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A Arquitectura Religiosa Gótica em Portugal no Século XIV: o Tempo dos Experimentalismos

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Academic year: 2021

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I Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de

Doutor em História da Arte Medieval,

realizada sob a orientação científica do Professor Doutor José Custódio Vieira da Silva

Apoio Financeiro da FCT no âmbito do Programa POCI 2010 Bolsa SFRH / BD / 10070 / 2002

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II Aos meus Pais Ao Nuno À Sofia e à Leonor

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III Agradecimentos

Em primeiro lugar, os mais sinceros agradecimentos ao meu orientador, Professor Doutor José Custódio Vieira da Silva, que me acompanhou ao longo destes anos na minha demanda pelos experimentalismos e me ajudou a reflectir com as suas pertinentes críticas e sugestões. O seu saber, os seus conselhos e a linha metodológica que me incutiu foram fundamentais para elaboração desta tese.

Na impossibilidade de citar todas as pessoas com quem cruzei nas minhas diversas deslocações, tanto em Portugal como no estrangeiro, quero, no entanto, agradecer em especial aos funcionários do extinto IPPAR, Câmaras Municipais e Patriarcado que sempre procuraram facilitar o acesso aos monumentos, fazendo aqui uma especial chamada de atenção para a amabilidade do Pároco da Igreja de São Leonardo da Atouguia da Baleia e do Pároco responsável pela Ermida de Santa Catarina de Monsaraz.

Não posso também deixar de agradecer o interesse manifestado por algumas pessoas que se disponibilizaram a acompanhar-me nos locais visitados, procurando inteirar-me do avanço dos trabalhos por que eram responsáveis e esclarecer todas as questões colocadas; gostaria de destacar o acolhimento feito pelo Arqueólogo Luís Sebastian no Mosteiro de São João de Tarouca, bem como pelo Arqueólogo Artur Côrte-Real no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha de Coimbra. Devo igualmente uma referência ao Patriarcado e ao extinto IPPAR, que nunca levantaram obstáculos à visita dos diversos edifícios sob a sua alçada.

Uma palavra de agradecimento também para a Fundação para a Ciência e Tecnologia que, através do Programa POCI 2010, me concedeu uma bolsa de estudo sem a qual teria sido particularmente difícil levar esta investigação a bom termo.

Reservo ainda um agradecimento muito particular aos amigos que, ao longo destes anos, me acompanharam em "modo doutoramento", num registo quantas vezes menos sociável, e em especial às amigas Cristina Joanaz, Alexandra Curvelo e Mª do Castelo Romeiras que, companheiras de percursos similares, souberam ouvir e entender o cansaço e o desalento que em alguns momentos me invadiu.

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IV Deixei propositadamente para o fim a minha família, a quem agradeço do fundo coração: aos meus pais, cujo apoio incondicional foi sempre uma constante ao longo da minha vida e a quem devo muito do que hoje sou; à minha incansável madrinha e à minha sogra, pelas muitas horas de babysitting sem as quais este trabalho nunca se teria realizado; à minha irmã, pelo precioso auxílio na recolha in loco de grande parte da bibliografia "francesa"; e finalmente ao Nuno, que acompanhou e acarinhou esta tese, que me escutou e encorajou, contribuindo de forma inestimável ao longo de todo o percurso, e às minhas filhas, pelos seus sorrisos carinhosos, pela paciência e por todos os momentos em que a mãe não pôde estar presente. A todos eles o meu Amor.

E in memoriam da minha avó materna, que nunca me abandonou nos períodos de maior desânimo.

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V A ARQUITECTURA RELIGIOSA GÓTICA EM PORTUGAL NO SÉCULO XIV:

O TEMPO DOS EXPERIMENTALISMOS

RELIGIOUS GOTHIC ARCHITECTURE IN PORTUGAL IN THE FOURTEENTH CENTURY:

THE TIME OF EXPERIMENTALISMS

CATARINA PAULA OLIVEIRA DE MATOS MADUREIRA VILLAMARIZ

RESUMO ABSTRACT

PALAVRAS-CHAVE: Experimentalismos, Tipologias, Ordens Religiosas, Séculos XIII-XIV

KEY-WORDS: Experimentalisms, Typologies, Religious Orders, thirteenth and fourteenth Centuries

Com este estudo sobre a arquitectura religiosa gótica no século XIV em Portugal pretende-se, acima de tudo, trazer para a luz e valorizar um tema que nos parece da maior importância e cujas análises até ao momento têm frequentemente relegado para segundo plano: o facto de o século XIV se apresentar com uma diversidade de tipologias arquitectónicas que leva ao questionamento da possibilidade desta centúria se afirmar como um momento de experimentação na arquitectura medieval portuguesa. Tal possibilidade marcou o ponto de partida de uma investigação centrada na tentativa de identificação,

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VI compreensão e distinção das diferentes tipologias, de forma a entender se as mesmas são herdeiras de uma arquitectura proveniente dos séculos anteriores ou se se estabelecem como modelos inovadores até então não ensaiados. Por outras palavras, tentar entender se nos encontramos ou não perante um período de experimentalismos.

Paralelamente, e de forma a avaliar o verdadeiro peso desses experimentalismos, procurou definir-se se, para lá da sua existência, existe alguma tipologia "padrão" no século XIV português, uma tipologia que se possa considerar dominante e que se afirme sobre as restantes. Associado a este objectivo, surgiu-nos um terceiro: a tentativa de compreensão da importância que as diferentes ordens religiosas tiveram no desenvolvimento do gótico português, bem como o de tentar apreender de que forma a sua arquitectura se interliga. Pretendeu-se, assim, perceber se a cada ordem se pode associar uma determinada tipologia construtiva e, em caso afirmativo, se essa "tipologia de ordem" é rígida e exclusiva, se se pode considerar alguma ordem (ou ordens) religiosa como responsável por qualquer espécie de experimentalismo arquitectónico, "criando" a sua própria arquitectura ex nihilo, e até que ponto essa arquitectura extravasa para lá dela mesma e vai, ou não, influenciar construções que não pertençam a nenhuma ordem, como as igrejas paroquiais.

Para a persecução destes objectivos selecionou-se um corpus arquitectónico diversificado e que permitisse uma visão abrangente da arquitectura religiosa dos séculos XIII e XIV, englobando vertentes distintas da mesma, como a arquitectura monástica e paroquial nas suas diversas tipologias ou os claustros, espaços privilegiados de

experimentação.

The first purpose of this study on Gothic architecture in the fourteenth century in Portugal has been the enlightenment and valorization of a theme we consider of the utmost importance and which the analyses available until the moment have often kept int the background: the fact that the fourteenth century presents a diversity of architectonic typologies, which raises the question of this century asserting itself as a period of

experimentation in the Portuguese medieval architecture. Such possibility has defined the

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VII those distinct typologies in order to comprehend if they are heirs to an architecture deriving from previous centuries or if they establish themselves as innovatory models never tested before. In other words, an attempt to perceive whether or not we are facing a time of

experimentalisms.

Simultaneously, aiming to ascertain the real weight of such experimentalisms, we have tried to define if, beyond their existence, there is any standart typology in the Portuguese fourteenth century, a typology which might be considered dominant, prevailing over the others. Along with this intent, a third one has arisen – the attempt to understand the importance of the various religious orders in the development of the Portuguese gothic, as well as the way their architecture interwines.

We have therefore sought to understand if a certain structural typology can be associated to each order, and in such case if that "typology of the order" is strict and exclusive, if any religious order (or orders) can be considered responsible for any kind of architectonic experimentalism, "creating" its own architecture ex nihilo, and also to which extent that architecture goes beyond itself and has, or has not bore an influence in constructions not belonging to any order, as the parochial churches.

To pursue these objectives we have selected a diversified architectural corpus to allow a comprehensive view of the thirteenth and fourteenth century religious architecture, embracing distinct configurations, such as monastic and parochial architecture in its diverse typologies, or the cloisters, privileged spaces of experimentation.

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VIII ÍNDICE

Introdução ... 1

1. Objectivos, Metodologia e Fontes ...1

2. Os Pressupostos Fundadores da Arte Gótica ... 9

2.1 Suger, Saint Denis e o nascimento da Arte Gótica ... 11

2.2 Pensamento escolástico e opus novum ... 21

Parte I: A Implantação da Arquitectura Gótica em Portugal. O Papel das Ordens Religiosas... .26

1. A Ordem de Cister ... 26

1.1. O Pensamento de São Bernardo e a Estética Cisterciense... 26

1.2. A Ordem de Cister em Portugal ... 55

1.2.1. Igrejas de três naves com cabeceira escalonada: ... 59

a) São João de Tarouca ... 59

b) Santa Maria de Aguiar ... 71

1.2.2. Igrejas de três naves com deambulatório: ... 84

a) Santa Maria de Alcobaça ... 84

2. As Ordens Militares ... 105

2.1. A Ordem do Templo ... 105

2.1.1. Nascimento da Ordem do Templo e "Arquitectura Templária" ... 105

2.1.2. A Implantação da Ordem em Portugal ... 111

2.1.2.1. Igrejas de três naves com cabeceira escalonada: ... 113

(9)

IX

2.1.2.2. Igrejas de Planta Centralizada: ... 123

a) Ermida de Santa Catarina de Monsaraz ... 124

2.2. A Ordem de São João do Hospital ... 134

2.2.1. Nascimento da Ordem de São João do Hospital ... 134

2.2.2. A Implantação em Portugal ... 135

2.2.2.1. As Igrejas de uma só nave com capela-mor: ... 137

a) São João do Alporão ... 137

3. As Ordens Mendicantes ... 153

3.1. Ordem de S. Francisco ou dos Frades Menores ... 155

3.2. A vertente feminina do franciscanismo: as Clarissas ... 159

3.3. Ordem de S. Domingos ou dos Pregadores ... 160

3.4. O Modelo Mendicante: um modelo urbano. Os problemas da sua implantação em Portugal ... 163

3.4.1. Igrejas de três naves com cabeceira escalonada e transepto destacado: ... 182

a) São Francisco de Santarém ... 182

b) Santa Clara de Santarém ... 190

c) São Domingos de Elvas ... 197

3.4.2. Igrejas de três naves com cabeceira escalonada e transepto incluso: ... 203

a) S.Francisco de Estremoz ... 203

4. A Introdução do Gótico nas Catedrais ... 211

4.1. A Sé Velha de Coimbra: o Claustro e a Torre Lanterna ... 211

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X

Parte II: O Século XIV: o Tempo dos Experimentalismos ... 241

1. As Igrejas de Três Naves com cabeceira escalonada ... 241

1.1. As igrejas com transepto destacado: . ... 242

1.1.1. As Construções Mendicantes: ... 242

a) São Domingos de Guimarães ... 243

b) São Francisco do Porto ... 247

1.2. As igrejas com transepto incluso: ... 253

1.2.1. As Construções Mendicantes: ... 253

a) Santa Clara-a-Velha de Coimbra ... 253

1.2.2. As Construções Cistercienses: ... 271

a) Santa Maria de Almoster ... 271

b) São Dinis de Odivelas . ... 285

1.2.3. As Igrejas Paroquiais: ... 292

a) Matriz de São Clemente de Loulé ... 293

b) Matriz de Santiago do Cacém ... 298

2. As Igrejas de três naves com capela-mor: ... 316

2.1. Santo André de Mafra ... 316

2.2. Santa Maria de Sintra ... 324

2.3. São Leonardo de Atouguia da Baleia ... 328

2.4. Matriz da Lourinhã ... 332

3. As Igrejas de uma só nave com cabeceira tripartida: ... 346

3.1. Santa Clara de Vila do Conde ... 346

4. A problemática das igrejas fortificadas/fortaleza: ... 355

(11)

XI

a) Leça do Balio ... 357

4.2. Igrejas de planta centralizada cruciforme: ... 366

a) Santa Maria de Flor da Rosa ... 366

b) Nossa Senhora da Assunção da Boa Nova de Terena ... 376

5. As Capelas Funerárias: ... 386

5.1. Capelas de planta recta: ... 388

a) Capela de Bartolomeu Joanes da Sé de Lisboa ... 388

b) Capela de S. Martinho de Óbidos ... 392

c) Capela de S. João Evangelista da Sé do Porto ... 395

d) Capela de D. Gonçalo Pereira da Sé de Braga ... 399

e) Capela dos Ferreiros da Igreja Matriz de Oliveira do Hospital ... 402

5.2. Capelas de planta centralizada: ... 406

a) Capela dos Mestres da Igreja do Senhor dos Mártires de Alcácer do Sal ... 406

6. Os Claustros: ... 415

6.1. Claustros Monásticos: ... 417

a) Santa Maria de Alcobaça ... 418

b) Santa Maria de Almoster ... 429

c) Santa-Clara-a-Velha de Coimbra ... 433

6.2. Claustros Catedralícios: ... 441

a) Sé de Lisboa ... 443

b) Sé de Évora ... 456

7. As experiências reais: ... 470

7.1. D. Afonso IV e a charola da Sé de Lisboa ... 470

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XII Conclusão ... 492 Bibliografia ... 500

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