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O reforço do capital humano à luz do quadro estratégico europeu Ramiro Marques - Instituto Politécnico de Santarém

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Academic year: 2021

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(1)

O reforço do capital humano à

luz

do

quadro

estratégico

europeu 2014-2020

(2)

Um Orçamento da UE que reforce o

investimento na Educação

O orçamento investe nos cérebros europeus, aumentando os valores destinados à educação, formação, investigação e inovação. Estas áreas são cruciais para a competitividade da Europa a nível global e permitirão criar empregos e ideias de amanhã.

Fonte: Comunicação do Presidente da CE ao Parlamento Europeu em 29/06/2011

(3)

Investir menos em infraestruturas e

mais em capital humano

É por isso que na minha proposta os gastos com a competitividade e o emprego crescem 50% em relação ao período de 2007-2013.

Fonte: Comunicação do Presidente Van Rompuy ao Conselho Europeu 23/11/2012

Melhorar a competitividade e o emprego apostando no reforço do ensino vocacional e básico, secundário e pós-secundário. Investir menos em infraestruturas e mais em capital humano.

(4)

Objetivos do QREN no reforço do

capital humano

1. redução do abandono escolar precoce e do insucesso

2. aumento do nível de qualificações da população 3. melhoria do desenvolvimento de competências

de formação de jovens e adultos

4. melhoria do ajustamento entre oferta e procura de qualificações.

Os 2 primeiros foram conseguidos, os 2 últimos ficaram aquém do desejável

(5)

É possível fazer melhor

A alocação dos fundos do quadro financeiro plurianual 2014/2020 não deve repetir erros do passado. A alocação de fundos deve ser mais seletiva e privilegiar mais a aprendizagem do que a certificação e validação de competências. O objetivo 4 - melhoria do ajustamento entre

oferta e procura de qualificações - deve

fazer-se pelo reforço do ensino dual realizado em contexto empresarial.

(6)

Duas metas na área da Educação

Na área da educação a Estratégia Europa 2020 estabelece 2 metas essenciais:

a redução da taxa de abandono escolar precoce (com idades entre os 18 e os 24 anos) para os 10% em 2020.

pelo menos 40% da população jovem (entre 30 e 34 anos) deve ter um grau ou diploma de ensino superior.

(7)

O que se conseguiu entre 2007 e

2011 - QREN

A taxa de abandono escolar precoce, entre 2007 e 2011, diminuiu três vezes e meia mais do que entre 2000 e 2007.

Taxa de abandono escolar precoce em 2011:

Portugal: 23%

Média da UE27: 14% Espanha: 25%

(8)

Evolução da taxa de abandono

escolar precoce entre 2000 e 2011

Em 2000: Portugal: 44% UE27: 18% Espanha: 29% Em 2011: Portugal: 23% UE27: 14% Espanha: 25%

(9)

Evolução da taxa de escolaridade de

nível secundário

Em 2007: 27% Em 2011: 35%

Taxa de escolaridade de nível secundário na UE27, em 2011:

(10)

O que se conseguiu

1.

A taxa de analfabetismo desceu para metade. É hoje quase residual: 5,23%.

2.

A percentagem de crianças a frequentar a educação pré-escolar atingiu a média da UE: 73,49%. Em dez anos, registou-se um aumento de cerca de 40%.

3.

Houve uma redução grande na taxa de abandono escolar à saída do 9º ano: apenas 22,08% dos diplomados deixaram de estudar.

(11)

O que se conseguiu

A taxa de abandono escolar precoce continua elevada e longe da meta estabelecida para 2014: 15%. Em 2011, a taxa de abandono escolar precoce continua ainda em 23%, uma das mais elevadas da UE.

O que fazer para fazer recuar a taxa para a meta de 10% em 2020?

Apostar no reforço do ensino básico vocacional, criar o ensino secundário vocacional e alargar o ensino profissional secundário e pós-secundário

(12)

Formação de adultos

Em 2011, as ações de F.A. abrangeram 389 mil participantes em processos RVCC, 473 mil em Formações Modulares Certificadas, 54 mil em EFA, 245 mil em empresas de economia social e 105 mil em formação para a administração pública. O esforço deve ser mantido mas redirecionado mais para a aprendizagem e menos para a certificação de competências. Apostar na reconversão académica e profissional de licenciados desempregados

(13)

Papel do QREN na Formação de

adultos (2007/2011)

O QREN cofinanciou ações que abrangeram:

174 mil formandos nos cursos EFA

845 mil nas Formações Modulares Certificadas

1,34 milhões em processos RVCC

713 mil participantes em formação para entidades de economia social.

400 mil em formação para a Administração Pública

(14)

Constrangimentos:

Apesar

dos

elevados

progressos

registados na descida da taxa de

abandono escolar precoce, a taxa de

desemprego jovem não tem cessado

de aumentar e atingiu, em 2012, 39%

dos jovens com idades entre os 18 e

os 25 anos de idade.

(15)

Mais constrangimentos:

Só há dois países da OCDE com menor percentagem de população habilitada com o ensino secundário profissional. Atrás de Portugal, apenas a Turquia e a Espanha. A par de Portugal, situa-se a Grécia. Os países com maior percentagem de diplomados com um curso secundário profissional são por esta ordem: República Checa, Eslováquia, Áustria, Hungria, Eslovénia, Alemanha, Estónia, Finlândia e Suiça.

Os dados são de 2010 e estão publicados no Education at a Glance de 2012 (página 30).

(16)

Mais constrangimentos:

A leitura do quadro da página 30 do relatório da OCDE, Education at a Glance (2012), permite verificar que os países com maior percentagem de população adulta com cursos secundários e pós-secundários profissionais têm taxas mais baixas de desemprego. O caso de Espanha, Portugal e Grécia, posicionados nos últimos lugares na percentagem de frequência de ensino secundário profissional, pode significar que existe alguma correlação entre elevadas taxas de desemprego e baixos níveis de qualificação profissional entre a população adulta.

(17)

Taxas de desemprego jovem na UE

(2012)

Grécia: 55%

Espanha: 53%

Itália: 34,5%

Portugal: 39%

Média na UE27: 22,7%

(18)

Países com via profissional forte

têm baixo desemprego jovem

Alemanha: 8,3% (2011)

Holanda: 8,5% (2011)

Áustria: 8,7% (2011)

Parece haver uma relação entre uma

elevada percentagem de alunos a

frequentar o ensino profissional e uma

baixa taxa de desemprego jovem.

(19)

Reforçar o ensino vocacional e

profissional

Os cursos profissionais absorveram, até 2011, 1,2 mil milhões de euros do QREN (59% do

Fundo).

Os CEF, absorveram 20% do fundo aprovado. Os Cursos de Aprendizagem, 11% do Fundo. Os TEIP, 5% do fundo aprovado.

Abrangeram 75,8 mil alunos do E.S. e 41,2 mil alunos do 3º CEB.

(20)

Substituir os CEF, PIEF e PCA pelo

Ensino Básico Vocacional

As ofertas foram demasiado dispersas e com pouca articulação às empresas.

A dispersão das ofertas deve dar lugar a uma via de ensino básico vocacional, para alunos a partir dos 13 anos, que tenha sequência nas vias de ensino secundário vocacional ou profissional e permita a aprendizagem de uma profissão e o prosseguimento de estudos pós-secundários. O caráter dual da formação deve ser reforçado em todos os níveis.

(21)

3 questões essenciais:

1.

Que politicas implementar para

atingir a meta dos 10% de abandono

escolar precoce em 2020?

2.

Que

meios

financeiros

será

necessário colocar à disposição?

3.

Quem serão os atores responsáveis

(22)

Medidas para atingir a meta dos 40%

de diplomados em 2020:

Optar pelo reforço das ofertas de 1º (licenciatura) e 2º ciclo (mestrado), insistindo em dar mais do mesmo?

Ou optar pela criação e reforço de ofertas de ensino pós-secundário com caráter dual e formação mais curta?

Só a segunda opção permite captar os públicos que não têm tido acesso ao ensino superior e aumentar a taxa de empregabilidade juvenil.

(23)

Medidas para atingir a meta dos 40%

de diplomados em 2020

Vantagens das ofertas pós-secundárias

de caráter dual:

1.

Garantem maior empregabilidade.

2.

O custo médio anual por aluno pode ser

inferior ao custo médio das ofertas

tradicionais de 1º ciclo.

3.

Garantem uma maior articulação entre

(24)

Medidas para atingir a meta dos 40%

de diplomados em 2020

Como é que as ofertas formativas da 2ª opção podem atrair outros públicos para as IES?

1. Através da introdução do último ano de ensino profissional secundário (12º ano) nas IES

2. Dando a esses alunos a possibilidade de frequentarem cursos de 2, 3 ou 4 semestres que permitam a conclusão conclusão do 12º ano e acesso a um diploma de estudos pós-secundários especializados que articule com planos de estudos das licenciaturas

(25)

Medidas para atingir a meta dos 40%

de diplomados em 2020

3. A conclusão de um diploma de estudos pós-secundários pode permitir o acesso direto à conclusão de um licenciatura.

4. As IES devem adaptar as ofertas formativas de 1º ciclo às ofertas formativas pós-secundárias de caráter dual de forma a formarem um conjunto coerente que permita aos alunos ganhar tempo e créditos.

(26)

Medidas para atingir a meta dos 40%

de diplomados em 2020

Dando como exemplo da articulação curricular entre as ofertas pós-secundárias e as ofertas de 1º ciclo:

Um aluno que venha de um curso profissional secundário faz o 12º ano numa IES e acede diretamente a um curso pós-secundário. A matriz curricular do 12º ano inclui unidades curriculares que integram o 1º ano do curso pós-secundário.

(27)

Manter os níveis de esforço na

formação avançada e Ciência

O QREN apoiou, em 2011, 6,8 mil projetos de doutoramento, pós-doutoramento e emprego científico.

O esforço é de manter mas deve ser redirecionado para as unidades de investigação científica de excelência e para as áreas científicas em que Portugal integra o clube dos melhores do Mundo.

É de reforçar o apoio a empresas que deem emprego a jovens cientistas com PHD.

(28)

Formação avançada e investigação

científica

Portugal tem atualmente uma % (do total da população entre os 20 e os 29 anos) de estudantes de doutoramento em Ciência e Tecnologia acima de muitos países da UE:

0,49% em Portugal, face a 0,3% em Espanha e 0,44% em França.

A alocação de fundos deve direcionar-se para as áreas científicas de excelência e que permitem ganhos de competitividade e inovação.

(29)

Quatro eixos estratégicos:

1. Apostar mais no reforço do capital humano e menos nas infraestruturas

2. Apostar mais na aprendizagem ao longo da vida e menos na certificação de competências 3. Reforçar a via do ensino vocacional no ensino

básico, secundário e pós-secundário inprimindo-lhe um caráter dual

4. Redirecionar os fundos para as áreas científicas de excelência e que permitam ganhos de competitividade

(30)

Três áreas críticas

1. Criar instrumentos de orientação escolar e profissional que permitam encaminhar mais cedo os jovens para ofertas formativas adequadas ao seu perfil vocacional

2. Mecanismos que permitam um maior envolvimento das empresas na formação com o objetivo de ajustar melhor a oferta e a procura

3. Mecanismos de tutoria em contexto de empresa

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Fontes

• CE (2012). Proposition de la Commission Européenne: Guide Pratique au Cadre Finnancier Pluriannuel

O QREN e o Capital Humano - Documento síntese

elaborado pelo Observatório do QREN

• http://ec.europa.eu/growthandjobs/pdf/complet_en.pdf

• http://ec.europa.eu/eu2020/pdfh/annex1.pdf

• http://europa.eu/press_room/press_packs/europe_2020

/index_en.htm

• Lima, F. (2012) (Coord.).Os Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências e o Desempenho no Mercado de Trabalho. Lisboa: Centro de Estudos de Gestão do IST

Referências

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