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EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO NO NASCIMENTO DE ANTÓNIO PEDRO PARA VER ATÉ 28 DE FEVEREIRO DE 2010

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PREÇO ANUAL: 30€ DESEJA BOAS FESTAS 1 9 7 1 - 2 0 0 9 | S E M A N Á R I O

0,80€

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ANO XXXVIII • Nº 1388 • 18 DE DEZEMBRO DE 2009 • SEMANÁRIO • DIRECTORA: ELSA GUERREIRO CEPA

EM JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO

PARA VER ATÉ 28 DE FEVEREIRO DE 2010

EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA

DO CENTENÁRIO NO NASCIMENTO

DE ANTÓNIO PEDRO

CÂMARA DE CAMINHA

ENTREGA INCENTIVOS

DE APOIO À NATALIDADE

E À ADOPÇÃO A 78

CRIANÇAS NO MONTANTE

DE 49.750 EUROS

ORFEÃO DE VILA PRAIA DE

ÂNCORA REALIZOU CONCERTO

DE NATAL DEDICADO AO DIA

INTERNACIONAL DO CANTO CORAL

DÍVIDAS

DA REGENCY

ULTRAPASSAM

OS 3 MILHÕES

DE EUROS

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“SURREALISTA

PORQUE ASSIM

ME APETECEU”

O Surrealismo de António Pedro veio responder

às reservas levantadas pelo próprio relativamente

ao Dimensionismo. A “exaltação sensível”

encon-trava naquele movimento um terreno fértil e afim.

A valorização dos processos inconscientes como

substrato do imaginário era uma passo em direcção

a um continente sensível, sepultado por séculos de

razão, que configurava uma liberdade consentânea

com a dimensão utópica do sujeito, iniciada pelo

romantismo e que o projecto surrealista vinha

ac-tualizar. As suas declarações no Catálogo Exposição

Surrealista de 1949 são a este título esclarecedoras,

quando explica porque é surrealista:

“Porque sou Surrealista?

1º - Porque assim me apeteceu.

2º - Porque um dia descobri que no céu só havia

nuvens e na terra transformações. Nesse dia,

despo-voando-se os abismos fictícios do homem, descobri

que o seu povoamento era conveniente para tudo o

que não é conveniente. E porque assim me apeteceu.

3º - Porque um dia descobri que, no homem como

nas cebolas, havia uma série de capas sobrepostas

para lhe taparem o que, lá dentro, é realmente de

aproveitar. Nesse dia, verificando que todos esses

entraves eram, de facto, muito mais tenebrosos do

que as cadeias em que se fala de liberdade,

desco-bri também que o encontro com a liberdade tem a

vantagem de ser inconveniente para tudo o que não

é conveniente. E porque assim me apeteceu.

4º - Finalmente e sobretudo porque assim me

apeteceu”.

Pedro Lapa

In: Catálogo “António Pedro exposição

comemo-rativa do centenário do nascimento”

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“ S U R R E A L I S T A P O R Q U E A S S I M M E A P E T E C E U ” - A N T Ó N I O P E D R O 1 9 0 9 - 1 9 6 6

O começo da sua actividade centra-se na poesia, em 1926, de pendor simbolista e na-cionalista (na linha do que fazia o seu mestre e amigo Guilherme Faria), tendo-se iniciado nas artes plásticas posteriormente, cerca de 1934.

No entanto, o seu papel como promotor da arte de vanguarda foi decisivo, através de variadas iniciativas.

Foi um dos organizadores do I Salão dos Independentes (1930), ele e Thomaz de Mello (Tom) criaram a primeira galeria de arte moderna do país, a Galeria UP (1932). Foi respon-sável por secções de arte e cultura de vários jornais (director e fundador de A Bandeira, em 1929, co-director com Dutra Faria de Acção Ncional, em 1931, director de Revolução, em 1932-1933, organiza a página Climat parisien, no Fradique e Revelação, em 1935-1936, é chefe de redacção do Diário Popular, em 1942; director da revista Variante, em 1942-1943, e colaborador em diversos jornais e revistas, entre outros, Diário de Lisboa, O Comércio do Porto, Horizonte e Jornal das Ates). Foi também o primeiro critico de arte moderna de Portugal e um destacado ensaísta de temas de arte. Depois de ter frequentado a Faculdade de Direito de Lisboa (até 1928) e os dois primeiros anos do Curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Leras de Lisboa (1930-1931), estuda em Paris, onde vive entre 1934 e 1935, no Instituit d’Art et d’Archeologie da Sorbonne. Ainda em Paris trabalha em academias livres de desenho e liga-se aos meios artísticos e intelectuais de vanguarda, próximos do Surrealismo.

Na capital francesa participou no Salon des Surindependants e assinou com alguns dos mais destacados protagonistas da vanguarda da época, o Manifesto Dimensionista, re-digido por Charles Sirato, de cujos propósitos artísticos será introdutor em Portugal, sem sucesso na sua consolidação. Destes anos data a sua produção surrealista, que não inter-romperá até ao fim da sua carreira pictórica, em 1948, sendo um dos principais dinamiza-dores deste movimento e um dos fundadinamiza-dores do Grupo Surrealista de Lisboa, em 1947. O seu conhecimento do Surrealismo internacional amplia-se em 1944-1945, ao Surrealismo inglês, quando vai para Londres, contratado como cronista da BBC, aí participando em exposições como Surrealist Diversity.

Quando se encontrava em Londres, em 1944, um incêndio no seu atelier de Lisboa, na altura ocupado por Dacosta, destruiu grande número dos seus trabalhos. Em 1948 abandona a pintura e, em 1951, transfere-se para Moledo do Minho, continuando a sua actividade agora na cerâmica e na encenação teatral. Nesta área desempenhou, um importante papel como cenógrafo e ensaísta, sendo em 1953 nomeado director do Teatro Experimental do Porto. Pertencente a uma geração anterior e conhecedor do Surrealismo francês e inglês será uma figura referencial para os jovens, que dele se proximam em 1947, à procura de informação. É também descobridor de novos caminhos, a ele se devendo os primeiros ob-jectos da arte portuguesa, datados de 1935, as primeiras experiências na área da poesia visual e a introdução de um imaginário e de uma ética surrealista, cuja tradição em Por-tugal de 30 em exposições colectivas e individuais a ele se fica a dever.

A exposição que fez na Casa Repe, em 1940, com António Dacosta e Pamela Boden, viria a converter-se num ponto de inflexão da arte portuguesa deste século. É também autor do primeiro romance semiautomático. Apenas Uma Narrativa, de orientação surrealista (1942), e do poema Protopoema da Serra d’Arga (1949). Dispersa até agora por jornais, revistas e antologias, uma selcção da sua obra poética e teatral, realizada por Fernando Matos de Oliveira, foi publicada em 1998 pela editora Ângelus Novus.

Com um escasso domínio do ofício pictórico, conseguiu dar corpo ao seu projecto sur-realista partindo da nova concepção espacial que o Dimensionismo lhe proporcionou, para transformar a poesia em artes plásticas. A partir das primeiras obras sobre papel e dos óleos realizados entre 1934 e 1936, deu corpo a uma teoria do mau gosto, do grotesco e do monstruoso que eventualmente, em obras iniciais, se aproximou de um sentido mecanicista, caro às vanguardas europeias anteriores à II Guerra Mundial.

Nos anos seguintes, as suas composições apresentam-se mais encenadas, mais pertur-badoramente detidas e distantes, para abordar questões da história contemporânea ou do se próprio universo, onde o Minho é fonte e cenário constante. Se o automatismo não fez parte do seu trabalho, a actividade colectiva foi por ele defendida, estimulada e praticada, participando em cadavres-exquis desenhados e no grande cadavre-exequis pintado de 1948. O seu Surrealismo enquadra-se dentro das questões do Surrealismo internacional de entre-guerras, de que foi conhecedor. Concretamente daquela corrente que parte da realidade para subverter a luz da violência, da crueldade e do erotismo e proceder à descoberta de imagens, como advogava Breton, que nele se processam fundamentalmente através da matamorfose e da hibridação, isto é, da fragmentação e montagem do real. Escrita, pintura e desenho submetem-se a uma contaminação contínua, num trabalho unitário do qual se torna fácil falar de intertextualidade, não só entre a sua escrita e a sua pintura, mas também entre os diferentes trabalhos plásticos, que culmina no quadro Rapto na Paisagem Povoada (1946).

(M.J.A.)

In: Catálogo “António Pedro exposição comemorativa do centenário do nascimento”

ANTÓNIO PEDRO

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PARA VER ATÉ 28 DE FEVEREIRO DE 2010

EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA

DO CENTENÁRIO NO NASCIMENTO

DE ANTÓNIO PEDRO

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A Galeria da Câmara Municipal de Caminha inaugurou no passa-do dia 9, a exposição “António Pedro - exposição comemorativa passa-do centenário do nascimento”, cuja cerimónia contou com a presença do Governador Civil de Viana do Castelo, José Joaquim Pita Guerreiro, do Vereador da Cultura do Município de Caminha, Paulo Pinto Perei-ra, do Comissário da Exposição, Pedro Lapa, do Director do Teatro Experimental do Porto, Júlio Gago, familiares de António Pedro e muitos admiradores da sua obra.

Pedro Lapa, comissário da exposição, além de fazer uma breve exposição sobre a vida e obra de António Pedro, fez referência à forte ligação que o artísta teve com Caminha, e particularmente com Mo-ledo, nos últimos anos da sua vida, salientando que “esta exposição é a única que comemora condignamente o centenário do nascimento de António Pedro”.

Sobre a importância da exposição, Paulo Pereira referiu tratar-se de um evento único, que representa um marco histórico para a Câmara Municipal de Caminha. “Esta exposição é única porque a oportuni-dade de revisitar a vida e a obra, nos cem anos do nascimento do poeta, do ficcionista, do dramaturgo, do encenador, do crítico de arte e de teatro, do pintor e do ceramista; está aqui, está em Caminha, na Galeria da Câmara Municipal” disse o vereador.

Esta mostra foi possível graças ao empenho da Câmara, mas tam-bém à generosidade de coleccionadores particulares, designadamente de Victor Assunção, Luís Saragga Leal, João Rendeiro e Cristina Azevedo Tavares, e à colaboração de instituições como a Biblio-teca Nacional, o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, o Instituto dos Museus e da Conservação e o Museu da Fundação Calouste Gulbenkian.

A Pedro Lapa, uma das pessoas que mais tem contribuído, de forma continuada e consistente, para a divulgação da arte contempo-rânea portuguesa, Paulo Pereira dirigiu palavras de agradecimento, frisando que “é uma honra para a Câmara Municipal de Caminha poder colaborar com um nome maior no mundo das artes, dono de uma experiência vastíssima que, por si só, garante credibilidade e qualidade a esta iniciativa”.

Esta homenagem que a Câmara de Caminha está a fazer a António Pedro, não passa só pela Exposição, pois já no dia 27 de Fevereiro de 2010, vai promover a peça de teatro “Entrevista a António Pedro” encenada pelo Centro Dramático de Viana do Castelo, no Centro Cultural de Moledo.

“É este o nosso humilde contributo de homenagem a António Pedro no âmbito da comemoração do centenário do seu nascimento, mas é essencialmente este o contributo da Câmara Municipal de Caminha para dar a conhecer um pouco mais este grande artista, que conside-ramos da nossa terra”, colmatou Paulo Pereira.

Exposição comemorativa do centenário do nascimento de An-tónio Pedro para ver até dia 28 de Fevereiro

Tal como já foi acima referido, a exposição de António Pedro está patente ao público até ao dia 28 de Fevereiro de 2010.

Esta mostra apresenta alguns dos aspectos da diversificada pro-dução de António Pedro, considerado um dos vultos da História e da Cultura portuguesas.

Recorde-se que António Pedro foi pintor, um dos principais ex-poentes do Surrealismo em Portugal, também ceramista, poeta, dra-maturgo e teatrólogo, tendo passado os últimos anos da sua vida em Moledo. De facto, foi em Moledo que António Pedro desenvolveu grande parte da sua actividade como ceramista.

Quanto à mostra, salienta-se que o Dimensionismo de António Pedro, praticado na década de 30, constitui o primeiro núcleo da exposição. O segundo apresenta algumas das obras mais relevantes da sua produção surrealista, como são os casos de Refoulement, O Avejão Lírico ou a Ilha do Cão.

Nesta exposição pode também ser visto o “Aparelho Metafísico da Meditação” criado por António Pedro em 1935, uma peça que faz parte da colecção do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Lisboa. Sobre “esta criação” António Pedro escreveu: “Andei em tempos interessado (1934-35) nas correspondências espaciais da expressão verbal. Das várias experiências feitas nesse sentido, a mais sensacional foi, sem dúvida a realização dum aparelho metafísico a que chamei Meditação. Consiste essencialmente na aplicação da descoberta da circularidade da frase “DEUS FEZ O HOMEM” que pode, consequentemente, ler-se das três maneiras seguintes:

1 - DEUS FEZ O HOMEM 2 - FWZ HOMEM DEUS 3 - O HOMEM FEZ DEUS…”.

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Mantendo a tradição de anos anteriores, o Sporting Club Cami-nhense (SCC) reuniu no passado Sábado, num jantar convívio, atle-tas, dirigentes, técnicos, sócios e amigos do clube.

“Um elementar acto de jus-tiça”, foi como o presidente do SCC, António Amorim, classifi-cou esta iniciativa no decorrer da qual foram também entregues as faixas e medalhas aos atletas que na época desportiva 2008/2009, se sagraram campeões nacionais ao serviço do clube caminhense. Fo-ram nada mais nada menos do que dezassete títulos nacionais que se traduziram em sessenta e cinco medalhas de campeão nacional.

Dirigindo-se ao presentes, An-tónio Amorim começou por fazer um breve balanço do que mais relevante se passou ao longo de 2008/2009, dando especial desta-que às obras desta-que estão a

decor-SCC HOMENAGEOU ATLETAS E TÉCNICOS

EM JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO

rer no Posto Náutico, local onde diariamente muitas dezenas de atletas treinam. Como referiu, “tal ambição teria de marcar de forma inequívoca, a gestão da temporada desportiva”.

“Como bem se recordarão, as-sumimos no início da época que a nossa principal preocupação, fora do plano desportivo, seria a de concretizar a criação de melhores condições de trabalho aos nossos treinadores e atletas, nomeada-mente no seu local de labuta diário que é o Posto Náutico. E assim foi!”, frisou o dirigente.

António Amorim não deixou de referir as dificuldades que ti-veram que ser ultrapassadas para que a obra fosse uma realidade, “dificuldades provocadas pela pe-quena comparticipação financeira do Governo Português, no âmbito do contrato-programa celebrado para levar a efeito a obra de

re-qualificação “, e que só foram ultrapassadas graças à ajuda da Câmara Municipal de Caminha que concedeu ao clube um sub-sídio extraordinário para o efeito. No plano administrativo e so-cial, mereceu especial destaque por parte do presidente da Di-recção, a reactivação da Escola de Náutica e Recreio e ainda a conclusão do processo de criação de uma página Web do Clube “que muito brevemente estará à disposição de todos os interessa-dos no passado, presente e futuro do Sporting Club Caminhense”.

“Também nos parece justo des-tacar, nesta área social, o facto de termos passado a fazer parte do Conselho Geral do Agrupamen-to de Escolas Coura e Minho, o que nos permite, participar acti-vamente na discussão e decisões que dizem respeito à juventude concelhia em geral e à sua

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comu-SCC HOMENAGEOU ATLETAS E TÉCNICOS

EM JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO

nidade académica em particular”, acrescentou António Amorim.

Referindo-se à época despor-tiva 2008/2009, o presidente da direcção considerou que a mes-ma se pautou por “parâmetros atípicos”. A crise financeira que levou ao cancelamento de algu-mas provas por falta de apoios e o rigor invernal que obrigou ao adiamento e até mesmo anulação de algumas provas do calendário competitivo nacional, foram al-guns dos exemplos deixados pelo presidente do clube.

“Se a tudo isto juntarmos as negativas consequências ema-nadas pela luta do poder a nível dos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Remo, fácil será concluir que foi num ambiente tenso, às vezes intransigente que a temporada 2008/2009 decorreu”.

Mas apesar de tudo António Amorim considerou que o SCC

conseguiu manter a sua bitola competitiva, principalmente a nível interno. “No estrangeiro temos de assumir que o compor-tamento das nossas tripulações ficou bem aquém daquilo que estávamos habituados. De facto a nossa participação no Open das Nações, em Castelo do Miño, foi bastante discreta, ficando, por isso, bem longe das expectativas inicialmente criadas e, em Ório, no País Basco, a justa desclassi-ficação que sofremos acentuou a convicção atrás assumida”, subli-nhou o dirigente.

No tocante às competições na-cionais o SCC esteve melhor e conseguiu a “bonita soma” de 18 títulos nacionais que correspon-dem a 65 medalhas de Campeão Nacional. “Se a este brilhante espólio somarmos as vitórias em 8+, na II Regata Internacional de Valença e na Descida da Ria,

em Aveiro, a par do prometedor desempenho das nossas camadas jovens nas diversas regatas em que participaram, facilmente po-deremos concluir que a temporada finda se saldou com particular bri-lhantismo”, concluiu o dirigente. Em representação da Federa-ção Portuguesa de Remo esteve Carlos Daniel Bispo que recor-dou o historial glorioso do clu-be, “um dos mais prestigiados a nível nacional”. O representante da Federação lembrou a escola que representa o clube “de onde ao longo dos anos saíram atletas e técnicos de excelência”.

Por fim usou da palavra o de-putado Jorge Fão que manifestou a sua disponibilidade para, na sua qualidade de deputado da Nação, colaborar com o clube na tentativa de resolver os problemas daquela associação desportiva.

O Sporting Club Caminhense comemorou na passada se-gunda-feira, dia 14 de Dezembro, na presença de diversos convidados, o seu 83º aniversário com uma sessão solene que decorreu na sede do clube.

Depois do hastear da bandeira ao som da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Caminha, seguiu-se o descerrar de um painel de azulejo, onde foi reproduzido um soneto da autoria do caminhense Júlio Cândido Baptista, dedicado ao Sporting Club Caminhense.

De seguida os convidados dirigiram-se a uma das salas do clube, onde foi servido um verde de honra ao que se seguiu um pequeno convívio entre sócios, convidados e amigos do clube.

O clube do coração dos caminhenses

Fundado em 1926 por um grupo de caminhenses, o SCC continua a ser, tal como no passado, um dos clubes mais prestigiados no panorama do remo nacional. Ao longo dos seus 83 anos de existência, o clube de Caminha tem somado inúmeros títulos nacionais e internacionais, que podem ser apreciados na sede do clube onde estão expostas centenas de taças, medalhas e troféus que o SCC, ao longo dos anos, foi conquistando e coleccionando para gáudio dos seus dirigentes, atletas, sócios e amigos do clube.

Com altos e baixos como em todos os clubes desportivos, o SCC tem sabido manter a sua raça e continua a ser o clube do coração dos caminhenses.

É dessa bravura e desse nunca baixar os braços que nos fala o soneto de Júlio Cândido Baptista, agora imortalizado nas paredes da sede do clube:

Notável, assombroso foi o Gama Sulcando em caravela ignotos mares; Coutinho e Sacadura, pelos ares, Encheram Portugal de nova fama! Cabral e Magalhães a história os chama Varões de heroicidades similares! Prodígios às centenas, aos milhares, A nossa história os cita e proclama! Pois vós ó Caminhenses, vós honrais Da raça as tradições, cortando as águas, Intrépidos sublimes, colossais!

Avante! Não tremer perante fráguas! Singrai, fazei o assombro dos rivais E que eles se contentem com as mágoas!

SCC COMEMOROU

83º ANIVERSÁRIO

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A Academia de Música Fernandes Fão vai assinalar a quadra Natalícia com a pro-moção de dois concertos de Natal, designados de “Música + Natal = Magia”, pelo Coro e Orquestra de Câmara da pró-pria Academia, e que contam com o apoio da Câmara Muni-cipal de Caminha. Deste mo-do, no dia 20 de Dezembro, os cerca de 70 professores e alunos da Academia, vão actuar na Capela de Nossa Senhora da Bonança, em Vila Praia de Âncora, às 19h30 e, no dia 22, actuam na Igreja Matriz de Caminha, às 21h30. Nesta quadra Natalícia, tempo de generosidade e de solidariedade, a Academia pretende, com a realização destes concertos, manter vivo o sopro da Paz, através dos seus Christmas Carols, con-tribuindo para a manutenção

ACADEMIA DE MÚSICA FERNANDES

FÃO PROMOVE CONCERTOS DE

NATAL “MÚSICA+NATAL= MAGIA”

A Casa do Orfeão de Vila Praia de Âncora voltou a abrir as suas portas à comunidade no passado domingo, dia 13 de Dezembro, pa-ra um Concerto Natal dedicado ao Dia Internacional do Canto Coral.

Anualmente, no segundo do-mingo de Dezembro, coros de todo o mundo unem-se para cele-brar os valores da solidariedade, da paz, da compreensão universal e do gosto pelo canto coral, numa iniciativa aprovada em Agosto de 1990, durante a Assembleia Geral da Federação Internacional para a Música Coral realizada em Helsínquia.

Com este gesto pretende-se mostrar que a Música Coral contribui para derrubar barrei-ras produzidas pela política, pela religião, pelas ideologias e pelo racismo que separam a humani-dade e afirmar o culto dos valores e a importância do diálogo e do trabalho colectivo subjacente ao canto coral, numa simbiose de interpretação e de perfeição me-lódica, contribuindo assim com as suas vozes para um planeta

alegre e fraterno.

“O estreitamento das culturas” foi o tema da comemoração deste Dia Internacional do Canto Coral 2009 e manter-se-á para o próxi-mo ano, indo assim ao encontro dos Objectivos do Milénio das Nações Unidas.

Neste ano Portugal esteve re-presentado nesta comemoração pelo Orfeão de Vila Praia de Ân-cora.

Esta comemoração implicou também a leitura de uma Procla-mação aprovada pela Federação Internacional:

“Cantai, coros de todo o mundo! Que a vossa voz leve mananciais Aonde ardem as fogueiras Que o vosso canto ponha rosas Onde há campos de batalha. Abri clareiras e semeai o amor Para que recolhais os frutos da esperança.

Cantai a liberdade, onde exista tirania

Cantai a igualdade onde impere a pobreza,

Cantai à fraternidade onde exista o ódio.

Para que a paz substitua a guerra, Para que o homem respeite a terra, Para que não existam diferen-ças de radiferen-ças e cor,

Para que todos sejamos irmãos Para que este planeta se alegre com as nossas vozes.”

Perante uma assistência inte-ressada que enchia por comple-to o auditório da Casa do Orfeão, relevando-se a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Flamiano Martins, o maestro Francisco Presa saudou os presentes e entendeu dar ao concer-to um cariz pedagógico justifi cando a comemoração do Dia Internacio-nal do Canto Coral, dos seus objec-tivos e a escolha e enquadramento das músicas a interpretar.

Músicas que privilegiaram a quadra natalícia, numa mescla de canções portuguesas e estrangei-ras, que foram do agrado geral.

ORFEÃO DE VILA PRAIA DE ÂNCORA REALIZOU CONCERTO DE NATAL

DEDICADO AO DIA INTERNACIONAL DO CANTO CORAL

A Junta de Freguesia de Lanhelas vai apresentar, pelo segundo ano consecutivo, um Auto de Natal - Presépio Vivo. Esta iniciativa, que conta com a participação da população lo-cal e das freguesias vizinhas, engloba mais de uma centena de fi gurantes.

Na génese deste evento, continua a estar todo um longo trabalho laborioso das mais variadas pessoas, vindos de

FREGUESIA DE LANHELAS

APRESENTA AUTO DE NATAL

E PRESÉPIO AO VIVO

Este ano não vai haver pis-ta de gelo em Caminha, ao contrário do que foi prome-tido e repeprome-tido ao longo dos últimos meses pela ACIVAC.

José Luís Afonso, presi-dente da Associação Comer-cial e Industrial dos Vales do Âncora e Coura, explica agora que não é possível

con-CAMINHA SEM PISTA DE GELO

POR FALTA DE VERBAS

cretizar o projecto por falta de dinheiro.

A pista de gelo seria insta-lada no concelho de Caminha no âmbito da animação de Na-tal do comércio tradicional.

O sonho, promete o presi-dente da ACIVAC, não fica esquecido, é apenas adiado por um ano.

diversos quadrantes profis-sionais, desde costureiras, car-pinteiros, pintores, músicos, trolhas, entre outros não me-nos importantes que, de forma empenhada e altruísta, alicer-çaram este projecto intemporal. O evento terá lugar no próx-imo dia 26 de Dezembro, a partir das 20h00, desde o Largo da Capela de S. Sebastião até ao adro da Igreja Paroquial daquela freguesia.

da Magia de Natal.

Os concertos “Música + Natal = Magia”, tal como já foi mencionado, contam com Coro e Orquestra de Câmara, durante o qual os professores e alunos da sede, Vila Praia de Âncora, e do Pólo, Pon-te de Lima, vão inPon-terpretar canções populares de Natal e obras de Bach, Haendel, Haydn, Mozart, Boccherini e Rossini.

Serão dois concertos ao mais alto nível, com a qua-lidade a que a Academia de Música Fernandes Fão já nos habituou.

A Academia de Música Fernandes Fão e a Câmara Municipal de Caminha con-vidam a população a assistir a estes momentos musicais com a Orquestra e Coro de Câmara da referida Academia de Música.

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A Câmara Municipal de Caminha entregou, na pas-sada quarta-feira, dia 16, os primeiros incentivos de apoio à natalidade e adopção, cuja cerimónia decorreu no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho. No total, 78 crianças receberam o respectivo incen-tivo, cujo montante global é de 49.750 euros. Destas 78 crian-ças, 38 são primeiros filhos e as restantes 40 são segundos, terceiros e quartos filhos.

É de referir que nesta ce-rimónia apenas receberam os

CÂMARA DE CAMINHA ENTREGA INCENTIVOS

DE APOIO À NATALIDADE E À ADOPÇÃO A 78

CRIANÇAS NO MONTANTE DE 49.750 EUROS

incentivos de apoio à natalida-de e adopção as crianças cujos requerentes preencheram o bo-letim, nos meses de Setembro, Outubro e Novembro.

A Câmara Municipal imple-mentou este incentivo com vista a contribuir para a erradicação da pobreza e exclusão social, a diminuição da taxa de envelhe-cimento populacional, bem co-mo para contrariar a tendência da desertificação das freguesias do interior, realidades que se verificam no concelho de Ca-minha e estão identificadas no

Diagnóstico Social elaborado pela Rede Social de Caminha.

Recorde-se que para os re-querentes residentes nas fre-guesias identificadas como freguesias do interior deste Concelho, nomeadamente Ar-ga de S. João, ArAr-ga de Cima, Arga de Baixo, Dem, Gondar e Orbacém, o incentivo para o 1.º filho ou 1.ª criança adoptada é de 750 euros e para o 2.º filho e seguintes ou 2.ª criança adopta-da e seguintes 1000 euros. Se os requerentes residirem nas res-tantes freguesias do Concelho,

ORFEÃO DE VILA PRAIA DE ÂNCORA REALIZOU CONCERTO DE NATAL

DEDICADO AO DIA INTERNACIONAL DO CANTO CORAL

para o 1.º filho ou 1.ª criança adoptada o incentivo é de 500 euros, e para o 2.º filho e se-guintes ou 2.ª criança adoptada e seguintes é de 750 euros.

É de salientar que o muni-cípio vai continuar a entregar este incentivo de apoio à na-talidade e à adopção às crian-ças que nascerem até dia 31 de Dezembro de 2010, que pode variar entre os 500 e os 1000 euros. Salienta-se que no ca-so da adopção este incentivo abrange as crianças até aos 12 anos de idade.

O concerto incluiu uma deze-na de peças tendo iniciado com a interpretação da canção “Em Belém” de Pedro Corbeil e con-cluiu com a célebre canção na-talícia “Noite Feliz”, oriunda da aldeia austríaca de Oberndorf, nas montanhas do Tirol, com letra e música Joseph Mohr e Franz Xavier Gruber, que foi entoada pela assistência.

O Grupo de Teatro do Orfeão, liderado pelo Artur Gigante, par-ticipou também neste concerto, tendo os seus elementos decla-mado dois poemas alusivos ao Natal, com duas visões diferentes do espírito natalício.

O primeiro, o poema “O Mi-lagre da Noite de Natal”, de Fer-nanda de Castro, com uma visão ternurenta do Natal salpicada com gestos de solidariedade.

O segundo, o poema “Dia do Natal”, de António Gedeão, com uma visão crítica sobre este tempo de consumismo e o pouco cuidado colocado na dádiva de presentes aos filhos, dando o exemplo na entrega de uma metralhadora que

é antítese dos valores da paz, do amor e da fraternidade universal.

CONCERTOS DE NATAL DO ORFEÃO

O Orfeão tem já agendados os seus tradicionais Concertos de Natal que se vão realizar em Vila Praia de Âncora (Igreja Matriz) no próxima sexta-feira, dia 18, pelas 21H30, em Riba de Âncora (Igreja Paroquial) no próximo sábado, dia 19, pelas 21H30 e em Afi fe (Igreja Paroquial) no próximo dia 26 de Dezembro, pelas 19H00.

Com vista à sua divulgação os responsáveis do Orfeão, Francisco Presa e Manuela Amial, foram os convidados do Programa radio-fónico “Das 11 às 12”, de Maria José Azevedo, da Rádio Popular Afi fense que foi para o ar no pas-sado domingo dia 13 de Dezembro.

CASA DO ORFEÃO SUSCI-TA CURIOSIDADE

A Casa do Orfeão recebeu no passado dia 3 de Dezembro a

visi-ta dos alunos da turma do 6.º ano E do Agrupamento das Escolas do Vale do Âncora, acompanhados da sua Professora Dra. Manuela Moura, com o objectivo de melhor conhecer a instituição, no âmbito de um trabalho curricular.

A recebê-los esteve o Presi-dente da Direcção Manuel Amial que deu todas as explicações so-licitadas e convidou os alunos a tornarem-se orfeonistas e a serem também embaixadores do Orfeão.

Uma visita que lhes permitiu conhecer o trabalho cultural do Orfeão e as condições físicas onde exerce a sua actividade, tendo no final alunos e professora mostrado satisfação pelo conhecimento ad-quirido e pela forma como foram recebidos.

ORFEÃO ASSOCIOU-SE A FESTA DE HOMENAGEM

A população da freguesia de Amonde, no Vale do Âncora,

homenageou no passado dia 8 de Dezembro a sua professora Filomena Sales, recentemente aposentada, pelo seu excelente labor em prol do ensino de várias gerações de crianças e jovens na-quela freguesia.

O Orfeão de Vila Praia de Ân-cora, através do Grupo Coral e do Grupo de Danças e Cantares Regionais, teve muito gosto em se associar à festa de homenagem a uma amiga do Orfeão, a uma grande profissional do ensino e acima de tudo a uma cidadã do Vale do Âncora que soube sempre incutir nas várias gerações o valor da cidadania.

Um exemplo de uma vida dedi-cada à educação que a população de Amonde, agora terminada a carreira profissional de Filomena Sales, soube reconhecer testemu-nhando-lhe carinho e reconheci-mento pelo magistério exercido, numa boa prática que se elogia.

Uma Comissão representativa dos trabalhadores da Regency, acompanhada por membros da Direcção do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, reuniu na passada semana com a presi-dente da Câmara de Caminha para, em conjunto, procurarem soluções por forma a evitar o encerramento daquela unidade fabril.

Depois do “Lay-Off” decreta-do pelos responsáveis da Regency há seis meses, invocando falta de encomendas, sabe-se agora que a situação da fábrica é bem mais complicada já que acumula dívidas que ultrapassam os 3 milhões de euros, motivo que terá levado os seus responsáveis a solicitaram a insolvência junto do Tibunal de Caminha.

A unidade fabril, situada na freg-uesia de Vilarelho, emprega 174 pessoas que correm agora o risco de fi carem desempregadas se não for encontrada uma solução que aponte para a sua recuperação.

No decorrer da reunião, Júlia Paula Costa não escondeu a sua preocupação face à complicada situação da unidade têxtil e referiu o impacto social que o seu encer-ramento poderá causar no con cel-ho. Referindo-se à dívida no valor de mais de 3 milhões de euros, a autarca garante que foi apanhada de surpresa já que, numa reunião mantida com a direcção da Regency no primeiro semestre do ano, mais precisamente em Março, ninguém falou em dívidas. “Apesar da minha insistência para perceber se exis-tiam dívidas ou não, aquilo que me foi dito é que se tratava de um problema de falta de encomendas e que nada tinha a ver com dívidas”, explicou a presidente da Câmara.

Mas a surpresa não foi só para a autarca, também os trabalhadores e o próprio Sindicato garantem terem sido apanhados de surpresa.

Entretanto Júlia Paula Costa foi esta semana recebida pelo Gover-nador Civil de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, numa reunião que decorreu no Governo Civil e du-rante a qual foi debatida a difícil situação da Regency.

Depois de ouvir a exposição da autarca de Caminha, Pita Guerreiro deixou a promessa que irá trabalhar para tentar encontrar uma solução para a têxtil.

Do encontro, Júlia Paula saiu também com a certeza de que os tra-balhadores da Regency vão poder recorrer a um fundo que lhes dá garantia de salário por 6 meses.

Entretanto o Tribunal já nomeou um Administrador para a Regency, trata-se de Armando Rocha Gon-çalves que foi também um dos ad-ministradores da Quimonda.

DÍVIDAS

DA REGENCY

ULTRAPASSAM

OS 3 MILHÕES

DE EUROS

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FIM-DE-ANO

2009/10

REIS 2010

ANIMADO POR ORQUESTRA - QUARTO DUPLO 85 EUROS Os funcionários do

“Benja-mim” Centro de Acolhimento Temporário de Crianças e Jovens em Risco de Seixas, vão promo-ver ainda este ano uma vigília de protesto contra o encerramento daquela estrutura pertencente à APPACDM.

Maria Cândida Falcão, porta-voz dos 16 trabalhadores daquele

centro de acolhimento temporário, também conhecido por Benjamim, disse ao Jornal “O Caminhense” que a manifestação é mais uma etapa da luta contra-relógio que funcionários e pais dos utentes estão a travar para tentar evitar o fecho. É que a segurança social já decretou a data de encerramento do Benjamim: 12 de Fevereiro.

são com aumento significativo da comparticipação constante do protocolo celebrado com a APPA-CDM e que permite o funciona-mento daquele centro.

O Instituto de Segurança Social deixa uma garantia: as crianças actualmente acolhidas no Ben-jamim de Seixas não ficam des-protegidas.

Os funcionários puseram tam-bém uma petição na Internet, a enviar para o presidente da As-sembleia da República, naquela que é mais uma tentativa para assegurar a manutenção do CAT.

Na petição, que já recolheu perto de 200 assinaturas, os fun-cionários referem que aquele CAT já acolheu 49 crianças e jovens em risco, provenientes de vários pontos do país, “13 das quais com deficiência mental grave e outros quadros de multideficiência, com elevado grau de dependência”.

Dizem que a instituição já pro-cedeu ao “reenquadramento” de 25 crianças junto das suas famílias de origem, “o que avalia e bem o sucesso da medida e o trabalho desenvolvido”.

Falam ainda no défice do dis-trito em termos de acolhimento de menores em risco, já que “pa-ra 911 casos apenas dispõe de aproximadamente 400 lugares, entre instituições e famílias de acolhimento”.

Os signatários propõem várias soluções, como o aumento da ca-pacidade do CAT para 20 utentes e o envolvimento das estruturas de poder local no financiamento da estrutura.

Outra solução é a eventual trans-formação daquele CAT numa estru-tura mista de centro de acolhimento temporário e de centro de activida-des ocupacionais para enquadra-mento de pessoas com defi ciência, “uma necessidade identifi cada no concelho de Caminha”.

FUNCIONÁRIOS PREPARAM VIGÍLIA CONTRA

ENCERRAMENTO DO CAT

“BENJAMIM”

E é à Segurança Social que os trabalhadores da instituição atri-buem todas as responsabilidades pelo encerramento do espaço.

Os trabalhadores do Benjamim apontam uma solução para evitar o encerramento do centro de aco-lhimento temporário de crianças e jovens em risco.

O Jornal “O Caminhense” ten-tou contactar o responsável distri-tal pela Segurança Social, mas o contacto não foi possível.

À Lusa, o Instituto de Segu-rança Social esclareceu que o Benjamim tem um acordo atípi-co que suporta o custo por utente mais elevado de todos os Centros de Acolhimento Temporários do distrito.

A direcção da APPACDM de-cidiu encerrar o centro por estar a dar prejuízo e ser insustentável.

O Instituto de Segurança So-cial diz ser impossível uma

revi-A Junta de Freguesia

de Vilarelho

Deseja a toda a população

Um Santo Natal e um

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O trabalho desenvolvido pelo Município de Caminha durante o ano que está a ter-minar, traduz-se num balanço muito positivo, sustentado por múltiplos investimentos que se reflectem na melhoria da qualidade de vida dos muníci-pes. O Executivo conseguiu concretizar grandes obras e executar projectos ansiados pela população. Entre inves-timentos próprios, parcerias e candidaturas aprovadas, o montante do investimento global ronda os 20 milhões de euros, tal como estava previsto no início de 2009. Trata-se de uma estratégia que visa o de-senvolvimento do Concelho e a criação de melhores condições de vida às populações.

O ano de 2009 fica marcado, em termos de obras, pela con-cretização de promessas anti-gas. Foi o caso da construção das Piscinas Municipais de Vila Praia de Âncora, que breve-mente estará em funcionamen-to. Foi o caso, também, do início da construção do Jardim-de-infância de Vila Praia de Ân-cora, uma reivindicação antiga dos Ancorenses. Foram, ainda, os casos dos campos relvados do Âncora Praia FC e do CCD Ancorense.

Mas o ano que está a findar não foi apenas de concretiza-ção de projectos antigos, cum-priram-se também promessas mais recentes, como os Centros Escolares de Dem e Vilar de Mouros, a Casa do Orfeão e os Parques 25 de Abril e Dr. Ramos Pereira. A Câmara também está a concluir, em Vilarelho, o Centro de Acolhi-mento Canil/Gatil de Caminha. O executivo está a Renovar Caminha

A Câmara Municipal está a requalificar, valorizar e mod-ernizar o Centro Urbano da vila de Caminha, com o programa “Renovar Caminha” - Programa de Requalificação do Espaço Público em Caminha - um in-vestimento de 2.857.138 euros, co-financiado em 70%, do valor elegível, pelo FEDER, sendo a restante quantia suportada pela Autarquia. A Rua da Corredoura já está pronta e a Câmara já avan-çou com as obras na Avenida S. João de Deus e Parques de Esta-cionamento Sidónio Pais.

Equipamentos de lazer e de desporto de qualidade

Nas áreas do lazer e do des-porto, o investimento também foi avultado. Construiu-se o edifício de apoio ao Parque 25 de Abril e instalaram-se novos equipa-mentos lúdicos e desportivos, que custaram, aproximadamente, 386 mil euros. Requalificou-se o Parque Dr. Ramos Pereira, cujo investimento global foi de

1.039.500 euros, co-financiado em em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), e que traduz a forte aposta da Câmara na valoriza-ção do litoral concelhio. Ainda na área do lazer, a Câmara está a requalificar a Nova Praia da Gelfa que será um espaço de lazer e de desporto de referên-cia, com os mesmos padrões de qualidade da Praia da Foz do Minho, cujo investimento é de 1.359.500 euros, co-financiado em 75% pelo FEDER. No des-porto, o concelho de Caminha passa a contar com três cam-pos relvados, designadamente o Ancorense e o Âncora Praia, cujas obras já estão concluídas, e o Estádio Municipal Morber, cuja obra que está a decorrer, e que implicam um investimento total de cerca de 1.600 mil euros. Ainda no desporto, a Câmara atribuiu um subsídio ao Sporting Club Caminhense, no montante de 92 mil euros, para beneficia-ção do Posto Náutico.

Câmara vai dotar todo o con-celho de saneamento

No que respeita à melhoria de infra-estruturas ligadas ao Am-biente, 2009 foi o ano em que a Câmara melhorou o saneamento em Lanhelas e está a dotar Cris-telo de uma rede de saneamento que até agora não possuía, cujo investimento ultrapassa os 664 mil euros. Em fase de concurso público estão também dois pro-jectos de grande envergadura: a obra de saneamento de Moledo e a da parte sul da freguesia de Vila

Praia de Âncora, estendendo-se às freguesias de Vile e de Riba de Âncora. Salienta-se ainda a re-modelação da rede de drenagem de Águas Residuais Domésticas na Rua do Vale e adjacentes, na freguesia de Seixas, na Rua da Fonte da Pereirinha, em Venade, bem como da rede de drenagem de águas pluviais e reabilitação da Rede de abastecimento de água nas ruas da Vista Alegre e de Pardinheiros, em Vila Praia de Âncora, cujo investimento global é de 238.622.80 euros. As intervenções em Venade e Vila Praia de Âncora estão a decorrer a bom ritmo.

Educação e cultura contin-uam a ser uma prioridade

A aposta na educação traduz-se também, este ano, na abertura de equipamentos modernos, de elevada qualidade e funciona-lidade. São os casos dos dois centros escolares de Dem e Vilar de Mouros, investimentos, re-spectivamente, de 445.515 euros e 241.764,69 euros, financiados em 70% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), sendo a restante quan-tia, suportada pela Autarquia.

Na mesma componente é de realçar a obra em curso do Jardim-de-infância de Vila Praia de Âncora, obra a rondar o 1,2 milhões de euros. A Câmara tam-bém está a requalificar as escolas básicas do 1.º ciclo de Caminha e Vilarelho, cujo investimento ronda os 153 mil euros.

Ainda no sector da Educação, o Município ofereceu os

manu-ais escolares a todos os alunos do concelho, bem como equipou todas as escolas do concelho com equipamentos modernos, cujo investimento ultrapassou os 100 mil euros.

A Câmara também está a apoiar as colectividades, insta-lando-as em edifícios que perten-cem ao património municipal e requalificando, em alguns casos, as suas sedes. É o caso da escola do Viso, agora a Casa do Orfeão, um investimento que rondou os 300 mil euros e da requalificação da Casa da Banda de Lanhelas, cuja obra está a decorrer e vai custar cerca de 75 mil euros.

Outros investimentos estru-turantes

Ainda no capítulo de obras estruturantes, a Câmara requali-ficou a Rua da Retorta e o Ce-mitério, ambos em Caminha, a rua da Igreja Velha, em Vilarel-ho. Também está a requalificar o Caminho das Margidas, em Gondar. Prepara-se, ainda, para avançar com a requalificação da Estrada da Cavada, onde vai investir cerca de 200 mil euros e a construção da Ecovia de Cris-telo, que vai custar cerca de 320 mil euros.

Para além das obras realizadas, foram apresentados projectos que serão determinantes para o futuro do Concelho de Caminha, como o Museu Sidónio Pais (1 milhão de euros), a Escola de Vilarinho (500 mil euros), a requalifica-ção do Largo de Seixas (600 mil euros), o Cine Teatro Valadares (1.200 mil euros) e a Ecovia do

2009 TRAZ PARA O CONCELHO

UM INVESTIMENTO QUE RONDA

OS 20 MILHÕES DE EUROS

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INFORMAÇÃO MUNICIPAL

Rio Minho, que já conta com can-didatura aprovada e cujo investi-mento ronda o milhão de euros.

Polis Litoral vai trazer para o concelho um investimento de 11 milhões de euros

A “Polis Litoral Norte”, con-stituída por Caminha, juntamente com os municípios de Esposende e Viana do Castelo, e com o Es-tado, foi o primeiro passo para a concretização de um importante investimento que, até 2012, trará para o concelho 11 milhões de euros. Nesta matéria, sublinha-se que a participação da Câmara de Caminha é de cerca de 3 milhões de euros, o que corresponde à re-alização do capital social na parte do investimento que compete ao Município.

Município solidário

Entretanto, apesar do esforço da Câmara para promover o de-senvolvimento, Caminha não fi-cou imune à crise internacional. Assim, e para além das numerosas iniciativas regulares que a Câ-mara já desenvolve, no apoio às várias faixas da população mais carecida, foi aprovado em 2009 um conjunto de medidas sociais, para minimizar os efeitos da má conjuntura e a ajudar os Camin-henses a suportar esta fase, desig-nadamente os incentivos de apoio à natalidade e adopção para as cri-anças que nascerem até Dezembro de 2010, a isenção do pagamento da Derrama, a isenção dos 5% do IRS que compete ao Município, entre outras.

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Nos passados dias 7 e 10 de De-zembro, a Ancorensis Cooperativa de Ensino recebeu duas delegações de Cabo-Verde, oriundas de muni-cípios com os quais esta instituição de ensino tem protocolos de coope-ração fi rmados, visando a forma-ção de profi ssionais qualifi cados nas diversas áreas que integram a oferta formativa da escola. De Santa Cruz, Ilha de Santiago, e logo no dia 7, esteve presente o presidente da Câmara Municipal, Leão José Barreto, o Vice-presidente, João Teves, e o Presidente da Assem-bleia Municipal, Paulino Moreira, este último também Director do Centro de Emprego e Formação Profi ssional de Assomada. Da mes-ma ilha, a 10 de Dezembro, foi recebido o Presidente da Câma-ra Municipal de S. Lourenço dos Órgãos, Victor Baessa, que se fez acompanhar da Técnica Municipal responsável pela cooperação com o exterior, Paula Pina.

Entre outras tarefas inerentes à burocracia implícita aos actos de cooperação, desta visita e re-cepção destacam-se as reuniões da Direcção da Ancorensis, e dos seus Técnicos responsáveis pelos protocolos estabelecidos com Ca-bo-Verde, com as respectivas dele-gações visitantes, nas quais esteve presente, em nome do município de Caminha, o Vereador da Tutela,

DELEGAÇÕES DE CABO VERDE

VISITAM ANCORENSIS

Flamiano Martins. A participação do Município é essencial e moto-ra da integmoto-ração destes jovens na comunidade local e este compro-misso torna-se claro nas diferentes formas de parceria que a Câmara Municipal de Caminha assume com a Ancorensis, no apoio ao es-forço que esta instituição de ensino e formação faz para promover o saber, a competência profi ssional e o nome de Vila Praia de Âncora e do Concelho de Caminha. A res-posta dos presidentes das Câmaras Municipais de Santa Cruz e de S. Lourenço dos Órgãos, ao percebe-ram o empenho, profi ssionalismo e responsabilidade colectiva com que a Ancorensis acolhe os seus jovens estudantes, foi a de profun-da gratidão e reconhecimento do trabalho realizado. Esse mesmo sentimento transmitiram poste-riormente aos seus conterrâneos, em reunião com os alunos ainda nas instalações da Ancorensis. A necessidade de tirarem o maior partido das aprendizagens, o de-senvolvimento de competências e a rentabilização do esforço em resposta às expectativas que todos depositam neles, foram ainda pa-lavras de alento ao trabalho dos alunos Cabo-Verdianos.

Acompanhando a delegação de S. Lourenço dos Órgãos esteve também o Presidente da Câmara

Municipal dos Mosteiros, Ilha do Fogo, que, pelo reconhecimento do exemplar trabalho da Ancorensis, procurou semear pontes de futura cooperação.

A título de informação, a An-corensis acolhe 18 alunos do mu-nicípio de Santa Cruz e 36 alunos do município de S. Lourenço dos Órgãos, para além do protocolo de cooperação com a Delegação Ge-ral da Juventude de Cabo-Verde, que contempla mais 34 alunos. O esforço ao nível do acolhimento e integração ultrapassa as barreiras da escola e é com satisfação que a An-corensis regista, globalmente, a boa imagem que os seus alunos criam na comunidade e o apoio da população na condução da sua integração nas diversas realidades locais. A este nível não é alheio a fácil adesão dos movimentos associativos e do município de Caminha na disponi-bilidade e na responsadisponi-bilidade que tão grande tarefa importa.

Na certeza que nos desafi os a Ancorensis imprime novos hori-zontes educativos e formativos, é de esperar que a imagem de Vila Praia de Âncora e do concelho de Caminha chegue a Cabo-Verde mais fortalecida, e que dentro de três anos mais e melhores profi s-sionais possam sair desta escola.

Carla Oliveira

Em 1947, uma criança checa decidiu fazer um desenho que enviou à UNICEF para agradecer o auxílio que esta organização prestou à população da sua aldeia, vítima da II Guerra Mundial. Es-te desenho tornou-se o primeiro postal de Natal da UNICEF. A sua popularidade levou a que, em 1959, fosse feita a primeira edição de postais para venda como fonte de receitas para os pro-gramas implementados pela UNICEF em benefício das crianças.

É neste âmbito que se integra a Campanha de Natal, reali-zada anualmente na Escola EB 2,3/S de Caminha a partir da primeira semana de Dezembro. Com os fundos angariados na venda de cartões e outros produtos UNICEF, o Agrupamento de Escolas Coura e Minho, que há 20 anos faz parte integrante da enorme família de apoiantes activos da UNICEF, contribui para a concretização de projectos relevantes em áreas tão es-senciais como a nutrição, a saúde e a educação que abarcam as crianças de todo o mundo.

Esta iniciativa, já enraizada na cultura da Escola EB 2,3/S de Caminha, é muito acarinhada não só por alunos, professores e funcionários, como por toda a comunidade educativa - pessoas individuais e colectivas.

O envolvimento da comunidade escolar revela-se da maior importância para o sucesso desta actividade que procura dar voz às preocupações da UNICEF, promovendo e sensibilizan-do para um maior conhecimento sensibilizan-dos direitos e sensibilizan-do bem-estar das crianças.

Existem milhões de razões para colaborar com a UNICEF e todas elas concorrem para que as crianças desfavorecidas

tenham melhores condições de vida e as oportunidades neces-sárias para desenvolverem as suas potencialidades.

A Campanha UNICEF na Escola EB 2,3/S de Caminha é mais um elo solidário, cujo impacto pode fazer a diferença no futuro de muitas crianças no mundo inteiro.

CAMPANHA UNICEF

NA ESCOLA EB 2,3/S

DE CAMINHA

No início do ano lectivo, e no âmbito da disciplina de História, os alunos das turmas dos Cursos de Línguas e Humanidades da Ancorensis visitaram a exposição “Arqueologia e Artes Tradiciona-is”. Esta exposição esteve patente ao público no Centro Cultural de Vila Praia de Âncora, desde o dia 15 de Agosto, mantendo-se aberta até ao final do mês de Setembro, para possibilitar a visita de alunos das escolas, no início do ano lec-tivo. A visita foi orientada pelo professor Teodoro da Fonte, o qual também fez parte da equipa que organizou esta exposição, em colaboração com vários es-pecialistas das diferentes épocas representadas.

Subdividida em duas áreas específicas, os alunos visitaram uma exposição que os fez recuar a um tempo longínquo - da Pré-História até à Idade Média - e a um período que perdurou até tempos recentes - o tempo das Artes e Ofícios Tradicionais - uma realidade de um passado que tende a desaparecer, em consequência dos constantes e contínuos pro-gressos e mudanças.

Muitos alunos puderam iden-tificar algumas ferramentas arte-sanais que os seus avós usaram (alguns ainda usam), acabando por valorizar ainda mais essas

RECRIAR E REVIVER O PASSADO

NO VALE DO ÂNCORA

Visita à Exposição de Arqueologia e Artes Tradicionais

actividades ancestrais e ficando sensibilizados para a necessidade de guardar e preservar esses in-strumentos, símbolos de uma ép-oca relativamente próxima.

Recuando no tempo, o grupo partiu ao encontro dos vestígios que constituem as fontes primárias do passado humano, a partir das quais os historiadores constroem a História que nos permite conhecer as nossas origens e a evolução do homem ao longo do tempo. A visita permitiu a observação directa de uma grande colecção de instrumentos líticos - os picos ancorenses - bem como algum espólio do Dólmen da Barrosa, vestígios que documentam bem a presença e a ligação estreita do “homem ancorense” com o mar, o rio e o Vale do Âncora.

Seguiu-se a observação do es-pólio da vida castreja. Também aqui se encontravam inúmeros vestígios da presença humana, em particular da Cividade de Âncora / Afife. A reconstrução e reprodução de uma casa cas-treja, com pátio lajeado, com um forno, mós, objectos de cerâmi-ca, uma pequena necrópole e a réplica da porta da cividade (a original encontra-se exposta na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães), forneceram uma in-formação aproximada da vida das

populações nestas comunidades. Noutra secção, encontravam-se muitos vestígios da preencontravam-sença dos romanos na nossa região, nomeadamente ânforas (recon-struções com fragmentos origi-nais), lucernas e outros objectos de cerâmica, além de um valio-so tevalio-souro romano, constituído por um conjunto de moedas em bronze, encontradas na villa ro-mana das Baganheiras, em Afife. A época medieval estava carac-terizada por imagens e referências ao monumento mais emblemático do período românico do nosso concelho, a capela de S. Pedro de Varais, bem como aos vestí-gios que foram encontrados em S. Salvador de Bulhente.

Foi uma visita muito inter-essante para todos os alunos de História, a qual permitiu con-frontar os vestígios do passado com o recurso às novas tecnolo-gias, através da reconstrução e reprodução virtual de imagens e vivências do passado, na certeza de que, como o nosso professor não se cansa de ensinar, só conhe-cendo (e preservando) o passado poderemos compreender melhor o presente e preparar devidamente o futuro.

Alunos de História do Ensino Secundário

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DISTRITO

Uma delegação que integrou parlamentares e senadores france-ses estiveram na passada semana em Viana do Castelo numa visita de trabalho dedicada ao desen-volvimento do sector eólico em Portugal. A visita, acompanhada pelo Presidente da Câmara Mu-nicipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, e pelo Secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, serviu para dar a conhecer os recentes investimen-tos no Alto Minho e em Viana do Castelo, onde está a crescer um cluster eólico nos parques empre-sariais da Praia Norte e Lanheses. A delegação integrou o Presi-dente da Associação de Energias Renováveis de França e do seu staff, mas também deputados do Parlamento francês, Senadores e ainda responsáveis da empresa Empreendimentos Eólicos do

Va-DELEGAÇÃO PARLAMENTAR FRANCESA VISITOU

PARQUES EÓLICOS DE VIANA DO CASTELO

le do Minho. Na visita de trabalho, a delegação esteve nos parques eólicos do Alto Minho que es-tão em funcionamento e o cluster eólico de Viana do Castelo, que colheu elogios dos parlamentares franceses ligados directamente ao sector das energias renováveis.

Para o Presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, a visita reforça a impor-tância do investimento que está a ser feito em Viana do Castelo, que alia o desenvolvimento eco-nómico às questões ambientais. Recorde-se que, recentemente, no “Enercon Fórum”, o cluster foi considerado um “caso de su-cesso” pelos responsáveis da em-presa multinacional instalada no concelho.

Em Viana do Castelo, o Parque Empresarial da Praia Norte propõe uma visão integrada de

desenvol-vimento sustentado, preservando a qualidade ambiental da zona envolvente. Ali, foram relocali-zadas as empresas que estavam na cidade de forma a evitar as cargas e descargas no centro de Viana do Castelo e a espaços de serviços e é aí que funcionam já as duas fábricas do cluster eólico da ENERCON, situadas em ter-renos dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Em Lanheses, o inovador par-que empresarial gerido pela Ges-tinViana - Parques Empresariais de Viana do Castelo, S.A., integra o Centro Administrativo e de For-mação da ENERCON e as fábricas de mecatrónica e geradores que, juntamente com as da Praia Norte, funcionam como satélite para a instalação de empresas, formando o Cluster Eólico já considerado projecto de interesse nacional.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Fundação de Serralves vão assinar um protocolo que irá permitir a Viana do Castelo integrar a Fundação como Câmara Fundadora. A iniciativa foi aprovada por unanimidade pelo executivo e deverá ocorrer ainda durante o mês de Dezembro, permitindo o desenvolvimento de um conjunto de acções nas áreas das artes, da arquitectura, do ambiente e das indústrias criativas.

A Fundação de Serralves, um projecto pluridisciplinar com significativo impacte económico, potenciador de parcerias com autarquias, aprofunda assim novas oportunidades na crescente relação entre a cultura e a economia, potenciando também a sua capacidade de exportação e de criação de emprego e contribuindo para o crescimento do turismo qualificado, en-quanto a Câmara Municipal de Viana do Castelo proporciona à população uma oportunidade de ampliar hábitos culturais e um contacto mais próximo com as manifestações artísticas e os criadores portugueses e estrangeiros de maior relevância.

O protocolo visa promover “um projecto de promoção e divulgação cultural e ambiental, tendo em vista a aproxi-mação das populações às linguagens da produção cultural contemporânea e à sensibilização ambiental, bem como às importâncias da Inovação e Criatividade no desenvolvimento económico e social”.

Enquanto Câmara Fundadora, a autarquia passa assim a ter “regalias” como a organização anual de uma grande exposi-ção de arte contemporânea, entradas gratuitas para crianças e jovens estudantes e residentes com idade superior aos 65 anos, a organização de visitas guiadas gratuitas, a colaboração com as escolas em programas pedagógicos e a participação especial em eventos da Fundação de Serralves, entre outras.

A Câmara de Viana do Castelo e a Fundação de Serralves poderão ainda colaborar em iniciativas como a formação pe-dagógica de agentes, a organização de estágios de formação, a prestação de consultadoria na área da arte contemporânea, a realização de cursos de gestão cultural, a organização de acções de sensibilização, programas de inclusão social ou o apoio técnico na área museológica e ambiental.

Para a Câmara de Viana do Castelo, esta parceria torna-se fundamental para criar novas ofertas, nomeadamente no que toca ao sector das indústrias criativas e ainda na organiza-ção da Bienal de Arte e Design, que se encontra em fase de preparação.

VIANA DO CASTELO INTEGRA

FUNDAÇÃO DE SERRALVES

COMO CÂMARA FUNDADORA

O Instituto da Habitação e da Re-abilitação Urbana (IHRU) acaba de premiar três reabilitações no Cen-tro Histórico de Viana do Castelo: a Rua Roque de Barros na categoria de reabilitações ou qualificações em espaço público, a Igreja das Almas na categoria de reabilitação isolada de imóveis e ainda uma menção honrosa na categoria de reabilitação isolada de imóveis para uma candidatura ao RECRIA de uma habitação na Rua de S. Pedro/Viela do Sequeiro.

Os prémios, que foram entregues numa cerimónia em Lisboa, “reco-nhecem o esforço da autarquia na recuperação do espaço público e no apoio na recuperação de habitações no centro histórico já que os imó-veis em causa foram acompanha-dos de perto pelas equipas técnicas da Câmara Municipal de Viana do Castelo”.

Assim, na categoria de Reabilita-ção ou QualificaReabilita-ção de Espaço

Públi-REABILITAÇÕES NA CIDADE DE VIANA

PREMIADAS PELO IHRU

co surge o prémio para a Rua Roque de Barros popularmente identificada como uma das ruas da cidade com o pavimento mais antigo, que foi reuti-lizado. Em causa esteve um projecto de requalificação urbana que dotou de novas infra-estruturas de escoa-mento de águas pluviais e domésticas e ainda de redes de electricidade e gás. As linhas orientadoras do pro-jecto, da autoria da Câmara Muni-cipal, tiveram em conta o desenho existente, de onde se destaca a forte presença de lajes de granito. Assim, a empreitada esteve sujeita a condicio-nalismos, tendo sido levantado todo o lajeamento e recolocado no final, complementado com a tradicional calçada portuguesa.

Na categoria de Reabilitação Iso-lada de Imóveis, o IHRU atribuiu prémio à recuperação da Igreja de S. Salvador das Almas. Esta estrutura, a primeira igreja matriz de Viana do Castelo, estava sob ameaça de colapso

estrutural, pelo que foi submetida a uma delicada intervenção de recu-peração de parte da cobertura e de reconstrução de outra.

Durante a fase de desmonte da estrutura, foi descoberta a existência de sepulturas sobre o soalho que, de-pois de estudadas por arqueólogos e antropólogos, ficaram expostas com um pavimento transparente.

O IHRU atribui também uma men-ção honrosa na mesma categoria a uma casa particular na Rua de S. Pedro/ Viela do Sequeiro, candida-tada ao RECRIA. O edifício está si-tuado no núcleo medieval da cidade com três pisos, tendo sido recupera-da mantendo torecupera-da a traça e sistema construtivo tradicional.

Recorde-se que, já em 2008, Viana do Castelo recebeu a primeira classi-ficação do IHRU pela recuperação da Casa dos Nichos, situada em pleno centro histórico e sendo uma das casas mais antigas de Viana do Castelo.

Os Presidentes de Câmara de Santa Cruz e Mosteiros, de Cabo Verde, estiveram na passada semana em Viana do Cas-telo para uma reunião de trabalho com o Presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, e com o Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Rui Teixeira. Em cima da mesa estiveram temas como a cooperação em diversas áreas técnicas e ainda intercâmbios entre as cidades.

A reunião com as autarquias da Ilha do Fogo e Santiago, em Cabo Verde, pretendeu lançar bases para estratégias de cooperação entre as autarquias cabo-verdianas e vianense e ainda com o estabelecimento de ensino superior do distrito. Durante o encontro, foram abordadas possibilidades de relações no que toca a estágios profissionais em áreas como as biblio-tecas e as mediabiblio-tecas e ainda questões relativas a cooperação e conhecimento em áreas estruturais como o saneamento e o tratamento de águas residuais.

O Município de Mosteiros, com cerca de dez mil habitantes, está localizado a norte da Ilha do Fogo, ocupando uma área montanhosa de terras férteis e diversos microclimas, onde predomina a única floresta da ilha: a Floresta de Monte Velha. Já o município de Santa Cruz, na Ilha de Santiago, conta com trinta mil habitantes, sessenta por cento dos quais com menos de 20 anos de idade. O feriado municipal é a 25 de Julho, quando se realiza a grande Festa da Praia Grande.

AUTARCAS DE CABO VERDE

DESLOCAM-SE A VIANA

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de Santa Marta, Perre e Mujães, prevendo-se também as obras de requalifi cação da Escola Básica de Afi fe, ampliação e requalifi cação do Centro Escolar de Alvarães e da Escola Básica e Jardim de In-fância de Subportela.

A Câmara Municipal vai de-senvolver também o projecto de requalifi cação da Escola Frei Bar-tolomeu dos Mártires e os projec-tos de requalifi cação e ampliação da EB da Areosa, ampliação da EB do Cálvário / Meadela e da EB e Jardim de Infância de Mazarefes.

No que toca à criação cultural, serão fortalecidas as redes de coop-eração com outras instituições, como a Fundação de Serralves e a Casa da Música, que envolvam os agentes criativos, os agentes económicos e a comunidade artísti-ca vianense. De realce é ainda a aposta numa Incubadora Criativa, que permita a emergência de um espaço partilhado por criativos e empresários e a conclusão do Coliseu / Multiusos, a dinamiza-ção dos desportos náuticos com a construção das infra-estrutur-as desportivinfra-estrutur-as náuticinfra-estrutur-as do surf, vela, remo, canoagem e ainda a construção e requalificação do Estádio Manuela Machado e dos Parques Desportivos de Vila Nova de Anha, de Lanheses e de Vila de Punhe/ Mujães (Neves).

Na economia, será elaborado um plano de marketing territo-rial priorizando o projecto de pro-moção turística do concelho, com especial incidência nas áreas met-ropolitanas de Vigo/Pontevedra, Braga e Porto, e serão efectuados investimentos na consolidação do Parque Empresarial de Lanheses, na infra-estruturação da zona In-dustrial de Alvarães e na requal-ifi cação do Parque Empresarial da Meadela e Zona Industrial de Neiva, assim como os projectos de infra-estruturação das novas áreas de acolhimento empresarial de Cardielos, Barroselas e Vila Fria.

A consolidação e estruturação da rede social concelhia, a insta-lação de um Observatório Social, a elaboração do Plano de Desen-volvimento Social e a elaboração de uma Carta dos Equipamentos Sociais são objectivos para 2010 no plano da Acção Social, onde vai ser desenvolvido um Programa de Conservação e Valorização das Urbanizações Municipais e onde será implementado um projecto-piloto de intervenção social para Darque, que articule os diversos serviços da administração central e que potencie novas abordagens de intervenção social que sirvam de exemplo para outras acções a implementar no concelho.

www.caminhense.com

BOM NATAL

Chega hoje ao fim, na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira, a iniciativa “As TIC na Biblioteca. Internet para todas as idades”, cujos destinatários são os seniores do con-celho. Cada sessão tem a duração de 120 minutos, entre as 14h30 e as 16h30.

Tendo como objectivo geral ajudar o público mais idoso a ultrapassar determinados obstáculos e constrangimentos asso-ciados à utilização das novas tecnologias, esta acção pretende facilitar o acesso daquela faixa etária à rede global.

Entre os objectivos específicos, contam-se a criação de uma conta de correio electrónico, enviar e receber mensagens, fotos e vídeos, pesquisar informação através dos motores de busca, e comunicar em tempo real.

IDOSOS DE CERVEIRA APRENDEM

A NAVEGAR NA REDE GLOBAL

A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira vai prescin-dir de metade da participação variável do município no IRS a favor dos munícipes contribuintes. A proposta, apresentada por José Manuel Carpinteira na última reunião do executivo, foi aprovada por unanimidade.

Desta forma, a deliberação, que será objecto de apreciação e votação na Assembleia Municipal, reparte a taxa de 5 por cento do IRS da seguinte forma: 2,5 por cento para o orçamento municipal e 2,5 por cento para as pessoas com domicílio fiscal no concelho com deduções à colecta.

A presente definição percentual visa promover um maior equilíbrio na repartição desta receita fiscal, garantindo um beneficio justo aos contribuintes locais e um incentivo aos residentes no concelho para que procedam à respectiva regu-larização do seu domicílio fiscal.

Esta receita, enquadrada na Lei das Finanças Locais, repre-senta uma importante contribuição para o desenvolvimento e valorização do território concelhio em sectores fundamentais da actividade municipal direccionados para a melhoria da qualidade de vida das populações locais.

CÂMARA DE CERVEIRA

ABDICA DE METADE DO IRS

A Câmara Municipal de Via-na do Castelo aprovou, em reunião extraordinária, o Plano de Activi-dades e Orçamento para 2010 da Autarquia e dos Serviços Munici-palizados de Saneamento Básico, que integra um conjunto de inicia-tivas e projectos “que pretendem impulsionar o desenvolvimento do concelho, valorizar a educação, a cultura, o desporto, estimular o turismo e favorecer o acolhimento de novas empresas”.

Tendo em conta as difi culdades fi nanceiras do país e a situação económica do país, o documento refl ecte a conjuntura mas apresenta projectos que traduzem as linhas estratégicas e apresenta propostas de planeamento urbano, pensando na sustentabilidade económica e na valorização do potencial humano. As dotações fi nanceiras para 2010 rondam os 89 milhões de euros, 12,3 dos quais dos Serviços Mu-nicipalizados de Saneamento Bási-co de Viana do Castelo, obrigando a Autarquia a um investimento superior a 44 milhões de euros.

Assim, o Plano e Orçamento pretendem consolidar o projecto de requalifi cação urbana e de excelên-cia ambiental, com o planeamento urbano e projectos de qualifi cação dos arruamentos e do espaço pú-blico do centro histórico e da área urbana, promovendo a reabilitação

VIANA APROVA PLANO E ORÇAMENTO NO

VALOR DE 89 MILHÕES DE EUROS

das habitações do centro histórico, alargando a rede de ciclovias, pro-movendo a mobilidade e transportes públicos, valorizando os espaços naturais e as fl orestas e requali-fi cando as frentes marítimas. Na frente litoral, serão impulsionados projectos de requalifi cação e valo-rização das frentes marítimas da Praia Norte/Coral, da envolvente do Forte de Santiago da Barra e da área do Cabedelo.

O executivo vai igualmente apostar na coesão do território através de parcerias com as freg-uesias, nomeadamente nas áreas da modernização administrativa, na disponibilização de serviços electrónicos aos cidadãos, na im-plementação de políticas sociais, de saúde e de solidariedade, no de-senvolvimento das áreas culturais e desportivas, na requalifi cação de centros cívicos, na benefi ciação da rede viária, na construção e requalifi cação de equipamentos colectivos, no apoio à educação, no acolhimento empresarial, na promoção dos produtos regionais e na protecção e valorização dos espaços naturais e patrimoniais.

Na educação, desporto, cultura e na criação cultural, 2010 inte-grará a ampliação das instalações da EB de Lanheses e os investi-mentos na construção e apetre-chamento dos Centros Escolares

Referências

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