GABRIEL
GAMBA
PIONER
TIPOS
QE
CRISES PARCIAIS
SIMPLES
EM
UMA
POPULACAO
COM
EPILEPSIAS
PARCIAIS
DIVERSAS
1
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a Conclusão do Curso de Graduação
em
MedicinaFLORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
GABRIEL
GAMBA
PIONER
TIPOS
QE
CRISES PARCIAIS
SIMPLES
EM
UMA
POPULAÇAO
COM
EPILEPSIAS
PARCIAIS
DIVERSAS
Coordenador do
Curso:
Dr.Edson
Cardoso
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a Conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
Orientador: Prof. Dr.
Paulo César
Trevisol BittencourtFLORLÀNÓPOLIS
-
SANTA
CATARINA
AGRADECIMENTOS
Ao
Prof.PAULO CÉ$AR
TREVISOL BITTENCOURT,
mestreem
epilepsia,meu
orientador e amigo,com
quem
muito aprendi e que setomou
importante naminha
formação acadêmica,como
exemplo
de pessoa,médico
e educador.Aos
meus
paisCIRINEU
SCHMIDT
PIONER
eZÉLIA
GAMBA
PIONER
que,
com
amor, tudo fizeram para garantirminha
educação,com
muito esforço esacrificio, sempre estimulando
meu
crescimento.Aos meus
irmãos,DIOGO
eISABEL
quecom
carinho sempre estiveram aomeu
lado.Aos
funcionários daCMESC/SUS,
quecom
profissionalismo sempremantiveram
um
espírito de equipe para obom
andamento
da pesquisa científica.CRISTINI
PIACENTINE BOPPRÉ,
psicóloga vinculada aoCME/SUS,
auxiliadora na coleta de dados.
TIAGO
MELLO
PIONER,
AILTON
PETERMAN
eLEONARDO TADEU
GARNICA
CAMARGO,
que muito colaboraram na organização dos dados.ROBERTO
MASSAO
TAKIMOTO,
doutorando do curso de graduaçãoem
medicina-UFSC,meu
amigo,com
quem
sempre troquei idéias e críticas paraenriquecer
meus
estudos e trabalhos científicos.MARIA DE
LOURDES
GAMBA
TORRES,
professora, que contribuiu na1.
TNTRODUÇÃO
2.OBJETIVO
... .. 3,MÉTODO
... _. - . . » . . z - z . . . z . | . . . › ó - › nú - . - ¢ ¢ ¢ ¢ ¢ . . . ¢ . . ¢ ¢ z . . . ¢ z › z - - -z « . . - . . . « . . . - . » » z - -.ÍNDICE
› › › ¢ . z ‹ ‹ ú ¢ z z -ú z ¢ z ¢ ‹ . - » . ¢ . . oz 4.RESULTADOS
... .. 5.DISCUSSÃO
... ._ ó.CONCLUSÕES.
7.REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
... .. . u ø » ¢ ~ . . . . z « z . z - . z . . . .z ¢ z z ~ - - . .. ‹ ¢ ‹ ¢ ¢ ó z - . z . . . ¢ z.RESUMO
... .. - . . . .. . . . .z ‹ - - - - . . . « . . « .- . « « ¢ . . . zz . . . . | . . . ¢ ¢ ¢ ¢ ¢ - . . ¢ ó ¢ ¢ ‹ . - › » . . ú ‹ › . ¢ . zuSUMMARY
... ..APÊNDICE
...INTRODUÇÃO
As
Epilepsias sãoum
grupo de síndromes que apresentamem comum
ataques recorrentes.
Os
ataques são sintomas originários deuma
disfunção episódica, focalou
difusada
eletricidade cortical e geralmentetem
um
início efim
bruscos'.A
prevalência mundial de epilepsia estimada, está entre 0,4 a2%
da
população geral.
Sendo
queno
Brasil, apesarda
inexistência de estudos epidemiológicos adequados, pressupõe-se queaproximadamente
1 a2%
da
população
em
geral esteja acometida poralguma
das fonnas de epilepsiaz, assimcomo
em
Santa Catarina,TREVISOL-BITTENCOURT3
et cols.em
1991sugerem
uma
prevalênciamínima
de1%.
A
epilepsiapode
ser causada por praticamente qualquer condiçãoque
acometa
o cérebro, sendo que a etiologiapode
ser dividida em: sintomáticas,criptogênicas e idiopáticas.
As
sintomáticaspodem
ser resultado de anomaliascongênitas, infecções, tumores, doenças vasculares, doenças degenerativas e
traumatismos crânio-encefálicos (TCE)4.
As
criptogênicas, são aquelasem
que
não se identifica
uma
causa, já as idiopáticas, são aquelascom
ausência delesão cerebral estrutural
com
predisposição genética a apresentar crises idade-dependentess.
Há
vários tipos de crises epilépticas classificadas oficiahnente pelaInternacional
League
Against Epilepsy, sendo que os dois aspectos essenciais para esta classificação são a região cortical de origem e a alteraçãoda
responsividadedo
paciente ao ambiente durante a criseó .-2
Assim, quanto a área de origem, as crises
podem
ser parciaisou
generalizadas.
São
parciais as que derivamda
disfunção restrita de tuna áreacortical localizada, enquanto as generalizadas .decorrem
do acometimento
simultâneo de múltiplas áreas corticais nos dois hernisférios (ou
“do
córtexcomo
um
todo”)5.Quanto
a preservaçãoou não da
responsividade/consciênciado
pacienteao
meio
ambiente durante as crises, classifica-se as crises parciaisem
simples ecomplexas.
As
simples caracterizam-se pela preservaçãoda
responsividade/consciência
do
paciente durante a crise enquanto nascomplexas
há
a perda da responsividade/consciências.Por
tal motivo, todos os pacientesestão aptos a descreverem suas crises parciais simples,
uma
modalidade de criseque
nunca
interferecom
a consciênciado
indivíduo. Entretanto, durante ascrises parciais
complexas
sempre
haveráuma
limitação qualitativada
consciência , resultandoem
amnésia para os fatos ocorridos durante osepisódios. Por isso seus sofiedores são incapazes de narrar o que lhes sucede
durante tais criseszf
Por
sua vez, as crises epilépticas parciais simplespodem
ser subdivididas,segundo
a InternacionalLeague
Against Epílepsy em: Autonôrnicas, psíquicas,sensitivas e motorasó.
As
manifestações clínicas desses distúrbios são variadas.Uma
forma
comum
de crise autonômica apresenta-secom
desconforto súbitona
regiãoepigástrica, descrito pelo paciente
como
“peso e/ou mal-estar que sobe descedo
estômago
até o pescoço”.O
tipo de crise psíquica maiscomum
éuma
sensaçãosúbita de
medo,
absolutamentesem
motivação, a qualcom
freqüência opaciente reage
com
manifestações autonômicas apropriadas.Um
outro tipode
crise psíquica,
porém menos
freqüente, é a súbita sensação de familiaridadeextrema
com uma
situaçaocomo
se amesma
já tivesse ocorrido anteriormente e3
sensitivas
podem
manifestarem-se por parestesiasem
extremidades e/oucc as ' f ' ~ ~ ^ '
flashs
lummosos.
Ja as crises motoras apresentammovimentos
clonicos deuma
extremidadesEm
nossomeio não há
estudos caracterizando os tipos de crises parciais simples já mencionadas. Contudo, este conhecimento é de fundamental importância para seuadequado
tratamento e prevenção.OBJETIVOS
Identificar os tipos de crises parciais simples mais freqüentes, suas
principais manifestações clínicas e suas respectivas etiologias,
em
pacientesMÉToDo
A
- PacientesForam
convidados a participar deste Protocolo de Pesquisa os pacientes portadores de epilepsia parcial simplesem
tratamentona
ClínicaMultidisciplinar de Epilepsia da Policlínica Regional I
(CME)
do
SistemaÚnico
deSaúde
(SUS),em
Florianópolis,com
diagnóstico feitono
período de1990 a 2000.
Participaram
do
presente estudo retrospectivo descritivo e transversal,97
pacientes portadores de crises parciais simples, deambos
os sexos,com
idademédia
de 39,67 anos (12 a 80).Todos
os paciente consentiram a utilização dosdados contidos
em
seus prontuários. ›B
-Procedimentos
Foram
selecionados,no
Setor de ArquivosMédicos da
CME/SUS,
osprontuários dos pacientes candidatos a participar
do
Protocolo de Pesquisa.As
informações procuradas nos prontuários dos participantesforam
as avaliações clínica, deimagem
edo
eletroencefalograma (EEG).B.1
-
Critério de InclusãoPacientes portadores de crises parciais simples
com
diagnóstico feitoentre
1990
e 2000.B.2
-
Critérios de ExclusãoPacientes
com
epilepsias generalizadasou
indefinidas, pacientescom
6
portadores de epilepsias parciais, tinham prontuários incompletos,
não
oferecendo todas as informações requeridas pelo Protocolo de Pesquisa.
B.3
-
Avaliação ClínicaTodos
os pacientesforam
avaliados pelamesma
equipe, liderada porum
neurologista especializado
em
epileptologia.Foram
analisados a idade, o sexo, a idadeda
primeira crise, o tipo de crise parcial simples, as formas de~
manifestaçao e a etiologia.
B.4
-
Avaliação deImagem
Os
pacientesforam
avaliados pormeio de
tomografia computadorizadade crânio
(TC) onde
buscou-se evidenciar a etiologia das suas epilepsias.Quando
esta era negativa, geralmente os pacienteseram
submetidos auma
ressonância nuclear magnética de crânio(RM).
B.5
-
Avaliaçãodo
EEG
Os
pacientesforam
avaliados através deEEG
onde
procurou-se traçados7
RESULTADOS
Quanto
a distribuição dos pacientessegundo
o sexo, encontrou-se62
homens
(63,9%) e 35 mulheres (36,1%)Quanto
a idadeda
primeira crise parcial simples, observou-seque 62
pacientes (63,9%) iniciaram suas crises
com
idade inferior a 18 anos (inícioprecoce) e
que
em
35 pacientes (36,1%) as crisesforam de
início tardio,ou
seja,
com
idademaior
ou
igual a 18 anos.Tabela I: Distribuição dos casos
segundo
o tipo de crise parcial simples.Tipo
de
crise parcial simplesNúmero
de casosAutonômica
14 Psíquica 18 Sensitiva 21Motora
27
Motora
+
SensitivaO7
Motora
+
Parcial04
Motora
+
Autonômica
O2
Parcial+
Autonômica
O1 Sensitiva+
Parcial O3 Totais97
14,4 18,5 21,75 27,85 7,2 4,15 2,03 1,02 3,1 100RESULTADOS
Quanto
a distribuição dos pacientessegundo
o sexo, encontrou-se62
homens
(63,9%) e 35 mulheres (36,1%)
Quanto
a idadeda
primeira crise parcial simples, observou-se que62
pacientes(63,9%) iniciaram suas crises
com
idade inferior a 18 anos (início precoce) eque
em
35 pacientes (36,1%) as crisesforam
de início tardio,ou
seja,com
idade maior
ou
igual a 18 anos.Tabela I: Distribuição dos casos
segundo
o tipo de crise parcial simples.Tipo de crise parcial simples
Número
de casosAutonômica
10 Psíquica 15 Sensitiva20
Motora
28
Motora
+
Sensitiva08
Motora
+
Parcial04
Motora
+
Autonômica
04
Parcial+
Autonômica
04
Sensitiva+
Parcial04
Totais97
10,30 15,50 20,60 28,87 8,25 4,12 4,12 4,12 4,12 1008
C rises A utonôm icas
9 _ 8- 7- 5- F iequência 5- 4- 3_ 2- ¡_ 0- . . . . . _ èâ* °“ #9 ‹›~$°
Ã
èf
`,‹°°2°€9 ëäi Qšéešãp ‹<,°° *'‹›S intom as A utonôm icos
Figura 1: Gráfico mostrando a freqüência das manifestações autonômicas nas crises epilépticas
parciais simples autonômicas.
C rises Psíq u icas f . z; ~_ 4 ›z 4 Raiva I -_ ` Í M edo ÉS' '~ -; . . _ _ ¡ i Confusão mental 3, i Sintomas Pslqulcos Aura
l”
'Í . ,' _ ‹ i i ,z Alucinação visual 13 Alucinação auditiva ,_Z ' ‹ i i "-i' `l 1 T "" i' ' 1 ' 4 0 2 4 6 8 10 l2 14 FrequênciaFigura 2: Gráfico mostrando a freqüência das manifestações das crises epilépticas parciais simples
Nas
crises parciais simples sensitivas,foram
encontrados os sintomaslistados na
figura
3, sendoque
a parestesia foio
sintoma mais fieqüente,ocorrendo
em
13(44,8%) pacientes deum
total de 31 pacientes.Frequência 14 12 l0 8 6 4 2 0 C rises Sensitivas l3_ - DÊ* - If
fi~
,.¬Sintom
as sensitivosUA
lteração gustativa_A
ltcração olfativa ljtfefaléia IIID iplopiaÚParestesia
UTontura
i_A
lteração auditivaFigura 3: Gráfico mostrando a fieqüência das manifestações das crises epilépticas parciais simples
sensitivas. 30 Frequência
5
8
OCrises
Motoras
Ifiäsianmom
I
Alteração da marcha _ , .¬ l¬ z ›« '> 23 7 3 1 El Movimentos clônicos de extremidade Disfonia ¡I
I-lipertonia cervicalSintomas Motores
I
TrermrL_m_____
Figura 4: Gráfico mostrando a freqüência das manifestações das crises epilépticas parciais simples m0Í0f3S.
10
Quanto
a etiologia das crises parciais simples, as sintomáticascorresponderam a
64
dos casos (66%), 33foram
criptogênicas(34%)
enenhum
caso foi idiopática.
Das
sintomáticas, -encontrou-secomo
principal causa de crise parcialsimples, a Esclerose Mesial
Temporal
(EMT)
com
22
pacientes (33,8%),seguida pela Neurocisticercose
com
20
pacientes (38,8%),TCE
com
12 pacientes (l8,5%) e por neoplasia cerebralcom
5 pacientes (7,7%).Tabela II: Distribuição
da
etiologiaconforme
os tipos de crises parciaissimples.
Etiologia/ Tipo
EMT
Neoplasias Cerebrais NeurocisticercoseTCE
Autonômica
5 O 3 2 Psíquica4
14
2 Sensitiva 3 E 1 4Motora
8 2 34
M
+
S 0 0 2 lM
+
P
1 1 0 0M
+
A
0 O 1 OP+
A
1 O O O S+
P
0 O 3 O Totais22
0520
12l
DISCUSSAO
De
acordocom
BENNETT
ePLUM7
(1996),o
sexo masculino é mais freqüentemente afetado por epilepsiasdo
que as mulheres,numa
proporção del,5:l.
No
presente estudo, apesar de considerar apenas as crises epilépticasparciais simples,
também
observou-seum
maiornúmero
dehomens
afetados,numa
proporção de 1,7721.Cerca
de trêsem
cada quatro pacientescom
epilepsia, as crisestêm
inícioprecoce4°8. Contudo, encontrou-se
um
percentual (63,9%) de casoscom
inícioprecoce inferior ao citado, provavelmente devido ao fato de ter-se analisado
apenas casos de crises parciais simples.
~
Com
relaçao ao tipo das epilepsias parciais simples constatou-se nesse estudoque
as mais freqüentes são as motoras (28,87%), seguidas pelassensitivas (20,60%). Acredita-se
que
o valor dosdados
citados 'sejapossivelmente limitado, pelo fato de ser oritmdo de
uma
instituiçãoespecializada
na
áreaem
questão.Dessa
maneira,pode
ter ocorridoum
viés deseleção
na
população estudada.A
sintomatologia das crises parciais simplespode
ser muito rica,dependendo da
área afetada.Alguns
pacientes informaram a sensação depiloereção , epigastralgia e “fogachos”
como
manifestações autonômicas decrises parciais simples,
em
conformidadecom
a literatura 5.Quando
a manifestaçãoda
crise parcial simples for psíquica, omanejo do
problema pode
serbem
sucedidoquando
feitoum
diagnóstico adequado, poisnão
é raro pacientescom
crises de“paúra” ou
outras desordens psiquiátricas12
institucionalizado ,vítimas de
sofismas
antigos e de equivocada terapêuticaque
transforma a epilepsia
em
doença
mental3. Observou-se, nesse estudo, pacientesque
tiveramcomo
manifestação de suas crises parciais simples, visões deserpentes, flores e chamas, ilustrando as infonnações observadas
na
literaturaconsultada.
As
crises parciais simplespodem
cursar de maneira “curiosa”,onde
opaciente relata a sensação de odor fétido e/ou sabor adstringente ,
podendo
ser aúnica manifestação epiléptica
do mesmos.
Encontrou-se 3 pacientescom
alterações gustativas e 3com
alterações olfativas.As
crises parciaisdo
tipomotor no
presente estudo apresentaram-secom
características diversas, variando desde tremores até afasia motora7.
No
presente estudo os tremoresforam
aforma
de manifestação mais fieqüente nesse tipo decrise (26 casos).
A
literatura descreve a relação entre convulsões febris e lesão deEsclerose Mesial
Temporal
deforma
contraditória, ora sugerindo que asconvulsões febris
'Ô
seriam benignas9 , ora sugerindo Luna relação de
causalidade'°”“.
No
presente estudo, encontrou-se33%
dos casos de crisesparciais simples causadas por Esclerose Mesial Temporal, nos quais todos
apresentavam história de convulsões febris
na
infância , sugerindouma
possívelrelação
com
a referida lesão.Neurocisticercose é
uma
condição disseminada por todoo
país.Não
configura-se exagero afirmar tratar-se de
uma
endemia
nacional, poisnão
existeum
único estadoda
federação livreda
mesma.
Até
mesmo
estados nordestinos ,antigamente considerados
como
isentos deste flagelo devido a peculiaridadesclimáticas,
passam
a exibircom
a disponibilidadeda
tomografia
computadorizada, prevalências similares àquelas observadas pioneiramente
em
r
1
Em
conformidadecom
a literatura citada neste estudo, observou-seque
asegunda causa sintomática mais freqüente foi a Neurocisticercose, sendo
encontrada
em
20
pacientes (30,8%).O
TCE
pode
ser a causa de crises epilépticas, ocorrendo por qualquer tipode lesão grave
no
sistema nervoso central”, sendo a causaem
1 a11%
dasepilepsias'4'15'16.
Porém, no
presente estudo oTCE
foi a terceira causa de crisesparciais simples totalizando
18,5%
dos casos.Essa
maior prevalênciaencontrada, deve-se provavelmente ao maior
número
de vítimas de acidente detrânsito
no
Brasil,quando comparado
com
os paísesonde
os referidos estudosforam
realizados.i
Sander, citado por
Courjon”
e cols.em
1970, encontrou6%
dasepilepsias sendo causadas por neoplasias cerebrais. Já outros autores
observaram
menos
de2%
'8'l9.No
presenteestudo, verificou-se
7,7%
das crisesparciais simples sendo causadas por neoplasias cerebrais.
Apesar
de terestudado populações diferentes , o resultado encontrado foi semelhante aos de
Courjon.
Contudoffoi
maior dos apresentados pelos demais autores citados,1
possivelmente pela melhoria dos
métodos
diagnósticos disponíveis atuahnente.A
literatura consultada"5'7não relaciona o tipo de crisecom
a natureza de sua etiologia.Da
mesma
maneira,no
presente estudo, aparentementenão
houve
relação entre etiologia e tipo de crise parcial simples apresentada .
Apesar do
presente estudo ter identificado os tipos de crises parciaissimples e suas fonnas de manifestações principais
na
população, os resultados obtidostêm
interpretação limitada, devido ao fato de se tratar deum
estudoretrospectivo.
Devido
a importânciado tema
em
questão, estudos prospectivosnesta área
devem
ser realizados.CONCLUSÕES
Constatamos
neste estudo, que os tipos mais freqüentes de crises parciaissimples,
no
período estudado, sãodo
tipomotora
e sensitiva, cujasmanifestações são tremores,
movimentos
clônicos de extremidade e sensaçõesparestésicas.
Aparentemente
não há
relação entre etiologia e tipo de crise parcialsimples apresentada.
Entretanto, considera-se importante ressaltar, que
um
grupopequeno
depacientes
podem
expressar suas epilepsias,com
sintomasque
poderão induzirREFERÊNCIAS
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Roger
J ,Genton
P, BureauM,
DravetC, Dreifuss FE, et al.(ed`s). Epiletic syndromes in Infancy, childhoods and
NORMAS
ADOTADAS
O
presente trabalho segue a normatização dos trabalhos científicosdo
Curso
deGraduação
em
Medicina. Resoluçãonúmero
003/00do
colegiadodo
Curso
deGraduação
em
Medicina
da Universidade Federal de Santa Catarina.As
referências seguiramconforme
aconvenção
de Vancouver.RESUMO
Objetivos: Identificar os tipos de crises parciais simples mais freqüentes, suas principais manifesta_ções clínicas e suas respectivas etiologias
em
pacientes portadores de epilepsias parciais diversas.Método:
Participaramdo
presente estudo retrospectivo, descritivo e transversal97
pacientes portadores de crisesparciais simples, de
ambos
os sexos,com
idademédia
de 39,67 anos (12 a 80), seguidosna
Clínica Multidisciplinar de Epilepsiada
Policlínica Regional I,Florianópolis/SC. Resultados: Observou-se que: a-
62
pacientes (63,9%)foram
homens
e 35foram
mulheres (36,l%); b-em
63,9%
dos casos a primeira criseocorreu antes dos 18 anos; c- os tipos de crises parciais simples mais freqüente
foram
as motoras (28 casos) seguidas pelas sensitivas (20 casos); d- asmanifestações mais
comuns
nas crises autonômicas, psíquicas, sensitivas emotoras foram, respectivamente, tontura (8 casos), alucinação visual (13 casos), parestesia (13 casos) e tremores (26 casos); e-
As
crises sintomáticasforam
asmais freqüentes (64 casos), seguidas pelas criptogênicas (33 casos).
Das
sintomáticas, a principal causa foi a Esclerose Mesial
Temporal
(22 casos),seguida pela Neurocisticercose (20 casos), pelo
Traumatismo
Crânio-Encefálico (12 casos) e pelas Neoplasias Cerebrais (5 casos). Conclusões:Os
tipos maisfreqüentes de crises parciais simples são motoras e as sensitivas.
As
principais manifestaçõesforam
tremores,movimentos
clônicos e sensações parestésicas.~
Aparentemente nao há
relação entre etiologia e tipo de crise parcial simplesSUMMARY
Objectives:
An
attemptwas
made
to identify themost
frequent types of simplepartial seizures, their
main
clinical manifestationsand
their respective etiologiesin patients with different types of partial epilepsies.
Methods:
Ninety sevenpatients with simple partial seizures, of both genders,
mean
age 39,67 (range 12-80) took part in the present retrospective, descriptive
and
transversal study.The
followup
was
in the Multi-disciplinal Epilepsy Clinic of the Regional IPoliclinic, in Florianópolis/SC. Results: It
was
observed that: a-62
patients(63.9%)
were
men
and
35were
women
(36.l%); b- in63.9%
of the cases, the first seizure occurred before the age of 18; c- themost
frequent types of simplepartial seizures
were motor
(28 cases) followedby
sensitive (20 cases); d- themost
common
clinical manifestations in the autonomic, psychic, sensitiveand
motor
seizureswere
respectively, dizziness (8 cases), visual hallucination (13cases), paresthesia (13 cases)
and
shaking (26 cases); e- the symptomaticseizures
were
themost
frequent (64 cases) followedby
the cryptogenic seizures(33 cases). Considering only the symptomatic seizures, the
main
causewas
Temporal
Mesial Sclerosis (22 cases), followedby
neurocysticercosis (20cases), cranial trauma (12 cases)
and
cerebral neoplasia (5 cases). Conclusions:The
most
frequent types of simple partial seizureswere motor and
sensitive.The
main
clinical manifestationswere
shaking, clonicmovements
and
paresthesicsensations. Apparently there is
no
relationbetween
etiologyand
the type of the simple partial seizure.A .
APENDICE
Protocolo para coleta de dados dos pacientes
com
epilepsia parcialdo
CME/SUS.
Número
Nome
Sexo
Data
de nascimentoData
da 1” consulta Classificação Etiologia Tipo(s) de crise(s) Manifestação lTCC
UFSC
CM
0463 Ex.l .wW~\«flfll"- 1 LL. Urbuz prvi uwua
Autor: Pioner, Gabriel ga
Título: Tipos de Crises parciais simples
IINII |||I| III II Ii II IIII IIIIIU II
972810438 Ac. 253612
Ex.l UFSC BSCCSM
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