upendos biilhâo os fei­ tos da grande A rm ada, e de seu denodado Almirante. E quem seria o escolhido? O nunca assaz famigerado Sarlorius, cujo nome ( acc roseen tá rào os promotores da empreza) vale uma Esquadra, e que em suas manobras e tactiea rivaliza, melhor direm os, sobrepuja R uyter, ou Nelson. Portugal ficou, pela maior das perfidias, privado da sua JMarinha de Guerra, os poucos navios que lhe resião carecem de reparos mui dispen- diozos para saliirem ao M a r, é geral a com m oção nos âni­ m os, fullâo recursos, e será o signal da queda do Governo a appariçào áo famozo Sarioriíis nas hoccas do Tejo. Assim re- llectiào cheios d ’estulticia e prezumpçào entre s i, ou em seus soliloquios 05 que prepararão e dirigirão a premeditada con­ quista sem lhes passar pela lembrança que iào contender com

Porliiguezes,

V(>8, P ortiijjnezeg p o u c o s , q iian to fortes Q u e o fraco pod er vosso iiào p e z ais ( • )

a cuja frente se acha um Rei mancebo digno de os reger, ob- (•)

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jecto do seu am or; R e i, em fim , que deliberou acabar com íi indigna luloria em que estrangeiros conservão, já excede a meio século, a infeliz iSaçâo Porlugueza; R ei que aprendto 110 Livro da ex])eriencia, e pdos factos a sómente depoziiar confiança nos meios e expedientes que sempre são de sobejo quando uma N'açào Irabaltia acorde em se izentar de um jugo vergonhoso, e a ter em pouca conta Allianças perniciozas, e que em troco de solidas vantagens commerciaes em damno das fontes da prosperidade nacional, alTianção garantias e soccor- ros, obrigações que só cumprem alguns Gabinetes egoístas e falsarios quando o perigo a isso os induz.

Ora é de crer que o Senhor Sartorios esperasse que o d ei­ xassem pacificamente continuar em suas piratarias : era para elle um grande engodo o exemplo do seu compatriota Cockra- n e , que depois de soffrer em Inglaterra pena ignominioza , entrou no serviço do Principe agora proscripto , e eniao Imperador do Brazil por eiïeito da mais escaiidaloza rebelliào. Cockrane lendo debaixo das suas ordens poucos navios mal arm ados, e equipados, fez ricas prezas sobre o Comrnercio Porluguez sem nunca aprezentar combate á Esquadra, onde se viào ondear as Quinas Luzitanas, Syndiolo de triunfos e de celebridade ; o Imperador, sem previa declaração de guerra, prescindindo de todas as formulas que se uzão entre as Na­ ções civilizadas, sem justificar seus supposlos aggravos por um Manifesto, coiisiilue Cockrane chefe de Corsarios: Sartorius nãò fazendo a distineção entre as administrações governativas de ambas as épocas, com o tinha o alvo no rou bo, e não em o com bate, e sem ponderar no estado d ’ impotencia do Prin­ cipe deslhronado , se comprazia d ’ anteinâo com a ideia agra- davel de suas expoliaçôes, e commettidas a seu salvo. Abre a campanha fazendo o officio *de conductor de petrechos para a expedição e vazos a tanto ensto comprados depois de conse­ guido em parle o empréstimo tantas vezes annunciado, e ou­ tras tantas m allogrado: o h ! Que perícia ! Exclaroâo em coro os seus devotos ! Publica a sua Ordem do Dia , da qual cotei uma pequena passagem , e de que darei paraphraze na folha seguinte por ser em verdade peça admiravel. Que homem ! Que ente extraordinario ! Não é menos guerreiro do que con- summado orador! Ameaça terra , m a r, e m undo, e promette conquistar Portugal , e castigar os Porluguezes se .forem tão renitentes e insubordinados que não se prostrem h sua vista e dos seus! Nova gritaria 1 E ’ nossa a victoria! Rezisião-lhe, e depois queixem-se sem remedio ; não lhes hade valer o

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arre-ppndimento. Está prestes a rom aria; o Senhor D , Pedro iça o seu pavilhão a bordo do antigo navio das índias, Congresso; ha grande cortejo , apparecem em grande uniforme , e coin seus competentes cafetans e caudas todos os Bacilas , E m irs, e Eunuchos; o Senhor Sarlorius e' quem faz de Mesire de cere­ monias e introductor nesta incomparável Assemblea , donde emanào varios Firmans cheiosd ’ameaças contra Portugal, se to­ do a um tempo não cozer a face com a terra á vista do moder­ no João-Sem-Terra, e se atrever a fitar nelle as vistas, ou le­ vantar armas : a obediencia Azialica é o ponto cardeal de seu Alcorão. Repetição d ’encoiiiios í o no-so Sartotius não só é guerreiro e orador , mas também Diplomat ico , e petit-mai- tre, Começão as operações pelo bloqueio da Madeira , onde governa outro Martim de Freitas ( homem que a algumas milhares de leguas da sua patria regeitou indignado as otfertas do Ex-fmpe;rador , que o pertendia tornar cúmplice da rebel- lião de que era caudilho contra seu P a i, e seu Rei , e çoiitra a Patria ; homem que manteve intacto seu juramento a des­

peito das suggestòes, ,e pugnou á frente d’ um punhado de sol­ dados veteranos seus companheiros n&s victorias e nos perigos da guerra Peninsular, oijde forão pródigos de seu sangue; ho­ mem valente, intrépido e honrado, que por mais d ’ uma vez escarmentou o traidor l.aguna e seus Hotentotes ) rompe a guerra peias intim ações; e a resposta foi qual conviului a tão néscio cslralagema , e grosseiro ardil.

Por agora deixarei o Senhor Sartorius; na folha seguinte examinarei se cumpriu a promessa feita etn sua Ordern do Dia , ou se posso com justiça applicar-lhe o conceito de La F’on lain e, que citei, Segui-lo-hei ao T e jo , esboçarei a relação de suas ojteraçôes tanto na occazião da sua fuga g/cirioao com o rlepois , analyzando a tentativa cm identidade com a questão geral, e com os princípios de alguns Publici->ias. As operações piráticos do Senhor Sartorius darão materia a núnça ouvido

eanlo.

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