PELOURO DA PROCURADORIA ILÍCITA E ADVOCACIA PREVENTIVA PROPOSTA DE PLANO DE ACÇÃO

PELOURO DA PROCURADORIA ILÍCITA E ADVOCACIA PREVENTIVA

PROPOSTA DE PLANO DE ACÇÃO

Analisado o problema da Procuradoria Ilícita, e tendo como objectivos não só o combate à procuradoria ilícita, como a implementação da advocacia preventiva,

do Advogado de Empresa e do Advogado de Família, propõe-se o seguinte:

Problema: Actividades a realizar: Público alvo:

Convite ao INCI - Instituto da Construção e do Imobiliário, para a realização de acções conjuntas de combate à procuradoria ilícita e implementação da advocacia preventiva

Exs. - conferências acerca da necessidade de advocacia preventiva e cuidados a ter na desmaterialização/desformalização dos actos; - anúncio à advocacia preventiva no site do INCI (http://www.inci.pt);

- publicação de anúncios / artigos em revistas temáticas, nomeadamente relativos aos cuidados a ter na prática de “actos desmaterializados”/

“desformalizados “, etc. Empresas de mediação imobiliária e angariadores imobiliários Realização de contratos e actos preparatórios de registos e escrituras por parte das IMOBILIÁRIAS

“Negociações” com o INCI para inclusão da Lei dos actos próprios de Advogados e Solicitadores e matérias curriculares relacionadas com a desmaterialização/desformalização dos actos e advocacia preventiva na lista das matérias sobre

as quais incidem os exames a realizar para efeitos

de acesso e permanência na actividade de mediação imobiliária e angariação imobiliária. (cf. Despacho conjunto n.º 707/2004, de 3 de Dezembro

Publicado no D.R. n.º 283, II Série, de 3 de Dezembro de 2004)

Futuros mediadores imobiliários e futuros angariadores imobiliários

do distrito do Porto para divulgarem a necessidade de combate à procuradoria ilícita e implementação da advocacia preventiva junto dos serviços de finanças:

- solicitando a exibição de cédulas de Advogados, cartão de solicitador, cartão de TOC ou cartão de empregado forense a quem se dirija aos serviços em nome de terceiros

- denunciando toda e qualquer situação de que resultem indícios da prática de procuradoria ilícita (art.º 3.º, n.ºs 2, 3 e 4, al. b) do Estatuto dos Funcionários e Agentes da Administração Pública)

Funcionários das Finanças

Convite ao IRN - Instituto de Registos e Notariado, para a realização de acções conjuntas de combate à procuradoria ilícita e implementação da advocacia preventiva, no distrito do Porto

Exs. - conferências acerca da necessidade de advocacia preventiva e cuidados a ter na desmaterialização/desformalização dos actos; - anúncio à advocacia preventiva no site do IRN (www.irn.mj.pt)

- publicação de artigos em revistas temáticas, nomeadamente relativos aos cuidados a ter na prática de “actos desmaterializados”/ “

desformalizados “, etc. Funcionários das Conservatórias e Notários Realização de contratos, actos preparatórios de registos e escrituras, partilhas, processos disciplinares, cartas, requerimentos, constituição de sociedades, actas, aumentos de capital, etc por parte de

“LAREIROS” e

FUNCIONÁRIOS REFORMADOS

Pedido ao IRN de insistência junto das

Conservatórias do distrito do Porto para colaborarem no combate à procuradoria ilícita e na

implementação da advocacia preventiva, através da: - exigência de exibição de cédulas de Advogados, cartão de solicitador, cartão de TOC ou cartão de empregado forense a quem se dirija aos serviços em nome de terceiros

- denúncia de toda e qualquer situação de que

Funcionários das

resultem indícios da prática de procuradoria ilícita

Apresentação ao CEFA – Centro de Estudos e Formação Autárquica de um projecto de uma acção de formação contínua, de curta duração, acerca do alcance da Lei dos Actos Próprios, conceito do Advogado de Empresa e do Advogado de Família e dos cuidados a ter na prática de “actos

desmaterializados”, dirigida a funcionários das Câmaras Municipais do Norte, a integrar no programa anual de formação do CEFA e a ser financiado no âmbito do QREN

Funcionários das Câmaras Municipais

Convite à CÂMARA DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE

CONTAS (Porto) para a realização de acções conjuntas de combate à procuradoria ilícita e

implementação da advocacia preventiva

Exs. - realização de conferências e/ou sessões de esclarecimentos acerca das implicações da prática de actos próprios por TOCs e necessidade do Advogado da Empresa (ou abertura ou

encerramento das conferências já agendadas) - anúncio à advocacia preventiva no site da Câmara (http://www.ctoc.pt)

- publicação de artigos em revistas temáticas, nomeadamente relativos aos cuidados a ter na prática de “actos desmaterializados”/ “

desdormalizados “, etc Contabilistas e Técnicos Oficiais de Contas Realização de contratos, processos disciplinares, cartas, requerimentos, constituição de sociedades, actas, aumentos de capital, etc por parte de TOC

/CONTABILISTAS

Solicitação à ORDEM DOS REVISORES OFICIAIS

DE CONTAS (Secção Regional do Norte) para que

os ROC colaborem com a OA na divulgação junto dos TOC e das empresas da advocacia preventiva e do Advogado da Empresa

Exs. - realização de conferências e/ou sessões de esclarecimentos acerca das implicações da prática

Técnicos Oficiais de Contas e Empresários

de actos próprios por TOCs e necessidade do Advogado da Empresa

- publicação de artigos em revistas temáticas, nomeadamente relativos aos cuidados a ter na prática de “actos desmaterializados”/ “

desformalizados “, etc Realização de actos preparatórios de registos e escrituras, partilhas e requerimentos à Segurança Social por parte de AGENTES FUNERÁRIOS

Convite à ASSOCIAÇÃO DOS AGENTES

FUNERÁRIOS PORTUGUESES para a realização

de acções conjuntas de combate à procuradoria ilícita e implementação da advocacia preventiva Exs. - realização de conferências e/ou sessões de esclarecimentos acerca das implicações da prática e da publicidade de actos próprios por agentes

funerários

- pedido de divulgação junto dos associados do conceito de Advogado de Família, etc

Agentes funerários

“Negociações” com o ISP – Instituto de Seguros de Portugal para inclusão da Lei dos actos próprios de Advogados e Solicitadores e no “Anexo II – Deveres Jurídicos” da deliberação que aprovou o Código de Conduta do Instituto de Seguros de Portugal,

Agentes e Mediadores de Seguros e Trabalhadores de Seguradoras Realização de actos preparatórios de registos, cartas e requerimentos por parte de AGENTES DE

SEGUROS “Negociações” com o ISP – Instituto de Seguros de Portugal para que os seus representantes junto de cada uma das comarcas sejam Solicitadores ou Advogados

Representantes das

Seguradoras

Organização, sob a égide do CDP, do I CONGRESSO NACIONAL DO

COMBATE À PROCURADORIA ILÍCITA E DA ADVOCACIA PREVENTIVA (com

a participação de delegações de todos os CPPI, representantes de todas as

profissões jurídicas e convidados de sectores profissionais relacionados com o

fenómeno e antecedido de reuniões de todos os CCPI e trabalhos/iniciativas

preparatórias).

Realização, no âmbito do Congresso, de workshops, destinados a empregados

forenses, funcionários de conservatórias e notariais, acerca da procuradoria

ilícita e Lei dos Actos próprios dos advogados, necessidade de exibição

obrigatória do cartão forense, como forma de combate à procuradoria ilícita.

Promoção no seio da Ordem dos Advopgados, da formação dos funcionários

forenses

Promoção no futuro de cursos de formação de funcionários forenses, tendo em

vista a sua qualificação, como requisito da atribuição do cartão forense.

Divulgação periódica, às entidades identificadas no quadro supra, dos processos

entrados em tribunal por crimes de procuradoria ilícita bem como, em abstracto,

das decisões condenatórias proferidas.

Divulgação periódica por parte do Instituto do Consumidor, quer ao público em

geral quer, à Ordem dos Advogados, da aplicação das coimas, resultante das

denúncias efectuadas por esta, em consequência da promoção, divulgação ou

publicidade dos actos próprios dos advogados, quando efectuada por pessoas

colectivas ou singulares não autorizadas a praticar os mesmos e que constitui

contra – ordenação.

Promoção do alargamento do âmbito das incompatibilidades e impedimentos

com o exercício da advocacia.

Obrigatoriedade de intervenção dos Advogados nos meios alternativos de

resolução de litígios, designadamente, julgados de paz, sistemas de mediação e

arbitragem e em todos os processo que impliquem novas tecnologias nas

Conservatórias ou outras Entidades Públicas.

Obrigatoriedade de identificação profissional do Advogado em todos os actos

próprios de Advogados incluindo os praticados por meios electrónicos, por

assinatura, ou assinatura digitalizada, e aposição de carimbo ou vinheta.

Realização de uma campanha nacional de informação sobre a advocacia, das

suas competências e responsabilidades com o alerta do público em geral, sobre

a insegurança, para o cidadão, da generalidade das medidas do programa

Simplex, nomeadamente, através de outdoors apelativos e imaginativos ( sugere

– se um concurso de ideias para este fim)

Obrigatoriedade de o Conselho Superior e Conselho Geral e Conselhos de

Deontologia informar as CCPI das sentenças que decretem a suspensão de

actividade dos advogados, como forma de controle por parte dos CDs da

atribuição dos cartões forenses.

A nível do CDP, criação e divulgação pública, de um endereço electrónico da

CCPI do CDP, para onde possam ser encaminhadas, por Colegas e público em

geral, as denúncias pela prática de actos de procuradoria ilícita.

Informação, aos Colegas e público em geral, de como proceder para encaminhar

denúncias pela prática de procuradoria ilícita.

Divulgação regular via e-mail, aos Colegas dos processos instaurados de

procuradoria ilícita e das sentenças condenatórias, bem como das coimas

aplicadas por processos de contra - ordenação.