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A Comenda de Albufeira da Ordem de Avis nos inícios do século XV : breve abordagem

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A COMENDA D E ALBUFEIRA DA ORDEM D E AVIS NOS I N f C I O S D O SECULO XV: BREVE ABORDAGEM.

Morio Cristir~a Cunhii Maria Crirtina Pimenta

1.

O

trabalho que apresentamos insere-se n o âmbito de uma investigação sobre as Ordens Militares em Portugal durante a Idade Média, que tem sido levada a cabo na Faculdade d e Letras da Universidade d o Porto. Neste sentido, e na sequência de alguns tra- balhos já efectuados sobre a Ordem de Avis ( I ) , pareceu-nos interes- sante apresenrar nestas Jornadas uma cornunicaçáo d e carácter mono- gráfico sobre a única comcnda que a dita Ordem tinha no Algarve: Albufeira. No entanto, e dada a abundante documentação existente sobre este assunto, não nos é possível apresentar um estudo global, o quc deixareiiios para outra oporrunidade. Iremos por isso, tão somente, fazer uma pequena intmdução sobre a história desta coinenda prrren- cente à Mesa hlestral da Ordem, estudando mais pormenorizadamente os diplomas que se referem a uma determinada época da sua adminis. tração, concretamente a inícios. do século XV. período eni que o represenrnnte d o Mestre de Avis em Albufeira era Pero Lourenço. 2. As origens da comenda d e Albufeira radicam na própria Reconquiste, aparecendo ii referida na documentação do tempo d e D. Afonso J J I relacionada coin a disputa luso-castelhana sobre a p x s e d o Algarve ( 2 ) . Com efeito, o p p e l representado pela futura comenda

(4)

foi enorme: a partir do momento em que passou a fazer parte das domínios da Ordem de Avis, pela dupla dcngo do seu castelo por parte de ambos os monarcas peninsulares em meados d 3 sis:ck3 XIII (9, tornou-se um instrumento nuclear do acorda que permitiil resclver defi- nitivamente a questão da jurisdiçZo do Algaive.

O níimero de diplomas relativos ao domínio algarvio de Avis durante o sic~ilo X I I I é reduzido. No entanto, é suficiente para termos a sensacáo de que, nos primeiros anos da segunda metade deste século, a comenda em causa seria deficitária como se comprova por uma carta régia de quitaçáo de 1276 dirigida ao Mestre, onde se refere a neces- s i d a d ~ qu<o convento havia tido de pedir uni empréstimo ao moiiarca para a manutençao do castelo d~ comeilda de Albufeira (').

E,

portanto, natural que a Ordrin teiihii realizado desde o início uma política de fomento das suas propriedades nesta vila embora a

informaF30 documental a este respeito, e de que neste momento dis- oomos, seja exígua. Um dos poucos exemplos que podemos referir é o afornmento de um pardieiro no termo de Albufeira. propriedade com uma rentabilidade razoável como cos faz supor o valor do foro estipulado: 26 libras anuais

(7.

Na primeira metaze do século XIV, a Ordem favorece o arrenda- mento dos seus direitos, apo3veitaildo uma carta de mandado d e D. Di- nis na qual se lembra aos recebedores dos diretios de esparto que não 3s deveriam cobrar no termo de Albufeira, uma vez que pertenciam i Ordem de Avis ( 6 ) . Ao mesmo tempo, cs aforamentos tornam-se mais frequentes: é o caso de uma casa e de uma herdade situadas em Al- bufeira e na Mosqueira, respectivamente, aforadas por

D.

Afonso Mendes, Mestre de Avis, a Domingos Eanes

(7.

Já em meados d-, século XIV, podemos referir o nforament? de um pardieiro em Albu- feira por uma renda a pagar tcdos os anos pelo Natal feito por

D.

Martim Avelar a uma vizinha de Loulé Mor Peres (').

De qualquer modo; as finanças da comenda devem ter continuado deficitárias: um diploma de 20 de Julho de 1363 diz que Avis u:ilizou dinheinr, do Concelho para efectuar diversas reparaqões no Castelo

c9).

Embora se tratassem de gastos extraordinários, o montante das ditas despesas, cerca de 17 000 libras, explica claramente a impos- sibilidade da Ordem as suprir apenas com os rendimentos locais('0). No entanto, esta não é a única noticia de comparticipação municipal nas despesas do castelo, já que ela é referida num diploma de 1378 Este facto leva-nos a apontar dois tipos de observações:

(5)

-Em primeiro lugar, esta situação seria provavelmente habitual, sempre que se tratava de subsidiar as despesas da manutenção do castelo. No diploma de 1363 acima referido podemos verificar que a Ordem necessitou de contrair um empréstimo ligeiramente superior a 4000 libras, o que representa um pouco menos de 1/4 dos encargs da conservação da fortaleza em causa. Por isso não deixa de ser inte- ressante notar que em 1378 o mesmo concelho reconhecerá dever 2 Ordem uma quantia superior a 5 000 libras, o que poderá talvez repre- sentar uma quantia referente a uma nova comparticipação municipal ("). Poderá isto significar, admitindo que estes números tenham alguma correspondência real, que as ~endas de Albufeira entre meados e finais do século

XIV

andariam por valores intermédix entre as 15 e as 20 000 libras? S6 outra docurnentacão, que eventualmente venha a ser estudada, poderá vir a confirmar esta hipótese. De qualquer modo, os valores não se nos afiguram impossíveis.

-Em segundo lugar, somos levados a pensar que a situação deficitária das finanças desta comenda seria frequente. Se assim for, podemos então compreender o processo de «recuperação» económico- -financeiro que se depreende da documentaç%? que seguidamente ana- lisaremos.

3.

fi

provável que durante o mestrado de

D.

Fernão Rodrigues de Sequeira, que decorreu entre 1387 (I2) e 1434 (I3), se tenha acen- tuado uma situação difícil nas finanças de Avis o que coincide crono- logicamente com a crise nacional e com o inflacionário do seinado de D. João

I

( I 4 ) .

Nesta conjuntura, a Ordem, e mais concretamente a sua Mesa Mestra], tentou a reorganização das suas finanças, como se poderá apreender através dos aforamentos praticadcs por alguns dos procura- dores do Mestre: o que se passa na Quinta do Lumiar é um bom exemplo (Is), já que, por esta altura, foi feito um inventário das suas

rendas coni indicação dos respectivos foreiros (I6); a mesma preo-

cupação se nota em relação a Arroios (I7).

No Algawe a actuacão do procurador do Mestre pode testemunhar idêntico desejo de equilibrar a balança económica da Ordem. Até certo ponto, ta1 facto é natural, pois a comenda de Albufeira tinha potencia- lidades para vir a ser um? das mais rentáveis de Avis. Embora não dispunhamos de elementos quantitativos para o início do século, jul- gámos náo ser extemporâneo utilizar as proporções indicadas no Orça- mento de 1191 ("), onde se nota que a come~da algarria tinha um

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rendimento razoúvel. Com efeito, nesse ano, as comendas com maior rendimento são, em primeiro lugar Fronteira e Benavente, logo seguidas em situação equipsrável por Cabeço de Vide e Alter Pedroso, Veiros e Moura. Albufeira faz parte de um terceiro grupo, intermédio, ccm um rendimento de cerca de 400 000 reais anuais, juntamente com Serpa e ligeiramente superior à cabeça da Ordem, Avis.

Não vamos descrever o conteúdo da documentasão utilizada porque a publicamos, na sua quase totalidade, em apêndice. Limitar-nos-emos assim a algumas considerações de carácter geral que sublinhem o inte- resse dos vários diplomas.

4. Conseguimos detectar 11 processos situados cronologicamente entre 1402 e 1409, altura em que Pero Lourenço era procurador do Mestre. Estes diplomas manifestam a já referida preocupação por reorganizar as rendas relativas aos diversos foreiros da Ordem em Albufeira.

Com efeito, parte da documentação estudada refere-se a processos mais ou menos morosos, que visavam o pagamento ao Mestre de dívidas que lhe haviam sido contraídas. Foi assim que em 1403 Maria Eanes se viu despcjnda dos seus bens por sentença Iavrtda pelo Juiz de Albu- teira (") e que, em 1-106, os arrendadores da cobranç.~ dos direito: das portagens do mar e terra, mordomado e forno se viram obrigados a vender alguns dos seus bens [casa, vinha e figueiral) para pegar o que haviam acordado. A quantia pela qual estes bens foram vendidos, 10 000 libras, não só revela o valor do figueiral em causa, como também mostra a imensidade do comércio albufeirense, uma vez que a referidc quantia se reporta unicamente ao ano de 1105. Aliás, os pleitos pela falta de pagamento seriam frequentes nas vilas algarvias de então; poi exemplo, o Mestre de Avis, representado por Pedro Lourenço, actuou

num instrumento semelhante em relação a um vizinho de Faro

["I.

Nem 3empre a cobrança das rendas era fácil: um diploma de 1402 informa-nos, a propósito dos rendimentos efectivamente entregues por Domingos Eanes, principal cobrador dos direitos e rendas do Mestre em. 1401, que estes ficaram pela metade do estipulado (=). Do mesmo modo, o tabelião de Aibufeira, João Lourenso, contraiu uma dívida para com a Ordem o que levou h venda e arrernatação dos bens que possuía na referida localidade (=). Também o Concelho, ao permitir a utilizpção dos fornos e fornalhas existentes na vila, entrou em litígio com o Mestre de Avis uma vez que «. n o m deviam os dictos mora- dores-da dicta villa nem outros nenhuuns do termo de teer nenhuons

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fornos nem f.3rnalbas salvo os fornos da dicta sua Ordem...»(24); este diploma reveste-se, aliás, do maior interesse para o conhecimento de alguns aspectos da jurisdição de Avis em Albufeira.

A restante documentação refere-se, na sua maioria, ao sforamento de casas e vinhas situadas nessa localidade ou n o seu termo.

A

avaliar .

pela renda acordada, è quase sempre paga no dia de

S.

Miguel, a sua

produção seria razoável.

O

pagamento de 23 quintais de figos pelo tabelião de Albufeira e sua mulher (=) e de 46 quintais d o mesmo produto por um casal de pescadores ('6), comprovam esta afirmação, apesar de existirem foros de

valot

inferior (n). D o mesmo modo, diversas arrematações, como, por exemplo, a dos bens de Maria Eanes (") ou a dos bens de João Lourenço, tabelião de Aibufeira, e de Domingos Eanes ("), já referidas, levam-nos a supor a existência de propriedades de grande valor ligadas a esta comenda algarvia.

Finalmente, a documentagüo estudada permite-nos observar a existência de relações de parentesco dos diferentes foreiros, o que merecera da nossa parte uma atenção especial num estudo mais desen- volvido. De momento, e apesar da exiguidade da documentação e do facto de vários indivíduos terem o mesmo nome, foi-ncs possível deter- minar alguns núcleos de famílias (Pai, Mãe e filhos). Destes, destacamos a família Eanes, aquela cuja reconstituição se nos apresentou mais completa:

Seria interessante tentar localizar algunias das propriedades afo- radas mas não podemos, por agora, abordar este tema, uma vez que não dispomos de informações toponímicas que ni's permitam tirar conclusóes positivas. De qualquer modo, não queremos deixar de apontar esta pista, que, a concretizar-se, se revelará de certo inreresse saciológico.

5 . Concluindo, parece ter existido um propósito de reorganizaçZo ao longo da primeira metade do século XV, e não nos repugna aceitar que tal objectivo tenha sido atingido. Com efeito, e como consequência, verifica-se que as rendas da comenda de Albufeira se tornaram bastante significativas, como prova um documento do 3P quartel do século XV, pelo qual um escudeiro do Condestável D . Pedra recebe 35 000 reais brancos das rendas da Mesa Mestra1 de Albufeira, para armar uma caravela (").

Efectivamente, e no que se refere a esta ccmenda, é possível que os ~roblemas de foros, rendas e outros contratos suscitadcs pelo grave desiquilíbrio monetário do I." reinado da dinastia de Avis se

(8)

encontrassem numa situa~ão mais favorável em meados do século. Se se vier a confirmar, através de estudos comparativos com outras comendas, que o conjunto da Ordem conheceu idênticii evolução, será então possível determinar um processo de afirma$o interna e de orga- nização do património de Avis, de capital irnportância para a compre. ensão do seii comportamento no conjunto do Portugal Qtiatrocentirta.

(9)

(')

E

o caso de «Alpunror considrt.n$ões sobre ar relacõcr etrfre os pio. tiarcas casfelharios e n Ordeni di Awir no século XIJI», in Boletim do Pirquivo Distrital do Porão, I.P.P.C., vol. 11, PorRo, 1985, pág. 47-55, e de Luis A. Fonscca,

~ ~ N g u m a r coiisidero~õer n propósito da dor,ii»ertiacáo exisfetile r>ir Barcelotin rerpeifarzfe d Ordem de Avir: rida coiiiribrriç.?~ por" um ntelhor corthecinret~fo dor grupos de pressão em Por.frtg«l e>>> »r~odor do século XV», in Revista da Faculdade de Letras-História, I 1 serie, vol. I, Porto 1984. pág. 19-56. Encontra-se em fase final uma e d i ~ á o comentada de aHirtória de la Inclita C a u ~ l ~ r i n de Ordem de Avir na Coroa de Portugal>> de Frei Jerónimo Román e da Regra Quinhentista da mesma Ordem.

(') Vejs.se o que dissemos em «Algu>irar conridern~óes so6i.e nr relo@e~ ciirre os nroiiarcar carfdhanos e o Ordem de Auir no século X I I l u .

I') Referimo-nos às doações de 1250, hfar, 1 (A.N.T.T., O r d e n ~ de Avir,

ii." 69 e 70; Chaiic. Afoiiro 111, 1.1, fl. 106 e 43 e Forair de Afonso 111, f l . 43;

referido por A. Brandão, Cróriicn de D. Aionro I , Liv. Civilização Ed., Porto,

1945, pág. 194 e C r ó ~ i c n d e D. Afonro 111, Liv. Civiiiznção Ed., Parto, 1946. p6g. 145 e seg., 153 e 158; por Fr. J. Román, ob. cit., cap. VII; por A . Iria,

O Algorve e os Descobrimentor, Instituto da Alta Cultura, Lisboa, 1956, vol. 11,

I. I , pág. 113 c 114; por J. A . Semeda Azevedo, ob. cit., pág. 41-44 e A . Javierre hfur? La Orden de Calofravn en P o ~ / i , ~ a l , Madrid, 1952, p á g 30. Publicado por A. Brandão, Crónico de D. Alonso 111, pág. 365-66) e de 1257. Mai 8 (ANTT.,

Ordem de Avir, n." 111; sumariado por J. Gonzalez, Repartinzie~tto de Seuillo,

C.S.I.C., Escala de Estudos Medievais, Madrid, 1951, vol. 2, pág. 331 e publkado

?rir A . Javierre Mur, ob. cif., ~ á g . 53-58), mnfirmadss em 1260. Mar. 11 (ANTT.,

Choi>r. A I , I , I . 43": sumariado por Silva Marques, Descobrin~entor Porliigricrei, Instiriito de Alta Cultura, Lisboa, 1914. Supl. ao \.ol. 1, pág. 377.

n.' 287 referido par A . Iria, 06. cit., r. 1, pág. 272 e publicado, sem indicaçio de fonte. por A. Brnndáo, Crónica de D. Afonro 111; pág. 146) e em 1271.Nor.5

(10)

(ANTT., Ordem de Auir, n." 7 1 . referido por A. Jnvicrre Mur. ob. cit., pig. 30). Veji.se a este propósito o que dissemos em aAlgumns co>~ridera~òer robre <ir

relaçõcr o r f r e or nroiizrcos caslelhonor e a Ordem de Auir iio séci<lo XIlI,,.

1') 1276, Our, 1 (A.N.T.T., Ordem de Aoir, nP 188). (7 1299, Ago, 10 (A.N.T.T., Ordo>i de Avir, nP 713).

('1 1320, Jul, 28 (A.N.T.T., Ordrm de Avir, nP 368). Referido por J. hl. Srmedo Azevedo, Aibsleiro E/ledieunl, in Brscara Augurta, vol. XIV-XV, t . 1, p. 43. (') Com efeito, o 18 de Abril de 1334 Domingos Eanes, vassab régio m ~ r a d o r em Albufeira afora B Ordem uma herdade situada na Mosqueira (A.N.

T.T.. Ordem d e Avir, n P I 2 8 referido por J. hl. S w e d o Azevedo, ob. cit., pig. 11 que no. enrnnto d s n o docume"to de 1372, Abr, 18) e, no dia seguinte, uma cnsa no termo de Albufeira (A.N.T.T., Ordem de Auis, nP 489).

(9 1363.Dez.27 A.i\l.T.T., Ordem de Auis, n." 572.

(I) Com efeito este diploma refere as despesas feitils pela Ordem e pelo

Concelho de Albufeira com a construsáo do Cestelo e muro de camendn i1g~vi.i 1A.NT.T. O~.di,iii i/< Atir. n? 505).

("1 J. LI. Semedo Azevedo. 06. c i i , pig. 43. cita equivacadamenre esre <kicurnento como sendo de 1401. sem referir s que era corresponde.

('7 1378, O u t , 17 (A.N.T.T., Ordem de Acis, nP 503).

('$1 1387, O u t . 3 (A.K.T.T.. O r d e : ~ Jc Acis, nni. 578; rrf&!o por L. Adio da Foníecn, O Con<irrii~.e! D. Pedro de Porlrtgol, I.N.I.C., Porto, 1982, pig. 97).

("1 Data de 9 de Novembro de 1434 a Bula de Eugénio IV que confirma

a çlci;% 2r'e D. Feraando, infinrc filho de D. Jogo I, pari hlcstre d i Ordem Militar de Avis. ocu?ardo m i m o lugic que ficara ssgo com a morre de D. fernxo Rodrigues de Scqueira (A.N.T.T.. Ordrrir de Auir, n.' 29; ~lbniinzenin

Hcnrisino, vol. V, doç. 30, pig. 70-i2; surnnriado por V. Santarém, Quadro Ele-

mentar d<is relii@er poliriror e diplomtíiiror de Poriirgal com <ir diwersar poitnciar

:!o ilfnndo. Psris, 1842. vol. 11, pig. 5. e cirado por Forrunato dc Alrneida, Hirt6riir

do Isrej<z em Poitngul, Portucplcnse Editora, Porto, 1967, t . 1, pág. 316, nota 2.

('7 Sobre as dificuldades monetárias que Portugal vive nessa altura, veja-se M. J. Pimenta ferro, Esrridor de Hirlório ilJonetári<r Porti<greso (1383.14381, Lisboa, 1974.

i") 1403, Dez. 4 (A.N.T.T.. Ordrm de Auir, n.' 790 1 e 11). Vd. Apêndice. ilocumentor n." 5 e 6.

(I') Trata-se de «Estar som as pesoin quem tragern ecdedrs de terço de

qintaa do Lomiar que he do Mestre d'Avisu (A.N.T.T., Ordem de Aoir, nP 1761.

("1 1403, Dez, 4 (A.N.T.T., Ordem de Auis, n? 716). Vd. Apêndice, do- cumento n." 7 .

('$1 A.N.T.T., G o u e u

>,

m. 1 . nP 2; referido por L. Adáo da Fonseca,

oh cil., pág. 102.

i") 1403, Abr, 19 (A.N.T.T., Ordrm de A u i ~ , nP 752). O primeiro docu-

mento reterente a esre processo data de 25,Mni.1398 (A.N.T.T., Ordem d e Auis, nP 752 e o último de 1403, Nov. 26 (A.N.T.T., Ordem de Aoir, n." 792). Vd. :\pêndice, Documentos nP 3 e 1.

1") 1406. Nov, I 6 (A.N,TT.. O r d m de Auis, n." 737). Vd. Apêndice. documento nP 12.

("1 1408, Agu. 16 (A.N.T.T.. O ~ d r r ~ t de Acir. n: 763). Vd. hptndice. documento nP 13.

(11)

íU) 1402, Apo, 16 C 17 (A.N.T.T., Orde~n de Avij. n.' 775). Vd. Apéndice.

documento nP 1.

1") 1403, Abr, 18 (A.N.T.T., Ordem de Avir, n." 794). Vd. Apêndice, documento n P 2.

(") 1410, Jul, 5 (A.N.T.T., Oideni dp Avis, nP 279). Vd. Apsndice, documento n." 14.

(L') 1404, Fcv, 8 (A.N.T.T., Ordetii de Avir, n:. 757). Vd. Apêndice,

documento nP 11.

(") 1404, Fev, 6 (A.N.T.T., Ordem de Avir, n." 759).

("I 1404, Fev, 5 (AN.T.T., Ordem de Avir, n." 753 I; n." 753 11 e nP 747) e 1404, Fev, 6 (A.N.T.T., Ordem de Auir, nP 714, entre outros). Vd. Apèn- dice, documentos nP 8, 9 e 10.

(") Vd. nora (19).

1") Vd. notas (22) e (23) e os documentos d a t d o s de 1403, Abr, 19 iAN. T.T., Ordem de Avir, nP 779) e de 1403, Abr, 20 (A.N.T.T., Ordem de Avir, n P 780).

1") Vd. Apêndice, documento n". ('I) Vd. Apêndice, donimento nP 8.

('7 Vd. Apêndice, documento n." 8.

(") Vd. Apêndice, documento n? 4. (") Vd. Apêndice, documento n." 10. (") Vd. Apéndice, documenro ii: 11.

( I * ) A.I\'.T.T., Ordem de Avis, n: 7.16 1.

("1 1464, Abr, 20 (ACA.. Reg. 23. fl. 381, I; referido por L. Adáo da Fonsecs, rib c?,., pág. 292).

(12)
(13)

Delibera~ão do juiz d e Albufeira, Vicente Alio, sobre o pleito entre Pedro Lourenço, escudeiro e representante do Mestre de Avis, e Do. niingos Eanes, principal cobrador dos direitos e rendas d o Mestre da Ordem em Albufeira n o ano anterior, como consequência da falta d e pagamento d e metade das ditas rendas.

A.N.T.T., Ordri~i d e Avir, n: 775

Saibhain os que esta sentença virem que na era d e

mil

e quatro- cçentos e yuareenta anos dez e seis dias d'Agosto na Albofeira n o paaço do concelho da dicta villa perdame I'iqente Alam juiz do dicto logo seendo em adiançia parecçeo Pero Lourenco scudeiro e procurador do Meestre d'Avis em nome d o dicto senhor autor d e hüa parte e nom parecçeo Dominge Eannes rendeiro princiipal que foi dos direitos que o dicto senhor ouve na dicta villa o ano pasado reeo da outra e

"

Na transcriçiio dos documentos seguimos, de uma forma geral, os criterios de Avelino Jesus da Costa enunciados em «Normor Gerais dc Transcripio P

Prib!icoçZo de Docroi>eiitoi e Texto1 Medieuai1 e Modernos», 2.' Ed., Braga. 1982.

RZo podemos deixar de expressar aqui as nossas agradecimentos ao Sr Prol.

Dr. José Marques e aos Srr. Dr. Armindo de Soura e Dr. Luís M i y e l Duarte pelo auxilio que prestaram na resolu~áo das dúvidas com que deparamos na

(14)

logo per Estevom Lourenço porteiro do dicto senhor na dicta villa foi dicto ao dicto juiz e deu fe que e1 aa pitiçom do dicto Pero Lou- renço em nome do dicto senhor e per mandado do dicto juiz entrarom em na casa o dicto Dominge Eannes e o apergoaram peta esta adiançia per razom de direito que dizia o dicto Pero Lourenço que entendia de aver omtra e1 em nome do dicto senhor. E vista a fe do dicto porteiro logo per o dicto Pero Lourenço foi mostrada ao dicto juiz hüa obriga~om escripta em papel feita e sinada per mim tabeliam adeante

scripto segundo em ella pareqia que tal he.

Saibham todos que na era de mil e quatrocçentos e triita e nove anos ciinquo dias d'Agosto na Alboreira n.2 allpendre do Castelo da dicta villa em presença de mim tabeliam e testemunhas adeante scriptas parecçeo Pero Lourenço criado e procurador do hleestre d'Avis segundo se contem em hika prccuraçom a qual eu tabeliam vi e li? a qual contava que fora feita em Penella aos viintr e ciinquo dias de hlsio

cr;i de mil e quatrocçenros e trinta e seis anos e foram em ella presenrcr por testemunhas Vaasco Perez e Gil e Gonçalo Esteves e Dominge Eannes e Lourenço Eannes de Veiiros a qual fora feita per Afomso Eanncs tabzliani da dicra viil;i a qual era avondosa pera esto que adeance sege e o dicto Pero Lourenço per poder da dicta procuracço~ii em nome do dicto senhor hleestre arendou a Dominge Eannes filho de Joham Domingez d-, Va! do Navio morador da dicta villa da Albofeira que. presente estava todollos direitos e rendas que o dicto senhor ha na dicta villa da Albofeira e em seu termo as quaes lhe nrendou por hu~im ano comprido convem a saber des dia de Sanboanne Baastiista que ora f?i desta era presente ataa o dicto dia que serra (sic) na ?;a quatrocççntos e quareenta anos so tal condiçom que e1 se ponha e page todollos emcarregos que o meestre for theudo pagar na dicta villa e que mais de10 page ao dicro senhor hleestre em paz e em salvo na dicra villa de Albofeira quatrocçentos e sateenta e ciinquo coroas de boom ouro e de boom peso as quaes a de pagar em duas pagas convem a saber a meiatade do dicto ouro por dia de Pascoa de Resureiçom premeira que vem e a outra meiatade por dia de Santa Eirea premeira segiinte. E nom pagando e1 a dicta renda e os dictos emcarregos aos dictos tempos como dicto he que di em deante deem e pagem ao dicto senhor Meestre ou a seu Certo procurador com todas custas e despesas que sobrello forem feitas e com húa coroa d'ouro em cada huum dia de pena em nome d'interesse e posto que parte da dicta renda seja pagada a alguma causa por pagar que se emmtendam todallas penas

(15)

como se nemhuma cousa seja pagado e que posa seer çiitado e deman- dado e demandado (sic) por a dicta renda dante qualquer juiz que o dicto senhor hleestre ou seu certo procurador queser demandar e que per carta do dicto Juiz seja ciitado e nom seendo achado per pesoa que seja ciitado em sua pousada e a ciitaçom fique valiosa como se per pesoa fose çiitado e qualquer sentença de revelia que contra e1 for ganhade que seja avuda por definitiiva e fazendo e1 dos seus berns das raizes moois pera esto. E o dicto Dominge Eannes recçebe.? em sy a dicta renda com todalas crasulas (sic) e condiçooens suso dictas e obrigou todw seus bens movies e raizes avudos e por aver a dar e a pagar comprir e agrandar todo o que sobre dicto he e renunciou todallas leis e liberdades e privilegias e certas despeças que e1 ha ou ouver ao deante que Ihe nom valham nem se posam a ellos chamar e outrosy ao foro do Algarve se nom todavia manteer o que dicto he. E pera e1 milhor e mais conpridamente dar e pagar deu logo por fiadores e princypaes dividores e cada huum dellos por o todo Joham Lourenço tabeliam da Albofeira e Joham Estevez Pam e Augua morador em Loule que presentes estavom os quaes se obrigarom per sg e per seuus beens moviies e raizes pella gisa e condiçom que o dicto Dominge Eannes em este contrato he obrigado e outrosy se obrigarom a leixar o moinho mcente e corrente com os levados livres e postadas pella gisq que lho emrntregarom. E em testemunho desto as dictas partes pedirom senhos est.>rmentos. Testemunhas Martins Vaasquez mercador e Alvaro da Guarda e Vicente Martins r Jobain hfoinso Botrim e Joham d'Alval3de e Dcminge Eannes filho de Jol-am Abril (?) e outros Eu Joham Estevez tabelinm de1 Rei na dicta villa que escrepvi e ao dicto Pero Lourenço a dei e em meu sinal fiz que tal he.

A qual obrigaçoni ns)- viisia logo per o dicto Pero Lourenço foi yidido contra o dicro Dominge Eaimcs que poes e1 nom pareçia nem outreiii por e1 que lhe julgastn~ per sentença duzentas e trinta e sete coroas e mea de boom ouro e de boom peso que rncitava na meiatade da dicta renda contheuda na dicta obriga(on1 e mais cento r saseenta ccroas d'ouro de penas em que encorreo na dizta obrigaçom por que pom fez a paga do tempo contheud:, na dicta escriptura. E o dicto iuiz visto o dicto estormento e o dizer do dicto Pero Lourenco e a fe do dicto porteiro julgou per sentença defi~itiva que o dicto Dominge Eannes de e page ao dicto senhor Meestre ou a seu çerto procurador as dictas duzeqtas e trinta e sete coroas e mea de boom ouro e de

(16)

boom peso que ihe asy devia da dicta renda e outrosy as dictas sento e saseenta coroas douro das dictas penas em que encorreo ou o vallor que valerem por cada hüa coroa das quaes oriusas o dicto Pero Lou-

,

r e n p em nome do dicto senhor pidio asy hüa sentensa e pertestcu dos custos. Testemunhas Joham Lourenço tabeliam e Vicente Martins e o genro de Cristovxn Afomso e Gonçalo Eannes Matoso e outros. Eu Joham Esteves tabeliain de1 Rei na dicta villa que a screpvii e meu synal fiz que tal he.

X

Reais.

Dcc~~menra n." i a

1402.Ago.17

-

Albi~feira

Pero Lourenço, escudeiro d o Mestre de Avis, recebe os bens de Domingos Eaiies como garantia do pagamento da quantidade a que este foi obrigado a pagar ao primeiro no pleito referido em diploma de 16 de Agosto de 1402.

A.N.T.T., Ordem de Avk, n? 775"

Era de mil e quatrocentos e quarenta anos dez e sete dias d'Agosto na Albofeira psrecçeo perente mim tahelium e testemunhas adeante escriptds Stevom Lourenço porteiro do ( ' ) RiIeestre d'Avis na dicta v:l!a c dise e deu fe que e1 per pcder desta sentença desta outra parte scipra e per mandado de Vicecte Alam juiz dc dicto logo pernhoraram fsic) Dominge Eiinnes filho de Joham Dominge do Val do Navio morador na dicta villa que em todolios beens movis e de raizes asii campos e vinhas e figeiraes que e1 ha na dicta vilia per razom de trezentas e iioventa e sete coroas contheudo em ella. A qual penhora logo meteram emm pergcmm de venda. Testemunhas Rilartin Vaasquez mercador e Joham Afomso Alam e Stevom Lourenço e outros e eu loham Estevez tebeliam de1 Rei na dicta villa que a escrevi e meu svnal fiz que tal he. I1 Rs.

Dccurnenro ri." 2

1403Abr. I8

-

Albr~feirrr

Pedra Lourenso, escudeiro do Mestre de Avis. solicita a Domingcs Eanes e Joáo Lourenço, tabelião de Albufeira, o pagamento ao Mestre da dicta Ordem da soma de dobras de ouro que estes'foram conside-

(17)

rados devedores por sentença, com declaração de proceder à venda e arremetaçáo de seus bens, o que é aceite em relação aos do termo de Albufeira.

A.N.T.T., Ordem de Avir, nP 794

-.

Saibham mdos que na era de mil e quatrocentos e quareenta e huum anos dez oito dias *Abril na Albofeira no castelio da dicta vilia presente (sic) mim tabeliam e testemunhas adeante escriptas Pero Lourenço criado e procurador do Meestre d'Avis requeria a Domingue Eanes e a Joham Lourenço tabeliam do dicto logo que presentes estavam e Ihes mostrou duas sentenças que tiinha guanhadas contra elles e a que era contra o dicto Joham Lourenço (') era escripta e siinada em papd ( 3 ) per maão d'Afomso Moniz tabeliam de Fronteira segundo em ella pareçia e a que era contra Domingue Eanes era feita e siinada em purgaminho per mim tabeliam adeante escripto a qual fora dada pelos juizes do dicto logo da Albofeira e a que era dada (') o n t r a o dicto Joham Lourenço era dada pelos juizes de Fronteira dizendo aos sobredictos Joham Lourenço e Domingue Eannes que bemm era ver- dade que el tiinha guanhadas as dictas sentenças contra elles as quaes eram per razom dúa gran soma de dobras d'ouro em que elles eram devedores ao dicto senhor hleestre de sua renda que teverom ?rendada na dicta villa e que he Fronteira e que requeria em nome do dicto senhor que lhe pagasem a dicta divida das dictas dobras co~itheudas nas dictas sentenças que lhe asii deviam de ano pasado e em caso que o fazer !ioni queseselu que t l pertestava a fazer venda e remataçom dos seus beens por quem quer as achase por a dicta divida que asii deviam RO dicto senhor e e1 seer sem culpa e os dictos Joham L-xren~o

r Domi~.giie Eanes derom em resposta que verdade era que eles eram devedores no dicto ouro coniheudo nas dictas sentelisas ao dicto senhor e que elles nonl tiinbam gvanhado pera a pagar mais (sic) que eles de suas livres e proprias voontades metiam o dicto Pero Lourenço em nome do dicto senhor posg de todos seus beens movis e raizes que eles ambos aviam na dicta vilia de Albofeira e em seu termo por quem que achados fosem e lhe mandaram que as vendese e arematase a quem Ihes por elles mais dese e ama que ouvese toda a dicta divida do dicto s e n h ~ r e fesese delles o que lhe prougese. Das quaes couzas o dicto Fero L ~ u r e n ç o ( j ) pidio asii huum estormento. Testemunhas J2ham

(18)

Eames Botrim e seu hirmaio Martim Eames e outros. Eu Joham Esteves tabeliam de1 Rei na dicta villa que escrepvi e meu siinai fiz que ta1 (9 he. Pagou

X

Reais.

Documento n." 3

IJ03.Abr. I9

-

Albufeira

Pedro Lourenço, escudeiro do Mestre de Avis, em sua represen- t3çã0, confisca e vende a João Afonso, alcaide de Albufeira, os bens que haviam pertencido a Maria Eiines.

A.N.T.T.. Ordem de Avir. n: 752.

Saibham os que este estormento de venda e remataçom virem que na era de mil e quatroçeentos e quareenta e huum anos dez e nove dias d'abril ...

I

presente mim tabeliam e testemunhas adeante escriptas parecçeo Pero Lourenço escudeiro e procurador do Meestre d'Avis e mostrou e por mim tabeliam adeante escripto leer

L...]

em purgammi- nho per Afomso Eunnes tabeliam de Penella segundo em e (sic) ella parecia que tal he.

Saibham quantos esta presente procuraçom virem [ . .

. I

pella graqa

de .Deus Meestre da cavalafia da hordem d'Avis fazemos nos? gerto procurador avondoso sofieiente perfecto em todo como a e1

[...I

seer e de direito mais valler Pero Lourenço msso criado e portador desta presente procuraçom ao qual damos e outorgamos todo noso oonprido p>de[r

...

1

pidir e demandar e recçeber todallos direitos e foros e nonas e rendas que nos avemos e de direito devemos d'aver em Beja e Serpa e Moura e em

[...I

Viçosa e em Veiros e Fronteira e em Sousel e em na Albofeira e em outros quaes quer lugares que nos de direito devemos d'aver asii os que perteengetm

...

I

quaes quer direitos que m s de direito devemos d'aver per qual quer gisa asii dos tempos pasados come dos presentes e do que a de vir e que posa arentdar ...

I

e rendas dos dictos logares sobredictos a quem elle queser e por quanms anos e tempos e preços e1 por bem tever como vir que he noso semiço

I..

.1

fazer estormentos d'arendamentos e de to& o que recçeber per quãl quer tabeliam que esta procutaçom vir aos quais rogamos e mandamos que as façam qun[ntas

...I

fazer e que posa entrar contra preitos e demandas com quaisquer pesoas teentes ou embargantes as dictas fintas

(19)

e nonas e rendas e direitos e forols

...

I

pcrdante quaes quer juizes e justiças asii eclesiasticas e segraaoes (sic) que de direito d'ellas devam connnecer demaldar e defender e responder libello ou lib[

...

I

mear testemunhas e (sic) razoeb e outros preitos dar eixençoóes (sic) poer testemunhas dadas (sic) das partes adversas jurar veer reseivas em direitos e em pesoas jurar em [ . . .] outrp qual quer juramento que lhe com direito for demandado e leixar o dicto juramento nas partes ~dversas s6 comprir e fazer e dizer e razoar todo aquelio que nos d[

. .

.I

cçer e decçender por qual quer gisa que seja e ,a demm de juizo tambem leix e direitos e mostrar e razoar asii per paliavra como per escritura revelias quanh

[...I

embargar e outras qucesques sectenças ouverem asii entre lucarorias e definitivas e em ellas consiintir e dellas e de cada huma dellas apellar e agral

...

I

pro estabeliecçer outro procurador em seu logo e em nos3 nome relleva~do e1 e os seus so estabeleçados de todo o emcarrego de satii[

...I

madas em direito. E nos avemos e pro- metemos aver por firme e estavil todo aquello que ~ e l i o dicto nzso procurador e pelloç seus soestalleçud>s for fectol

...

1

cada huum dellas so obrigamento de todallos beens da dicta nosa hordem e da dicta nosa mesa e nosos beens que pera ello obrigamos e em teste[munho ...

I

com que foi fecta em Penella da pres de Coinbra aos vinte e ciinquo dias de Maio era de mil e quatrccçentos e trinta e reis anos. Teste- munhas Vaasco Perez[ ... ] e Lourenço Eannes de Veiros e eu Afomso Eannes tabeliam em a dicta villn que esta procuraçom per mandado e ourorgainento do dicto senh.21 que presente estava a[ ...

1

he.

A qual asii vista logo per o dicto Pero Lourenço foi mostrada e pei. mim tabeliam leer fez huma sentelça fecta e siinada por mim tabeliam iegondo em ella pareçiia em purgaminho

senzre-se a deliberação do juiz de Albufeira, Vicente Alão, dctodo de 16.Agosto.1~02

-

o nosso documento r,.' 1. A qual sentença asii mostrada em nas costas della vinha huma[ . . . ] segundo em ella pareçiia que tal he

segrre-se o recibo dos bens de Don2in~os Eanes. datado de

7 7.Agosio.140? - o ?>osso docuntento n.' 1 A.

E

vista a dicta sentença e reveliança logo per o dicto Pero Lourenço foi mostrada e per mim tabeliam leer fez aí[. .

.I lgund3 em

(20)

eiia pareciia C) em na qual fazia mençam antre as outras cousas que na era de

mil

e quauoçentos e quarenta e huum aros sete dias #Abril na Albofeka no paaço do Concelho da dicta v[iila ...

1

seendo em odiançia (sic) parecpo Pero Lourenço escudeiro e procurador do Meestre #Avir; per poder hüa procurapm avondcsa que para esto mostrou e logo per o dicto Pem Lourenço per mim tabeliam adeante escripto leer e pubricar e

E

..

.I

escnpto perante o dicto juiz o qual estormento d'obrigaçom asy visto e per (sic) leudo logo per o dicto Dominge Eannes e que e1 Cora aa[ ...

I

juiz hordiiairo na ditta cidade e que o dicto juiz mandara o Domingos

('1

porteiro da dicta cidade per poder da dicta carta o dicto Dominge Eannes e que o dictoi ...

I

per razom de trezentas e citenta e sete coroas e mea de boom ouro

.c de boom peso em que era devedor ao dicm senhor bleestre da sua renda da dicta villa da Albcfeira que tevera arendada

C..

I

escripto convem a saber as duzentas e rrinra e sete coroas e mea do princiipal

t as cento e cinquaeenta de penas em que encorieo segundo dello fez

certo per escriptura pubrica do dicto emprazamento [ . . . ]ge Eannes nom vinha ao dicto preito per sy nem per seu procurador que O mand~sse apergoar e dese sentenqas contra e1 das dictas duzentas e trinta e sete coroas e mea d'ouco do principal e dns dictls cento e cinqufenta.. . I era dito e logo perante o dicto Juiz pareçeo Pedro

Eannes em logo d'Estevom Lourenqo m o r d ~ m o do dicto logo e dise e deu fe que el a requeremento do dicto Pero Lourenço , e per mandado do dicto juiz apergoara para

[...I

do dicto logo per razom de trezentas e oiteenta e sete coroas e mea douro que o dicto Pero Lourenp dizia que devia ao dicto senhor com as penas em que encorreo na sua renda da dicta villa que tevera

[...I

gaçom e o dicto estormento do dicto emprazamento e a fe 2.2 dicto porteiro e visto como o dicto Dominge Eanes nom parecera nom parecera (sic) per sy nem por seu procurador ao dicto facto per o foi apregoaido

...

I

he de costume da dicta villa julgarom por revel e a sua revelia julgou per sentença definitiva que o dicto Dominge Eannes de e page ao dicto senhor as dictas

C...]

do principal e outrosi as dictas cento cinquaeenta coroas douro de penas des que de por cada húa coroa a contia que vdler e o dicto Pero Lourenço leuda asi huma sentença[. . .

I

Veiros e Pedro Eanes e Vaasco Testudo e outros. Eu Joham Esteves tabeliam de1 Rey na dicta villa que o escrepvy e meu sina1 fiz que tal he.

A qual sentença asii vista logo per

C..

.

1 em purgamínho segundo

em el parecia per mim tabeliam adeante escripto que ta1 he.

(21)

Saibham quantos este est.3rmeuto d'obrigaçom virem como cu Marinha Eannes molher que foi de Joham Dominguez d o

V[al

...

1

(') movis e raizes avudos e por aver a dar e a pagar ao m m t r e d'Avis ou a seu çerto procurador toda a dívida e penas em que meu filho D ~ m i n g u c Eannes he obriga&> he d e w d o de[

...

] villa de Albofcirn que o dizto meu filho teve arendada o ano da era de mil e quatmçenms e trinta e nove anos segundo he contheudo em hüa escripmra que o dicto senhor Metestrc

...

I

eu me obrig3 pela gisa c condiccm e com tcdallas crasullas (sic) e 2esaforimentos que o dicto meu f i l b he obrigado e eu renuncio a lei do baralianio (sic) todallas cutras leis e gra[ ...

1

('O) ou sejam as viuvas QU outras quaes quer molheres que

sejam que me nom posa a ellas chamar nem valher (sic) se nom todavia comprar e manter e pagar[

...I

e outorgado ao dicto senhor Mestre. Das quaes cousas Pero Lourengo procurador d 3 dicto senhor Meestre pidio asii huum estorrnento e pertestou nom seer seer (sic) desatado o dicto Domingue Eannes

L...]

na Albofeira aa porta da adega da hordem dez e seis dias d'Ag.r>sto era de mil e quatrogentos c quareenta mos. Testemunhas Martins Vaasquez mercador e J o h m Lourenço tabeliam e Jcham d'illvaladet .. .]Rei na dicta villa que o escrcpvi e meu, siinal fiz que tal h-.

O

qual asii visto logo per o dicto Pero Lourenço foi mostrada e per mim tabeliam lser fez huum estorrnento de penhora escripto e s[ ... ]

parte e em maão de Pero Lourenco procurador do meestre d'Avis em perhora e em ( ' I ) de duas sentenças que o dicto Pem Lou- renco ganhou contra Dominge Earaes nieu filho cuja fiada eu sal[

...

1

r de penas que o dicto meu filho deve ao dicto senhor lileestre per razom de sua renda que teve artndada na dicta villa eu Marinha Eannes lhe dou e (sic) o penhor em p3se por todo[

...

] come penas por toda lhe dou as minhas casas da morada que eu ei na dicta viiia que partem com casas de Joham Eannes do Algoz e outrosii lhe dou c s meus figeiraaes do Val[ ... 1 com outros com que de direit3 devem de partir e outrosii todos os outros beens asy movis come raizes que eu ei aventhados forem na Albofeira e em seu termo ns quaes b e n s

lhe

eu dou[

...

1 motem

(I2) primeiros os beens do dicto meu f i h Dcminge

Eannes e de Joham Lourenço tabeliam e Joham Esteves Pam e Agoa rnorad:r em Loule aquelles que desembargados e vendudcs[

...

I

dicta Z4arinha Eannes mando e cutccgo que o que falleccer pera comprimento

(22)

das dictas sentengas que o dicto Pero Lourenqo posa vender e rematar tantos (sic) de meus beens asy movis como raizes[

...

] de que em elt3s he contheudo e posto que os meus b e n s apergoados nom sejam nem andem em pergom que e1 dicto Pero Lourenço os p ~ s i vender e rematar tanto que os dos cobredictos forem bel ...

1 juizo sem outro nenhuum

prazo nem tempo salvo quand3 lhe a e1 dicto Pero Lourenço prouger noin embargindo a hordenaçom de1 Rei nem o foro do Algarve nem outras nenhumas leis

[ . . . I

molher ca eu os renuncio que me me (sic) nom posa a elles chamar peta esto s e m m todavia o dicto Pero Lourenço se posa emtrezar peros dictos meus beens ataa comprimento dos dictos

I..

.I

desto e o dicto Pero Lourenço pidio asii huum estormenb3 fecto na dicta vil13 da Albufeira no adro de Santa hlaria nove dias d'Abril era de mil1 e quatrocentos e quareenta e huum a n m s tea;,-inunhas Gon- calo[

...

1 e Vnasco Testurh e outros. E u Joham Esteve; tabeliam de!

Rei na dicta villa que o escrepvi e meu siinal fiz que tal he.

As quaes escripturas asii mostradas parecçeo Alvaro Testudo

i . .

.

I

que dizia sete meses e muito mais que e1 e Pedr'Aires que fora pre- goeiro na dicta villa trouxernin em pergom de venda todos os beens movis e raizes que a dicta Marinha Eannes

E...

] na dlcta villa e em seu termo peta (?) quem que achados forem as quaes e: trouxera em pergom o dicto tempo pe; mandado de Pero Lourenco procurador do dicto senhor Meestre que presente estava e per poder das sen[

.

.

. I que

sobrellos maies lancar ( I 3 ) que Joham Afomso Carvalho alcaide da dict:~ villa que presente estavam (sic) que iançou sobrelles quareata vezes mil desta moeda corrente reial por tres libras [...

1 do dirto Pero

Lourenço por a dicta contia de venda pera sempre da qual contia se logo o dicto Pero Lourenço deu por bem pagado e entrege do dicto Joham Afomso e ouve e outorgou a dicta venda

[ . . . I

sempre e se obrigou a lhe defender e emperar a todo tempo os dictos beens de quem quer que Ihes demandar ou embargar queser.

E

nom lhes defen- dendo que lhe page a pena que escripta he em

[ , . . I

da dicta hordem que para esto obrigou dos quaes cousos o dicto Joham Afomso pidio asii um estormento da dicta remataçom. Testemunhas Martim Eannes Botrim e Afomso Eannes homem de Pero

C.

..

I

e Vaasco Testudo e Joham d'Alvalade e outros. Eu Joham Estevez tabeliam de1 Rei nn dicta na dicta villa que este estormento de venda e remataçom escrepvi e meu sinal

f[.

.

. I

(23)

Docimn~enio 11.' 4

1103.A'ov.26

-

Albufeira

João Eanes Pita, almoxarife real em Albufeira ,declara ter recebido de Pedro Lourenço, escudeiro do Mestre da Ordem de Avis, por mãos de hfartim Vasques, vizinho da dita povoaq80, 7 500 libras correspon- drr.tes B venda dos bens que ele recebeu de Maria Eanes, mulher que foi de João Domingues.

A.N.T.T., Ordrm de Avir, nP 792.

Seibham todos como eu Joham Annes Pita aimoxarife de1 Rei em na Albofeira conheco e confeso que eu reçebi de Pero Lourenço creado d o Meestre d'Avis por Manim Vaasques morador na dicta viüa sete mil e quinhentas libras desta moeda que ora corre de tres libras mea as quaes me o dicto Pero Lourenqo devia e avia de dar per escriptura pubrica por razom dos bees (sic) que e1 ouve de Maria Annes molher que foi de Joham Domingues a qual Maria Annes e bees (sic) seus a mim dicto J2ham Annes erom obrigados os quaes me ouveram de star (sic) pagados por dia de Santa Eiria esta que ora passou soi (sic) çerta pena segundo he conteudo em escriptura pubrica feita per Joham Afomso tabeliam de Lou1e.a~ quaes recebia com pres- taçom que se por vemtura o dicto Pero Lourenqo as nom queser receber em paga daquello que deve ao Mestre r. lhas nom queser pagar aas eu aver de tornar ao dicto Martim Vaasquez comper que eu posa levar o dicto cabo (?) e penas do dicto Pero Lourerço per cs beens que e1 asy ouve da dicta Maria Annes e os posa vemder e arrematar segundo se contem no dicto contrancto feito entfe ambas. E as parte esto outorgarom so obrigamento de todos seus beens que pera esto comprir 3brigarom. E o dicto Martim Vaasquez pidio asp este estor- mento feito em na Albofeira no paaço do conçelho da dicta villa vinte

c seis dias de Novembro era de mil e quatrocentos e quarenta e huum anos. Testemunhas Joham Afomso tabeliam de Loule e Vicente Annes e outros e eu Joham Lourenço tabeliam de1 Rei na dicta viüa que o escrepvi men sinal fiz que tal (I4) he.

(24)

Docuti~ertto n." 5 1403.ilez.4 - Lisboo

Pedro Lourenço, criado d o Mestre da Ordem d e Avis

D.

Frei Fernão Rodrigues d e Seguira, faz aforamento a João Esteves, vizinhl do Lumiar, e a outras pesscas, d e uns pardieiros situados n o Lumiar. termo d e Lisboa, com a obrigação d e os aalçar em casa dhuma agua vertente e mais», p i r 2 alqueires de trigo e um capão, 10 ovos e um dia d e trabalho cada ano.

A.N.T.T.. Ordem de Aurr, :n 790 I

Ein nome de Deus anien. Sabham quantos esta c;irta d'eiipraza- inento virem que na era mil IIII' quareenta huum anos ein n d cidade

d e Lixboa em quatro dias d e Dezenbro nas casas d a morada d e

mv

(sic) Joham Mesurado ubeliom geeral de inoso senhor Elrey ein todo seu senhorio e em mynha presença e testemunhas adsante scziptas parece0 em o dicto logo Pero Lourenço criado de dom Fernim Rodri- guez Mestre da cavalaria da Ordem d'Avis e leer e pubricar fez per mym dicto tabeliom huma piocuraçom feitta e asiinada per L o u r e n p Meendez tabeliom d e Beiiavente segundo e m ella pareçia em na qual era conthudo antre as outras cousas que o dicto sentcx Mestre por sy e como procurador que he dos cavaleyros da dicta ordem dava poder ao dicto Pero Lourenço que em seu nome e da dicta ordem podese enprazar em tres persoas huuns pardieiros que som n o Lumear termho da dicta cidade os quaes partem com casas do preor e ccin Xuas pubricas e que Ihes mandase fazer cartas dello e que o av:a por firme e estavil sub obrigamento dos bees (sic) da dicta ordem a qual COE-

tava que fora feitta em o dicto logo d e Benavente trinta dias d e Novembro da era desta carta. A qual asi leuda e mostrada como dicto he o dicto Pero Lourenço per poder da dicta procuraçom eiiprazo~i os dictos pardeeiros e m tres persoas a Joham Stevez morador no Lumear. S. a e1 e 5 outra persoa que e1 nomear ao tempo d o seu pasa-

mento.

E

esa persoa que e1 nomear nomee outra persoa ao tempo do seu pasamento da guisa que nom sejam mais nem meos que tres perscas sub tal preito e condicom que o dicto Joham Stevez alçe os dictos pardeeiros e m casa dhúa agua vertente e mais se mais queser e que pague aa dicta ordem em cada huum ano d e foro e ponsom (sic) da dicta casa dous alqueires d e trigo e huum capom e dez ovos e huum

(25)

dia de serviço Ter sy ou per outro em cada huum ano.

E

que e1 seja quete do dicto foro e serviço deste natal da era deste stormento ata cinquo anos e dhi em deante começar de fazer o dicto foro em cada huum ano.

E

mandou e outorgou que o dicto Joham Stevez e persoas sem outra justica tomem a pose dos dictos pardeeln>s e os façam em casa como dicto he e em o dicto tempo façam deiia o que lhe prouguer e se a vender queserem que o façam saber ao senhcrio tant3 por tanto que a aia e nom a querendo que entom a posa vender a tal persoa que lhe faca seu foro que realmente.

E

o dicto tempo (I5) e persoas acabadas fica a dicta casa aa dicta ordem forra hisenta livre com tada sua bem feituria.

E

fazendo0 vos asy eu dicto Pero Lourenw obrigo os bees (sic) da dicta ordem avudos e por aver vos (I6) a defender e enparar a dicta casa em o dicto tempo sub pena de quanto em ello for fecto e melliorado e outro tanto ao senhor da terra e com vynte libras cada dia de pena.

E

o dicto Joham Stevez por sy e persoas suso dictas :rimou em sy o dicto enprazamento da dicta casa por O dicto tempo c foro em ceda huum ano sub todalas clausulas e czmdiçoes (sic) suso dicias e obrigou os seus bees (sic) avudos e por aver e das.dictas persozs a as manteer e aguardar sub a dicta pena. As quaes cousas as dictas Faltes louvarom e ouiorgarom e pedirom senhas cartas e mais fectas em (") a dicta qidade dia mes era suso dictas. Testemuniias Alvaro Goirrez do Porto e Pero Afcmsq de Carnide e outros e eu tabeliom suso dicto (I8) este stormenc3 screpvy e em e1 meu signal fige que tal he (I9).

Documr~tto 72.' 6 1103.Dez.4

-

Lisboa

Pedro Lourenço, criado do Mestre 62 Ordem de Avis D. Frei

Fernáo Rodrigues de Sequeira, faz aforamento a G3nçalo Afonso, vizinho do Lumiar, e a mais duas pessoas, de uns pardieiros situados no Lumiar, termo de Lisboa.

A.N.T.T., Ordein rir Avir, n". 790 I1

Em nome de Deus amen. Sabram quantos esta carta d'enpraza- mento virem que na era de mil IIII' quareenta huum anos e na cidade de Lixboa em quatro dias de Dezembro na cidade de Li::boa (sic) nas casas da mcrada de mgm Joham hilesurado tabeliom g e e r ~ l de

(26)

noso senhor Elrey em todo seu senhorio e em mynha presença e testeinunhas adeante scriptas pareceo em o dicto logo Pero Lourenço criado de dom Fernain Rcdriguez ktestre da cavalaria da ordein d'Avis e leer e pubricar fez per mym dicto tabeliom hüa paricuraçom feita e asiinada por Lourenço Meendez tabelioin de Benavente segundo em ella paresia em na qual era conthudo antre as outras cousas que o dicto Senhor Mestre por sy e como procurador que Iie dos cavaleiros da dicta ordem dava poder ao dicto Pero Louren~o que em seu nome e da dicta hordem podese enprazar em tres persoas huuns pardeeiros que a dicta ordem ha em no Lumear por quantos preços quesese os quaes partem com casas do preor e com ruas pubricas e que lhe mandase fazer cartas e estormentos delio e que o avia por firme e estavil sub obrigamento dos bees (sic) da dicta ordem a qual contava que fora Lecta em o dicto logo de Benavente trinta dias de Novenbro da era desta carta. A qual asy leuda e mustrada como dicto ke o dicto Pero Lourenço per poder da dicia pxcuraçom emprazou os dictos pardeiros (sic) em ires persoas a Gonçalo Afomso morador no dicto logo do Lumear S. a e1 e a outra persoa que el nomear ao tempo do seu pasamento e esa persoa que e1 asy nomear n o m e o u t r , ~ persoa ao tempo do seu pensamento da guisa que nom sejam mais ou meos que tres persoas sub tal preito e condi~om que o dicto Gonçalo Afomso alçe os dictos pardeeiros e casa d'huma agua vertente e mais se mais queser e que de e pague aa dicta rirdem em cada huum ano de foro e pensom da dicta casa dous alqueires de trigo e huum capom e dez ovos e hum dia de servip per sy ou per outro em cada huum ano e que e1 seria quite do dicto foro e serviço deste natal da era deste stormento ata quatro anos premeiros e dhi em deante começar de fazer o dicto foro em cada huum ano.

E

mandou e outorgou que dicto Gonsalo Afomso e e persoas sem outra justiça tomem a pcse dos dictos pardeeiros e os façam em casa como dicto he e em ,-, dicto tempo façam dela o que lhe pruger.

E

se a vender queserem que o fnçam (sic) saber ao senhorio e tanto por tanto que

a

aia e nom a querendo que a entom a posam vender il tal petsoa que lhe faça o seu foro rdmeante.

E

o dicto tempo

e persoas acabadas ficam (sic) a dicta casa aa dicta ordem forra livre com toda sua benfeittiria.

E

fazendo eUos asy eu dicto Pero Lourenço obrigo os bees da dicta ordem avidos e por aver a Ihes defender e empnrar a dicta csa em o dicto tempo sub pena do dobro e de quanto em e l h for fecto e melhorador (sic) e outro tanto ao senhor da terra e com viinte libras cada dia de pena.

E

o dicto Gonçalo Afomso por sy e persoas suso dictas tomou em sy o dicto enprazamento da dicta

(27)

casa por o dicto tempo e foro em cada huum ano sub todalas claususas (sic) e condiçons suso dictas e obrigou seus bees avudos e ppr aver e das dictas persoas e aas manteer e agrandar sub a dicta pena. As quaes cousas as dictas partes louvarom e outorgarom e pedirom senhas cartas e mais fectas em a dicta çidade dia mes era suso dictas. Testemu- nhas Alvaro Gomez do Porto e Pero Afomso de Carnide e ,>utros.

E

eu tabeliom suso dicto este stormento screpvii e em e1 meu signal fige que tal he (").

Documento n." 7 1403.Dez.4

-

Lisboa

D. Fernão Rodrigues, Mestre de Avis, representado por Pedro Lourenço, seu criado, empraza a Álvaro Afonso, escudeiro, morador em Lisboa, filho de Rodrigo Anes de Buarcx, e a outras 2 pessoas, uma vinha situada em Arroios pelo foro anual e pensão de 3 dobras e meia cruzada de ouro.

A.N.T.T., Oideni de Avir, n." 716

- .

-

Em

nome de deus Amen. ~ a b h a i n quantos esta carta denpraza- mento viGm que na era de mil 1111' quareen<a huum anos em quatro dias de Dezenbro na cidide de Lixboa nas casas da morada de mym Joham Mesurado tabeliom geeral dc coso Senhor Elrey eni todo seu senhorio e em mynha presenca e testemunhas edeante scriptas pareçeo em (sic) o dicto Pero Lourenço criado de dom Fernam Rodriguez Mestre da cavalaria da ordem d'Avis e leer e pubricar fez per mgm dicto tabeliom huma procuraçom feita e asinada per Lourenço hleendez tabeliom de Benavente segui~do em ella pareçia em na qual era conrhudo fsic) antre as outras C O U S ~ S que o dicto senhor Mestre por sy e como

procurador que he dos cavaleiros da dicta ordem dava poder ao dicto Pero Lourenqo que em seu nome e da dicta ordem podese enprazar em tres persoas húa vinha que a dicta ordem ha em Arroyos por os preços que por bem tevese e lhe mandase fazer cartas dello e que O avia por firme e estavil sub qbrigamento dos bees da dicta ordem a qual contava que fora feitta em o dicto logo de Benavente trinta dias de Novembr3 da era desta carta. A qual asy mostrada e leuda como dicto he o dicto Pero Lourenço per poder da dicta procuraçom enprazou a dicta vinha em tres persoas a Alvaro Afomso scudeiro morador em a

(28)

dicta Cidade filho de Rodrigo Annes de Buarcos. S. a el e a outra persoa que el nomear ao tempo do seu pasamento e esa persoa que e1 nomear nomee outra ao tempo do seu pasamento da guisa que nom sejam mais nem meos que tres sub tal preito e condiçom que o dicto Alvaro Afomso e persoiis logrem e ajam em sy a dicto vinha em todo o dicto tempo e apresentem e melhorem os tempos e razoes que fez mester e dem e paguem aa dicta hordem em cada huum ano de foro e penscm d s dic:a vinha tres dobras e mea cruzadas d'ouro nu seu verdadeiro vallor acs tempos das pagas e começar de fazer a primeira , > i i ? i pcr Natal d2 era de mil

IIII'

quarenta dous anos e asy em cada huum ano. A qual vinha dise o dicto Pero Lourenço que partia com vinhas 4elRey e com caminh-, puprico o qual dise que jazia em montório.

E

mandou e outorgou que o dicto Alvaro Afomso e persons sem outra justiça tomem a pose da dicta vinha e em o dicto tempo façam dclla o que lhe prouguer e se a vender queserem quz o façam saber ao senho- rio e querendo a o senhorio tanto por tanto que a aja e nom a querend? que entom a posam vender a tal persoa que lhe faça seu foro realmente.

E

o dicto tempo e persoas acabadas ficar (sic) a dicta vinha aa dicta ordeni livre f o r r ~ hisenta sem ccntenda com toda sua bem feituria.

E

fazendo nos asy eu dicto Pero Lourenço obrigo os bees (sic) da dicta ordem avudos e por avsr a vos defender e emparar a dicta vinha ern u dicto tempo sub pena de quanto em ello for feltto e melhcrado e outro tanto ao senhor da t e r n e c-im vynte libras cada dia de peca. E o dicto Alvaro Afomso por si e persoas suso dictas tomou em sy o dicto emprazamento da dicta vinha por a dicta conthia em cada huum ano sub todalas crausulas (sic) e condiçoes (sic) suso dictas e obrigou seus bees (sic) e das dictas persoas &udos e por aver a as manteer e agrandar sub a dicta pena. As quaes cousas a s dictas partes louvarom e outorgarom e pedircm senhas cartas e mais. Fecta em a dicta çidade dia mes era suso scriptas. Testemunhas Alvar-, Gomez marinheiro do Porto e Pedr'Afomso de Carnide e outros e eu tabeliom suso dicto ste (sic) stormento screpvy e em e1 meu signal fige que tal he. (")

Documi.nto n." 8 1404.Fev.T

-

Albufeira

Pcdro Lourenço, escudeiro do Mestre da Ordem de Avis e em sua representaçáo, João Afonso tabelino real em Loulé, em seu nome e no de Lerrnor Vasques, sua mulher, e Catarina Lourenço, sua sogra,

(29)

fazem aforamento a Domingos Lourenço e Maria Afomso, sua mulher, de um figueira1 e vinha, situadas no

Val

do Navio, t e m o de Albufeira, por 21 quintais de figos a pagar cada ano no dia de

S.

Miguel.

A.N.T.T., Ordem de Avis, nP 753 1

Saibham quantos esta carta de foro virem como eu Pero Lourenço criado e procurador do Meestre do Meestre (sic) d'Avis e eu Joham Afomso tabeliam de1 Rei em Loule por mim e por minha molher Lianor Vaasquez e por Catelina Lourenço minha sogra molher que foi d'Alvaro Vansquez Favachom morador na dicta villa de Loule como seu procurador que som (sic) ambos os dous emsenbra damos e i3utor- gamos de foro pera sempre a vos Domingos Lourenço e a Maria Afomso vosa molher moradores na Albufeira hum figeiral e vinha com suas testeiras de chaáo e matas que ha (sic) chamam Val do Navio termho da dita villa da Albofeira so tal preito e o condiçom que vos e todos os erdeiros que despos vos veerem dem a nos e a todos os erdeiros que despos nos veerem de h r o e meado buum apo vinte e buum quintal de boons figos reçebondos emseirados e corretados em salvo da dicta

villa

da Albofeira per esta gisa a mim dicto Pero Lourenp os oito

quintaaes e meo pella parte que montava d'aver a Domingue Eannes e a Maria Alveres sua molher que per morte e erança d'Alviiro Vaasquez Favachom seu padre (=) da dicta Maria Alvares erdarom o qual quinto d'erdade eu oube per thono de compra e a mim dicto Joham Afomso e minha molher, genro e filha do dicto Alvaro Vaasquez os tres quin- taaes e meo e a dicta Catelina Lourenço molher que foi do dicto Alvaro Vaasquez os nove quintaaes. O qual figeiral e vinha e chaaos e matas partem com Lourenço Abadinho e com Afomso Domingues e com Domingos Lourenço e com Estevam de Neise e com Esteve Eannes da Gaga e com o f i h de Montejunto e ccm caminho pubrko.

E

devedes de pagar o dicto foro em cada huum ano como dicto he por dia de Sã Migel de Setembro prerneiro seguiinte e asy em cada hiium ano por o dicto por o dicto (sic) dia como dicto he s? pena dúa arroba de figos regebondos e boons em cada huum dia de pena adubando e me- lhorando na dicta erdade e nom e nom (sic) pejorando e vos nom devedes de vender a Eicts erdade a nenhuma pesoa mais poderosa que nos e se a vender quiserdes devedello ante fazer snber a nos pera a nos avermos por quanto outrem por ela der. E nom a querendo nos entom B devedes de vcnder aa tal pesoa que nom seja dos sobredictos e que compre e a guarde a nos as s-Jbrcdictss cousas e cada hüa dellas com

(30)
(31)

ng cerca da dicta villa na rua de Martim Vaasquez a qual parte com

Joham d'Alvalade sobre dicto e com Gonçalo Esteves do Amendonl e .oin casas,que foram do dicto Joham Lourenço tabeliam e com rua pubrica e com divisoes com que de direito devem partir para elles e seus filhos e noras e para todos aqueles que despos elles veerem com todas suas eníradas e saidas e perteensas que os já lhe pertencem de direito e de fcito asi e pe!la gisa que e1 avia o m condiçom que deni cs dictos Joham d'Alvalade e sua molher e todo seus erdeiros ao dicto Pero L o ~ r e n ç o e a todos seus erdeiros para sempre de foro em cada hum ano tres quintaes de boons figos reçebondrs enseirados carretndos em salvo em na dicta villa d'Albofeira.

E

começarom de fazer a pri- meira paga por dia de Sam Miguel de Setenbro primeiro que vem

e dahi en deante asi em cada hum ano.

E

nom pagando os dictjs tres quintaaes ao dicto dia como dicto he que di em deante sejam theudos do os pagar com hüa arroba de boons figos em cada huum dia de pena.

E

que o dicto pardieiro nem parte dele nom vendam nem posam vender a rei .nem a seus filhos nem a Igreja nem a moesteiro nem a lugar nem a mouro nem a judeu nem a algka pesoa de rellegiom e se o vender queserem que o façam ante saber ao dicto Pero Lcurenço ou a seus erdeiros pera elles o averem tanto por tanto e quar.do elles nom queserem que entom o vendam aa tal pesoa que nom seja de meior condiçom que e1 e quz seja tal pesoa de que elles em cada huum ano sem contenda nenhüa pasam aver o dicto foro e de mgis que o dicto pardieiro nom posam dar nem doarnem trocar nem permudar r:em em alhear em outra pesoa sem seu mandado e permudando o em outra pesoa que tzl permudamento no mvalha nem parte del.

E

que se o dicto Pero Lourenço ouver de vender o dicto foro que o faça ante sabcr ao dicto Joham d'Alvalade e sua molher ou a seus erdeiros pera averem tanto p2r tanto vendendo nom lho fazer (sic) fazendo saber que

tal venda nom valha e que se o queserein elles tanto por tanto que o ajam ante que outrz~ pesoa nenhua pesoa.

E

que o dicto foro depois dos dias do dicto Joham d'Alva!ade e sua molher ande sempre em h u ã pesoa e nunca seja e que adubem e aproveitem e melhorem o dicto pardieiro e no mo pejorem.

E

danificando nom teendo os dictos loham d'A41ualade K sua molher Maria Fernandes ou seus erdeiros beens

iior que posam emmendar e correger o dicto danif;cameiito que o d i c t o Pero Lourenço posa tomar e tome ou seus erdeiros o dict.3 pardieiro nera si e nom o averom mais o dicto Joham d'Alvalade e Maria Fer- nandes sua molher nem seus erdeiros e fazer de1 o que lhe prouger

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