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PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE

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Academic year: 2021

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PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Autoras: Paula Cristina Ischkanian 1 e Maria Cecília Focesi Pelicioni2.

1

Mestranda da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - Brasil. Agência financiadora: CAPES. paulli@usp.br – 55(11)8577-2544.

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Profª Doutora em Saúde Pública. Livre Docente do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – Brasil.

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Este resumo é proveniente de uma pesquisa de mestrado em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo realizada em duas Unidades de Saúde da Prefeitura Municipal de São Paulo, SP, Brasil em 2009/2010. Portanto, os resultados aqui apresentados são preliminares, mas seguros para serem divulgados. A linha de pesquisa em Promoção da Saúde permite que na metodologia utilize-se uma abordagem qualitativa e integrada aos cinco campos prioritários da promoção da saúde definidos na Política Nacional de Promoção da Saúde (2006): Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis; Criação de ambientes favoráveis à saúde; Reforço da ação comunitária; Desenvolvimento de habilidades pessoais; Reorientação dos serviços de saúde cuja base encontra-se nas Cartas, Declarações e Conferências Internacionais (1986).

Palavras-Chave: Práticas Integrativas e Complementares, Promoção da Saúde, Saúde Pública, Sistema Único de Saúde (SUS), Terapias Alternativas.

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INTRODUÇÃO: No Brasil, o Ministério da Saúde em 2005 definiu uma Agenda de

Compromissos pela Saúde que agregou três eixos temáticos: o Pacto em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), o Pacto de Gestão e o Pacto em Defesa da Vida no qual se destaca a Política Nacional de Promoção da Saúde – PNPS. Mais do que um conceito, a promoção da saúde, como uma das estratégias de atenção à saúde é vista como um modelo, como um modo de pensar e de operar articulado às demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro. Ela contribui na construção de ações que possibilitam responder às interesses e demandas sociais em saúde da população (BRASIL, 2006).

Presume uma concepção de saúde que não está restrita a ausência de doença, mas que seja capaz de atuar sobre seus determinantes sociais, o que incide nas condições de vida da população. Está além da prestação de serviços clínico-assistencial, supondo ações intersetoriais que envolvam a educação, o saneamento básico, a moradia, o trabalho e a renda, a alimentação, lazer, o meio ambiente, o acesso a bens e serviços essenciais, entre outros (SÍCOLI e NASCIMENTO, 2003).

As estratégias de promoção da saúde incluem uma ação coordenada entre diferentes segmentos da sociedade visando assegurar a oportunidade do indivíduo conhecer e controlar os fatores que influenciam a sua saúde (RESTREPO, 2002; BUSS, 2003; CZERESNIA, 2003).

Concomitante a esta política, foi aprovada também em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC/SUS (BRASIL, 2006) a fim de atender, sobretudo, a necessidade de conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que vêm sendo desenvolvidas na rede pública brasileira respondendo ao desejo de parte da população, manifesto nas recomendações de Conferências Nacionais de Saúde, desde 1988.

OBJETIVOS: Investigar os conhecimentos, opiniões e representações sociais dos

gestores e profissionais de saúde sobre as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) para a Promoção da Saúde; Identificar as dificuldades e desafios que se apresentaram na implementação, utilização e divulgação das PICs em Serviços de Saúde da Zona Norte do município de São Paulo.

POPULAÇÃO DE ESTUDO: Gestores e profissionais de saúde de duas Unidades

Básicas de Saúde da PMSP/SP.

METODOLOGIA: Neste estudo foi utilizada a metodologia qualitativa. Esta

abordagem trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 2004, p.21).

Possibilita a utilização de técnicas e recursos instrumentais adequados à compreensão dos valores culturais e das representações sociais de um

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determinado grupo e permite saber como se dão as relações entre os atores que atuam numa temática específica.

Segundo Barros et. all, (2003) determinados objetos e problemas de pesquisa, dependendo do seu caráter contextual, complexo e multicausal, podem ser menos controlados e necessitam de métodos e técnicas diferenciadas de investigação. Foram escolhidos como instrumentos de investigação, a pesquisa Documental e a Entrevista baseada em roteiro pré-estabelecido. Para Gil (2005), a pesquisa documental fundamenta-se na exploração das fontes que não receberam qualquer tratamento analítico. A entrevista permite a captação imediata e corrente da informação social, tratamento de escolhas nitidamente individuais e atingir informantes que não poderiam ser atingidos por outros meios de investigação (LÜDKE E ANDRÉ, 1986). Procedeu-se a análise de conteúdo dos dados seguindo o modelo de Bardin (2008).

RESULTADOS e CONCLUSÃO: O modelo biomédico ainda prevalece

quantitativamente, na maioria dos atendimentos oferecidos nos Serviços Públicos de Saúde. Para Pelicioni (2005, p.413) o modelo biomédico adotado durante os últimos anos não trouxe para a saúde pública tantos avanços quanto se esperava. Uma nova maneira de abordar a Saúde Pública, a Promoção da Saúde é mais ampla e abrangente. Nela são consideradas as condições, estilo de vida e qualidade de vida, a capacitação para autonomia e maior participação dos usuários no processo saúde/doença obtidos por meio da educação popular em saúde.

A divulgação das PICS tem sido bastante restrita, por isso boa parte dos usuários e dos profissionais de saúde ainda desconhece esse tipo atendimento. A maioria dos gestores relatou desconhecer tanto a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares quanto as próprias práticas, embora dois terços sejam favoráveis e simpatizantes às abordagens mais naturais e holísticas. Nem todos os profissionais que atuam nas Unidades de Saúde onde as PICs têm sido oferecidas têm valorizado essas atividades pelo fato de não terem formação adequada e demonstrarem algum tipo de preconceito, apesar dos esforços daqueles que as aplicam.

Essa discussão não tem feito parte das reuniões periódicas Institucionais. As PICs não têm ocupado o papel que deveriam e ou poderiam dentro do SUS para a Promoção da Saúde. A implementação das PICs nas Unidades tem sido difícil por não estar a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares contemplada na Agenda de Compromissos pela Saúde.

Recomenda-se que a Prefeitura do município de São Paulo, SP, Brasil incentive e crie condições para o oferecimento das PICS em todas as suas Unidades, com ênfase na melhoria na divulgação das mesmas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa:Edições 70; 2008.

BARROS, N.F.; CECATTI, J.G; TURATO, E. R. (org). Pesquisa Qualitativa em

Saúde: múltiplos olhares. Campinas: UNICAMP, 2005.

BELEI, R.A. et al. O uso de entrevista, observação e videogravação em

pesquisa qualitativa. Cadernos de Educação | FaE/PPGE/UFPel | Pelotas [30]:

187 - 199, janeiro/junho 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Política Nacional de

Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

no SUS - PNPIC-SUS /Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,

Departamento de Atenção Básica. - Brasília :Ministério da Saúde, 2006. 92 p. - (Série B. Textos Básicos de Saúde).

BUSS, P.M. Uma introdução ao Conceito de Promoção da Saúde. In:

Czeresnia D, Freitas CM. Promoção da Saúde – conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p.15-37.

CZERESNIA, D. O conceito de Saúde e a Diferença entre Prevenção e

Promoção. In: Czeresnia D, Freitas CM. Promoção da Saúde – conceitos,

reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p.39-53.

GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Educação Ambiental In: PHILIPPI, Jr. A., PELICIONI, M.C.F. eds. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005. 878p.

LÜDKE, M. ANDRÉ, MEDA. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo:EPU, 1986.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC/ABRASCO; 2004. 269 p.

PELICIONI, M.C.F. Promoção da Saúde e Meio Ambiente: Uma Trajetória

Técnico-Política In: PHILIPPI, Jr. A., PELICIONI, M.C.F. eds. Educação

Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005. 878p.

RESTREPO, H.E. Conceptos y definiciones. In: Restrepo HE, Málaga H.

Promoción de la Salud – como construer vida saludable. 2ªed.Bogotá:

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SÍCOLI, J. L., NASCIMENTO, P. R. Promoção da Saúde: conceitos, princípios

Referências

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