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O programa energético brasileiro e o setor externo

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Academic year: 2021

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(1)... ,. 1198302144. 1, I) 11111111111111111111111111111111111111. ESCOLA. DE ADMINISTRAÇÃO. DE E~-'lPRESAS DE SÃO PAULO. DA~ FUNDAÇÃO. GETOLIO. VARGAS. \Valter Belik. O PROGRAMA. ENERG~TICO. BRASILEIRO. E O SETOR EXTERNO. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação da EAESP/FGV. Área de Concentração: Economia Aplicada à Administração - como requisito para a obtenção do títu lo de Mestre em Administração. Orientador:. são Paulo,. Prof. Alklmar. R.Moura. i982. -' ". .. ~. ... '. '". ~'. -. ".

(2) ).,. ESCOLA. DE ADMINISTRAÇÃO. DE EMPRESAS. DE SÃO PAULO. DA FUNDAÇÃO. O PROGRAMA. ENERG~TICO. GETOLIO. VARGAS. BRASILEIRO. E O SETOR. Banca. .~. FG V. EXTERNO. Examinadora:. Prof.. Orientador. Prof.. Pierre. Prof.. Fernando. Alkimar. Jacques Homem. R. Moura. Ehrlich de Melo. Fundilção Getulio VElrgas Escola de AdmlnistraçJlo de Empresas de SAo P8ulo Biblioteca. 1198302144 -..~. ..~.. -. ". são Paulo,. 1982.

(3) ;;; r'~~~:d' ;;~;18;f:;~ Escola de Administração da Empresas do São Paulo. _·W. __. ~!~. ,o<. c. ~.

(4) ,.. ,,. À Dorothy.

(5) ,. t. I. -. PEREIRA,. José Eduardo deC.. - Financiamento. externo. 289" ~I 3~. .. 5,02.. e crescimento. econômico no Brasil - 1966/73 - IPEA - Rio de Janeiro, çao Rel. de Pesquisa RANGEL, Ignácio a Civilização. 27~. O problema Brasileira. SINGER, Paul - A evolução dos CEBRAP 17. cole -. energético. - Revista Encontros. n9 14 -agosto/79.. da economia. - jul/ago/set/76. com. - pp. 77-85.. brasileira:. 1955-75 - Estu-. - são Paulo.. SLESSER, Malcom - Energy in theeconomy. - Th4 MacMillanPress. Ltd. London •..1978 - 164 pp. STREET, James H. - Los ajustes de la amer'Lca sis de la OPEPy la recesión. mundial.. nomico - México - out/dez/79 SWEEZY, P. & MAGDOFF,. latina ante la. Revista El Trimestre. - vol. XLVI. Eco. (4) - n9 184.. H. in O fim da prosperidade. ricana na década de 70. cri-. a economia. ame-. A crise do dólar a quem vem depois. 04/73 - Editora Campus - Rio. TAMER, Alberto - Petróleo. - O preço da dependência. crise mundial - Editora Nova Fronteira TAVARES, Maria da Conceição mento numa economia substituição. - O Brasil. - Rio de Janeiro,. - Notas sobre o problema. em desenvolvimento. de importações. na 1980.. do financia-. - o caso Brasil in. ao capitalismo. financeiro. Da. - Zahar. Rio de Janeiro. WILLIAMSON, -John - Transferência rio internacional. in Estudos. co - BNDE - Rio de Janeiro,. de Recursos. e o sistema monetá. sobre o desenvolvimento. -. econômi-'. 1977.. -. -.----.,. t. . , t.

(6) AGRADECIMENTOS Muitos. contribuirampara. uma injustiça. espero. que este estudo. citar todas aquelas. me apoiari3.mdesde o principio, ou providenciando. recursos. dedicando. se realizasse.. Sem cometer. pessoas e instituições horas do seu valioso. para que esta pesquisa. pudesse. que tempo. ser con -. cluida. Assim, quero. tornar. público. ciou o projeto. no periodo. nandopossivel. a minha dedicação. ao prof·. Alkimar bastante meiras. Ribeiro. de agosto Moura,. com suas opiniões,. idiias ati a versão. res Rierre Jacques. Ehrlich. Fundação. de Pesquisas. Instituto. ticar a primeira. versão. tambim leu os primeiros geriu modificações que colocaram. do trabalho.. Quero lembrar. que contei. de Economia. quisas Tecno16gicas ria de agradecer tas facilidades meroteca.Não que recebi. para a utilização deixar. yazono Alves Pinto, com eficiência. USP, das 1is. noção. técnico. da. a cri. Deffuneque. de clareza. da CESP' e. e. su-. ABDIB. publicações. obter. apoio. técnico. e do Centro. de Sistemas. do Instituto. à. Cida e Sueli,. de registrar. do volumoso. dePes. oficiais. técnicas. de Paulo. Afonso G3.r. do programa. compu-. do ;rBGEi e de Yoko. e redatilografou. os. "",,_-. __. ...-;~. .... ~,·~,.c __. M.i. originais. e solicitude.. '0. mui. e da he-. as contribuições. material. -. gosta-. que permitiram. na elaboração. dos. de Docu-. S.A. Em especial,. das publicações. que datilografou. Vito. da. Industrial. incansavelmente. as pri -. Horae;n de Melo. Deise. também do CPD da EAESP /FGV, na pessoa. e processamento. desde. IBGE.AoSjprofess~. economista. de são Paulo. ao João Antonio,. cia, que trabalhou tacional. de Economia. do Estado. poderia. do. com um excelente. e Engenharia. contribuiu. detalhes. uma si~ie de dados. seriaimpossivel. também. que se dispuseram. e com grande. que, de outra forma,. mentação. À. ~essoal. à minha disposição. amigos do Departamento. alguns. Econômicas,. tor-. professores. da EAESP /FGV e Fernando. originais. que. do Ln st Lcu t.o de Fisica das matrizes. finan. de 1982,. e crI~icas. em explicar. importantes.Ao. também. e amigo,. final do trabalho.Aos. com a desagregação. que. ao tema. Agradeço. orientador. recomendações. uma certa paciência. tÇlgens obtidas. de 1981 a agosto. exclusiva. Roberto Vanin e Gilena M.G. Graça, que tiveram. à FAPESP,. meu agradecimento. < ••• ~.~.,. ,.

(7) Finalmente, rothy,. quero agradecer. que participaram. nos momentos. de tensão. aos meus pais e a minha. da luta nestes. companheira,. Do. anos todos e me incentivaram. e desânimo.. são Paulo,. outubro de 1982. ,.0. ..;, ".

(8) i.. (. íNDICE. DE TEXTO ~. pago. ........ .......... . ........... ....... . .... . . ... 01. 1. INTRODUÇÃO 2. PROBLEMAS. ECONOMICOS. DESEQUILíBRIO. DECORRENTES. EXTERNO. 2.1,- O Caráter. DO. ..•.••••.•.•••..••••••.••••.•...•••••.. Cíclico. da Economia. Brasileira. i. 2.2. O "Milagre". 2.3. Os Efeitos do Petróleo. 2.4. O Segundo. 2.5. Conclusões. 07. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. •. 07. ••. 12. ..••••..•.•.••.•.•.•....••.•••.•.••.•••• do 'Primeiro Choque na 'Economia Brasileira Choque. do .Pe t.r'ô Leo. 18. .•.•••••••••••••.. ••••••••••••••••••••••. . . ......... .. ... . .... ............... ...... 26 35. . \.. 3. ESTRUTURA .3.1 3.2. .. ... ... .. ... .......... ..... . . .............. .. .... ....... ....... .... DO SETOR ENERGÉTICO. Apresentação Petróleo. e Gás Natural. 3.2.1. In troduçao. 3.2.2. Possibilidades. 3.2.3. Produção. 3.2.4. Estrutura. 3.3 - Energia. •••.••••..•.•••..••••..••••••. e consumo. 3.3.1. Introdução. 3.3.2. Produção. Estrutura. 3.5 - Xisto 3.5.1. do segmento. e consumo. -li. 3.4.3. 43. 48. ••••••.•••. ....... .. .. ... ..... ..... ...... ... n. Estrutura de produção 3.3.3 3.4 - Carvão Mineral .... ,.... Introdução 3.4.1 Produção. 41. ••.••••..••••••••. . 56. Elétrica. 3.4.2. 4O. •••.••••.•••.•..•.•.•.•••. da produção. G. •. '•••••••. '•••. 66. do segmento. 81. ' •••••. . 81. '. •••••••. 86. ••••••••••. 89. de carvão mineral. de produção. Produção. 3.5.3. Estrutura. e consumo. de xisto. de produção. 93 93 96. ••••••••••••••••. do segmento. 56. 62. '•••••••••. ••••••••..•.••••••••••. ••••••••••••. e consumo. ••••••. ...... . ......... ............ .. .... . ........... Introdução .... ........ .. . ..... ..... ......... 3.5.2. 39. . 40. ' brasileiras. 39. 98. •••••.••••. ..-------....--------.---,-'~-~-··-·-~--~-~~-----t-·-I.

(9) ii.. -. pago. 3.6 - Álcool. .................................................. .. . . ........... ... ........... ........ 3.6.1 - Introdução 3.6.2 - Produção 3.6.3. e consumo. - Estrutura. 3.7 - Carvão. Vegetal. de produção. e Lenha. - Produção. .......•.••....... do segmento. 105 ~. \. de carvão. &. 3.7.3 - A estrutura. 107 107. vegetal. e lenha. ••••••. ' •••••. '. 108. ••. do setor de lenha e. ... ........ ..................... carvaovegetal 3.8. ~......•..•.. .....•.....•.....•..........•.•. e consumo. 99. 101. ......... ... ... ................. .. .. 3.7.1 - Introdução 3.7.2. de ãlcool. 99. 113. Ôleos Vegetais. 114. '3. B.l. - Introdução. 114. 3.8.2. Produção. e consumo. 3.8.3 - Estrutura 3.9 - Outras. •••.•.••••...•. .;........... 114. de produção. Fontes de Energia. de 61eos. e Conservação. vegetais. ..•..• 117. •.•.•..•...•.... 119. 3.10 - Conclusões 4. O PROGRAMA. 120. ENERG~TICO. BRASILEIRO. 123. 4.1 - Histórico. .................... ............•...... 4.2 - Os Planos. Energéticos. -. ....••......••.••••....•...•••••. 4.2.1 - O plano do petr61eo. e gãs natural. do carvão. 4.2.4 - O plano do xisto. mineral. 123 127. .•••.•.••.... 129. ...••.•.•.•••. 133. ••.•....••.••.•... 136. 4.2.2 - O plano do setor de eletricidade 4.2.3 - O programa. '. ••..•...••.....••.••.. ~ •••.... 142. 4.2.5 - O plano do ãlcool. ....•...•......••.•.•••••.•.. 145. 4.2.6 - O plano do carvao. vegetal. 152. 4.2.7 - O proóleo Gerais. •..•••..••.•. •••.•.•.••......•.•.•..••.••••..•.••. 4.2.8 - Os planos de "outros" 4.3 - Conclusões. e lenha. e conservação. .•.•.•.•.•. ...•..••••••.....•..•.••..•....••.••. 157 161 163.

(10) iii.. pago. 5. O PROGRAMA. ENERGÉTICO. SOBRE AS CONTAS. E O SEU IMPACTO. .. .. ... .. ... .. . .. . . .. .... . ............ EXTERNAS. 5.1. Introduçao. '. 5.2. Sobre a Uti1izaçio Relaç6es. ,. da Matriz. Intersetoriais. 5.2.1 - Resultados 5.3 - O Efeito. Importaçio. de Bens de Capital. •.....•..•••..••••.••••. 5.3.2. Energia. 5.3.3. Carvio:~inera1. 5.3.4. Xisto. 5.3.5. Ãlcool. 5.3.6. carvio. 5 ..3 ..7. 61eos Vegetais. 5.3.8. Outras Fontes Alternativas. Externo 5.4.1-. e Gas ...•••..••.••..•••...• .•..•.•....•••.•• '. 190. e Lenha. '.................. 200. '. .•••...•..•.••.•.••••• co. 192 198. '. 4. 200 201 202. .•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•. •..•••••.••.•..•... 202. e o Endividamento. ..'. '. * '•.•.•.•.•. '•.•.•.•.•. 202. Sobre o Fundo de Mobi1izaçio. -. .. ,'... .. 203. '0" .•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•. 5.4.1.1. -petrõleo. 5.4.1.2. Energia. 5.4.1.3. Carvio Mineral. 5.4.1.,4. Xisto. 212. 5.4.1.5. Â1coo1. 213. 5.4.1.6. carvio vegetal. e lenha. 5.4.1.7. 61eos veg~tais. ••••.•••••••••••••••. 5.4.1.8. OJtras fontes altemati vas ••.••.•.•.... 5.5 - Conclus6es. e gãs. .................. '. Presente. Energético. 206. •.••••••••.••.••••. 208. •..•..•••..••••.••••. 210. •.••••••.••.. -'. '... .... ....... 216 217 218 219. .. ........... .......... 223. do Programa. Brasileiro. 6.1.1 - Programas. ..•..••••.••••••••••. elétrica. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ... .... 6.1 - Situação. ~ .••.•••. ~•.•• ~.••••••. '. '. Energet1ca. 6. CONCLUSÕES. 187. •.•••..... '...•.•..•..•.••.•.. '. Energéticos. 175. sobre a. Petr61eo. Elétrica. 171. .......••.•.••...••.••••... 5.3.1. 5.4 - Os Planos. ... de. Energético. Vegetal. 170. ..•.••...•..•.••.•..•••.•..•.. Obtidos. do Programa. '. 170. ...•.•..••.•.....•..•.•••.•.•.•. Estacionados. ..•..•..••..•.••..•.••. 224 224.

(11) iv.. -. pago. 6.1.2. Programas. em Compasso. 6.1.3. Programas. que Seguem. 6.2 - Considerações Programa. Finais. Energético. Contas Externas. .E.3 - Conclusões. Finais. Lento. .•.•••••••••••.•.. seu Curso. sobre o Impacto Brasileiro. 227. Normal. 228. do. \. sobre as ~... .. .. ........ .................... .... 232 243. ANEXOS Anexo. I. . ......~ . ..............~ . ........ ................ . . ... 245. Anexo 11. '. Anexo lI!. .,. '.. . . . . .. . . . .. BIBLIOGRAFIA. --------------------------~------------------~r_____ ". . 254, . . . . . . . . . . . . . ... ••••••••••••••••••••••••..•••••••••••••.••.••••••. ~. 273 286 ..

(12) •. .v ,. íNDICE. DE QUADROS. -. pago. Quadro 2.1 - Brasil. - Renda. de Capital Quadro 2.2 - Brasil. Interna. Fixo. e Formação. (crescimento). - Importações. Bruta. •••••••••••••••••••••. de Bens de. Cap i ta 1. fIi.. Quadro 2.3 - Brasil·-. Evoluç~o. Quadro 2.4 - Evolução. e Gis Quadro 3.2 - Brasil. do Petróleo. pela OPEP. 30. da Dívida. Total. 34. - Reservas Natural. de P~tróleo. Bruto. •••.••...•••••••••.••••••••••.. - Produção. - Estrutura. de Petróleo. Recursos Quadro 3.5 - Petrobris. Fontes. ~ ••••• 42. e '. '.. 45. '. 47. de .Refino. 1976-1979-1981 Quadro 3.4 - Petrobris:. 2O. ...... Gás Natural Quadro 3.3 - Brasil. '.. . ... ••.•••••....••..••••.••••••••••. - Estimativa. Externa Quadro 3.1 - Brasil. '. do Preço. Exportado. 16. das ·Contas do. Setor Externo. Quadro 2.5 - Brasil. 14. de. - 1955-1979 - Exigível. ••.....••••.••••.•••••••••.•• de Curto. Longo Prazo - 1971-1980. 51. e. ..... ..... .. ...........• .. .. ... ,.. 55 .:.

(13) vi.. -. pago. Quadro. 3.6 - Petrobrás. - Parcela. aos Financiamentos. do Exigível Externos. no Total do Exigível Quadro. 3.7 - Brasil Região. Quadro. 3.8 - Brasil. - Potencial. 3.9 - Brasil. Quadro. 3.10-. ..•••••...•.•••••••••.•••••... Hidrelétrico,. Firme:. Regional. - Jazidas. Brasil. 3.11 - Brasil. ••••••.•...•.•.•.•...••••. 61. ••••••••••..•••..•••••••. 63. de Urânio. e Consumo. - 1950-1980. - Fontes. de Energia. ••••.•.•••••.•.•••..••.••••••. de Recursos. de Energia. (Exc1us;ive Petrobrás). 3.12 - Eletrobrás. - Recursos·Externos. .•.••••....•.••••.•. '. 3.13 - Setor de Energia de Recursos. Quadro. Elétrica. - 1967-1977. 3.14 - Setor de Energia. Elétrica. Usos e Aplicaç6es Quadro. 3.15 - Setor Elétrico Serviço. Quadro. 3.16 - Nuc1ebrás. ••••••..•••••••••.••••••••. - 1967/77. Curto e Longo Prazo. 74. 76. Consolidado. dos Recursos. - Fontes. '. . . . . ... - Fontes. - Empréstimos. da Dlvida. 71. Obtidos. 1967-79 Quadro. 64. Consolidadas. das Empresas .Concessionárias. Quadro. por. Capacidade. - 1979. - Produção. Elétr ica. 57. 59. - Energia. Elétrica Quadro. e o seu Peso. - 1981. Instalada Quadro. Referente. - 1967/77. Externos. •••••••••. e. ......•...••••••••••••. de Financiamento - 1978-1980. 71. 78. a. •.•.•••••.••••••••. 80.

(14) vii.. ~.". Quadro 3.17 - Brasil. pago. '. - Distribuição. Energéticos Quadro 3.18 - Brasil. ':,. dos Recursos. ~ Nao-renovaveis. - Reservas. .. .•••.•.••..•..•.•••.•.•. de Carvão Mineral. "in situ" - 1981. •...•..•.•••.•••..•••.•.•..••••••. Quadro 3.19 - Brasil. - Oferta. Quadro 3.20 - Brasil. - Reservas. Estaduais. Quadro 3.21 - Brasil. - Extração. de Xisto - 1972-1979. Quadro. - Produção. de Cana-de-açúcar. 3.22 - Brasil. Demerara Quadro 3.23 - Brasil Anidro Quadro 3.24 - Brasil. Quadro 3.25 - Brasil. - Consumo. 1970-79 Quadro 3.29 - Brasil cipação. de Florestamento .. Naturais. - Consumo. de Carvão. ••••••. ••••••••.•.. 94 97. 102. • • • a. ..•••.••••• ~.•••.. 104 e de _ • • • •. • • •. • • • • •. •. • •. •. •. 110. Vegetal. . ......................................... - Origem. 88. Álcool. - 1970-1980. • • • • • •. - 1979. ••.•••..••••••.••... e produção.de. • •. 83. ..•••..•••••••. de.Xisto. - Áreas. Utilizado Quadro 3.27 - Brasil. de Carvão. - 1960-1980. e Hidratado. e Lenha Quadro 3.26 - Brasil. e Demanda. e Álcool. Florestas. 82. 111. do Carvão Vegetal. na Siderurgia. - Produção. •••••••.••••..••..•••••••. 112. de Oleos Vegetais. ..•......•...•......•..........•.•........ - Setor de Oleos Vegetais de Empresas. Estrangeiras. 116. - Parti118. •,. ,.

(15) viii.. ~. pago. Quadro. 4.1 - Brasil. - Consumo. 1950-80 Quadro. de Energia. "-.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 4.2 - Brasil-. Programa. 1980-1985. de Produção. 4.3 - Carvão Mineral. Quadro. 4.4 - Substituição. - Metas. Quadro. 4.5 - Recursos. Quadro. 4.6 - Rendimento. para o. Tonelada. Nacional procarvão. da Retortagem. 4.7 - Brasil. - Programa. Quadro. 4.8 - Necessidades. Quadro. 4.10 - Brasil. 4.11 - Brasil. 4.12 - Brasil. Petrosix. •••••.••.•.••. e Madeira '.. . . . . . . . . . . . . . . ... - Recursos. Programa. do Consumo. 159. Necessãrios. 165. de Energia. ..••.•••••....••••••••••••••••. . Energetlco ~. 155. Energético ,................... - 1980-85. 154. do Cleo Diesel. - Metas do Programa. - Estrutura. 141. .••. 143. .. '.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... Primãria Quadro. ••.••. 139. para uma. - Processo. _. - Substituição. 1985. .••.•.•••••••••••••••••. 1985 Quadro. para. de Reflorestamento. por Setor. 1981-85. por. - Meta. de Carvão Vegetal. 130 138. do Xisto. de Matéria-Prima. Quadro. 4.9 - Brasil. para· 1985. do Cleo Combustível. Carvão Energético. 126. de Petróleo. •••.••.......•••.•.•.••...•..••....•..•.. Quadro. Quadro. Primária. 166. ao. ••..•...••..•..••.••••••••..•. 168.

(16) ix.. -. pago. Quadro. Quadro. 5.1 - Niveis. de Produção. -. . Três Hlpoteses. 5.2 - Matriz. Quadro. 5.3.- Brasil Alguns. Quadro. Quadro. Produtos. 5.1 - Programa. 181 de. . . ............... .............. ... Nuclear. Diretas. e Indiretas. - Participação. do. •.••..••••••.•••••••••.••.••••. de Pagamentos. Correntes. - Economia. com a Substituição Importado. 189. 197. de Pagamentos. Petróleo. 186. dos. no Programa. 6.1 - Balanço. 6.2 - Balanço. Obtidos. e Ele~trobrás: Dispêndio. Resultante. 9uadro. e nas. - Preço das Importações. 5.4 - Petrobrás. Sócios. na Economia. Resultados. com Importações. Figura. nas . 178. de Impacto. Importações:. Adotados. e de Capital. 238. - Despesas Adicionais. ••••••.•.••••... 239.

(17) 1.. 1.- INTRODUÇÃO. A elevaçã~. nos preç~dG-petró1.~. -----. ~~~t-ªª~_J~o::-.parte. 'crítica p~ª. produto:r:..es~Erovocoualgo mais do que uma situação economia mundial.. -------. Imediatamente. nlieiros, s~~óíogos. e outros. a "questão. inclusive. Teoria. rapidamente. às universida-. da energia.. Rapida. -----. o papel da e-::n:-::e~r~g=-J.. "grupos de energia",. cadeiras. o mercado. enge-. Nos--;aíses centrai~,-~o-s-uni-. criaram-se. des estabeleceram-se. a. a _re~_eber todo o tipo de a:·ná-. com que se revisse. Econômica.. dos e Inglaterra. ligados. ----. -----. d~onomístas,. para os problemas. - ~passou. .. .l.ise,fazendo própria. e. as atenções. profissionais. des ou ao estado voltaram-se mente,. -. do~~íses. nas universida-. como a de "Economia. literário. foi invadido. da Energia". por um grande. e. número. de obras sobre o tema energético.. o .. fato é que em, meio a grande. questão. energética. portantes,. é possível. contribuições. quantidade destacar. de critérios. blemas econômicos.. Trata-se. nômica. Este debate, da energia A questão. colocada. influenciar. da recolocação. Energia. filosófico,. da im-. positiva-. e análise. de alguns. do lugar ocupado. pela. acima. definições. rava apenas delo bipolar necessária. poderia. dos pro. problemas na Teoria. coloca. , Eco. a questão. por exemplo,. assim pouco. Esta definição. a função da Energia.. e Trabalho,. Capital-Trabalho. Destaca. na. tarefa.. Sonemblum. mo-. medida poderia. Neste. mo-. eram consi-. de capital. no sentido. Neste. ótima. como as fontes energéticas específica. conside-. como Trabalho.. ótima para determinada. naturais. mas encer. Capital. de modo que uma mesclagem. uma forma de capital.. lho mostrava-se. a saber:. ser tomado. haver combinação. trazer uma produtividade. desimportante,. A Teoria Neoclássica. de produção,. poderia. da produção,. delo, os recursos. é aparentemente. fundamentais.. dois fatores. o que não era Capital. (1). contribuições. para a avaliação. um tanto quanto. .ac ez ca. como um novo fator de produção.. ra algumas. deradas. algumas. estas que poderão. mente na alteração. tais como a discussão. de material. e traba-. de explicar. ,. (1) que a ca-. SonEmblum,Sidney - "The energy connections:Between energy and econcmy" cambridge,Mass. - BallingerI Publish Co. - 1978 - 200 p..

(18) racterística. principal. do Capital. ção, o que torna difíciL de Capital,. e a sua capacidade. entender os recursos. se estes são justamente. mentar que o petroleo em capital-dinheiro racterizando. de reprodu-. naturais. esgotáveis.. como forma. Poderia-se. ou o carvão, por exemplo,. sao. argu-. transmutados ,,. durante o seu ciclo de produção-reprodução,ca. a expansão do seu valor,. entretanto,. há de se reco -. nhecer que a Energia ainda assim não pode ser comparada. irrestri-. tamente a outras formas de Capital. Observa-se. então que os recursos. dem ser considerados ta conclusão tibilidade. através. como "fatoresde produção".. transcende. tir a existência. naturais,. a própria questão. do "fator energia". então, nao transformar. A importância. primordial,. implica. entre os fatores Energia,. desta ótica,po pois. desadmi-. em admitir a substitu. Capital. e Trabalho.. Porque. ,. a Energia em base de uma nova Teoria do Va. lor? Neste sentido, boa parte dos trabalhos. sobre energia publicados. a. partir de meados da década passada tem se dedicado. ao tema "valor. energético".. de produção. A medida de validade. energia passa a ser justamente put" e "output" energia. do confronto. possibilita. inclusive. em termos de produto nacional. outras categorias. des e equívocos. o resultado. (2). Essa nova contabilidade. em termos macroeconômicos, contas nacionais. de uma atividade. Não cabe aqui discorrer. da chamada. sunto surgidas nos últimos. energética,. energético. das. bruto e. sobre as potencialida-. "Net Energy Analysis",. e o verdadeiro. entre "i!!. a avaliação. o que é interes. sante mostrar apenas é o grau do debate em que está tão energética. de. "boom" de teorias. colocada a ques. a respeito. do as-. anos, muitas delas um tanto exageradas.. (2) Ver a este respeito:Hannon, B.M. - "An energy standard of value" - The annals of the American]:..c. of FoI. & Soc. Se. vol.,410, rov/73; Chapmann, P.F.; Leach, G. & Slesser,M. - "The energy cost of fuels" - Energy policy - set/1974iMerendeen, R.A. & Bullard III; C.W. - "The Energy cost of goods and services,1963 and 1967" • Illinois Univ. rov/1974i Wright, D.J. - "G:x:x1s and services:an input-outputanalysis" - Energy Policy, dez/1974;Gillialand,M.W. - "Energyanalysis and public policy - Science, setjl975; Webb, M. & Pearce, D. - "The econanics of energy analysis" Energy Policy - dez/1975; Chapran, P. - "Energy analysis: a review ••••" Qnega - fevjl976, entre outros.. ----~~------------------------------------------.

(19) 3.. Mas, uma vez que energia. contribui. para a formação. do produto,. inegável. que existe. uma alta corre1ação. entre o consumo. gia e o crescimento. do Produto. Bruto.. Nacional. e. bastante. para um grupo de 34 país:s - es~ua.~dO .<g.' . .. C. lu indo. coeficiente de co.rreLaç áo at.l..ng.l..u"". 0, 841S Dess~ v~nto. - ignorar. econô~cQ.. principal. o_imI2.Q1:"J;..ante papel da energia. Um corte no fornecimento. fonte de energia. provocou. intensos. conômica. nos principais. do planeta,. problemas. países. do mundo. tão, separar bem o que é o problema ma econômico.. Destaca. crise energética. Slesser. tuir o fator energia pecífica. por qualquer. é de energia. Que há escassez nas momentânea. de energia de energia. bém é muito especial, dos próprios sa questão.. combustível. pois a energia. consumidores, Explicando. tem dois lados,. tornando. melhor,. sendo que sempre. entretanto,. um lado não elimina. cretamente,. pode-se. energético,. existe. afirmar também. a necessidade. Esta escassez energética. um lado prevalece. que se existe. desperdício. es-. da demanda. tam-. uma falmoeda. sobre o outro,. de outro.. escassez. ape-. em maos. (6) afirma que toda. a existência. tem. não é substi. e encontra-se. a questão. de. contexto.. líquida.. Buarque. chamar. mas é uma escassez. existe. --. onde se. Émtão,. neste. ... e o que é o proble. porque. nao há dúvida,. , en. A questão,. e esta é imutável. em 1973. (4). Faz-se necessário. energético. outro,. a e-. uma crise econômica. de energia.. que é. e recessao. (5) que o que se costuma. é, na verdade,. certeza da necessidade. de petróleo, inflação. ,,. I. no desenvol-. tal qual ocorreu. de desemprego,. alto,. Brasil, o forma;" nao. ·0. .6",on~ ,. é. possível. ener-. (3) inclusive. Dorf. aponta para o fato de que o grau de correlação. de. é. Mais. con-. de oferta. de. de energéticos. .. (3) J))rf,R.C. - "Energy resources & pol.Lcy"- .Addison-Wesley Publishing Ccxnpa. ny, Inc. Reading, Mass., 1978 - 486 pp.. (4) Ver Mater, R.W. - "The :i.rrpact of energy prices and money growth. on five industrialcountries" - Hevi.ewof Federal Reserve - Bank St. lDuis - vol • 63 - n9 3 - roarch,1981 - pp. 19-26.. (5). Slesser,M. - "Energy in the econcmy" - The MacMillan Press Ltda. 1978,. 164 p. (6) Buarque,C. - "O feti.chisro da energia" - Texto para dí.scussâo- novembro/. 1980 - CUrso de Aàmi.nistração Energéticae Desenvolvimento- FUNDAP - mi-. meo.. .../ I. /. ,..

(20) 4.. "2 o caso de perguntar sez da oferta excesso. se hi uma crise. - pela. escas-. - ou se não se trata de uma crise de demanda. de desperdício.. to à quantidade energ~tica. energ~tica. Neste. segundo. caso, o problema. de energia que se está. gastando,. ~ um erro de base fetichista:. - pelo. diz respei. e falar em crise. o fetichismo. da energia". (7) •. Deste ponto de vista ficam prejudicados tentam calcular. o provável. 50 anos, isto porque, modificar, vocado mento. certamente,. de energia o consumo. como, de fato, esti ocorrendo. do que produtoras,. nir claramente. mundial. Não haveria. consumidoras. ço da demanda os modelos. deveri. se. O pânico. pro. vários. (8). Observa-se. nestes modelos.. políticas. introduzidas. problemas fatores. pre-. admiteque. e usuãrios,mas de validação. e. estão:. periodicamente. em prever. principais. e elasticidade. os planejadores. s~rios. econo. de substitui-. (9) por exemplo,. Entre estes. dos modelos. c) falta de possibilidades. energia. Hoffman. que sao agregadas. posta para virias. de desenvolver. cujas. para a possibilidade. podem ajudar. b) falta de habilidade. principal-. de modelagem. foram elaborados,. que há, entretanto,. a) novas variáveis. melhor. trabalhos. conservação'de. matemáticos. oon. de energia.?. por energ~ticos.. lembra tamb~m consistincia. Rangel. outra maneira. estavam voltadas. ção entre energ~ticos,. ou. vive uma encruzilhada_ tendo que defi. para o setor de energia. preocupaçoes. 20. ou pelo corte no forneci-. como salienta. Em função desta encruzilhada, m~trica. de energia. dois pontos: para que se usa a energia,. o petróleo?. as atividades. nos próximos. Lnt.er-es sa mais pelo. lado das atividades. do "ouro negro". então que a economia. matemáticos que. atualmente.. pela alta dos preços do petróleo. sumidoras. mente. consumo. os modelos. ao sistema;. a magnitude. da. res-. e. para prever. nas várias esferas. efeitos. de atuação. de novas políticas da economia.. (7} Buarque, C. - "O fetichisro.••" - op. cit., pago 14. (8) Rangel, r. - "O problema enerqêtríoo brasileir-o"- Encontros a::m a zação Brasileira,n9 14 - agosto/1979- pp. 75-85.. Civili. (9) Hoffrnan,K.C. - "Energyrrodeling- Perspectivesand policy applications' in energy pol.Lcy- JS Aronofskyet alli (editor)- North Holland , 1978 Amsterdam.. , \.

(21) $r.Q; ..'I"\(/("\\\<M..~W-. ~... \I~. f. ~~. ••.. t10. ~\.;A~. h'Wjd;'A ~o..~t. t'vP\""'<j4Ã. Além de tes fatores, de elast'cidade. 5.. t",-i~ observa-se. utilizado. que, na maioria. para medir. dos modelos,. alterações. no consumo. gia é irreal, uma vez que este indicador. e. so, cada região. Slesser. e cada per iodo de tempo.. da que em uma análise. feita para. ,~.s~. rentes foram(detectadas grandes w\"..., .4. óbvi"-, Esta·s idéias conhece-se ,cor. reconhece-se. o foco principal. constatação,. Atualmente,. vive-se mais. flexos diretos proveitar. da análise. deve assumir. desenvolvimento. Urna análise. generalizada. i~terno.. De outro. qualitativa. com uma certa exatidão. um caráter. ques~ões mais. quali. sendo justamente. es. por um lado con. lado, verifica-se. a aber-. naturais,. tar. Todas as correntes sequente desequilibrio. Mais. mais. passada. permite. da situação. no e. determina. graves. pode-se. a Divida. de Pagamentos. (lO)Slesser,M. - "Energy in the econcrny. 11. -. cp. cito. e~. tem que enfren Externa. das forças. apresenta do preço. afirmar que,. e,ocon. como um importante. o desenvolvimento. - como a elevação. dentro do. que a questão. que a economia. apontam. detectar. que ora se coloca. não há quem discorde. de f0rma oportunista,. dos fatores externos. seja. de industrialização. concretamente,. de opinião para. de a-. centrais.~. no Balanço. ponto de estrangulamento. ou. sobr.e o futuro que se apresenta,. econômico. terna é um dos problemas. seja no sentido. bases que não aquelas. a abrangência. presente.. mundial - com re. recursos. da experiência. e também fazer previsões. tivas. O governo,. de outras. capitalistas. no nivel do debate. das,. A. Guerra. ainda mais o seu processo. a partir. quadro econômico. possivel. na economia. para o Brasil,. os seus extensos. das pelos paises. re-. econômica.. que a análise. grave desde o final da 11 Grande. sentido de avançar. dife-. econômi. mas não é. de clara indecisão;. de crise. oportunidades. melhor. ain-. um sério dilema,. do problema,. verifica-se. um momento. a nivel. tura de' grandes. (10) destaca. trabalho.. figura-se uma situação - a primeira. cada ca-. em três periodos. tativo de modo a dimiriuir - a sua vulnerabilidade, te o sentido deste. para. para o desenvolvimento. tradicionais. no seio da econo~ia. de ener. diferenças no~ coeficientes. UJ.to 1. ~.50\'~). da energia. se c0nf:!-arnos instrumentos energéticas. 25 paises. levam a crer que está se vivendo. a importância. partir_desta. diferente. o grau. também. produ-. determin~. do petróleo. em 1973.

(22) 6.. e depois. em 1979, os altos. fandegárias. impostas. juros. pelos. internacionais,. paises. centrais. mo causa do seu fracasso. enquanto. Baseadas. as autoridades. gumas. nesta concepçao. estratégias. de resolução. cipal destas deveria do petróleo. passar. importado.. gerente. destes. as barreiras. entre out~as razoes - co da economia.. econômicas problemas,. deste. estudo. elaboraram. ,, ... \. al-. sendo que a prin-. por um amplo programa. O objetivo. al-. de. substituição. se coloca,. então, #. no sentido programa leiras.. de discutir. o. de substituição Tal análise. efei to. r ea.L:. de importações. se caracterizara,. de ordem qualitativa. baseadas. mente,. que tem como enfoque. a economia. Assim,. e o Programa. nesta ordem, o estudo sumária do desempenho. tacando. os efeitos. Capitulo. de atuação. grama Energético. nalrnente, no Capitulo nergético,. calcado. tende. na análise,. fazer um balanço. petróleo feitos. obtidas. importado. final. proposta. sobre as contas. No. segundo. a sua forma. 'sobre o. pelo Programa. Pro-. e objetivos.. Fi. do Programa. E-. sobre a economia. construiu-se. urna. do petróleo.. metas. da economia.. 2,. des. os efeitos. sobre estratégia. externas.. do. brasileira,. dissertação. - seu histórico,. externas. recente. os agentes. no Capitmlo. choques. 5, serão avaliados. larrnente sobre as contas informações. e segundo. no setor energéti60,. brasi-. por conside-. recolhido. da economia. 4, uma pequena. Brasileiro. este. Brasileiro.. do setor energético,. e, no Capitulo. causar. externas. brasileira,. abranger:. recente. do primeiro. 3, uma descrição. em material. Energético deverá. análise. nas contas. principalmente,. raçoes. setor energético. que deverá. e partic~. Reunindo-se. o Capitulo. ~as. 6, que pr~. de substituição. Energético,. do. e os seus e-. ..••.,..•...;.

(23) 7.. 2 - PROBLEMAS. ECONOMICOS. 2.1 - O CARÂTER Ao analisar. a. vés dos tempos, talistas. CíCLICO. DA ECONOMIA. .história econômica. DO DESEQUILíBRIO. passando. EXTERNO. BRASILEIRA do Brasil,. o País foi estabelecendo. e estreitando. ternacional,. DECORRENTES. observa-se. mecanismos. atra. de atuação. os seus laços com todo o sistema assim a funcionar. que,. em compasso. capi. econômico in. com toda a éco-. nomia capitalista. De forma sumãria,. valeria. a pena repassar. alguns. lução, a fim de que se possa ter urna idéia mais. momentos completa. desta. evo. do funcio-. namento de nossa economia e entender a!gu.I?:~ _feI?:C?!flenos .__ at~a?-s O conhecimento de.todas as peças de uma engrenagem e a ligação que .. se faz entre. estas peças é muito. sentar o diagnóstico. .. importante. certo que explique. para que se possa. o mal funcionamento. apre~. do meca. nismo. A moderna. história. la a recuperação apresenta. do País tem início. econômica. algumas. mudanças. da crise internacional, estruturais. dústria. sobre as atividades. ocorrem. profundas. plantio. de café para o cultivo. privado. nacional,. ano se articu-. fase esta que jã. corno um pequeno. agrícolas.. alterações. lação das cidades.. em 1933; neste. Além. disso,. com a adaptação de alimentos. mesmo. de terras. pelo Estado. amplia. da in. no campo,. destinadas ao. que iriam suprir. A partir de 1937, a industrialização amparado. avanço. a pop~. e o capital. o seu horizonte. de a-. tuação sem,entretanto,aprofundar6 processo de acumulação de capital. Isto ocorre devido dutivai. a um fator limitativo. do crescimento. tal fator seria a nao existência,. no País,. da capacidade. pr~. de um setor pro-. dutor de bens de produção. Estã claro que havia, tal; é certo te período.. também. no Brasil,. algumas. fãbricas. de bens de. que estas aumentaram. em muito. a sua produção ne~. No entanto,. dade produtiva. crescendo. cesso de desenvolvimento (1) MELID,. este setor"não adiante. era capaz de manter. da demanda,. industrial.. Mello. a capaci. auto-determinando (1) denomina. capi-. o pro. este perío-. João Cardoso de. - "O Capitalisrro Tardio" - Tese de r:butoramento no. DEPE/IFCH!LiNICAMP - Campinas,. 1975.. . \.

(24) 8.. dq, devido a estes. fatores,. gida, que se estende. até meados. de bens de produção. dúvida,. a falta de interesse de escala. p.rn aplicar. bases. técnicas. altas. novo 'bloco de Lnves't.fment.os político. in-. foi,. sem. somas de recursos. ao mercado. A?_ Estado. , na tentativa. em. brasileiro.. e de infra-estrutura. ao capi tal indu~t~ial.. tro de um quadro. que nao se implantou uma. A razão principal. no Brasil.. restrin-. de 50.. que não se adaptavam. a isto faltavam. poio necessário este. da década. nao foi por falta de capitais. dústria. adição. da industrialização. -. Certamente,. economias. de período. Em. para o ~ -pr ornove r. cabez.í.a... de sobreviver. den-. adverso.. --------------------------~~--=~--. A partir do final da 11 Guerra, terar. Alguns. investimentos. cional. já traziám. geiros. se instalarem. trialização. do Estado. uma garantia. maior. estrangeiros. tornar mais. nestas. as condições. e garantir. certas. geiro. Com o estabelecimento, destas. o período. atraídos. isenções. o caráter. que se refere a barreiras. os. reconstru-. mais. no. Bra-. investimen-. ao capital. estran. se obtém uma efetiva durável,. ex. configurando. das importações.. corno fase de "substituição. ríodo este que reflete. P,. Ao Estado' ~i~. realizar. medidas. indus-. disponível. pela. Na. estran. a. de investimentos. que vai de 1937 ao princípio. ser caracterizado. condições,. poupança. no setor de bens ~e consumo. uma situação de substituição. a se aI. oligopólios. nacionais.. isso seria necessário. tos de infra-estrutura industrial. mais. possibilidades. atrativas. sil, sendo que para. Assim,. para alguns. se sentiam. começa. Novo em áreas de Segurança. no País. Mas mesmo. ção da Europa que pelas. p~nsão. econômica. ainda era lenta, pois não havia. investidores então,. a situação. da década. de 50. pode. das exportações";. pe-. da industrialização. restringida. reguladoras. do crescimento-que. verifica-se. a instalação. no. eram ~olo~. cadas a cada expansão. Com efeito, neste período Departamento tamento. 11 (bens de consumo. 111 (bens de consumo. tinuamente. a demanda. que rapidamente. durável). acabaram. e de um incipiente. para assalariados),. por importações por esbarrar. de um verdadeiro Depar-. que alivia~am. e se expandiam. con-. de tal forma. em reais obstáculos. ao. ,. seu. , '..

(25) 9. crescimento.. Esta situação. vai ficar particularmente. ríodo. de expansão. econômica. tações. atingiram. níveis. Em 1956, - primórdios industrialização. JK, período. em função. internacional. do novo papel. das as reconstruções. dos países europeus. ano, são. e europeu. (principalmente). vos investimentos. re~táveis. para a sua aplicação.. tais. CO!RO,. por exemplo,. à industrialização. reiras. brindo~se. novas. Foi uma verdadeira cou um verdadeiro produtiva. salto tecnológico. se ampliasse. Fundamentalmente, mica do Governo sentido. onda de inovações,. cessária pitalista pectos. de uma dinâmica. indústria. auto-sustentada.. do Plano de Metas. são. no-. ellminadas bar. a produção. e. em que se que a. básica. verifi-. capacidade (2). econô-. agentes. de bens de consumo. este não é o objetivo o caráter. du-. de uma eoonomia ca. alertar para o fato que é justamente observar. no. (D I), ne-. Não cabe aqui se alongar. nos demais. que é possível. •. a fim de faci. indúst.ria de bens de produção. de Metas, mesmo porque. a-. internacional. diferentes. o quadro. o. de 'instrumentos. pela política. articular. que era para que se completasse. seçao, vale apenas Plano. pretendia. responsável. de dotar o País de uma certa estrutura (D 11) e uma atuante. a procurar. ao capital. permitindo-se. defin!. à frente da demanda pré-existente. o Plano de Metas. litar a instalação rável. muito. Juscelino. através. no sentido. es. Çom a superaçãO de. total, diversificando-se. frentes que interessavam. do capital. pela guerra re. passam. 113 da SUMOC,. a instrução. de. Estado. praticamente. atingidos. legais por meio do Estado,. fase. que joga o. americano entraves. uma. à mobilização. favorável. ao Brasil. Neste. certos. pe. em que as impor-. Juscelino,' inicia-se. trangei-ro em relação capital. no. formidáveis.. do Governo. pesada,. e da conjuntura. do Governo. crítica. cíclico. asdesta. a partir. do. da nossa e. conomia. De fato, é a partir. de 1956 ou 57 que a industrialização. e tem início um ciclo de desenvolvimento. característico. se expande que irá ter. (2) Para uma descrição cx:rnpleta do período JK veja: LFSSA, Carlos - Quinze anos de p:>lÍticaeronânica - cadernos do lFCH, Campinas, n9 4, 1978 - pp. 14-66•. •. ,. •.

(26) 10•. : .... corno base o consumo' de bens duráveis população.. Respaldado. tal Estrangeiro,. da crescente. no tripé Estado-Capital. o País se moderniza. danças econômicas. e políticas. parcela. Nacional. e tem início. no seio da sociedade. urbana. da. Privado-Capi. uma série de. mu-. brasileira. ,. A grande concentração. de capital. e de renda decorrente. rno foi realizada. a industrialização mento dos departamentos senvolvimento,. da economia.. o adiantamento. lha os seus .. efei tos em cadeia as pequenas. sem resistir. Em função. da capacidade. começam. mais. produtiva. a enviar os seus lucros. da com a q~ebradeira. a indústria. generalizada. do capital. ~. dese-. que espa-. Nesta. conjun. a quebrar e as gra,!!. para o exterior,. como um todo. e logo se configura poucas. de. de alguns. começam. dos mesmos.. nas mãos de algumas. de cresci. modelo. de boa parte do seu capital,. por que passava. ção absoluta. deste. frágeis,. assim a taxa de reinvestimento. ção relativa. o ritmo. por todas as. atividades.. empresas,. ao congelamento. des, por. sua vez, diminuindo. moldou. ã demanda vai causar uma sobreacumulação. tores em relação tura crítica,. pesada. da forma co-. A concentrase vê aumenta uma concentra. empresas,. estran. geiras de modo geral. Já se podia verificai, vas cíclicas. nesta época,. certas. que se dão basicamente. em função. mico entre a estrutura. da oferta. observa-se,. como poderia-se. exatamente. vos investimentos. ao mesmo tempo. características. e da demanda prever,. de um desajuste industriais.. em que há total paralisação. das instalações. em atividade.. que ainda garantia. o funcionamento.da. economia. que vai perdurar. Ao mesmo tempo, a uma política vocando. intensa. çao das tensões çao industrial pe militar. político. governamental elevados,. emigração sociais. de 1964 vem. 1960 dosno da .d~. período,. era a atuação. vai se agravando,. incoerente, dificultando. dúbia. nas cidades. e no campo,. Claramente,. é criado. dando. e ineficaz.. o cálculo. dos capitais .•Ocorre. e agrícola.. Neste. econo. o. do gas. até 1963 ... o processo. ção atinge níveis. Em. um esgotamento. manda por reposição to público. recessi-. lugar A infla-. econômico. também. e pro-. a intensifica. diminuindo. a produ-. um impasse. que o gol. solucionar.. •. \.

(27) 11.. De. imediato,. o. novo Governo. que assume. vãi tentar reestabelecer. b. níveis. sentido,. anteriores.. Neste. plano de desenvolvimento ça com o Plano Trienal a calma no País, to da recessao. tar o crédito caminho". de João Goulart.. conter À moda. a inflação monetarista,. concentração. Como forma de preparar gurar a oposição tica salarial. restritiva. novos. o Governo. cria um. semelhan-. restabelecer. patamares. de de-. é o aprofundameg. havia. política. aos. decidido. #. esta que. financeira. aper-. "tirou do. e abriu. es-. de capitais.. o terreno. política. tinha muita. desta pOlítica. público,. militar. O PAEG buscava. empresas, sem eficiência. paço para uma maior. de acumulação. Governo. e atingir. resultado. e o investimento. as pequenas. o primeiro. de 1964,. de março. dqs taxas. (PAEG) que de resto,. O primeiro. senvolvimento.. crescimento. a partir. para um novo ciclo. ao novo regime, baseada. expansivo. reestabelece-se. e se-. uma polí~. apenas no "deus ex-machina". -. ~. da cor. -. .~. _reção monetária, atando as mãos-S1-'?s sindicatos e ,partidos polítioos. Entretanto, este novo ar concEmtrador·· que a ecol1Omià -resp.irãva nâo era suficiente condições marcha. para. estruturais. industrial,. equilibrada. de bens duráveis.. rísticas. um novo ritmo de acumulação.. do setor. uma estratégia. consumo. era possível. o Governo. Acreditava-se. as. por. em. com base. que que devido. do Departamento.II. Dadas. decide. de desenvolvimento,. de inter-relacionamento. da economia,. no. às. caracte-. com o. restante. reativar. este setor, de modo a promover frente e para trás, englobando a economia como (Teoria da Mancha de ()leo, como se referem alguns).. uma articulação um t odo. Desta maneira, partir. encadear. para. todas. as medidas. tomadas pelo Governo. daí, o restabelecimento. 11, dando. elementos. cida como "o milagre formas empreendidas. econômico".. públicos. uma rede de serviços corno fator dinâmico. fiscal,. públicos;. de forma. conhe ou re-. que recu. a abertura. que possibilitará. dos. serviços. para administração. a dotar os novos. investimentos. de crédito. a retomada. de. intermediarios. a reforma. públicas. a. I e. dando a este a possibilidade. de companhias. adequada;. a reforma. medidas. seja no setor de bens. dos serviços. básica,. estão. do Estado,. na economia,. com a criação. infra-estrutura. dos Departamentos. Entre as principais. pelo Governo. seja na reformulação. visar,. para uma nova fase de auge, que ficou. perou o poder econômico atuar diretamente. das atividades. irão. da de. ao consumidor,. dos. ------. investimentos. -. -. ------~--------------------------------"~----------------------~----~---------. , \.

(28) 12.. no Departamento. de bens de consumo i a criação. ra as poupanças. particulares. ~. sadas posteriormente pOlítica. para a indústria. de incentivos. as crescentes a. expansao. importações. de máquinas. que ora se engatilhava, neste sentido,. e favorecendo. a atuação. financeiro,. da construção. para exportação. atuava também dernização. para o sistema. do BNH, que canaliza-. do agro i uma pOlítica. e equipamentos. estrangeiro;. os anos de 1969 e 1970, observa-se. o chamado. "milagre",. de rendas. e produção. de mo. etc. (3a).. de recuperação. econo-. do Produto. acima. imprevisíveis. partir. mica. Neste. xas surpreendentes. cambial que. a. sinais. de investimento. uma. tão necessárias. por toda a economia,. de 1968 já se fazem notar os primeiros. situação. (3);. uma pOlítica. de concentração. ano, a taxa de crescimento. repas. como forma de contrabalançar. além de uma política. Com esta ampla gama de reformulações. e durante. civil. como mini desvalorizações. do capital. sendo. Real. é de. 11,2%. uma plena retomada. com a indústria. de 10% a.a. e preparando. da. crescendo. a ta-. as bases. para. que vai se dar entre os anos de 1971 a 1974.. 2.2 - O "MILAGRE". t. possível. verificar. mento econômico história,. pelos parágrafos. brasileiro,. a partir. começa a se identificar. anteriores. de um determinado. com um movimento. to este ligado cada vez mais com a economia um momento. de auge deste ciclo,. sante, pois conjugou. um momento. a capacidade. época com as condições. que o. expansiva. extraordinariamente. desenvolviponto. cíclico,. mundial.. na sua movime~. O"milagre". excepcionalmente da economia. foi. intere~. brasileirada. receptiv.as da econamamm. dial.. (3)Vale ressaltargue as novas demandas de mão-de-obra prop:>rcionadaspelaatividade da constzuçâocivil extraídasdo meio rural irão d:inainizar o Departamento 111, além de facilitara constituiçãode novas relações de produção no campo. (3a)Pode-se afirrrBrque toàas estas medidas visavam ao fortalecimentodos grandes oligopólios.. -------------------------. -----~------------- --------.

(29) 13.. o. Quadro. Capital. 2.1 apresenta. a. Fixo e a Renda. r·itmo de crescimento tabilizações Observa-se. a observação. do. permite. industrial. nos últimos. anos com seus auges,. citado que a partir. a se expressar anterior,que. e um novo padrão e com a absorção. de 1971 as taxas. em dois dígitos, aumentando. o Governo. tir de 1966, uma série de reformas. merar,. de. Este quadro. pelo quadro. Foi visto na parte. peraçao. Bruta. Interna.. sofre uma forte expansão. economia. da Formação. es. e declínios.. cimento passam dustrial. taxa de crescimento. em marcha,. que permitiram. as principais. in. a taxa de acumulação. ociosa,. condições. vale. •. a par-. um rearranjo. Uma vez na etapa. total da capacidade. de forma sumária,. e o investimento. colocou. do crescimento.. de cres. da. de recuagora-en~. que permitiram. o. civil e com a expansao. do. "milagre" • Com o crescimento crédito direto. do setor de construção. ao consumidor,. e bens intermediários preenchendo o Governo. passam. ajusta. em parte, o ritmo. Em função. os preços. Neste. o estabelecimento. reformulação. a modernização:do. setor. bancário.. mesmo tempo que permitia meçava. de novas. no mercado economia. comerciais. na captação. europeu. expansivo,. CIP,. diminuindo,. o Governo. financeiro,. de re promo-. incluindo. beneficiava. de novos mecanismos. de recursos. época, os Estados. começam. a viver um período. aos crescentes e japonês. déficits. de dólares. também. líder de. da. déficits. de capitais,. fáceis. -------------------------------~,--------.---------. situação. ocorria. Unidos,. ao. que co-. em 1968. Esta. financeiros. tam. de capta-. como o "open-market",. experimental,. Nesta. capitalista,. que associados. davam o mercado. o. 6 seu controle sobre a economia,. monetária,. em caráter. internacional.. mundial. também. necessidades. Esta reformulação. a instalação. e política. a funcionar. de favorecimento. criado. empresas,. em todo o sistema. pois aumentava. ção de recursos. elemento,. atacando é. logo. inflacionário.. também. bém o Governo~. durável. dinamisno,. deste novo. sentido,. de algumas. cursos financeiros, por força do período ve uma grande. um grande. anti-inflacionária,. dos preços.. passa a administrar. Tendo em vista. ocio~a.. a sua política. de custos. de bens de consumo. a apresentar. a sua capacidade. o componente que. os setores. e baratos.. inun. ,,.

(30) 14.. Quadro. 2.1. BRASIL RENDA INTERNA. E FORMAÇÃO. BRUTA DE CAPITAL. FIXO. (CRESCIMENTO). Em percentagem ANO. RENDA. INTERNA. (PIB. FBCF/RENDA. (PIB a cf). a cf). 1960. 9,7. 22,8. 1961. 10,3. 22,4. 1962. 5,3. 22,1. 1963. 1,5. 20,5. 1964. 2,9. 19,8. 1965. 2,7. 18,4. 1966. 3,8. 19,6. 1967. 4,8. 19,3. 1968. 11,2. 21,2. 1969. 10,0. 22,1. 1970. 8,8. 22,3. 1971. 11,3. 22,9. 1972. 11,7. 22,9. 1973. 14,0. 23,0. 1974. 9,8. 24,2. 1975. 5,6. 25,4. 1976. 9,0. 23,7. 1977. 4,7. 21,9. 1978. 5,9. 22,2. 1979. 6,4. 8,0. 1980. 8,0. 21,8. FONTE: Conjuntura. Econômica. INTERNA. - FGV e IBGE.. ----------------.....----~-_._-_ _-----.....

(31) 15.. o. Brasil, atravessando. um período de auge em uma conjuntura. cional aberta e favorável, ao seu crescimento. consegue. e semi-manufaturados.. Com efeito, apesar dos indicadores tar alguns desequilíbrios. favoráveis. locar. entraves à permanência "o. pansão fenomenal do mercado. do "milagre". para as suas ex para a importa-. já era possível elementos. sumidor e os gastos do Governo começam nente da demanda da inflação.. Assim,. se no haviam. que. atuavam no sentido. das altas taxas de crescimento. financeiro. con-. a cada ano.. em 1972. Os mesmos. para a construção. necessários. Esta. situação. i"az com que nao se dê importância. ção m~ciça de bens de capita~ que aum~ntava. contribuído. os recursos. e ao mesmo tempo obter colocação. portações .de manufaturados juntural benéfica. recolher. interna.'. associado. ao crédito. a ativar novamente. de co A. ex-. ao con-. o compo-. em. fins de 1972 e já em 1973 ,. esta começa a crescer novamente. já.apresentava sinais de extremo a. quecimento, ao mesmo tanpo em que se verificava,a nível macroeconômico,uma ~. Nesta mesma época, ~ indústria. pansão monetáriaexcessiva,dando margem a uma onda especulativa."Cdneça a es~ sez de-bensindustrd.ais e de componentes tre a expansao da capacidade çao de insumos industriais. nos bens de consumo durável. e a produ-. (4).. ll. Em função destes fatores,. devido à falta de equilíbrio en. as importações. todos os limites, atingindo. de bens de capital. superam. em 1972, 41,0% de tudo que era importa-. do. O Quadro 2.2 ilustra esta situação.. (4) WELLS, JOhn R. - "Braziland the }X?st-1973crlS1S in the International Economy" - in Inflationand Stabilizationin Latin AIrerica- Holmes & Meier PublishesInc. 1979 - pág • 233.. 'o. .. \.

(32) 16. ,. Quadro. 2.2. B~IL. 'D1PORI'AQ3ES. DE. BENS. DE CAPITAL. #. PORCENTAGEM SOBRE O TOTAL DAS IMPORTAÇÕES. ANO. US$ 10. 1968. 603,9. 32,6. 1969. 712,2. 36,8. 1970. 907,7. 36,2. 1971. 1 238,8. 38,1. 1972. 1 734,1. 41,0. 1973. 2 142,5. 34,6. 1974. 3 119,1. 24,7. 1975. 3 933,7. 32,2. 1976. 3 618,6. 29,2. 1977. 3 101,5. 25,8. 1978. 3 521,9. 25,8. 1979(1). 4 041,0. 22,5. 1980 (1). 4 686,0. 20,4. FONTE: Boletim. do Banco Central. (1) ABDIB informa'n9. - Banco. Central. ,. do Brasil.. 180 - 26 de fevereiro. de 1982,. pág.. ,-. 22.. ,.

(33) 17.. Pelo. quadro. pidamente. no período. de capital Nota-se. anterior,. observa-se. 1968-73,. que aumentaram. que as importaç6es. com um certo destaque. a sua participação. que nos anos de 1972,1973. cresceram para os. ao longo do. rabens. período.. e 1974, a participação. das. 'im-. portaç6es. de bens de capital no total das importações começa prat:!:, ~ camente a estacionar, em termos de valor, e logo apos decresce. Is so ocorre por dois motivos; em primeiro lugar, o valor das importa çoes de bens. intermediários. para o Brasil cassez. e matérias-primas. como no mercado. e secundariamente,. internacional,. em função. fazia notar por parte dos setores prenunciando Tomando~se va-se. o esgotamento as importaçõe~. devido. de uma certa. consumidores. brasileiras. empurradas. pelas. importaç6es. e logo apos, na fase 1971/73,. arrefecendo,. cente,. tendo como carro-chefe. as importações. outros. insumos. o preço. dos alimentos. internacional.. tia-se. à desarticulação. cordos. de Bretton. na esfera. de bens de. capital. ainda. cres. internacional.. era. e. ,também. norte-americanas. desmoralizado. firmado. que. e da alta genera-. uma crise no sistema. estava. de todo o sistema Voltava. o quadro. mundial. havia. O padrão dólar. Woods.. alfandegário,. quadruplicação. de forma. de matérias-primas. internacional,. das matérias-primas,. netário. capitalismo,. 1971 /. cresceram. mas em ritmo. grave, ã parte das más safras. particularmente. a nível. obser-. básicos.. A nível mais amplo da economia. cionismo. se. foi de 10,7%. 1968/70 e 23,4% ao ano na fase de auge. global,. do preço. que. petróleo),. na fase de ascenso. que as importações. lizada. súbita e~. saturação. (exclusive. demonstram. elevavam. a uma. de b~ns de capital,. 73. Estes números no início. a subir tanto. do crescimento.. que a sua taxa de crescimento. ao ano para a média. começa. mo. e assis. com base nos. a-. com toda a força uma era de prote. acompanhado. de crescentes. tens6es. políticas. "!: neste quadro, único talvez na história do. que viria a ser detonada. a "bomba árabe". através. . de. do preço do petróleo" '(5).. (5) CASTRO, Antônio de Barros - "O capitalismoainda é aquele" - Forense, 1979. Rio de Janeiro, pág. 63.. ~------------'-------r---'. .,.

(34) 18. :. 2.3 - OS EFEITOS LEIRA. DO PRIMEIRO. CHOQUE DO PETRÓLEO. Em outubro de 1973, os países. árabes.produtores·de. tam o embargo deste produto a um grupo de naçoes promovem a quadruplicação de seu preço. Os reflexos. destas. medidas. tiveram que absorver enquanto. foram imediatos,. um pesado. que os países. défici~. exportadores. BRASI-. petróleo. decre-. e ao mesmo. tempo,. os países. importadores. nas suas balanças. de petróleo. ~.. NA ECONOMIA. comerciais. se.viram. inundados. de dólares. Esta elevação nos preços do "ouro negro'.'provocou tremendo choque nas economias nacionais e deflagrou uma crise proporções mundiais capitalista.. no comércio. internacional. e sistema. um de. financeiro. -. Existem vários. fatores. leo de 1·973 ocorresse. que contribuíram. com tal intensidade.. fatores devem ser colocadós economia brasiléira. ano culminante. para que o choque. diante. Entretanto,. da luz da dinâmica. Como já foi sublinhado,. de um período. do petró. todos estes'~, 'cíclica. da. o ano de 1973 foi. de auge de ciclo que chegara. o. ao seu fi. nal, com o esgotamento total da capacidade instalad.a de alguns setores. Este preenchimento da capacidade produtiva que se dá, inclusive no setor de bens de capital, tendo em conta que a nossa economia dependente tinha traços de cx:mplementaried.ade cem os pólos capitalistasdesenvOlvidos,.i.:-a :parte da substitutibilid.ade entre os tens de capital aqui produzidos e os importadores não poderia r'esuL tar senão num grande .crescimento das importações levando ã configuração Houve claramente dinimico",. de condições. o que Tavares. que ócorreu. críticas. e Belluzzo. nas conta~. (6) denominam. externas como. ~. "gap. não só ,entre o' setor de bens de 'consumo du:-='. rável e set'or de bens de capital,. mas. também, em outro sentido, 'comre-. lação ao estoque de capital acumiâado Pelas empresas de transfo:rmaçãoe'a deman da final, com sérias consequênciaspara as contas externas.. (6) TAVARES, M.C..& BELIlJZZO,C.G.M. - "Notas sobre o processo de·industrializa ção recente no Brasil" ...; Revista Administraçãode Empresas - vol. 19 <Ú jan/ffiar 1979 - pág. 7-16..

(35) "Seria. de se prever,. se tornasse crise.. Uma economia. no nosso. ela. caso,. de origem. interna. mostrando. as. mico que se constituiu. o. Quadro 2.3,. toda. novas,. (7).. anos". O". car i o Pais exportou beme apesar do endividamento crescente, endividamento. se elevou,. permitido.. tas. do ano de 1974,. vel. perceber. vel. um alto. na economia, (US$ 4,69. No entanto,. bastante. com o destino mantendo. Verifica-se externa. lhões. milhões,. US$ 11.896. de petróleo situação. foram efetuadas. líquida mediante. ao fechar. de. as conpossí. sido. intro-:-". o enorme déficit. comer. que havia. um pouco abaixo. do ní. as importações. US$ 2.812. aumentava. sugerindo. do limite Já era. as reservas para. o ni vel de liqui-. dentro. que de fato,. irá se intensificar. ano de 1973 "pode. distinta.. de cobrir. aumentaram de US$ 718 milhões para. o Brasil a situação. se mostrava. mo tempo que a dívida. Esta. deixando. volume de endividamento. bilhões),. do ano anterior.. tróleo. já. ob. à situação favorável do mercado de " açíi-. fechar semnenhumaatipicidade ,graças. cial. como ocor-. a seguir, apresenta a evolução das contas do setor externos. dez internacional. .,,. per-. do modelo econô~. serva-se por este quadro que, apesar de todos os problemas,. duzido. como tam. e qualquer. ou externai. limitações. nos últimos. de. tipo. não só tem po~. a condições. que arrplificam. tipo. deste. a qualquer. características. adaptar-se. mecanismos. seja. vulnerável. com tais. para. bém apresenta turbação,. que uma economia. excepcionalmente. ca flexibilidade. reu. portanto,. milhões,ao. nos anos seguintes,. mes. de US$ 6.157. que boa parte. recursos. de p~. obtidos. mi-. das compras no exterior.. entre 1974 e 1978. o. ritm:> de crescimento anual do endividamento externo foi da ordem de 28%.a.a. ,fa zendo cem que o Pais se tornasse um grande devedor mundial. Street que, em 1976 o Brasil já era o terceiro. destaca. (8). maior devedor do mundo, Loqo atrás. Grã-Bretanha e da União SOviética e seus satélites. I. e neste mesrroano, o. "da Pais. devia para apenas um banco norte-americano a sara de US$2 bilhÕes.. (7) LIMA,L.A.O.- "Crise do petróleo. e evolução recente da econcmia brasileira" - Revista Administração de Empresas - narjabr 1977 - Rio de Janeiro. Ver t.anbÉm sobre o mesrrotema: BAGIA, Fdrnar L. - "O Brasil e a crise do petróleo" - Revista FinançaS PÚblicas - nS'335 - juljagojset 1978 - pp. 42-60.. (8). S'I'REill' I James - "IDs ajustes de America Latina ante la crisis de la OPEP Y la recesión mundial" - El Trlirestre Econcmí.co- México- outjdez 1979 - voL XLVI(4).. '". -----------------------------------------~----------------------------------------.

(36) DASCCNfAS. EVOll.'ÇJ'io. 00. Sf.':'OR E"~. 1971/1979 Em US$milhões. .. .. .,. A - IWA.'l;A rolElCIAL. i. .!. 1. Export.-çOOS(FOO) 2. ImfX'rta~s - petróleo - outros. B • SERVIços 3. rendas de capitais - lucros (1) - juros 4. cutros C - TMNSF'ER~U:IJ\S ~ n:AAIS O - SI\LDO DAS ~ a:>RR'.:NI'ES. E - CAPlT1I.IS 5. invcst.iJrento direto (1) 6. €IT1Dréstirros - anorU:za çOOs F .- ERroS E. r I.. I·· \. ocssõss. G - RESULTADO. •. 1979. - 1.024. -2.717. -2.840. 12.659 -13.683 -4.089 -9.594. 15.244 -17.961 -6.i89 -11.772. 20.132 -22.961 -9.889 -13.062. -4.019 -2.558 -455 -2.103 -1.461. -6.037 -3.256 -560 -2.696 -2.781. -7.057 -4.740 -636 -4.104 -2.317. .-10.212 -6.311. 4. 6. 71. 17. -6.062. -3.917. -6.990. -9.151. -12.666. 6.867 1.145. 4.862 934. 10.916 1.061. 5.473 1.505. 9.804 1.146. 4.909. 5.722. 3.928. 9.855. 3.968. 8.658. -68. -36. 387. -316. -639. 1.066. 2.119. -936. -950. 1.192. 629 ... 3.287. -3.218. 9.521. 12.571. 21.171. 6.416 6.157 . 2.577. 32.837 7.256. 17.131. 25.985 6.544 19.441. 25.581. 43.510 11. 895 31.615. 49.904. 4.183 5.338. 17.165 5:269 11.896 2.595. 3.666 1.498. 4.814 1.810. 6.226 2.103. 8.122. 10.624 4.104. 1975. 1976. 7. -4.690. -3.589. -2.147. 96. 6.199 -6.192 -718 -5.474. 7.951 -12.641 -2.812 -9.829. 8.670 -12.210 -2.747 -9.463. 10.130 -12.277 -3.460 -8.817. 12.120 -12.024 -3.664 -8.360. -520 -161 -359 -730. -1.722 -712 -198 -514 -1.010. -2.433 -901 -249 -652 -1.532. -~.238 -1. 732 -234 -1.498. -3.919 -2.190 -380 -1. 810 -1. 729. 14. 5. 27. 1. 1. -1.30i. -1.489. -1.688. -7.122. -6.827. 1.846. 3.492. 3.513. 6.254. 169. 337. 917. 945. 5.913 1.004. 1.617. 3;155. 2.536. 5.309. -9. 436. 354. 2.439. -341. -244. 2.904. 3.991 -4.235 -376 . -3.859. -3.245 -280 -2.965. (FOO). 1978. 1977. 1974. 1973. 1972. 1911. ITEM. -980 -420 -118 -302 -560. . 530. -1.250. -1.506. .. ". 1980. -3.901. 200. -4Q!l. ,. -3.499. ". Erxltvidarrento'I!xtemo - Bruto - Peservas'. ... - Olvida LI~ Serviço da Divida - Juros - ArrorUzaçôes Serviço olvi~rtaçÕes Juros/!:>lv.LIquida ~1édia. 2.321 358 1.963 58,2%. 514 2.063 41,6% 8,9%. Fq'.J - Ctll'ljuntura Eccnêmica - fev/1919. Boletim CJICF.X il/7S, rre (m."1I"<P. ./1980) .' (1) I Não inclUi reinvestirrentos.. FO!-trE:. 652 1.943 32,6% 7,2%. 4.040. 2.696. 2.168. 3.004. 4.123. 5.426. 42, 3~ 10,3%. 47.5% 10,1%. 51,4% 9,3%. 64,2% 9,4%. Pelatório do Dana>Central do Br~i1. 9.689 40.215. 53.847 6.913 46.934 1:3.013. 6.520. .. (1917, 1978, 1919), Petrobrás,. 69,7% 11,4% ~i9ta. 64%. Brasil .e!l1. ~ .. .'. ..

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