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Uma análise sociodemográfica da qualidade dos gastos públicos com o ensino fundamental: microrregiões do Rio Grande do Norte em 2015

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIA. JOSÉ ROBERTO DA SILVA. UMA ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA DA QUALIDADE DOS GASTOS PÚBLICOS COM O ENSINO FUNDAMENTAL: MICRORREGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE EM 2015. NATAL-RN 2017.

(2) JOSÉ ROBERTO DA SILVA. UMA ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA DA QUALIDADE DOS GASTOS PÚBLICOS COM O ENSINO FUNDAMENTAL: MICRORREGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE EM 2015. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Demografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do título de Mestre em Demografia, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Cesar Formiga Ramos, e sob coorientação do Prof. Dr. Móises Alberto Calle Aguirre.. NATAL-RN 2017.

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(4) A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. (Charles Chaplin).

(5) AGRADECIMENTOS. Agradeço a Deus por toda sabedoria e coragem a mim concedida para superar os momentos difíceis. A minha família, em especial à minha mãe, irmão e esposa, dedico tudo o que vier a conquistar a vocês. À Joana Amélia, minha segunda mãe, minha avó, responsável por me ensinar os valores da vida. Ao Pe. Guido, homem honrado, que dedicou sua vida buscando ajudar seus semelhantes. Aos professores Formiga e Moises, pessoas sem os quais não conseguiria ter concluído esse trabalho. Aos professores do Programa de Pós-graduação em Demografia, muito obrigado por toda a paciência, todo o tempo dedicado e os grandes ensinamentos. Às professoras Sara e Narla, por suas contribuições, as quais enriqueceram grandemente o trabalho aqui desenvolvido. Aos chefes da minha unidade de lotação atual e também anteriores, pela compreensão da importância da realização desse mestrado, contribuindo de sobremaneira para que eu pudesse assistir as aulas, bem como participar de quaisquer atividades acadêmicas. Aos amigos José Edson, Marcone e Álcio, pela disponibilidade e boa vontade, me auxiliando sempre que necessário. A toda turma, com seus personagens únicos, e que, apesar de sua heterogeneidade, mostrou-se fortemente unida. A todos que fizeram deste momento tão especial uma vitória. Esta conquista também é de vocês..

(6) RESUMO Nosso objetivo é avaliar a qualidade da alocação dos recursos públicos provenientes do FUNDEB, especificamente no Ensino Fundamental, nos municípios do RN, sob a ótica das microrregiões. O período escolhido se refere ao ano de 2015, que corresponde à divulgação do último resultado do IDEB. Para tanto, foram utilizados três bancos de dados: o SIOPE, o Censo Escolar e o IDEB. As variáveis selecionadas nesses bancos de dados foram: o número de matrículas da rede municipal de ensino, as despesas de cada município relativas ao Ensino Fundamental e os resultados do IDEB. A metodologia utilizada foi a desenvolvida por Brunet, Bertê e Borges (2008), os quais criaram um Indicador de Qualidade da Educação, resultante da razão entre o Indicador de Desempenho e o Indicador de Despesa, ambos referentes ao mesmo ano. Os resultados foram analisados de três modos: entre os municípios de cada microrregião, entre as microrregiões e entre todos os municípios. Destacando-se as microrregiões de Mossoró, Chapada do Apodi, Vale do Açu, Serra de São Miguel, Seridó Ocidental, Seridó Oriental, Litoral Nordeste e Natal, as quais foram consideradas eficientes. Já observando os municípios de forma isolada, os melhores índices de qualidade dos gastos públicos em educação foram os apresentados por Serra Negra do Norte, Água Nova, Major Sales, Cruzeta e Angicos. PALAVRAS-CHAVE: Demografia. Educação. Ensino fundamental. Indicador de qualidade..

(7) ABSTRACT Thus, the objective of this work is to evaluate the quality of the allocation of public resources from the FUNDEB (Maintenance and Development of Basic Education and Enhancement of Education Professionals Fund), specifically, in elementary school, in the municipalities of Rio Grande do Norte, from the perspective of micro-regions. The period chosen was the year of 2015, that corresponds to the release of the last result of the IDEB (Development of Basic Education Index). To this end, three databases were used: the SIOPE (System of Information on Public Budgets in Education), the School Census and the IDEB. The selected variables in these databases were: the number of registrations in the municipal education network, the expenditure of each municipality with the Elementary School and the results of the IDEB. The methodology used was developed by Brunet, Bertê and Borges (2008), which created a Quality of Education Index, resulting from the ratio between the Performance Index and the Expenditure Index, both for the same year. The results were analyzed in three ways: between the municipalities of each region, between regions, and between all municipalities. Highlights for the micro-regions of Mossoró, Chapada do Apodi, Vale do Açu, Serra de São Miguel, Seridó Ocidental, Seridó Oriental, Litoral Nordeste and Natal, which were considered effective. However, observing the municipalities separately, the best quality indexes of public expenditure in education were from Serra Negra do Norte, Água Nova, Major Sales, Cruzeta and Angicos. KEYWORDS: Demography. Education. Basic education. Quality index..

(8) LISTA DE FIGURAS. Figura 1: Divisão político-administrativa do Rio Grande do Norte. ............................ 20 Figura 2: Mesorregiões do Rio Grande do Norte....................................................... 22 Figura 3: Microrregiões do Rio Grande do Norte....................................................... 23.

(9) LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 1: População do Rio Grande do Norte em 2010, por grupo etário....... ......... 21 Gráfico 2: Pirâmides etárias do Brasil, por sexo e idade, de 1970 a 2010. ............... 25 Gráfico 3: Esperança de vida no Brasil para o período de 1970 a 2010............... .... 26 Gráfico 4: Taxa de Fecundidade das Regiões Brasileira entre 1950 e 2010. ........... 27 Gráfico 5: Número de matrículas no Ensino Fundamental do RN (2005 a 2015)...... 28 Gráfico 6: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Mossoró (2015). ................................................................................... 39 Gráfico 7: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Chapada do Apodi (2015). ................................................................... 41 Gráfico 8: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Médio Oeste (2015)........................................................................... ... 43 Gráfico 9: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Vale do Açu (2015). .............................................................................. 45 Gráfico 10: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Serra de São Miguel (2015). ................................................................ 47 Gráfico 11: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Pau dos Ferros (2015)...................................... .................................... 49 Gráfico 12: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Umarizal (2015). ................................................................................... 51 Gráfico 13: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Macau (2015). ...................................................................................... 53 Gráfico 14: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Angicos (2015). .................................................................................... 55 Gráfico 15: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Serra de Santana (2015). ..................................................................... 57 Gráfico 16: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Seridó Ocidental (2015). ....................................................................... 59 Gráfico 17: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Seridó Oriental (2015). ......................................................................... 61 Gráfico 18: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Baixa Verde (2015)............................................................................... 63.

(10) Gráfico 19: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Borborema Potiguar (2015). ................................................................. 65 Gráfico 20: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para as microrregião Agreste Potiguar (2015). ...................................................................... 67 Gráfico 21: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Litoral Nordeste (2015). ........................................................................ 69 Gráfico 22: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Macaíba (2015). ................................................................................... 71 Gráfico 23: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Natal (2015). ......................................................................................... 73 Gráfico 24: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para a microrregião Litoral Sul (2015). ................................................................................. 75 Gráfico 25: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para as microrregiões do RN (2015). ..................................................................................... 78 Gráfico 26: Relação entre os indicadores de despesa e desempenho para os municípios do RN (2015). .......................................................................................... 80.

(11) LISTA DE TABELAS. Tabela 1 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Mossoró, 2015 ............................................................... 38 Tabela 2 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Chapada do Apodi, 2015 ............................................... 40 Tabela 3 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Médio Oeste, 2015 ........................................................ 42 Tabela 4 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Vale do Açu, 2015 ......................................................... 44 Tabela 5 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião São Miguel, 2015........................................................... 46 Tabela 6 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Pau dos Ferros, 2015 .................................................... 48 Tabela 7 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Umarizal, 2015 .............................................................. 50 Tabela 8 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Macau, 2015 .................................................................. 52 Tabela 9 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Angicos, 2015 ................................................................ 54 Tabela 10 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Serra de Santana, 2015 ................................................ 56 Tabela 11 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Seridó Ocidental, 2015 .................................................. 58 Tabela 12 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Seridó Oriental, 2015..................................................... 60 Tabela 13 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Baixa Verde, 2015 ......................................................... 62 Tabela 14 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Borborema Potiguar, 2015 ............................................ 64 Tabela 15 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Agreste Potiguar, 2015 .................................................. 66 Tabela 16 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Litoral Nordeste, 2015 ................................................... 68.

(12) Tabela 17 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Macaíba, 2015 ............................................................... 70 Tabela 18 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Natal, 2015 .................................................................... 72 Tabela 19 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos para os municípios da microrregião Litoral Sul, 2015 ............................................................ 74 Tabela 20 - Indicador de despesa, desempenho e qualidade dos gastos das microrregiões do RN, 2015 e IDH médio 2013. .................................................... 76,77 Tabela 21 - Os cinco melhores e os cinco indicadores de qualidade dos gastos dos municípios do RN, 2015 ............................................................................................ 79.

(13) LISTA DE SIGLAS. Art. - Artigo FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FPE - Fundo de Participação de Estados FPM - Fundo de Participação dos Municípios FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação FUNDEF - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDEB - Indíce de Desenvolvimento da Educação Básica IDH - Índices de Desenvolvimento Humano INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira IPIexp - Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores IQ – Índice de Qualidade da Educação ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações MEC - Ministério da Educação OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico SIOPE - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação.

(14) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14. 2. ALGUNS APONTAMENTOS CONCEITUAIS .......................................................... 18. 3. O RIO GRANDE DO NORTE E SUAS MICRORREGIÕES ...................................... 20. 4. A RELAÇÃO TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E ENSINO FUNDAMENTAL ............ 24. 5. O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA ............................. 29. 6. METODOLOGIA E BANCO DE DADOS .................................................................. 33. 6.1 Dados ....................................................................................................................... 33 a) Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação – SIOPE...... 33 b). Censo Escolar ....................................................................................................... 33. c). Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB ....................................... 34. 6.2 Instrumentos de Verificação .................................................................................. 35 7. RESULTADOS .......................................................................................................... 37. 7.1 Análise dos resultados por microrregião.............................................................. 38 7.2 Análise dos resultados entre as microrregiões .................................................... 76 7.3 Análise dos resultados entre todos os municípios .............................................. 79 8. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 82. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 85 ANEXO I ........................................................................................................................... 88 ANEXO II .......................................................................................................................... 93 ANEXO III ......................................................................................................................... 97.

(15) 14. 1. INTRODUÇÃO. A educação é um dos diversos componentes da sociedade e de extrema importância, independente das diferenças sociais, econômicas, etc. Geralmente os individuos incentivam seus filhos e entes queridos a estudar, tendo em vista que, conforme argumenta Viana (2008), não há nada mais verdadeiro que afirmar o quanto a educação é imprescindível para o desenvolvimento do ser humano, devido a possibilidade de proporcionar um futuro melhor para todos. Perceber a grandiosidade da educação é reconhecer a fragilidade humana e que somos dependentes dela, haja vista que “nascemos fracos, precisamos de forças; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos ao nascer, e de que precisamos quando grandes, nos é dado pela educação” (ROUSSEAU, 1999, p. 8). Ainda conforme Singer (2006), o propósito da educação é proporcionar a consciência e motivação para tornar a sociedade mais livre e igualitária. O seu grau de relevância é tão alto que na lei suprema do Brasil, a Constituição Federal de 1988, há um espaço reservado para ela, torna-a um direito de todos e obrigação do Estado e da família, conforme disposto no seu Art. 205, o qual estabelece que: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, p. 34).. De acordo com art. 205 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), a educação possui três objetivos básicos: o pleno desenvolvimento do indivíduo, o preparo do indivíduo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho. Na Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a conhecida Lei de Diretrizes e Bases da Educação, verifica-se que a educação escolar é composta de duas etapas: a básica e a superior. A educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Sua finalidade é desenvolver o aluno, assegurando uma formação comum indispensável para o exercício da cidadania, além de fornecer meios para progredir no trabalho e estudos posteriores. Quanto à educação superior, é uma.

(16) 15. continuidade da educação básica, sobre a qual não serão tecidos maiores detalhes, por não ser o foco do presente trabalho. A educação brasileira passou por uma recapitulação na manutenção, qualidade, ampliação, estrutura e dinamização no ensino público, a partir da Constituição Federal de 1988. Desde então, os governos (federal, estadual e municipal), adquiriram responsabilidades e competências na designação dos recursos públicos. Os municípios, especificamente, alcançaram autonomia na atuação da educação no ensino fundamental, participando, de maneira direta, na realidade da educação. Segundo Silva (2011), o Ensino Fundamental, sendo responsabilidade dos municípios, a partir de uma percepção em nível local, possibilita que esses serviços sejam melhor produzidos, permitindo um maior monitoramento da sociedade, buscando diminuir as desigualdades sociais e regionais. A educação está estreitamente associada ao desenvolvimento social de uma população, já que, através da educação, o indivíduo adquire conheciementos, forma habilidades cognitivas e desenvolve o discernimento e a consciência crítica que lhe possibilitam um melhor relacionamento com os demais indivíduos de sua comunidade, especialmente no que se refere aos aspectos sociais e econômicos (SILVA; SOUZA; ARAÚJO, 2013, p. 2).. Na determinação de indicadores sociais, a educação é um fator de extrema importância, cujos recursos, gastos de modo eficiente, refletem em melhorias para a população. Assim, a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, também conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, estabeleceu que, nas três esferas de governo, os gestores busquem uma melhor alocação dos recursos públicos, exigindo uma maior eficiência do setor público em seus investimentos. A presente dissertação tem como objetivo principal avaliar a qualidade dos gastos públicos em educação, realizada pelos governos dos municípios do RN, no ensino fundamental em 2015, a partir da metodologia de Brunet, Bertê e Borges (2008). A metodologia adotada permitirá traçar uma relação entre volume de recursos gastos, especificamente os do FUNDEB, e os níveis de eficiência, observado pelo resultado IDEB de cada município. Esses resultados também possibilitarão comparar o comportamento dos municípios a partir das microrregiões. A escolha do período mencionado deu-se em virtude de ser o ano do último resultado do IDEB. Quanro à motivação, esse estudo foi realizado no intuito de.

(17) 16. buscar contribuir com a redução da lacuna que existe entre eficiência e efetividade dos gastos públicos no ensino fundamental, especificamente no Estado do Rio Grande do Norte, assim como de colaborar com estudos futuros a respeito do tema. A hipótese desenvolvida é que, embora haja uma preocupação no tocante aos investimentos em educação no ensino fundamental, esses gastos não são destinados de maneira eficiente. Acredita-se existir uma preocupação maior, por parte dos gestores, em cumprir os percentuais da Lei de Responsabilidade Fiscal, em detrimento da melhoria da qualidade do ensino, prejudicando não apenas a educação, mas também a ascensão social, cultural e econômica da população. Segundo Delgado (2008), o Brasil obteve significantes avanços nos indicadores educacionais, como o aumento da escolaridade média da população, a diminuição da evasão escolar e o aumento da cobertura do ensino fundamental. Isso pode ser percebido principalmente nos últimos 15 anos. No entanto, quando se compara estudantes brasileiros com os de outros países em desenvolvimento, como por exemplo, os do Chile, por meio dos exames internacionais, percebe-se que ainda há muito a evoluir, mesmo reconhecendo o crescimento brasileiro, pois, por exemplo, no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil passou de 356 pontos em 2003, para 391 em 2012. Assim, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Educação (MEC), criou o IDEB, cujo propósito é medir o desempenho educacional dos alunos e das escolas do país, dos estados e dos municípios, para usá-lo como ferramenta de apoio à gestão, a fim de estimar a qualidade da educação brasileira. O desenho e implementação de sistemas de avaliação externa devem, portanto, ser acompanhados de discussão e esclarecimentos quanto a seus objetivos, a fim de deixar claro que, ao contrário do que fazem professores e escolas, essa avaliação externa não se destina a reprovar ninguém, mas a fornecer informações aos gestores educacionais e ao público, sobre o desempenho do sistema como um todo, as escolas, regiões, municípios ou Estados que precisam melhorar seus resultados e o que é necessário fazer para promover essa melhoria (MELLO, 1993, p.101).. Os governos dos municípios do Rio Grande do Norte recebem recursos públicos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação, para que sejam destinados para a educação básica como um todo. Cabe esclarecer, por fim, que esta pesquisa terá.

(18) 17. seu foco apenas no ensino fundamental, tendo em vista que, conforme a Lei Federal nº 9.394/1996, é a prioridade dos municípios..

(19) 18. 2. ALGUNS APONTAMENTOS CONCEITUAIS. A ciência demográfica é uma área de conhecimento multidisciplinar e nesse trabalho serão abordados conceitos de duas outras ciências: a geografia e a administração. A primeira será de suma importância nessa pesquisa, tendo em vista que serão enfocadas as microrregiões do Rio Grande do Norte. Quanto à segunda, será resgatado o conceito de eficiência, que para Chiavenato (2002) é primordial no planejamento estratégico, sendo de grande importância para os resultados, pois cada município será classificado como eficiente ou ineficiente. Assim, faz-se necessário, antes, adentrar na exploração das microrregiões do estado e conhecer alguns conceitos importantes da geografia: lugar, espaço geográfico, região e regionalização. Lisboa (2007) diz que o lugar pode ser compreendido como uma parte do espaço geográfico onde, efetivamente, os indivíduos desenvolvem suas atividades cotidianas. O conceito de lugar está estreitamente ligado à valorização das relações entre os indivíduos (LEITE, 1998). Esse conceito, bem mais que uma mera localização geográfica, está relacionado às experiências e à subjetividade. Para Lisboa (2007), esse conceito está associado ao sentimento de pertencimento, de identificação pessoal com determinada área. Cada localidade possui características próprias que, em conjunto, conferem ao lugar uma identidade própria e cada indivíduo que convive com o lugar, com ele se identifica. Dessa forma, o lugar garante a manutenção interna da situação de singularidade. [...] Cada pessoa terá um lugar diferente da outra, na medida em que ambas possuem vida e cotidiano diferentes. (LISBOA, 2007, p. 30). Conforme Correa (1982), a palavra espaço é usada em diferentes escalas, de forma indiscriminada: global, regional, continental, etc. Quando criança, geralmente, a primeira concepção que se cria de espaço é o sideral, devido sua associação a planetas, estrelas, etc. No entanto, quando se fala geograficamente, é um sistema indissociável de sistemas de objetos e ações, forma ampla e complexa. Ou seja, um reflexo da relação da sociedade com o meio, configurando-se a partir da organização, finalidade e história, etc. (SANTOS, 2015)..

(20) 19. Entretanto, não é só a interferência humana que faz o espaço geográfico, mas também o simples fato de ser parte dos planos do homem, o qual é chamado de intervenção indireta. Não esquecendo que suas formas e funções, dependendo de cada sociedade, são mutáveis ao longo do tempo, adequando-se às características de cada grupo que o compõe em cada momento. Quanto ao conceito de região, esse passou por inúmeras circunstâncias de discussão dentro da própria ciência geográfica, conforme o direcionamento científico (GOMES, 1995). [...] região natural (surge a partir da inspiração da geologia e entende-se que o ambiente tem certo domínio sobre a orientação do desenvolvimento da sociedade, configurando o determinismo geográfico); região geográfica ou região-paisagem (em que admite-se que a sociedade não é determinada pelo meio em que vive, mas dele dispõe como deseja, transformando-o segundo duas possibilidades); a região homogênea e a região funcional (tendo como pressupostos análises de âmbito econômico) e o conceito de região associado ao sentimento de pertencimento da população a uma parte do espaço. (LISBOA, 2007, p. 28-29). Assim, o processo de regionalização é que permite o surgimento das regiões. Trata-se de uma divisão do espaço a partir de suas características semelhantes. Lisboa (2007) infere que para entender a regionalização é necessário estabelecer parâmetros, conforme o objetivo que se pretende, por exemplo: as diretorias de saúde, as diretorias de educação, etc. Nesse momento, será introduzido no trabalho um conceito da administração de eficiência, mas para evitar possíveis confusões será explicado conjuntamente um outro conceito que geralmente o acompanha: o de eficácia. Para explicar melhor essa diferença, o guia será Chiavenato (2003). Para o autor, eficiência é alcançar os objetivos com o mínimo de desperdício, enquanto eficácia preocupa-se, apenas, em atingir os objetivos, desconsiderando o desperdício..

(21) 20. 3. O RIO GRANDE DO NORTE E SUAS MICRORREGIÕES. O Rio Grande do Norte está localizado na região Nordeste, fazendo fronteira com o Oceano Atlântico, do norte ao leste, e com os estados da Paraíba e Ceará, pelo sul e oeste, respectivamente. Na economia, destaca-se no setor de serviços, com ênfase no turismo, na fruticultura, na produção de sal, carcinicultura, atividade petrolífera, etc. FIGURA 1: DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO RIO GRANDE DO NORTE.. Fonte: EMPARN, 2015.. O estado possui uma área de 52.811,126 km², dividida em 167 municípios. De acordo com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), sua população é de 3.168.029 de habitantes. Pode-se perceber, também, que o RN passa pelo processo de envelhecimento de sua população, associado à diminuição do número de jovens (Gráfico 1). Outro ponto a ser observado é que sua população feminina (1.619.143 habitantes) é um pouco maior que a masculina (1.548.886 habitantes)..

(22) 21. GRÁFICO 1: POPULAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE EM 2010, POR GRUPO ETÁRIO.. População do RN (Censo 2010) 80 anos ou mais 70 a 74 anos 60 a 64 anos 50 a 54 anos 40 a 44 anos. Mulheres. 30 a 34 anos. Homens. 20 a 24 anos 10 a 14 anos 0 a 4 anos 200000. 100000. 0. 100000. 200000. Fonte: Elaboração do autor (2016), a partir dos dados do Censo 2010.. Quando se observa a população, conforme sua distribuição por município, ercebe-se a existência de uma grande disparidade de algumas cidades em relação as demais, principalmente entre as três mais populosas: Natal, Mossoró e Parnamirim. Entretanto, é importante relembrar o conceito de populoso, a partir da ideia de De Souza et. al. (2013), o qual afirma que o termo populoso se refere ao número de habitantes. Então, um lugar é mais populoso que outro quando possui mais habitantes. Para analisar os índices relativos à qualidade da educação sob a ótica das microrregiões, primeiramente é preciso entender seu conceito e sua diferença em relação às mesorregiões. O Rio Grande do Norte possui 167 municípios, os quais estão divididos, pelo IBGE, em 4 mesorregiões e 19 microrregiões..

(23) 22. FIGURA 2: MESORREGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE.. Fonte: Guia Geográfico, 2014.. Conforme o IBGE (1990), as mesorregiões são áreas dentro de uma Unidade da Federação, que possuem uma organização do espaço geográfico, a partir de algumas dimensões: o processo social (como determinante), o quadro natural (como condicionante) e a rede de comunicação e de lugares (como elemento da articulação espacial). Essas dimensões permitem que o espaço delimitado como mesorregião tenha uma identidade regional. Não se pode esquecer que essa criação do IBGE é utilizada apenas para fins estatísticos, não se configurando como entidades político-administrativas autônomas. Quanto às microrregiões, segundo o IBGE (1990), são partes das mesorregiões, demonstrando especificidades quanto à organização do espaço. Essas especificidades se referem à estrutura de produção: agropecuária, industrial, extrativismo mineral ou pesca..

(24) 23. FIGURA 3: MICRORREGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE.. Fonte: EMPARN, 2014.. A organização do espaço microrregional também permite identificar as relações, ao nível local, das interações do comércio, por meio da observação do comércio de varejo ou atacado e/ou dos setores sociais básicos. Desse modo, a estrutura da produção para a identificação das microrregiões é uma constituição da distribuição, troca e consumo, incluindo atividades urbanas e rurais. Mais informações sobre cada microrregião podem ser percebidas no anexo I..

(25) 24. 4. A RELAÇÃO TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E ENSINO FUNDAMENTAL. Durante o século XIX, existia, no Brasil, certo equilíbrio entre os elevados níveis de fecundidade e mortalidade (TORRES, 1996). Ainda segundo o mesmo autor, essa constância passou por modificações, sendo alterada a partir do século XX, decorrentes, principalmente, das melhorias das condições de vida e higiene da população, resultando, por conseguinte, numa diminuição da mortalidade. O processo de transição demográfica, desse modo, refere-se às mudanças na estrutura da população a partir das alterações nas taxas de natalidade e de mortalidade, principalmente, por fatores como urbanização das cidades e melhorias médicas e sanitárias (CALDEWELL, 1976), que implicam diretamente na saúde da população. Assim, para um melhor entendimento, pode-se observar a explicação sobre transição demográfica de Alves e Cavenaghi (2012): A transição demográfica é um dos mais importantes fenômenos sociais de todos os tempos e só acontece uma vez na história de cada país. A transição demográfica sempre começa com a queda das taxas de mortalidade (e o consequente aumento da esperança de vida) e, depois de um determinado lapso de tempo (que varia de país apaís) as taxas de natalidade também iniciam um processo de declínio. No Brasil as taxas de mortalidadecomeçaram a cair ainda no século XIX e se aceleraram depois da Segunda Guerra Mundial, atingindo os níveismais baixosem torno de 2010. (ALVES; CAVENAGHI, 2012, p. 6). No século passado, os níveis de mortalidade, a partir dos anos 40, começaram a declinar e a fecundidade teve sua redução somente por volta dos anos 60. Para uma melhor compreensão da importância desse processo e as mudanças na estrutura da população brasileira, pode-se observar o gráfico 2 (abaixo), retratando as transformações da pirâmide do Brasil entre os período de 1970 a 2010, com base nos dados dos censos demográficos..

(26) 25. GRÁFICO 2: PIRÂMIDES ETÁRIAS DO BRASIL, POR SEXO E IDADE, DE 1970 A 2010.. Fonte: ALVES; CAVENAGHI, 2012.. A partir do gráfico 2, percebe-se que o resultado da transição demográfica, é a mudança na estrutura etária do país. É o resultado da diminuição das taxas de fecundidade que, consequentemente, se reflete na redução do tamanho das famílias, diminuindo também a base da pirâmide. Consoante Alves e Cavenaghi (2012), o efeito do conjunto das quedas das taxas de mortalidade e fecundidade, faz com que o país passe por um processo de envelhecimento, ou seja, estreitamento da base da pirâmide e um alargamento do topo da pirâmide, no futuro. O declínio das taxas de mortalidade tem, como efeito, o aumento da esperança de vida e assim um aumento da longevidade. No gráfico 3 pode-se perceber que a expectativa de vida no Brasil saltou de 53,46 anos (1970), para 73,5 anos (2010), uma diferença de pouco mais de 20 anos, com base nos dados dos censos demográficos..

(27) 26. GRÁFICO 3: ESPERANÇA DE VIDA NO BRASIL PARA O PERÍODO DE 1970 A 2010. 75 73,5 70,4. 70 65,78. 65 62,8. Esperança de vida. 60. 55 53,46 50 1970. 1980. 1991. 2000. 2010. Fonte: IBGE (2013), Séries Estatísticas.. A transição demográfica, segundo Santos (2016), está dividida em quatro fases. A primeira é caracterizada pelas elevadas taxas de mortalidade e natalidade. Na segunda, a taxa de mortalidade sofre uma queda, porém a taxa de natalidade permanece alta. Na terceira, configura-se já a redução da taxa de mortalidade e inicia-se a redução da taxa de natalidade. Na quarta e última etapa, há a baixa das taxas, tanto de mortalidade quanto de natalidade. O Brasil está passando pela terceira etapa da transição demográfica. Conforme afirma Santos (2016): O caso brasileiro apresenta transições de mortalidade e fecundidades bastante adiantadas, configurando estar passando pela terceira fase da transição demográfica. No entanto, é interessante destacar que, em virtude da variedade de situações que o país apresenta nas mais diversas regiões em relação à transição demográfica, que este ainda não alcançou um estágio de equilíbrio demográfico, com baixas taxas de mortalidade e natalidade. (SANTOS, 2016, p. 24). O Brasil é um país muito grande em tamanho e variedades, não existindo, assim, uma uniformidade, pelo contrário, talvez na escolha de uma palavra que o representasse, a melhor seria “diversidade”. A variedade de situações apresentadas pelo Brasil segue a ideia de Vasconcelos e Gomes (2012), afirmando que o processo de transição demográfica pode acontecer em velocidades diferentes, de acordo com a região e conforme podemos observar no gráfico 4, abaixo..

(28) 27. Taxa de Fecundidade. GRÁFICO 4: TAXA DE FECUNDIDADE DAS REGIÕES BRASILEIRAS ENTRE 1950 E 2010. 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0. 1950. 1960. 1970. 1980. 1991. 2000. 2010. Norte. 7,97. 8,56. 8,15. 6,45. 4,2. 3,16. 2,47. Sul. 5,7. 5,89. 5,42. 3,63. 2,51. 2,24. 1,78. Nordeste. 7,5. 7,39. 7,53. 6,13. 3,75. 2,69. 2,06. Centro Oeste. 6,86. 6,74. 6,42. 4,51. 2,69. 2,25. 1,92. Sudeste. 5,45. 6,34. 4,56. 3,45. 2,36. 2,1. 1,7. Fonte: Elaboração do autor, adaptado de Santos (2016).. O gráfico 4 mostra que, no decorrer de 50 anos, a região Norte manteve taxa de fecundidade maior que as demais e, mesmo assim, comparando a década de 1950 com a década de 2010, percebe-se um declínio de aproximadamente 70%. A região Nordeste que, inicialmente, sucedia a região Norte, teve uma redução aproximada de 72,5%. Quanto ao Centro Oeste, esta é a região com a terceira maior taxa de fecundidade, entretanto ocorreu uma diminuição de quase 72%. As regiões Sul e Sudeste, em todo o período, apresentaram as menores taxas e ambas tiveram diminuição de 69%. Essas diferenças entre as regiões brasileiras são resultantes dos mais diversos fatores como: maior acesso da mulher no mercado de trabalho, acesso a educação, etc. Conforme Brito (2007), considerando os estados e regiões, em sua totalidade, o Norte e o Nordeste são os mais atrasados na percepção da transição demográfica, quando comparados com as regiões Sul e Sudeste. No entanto, um ponto não pode deixar de ser considerado: as regiões e seus respectivos estados são abertos, ou seja, estão sujeitos ao fluxo migratório. Desse modo, as estruturas etárias não dependem apenas da fecundidade. De acordo com Santos (2016), o processo de transição demográfica brasileira é identificado pela modificação da natureza reprodutiva, que resultou na diminuição do número médio de filhos por mulheres, além das mulheres optarem pela maternidade com a idade mais.

(29) 28. avançada. Esse processo de transição, que vem modificando a estrutura da população no Brasil como um todo, aponta, dentre essas mudanças, como uma das consequências da redução da taxa de natalidade, a diminuição do número de matrículas no ensino fundamental, como pode ser percebido nos dados dos censos escolares (gráfico 5). GRÁFICO 5: NÚMERO DE MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL DO RN (2005 A 2015). 600000. Nº de Matrículas. 570000 540000 510000. Nº de Matículas. 480000. 2015. 2014. 2013. 2012. 2011. 2010. 2009. 2008. 2007. 2006. 2005. 450000. Ano Fonte: Elaboração do autor, a partir dos dados dos censos escolares.. Percebe-se, no gráfico 5, que ao longo dos dez anos apresentados, o número de matriculas no ensino fundamental do RN, referente às redes municipais, estadual e privada, estão em declínio. A rede federal não foi aqui analisada em virtude de apresentar valores insignificantes se comparados com as demais redes de ensino. Enquanto em 2005 o número de matículas era de 589.664, em 2015 foi de 486.454, uma redução de, aproximadamente, 17,5%..

(30) 29. 5. O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA. A educação brasileira, na perspectiva histórica, conforme De Rezende Pinto (2000), é dividida em períodos, mais especificamente em três. No primeiro (15491759), o Estado atribuiu exclusivamente aos jesuítas, a função de ensinar. No segundo período, da expulsão dos jesuítas até o final da República Velha, a educação era financiada de forma autônoma. E o terceiro período, a partir da Constituição Federal de 1934, foram estabelecidos percentuais mínimos dos recursos para a educação. No entanto, foi a partir da Constituição Federal de 1988 que aconteceram as principais mudanças na educação brasileira, dentre elas: a garantia da educação como direito social, a descentralização política e a vinculação constitucional de recursos públicos para a educação. Ficou estabelecida a responsabilidade da União, Estados, Distrito Federal e Municípios pela administração do sistema educacional no Brasil, organizando, assim, o ensino público em três sistemas (municipal, estadual e federal), devendo funcionar de forma colaborativa. Além disso, conforme De Castro (2008), a Constituição de 1988 buscou assegurar o cumprimento da educação como direito social e definiu as fontes de financiamento da educação. A Lei nº 9.394/1996, por sua vez, vinculou a educação ao trabalho e à prática social, além de estabelecer as fontes de financiamento para os gastos educacionais. Na Constituição Federal de 1988, cada esfera (municipal, estadual e federal) deve empregar percentuais de seus recursos em educação, os quais devem incidir sobre suas receitas. O art. 212 da Constituição e o art. 69 da Lei nº 9.394/1996 estabelecem que a União deverá aplicar, anualmente, no mínimo 18%. Já os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no mínimo 25% da receita resultante de impostos, compreendida aquela proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. O art. 212, § 5º, da Constituição Federal de 1988, também prevê outro modo de recursos para educação, que é o salário-educação, decorrente das contribuições de 2,5%, oriundas das empresas, instituições públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social e que, conforme De Rezende Pinto e Adrião (2006), é uma contribuição destinada somente para o ensino fundamental público..

(31) 30. A Emenda Constitucional nº 14, de 1996, criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), o qual tem tempo previsto de 10 anos de duração e, como novidade, a mudança da estrutura de financiamento do Ensino Fundamental no Brasil. O FUNDEF subvinculou parte dos recursos que, constitucionalmente, eram destinados para a educação, alterando os 25%, antes previsto pela Constituição de 1988, para 60%, afim de atender à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, objetivando sua universalização. Da sua composição fazem parte: - Fundo de Participação de Estados (FPE); - Fundo de Participação dos Municípios (FPM); - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); - Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações (IPIexp); - Ressarcimento pela desoneração de exportações de que trata a Lei Complementar nº 87/1996 (Lei Kandir); - Complementação da União (quando necessário). Os recursos do FUNDEF eram utilizados de duas formas. Na primeira, 60% dos recursos, no mínimo, deveriam ser destinados para a remuneração dos profissionais do magistério. E a segunda que, 40%, no máximo, em ações de manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental. Dez anos depois da criação, o FUNDEF chega ao seu fim, no ano de 2006. De acordo com De Rezende e Adrião (2006), desenhava-se uma crise quanto ao financiamento da educação por parte dos municípios, uma vez que estes não tinham condições de manter seus alunos, situação bem diferente dos Estados, numa situação bastante confortável. Assim, por meio da Emenda Constitucional nº 53 de 2006, surge o FUNDEB, modificando alguns pontos da Emenda Constitucional nº 14 de 1996, como, por exemplo, o aumento da colaboração dos Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que era de 15% até 2006, para 16% em 2007, 18% em 2008 e,a partir de 2009,20% de suas receitas provenientes de impostos e transferências. No mínimo, 60% do montante anual devem ser destinados à remuneração dos profissionais do magistério. O que sobra, limitado até 40% do total, deve ir para diversas despesas para a manutenção e desenvolvimento da educação básica. Há também alguns impedimentos na utilização dos recursos do FUNDEB, quais sejam: - Ações do ensino superior;.

(32) 31. - Educação oferecida por instituições de ensino de natureza privada que não atendam alunos da educação especial, de creches e pré-escola, e não sejam comunitárias, confessionais ou filantrópicas, sem fins lucrativos e conveniadas com o poder público; - Etapas da educação básica de responsabilidade de outro ente governamental; - Despesas de outros exercícios, ainda que relacionadas à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica; - Ações não caracterizadas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica. Consoante Baptistelli (2009), os recursos do FUNDEB têm validade até 2020 e destinam-se a financiar a educação básica (creche, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos). O governo federal, inicialmente, contribuiu, em 2007, ao Fundo, 2 bilhões de reais, aumentando para 3 bilhões de reaisem 2008, 5 bilhões de reais em 2009 e, a partir de 2010, 10% do montante resultante da contribuição de Estados e Municípios. O FUNDEB é composto das seguintes receitas: - Fundo de Participação dos Municípios (FPM); - Fundo de Participação dos Estados (FPE); - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); - Desoneração das Exportações; - Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações (IPIexp); - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD); - Cota parte de 50% do Imposto Territorial Rural- ITR devida aosmunicípios; - As receitas da dívida ativa e de juros e multas incidentes sobre as fontes acima relacionadas. Desse modo, essas leis, criadas a apartir da Constituição Federal, às quais se referem aos gastos em educação, servem para firmar as responsabilidades das esferas dos governos no tocante à designação dos seus recursos, a fim de assegurar a manutenção e o desenvolvimento da educação no país. Com isso, um assunto preocupou grande parte da população brasileira, no final do ano de 2016, levando a inúmeros movimentos que protestavam a criação de uma proposta de emenda constitucional. Trata-se da PEC 241, na câmara dos deputados e que.

(33) 32. depois passou a ser denominada de PEC 55 no senado federal e que, após aprovada, transformou-se na Emenda Constitucional nº 95. Essa emenda limita as despesas e os investimentos públicos, tendo como base os valores do ano anterior, corrigidos pela inflação. Sua validade é de 20 anos, porém, a partir do décimo ano, o Presidente da República em exercício, por meio de Projeto de Lei Complementar, poderá alterar essa correção das despesas públicas. Para a educação, o ano base será 2017, em virtude do percentual mínimo de arrecadação determinado pela Constituição Federal. Para Amaral (2016), enquanto a Constituição Federal estabelece um piso, a emenda constitucional nº 95 impõe um teto, não permitindo maiores investimentos na educação, além do estabelecido..

(34) 33. 6. 6.1. METODOLOGIA E BANCO DE DADOS. DADOS. A pesquisa utilizou três bancos de dados. O primeiro foi provido pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE), o qual oferta os demonstrativos de receita e despesas de cada município dos recursos do FUNDEB. O segundo e o terceiro foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), e referem-se, respectivamente, aos microdados do Censo Escolar e os resultado e metas do IDEB.. a) Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação – SIOPE. O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE) foi instituído pela Portaria nº 6, de 20 de junho de 2006, do Ministério da Educação. Trata-se de um sistema eletrônico desenvolvido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com o propósito de coletar, processar, disseminar e permitir acesso público às informações inerentes aos orçamentos da educação (União, estados e municípios). Seu principal objetivo é divulgar para a sociedade o quanto é investido, efetivamente, pelos governos, na educação brasileira. Isso permite o fortalecimento dos mecanismos de controle da sociedade em relação aos gastos na manutenção e no desenvolvimento do ensino.. b) Censo Escolar. O Censo Escolar está regulamentado pela Portaria nº 316, de 04 de abril de 2007, do Ministério da Educação, sendo o principal instrumento de coleta de.

(35) 34. informações referentes à educação básica. Além disso, é considerado o mais importante levantamento estatístico da educação brasileira. Sua coordenação compete ao Instituto Nacional de Pesquisa Educacional Anísio Teixeira - INEP, órgão vinculado ao MEC, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação, como também a participação de todas as escolas do país (públicas e privadas). Ele é imprescindível para observar o panorama da educação do país, que, aliado a outros indicadores, a exemplo do IDEB, permite aos governantes buscar melhorias nas políticas públicas na área da educação.. c) Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB foi criado pelo INEP, em 2007, e é considerado o mais importante indicador no que se refere à qualidade da educação básica brasileira. Para sua aferição, o IDEB faz uso de uma escala que vai de 0 a 10. O Brasil tem como meta atingir a média 6.0 até 2021, nota correspondente ao patamar educacional de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Inglaterra e Suécia. Embora seu caráter seja quantitativo, a pesquisa não pode se negar à abordagem qualitativa, uma vez que ambas apresentam diferenças com pontos fracos e fortes, mas que se complementam e são fundamentais para o desenvolvimento da Ciência (ALVESMAZZOTTI; GEWANDSZNAJDER, 1998). Os dados do IDEB e do SIOPE são de fácil acesso e não precisam de nenhuma ferramenta especial, como softwares específicos, para captá-los. Já o número de matrículas da rede municipal, que são obtidos pelo Censo Escolar, estes requerem a utilização de um software mais sofisticado; para tanto, nessa pesquisa será utilizado software SPSS, fornecendo meios para filtrar as informações. Desse modo, as variáveis selecionadas são: o número de matrículas da rede municipal de ensino (obtidos no Censo Escolar, fornecido pelo INEP); as despesas de cada município realizadas com a Educação Fundamental (informações obtidas no SIOPE); e, por fim, os resultados do IDEB (fornecidos pelo INEP)..

(36) 35. 6.2. INSTRUMENTOS DE VERIFICAÇÃO. O propósito deste trabalho, como já mencionado, é analisar a qualidade dos gastos públicos dos municípios do RN e, para isso, o guia será a metodologia de Brunet, Bertê e Borges (2008), também utilizada por Silva (2011). Esses autores mostram que esse tipo de verificação poder ser realizada por meio do seguinte indicador:. IQ . Indicador de desempenho Indicador de despesa. O Índice da Qualidade da educação (IQ) é o resultado da razão entre o indicador de desempenho e o indicador de despesa, ambos devendo se referir ao mesmo ano. Realizando esse cálculo para cada município do RN, será possível classificá-los quanto à qualidade dos gastos públicos na educação fundamental. Em seguida, para se chegar a um resultado final, será necessário o uso do tratamento estatístico Escore Padronizado pelo Método da Função de Distribuição Acumulada Normal. Desse modo, os resultados dos indicadores de desempenho e de despesa serão refletidos na seguinte função:. 1 n 1  D    ( i   )   n i 1   Onde: D é indicador de desempenho; n é o número e municípios do estado;  é o escore bruto da variável de desempenho; é a média dos escores brutos de desempenho de todos os municípios do RN; é o desvio padrão dos escores brutos de desempenho de todos os municípios do RN. O indicador de desempenho permitirá observar quais municípios apresentam melhor desempenho dos estudantes, com os valores variando entre 0 e 1. Os.

(37) 36. valores mais próximos a 1 apresentam um bom desempenho dos estudantes. Quando ao indicador de despesa, este tem comportamento inverso ao indicador de desempenho. Os valores do indicador de despesa também variam entre 0 e 1, e quanto mais mais próximos a 1 maior será a despesa realizada.. G. 1 s    t   t  m . Onde: G é o Indicador de despesa municipal; s é a despesa municipal em educação; m é o total de matrículas na rede municipal; é a média da despesa por aluno de todos os municípios da RN no mesmo período de tempo t; é o desvio padrão da despesa por aluno de todos os municípios da RMN no mesmo período de tempo t. Permitindo realizar um comparativo entre os municípios do RN, o indicador de desempenho vai observar o retorno, em termos de desempenho escolar, considerando as despesas realizadas de cada município com a educação. Então, espera-se que o Índice de Qualidade do Gasto seja igual a 1, significando que a despesa realizada está tendo retorno em termos de desempenho. Caso seja menor que 1, representa ineficiência dos gastos públicos. Caso a qualidade do gasto seja maior ou igual a 1, caracterizam-se os municípios como eficientes, devido o indicador de desempenho ser maior que o indicador de gasto..

(38) 37. 7. RESULTADOS. O propósito inicial era realizar o comparativo entre o índice de qualidade da educação entre todos os 167 municípios do RN. No entanto, alguns municípios, 26 ao todo (listados abaixo), não foram incluídos nessa pesquisa, devido ao fato de que, nos bancos de dados utilizados, estavam faltando informações referentes às notas do IDEB e/ou os valores das despesas de cada município, realizadas com a Educação Fundamental. Os municípios excluídos da pesquisa foram: Almino Afonso, Alto do Rodrigues, Arês, Barcelona, Caiçara do Norte, Canguaretama, Caraúbas, Galinhos, Guamaré, Ielmo Marinho, João Câmara, Jundiá, Lagoa Salgada, Lucrécia, Monte das Gameleiras, Paraná, Passa e Fica, Rafael Fernandes, São José do Campestre, São Vicente, Senador Elói de Souza, Tenente Laurentino Cruz, Tibau, Triunfo Potiguar, Várzea. Assim, realizamos o cálculo do Índice de Qualidade do Gasto proposto por Brunet, Bertê e Borges (2008), para 141 municipios do Rio Grande do Norte e os resultados serão analisados em três cenários: entre os municípios de cada microrregião, entre as microrregiões e entre todos os municípios, respectivamente. Isso permitirá fazer comparações de formas distintas, de caráter amplo e de caráter mais restrito. Para analisar os resultados serão usados dois aliados: tabelas e gráficos. Nas tabelas, os municípios serão classificados como eficientes ou ineficientes, conforme os resultados dos Índices de Qualidade da Educação. Quanto aos gráficos, permitirão uma compreensão visual dos índices de qualidade dos municípios. Outra ferramenta também utilizada é o gráfico de dispersão. Este será formulado para cada microrregião; sendo representada, no eixo das abcissas, a despesa por aluno para cada município, no eixo das ordenadas representando o seu respectivo desempenho. Assim, a bissetriz pode ser considerada a fronteira de desempenho mínimo, configurando-se, assim, uma situação de equilíbrio entre a despesa e o desempenho..

(39) 38. 7.1. ANÁLISE DOS RESULTADOS POR MICRORREGIÃO. a) Microrregião Mossoró. Em conformidade com a tabela 1, abaixo, podem ser observados os indicadores de despesas (G), os indicadores de desempenho (D) e os respectivos índices de qualidade (IQ). Percebe-se que, de acordo com a classificação de Brunet, Bertê e Borges (2008), todos os municípios da microrregião de Mossoró estão enquadrados na categoria dos “eficientes”. TABELA 1- INDICADOR DE DESPESA, DESEMPENHO E QUALIDADE DOS GASTOS PARA OS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO MOSSORÓ, 2015.. Municípios Areia Branca. D 0,622. G 0,278. IQ 2,233. Classificação Eficiente. Baraúna. 0,416. 0,341. 1,220. Eficiente. Grossos. 0,383. 0,336. 1,140. Eficiente. Mossoró. 0,984. 0,377. 2,606. Eficiente. Serra do Mel. 0,288. 0,282. 1,021. Eficiente. Fonte: Elaboração do autor (2017).. Dessa forma, é percebido que os municípios que obtiveram os melhores índices de desempenho, respectivamente, foram: Mossoró, Areia Branca, Baraúna, Grossos e Serra do Mel. Quanto aos índices de despesas, a classificação passa a ser a seguinte: Areia Branca, Serra do Mel, Grossos, Baraúna e Mossoró. A partir de agora, proceder-se-á com a análise do gráfico 6, que retrata a relação entre os indicadores de despesa e de desempenho para a microrregião de Mossoró, na página seguinte..

(40) 39. GRÁFICO 6: RELAÇÃO ENTRE OS INDICADORES DE DESPESA E DESEMPENHO PARA A MICRORREGIÃO DE MOSSORÓ, 2015.. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. O gráfico 6 permite inferir que, embora Mossoró tenha a maior despesa, também obteve o melhor desempenho em relação aos demais, resultando no melhor índice de qualidade, seguido – respectivamente - por Areia Branca, Baraúna, Grossos e Serra do Mel. Sendo que esse último município está bem próximo da bissetriz, a qual é a fronteira do equilíbrio entre a despesa e o desempenho, conforme anteriormente explicitado.. b) Microrregião Chapada do Apodi. Segundo a tabela 2, na página consecutiva, são observados os indicadores de despesas (G), os indicadores de desempenho (D) e os respectivos índices de qualidade (IQ). Percebe-se que, conforme a classificação de Brunet, Bertê e Borges.

(41) 40. (2008), os municípios de Apodi e Felipe Guerra estão na categoria enquadrada como “eficientes”. Somente o município de Governador Dix-Sept Rosado foi considerado ineficiente. TABELA 2– INDICADOR DE DESPESA, DESEMPENHO E QUALIDADE DOS GASTOS PARA OS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO CHAPADA DO APODI, 2015.. Municípios Apodi. D 0,821. G 0,719. IQ 1,141. Classificação Eficiente. Felipe Guerra. 0,963. 0,492. 1,959. Eficiente. Governador Dix-Sept Rosado. 0,232. 0,363. 0,639. Ineficiente. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. Dessa forma, é percebido que os municípios que obtiveram os melhores índices de desempenho, em ordem decrescente dos respectivos desempenhos, foram: Felipe Guerra, Apodi e Governador Dix-Sept Rosado. Quanto aos índices de despesas, a classificação em ordem crescente é: Governador Dix-Sept Rosado, Felipe Guerra e Apodi. A partir de agora, proceder-se-á com a análise do gráfico 7, que retrata a relação entre os indicadores de despesa e de desempenho para a microrregião da Chapada do Apodi, na página subsequente..

(42) 41. GRÁFICO 7: RELAÇÃO ENTRE OS INDICADORES DE DESPESA E DESEMPENHO PARA A MICRORREGIÃO CHAPADA DO APODI, 2015.. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. O gráfico 7 permite perceber que, embora Felipe Guerra tenha a maior despesa, também obteve o melhor desempenho em relação aos demais, resultando no melhor índice de qualidade, seguido pelo município de Apodi. Quanto à Governador Dix-Sept Rosado, embora tenha tido a menor despesa, seu desempenho foi bem inferior, resultando num índice de qualidade da fronteira do equilíbrio.. c) Microrregião Médio Oeste. Segundo a tabela 3, observam-se os indicadores de despesas (G), os indicadores de desempenho (D) e os respectivos índices de qualidade (IQ). Percebe-.

(43) 42. se que, conforme a classificação de Brunet, Bertê e Borges (2008), somente os municípios de Campo Grande e Messias Targino estão enquadrado nas categorias de eficientes. Já Janduís, Paraú e Upanema foram considerados ineficientes. TABELA 3 – INDICADOR DE DESPESA, DESEMPENHO E QUALIDADE DOS GASTOS PARA OS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO MÉDIO OESTE, 2015.. Municípios Campo Grande. D 0,451. G 0,160. IQ 2,814. Classificação Eficiente. Janduís. 0,554. 0,990. 0,560. Ineficiente. Messias Targino. 0,206. 0,091. 2,274. Eficiente. Paraú. 0,350. 0,480. 0,730. Ineficiente. Upanema. 0,319. 0,411. 0,775. Ineficiente. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. Dessa forma, é percebido que os municípios que obtiveram os melhores índices de desempenho, respectivamente, foram: Janduís, Campo Grande, Paraú, Upanema e Messias Targino. Quanto aos índices de despesas, a classificação é: Messias Targino, Campo Grande, Upanema, Paraú e Janduís. A partir de agora, proceder-se-á com a análise do gráfico 8, que retrata a relação entre os indicadores de despesa e de desempenho para a microrregião do Médio Oeste, na página seguinte..

(44) 43. GRÁFICO 8: RELAÇÃO ENTRE OS INDICADORES DE DESPESA E DESEMPENHO PARA A MICRORREGIÃO MÉDIO OESTE, 2015.. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. O gráfico 8 permite observar que, embora Campo Grande não tenha a menor despesa ou melhor desempenho, o equilíbrio resultou no melhor índice de qualidade, seguido de Messias Targino. Quanto aos municípios de Upanema, Paraú e Janduís não existiu o equilíbrio esperado e, consequentemente, seus índices de qualidade ficaram abaixo da fronteira do equilíbrio – bissetriz do gráfico.. d) Microrregião Vale do Açu. Segundo a tabela 4, podem ser observados os indicadores de despesas (G), os indicadores de desempenho (D) e os respectivos índices de qualidade (IQ). Percebe-se que, conforme a classificação de Brunet, Bertê e Borges (2008), os.

(45) 44. municípios de Açu, Ipanguaçu, Itajá e Jucurutu estão na categoria de eficientes. Já Carnaubais, Pendências, Porto do Mangue e São Rafael foram considerados ineficientes. TABELA 4 – INDICADOR DE DESPESA, DESEMPENHO E QUALIDADE DOS GASTOS PARA OS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO VALE DO AÇU, 2015.. Municípios Açu. D 0,654. G 0,138. IQ 4,736. Classificação Eficiente. Carnaubais. 0,416. 0,525. 0,793. Ineficiente. Ipanguaçu. 0,485. 0,309. 1,568. Eficiente. Itajá. 0,451. 0,215. 2,098. Eficiente. Jucurutu. 0,588. 0,177. 3,318. Eficiente. Pendências. 0,654. 0,781. 0,838. Ineficiente. Porto do Mangue. 0,140. 0,155. 0,902. Ineficiente. São Rafael. 0,288. 0,340. 0,848. Ineficiente. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. Dessa forma, é percebido que os municípios que obtiveram os melhores índices de desempenho, respectivamente, foram: Açu, Pendências, Jucurutu, Ipanguaçu, Itajá, Carnaubais, São Rafael e Porto do Mangue. Quanto aos índices de despesas, a classificação é: Açu, Porto do Mangue, Jucurutu, Itajá, Ipanguaçu, São Rafael, Carnaubais e Pendências. Proceder-se-á, agora, com a análise do gráfico 9, que retrata a relação entre os indicadores de despesa e de desempenho para a microrregião do Vale do Açu, na página seguinte..

(46) 45. GRÁFICO 9: RELAÇÃO ENTRE OS INDICADORES DE DESPESA E DESEMPENHO PARA A MICRORREGIÃO VALE DO AÇU, 2015.. Fonte: Elaboração do autor, 2017.. O gráfico 9 permite observar que Açu obteve a menor despesa e o melhor desempenho, resultando no melhor índice de qualidade; seguido por Jucurutu, Itajá e Ipanguaçu. Quanto aos municípios de Porto do Mangue, São Rafael, Pendências e Carnaubais não existiu o equilíbrio esperado e, consequentemente, seus índices de qualidade ficaram abaixo da fronteira do equilíbrio.. e) Microrregião Serra de São Miguel. Segundo a tabela 5, pode-se observar os indicadores de despesas (G), os indicadores de desempenho (D) e os respectivos índices de qualidade (IQ). Percebese que, conforme a classificação de Brunet, Bertê e Borges (2008), os municípios de.

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