• Nenhum resultado encontrado

Facebook fortalece laços familiares de idosos imigrantes

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Facebook fortalece laços familiares de idosos imigrantes"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Facebook fortalece laços familiares de idosos imigrantes

Gabriela Correia de Almeida Goldstein

s redes sociais favorecem a comunicação em diferentes contextos, e são frequentemente utilizadas para amizades, atualizar conhecimentos, compartilhar opiniões, trabalhar e muitas outras possibilidades, sendo importante aliadas no processo de inclusão digital. O contexto abordado neste artigo diz respeito à comunicação entre pessoas e, mais especificamente, de uma mesma família, separadas pelo processo da imigração, movimento muito forte ocorrido durante o século passado. Trata-se de um estudo de caso, de natureza qualitativa, com o intuito de levar o leitor a uma reflexão sobre o Facebook e sua influência no fortalecimento dos “laços familiares” de uma família de emigrantes portugueses residente no Brasil. As questões norteadoras deste texto são: é realmente possível fortalecer os laços familiares a partir de uma rede social? Ela está acessível aos idosos? Quais são os benefícios relatados?

No tempo de Salazar, Portugal, além de isolado dos outros países, vivia em situação de grande pobreza, motivo que levou muitos portugueses a emigrar. (GAMA, 2009). Os emigrantes que conseguiam trabalho em outros países mandavam sua poupança à família que ficara em Portugal, à esposa e filhos. Muitos portugueses, depois de algum tempo, regressavam à “terrinha” e conseguiam viver em suas terras com boas “melhorias”. Outros, depois de já instalados e empregados no novo país, optavam por mandar dinheiro à família para que viesse ao seu encontro, sempre buscando oportunidades de uma vida melhor.

Na década de 60, para fugir do desemprego e da guerra colonial, os imigrantes dirigiram-se, preferencialmente, para países europeus, Estados Unidos e outros poucos para o Brasil, já não tão interessante como fora em tempos anteriores, mas que ainda recebia muitos portugueses (SANTOS, 2004).

(2)

Diante de milhões de portugueses emigrantes espalhados pelo mundo, afastados de suas raízes e de parte da família, é possível imaginar inúmeros laços, saudosos, fragilizados e por fim interrompidos com a distância. Muitos já idosos, outros que nem tiveram tempo de voltar para sua terra, mesmo que brevemente, para matar as saudades. Diante desse ríspido cenário, algumas soluções foram encontradas por portugueses que buscam reatar os laços familiares não só com o intuito de preservá-los, mas de perpetuá-los.

Na era da velocidade, da comunicação virtual, da impessoalidade das páginas da internet e dos relacionamentos mediados pela tela do computador, temos, hoje, a tecnologia a nosso favor. Uma forma bastante viável, barata, acessível e simples de se manter conectado com suas próprias raízes, mesmo estando a 7486.76 km de distância de seus familiares.

Este artigo apresenta a história de uma família de emigrantes portugueses que mantém, fortalece e perpetua seus “laços familiares” por meio das redes sociais. A narração é de José David Venâncio Correia, de 62 anos de idade, residente no Brasil desde 1961.

Foto do arquivo pessoal de José David: “A família” em julho de 1953.

Na época, Manuel Correia já estava no Brasil; para completar a foto utilizaram uma montagem com foto 3x4.

A família e suas raízes

(3)

nascido em área agrícola de subsistência e sob o comando de um governo totalitário, de doutrina fascista, voltado para o domínio das classes que dominavam o país desde os tempos do Império, viu-se na obrigação de buscar a sorte noutras terras longínquas e imigrou para o Brasil.

Passados 8 anos, julgando já ser demasiado o tempo longe da terra, da esposa e dos filhos que não via crescer, apesar de acompanhar todos os acontecimentos pelo insistente vai e vem de cartas, resolve dar um fim a tudo isso e retornar.

Ao comunicar tal decisão à sua esposa esta imediatamente intervém e responde-lhe que não faça isso, mas que inverta a situação, juntando a família toda a ele e livre seus quatro filhos, aos quais ainda cabia o serviço militar obrigatório de dois anos, das garras do fascismo e das guerras estúpidas que alimentavam nas colônias, as quais insistiam em gerenciar como se Deuses fossem.

Estava ela cansada de ver corpos de filhos de residentes da mesma província serem devolvidos às famílias, encaixotados e cobertos por uma bandeira que honraram, mas que também era usada para induzi-los a morrer, com as mentiras de sempre que advêm desses tipos de lideranças. Foi feito, e em 7 de abril de 1961, ao raiar do dia, sua família, esposa e filhos, desembarcou do transatlântico Vera Cruz no porto de Santos, após uma espera de 18 horas, ao largo da costa.

Nesta sorte de vida ficaram para trás avós, tios, primos e amigos que a todos eram caros. Ficou para trás o berço que os viu nascer e, àquela altura do desenvolvimento humano, não se podia enxergar muitas possibilidades de se voltar a ter contatos mais estreitos com todos aqueles que ficaram e eram muito amados. Assim, as cartas eram o meio de manter os laços bem apertados, que se seguiram durante todas as décadas de 60 e 70, quando então o telefone os fazia ouvir e chorar, após a queda do fascismo e conquista da democracia.

Vieram algumas viagens e a renovação das esperanças de maior proximidade. Veio por fim a internet, que consolidou a proximidade, a ligação afetiva com as origens, com a história, com o sangue e, acima de tudo, com os afetos que insistiram em conservar. Felizmente, até mesmo os que já habitam o “Mundo Maior” tiveram tempo de demonstrar seu amor àqueles que ficaram “Além-Mar”, antes de partir.

Pela internet, já em 1999, os contatos ficaram bastante estreitos. Todos os fins de semana um pequeno ramo da família no Brasil fazia contato com outro pequeno ramo em Portugal, por vídeo e áudio. Havia troca de videomails, e mesmo os mais velhos, já com idades entre 75 e 85 anos, àquela altura participavam emocionados. Vieram o Facebook e uma proximidade maior não só com familiares “Além-Oceano”, mas com amigos de infância que, aos poucos, foram se descobrindo.

(4)

O mais recente não é nada menos que um juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, o qual frequentou a mesma escola primária e fez parte das muitas brincadeiras de outros tempos”.

José David Venâncio Correia

Transatlântico Vera Cruz, Lisboa, 1961

Reflexões sobre a narrativa

A narrativa de José David Venâncio Correia remete à reflexão dos benefícios de se preservar os laços familiares com aqueles que estão longe, mas que são nossos referenciais de família. Não somente mantém o laço familiar com quem já os tem, mas apresenta essa “família” às demais gerações, como filhos, netos e sobrinhos, estimulando a intergeracionalidade e fazendo com que os familiares se conheçam por meio de fotos disponíveis na página da rede. O acompanhamento dos acontecimentos importantes publicados na “linha do tempo”, a divulgação dos aniversários, as confraternizações, fotos de férias etc. são recursos que aproximam os familiares e nutrem essa “convivência virtual”. Ampliemos nossa reflexão para as questões políticas e sociais, pois com o uso da rede social é possível o acompanhamento dos fatos ocorridos em seu país de origem. O compartilhamento de fotos, vídeos e outras postagens permite uma troca afetiva, o início de novos vínculos e a possível manutenção deles. A comunicação pela rede transporia o passado e inscreveria o sujeito no contexto

(5)

de ressignificação de suas raízes, considerando que o emigrante quando parte de sua terra deixa para trás não só parte de sua família, mas sua história. José David, que se mantém atualizado com os importantes acontecimentos políticos e sociais de sua terra natal, expõe sua opinião na rede e compartilha com sua família, de ambos os países, suas crenças e opiniões. Possibilita que seus filhos e sobrinhos, que fazem parte de sua rede, fiquem a par desse conteúdo e troca de comunicação, estimulando o interesse de ambos em cultivar esses laços, sejam eles familiares e/ou com a nação.

O Facebook é a maior rede social do mundo, criada em 2004 por Mark Zuckerberg, acessível a qualquer pessoa com internet e disponível em diversos idiomas. Benevenuto (2010) afirma que se o Facebook fosse um país, seus 500 milhões de usuários registrados colocariam a “rede” como terceiro país mais populoso do mundo, número que se atualiza constantemente.

Hoje, já podemos dizer que o Facebook, com mais de 1 bilhão de usuários ativos, seria proporcional ao país mais populoso do mundo, e teríamos 15% da população humana interligada direta ou indiretamente nessa rede (ROXO, 2012). O número total de usuários ainda diverge um pouco na literatura: Pascoa e Gil (2012) dizem que a rede possui mais de 800 milhões de usuários em nível mundial, lembrando que em Portugal são mais de 4 milhões de usuários ativos.

As estatísticas sobre o uso da rede mostram que a distância nos tempos atuais já não é um problema que leva muitas famílias a se afastarem e a não cultivar seus hábitos, sua cultura, seus laços de sangue. Muitas pessoas, jovens e/ou idosos, recorrem às ferramentas virtuais como recurso para “driblar” a distância e a saudade de seus familiares.

As ferramentas disponíveis no Facebook, que utilizam uma comunicação assíncrona como e-mail interno, mensagens privadas, mural e discussões públicas, e síncronas, como o “chat”, são utilizadas por José David e seus familiares, tornando visíveis diversas características de ordem pessoal e profissional, ou seja, seu “perfil virtual”; por meio dele os laços familiares tornam-se possíveis na rede social.

Na Conferência Internacional sobre Políticas Públicas de Envelhecimento, que aconteceu em novembro de 2012, em Lisboa, pesquisadores afirmaram que o Facebook é uma rede social digital extensiva a todas as idades: promove socialização, combate o isolamento, contribui com o aprendizado ao longo da vida, permite resposta social positiva, influenciando de forma benéfica o envelhecimento e melhorando a qualidade de vida. O Facebook aproxima as pessoas, avós e netos, verdadeiro intercâmbio de comunicação:

Para idosos esta ferramenta digital possui todas as potencialidades que lhes permitem quebrar o isolamento social e intervir de forma ativa com os demais, em

(6)

particular com sua família, proporcionando o incremento das relações intergeracionais. (PÁSCOA & GIL, 2012) O trecho, extraído do caderno de comunicação dessa Conferência, indica que o Facebook pode ser excelente ferramenta intergeracional que aproxima e fortalece os laços familiares. Membros de uma família que pela distância talvez nem chegassem a se conhecer, hoje mantêm vínculos com suas raízes, como contado por José David.

Faerman (2011), citado por Páscoa e Gil (2012), refere que um dos principais estímulos para o uso do Facebook é a possibilidade de reencontrar amigos e colegas de infância. No caso de idosos, a ferramenta diminui o isolamento e incrementa a relação intergeracional.

De forma mais subjetiva, direcionamos nossa reflexão para os benefícios emocionais e para a saúde dos usuários que conseguem trazer para perto de si sua família e seu país.

O Portal do Envelhecimento publicou um texto que aborda os benefícios das redes sociais para os idosos. Dessa matéria destaco dois trechos importantes e que podem conduzir nossa reflexão a partir daqui1.

O primeiro trecho, que aborda as prioridades na vida do idoso, citado por Blenda de Oliveira, psicóloga clínica e psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), diz: “O idoso não pode abrir mão de ter amigos e de cuidar da saúde. São duas coisas muito importantes para ter uma boa velhice”.

Ela entende e reforça a importância das redes sociais na rotina de quem envelhece. São contatos que permitem conhecer pessoas, fazer e manter amizades virtuais, reencontrar velhos amigos e até amores perdidos no tempo, além de os colocarem sintonizados com as mudanças no mundo. O segundo trecho, que aborda questões de saúde, é do médico geriatra Alexandre Fortini, responsável pelo laboratório de análises clínicas do Hospital Santa Virgínia:

O círculo social feito pessoalmente ou através das mídias sociais, além de beneficiar a saúde mental do idoso, fornece suporte para um período de perdas. A terceira idade é um período onde você perde amigos e familiares. Ter amigos ajuda a encarar e aceitar melhor essas perdas.

Os benefícios do uso das redes sociais, lembrados por Madden (2010), explicam que uma das razões apontadas para justificar o especial interesse das pessoas mais velhas pelas redes sociais consiste no desejo de encontrar familiares, amigos e colegas, com os quais se foi perdendo o contato ao longo

1

Idosos presentes, ativos e ligados nas redes sociais. Publicação, novembro de 2011.

(7)

http://portaldoenvelhecimento.org.br/noticias/comportamento/idosos-presentes-da vihttp://portaldoenvelhecimento.org.br/noticias/comportamento/idosos-presentes-da. Mas uma vez conectados às redes sociais, torna-se possível o seu reencontro pelas ferramentas criadas para esse efeito.

Considerações finais

Frequentemente, a internet é criticada por sugerir relacionamentos que isolam as pessoas do “mundo real”, afastando os usuários do contato físico e da preservação das amizades verdadeiras. Roxo (2012) cita a filósofa norte-americana Shannon Vallor, estudiosa das implicações éticas das novas tecnologias, quando afirma que as redes sociais são como “o fast food da amizade”.

Devemos analisar essa afirmação de forma cuidadosa. Para aqueles cuja distância entre países impede o contato físico e afetivo, as redes sociais parecem importante recurso, senão ideal, mas efetivo, para estabelecer e manter laços sociais.

É virtual, é rápido, é conveniente, mas de fato aproxima, unindo e nutrindo laços que poderiam não mais existir.

É possível afirmar, pela narrativa de José David, e reflexões expostas neste artigo, que o contato via redes sociais, especialmente o Facebook, é prática contemporânea que agiliza e aproxima as pessoas. Foi possível perceber que o uso das redes afasta o idoso de situações de isolamento, de exclusão social e que, além de aproximá-lo da família, ainda possibilita o contato com amigos de infância, como observado na narrativa apresentada.

Em qualquer fase da vida nos deparamos com as temidas perdas, mas, talvez, a velhice é o momento em que essa questão se torna mais acentuada. Mas diante do “cenário de troca” proposto pelas redes, especialmente o Facebook, enumeramos os benefícios quando estabelecemos novos contatos, gerando possibilidades a partir daí. Além de cultivar os laços existentes, perguntamos: por que não acessar novas ferramentas, conhecer novos lugares mesmo que virtualmente, aprender a fazer novas amizades e até ressignificar relações? As pesquisas na área das “redes sociais”, especificamente do Facebook, ainda estão no início, mas há muito por fazer, por descobrir.

Se pensarmos na população idosa que embora crescente ainda é minoria como usuários, nos deparamos com a escassez nas pesquisas, mas os indicativos são de que essa área é bastante promissora às investigações, por influenciar diretamente o comportamento humano e suas relações.

Os “laços familiares” podem ser criados e mantidos e, diante da impossibilidade do contato físico constante, é próspero saber que redes como o Facebook tornam possível o restabelecimento do perdido e a possibilidade do novo.

(8)

Referências

BENEVENUTO, F. Redes Sociais Online: Técnicas de Coleta, Abordagens de

Medição e Desafios Futuros. In: Simpósio Brasileiro de Sistemas Colaborativos,

8, 2010, Belo Horizonte. Disponível em

http://www.decom.ufop.br/fabricio/download/mini-urso.pdf#page=1&zoom=auto,0,849. Acesso em 27/06/2013.

GAMA, L.D.R. (2009). Os Historiadores. A emigração dos anos 60. Disponível em http://turma9a-ap.blogs.sapo.pt/16725.html. Acesso em 10/06/2013.

MADDEN, M. (2010). Older Adults and Social Media - Social networking use among those ages 50 and older nearly doubled over the past year.

Pew Research Center. Disponível em

http://pewinternet.org/~/media/Files/Reports/2010/Pew%20Internet%20-%20Older%20Adults%20and%20Social%20Media.pdf.Acesso em 22/06/2013. PASCOA G; GIL, H. M. Envelhecimento ativo e qualidade de vida: a

importância das redes sociais digitais - Facebook. Conferência Internacional

sobre Políticas Públicas de Envelhecimento. Lisboa, 9 e 10 de novembro, 2012. Livro de comunicações. CIPPE, Lisboa 2012. Publicação anual, edições Fundação D. Pedro IV. 127-141.

REDAÇÃO PORTAL DO ENVELHECIMENTO. (2011). Idosos: presentes,

ativos e ligados nas redes sociais. Disponível em

http://portaldoenvelhecimento.org.br/noticias/comportamento/idosos-presentes-ativos-e-ligados-nas-redes-sociais.html. Acesso em 21/06/2013.

ROXO, L A. A sociabilidade na contemporaneidade: uma reflexão sobre as

práticas de sociabilidade em tempos de Facebook. POSCOM Seminário dos

Alunos de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-Rio, dez./2012. Disponível em http://pucposcom-rj.com.br/wp-content/uploads/2012/12/7-Luciana-de-Alcantara-Roxo.pdf. Acesso em 27/06/13.

SANTOS, V. O discurso oficial do Estado sobre a emigração dos anos 60 a 80 e emigração dos anos 90 à atualidade. Observatório da Imigração, Lisboa, 2004.

Data de recebimento: 14/09/2013; Data de aceite: 20/10 /2013.

______________________________

Gabriela Correia de Almeida Goldstein - Fisioterapeuta do NASF na OS

Associação Congregação de Santa Catarina; docente do Centro Universitário Ítalo Brasileiro (UNIITALO); mestre em Ciências pela USP; especialista em Aparelho Locomotor FMUSP; pós-graduanda em Gerontologia Social pela

Referências

Documentos relacionados

2018 DIREITO 4 30/08/2018 15:00 30/08/2018 15:20 30/08/2018 15:40 30/08/2018 15:40 30/08/2018 16:00 30/08/2018 16:20 30/08/2018 16:20 30/08/2018 16:40 30/08/2018 16:40 EM

• Facebook: origem e evolução da rede social; O algoritmo “edgerank” e fatores de diferenciação no Facebook; Estratégia de Comunicação Facebook; Planeamento; Análise

Há muito a ser aprendido sobre as características dos mercados de capital para economias de mercados emergentes, sobre a anatomia das crises derivadas de turbulência

Conforme mencionado ao longo do trabalho, têm-se a ideia de que a carreira moderna é gerenciada de forma bastante individual e é influenciada por diferentes aspectos, variando

Anexo 1 – Formulário de inscrição de dispositivo de produção de energia (empreendimento) – anexo do documento subsidiário CSD02 (poderá ser preenchido um único CSD02

debêntures realizadas no período, bem como aquisições e vendas de debêntures efetuadas pela Emissora: (Artigo 12, alínea e, inciso XVII da Instrução CVM 28/83).. •

• Todas as regiões podem dar uma contribuição para o crescimento, a competitividade e o desenvolvimento económico. • Territórios mais desenvolvidos ficam mais atraentes

O candidato aprovado no processo seletivo deverá comparecer, pessoalmente ou por procuração, de 1 5 a 19 de julho de 2019, de 08:30h às 10:30h ou de 14:00h às 16:00h,