• • • • • .
Anr:10
X -
Num. 11 Num.
·
avulso 1$000
·
Janeiro de 1927
"' • -~ 'REVISTA MENSAL
• • •..
-Sob a direcção de inspectores escolares do Districto Federal Director: ALFREDO C. DE F. AA VIM
Redação: RUA 7 .DE SETEMBRO, 174
•
ASSIGNATURA
Para o Brasil - Um anno .
.
•••• 10$000
J
.
SUMMflRIO:
'-Dr. Jlcrnan.clo de A levedo
B1·a1ica de V asco1icellos ••
A'rthur Jovian,o ••....•...
..
G1·andes idéas
Oração proferida por occa-sião de soa posse no cargo de Director da I::istrucção.
O canto nas escolas Grammatioal e logico 1llest1·e Escola .. •..•.••.• Sebastiana de Fiyue1·edo •• Othello Reis . ... . • Othello Reis •.•••••••..•• Oly,,ipia do Coutto ..• . · .. . . • • Tres p:llavrinhas Problemas de Arithmetica Educação do homem e do cidadão Geographia Arithmetica ... • . .
Obrigado a si,bstitui1·, na
gestão
do
e
n- 01·ga1iização do
e1isi1to
no Díst1
'
Ícto Fede,,al,
sino nittnicipal, poi,co tempo após a nomeação,
po1·que
o relatorio apresentado pelo dr. Rena•
o
dr.
Renato ]tJ,1·dim, que foi
·
cha1nado pelo to Ja1·dini foi ttm quadro exacto, enzbora por
snr. Presidente da Republica a oitt1·ó
ca1·go
vezes sombrio, dos males
qi1,e
nos
ttm
cattsado
de
absoli1,ta confia1'iça, não faltaram
já
ao si,ccessivas reformas feitas principalment, para
dr. P1'ado ]ttnio1', o illitstre Pre
.
feito, os ata- attende1· a interesses partici,lares, a capricho e
ques, as ce11su1·as oit os ttzote,ios de pa1·te da a vaidades pessoaes. Felizmente, resalta das
inip1·ensa,
q1,1.e1ião qiter, jamais, comprehen- linhas neg1·os desse qi,adro algtJ.1na coisa
di-der cotn boa vontade as 11ecessidades da gna de loztvo1· e de adniíraçõo: o valor ni,nca
administração p1,blica.
des11ietitido do pessoal do magisterio 1111,nicipal,
Felizes, po1·ém, os ad111inist1'ado1·es que po- q11e
é
afi1ial o ,,nico eleme1zto imp1·escindivel
dem
escolhe,· dent1·e os amigos ditas a1tto1·ida- para leva1" a bom ternio qualque1· remodelação.
des tão conipete1ites, tão dignas, de tal 111.anei-
S.
·
Exa. vem disposto a tnfrentar os
.
1·a talhadas pa1'a o ca1·go, co11io o directo1· problemas precipieos da administ1·ação do
en-de11'1issio1tario e o dr. Fernando de Azevedo. si,10 no Districto: o se1·viço censitario escola1·,
E' este ttm 1iome il litst1·e da moderna os predios pa1·a escolas, a Escola
1'
701·11,al,
o
ge1·sção
b1"asilei1·a, vantajosament
e
conhecldo
chaos da legislaçao.
·
Tudo isto
é
1111ipro-pelos intellectitaes do paiz i1iteiro, po1" nieio gra11ima que exige o espi1'ito atilado, pulso
·
de
setts a1·tigos, liv1
·
os,
confe,·encias,
e de sita fi1
·
me e abt
·
oluta boa vontade da pa,·te do
já
ad11ii1·avel actztaçll,o no ensino nacional.
Prefeito,
oqite, felizmente, não pode ser
O
p1·ogramma de idéas, com qite
S.
posto e11i dttvida, itma vez qi,e a escolha
do
Exa.
se apresentoit, n1erece detida leitura illi,stre Di1·ector nao 1·es1tlto1, dt infeliz.t.s
de quantos se inter·essani pela instrucção pu- conchavos politicos.
blica e folgamos de co1isignal-o nestas colit-
Aqtti deixan1os, pois, ao snr. dr.
innas, onde
tê1n
apoio segu1·0 todas as inicia Fe1·nando de Azevedo os votos
de
boas
vin-tivas, todaJ as idéas bem intencionadas.
das, esperando poder se1np1·e
appla,,dir
a
S.
bxa.
e1zcont1·ott
já
feita po1· mão
de
gestão de
S. Exa.
1·ecebida com tantas
espe-mestre a observação do que é actualmente a 1"anças e tão vivas sympathias.
Toda
a
correspondencia deve
ser dirigida
á
Redacção-R.
7
de Setembro,
17.j
~ . • • • I •
• • • •
224
•·
• •., . . ... ...
A
,
ESCOLA.
.
PRJMA;R
_
IA
..
_
Ja1Iei1
·
0
.
de 1927
•
-• • • • • •I
·
·
ldéas
e
factos
• • •.
' , •• • .. ' • . , . ' • •A
• •Insfv.
-
uc;~ão
'":- - - ~ ... .. . ' . . . .Discurso pr~/erz'do pelo Dr.
Fer1zan-_
do dé
·
Azeve{jo; por occasião de
,,..,., .
· ·
·
...
l
sua
·
posse no cargo dt Director
Geral da l1istrucção Municipal :
• • •
sem.pre obtiveram a repercussão equiva· lerite au esfor·ço ·em preliendedo r;, elle
tinha, pa _divulgação de idéa.s modernas,
• M ~ • <·
o gesto largo e comprehensivo do se· meador que sabe que algumas sementes
• • ·, : 1 . . se perderão, emquanto outras florescerão
. «Em?º:.t possa . parecer á pri1neira magnificamente, produzindo frutos es-v1sta quf a 1nstrucção publica do -Dis- plendidos. A solicitude da grande ami-t-ricto Federal acolb·e hoje, a n1inha posse zade que me · prende a Renato Jard'i111
no carg~ d~ ·directpr, . um elemento que estreitou, com a instrucção publica do conheceis -pouco e que pot1co vos c:o- 'Dis.tricto Federal, durante a sua cur·ta e nbece, é outra inteiramente diversa a brilh,tnte ad1ninistração, o lon.!ro
conta-.
'
~impressão que vos ficará de uma melhor cto que com ella já estabelecera, em observação das · cousas. Si11to não me ·meu espirito, o interesse vigilante pe~as ser indifferente o meio, para qL1e sedes- questões de ensino e educação. O conhe-loca a minha actividaAe; p.eni alheia ao cimento da situação a ct11al .da instrucção
domínio de vossas relações a adminis . . publica en'trºe 'vós, e de suas necessi-tração que agora se inaug~ra.
O
conhe- dades mais vivas,. não me obrigará, pois, cimento que J:tavamos é antes de cara- senão a um trabalho de «verificação•
·. cter pessoal, , sem outras ·surprezas além pessoal>> _os dados de problemas con1
. d~s· 9.u~ costuma traz'er o primeiro en- que já me familiarisou a leitura de mo• . , co_ntro __ de :pessoas, apparentemente ex- nographia_s e · expostções exhaustivas,
. tranh_~s, que se surprehendem depois no enti:e · a:s quaes as dos · dous illu'st'res
, correr da · coq versação, mais proximas e mestres que me precederam.
, • • ' • e • • • '
conl:J.ec1,das do que a principio se julga· Mas, se n11nca estivera ausente ' de
. . ' . .
.
.
.
,,vam _. .· ·: . -. .. .. . . . 111eu esp1r1to o novo a1nb1ente aberto a
. Cei:tamente as cousas ·revestem as- minha actividade, não vos
é
ex<trarlho• • j • • • • • '
pectos t~ovos desde ·que se n1t1de
.
º
angu- taml:Jem o novo Director, chamado·agora lo._-de obs_erva:ção; n1as, qualquer que a collaborar co1nvosco, na obra .jáini-. seJa o poµto de vista, em que tenha de ciada, de reorganização do ensino, ' no collocar;me, · para examinar o vasto e Districto Federal. Se se considera por
. cqmplexo aparelho pe.dagogico que fui um momento, a profunda: amizade que
. ,fl:iamado a dirigir, me ficará se.mpre a me liga a Renato . Jardi·m, e a · noss,t 1111pressão de << reconhecimento» de cousas estreita affinidade de idêas, em questões
' · que ·já foram, mais de t1ma vez, objecto de ensino, comprehende-se desde logo
9e· m.inl1a attenção, de meus estudos e que a ad1ninistràção conduzida con1 n1ão
de n1iriha~ palestras. · de mestre· pelo meu antecessor e tão
,, .·. · ·f _ã·o me p6de, de facto, ser e1etranho justam·ente prestigiada por vós, n-ão
. em qualquer de . seus aspectos, um meio soffrerá, com os m·eus esforços, o menor
'_tie_ ensino 'cuja evolução ' tenha acompa• abalo o·u mais ligeira quebra' de "·
conti-. n_l1ctçl?, e,m seus pormenores, desde admi- 11uidade. Acredito mesmo que· unia das nistráções afa·stadas,· e sobretudo a par- razões, e . tal.vez a principal se· 11ão a tjr dos esforços renovádo-res de Carneiro t1nica que levou o illus<tre ad1ninis.írador
Leã9, _ alto . espiríto de educador, digno que
é
o Dr. Antonio Prado Juriíor; a·, d~, t oda$ as homenagens pelos seus ser- me 'dirigir o honroso · convite de
super-·. v~,ços presta_~os no cargo a que deu brilli·o, intender_ os negocios da instrucção pu-numa activ1dade infatigavel de quatro blica, foi operar uma múdança d.e pes-annos.
Em
sua administração feci.tnda soas'' no cargo. seui alterar a orientação~.qe r~aJjz.<!,ções, ~empora isoladas, que nem technica e · administrativa dos, se,rviços
' - .
.
..
.. . _ : , ... •\
\ 1 • ' • • • •A ESCOLA PRIMARIA -
Janeiro de
1927
••
• •
- ~ ~ .,
q4e acaba de coqfí~r á mi.n-ha direcçã0. car estas questões de frente
e
.
por 'todas•A,. es~abilidade que' .r~sulta, dessa solid~- as_ faces. O Director q.a Inst_r1:1cção P1:1.~ ri.~dade_· e~tre ª: ~4~i:µi~_tração que ter- bl1ca,. collocado, por esta . man~ira, entre
rr111?,a Ç a que se.:.1n~c1a hoJe, o sentimento as duas _forçaEJ .moraes qué Sf::! • -irradia_~ ;
de s~~ur,aJ!ça q~e . dell,t s~ desprende, da. luciqa tenacidade e da firmeza inven- ·
su;.~~t1 tuerr1 _pela tra_nquiliicj.a,de de uma si vel do ·sr. Pi;efeito, e·
do
po,der·q.e-
~.
tr·1_1: ru:.ifntação jª c,onhecid_a as incé,rtezas de balho d~ todos 9s aµ~iliares technicos e .i1,m11, e~peç ta.~iva qu~ podia desfech:ar em agmini§l!rativos, recebe por çontagi_o, _ .
ama v e1 s,- _st1,rpr_ezas . ~op;19 em amar-ga:;; ~essas v1rtt1des . a.111.blent_es, .q_u~nqo· ;l.\:J.e.
decepções, · · . · · · · fc:tltas~e a de tempera~ento, energia
: .l)q . rel.9-torio qu~ . h~ P,OUCQ.S· q_i~s-O Qctstante p_ara ' itnprimir cl tod'as OS ' servi-p.~ofesso.t ~eµato Jardi1n apresent_~~ ao ço·s d1 i .n'siri9 iiup~lso ;e dir~cç~o. · f,.·pe~
-_ digp.o gqvern_adqr -desta Cl~i!-_de, J:ª \s; za~ ~as difficu_l~ades de qµe _ s~·- e1.1creip~ '
oodel!::Pr~ver, atrayez da c.r1t1c_a feita a aqui, o problema de· reorrranizaêão ·· ao ~
erga1+1zação a~tu?J_ do e_n_sino} as ·bases ensino, ·se não ha l9_gai p1ira
·
ur:i
;
ó'pt ·;j .P~ que-o ex-D1r~ctorter1a de lançar o seu rríis1no fa'cil, não o· na p_à'.ra (ies'~nim~· :·
pl_ano de ~efo~mas. 0 quctdr9 que traçou q~1~ndo se qbserv~, em todó o ' p.r.ofesS:~ ·:
CÇ)m _persp1cac1a C .firmeza, d() _estado actu- rado, O tUtll ul to de . ttm'a acti vidade sadia
al ,das . cousas, é s?mbrio e chega a ser ' e robusta, ~penas á espera ·de . uin esfci~ .!'''
des_ol~dor .
s~q
m~1tos _-aspe:t~s. Por ço coordenàdor, faci!ita~o ·por · ç,fr·c_úfu.S•i.1;1-.a1_0:_ qµe seJa pore1-p, o pess1m1S"_n1o q11e stan_cias favoraveis par~ 11má obr~ syste · :·
a v~s~9 dGs :. f<l,ct o$ ihe com'.11up1cou ao 111at1c~ de · idealismo pratiço .. 'e c·on .:,
. esp1r1.to .e fez transbordar para as suas struct1vo. · · · · ·· · ·
pagi~aS · de· observação, ha ?li, entre as . . Se antes de uni contracto ' inais ' in- ;:
sua,s l~~ressõespessoaes., uma que basta, fimo com O ,•os'.80 appa.relho pedao-óo-ic·c!i ' 1
p.qr . s1 s9, a . ~estabelec:r _no administra- de institutos a_inda em forµiaç~ó:
jilx
'
·
d?r ª'cautel~élQ,,º
opt1n;i1smo e a ene_r• tapostos .e quasi' sempre exttanhbs" ~i;sr ',gia .neçessar10.s: a obra d~., rem·o4:lação ~~s oµtros, me ~ licit? .tr~çar
µ
1u,
prÓ-
.,_
qu~ d-e~e emp_r.ehender_.. ~ o apd10 que &'ra1nma de idéas1 nas suas ljnqa~ .·g~- • vero . çl~ ~e:xtrema ded1caçaq do pessoal raes, parece m·e que este p.ever~ çp_ri:ieçar. '
docet;1 te». . . ' ; pelo recensean_ientó esçolat ;indíspen's'a; . :
Quando o pro!ess9rad9 desta cap:·
ve!
ao eonhec1,m..e~to ~xácto'd~ ~itua~ã..o; _-_tal; t:,_lP _ as ~Jt_as v1rtu_des
e
.
as notave1s N?'o se poderct ab_ordâr éfficazinente· .. o ª?t~d?,es qµe to<l.o~ proc_lam;imos, a e~fi- pr?b}e~·a d~ '9r~anÍZ<!S~O. . d,~-- ·?nsirl_o' :,c1.enc1a da adm1n1straçaQ nclsce de ~m pr1mar10 e da localisaéãÓ das · éscolas mc;>v:f1°:ento admiravel, qtte 'nãq
f
obra do sem µaqõs censitarios ' 'que ""nos·.:,êd
.
.
à ,
adm1p.1~tra~or, mas partirá ,d , baixo .. consc.iencia nttici.3: do . nu~e·r~ 'das :crian '. .:,
CQ.m.O a S@IVa que Sobe nas arv.o~~S.'.'
(!s
·ça,s em edade escolar1 cÍestfÍfiµ_i4ai . por .fr.utos de qu~ se coro9-r a adJ:1.11µ1straçao todos .os reca11tos do Districto: . E's te ··
gera,m -se. ~, nu_!re1?_··~e d<1; substailci~
~e
t.ràbaip.o fundamenta!;· m~is·· ·f~cil 'ctb'-quf· iv9s&~ ~~d1ca~ao ·; 1ne~g0ta vel_ '. de VO$Sa se ~ulgarí~ á . pr1m~ir_~,: jnalyse,. -
,
9-e~~
·.:
d1sc1pl1n_a ~~bor:1osa e da riqueza de ~c9mpaphar-.se dos es·t~dos de ~1.ni p1an~>' ;
vqs:sas .exper1en~1as: . . . geral de reformas para ser submettido '
_A consciencia qa gravidade e. com. ao exame e á 1pprova~ao 'dó~ p·oa.ét~s :' plextµp.d~ do_s probl~~as de ensino, .e . CO!llpetentes tão ·emp~11h?,dos cpmo_ pós,:_
de sµa estreita co1;111ex:ao ç:o):tl as cond1- pelo s.eu patriotismo em dotar o Dis- ·
ções .ec.~nomicas, leva a 1
pô~
.e-~ guarda,, tr.icto Feder;l de . um~ organização ._pé
·
~
1a pp1n1ao ~,ontra u~ opt1m1sm9 exage- d~gogica 111ç:,delar .. ~' pr~çis_o . -~~spren-' '
r:do qu~ so _po~er1a acarretar de_cep; der .d~ le1;is'l<!,ção e_sço_Jar_, .fràgme_nta.:i,a ,
ÇQ~S. JY.I,1s, nao 1gporo a fqrça _9:ue da e _confusa, .os _.ele1n~ntos eff1.~a·z~s ,de q1f~ ..
o trabalh,o _perseverante de organ1zaçã·o) se compõe o rest1mil-os todos n'uip· c·or- ·
sobretudo qua?do _. estimulado, :d~ uma po syst~n1atiç9: d~· l~is a_p:rop~i~1das.,
·
có~
,
1
,
.-,
part~ pela. de~t~aç.ao e COmpetencta do espiri,to cl<trQ _de finalidade , e.ducativae
'
pes~o:,_l techn1co., e P?,r .~utrá, pela di~- social. A di~pe,rs_ão d(:!, esforços i.in1~ i~:· 1po_s1çao. J!Ul .q,ue , e:;;~.ª o . Dr .. A _nton10 qut:!nc.ia .11em coordenação, só se 11o(lerá '
Prado_.Ji:1:1,ior, ad~i~istra.d.o
7
de vontad~. ev,itar ,.m~:~i~n·te '?m, glino dar.az·:1 l:. ::~t.ít~~-energ1ca e de esp1r1to pos1t1vo, de ata- ao ensino o caracte·r de uma 1nst1t111cão • ·
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226
A ESCOLA PRIMARIA -
Janeiro
de
1927
social, real, e viva, e o vigor e a har- exceptuou apenas d11as,
ainda
em
esbo-monia de um systema de construcção em ço; e por outro, á nitidez
·
de seu espírito
que as instituições, subsidiarias ou fun· technico não passou despercebida a
gra-d2mentaes, cada uma !com uma
-
funcção vidade da situação, resultante de uma
part1cular, modeladas todas de accordo organização deficiente
.
e esparsa, sem
com as idéas modetnas de educação, não homogeneidade e sem unidade de
pla-dissimulem, atravez de sua variedade or· no e direcção.
E'
indispensavel pois
res-ga.nica e funccional, as relações recipro- tabelecer o ens
_
ino technico e
profissio-cas de coordenação e subordinação para nal sobre bases novas para que, cobertas
.
um objectivo éommum.
as suas falhas, corrigidos os seus erros
·
·
Entre os aspectos particulares des· e articuladas as suas instituições, o
se plano de organização geral a ser rendimento educativo dessas escolas
es-maduramente estudado e debatido, al- peciaes, de
aprendizagem
ou
aperfeiçé>a-guns, de
_
uma evidencia aggressiva; já mento, seja proporcional is
necessida-.
sc pódem
enunciar sem
precipita-
.
des do meio e
;_ios sacrifícios
despendi-ção
-
de julgamento.
Então, n
·
esse dos na sua manµtenção. Sem perder de
caso,
areorganização da Directoria
da
vista os problemas que suscita o ensino
Instrucção P11blica, com o restabeleci-
P;
0fissi,onal_nas suas relações coD?- o ~n·
minto consequente do seu almoxarifado sino pri
·
mario, uma nova organ1zaçao,
privativo; a reforma do
·
ensino normal; terá
.
por
objectivo
coordenar as
institui-ª
questão do melhor
~proveitamento
ções esparsas, precisar-lhes as
attribui-dessa multidão de
180professores da ções no
'
plano geral e preparal-as para
Escola Normal, a cuja actividade uti- e:>.ercerem, mais tarde, uma influencia
lissima será preciso abrir opportunidade sensível em nossa producç
.
ão
industrial
para se expandir em toda a sua effici- e artística, pelo desenvolvimento das
e
.
ncia; a construcção e installaçã·
o, a aptidões, do
gost9
e dâ habilitação
te-mais completa possi vel, de p~edios para chnica de aprendizes op~rarios e
·
artis-escolas; a organização do ensino prima- tas. Já se vê ·
que, nos domitiios do
ensi-rio, gratuito e obrigatoensi-rio, com a redu- no technito e profissional, sobrelevara a
cção das escolas a trez typos fundamen- quaesquer preoccupações a de dar ao
.
taes,
urbano, rural e mjtritima, (isoladas ensi_no actual! refundido, se· possível,
ou reunidas), correspondentes
~s
con- um impulso vigoroso, para um fim
niti-diç~es peculiares de tres meios
.
sociaes damente marcado·
differentes, e quanto possível,-
com
aMas a educação popular, para ser
sua
·
officina, seu campo de experiencias «a mais poderosa das forças
·
ec
·
onomi-ou seu museu de appareihos de pesca: cas>, como a qualificava justamente Ruy
annexação do ensino technico elementar Barbosa, tem de co1;11eçar pela protecção
ao maior numero de escolas primarias; hygienica e
formação
physica da
popu-a eliminpopu-ação dpopu-as instituições ociospopu-as e lpopu-ação escolpopu-ar. Se o problempopu-a dpopu-a spopu-aude
parasitarias; remodelação do serviço de é capital em toda e qualquer
organisa-inspecção; e a reforma do ensino te- ção educativa comprehende-se a
gra"i-chnico e profissional,
.
ajustado ao sys- dade extrema que assume onde «a
clien-tema geral de educação e com um pro- tela
:.
das
es~olas
public
·
as, segundo
gramma
especifico segundo as necessi- depoiment
.
os
de R
·
enato
Jardim, se
'
dades
technicas e profissionaes mais constitue em regra de crianças
franzi-sensíveis das regiões em que se installa- nas frequentemente de aspecto doentio
rem ou estiverem installadas essas es- aglomeradas
em
pequeninas salas onde
colas.
tudo
conspira contra a saude.
E'
preciso
•
O meu antecessor tia analyse, clara certapiente tornc1r obrigatoria em todas
e persuasiva, a que submetteu o appa- as
escolas
do Districto a gymnastica
pe-l'elho de ensino, não regateou louvores d<!gogica, que deverá encontrar ~empre
is
-
escolas profissionaes femininas que nas escolas espaço sufficiente, em que
lhe pareceram os ~spectos mais edifican- seja ministrada com criterio scientifico
te•
e
·
consoladores da organização a- em cursos systematizados. Mas a
solu-ctua.1. Mas por um lado, não lhe deixa- ção desse problema de eudcação physica
ram
a
mesma
impressão optimista as depende, de
um lado,
da existencia e
es
.
colas profi11ionaea masculinas, de que
installagão de
locaes apropriados, e por
• • • • • • • • •
A ESCOLA PRIMARIA -
Janeiro
de 1927
227
•
outro,
da
creação de inititutos ou de pelas leis. No novo Dire
c
tor da
instru-cursos prepostos á
-
formação do pessoal cção publica não :tereis mais tlo que um
docente especialisado. A con
s
ciencia do
c
ompanheiro no trabalho de todos os
papel cada
vezmais importante dos me- dias e de todas as
·
horas, de
·.
espírito
dicos escol,tres na hygiene do ensino na hospitaleiro e aberto, habituado p
o
r
in-educação phys1ca e na selecção profis
.
· dole a encarar a bondade e
ª.
energia
sional nos impõe o dever de regulamen- como duas
forças moraes
insepara-tar
a
.
inspecção
medica, dando-lhe maior veis.
amplitude de a-:ção e dotando-a do ap-
Já se escreveu que «procede
nobre-parelhamento necessario ao ex
·
ame clini- n1ente sem o querer o homem
·
que, em
co e
anthropometrico nas
escolas. Pre· seus actos, nã~ pretende nada de
_outros
>
>;
occ11pada seriamente em tornar efficaz e Este desprendimento que em mim sera
extensiva
a hygiene physica do escolar, consciencia de meu nenhum valor,
pro-a direcção dpro-a i11stru-::ção publicpro-a prose- vém de um
· fundo idealismo que tenho
guirá com
todo
fervor na obra da asi;,is
'
-
prazer em confessar, e em que
reconheço
tencia
dentaria e
tentará, por todas as a unica força capaz de dar sentido e
va-vias
a
creação de colonias de ferias, de lor á
-
vida humana. foi nesse idealismo
escolas
ao
ar livre
e
praças de jogos para que encontrei a fonte
·
pura de uma gran·
crianças, em bairros pobres e operarios de sympathia ..-por todas as innovaçães
especialmente nas
immediações
das esco- significativas que libertam da rotina,
·
las desprovidas
_
de espaços
,
para exerci- con1
um
senso prudente da 1nedida e da
cios pbysicos.
.
tradi
c
ção
~e
énelle que procurarei a
Nesse período antes da organização energía para,
.
c
edendo
·
ás necessidades
do
que de emprehendimentos, é ne
c
es- novas de
,diversidade e expansão de
ten-sario que se faça sentir, por toda a parte den
c
ias individuaes, estin1ular as obras
a
accão
firme e serena do orientador, de iniciativa privada e associar todas as
que ~xtraia seu prestígio moral da con- forças livres para fazer circular um
en-tiança
que
despert
.
ar pela rectidão infle- tbusiasmo commum por to~as as cousas
xivel
no
cumprimento de todos
os
seus crrandes e bellas. Não é possível que,
b ,.
deveres
e pelo
respeito religioso
não só ao me ou vir se recorde algum de vos das
aos
direitos alheios como
tambem ao palavras de Emile Augier
:
«Este
pre-justo
sentimento de digi1ídade pessoal de gador fallou muito bem da caridade».
todos os
seus collaboradores, sejam D.isse elle
:
<<que não
.
era preciso
prati-mais
os graduados,
sejam aquellas que c-
al-a>>
...
Pois o prazer qtte por ventura
occupem,
na escala da
administração os encontraes em ouvir estas declarações
logares mais
humildes
e obscuros. A resultará, ao contrario exqctamente da
firmeza rectil-inea
da orientação não é vontade em que estaes, de trabalhar pelo
porém incompatível
c
o
m a
toleraneia
pe- ideal que ínçulcani e da esperança; que
las idéas e pela
critica que serão sempre tendes de vel-as cumpridas, De minha
objectos
de
exame e
de
reflexão
venham
_
parte affir1no-vos que estarei sen1pre
donde
vierem. A tolerancia, virtude so- prompto a aproveitar as occasiões de
me-cial,
amavel
e humana, suave expressão lhorar o ensine, e, setn me deixar
es-do tacto
subtil de
um
administrador é morecer pelas difficu
.
1dades que possam
• • •
tambem
1..tm
dever
ao qual
não
-
nos sub- trazer
revezes transitor1os,
procurarei
trahiremos, senão
quando
collidír
com assegurar o successo definitivo sem ter
o da manutenção
da ordem e da dis.:i- outr
_
a preoccupação que a de estudar e
pliria
n~cessarias á
acção
centrilizadora traçar u1n plano nubre e fect1ndo de
re-da autorire-dade e"&.ercire-da invariavelmente for
·
mas praticas e
consagrar
toda a
mi-dentro do limite
fixqdo
pela Justiça e
nha
administração
em
realizal-as•.
• • , ' • ' • , • • • •
-·-• • • • • ' • '
228
-
A ESCOLA PRIMARIA -
Janei1-o
de 1927
•
1 •
•
•
-
Q1t
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co1po, o
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a11to pa1·a a
e
d1J
c
açãv
do
e
s-•
A
•
pirita.
·
Platão.
professora deve can_tar com
os a lumnos
Em capitulo anterior assignalámos
a necessidade do canto feito
separada-mente em cada classe ; assin1 sendo,
cumpre que cada professora se incumba de ensinal-o cu1nulativamente co1n .as de-mais disciplinas a seu cargo, porquanto não seria razo.avel nomear uma
exclusiva-mente para esse fi'm.
Mostrámos, tambem, que o canto
desenvolve a educação do ouvido infantil,
a qual se consegue mel_hor por esse meio do que pela 1nusica instrun1ental.
A
creança reproduz facilmente o sotn da voz humana do que qualquer instrumento, cujo poder de expressão não é tão per-feito. A vóz humana possue ainda . . aincomparavel vantage111 de associar o
canto a palavra, de sorte que o alumno, ao mesmo te111po que adquire a entonação aprende a pro·nunciar, a articular, a di-vidir as syllabas e a respirar no mome11to opportuno.
São esses requisitos inseparaveis do verdadeiro canto infantil, e só é possível incutil·os .nas creanças, fazendo-as ouvir a melodia pela vóz da professora, isto é,
unida á . palavr;t e não executada em qualquer instrumento por m~is completo
•
que seJa.
A propria entonação, y_ue parece facilmente ' exequível com o auxilio de um instrumento musical, sel.o-á m11ito melhor com a da vóz hu1nana.
Opina u111 illustre 111estre no as~Lim-pto que
«l'ir1to11azi
o
1ie sia affe1
·
1
·
ata
dallo
asco
o 1iel
se1itire
prima
le
110/e co1i
le
voc
e
dtl
tstrl,11·0,
ou, em vernaculo: «a entonação1
seja apanhada pelo alumnt), ouvindo elle primeiran1ente as nota5 cantadas pelo professor.
Será difficil cantar ?
Mais difficil,talvez, é dar uma lição
•
•
•
de historia; de arithmetica ou de outra disciplina, e as nossas professo_ras o realizam diariamente, de maneira mais brilhante e cabal.
« Não sei cantar» ... Esta é a o bj ecç ão
q11e se ouve a cada passo.
-Não sabe? ... Sabe, sim ... Ha n1esn10 entre vós, prezadas collegas
-a q11em, com sy1npathia e affecto dedico
estas ~espretenciosas suggestões - l1a
entre vos e até em grande numero,q11em
cante opti111amente.
. . \
~ em todas sois artistas, na accepção techn1ca do tern10 : em geral, as
pro-fessoras não estt1dam especialmen1e a arte de cantar. Mas isso não importa para o caso. Tan1bem nem sempre a
professora é uma especialista em historia, .
em geographia, em mathematicas, uma
escriptora pri1norosa, e, no entanto,
en-si-na proficientemente historia, geogra-phia, arithmetica geometria e portu-guez.
•
O que falta, algumas vezes, ás professoras - é força reconheceio -é uma convenie11te cultura da voz como instrumento de trabalho profissional. Effectivamente, para adquirir e manter essa voz· de ensino, a voz didactica, muitas terão que submette_r-se a peno-sos sacrificios. E' infelizmente certo que, en1bora se observe actualmente a preoccupação muito louvavel de desen-volver bastante a materia ensinada, os programmas e a technica _ pedagogica--todavia não se cogita da preparação da voz das futuras professoras, para o des-empenho, sem sac.rificio, da sua ardua e delicada missão. Cuida-se, é certo, de adestrar a elocução, corrigir os vicias de pronuncia; procura-se tornar _ a leitura e a fala interessantes e expressivas; mas não se trata de cultivar a voz como in-strumento
qe
trabalho, examinando-lhe as qualidades e os defeitos. Não _ ha no assumpto um ensino systematico, nen-hum exercicio habilitando as professo-ras a usarem da voz com proveito para os alumnos e sem detrimento para ellas proprias.E'
assim que, por falta da orientação official na utilização da voz• • • • , • ' • '
A ESCOLA PRIMARIA -
Janeiro
de 1927
229
para o serviço activo e diario dó magis- O dr.
P.
Bonnier ( .. ) é de opi-terio, muitas professoras adopta1n o ex· nião que seria facil introduzir nas Esco,pediente commum, porén1 o men_os plau- Ias Normaes o habito da voz profissio-sivel, elevam a voz, força1n-n'a, gritam · nal, de a fazer procurar ~rn commum pe-no esforço torturante de se tornarem los alumnos tJor meio da critica e ~jJr.e-uma fonte sonora tão r>oderosa que o ciação reciprocas, de · modo a const1tu1r-seu raio de acção logre attingir a extre- se um typo definido. de voz bem
te~p~-midade do recinto da aula. rada, malleavel, solida e apta a res1st1r Tal IJrocesso, é bem de ver, lhes aos riscos profissionaes.
custa caro, pois não raro compromette Transcrevemos o seguinte t.recho seriamente os orgãos phonadores: as do mesmo professor, no qual ensina o cordas vocaes se enturgescem, produ- melhor processo de utilização da voz no zem-se irritações na garganta, infla m ma- magisterio : , . . ção das mucosas, laryngites, etc., dan . •Ce procede consiste à sa1s1r do motivo a pedidos de licença, visitas d'emblée la sonorité de la salle dans
la-a consultorios medicla-as, con-sultas a la- quelle on lJarle, et à faire de. Ia s~lle Ia ryngologistas, com effeitos curativos ás source so11ore t1tilisée. La vo1x fa1t alars vezes, apenas passageiros, pois, em écho, elle est •sortie>, le prof~sseur reassu1nindo o exercício do rnagisterio, parle «dans Ia salle», la voix. se fa1t en-voltam a manifestar-se as mesmas per- tendre ·1à ou elle doit être entendue. turbações physiologicas. L'ap1Jarition même de la sonorité
exte-A sciencia de falar não é, portanto, rieur, l'écho sollicite de la salle, indique inutil, como póde parecer. A influe11cia u11e bonne émissio11 qui emplit à peu de nefasta aos orgams da pl1onação, occa- frais la capacité de la salle, permet sionada pela má emissão da voz, mani au professeur de se faire entendre avec festa se até na propria conversação, que le 1naxi1nt1m d'effet ei le mil'limum
nesse caso se iorna n1uitas vezes mais d'effort.
fatigante ainda que o proprio canto nas Uma voz bem _dirigida, com boa mesmas condições
!
emissão e articulação perfeita, tem umTamanho esforço é tambem de re poder de exposição incomparavel. A sultado vario e incerto para os alumnos, metade do interesse do que se transmit-porque a voz, emittida assim violenta- te ás creanças _reside prec.isamente na mente, não póde suster1tar-se e muda de intonação dada á voz. E1s porq~e a diapasãà a cada passo, a cada sy.llaba, o verdadeira professora sabe att~ah1r e que os obriga a uma atte11ção fat1ga11.te e com mover os seus alumnos mais pela difficil de ser mantida. voz, pela into11ação, do que pela
elo-Releva ainda ponderar que a voz ,cução. E, pois, a sua voz tem qt1e ser, forçada, g,ritada, não ·
é
recommendavel a seu tempo, clara, !11telligivel e tambem na exposição didactica; perde em doçu- carinhosa e expressiva : ora deve repou-ra e persuasão; torna.se rude; .irrita ·o sare di!ninuir; ora deve. alter.ar.se, i~-systema nervoso das crea11ças; induz a por se a attenção, rçvest1r-se de autor1-classe a falar em um tom corresponden- d ade e prestigio, ou de ternura cariciosa temente alto e aspero, e, além de tudo, e envolvente.faz «tanto barulho, que os alumnos
não
Ainda mais: deve conservarinte-podeni ouvir. . .
_
~ s · essas q11alidades, ca?a_ dia e du- ,«Uma moça de excellente caracter ranl, todo c:i tempo das l1çoes, pondo-e dpondo-e raras habilitaçõpondo-es tpondo-evpondo-e, ha pouco, spondo-e ao alcancpondo-e dpondo-e todos
os
alumnosda
os.seus serviços recusados como pro- classe, do mais proximo ao mais afas-fessora de uma escola do Oéste, simples- tado.
mente por causa do alto diapasão e as- Em syr1these, conforme · bem es-pereza de sua voz. Elia nunca soube o creve·u abalizado pedagogista, a profes-motivo de tal recusa, mas ficou profun- sora prim~ria presentemente, tem que damente desapontada, ao verificar que ser uma oradora para creanças.
não Jloude obter o Jogar que lh_e parecia Ora, as!>im sendo,
é
evidente qt1e tão facil., ( ·) · as professoras percorrem a escala des
(.) Marden.
O
pode1·
da
pe1·so11alidade.
( .. ) P.
Bonnier.La
voix.
••
'
• • ' • •'
1
•
•230
A ESCOLA
PRIMARIA
.
Janeiro de 1927
a 6 notas, até mesmo de
8,
do medio
da sua tessitura.
.
Si ellas repisassem as palavras sempre
110
mes1110 diapasão,
sem
descer 11em
subir um tom, poderia haver nad
_
a mais
monotono e anti-oratorio
?
·O que é IJara nós sinão phrases
musicaes, naturalmente de caracter
pro-prio, uma prelecção bem proferida, no
encanto de
un1a
voz
sonora,
sob o
in-fluxo de uma convicção que se 110s quer
communic
.
ar
?E ao
orador
não lhe
fa-cultou a natureza o rythmo musical da
phrase commovida
?» (·)
Portanto, a differença entre o
can-to natural e a IJalavra está a1Jenas na
ex-tensão um
pouco
111aior da escala
e-11a
duração
do
som nas
diversas
11otas
emit-.
tidas.
Mais
do
que com a
vaidade
satis-feita pelo effeito
exte
_
r110
do
ensi110, com
a 1ireocct1pação
·
de variedade e cousa
nova sempre 110s cantos infar1tis,
empe-nl,emo-nos em co11servar
carinhosa1nen-te esta collectanea de canções.
«O
Ca11-cio11eiro Esco
l
ar», onde estão
guarda-dos os nossos queriguarda-dos cantos
popula-·
res e
arias
infantis.
•Não tenho voz,
...
-- eis outra
ob-jecção, tambem frequenteme11te reretida.
Ora, não ter voz
! ...E· passivei que a professora
publi-ca não dispo11ha de um orgão vopubli-cal
do-tado de todas as condições exigíveis em
uma cantora profissional, de UIT'a artista
do palco lyrico : sonoridade,
homoge-neidade, extensão, plasticidade, etc.
Não
é
preciso tanto.
Para satisfazer as exigencias do
ensino do canto, nas escolas primarias,
basta
·
apenas a voz natural, a
capacida-de vocal con1mum a todas as
professo-ras, para que possam exercer
normal-mente o magisterio.
O
canto não é mais que a mesma
.
voz falada obedecendo a certas leis do
rythmo e da theoria physica da mtl·
•
s1ca.
Hoje, sobretudo, que tanto ~e ,faz
questão da instrucção oral; que se 1n~1ste
sobre a necessidade, a força e a
bel-leza do
.
ensino pela palavra; sobre o
•
-( ·) Dr. Eira11, Hygieiie 11,l arte.
I
1
I
valor dq commentario, da dissertação
-
a vóz da professora é o ponto de
partida, é a condição primordial de
exi-to no preparo dos alumnos.
No ensino secundario, naturalmen·
te, não é tão importante essa
.
condição,
pois, ahi, o alumno, já desenvolvido e
experiente,
conscio da necessidade do
esforço proprio, procura activa e
dili-gentemente instruir-se; mas, nas classes
primarias, em que não ha
ordinariamen-te essa preoccupação e empenho por
parte dos alu1nnos, talvez apenas
50¾
tirem do e11sino oral resultados reaes e
t1teis, 11a hypothese de insufficiencia
vo-cal da professora.
Mas não
ésó isso.
Visto
que as creanças
actualmen-te vao
apre
·
nder, mais ouvindo qt1e
len-do,
faz-se 111ister qtte a professora, além
de possuir um bo1n orgão vocal, o
te-nha tambem educado, de modo a poder
utilizai-o com proveito.
Cantem com elles a "nos~a terra.
'
a opuleucia das nossas florestas, os
ar-rebóes sangrentos e cheios de saudades
dos noss( s crepusculos, as . glorias
im-morredouras da nossa raça, a pompa
sempre risonha e florida da nossa eterna
pri111avera e os cantos tão cheios _de
doçura de um povo que, tendo nascido
na IIJ,ais for1nosa d,ts terras, tem tan1bem
•
no coração ,t mais ardeu te e a 111a1s
beJla das paixões-a musica.»
(*)
Tudo entre nós fala de musica.
<~Quf1ndo a aurora despont'l.,
so-berba e brilhante, enchendo os campos
de vida e de luz, o espectaculo n1aravi~
lhoso da natureza desperta em toda
parte orchestras que vibram em
hy-mnos de gloria. A passarada, unisona,
descanta os seus gorgeios, e passa pela
terra uma suave e alegre onda de amor,
de felicidade e de fartura. Cantam as
aguas despenha.ndo,se das cachoeiras,
no escachoar eterno do seu eterno ·
sui-cidio. Canta o sabiá nas frondes das florestas a sua melodia cheia de sauda-tle e de amor, e mais além responde, vi-brante e altiva, a araponga, cujo canto
estridente se prolonga pelas. quebradas
sem fim. Canta o caboclo, ao . nascer do
sol, arando as terras ferteis, a sua can-ção de amor, e do peito lhe sahem os
-
- -
•(*) João Gomes Junior-Discurso na Escola No1'mal de S, Pa11lo.
• , • • • •
A
ESCOLA PRIMARIA -
Janeiro de 1927
.
•231
•
•
.
•
queixumes tristes, quando, á noite, _ ao composições ahi são tão simples e em
som da viola, descanta, ao luar, as suas tanta profusã9, que a escolha se torna
magoas.»
(*)
facil. Quanta melodia expressiva!Quà.n-Bello, admiravel, insubstituível, . ta cantiga n1aviosa e suave ! Quanta
esse instrumento que é a voz humana, toada enternecedora ! São as ~anções da
precioso dom que recebemos _de Deus! nossa terra e da nossa gente.
Cantem as professoras mineiras! De contextura singela,
circum-Sim, começem hoje mesmo. scriptas de ordinario entre os extremos
Cantem um pouco todos os dias, e·, da voz natural vasadas em rythmo
ele-logo, com surpreza, reconhecerão' de n1ent,ar, a·fig~ram-se-me _faceis d~ cantar
quanto são capazes nesse agradavel exer- e ate por forma aprasivel e
interes-• interes-•
ClClO.
E vae mais longe o resultado a obter: é certo que muito ten1 a lucrar a
saude geral de que1n se exercita no
· canto.
O
dr. Coupart, especialista dereconhecida nomeada, sustent~ a
opi-nião de que o canto é um preservativo qa tuberculose, chegando mesmo a
aí-firmar que, entre os cantores
profissio-naes e até entre · os amadores, nunca
· encontrou um caso de tuberculose.
At-tribue elle essa imn1unidade ao habito que adquire o cantante de bem respirar, pelo qual o ar entra copiosa e normal-mente nos pulmões.
Ainda ha pouco, durante a minha
recente viagem ao Rio, ou vi · de illustre
professora norte -americana o seguinte,
que aqui veni muito a proposito, ·
«Es.tudei piano durante largo
tem-po e cheguei a tocar com bastante
des-embaraço. Poitco depois, fui nomeada professora de uma escola publica. Como sabemos, nos Estados Unidos, a
pro-. fessora primaria é encarregada de
ensi-, '
nar tambem o canto as creanças, com o auxilio do diapasão, sem o concurso de qualquer oútro instrumento musical. Essa
perspectiva de ensinar canto sem o meu
piano enche·u ·m1;: de receio.. Mas, ao
cabo de um mez de éxercicios quotidia-nos consegui cantar e fazer as minhas
'
.
lições com. a maior facilidade e
provei-. to · e posso affirmar . que esse processo
' . 1
de apreciação e entoação dos 111terva -los, apenas com o e1nprego do diapa-são me proporcionou preparo musical
'
.
mais conveniente, do que o obtido du·
'
rante o n1eu curso de piano>>.
Espero que a experiencia realizada por aquella educadora venha convencer as minhas queridas collegas, e ellas se
decidam a cantar, sem hesitação, nas
respectivas · classes, pelo processo
indi-cado.
Tomem o Cancioneiro official. As
•
sante. .
E não haja a preoccupa~ão de re.
novar se1npre o repertorio de canto
es-colar, Na França, na Allemai1ha e em
outros paizes, dos mais adea11tados em
materia de ensino, os cantos e
brinque-dos escolares se repetem durante annos
e ailnos, mesmo p·orque, para as
clas-ses que .se renovam, são elles sempre
novos.
Solfejar um trecho musical ,
en--
. ~toar uma cançao, organisar um coro
infantil, é trabalho facil a qualquer
nor-malista. Para isso, se preparam devida-,
me·nte nas nossas escolas normaes,
a-prendendo o solfejo e
o
canto co_ral,acompanhados das instrucções theoricas
indispensa veis.
O
exercício do solfejo e do cantoé, aliás, coisa accessivel a todos: não
d ~manda aptidão especial. . .
Accregce ainda que quasi toda
gen-te gosta de cantar. E' tão natural no
home1n o canto, como a palavra.
La-martine disse : «O instincto de cantar
é
tão natural á alma como o de falar :
'
Cai1ta a dor e canta a alegria».
A musica
é
a mais delicada eat-trahente das artes, a que mais
co1nmo-ve e enle\·a as almas sensíveis e ternas:
A indifferença por ella arguiria dureza
e seccura espiritual, ímproprias da
or-ganização feminina. «Só os maus não
cantam», diz um escriptor; mas aos maus nem o pranto com move. Sendo a
arte um arroubo, · 11m transporte da· alma,
,
.
.
.
e bem visto que a n1us1ca, a mais
su-blin1e e expressiva de todas as artes, tem
bem definida a sua grande ínfluenc~a
so-bre a natureza humana.
E,
si é facto quea musica exerce sobre ella immenso poder
de fusci.nação, :·si nos envolve numa a~~
mosphera de tanta doçura e goso espt·
ritual
é
o canto, incontesta,,elmente, a'
'sua expressão mais aperfeiçoada e gran-diosa.
• • • • ' (
232
A ESCOLA
PRIMARIA -
Janeiro de
1927
•
Em Minas, nós o sabemos, a pre-
o
canto e 1 dd1lecção, ou o pendor pela musica . é tra- . . a pa avra,
sen
o umd
· ·
1 O exercicio muscular, um exerci cio de
esfor-1cc1ona , mineiro, ainda o 1nais rus- d
t· 1 · ço O ªPP.ª~elho vocal e respiratorio,
1.cº., reve
a
inclinação i n v.enci vel pela todo exercicior
1 th d'd
T
egu ar e n1e o 1co, queivin.a arte· auto isso é verdade, que augn1entar de conJ·uncto e ·
harmonica-desde tempos bem remotos se tornou
b. 1 m.en, te toda a nossa musculatura, ser~
pro. ver, 1a o.conceito de que t·odo o mi- Tlra para o desenYolvimento da aptidão
ne1ro e mus1ro e ... s·abe latim, vocal.
· . Cantem, pois, as professoras mi- ·
ne1ras, com os seus alumnos. •
· O canto é a poesia da voz diz
Mackenzie, numa phrase de ly~ismo
adora vel. .
Cette voix tient, ne fatigue ni le
professeur ni l'auditeur, porte partout
et est d'un ma11iement facile. On e11 fait
ce qu'on veut comme diction com1ne
in-ton.ation, sur une portée c'onsíante et
sans fatigue. S'est la salle qui parle avec
le professeur.''.
Portanto, adquirindo e cultivando
f ' '
por esl'!a orma, a voz profissional e
a
prendendo a aproveitar-se da sonorida_de do reci1:1to 1 istd é, ~ssociando sempre
a resonanc1a da sala a das cavidades
vo-caes, conseguirá a professora o melhor
resultado nos seus trabalhos quotidianos
na clai.se e benefi ciará grandemente a
su~ . natural ~i.sposição pará o cant.o,
ex1m111do-se ~1~ 11ltaneamente daquefle
,s1orço penos1ss1mo, e, muitas vezes,
d~ CO!J•equencias nocivas, a que allu·
d1m os. ·
Quanto ao mais, são
os
cuidado•comm.uns que todas devemos ter para
pres~rvar os orgams da phonação. A
~yg1cne vo7al foi sempre,
em
'
todas asepocas, obJecto de cuidados especiaes.
Nos tempos romanoi'! de Augusto e
Cel-so, chegaram a erigir em preceitos
sa-g.rados 01 exercícios vocaes e os
exercí-cios para o desenvolvi1ne11to tora:1:ico.
Não nos eaqueçamos ainda de que, para manter em boas condições o orgam Tocal e para podermoF aervir-nos longa-mente desse precioso instrumento, não
de~emos crer que a hygiene deve est·ar
un1c_amente no orgam vocal.
Do qL1e acabamos de dizer sobre a
necessidade de a professora cant_ar para
os alumnos, tendo mesmo encarecido
essa pratica, como indispensavel, não
se deprehenda entretanto, · qt1e aconse·
lhamos em absoluto a dispensa do piano.
. . Está bem visto_ que, depois do
1nd1spensavel treino, quando as. canções
e hy1nnos estiveren1 convenientemente
ensaia~os_-, o curso do piano, sempre
que ex1st1r na escola este instrun1ento,
ou de outro que o substitt1a, o será de
excelleute resultaáo.
Nos cantos collectivos de abertura
de aula., nas festividades,
acompanha-mento instrumental dá ,brilho e realce ao
canto, ao mesmo tempo que regula e
susten_ta as variações do rythmo e
atte-nua ou encobre as imperfeições das vo:zes.
Tendo como material de ensino
nas classes vocaes , um quadro negro
um diapasão e um exemplar do
''Can-.
.
''
c1one1ro e tambem do '' Hymnario''
não haverá, estou certa, nenhuma inde:
ci!!ão ou receio entre as nossas dedica-das professoras, pelo facto de apparente-m~nte não saberen1 cantar, ou não pos-su1re1n a capacidade vocal nccessaria
• •
para o exerc1c10 do canto, nas escola!!.
São esses os meus votos mui
cor-d.iaes.
.. •
•
Branea de Vasconeellos
(Tran1cripto do' 'Minas Geraes'')
'
~--.---..,.---
..
---
--
..
---,
10
• • •i'lcaba de
.
sair
dos prelos
a
2~ edição do Segundo
e
Terceiro
livros
·
de
Lingua Patria, pelo Prof.
ft.
Joviario.
·
Preço de
cada
exemplar
5$000-ft'
venda na Livraria Francisco
ftlves e suas filiaes.
' . , • ' f • , • • f • , • • •
.A..
ESCOLA PRIMARIA -
Janei1·
0
de
1927
Grammatical e logico
233
' A propos1to dos termos
.
g1
·
ammati-ca
l
e
logico,
que supprimi nos li,·ros de«Língua Pa.tria>> , um velho amigo,
pro-fessor estudioso e erudito, aro-ue-me a
f~lta .ª:tribuindo-a , á preoccu;ação de
s1mpl1f1car, a qua·l se·manifesta em todo
o curso desse meu trabalho .
Foi Julio Ribeiro, o grande
refor-mador dos nossos estudos ·
grammati-caes, quem introduziu na synthaxe de
sua gram1natica modelar essas duas
ex-pressões, para melhor corri prehensão do
s11jeito
e dotJredicatl
o
,
distin gt1indo ,os i:J.a, '
sua composição, Já Ivlason tinha feito
uso da 1nesma, parecendo q 11e 0 nosso
e1ninente mestre patrício fo i buscal-as na
obra do escri ptor i nglez.
E111preguei·élS por 1nuito tempo nas
classes de Portuguez .1ue tenho regido;
mas a experiencia me fez aba11donal-as
e abolir de vez no estudo da analyse,
verificando que os alumnos fctzia111
mecha-. nicamente a distincção dos dois
elemen-tos principaes da sentença, sem exame,
se111 interpretação das ideias expressas
pela associação dos vocabulos que os
compunham. Bastava-lhes apontar n o
sajeito o seu substantivo principal e .no
predicado o v-erbo, para·, pro1nptamente,
de olhos fechados, descobrirem que
es-sas palavras eram .o .
sujeito
gramm
atica
l,
uma, e
predicaLio gramniatical
a oi1tra, asquaes com o resto das . expressões
de-cada um constituian1 fatalmente o· total
logico
de ambos.Ora, sem essas deno1ninações
gran1-maticaes, 'que em nada aproveitam ao
conhecimento da língua, porque não
provocam a interpretação especial éie
cada expressão associada ao sujei to ou
ao predicado, o estudante de Portuguez
pode muito bem observai: a contextura
de cada um, verificando o valor expr.
es-sivo das partes que os compõem e
com-prehendendo afinal a significação
glo-bal de um e outro.
Sem o exame préviô dos elementos
. vocabulares, onde se acl1em expressas as
ideias de associação do sujeito ou do pre-dicado, que valor tem chan1ar a estes de grammaticaes e de logicos? E,
distingui-da e interpretadistingui-da pelo estudistingui-dante cadistingui-da
expressão componente, pela sua relação
immediata ou não com o substantivo do
sujeito ou com o verbo do predicado, a
• •
•
•
1
c}ass~ficação de logico e gram maíical
ficara sendo cousa meramente livresca e
de memoria, seru utilidade pratica.
Para sermos coherentes,· devem os
tan1 ben1 l_evar essas duas .classificações
a_os d~ma1s elementos da sentença,
dis-t1ngu1ndo-os en1. su_as ideias prin cipaes,
como se tem feito com as do sujeito e
do verbo. Um exemplo elucidará 0
caso: -
Ma1·ia, filha
do nosso vizi11ho en1
f1·
e11te, a q1ta
l
acaba de c'.;ega1:
do
.
co
l
le
gi
o,
11r1de co1n,ble_to1t o C;111
:
so
p1·1111ar10, vai a
g
01-a
co111
s
e
tt
_
pai
,
qzte e rico,
f
a
.
z
e1·
11111
pa
s
seio de
a(1to
1n
ovel por
todo o
s11l do Brasil,
citjas
cidades
d
eseja
elle co11
!1e
ce1
·
.
lliaria
será O sujeitogra11111zatical,
etoda <1- expressão até
c1irso
prin-zario
ficarásendo o sujei ~o
logico;
v~i
J
az
e
,·
opredi-cado
gra1-r1n1atzcal
,
que com o resto dasen-t e11ça até o final será o predicado
l
ouico
.
Mas com estas classificações o alubmno
apenas emprega termos gramm aticaes, sen1 nada mostrar entender do que diz
t~do o · pens.amento e'Xpresso. quer da
pa~te da mentná, quer da parte do que
vai ella fazer. P ara tanto precisará clas
-sificar de.
l?gico
o cotnplemento -fi
lha
do 11osso vzzinJ;o
e
1n f1
·e11te,
e decrra
nir1iati
ca
l
o substanti~o
filh.ª.:
expres~ão global queesclarece e 1dent1t1ca
Maria;
assimtam-ben1 terá de faz er _ com o segundo
com-ple1nen to de
1:[
a1·ia -
a
qz,al acaba
de
c
!J
~gar
.d
o colleffzo
,
onde completo1t o c111·so
prtrnarzo,
que e -u n1 esclarecimento nãoesse11cial 111as de referencia interess~nte
ao ~aso ~es sa me11ina que vai passear. Ah1 o sujeito gran1matical seria
a qz,al
e o logico todo o complemento . Por su~
vez a expressão secundaria -
do 1-iosso vi
-zi11h
o em
fre11te
teria de ser dividida emc?mplemento logico e grammatical
(vi-zinho) do s1.1bstantivo
filha,
e con1 a ou-tra -
onde
comp
l
etoit
.
o c11rso pritr1a1·io,
aqual esclarece
co
ll
eg
io,
teríam os de proce-der do mesmo modo.O complemento circumstancial do
verbo -
cor,z
s
ett
p
ai,
que
é1ico,e
·oobjec-ti v_o
1,1r1z pa
.
sseio
d
e
autoniOv
i'
l
/
J
o1·
todo
osttl
do
B
rasi
l,
cujas
cidades
deseja
elle c
o
11he
-cer
,
soffrerão a mesma divisão, e não adispensaríamos com os secundé1rios -
de
azit
o
m
ove
l
e opo
r
todo
o s11
l do [
-;
rasil
.
nem tão po1.1co con1 o .tl,'. tercei r,t or,ie 111 _ :