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MOEDA E INFLAÇÃO Macro VI

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Academic year: 2019

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I

INTRODUÇÃO: TEORIA MONETÁRIA

• Teoria monetária: é a teoria que relaciona mudanças na quantidade

de moeda à mudanças na atividade econômica agregada e no nível de preços.

• Nível de preço: é o nível de preços médio de bens e serviços em uma economia.

(3)

I

INTRODUÇÃO: MOEDA E INFLAÇÃO

• Nessa primeira aula discutiremos o papel da moeda na economia e como ela se relaciona com outras variáveis macroeconômicas, em particular nível de preços e inflação.

(4)

I

INTRODUÇÃO: RESULTADOS VÁLIDOS PARA O LONGO

PRAZO

• O nível de preços de uma economia é determinado pela oferta de moeda.

• A taxa de inflação é determinada pela taxa de crescimento da oferta de moeda.

• Há uma relação de longo prazo de 1 para 1 entre a taxa de inflação (e inflação esperada) e a taxa de juros nominal (O efeito Fisher).

• Dicotomia clássica: variáveis nominais não afetam a determinação de variáveis reais no longo prazo.

(5)

II

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA (TQM): O QUE É

MOEDA?

• Ativo que é amplamente utilizado para realizar transações.

• Funções da moeda: unidade de conta, reserva de valor e intermediária de trocas.

• Evolução histórica da moeda: Moeda mercadoria Papel-moeda lastreado Papel-moeda sem lastro (moeda fiduciária)

• Atualmente os governos nacionais têm o monopólio de emissão da moeda legal (moeda de curso forçado).

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• Existem três principais meios a disposição do Banco Central para controlar a oferta de moeda:

1. Operações de mercado aberto (principal instrumento);

2. Alíquota dos recolhimentos compulsórios;

3. Taxa do redesconto.

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• Equação quantitativa da moeda:

𝑀 𝑥 𝑉 = 𝑃 𝑥 𝑇

II

TQM: MODELO

• Versão aplicável:

(8)

• Demanda por moeda:

𝑀𝑑

𝑃 = 𝑘 𝑥 𝑌

II

TQM: MODELO

• Equilíbrio no mercado de moeda + equação quantitativa:

(9)

Logo:

𝑃 = ത𝑉𝑀𝑌 = 𝑘𝑌𝑀

II

TQM: MODELO

• Logo, para um dado nível de Y exógeno (determinado pelo lado da oferta), o nível de preços é proporcional a quantidade de moeda. Em termos de taxa de crescimento, teríamos:

∆𝑃

𝑃 = 𝜋 =

∆𝑀 𝑀 −

∆𝑌 𝑌

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• Dado que imprimir muita moeda causa inflação muito alta, por que os bancos centrais fariam isso?

• Meios do governo financiar seus gastos: impostos, tomar emprestado do público e imprimir moeda!

• Logo, uma resposta para a pergunta acima é que a impressão

monetária gera receita para o governo! Essa receita governamental gerada pela impressão monetária é chamada de Senhoriagem.

• Imprimir moeda para levantar receitas é equivalente a imposição de um imposto inflacionário!

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IV. INFLAÇÃO, TAXA DE JUROS E O EFEITO FISHER

• Na presença de inflação, precisamos distinguir entre a taxa de juros nominal (isto é, taxas de retorno medidas em termos monetários) e taxa de juros real (isto é, taxas de retorno medidas em unidades

físicas, como por exemplo, unidades de produto).

• A taxa de juros real, r, é igual a taxa de juros nominal, i, menos a taxa de inflação, π, isto é, r=i-π.

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• Rearranjando a expressão anterior, temos a equação de Fisher:

• i=r+π

• r: determinada pelos fluxos de poupança e investimento.

• π : determinada pela taxa de crescimento da moeda.

• Logo, temos uma teoria completa de determinação da taxa de juros nominal : pela equação de Fisher, a taxa nominal é a soma da taxa real com a taxa de inflação.

15

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• Previsões do modelo:

• Um aumento na taxa de crescimento monetário causa um aumento de um para um na taxa de inflação, que por sua vez causa um

aumento de um para um na taxa de juros nominal de LP.

• Essa relação de longo prazo de um para um entre a taxa de inflação e a taxa de juros nominal é conhecido como o efeito Fisher.

16

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• Até o momento, não distinguimos inflação observada da inflação esperada.

• Contudo, as partes envolvidas em um contrato nominal não tem como saber ao certo qual será a taxa de inflação no período de vigência do contrato.

• Obviamente, suas expectativas de inflação podem diferir da inflação realizada.

• Nesse caso, as taxas de juros reais observadas e esperadas também serão diferentes.

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• Logo, é necessário fazer a distinção entre a taxa de juros real observada (realizada) e a taxa de juros real esperada.

• Notação: taxa de juros real esperada= taxa de juros real ex-ante;

taxa de juros real observada= taxa de juros real ex-post.

18

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• Consequência para o efeito Fisher: a taxa de juros nominal pode

apenas se ajustar para a taxa de inflação esperada, mas não para a taxa de inflação observada. Logo, o efeito Fisher vale apenas quando substituimos π na equação de Fisher pela taxa de inflação esperada,

πE.

• Logo:

• i=r+ πE

• Importante: na equação acima, r deve ser interpretado como a taxa de juros real ex-ante. Essa é a taxa que será determinada pelos

fluxos de poupança e investimento da economia.

19

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20

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21

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• Função demanda por moeda alternativa àquela assumida pela TQM:

𝑀 𝑃

𝑑

= 𝐿 𝑖, 𝑌

𝑖 = 𝑟 + 𝜋𝐸

• Normalmente assume-se que:

𝜕𝐿

𝜕𝑖 < 0 𝜕𝐿

𝜕𝑌 > 0

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• Equilíbrio:

• O nível de moeda ainda determina o nível de preços?

• Sim! Suponha que o Bacen dobre o estoque de M e mantenha a

oferta de moeda nesse maior nível para sempre (one-shot increase). Assumindo que a dicotomia clássica seja válida, mostre que Y, i, r e

πE permanecem constantes, o que implica que P deve aumentar na

mesma proporção de M.

• E um aumento permanente esperado na taxa de crescimento da moeda? Agora a análise muda porque i e πE aumentam no mesmo montante do aumento da taxa de crescimento monetário (Por

quê?). O que deve ocorrer com P?

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V. FUNÇÃO DEMANDA POR MOEDA KEYNESIANA

𝑀

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• Custos sociais da inflação esperada: custo da “sola de sapato”,

custos de menu, custos da maior variabilidade dos preços relativos, custos relacionados a tributação, inconveniência de nível de preços que variam ao longo do tempo.

• Custos sociais da inflação inesperada: gera redistribuições arbitrárias de riqueza entre indivíduos; argumento contra inflação variável.

• Importante: há uma forte correlação positiva, amplamente documentada, entre inflação alta e inflação variável!

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• Frequentemente, hiperinflação é definida quando a inflação excede 50% ao mês (um pouco mais de 1% ao dia).

• Os custos sociais da inflação anteriormente discutidos ficam muito mais aparentes em hiperinflações (veja os estudos de caso do livro das hiperinflações da Bolívia, Alemanha e Zimbabwe).

• Causa fundamental da hiperinflação: desequilíbrio fiscal crônico.

• Veremos esse ponto mais formalmente ao desenvolver o modelo de Cagan nas próximas aulas.

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• Considere o seguinte experimento mental: suponha que amanhã o governo anuncia que todas as notas de R$ da economia valerão o dobro da sua denominação.

• Isso é equivalente a dobrar a oferta de moeda da economia.

• Essa política irá afetar variáveis reais?

• Essa política irá afetar a quantidade de bens e serviços que a economia é capaz de produzir?

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• Obviamente a mudança da oferta de moeda não afeta o PIB real potencial, pois a quantidade de insumos e a tecnologia usada na produção de bens e seviços não se alteraram!

• Na verdade, se os preços são flexíveis, então variáveis reais não são afetadas por mudanças monetárias, apenas o nível de preços da economia será afetado!

• Dado que os preços são flexíveis no LP, esse é o único efeito da política monetária nesse horizonte de tempo.

• Esse resultado é conhecido como neutralidade de longo prazo da moeda!

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A neutralidade monetária de longo prazo é um resultado

importante. Ele basicamente estabelece que no LP variáveis reais

(tais como

𝑌

,

ሶ𝑌

,

𝑟

,

𝑊/𝑃

, etc.) são determinados de forma

independente das variáveis nominais (tais como

𝑃

,

𝜋

,

𝑊

, etc.).

A separação entre variáveis nominais e reais em macroeconomia é

conhecida como

dicotomia clássica

, e é um resultado central da

macroeconomia clássica.

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Referências

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