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PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº /2.020 DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE TÍTULO DE CIDADÃO EMÉRITO (SENHOR JOSÉ MARIA RODRIGUES VIEIRA DON ESPIRRO I)

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PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº _______/2.020

“DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE TÍTULO DE CIDADÃO EMÉRITO”

(SENHOR JOSÉ MARIA RODRIGUES VIEIRA – DON ESPIRRO I)

Art. 1º. A Câmara de Vereadores da Estância Turística de Itu resolve

conceder o Título de Cidadão Emérito ao Senhor JOSÉ MARIA RODRIGUES

VIEIRA – DON ESPIRRO I, em reconhecimento aos relevantes serviços

prestados à comunidade ituana.

Art. 2º. Este Decreto Legislativo entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Plenário “Luiz Guido”, aos 19 de junho de 2.020.

Dr. BENEDITO ROQUE MORAES

Vereador

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J U S T I F I C A T I V A

Senhor Presidente, Senhores Vereadores,

Apresento à elevada apreciação dos Nobres Pares o presente Projeto de Decreto Legislativo, que concede o Título de Cidadão Emérito ao ituano Senhor JOSÉ MARIA RODRIGUES VIEIRA – DON ESPIRRO I, buscando reconhecer aqueles dentre os nossos conterrâneos que fazem por merecer terem seus nomes registrados para a posteridade como grandes benfeitores da cidade em que nasceram.

A biografia do Senhor José Maria Rodrigues Vieira, sucintamente traçada nesta Justificativa, por si só nos dará a confortável certeza de quanto agiremos bem ao atribuir este título que, essencialmente, contém o reconhecimento oficial de quanto a sua existência tem sido uma permanente disposição de bem servir a coletividade ituana.

JOSÉ MARIA RODRIGUES VIEIRA, conhecido popularmente como DON ESPIRRO I, natural da cidade de Itu/SP, nascido no dia 23/05/1937. Filho de José de Almeida Vieira e Maria Rodrigues Vieira, tem 04 irmãos: Benedita de Almeida Vieira (in memorian), Dimas Rodrigues Vieira (in memorian), Anna Rodrigues Vieira Barros e Manoel Rodrigues Vieira (in memorian).

Foi casado com Deolinda Pavan e, nesse relacionamento tiveram 05 filhos: Wallace, Fernanda, Adriane, Gisele e Douglas, 02 genros (José Francisco Quintanilha e Marcelo Martinelli Cervezão), 01 nora (Claudinéia Farias) e 03 netas (Vitória Vieira Grillo Ambiel, Marina Vieira Cervezão e Eduarda Vieira Cervezão). Atualmente tem uma união estável com Maria de Fátima Cruz.

Quando criança, estudou no Jardim de Infância Ezequiel e terminou seus estudos na escola Convenção de Itu. Nessa época, entre 8 e 10 anos, entregava marmita da Pensão Dona Cota junto com Anésio Marmiteiro, e também, recolhia lenhas nas casas. Foi escoteiro no grupo do Frei Osvaldo e, mais tarde, chefe dos escoteiros Nossa Senhora do Carmo.

Foi na sua época de escoteiro que ganhou seu apelido. A história por trás é de quando um cipó bateu na sua testa e saiu sangue, que começou a espirrar.

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Todos ao seu redor começaram a gritar “espirrou, espirrou, espirrou” e, a partir daí, passaram a chama-lo de Espirro. Sem perder seu lado piadista e, segundo ele, para deixar mais nobre, intitulou-se Don Espirro I.

Estudou na Escola Liceu de Artes e Ofícios, onde cursou marcenaria e entalhação e, no SENAI, fez o curso de mecânico e torneiro. Quando terminou os cursos, foi trabalhar na cidade de Lins com o irmão mais velho Dimas, na Óptica Linense. Lá, continuou os estudos no Colégio Americano e, aos domingos e feriados, trabalhava de guia de cegos no Instituto Linense.

Depois de Lins, com uma moto, em uma estrada de terra, foi tentar a vida em Curitiba para vender rolamentos. A estadia foi curta, pois foi um período de muita sofrência.

Voltou para Itu, onde começou a trabalhar nas Joalherias Octacilio Xavier, Luizinho Xavier Machadinho e Casa Santoro. Nesse meio tempo, foi para o exército e saiu por excesso de contingente e retornou a trabalhar na Casa Santoro. Após um tempo trabalhando com o Sr. Santoro, resolveu montar a sua própria relojoaria e oficina, não deu certo, fechou e voltou à Casa Santoro, em Salto. Trabalhou, também, em Indaiatuba, na Loja Della Vecchia (atualmente Lojas Cem), primeira filial do Grupo.

Morou uma temporada em São Paulo, na Rua Abolição (Bela Vista). Nessa época, ele vendia meias na 25 de março.

Em Itu, montou sua primeira loja de antiguidades na Rua dos Andradas, onde já fazia esculturas em madeira, cerâmica e pedra. Participava, aos domingos, das feiras de antiguidades em São Paulo, na Praça da República, feira dos Hippies e na Avenida Paulista (em frente ao MASP). Nesse período, era contratado para decorar todas as vitrines da Loja Mappin na Avenida São Paulo. Sua loja, inicialmente na Rua dos Andradas, foi aumentando e acabou sendo transferida para a Avenida Tiradentes, com o nome de Antiquário e Marcenaria Don Espirro I. Teve filial em São José dos Campos e Guarujá.

Uma de suas histórias é sobre um cliente, que depois de ter sua chácara em Cabreúva mobiliada e decorada pelo Espirro, chamou-o a sua casa em São Paulo, mas pediu que fosse de ônibus. Don Espirro e seu motorista, Piquira, foram juntos (de ônibus, conforme pedido) e, quando chegaram, seu cliente, que já havia se tornado um amigo, mostrou-lhe, da janela de seu apartamento, um carro. Não era qualquer carro, porém era um Mustang 1975, preto e branco. Espirro ficou sem palavras quando foi lhe dito que o carro era um presente. Ambos voltaram para Itu, com o carro.

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Em 1982, resolveu abrir o Restaurante e Pizzaria Don Espirro I, que foi um sucesso na cidade. Foi nesse período que começou a pintar telas com material reciclado.

Don Espirro ficou conhecido em Itu, também, pelos seus Carnavais. Quando chegava a época de Carnaval, todos esperavam ansiosamente pelas suas fantasias, que personificavam sua criatividade. Até os dias atuais, com seus 83 anos, participa de todas as datas comemorativas da cidade de Itu: desfile de 7 de setembro, aniversário de Itu, Festa do Divino, Bloco do R no Carnaval, apresentações de praça, mas as mais esperadas pelo povo ituano é a entrega de feijão no Réveillon, onde Don Espirro sai com sua roupa de profeta entregando o símbolo de fartura aos cidadãos. Um fato importante antes das entregas dos feijões, Don Espirro se vestia de mendigo e ia pedir esmolas na casa dos amigos, por volta das 19hs, quando tocava a campainha constantemente e até alguém aparecer na porta nervoso e dizia: “uma esmolinha pelo amor de Deus”, e respondiam: “não tem nada aqui, não tem nada aqui!!”, fechavam a porta e ele insistia e tocava novamente a campainha até o amigo ficar irritado e daí ele se revelava, daí então tudo era festa, ele entrava e todos caiam na risada.

E não podemos deixar de contar a história mais conhecida da gruta. Ainda solteiro, ele tinha uma boneca de pano, tamanho adulto, chamada “Clarimunda”. Um certo domingo, ele amarou sua boneca na moto e foi passear até a gruta. Naquela época, o rio Tietê era limpo, tinha muitos peixes e muitas famílias iam pescar e fazer churrascos. Eram tantas pessoas, que chegavam de ônibus fretado. Então ele parou sua moto, subiu até o topo da Gruta e lá começou uma briga com a sua boneca, e esta encenação da briga ele jogou a Clarimunda lá de cima.

Até hoje encontramos Don Espirro I nas praças de Itu, onde apresenta sua arte, conversa com as pessoas que passam e traz sua alegria tão contagiante que é seu principal símbolo. Quando se trata dele, não existem as palavras “vergonha” e “tristeza” no vocabulário, ele dança, canta, conta suas piadas e segue sua vida de forma leve.

Don Espirro considera-se uma pessoa alegre, divertida e de bem com a vida.

Suas exposições:

- 1992 – participou de um concurso na faculdade Nossa Senhora do Patrocínio com suas esculturas e ganhou o 2º lugar;

- 2017 – exposição de suas telas e esculturas no antigo Ituano Clube, junto com outros artistas ituanos.

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- 2018- exposição de suas telas e esculturas no saguão da Prefeitura de Itu.

É nossa expectativa, Senhor Presidente e Senhores Vereadores, que a presente propositura venha a ser aprovada oportunizando, assim, que se preste ao Sr. JOSÉ MARIA RODRIGUES VIEIRA – DON ESPIRRO I, a homenagem da “cidadania emérita”, titulação que lhe é cabalmente merecida.

Plenário “Luiz Guido”, aos 19 de junho de 2.020.

Dr. BENEDITO ROQUE MORAES Vereador

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