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Nota Técnica nº 3/2013/CCONF/SUCON/STN/MF-DF (Compilada com a Errata)

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Ministério da Fazenda

Secretaria do Tesouro Nacional Subsecretaria de Contabilidade Pública

Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação

Nota Técnica nº 3/2013/CCONF/SUCON/STN/MF-DF (Compilada com a Errata)

Assunto: Contabilidade Governamental – Tesouro Nacional - Esclarecimento sobre o programa SICONFI e sobre a Matriz de Saldos Contábeis - MSC.

Senhor Subsecretário,

1. Trata-se de informações acerca do desenvolvimento do Programa SICONFI, relacionando seus objetivos, cronograma de implantação e eventuais impactos para os entes da Federação, que passarão a utilizar o sistema em substituição ao SISTN.

2. Esta nota visa complementar as explanações iniciais sobre o sistema que foram desenvolvidas nas reuniões dos Grupos Técnicos de Contabilidade e de Padronização de Relatórios ocorridas no período de 20 a 24 de maio de 2013.

3. Este documento esclarecerá, dentre outros importantes aspectos, que a implantação do sistema se dará de forma gradual e negociada; que este não pressupõe a utilização de uma lógica específica de registro de informação, como, por exemplo, “conta corrente contábil” por parte dos sistemas contábeis dos entes federativos; e que as informações a serem coletadas pelo sistema já são, em sua grande maioria, registradas e utilizadas por todos os entes para a elaboração dos diversos relatórios, demonstrativos e demonstrações exigidas pela legislação nacional.

Glossário

CEI – Código de Entrada de Informações: estrutura padronizada complementar,

composta de 3 dígitos, utilizada para inserir na Matriz de Saldos Contábeis (MSC) informações necessárias ao preenchimento dos demonstrativos fiscais, que não podem ser geradas pelas demais classificações utilizadas para despesas e receitas orçamentárias. Possibilita o envio, por meio da MSC, de informações tipicamente gerenciais.

COC – Cadastro de Operações de Crédito: cadastro com informações sobre a dívida

consolidada contratada pelo ente, abrangendo operações de crédito e as rolagens de dívidas, tais como INSS, FGTS, e outras, que visam subsidiar as análises das operações de crédito pleiteadas.

DCASP – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público: saídas de

informações geradas pela Contabilidade Aplicada ao Setor Público, promovendo transparência dos resultados orçamentário, financeiro, econômico e patrimonial do setor público.

Declarações: abrangem todos os dados coletados pelo SICONFI, ou seja, são os relatórios

fiscais (RREO e RGF), as demonstrações contábeis (BO, BP, BF, DVP e DFC), e o QDCC (Balanço Anual).

Grupos Técnicos: Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis –

GTCON, Grupo Técnico de Padronização de Relatórios – GTREL e Grupo Técnico de Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais – GTSIS, grupos criados pela Secretaria do Tesouro Nacional, de caráter consultivo, responsável pela análise e elaboração de diagnósticos e estudos visando à padronização de procedimentos contábeis

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de relatórios e demonstrativos e à harmonização das regras e funcionalidades dos sistemas contábeis e fiscais no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. São regulados pelas Portarias STN nº 109, 110 e 111, de 2011, respectivamente.

Mapeamento: processo pelo qual as informações contidas na MSC são classificadas com

vistas a formar os campos dos relatórios fiscais e das demonstrações contábeis. Reúne todos os filtros e regras de negócio necessários para, a partir de uma informação detalhada, formatar os relatórios e demonstrações.

Matriz de Saldos Contábeis – MSC: conjunto de informações de natureza contábil,

orçamentária e gerencial necessária à geração dos relatórios fiscais e das demonstrações contábeis. Esse conjunto, por se basear no PCASP, representa um avanço nos processos de consolidação contábil e estatística fiscal por conter a informação necessária à eliminação das relações cruzadas entre os entes federativos.

PCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público: estrutura básica da escrituração

contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite, de maneira uniforme e sistematizada, o registro contábil de atos e fatos no setor público. Possibilita a obtenção de informações necessárias à elaboração de demonstrações contábeis, relatórios fiscais e gerenciais e à geração de informações ao público, incluindo os organismos internacionais.

PCASP Estendido: modelo publicado no anexo III da Instrução de Procedimentos

Contábeis 00 utilizado como referência para os entes federados construírem o seu Plano de Contas.

Portal SICONFI: portal na Web, em desenvolvimento, que permitirá a coleta, assinatura

e publicação das informações contábeis e fiscais transmitidas pela União e demais entes subnacionais. O Portal SICONFI será o principal instrumento de relacionamento dos gestores públicos na transmissão e validação dos relatórios fiscais e demonstrações contábeis.

QDCC – Quadro de Dados Contábeis Consolidados: relatório encaminhado pelos entes

da Federação – União, Estados, DF e Municípios – que contém informações de natureza contábil de órgãos da administração direta e entidades da administração indireta (autarquias, fundações, fundos especiais, empresas estatais dependentes) de todos os seus Poderes, evidenciadas no Demonstrativo Orçamentário (execução de receitas orçamentárias, despesas orçamentárias e despesas por função), Balanço Patrimonial (ativo e passivo) e Demonstração das Variações Patrimoniais.

RGF – Relatório de Gestão Fiscal: relatório exigido pela Lei Complementar nº 101, de 4

de maio de 2000, dispõe que os titulares de Poderes e órgãos o emitirão ao final de cada quadrimestre. É composto de demonstrativos com comparativos dos limites da despesa com pessoal, da dívida consolidada, das operações de crédito e da concessão de garantias e contragarantias, e de demonstrativos da disponibilidade de caixa e de restos a pagar. • RREO – Relatório Resumido de Execução Orçamentária: relatório exigido pela

Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, que estabelece em seu artigo 165, parágrafo 3º, que o Poder Executivo o publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre. A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que se refere às normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, estabelece as normas para elaboração e publicação do RREO.

SIAFIC – Sistema Integrado de Administração Financeira e Controle: sistema que

atenda ao padrão mínimo de qualidade definido pelo poder executivo da União, conforme o disposto no inciso III, parágrafo único, do artigo 48 da Lei Complementar nº 101, de 2000.

SICONFI – Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro:

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de Processamento de Dados – SERPRO, que tem como objetivo se tornar o principal instrumento de intercâmbio de informações fiscais, contábeis e financeiras entre a União e os demais entes da Federação. Esse sistema visa substituir o atual SISTN e propiciar à Federação um mecanismo mais acessível para a coleta de dados e mais transparente para a publicação e disponibilização dos relatórios fiscais e demonstrações contábeis. O SICONFI utilizará a linguagem de dados XBRL para padronizar, classificar e intercambiar as informações coletadas.

SIOPE – Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação: sistema

eletrônico, operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, instituído para coleta, processamento, disseminação e acesso público às informações referentes aos orçamentos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

SIOPS – Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde: sistema de

responsabilidade do Ministério da Saúde que coleta e disponibiliza informações sobre despesas em saúde de todos os entes federados.

SISTN – Sistema de Coleta de Dados Contábeis: instrumento criado para coletar dados

e informações contábeis dos poderes e órgãos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios brasileiros, conforme previsto na legislação vigente e portarias expedidas pela STN. É operacionalizado pela Caixa Econômica Federal.

Taxonomia: o termo taxonomia tem sua origem na ciência que classifica os seres vivos

com base em características comuns e dá nome aos grupos que resultam dessa classificação. Apesar de seu uso original, a taxonomia pode ser aplicada à classificação de praticamente qualquer coisa. Sua aplicação em XBRL significa declarar todos os conceitos utilizados (através de marcações XML) e definir as relações entre esses conceitos tais como: a forma como eles se apresentam; regras de cálculo que devem ser aplicadas, rótulos em diversos idiomas e significados e referências.

XBRL – eXtensible Business Reporting Language: linguagem baseada em XML e

consolidada como padrão para publicação e intercâmbio de informações financeiras na Web. Esta linguagem surgiu da necessidade de estabelecer um padrão cuja aplicação fosse customizada para trabalhar informação de cunho contábil e financeira de modo que seja entendida por computadores e assim facilite seu intercâmbio. A utilização do XBRL permite a automação de processos de negócio eliminando custos de entrada e de análise de dados. A ideia central é que um software possa reconhecer a informação em um documento XBRL e a partir daí possa: selecionar, analisar, armazenar, intercambiar e traduzir em diferentes formatos, permitindo assim sua reprodução em uma variedade de formas para os usuários. Esse padrão é mantido por um consórcio global formado por mais de 500 membros.

XML – eXtensible Markup Language: padrão aberto definido pelo consórcio W3C

(World Wide Web Consortium) cuja tarefa reside em descrever o conteúdo de um documento eletrônico. Diferente do XBRL, o XML é um padrão mais genérico cujo uso não está restrito a nenhum tipo de informação específica. Essa linguagem define a estrutura de um documento, através de marcadores, e delimita quais são os valores válidos dessa estrutura. O XML define o conteúdo da informação, se tornando uma linguagem base para utilização na web.

Dos Objetivos do SICONFI

4. Atualmente, a coleta de dados contábeis e fiscais é realizada por meio do Sistema de Coleta de Dados Contábeis – SISTN. Contudo, diante dos avanços e mudanças no

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ambiente tecnológico nacional, surge a necessidade de otimização desse processo e, em razão disso, o Programa SICONFI está sendo implantando.

5. O SICONFI tem, portanto, como objetivo principal, aperfeiçoar a coleta de dados como meio de prover a STN com informações necessárias ao cumprimento de suas obrigações, especificamente aquelas relativas à Consolidação das Contas Nacionais, estabelecidas pela LRF e à análise de informações contábeis, orçamentárias, financeiras, fiscais, econômicas e de controle, para fins de transferências voluntárias, de análise das operações de crédito e de produção de estatísticas de finanças públicas dos entes da Federação.

6. Outro objetivo do programa é facilitar o intercâmbio das informações coletadas no SICONFI com outros sistemas informatizados. Esse objetivo será alcançado através da padronização da troca de informações entre a União e os Entes da Federação por meio do uso da linguagem XBRL - Extensible Business Reporting Language. Haverá também a possibilidade de compartilhar informações com outros sistemas informatizados da União, tais como o SIOPS, do Ministério da Saúde, o SIOPE, do Ministério da Educação e o sistema de contabilidade do RPPS, do Ministério da Previdência Social.

7. Pretende-se padronizar a informação e não os sistemas que trabalharão essa informação, uma vez que a linguagem XBRL define a informação suficiente para permitir que outros sistemas possam compreender qualquer dado coletado no SICONFI. Isso possibilita que diferentes instituições possam fazer uso das informações coletadas e geradas pelo SICONFI, a exemplo de Tribunais de Contas, Sistemas de Transparência Pública, etc.

8. O SICONFI poderá ainda ser utilizado pelos entes da Federação como meio eletrônico de divulgação dos demonstrativos fiscais a que se refere o caput do artigo 48 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - LRF. Espera-se que o sistema seja mais um meio de publicidade para divulgação dos demonstrativos contábeis e fiscais, proporcionando um novo canal de transparência da gestão pública.

Do Desenvolvimento e Implantação do SICONFI

9. Para permitir o intercâmbio de informações entre os diferentes sistemas, é necessário o desenvolvimento e a implantação da Taxonomia da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, que significa padronizar os conceitos contábeis, fiscais e estatísticos que apareçam nas declarações. Essa taxonomia não apenas define os conceitos, mas também as inter-relações entre os conceitos e as suas regras de validação (de negócio). A taxonomia terá ampla divulgação e deverá acompanhar todas as mudanças nas declarações que lhe deram origem.

10. Tendo em vista o andamento dos trabalhos de desenvolvimento do sistema e o cronograma de implantação do SICONFI, nos próximos anos, a coleta das informações se dará da seguinte forma:

11. Em 2014:

• O SISTN continuará disponível para coletar dados referentes ao Quadro dos Dados Contábeis Consolidados (QDCC) dos entes que ainda não tenham adotado o PCASP e

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também as informações relativas aos demonstrativos fiscais e ao Cadastro de Operações de Crédito - COC.

• O SICONFI coletará as informações referentes ao Quadro dos Dados Contábeis Consolidados (QDCC) daqueles entes que já tenham implantado o PCASP.

12. Em 2015:

• O SISTN continuará disponível para coletar dados que não tenham sido incorporados pelo SICONFI.

• O SICONFI coletará as informações referentes ao Quadro dos Dados Contábeis Consolidados (QDCC) daqueles entes que já tenham implantado o PCASP e também as informações relativas aos demonstrativos fiscais.

13. O SICONFI disponibilizará três formas para a inserção dos dados, todas elas sujeitas à posterior validação e homologação pelos respectivos representantes legais dos entes: • Em 2014, a partir do mês de fevereiro, os Poderes ou Órgãos dos entes da Federação poderão enviar suas declarações ao Portal SICONFI pela digitação de formulários (permite comando “colar dados”), pela transmissão de planilhas padronizadas ou pela transmissão de arquivos XBRL.

• Em 2015, além das formas de coleta implantadas no ano anterior, haverá também a possibilidade de envio de um conjunto de informações acerca da execução contábil e orçamentária em padrão estabelecido pela Secretaria do Tesouro Nacional, intitulado Matriz de Saldos Contábeis – MSC.

14. As informações acima estão sumarizadas na seguinte tabela:

Cronograma de Implantação do SICONFI e Formas de Inserção de Dados

Ano 2014 2015 Sistema Declarações Formas de inserção

(alternativas)

Declarações Formas de inserção (alternativas) SISTN - Balanço

Anual/QDCC (Contas Anuais) – Para entes que NÃO adotaram o PCASP - RREO - RGF - COC - Digitação de dados

- Dados que não tenham sido incorporados pelo SICONFI - Digitação de dados SICONFI - Balanço Anual/QDCC (Contas anuais) Para entes que adotaram o PCASP

- Digitação de dados

Permite comando “colar dados” - Transmissão de planilhas padronizadas - Transmissão de arquivos XBRL - Balanço Anual/QDCC (Contas anuais) Para entes que adotaram o PCASP

- RREO - RGF

- Digitação de dados

Permite comando “colar dados” - Transmissão de planilhas padronizadas - Transmissão de arquivos XBRL - Transmissão da Matriz de Saldos Contábeis (MSC)

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15. Ressalta-se, portanto, que o SICONFI substituirá o SISTN e, assim, permitirá, além da inserção dos dados nos mesmos moldes hoje existentes, novas formas de inserção, inclusive por meio da MSC. Essa última forma apresenta a vantagem de permitir a elaboração automática das declarações, mas será, inicialmente, mais uma alternativa de coleta das informações fiscais e contábeis para os entes federativos.

16. Somente em data futura, amplamente discutida com representantes de todas as esferas de governo da Federação, pretende-se adotar a MSC como única forma de coleta de dados.

17. O cronograma de implantação do SICONFI prevê auxílio aos entes da Federação quanto ao uso da nova ferramenta, o que se dará por meio de disponibilização de material didático, de cursos e treinamentos específicos, além de um canal direto de comunicação com a equipe do Tesouro Nacional, exclusivo para os usuários do sistema.

Da Matriz de Saldos Contábeis

18. A Matriz de Saldos Contábeis é uma estrutura padronizada de coleta de informações contábeis e fiscais dos entes da Federação para fins de elaboração das declarações do setor público brasileiro. Essa estrutura reúne uma relação de contas contábeis e informações complementares, e será produzida a partir do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

19. Ressalta-se que a MSC é estruturada com base em contas contábeis e informações complementares necessárias à geração das demonstrações contábeis, dos relatórios e das estatísticas fiscais. As contas contábeis da MSC correspondem ao PCASP obrigatório para toda a Federação, acrescido de contas específicas do modelo publicado no anexo III da Instrução de Procedimentos Contábeis 00. As informações complementares da MSC correspondem a dados que não estão presentes nas contas contábeis, mas se associam a elas e estão listadas abaixo:

• Atributo SF, criado para atender a Lei 4.320/64, permitindo separar as contas do ativo e do passivo em financeiro e permanente;

• Classificação funcional, que segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções;

• Classificação da despesa e da receita por natureza, consubstanciada na Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001, acrescida de detalhamento que possibilita o preenchimento dos demonstrativos fiscais;

• Classificação por fonte ou destinação de recursos, simplificada para o SICONFI (necessárias para elaboração de alguns demonstrativos fiscais, como o relativo a Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino);

• Codificação denominada CEI (Código de Entrada de Informações), que permite a inclusão de informações gerenciais na MSC;

• Outras codificações para identificação de consórcios públicos e de restos a pagar. 20. O principal objetivo da coleta de dados e informações por meio da MSC é automatizar a elaboração das declarações, facilitando o trabalho de confecção e envio dessas à Secretaria do Tesouro Nacional pelos entes federativos. Além disso, a MSC visa melhorar a qualidade da informação pública disponível, uma vez que, por coletar informação detalhada, permite a elaboração de análises mais eficazes e transparentes.

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21. Um dos trabalhos desenvolvidos para implantação da MSC é o mapeamento, que tem como objetivo permitir a elaboração automática das declarações. Esse trabalho consiste na definição das contas contábeis, conjugadas com informações complementares, cujos saldos comporão cada célula dessas declarações. O mapeamento será amplamente divulgado e discutido com representantes dos entes da federação que participam das reuniões dos grupos técnicos com vistas a sua validação.

22. Para permitir esse mapeamento e a elaboração automática das declarações, é necessária uma codificação padronizada das contas contábeis e das informações complementares. Entretanto, a utilização de contas do modelo de detalhamento do PCASP (IPC 00) ou da classificação por fonte ou destinação de recursos não significa uma tentativa de padronizar essa codificação na federação. Ou seja, não haverá obrigatoriedade de utilização dessa codificação nos planos de contas ou nos SIAFIC, mas sim a necessidade de fornecer a informação que corresponda ao código indicado.

23. Ressalta-se que o PCASP aplicado à MSC será composto pelo PCASP Federação e pelas contas do PCASP Estendido que sejam necessárias à geração das declarações. Tanto as contas contábeis como as informações complementares que definirão a MSC serão divulgadas e discutidas com representantes dos entes da Federação que participam das reuniões dos grupos técnicos.

24. É importante salientar que essas informações, em sua grande maioria, já são hoje utilizadas pelos entes para gerar seus relatórios contábeis e fiscais.

25. Desse modo, a utilização da forma de coleta por meio da MSC não significa a adoção forçada de padrões específicos de registros de informações ou de determinada arquitetura de sistema informatizado para o envio de informações ou geração das declarações. O objetivo da MSC é facilitar a geração de demonstrativos, relatórios e demonstrações, que passa a ser automática. Para isso é necessária uma padronização de conceitos, mas não necessariamente uma padronização de códigos.

26. As informações constantes da MSC serão extraídas do SIAFIC do ente, em periodicidade mensal, e transmitidas ao SICONFI via web. Para gerar a MSC, os Poderes ou Órgãos do ente deverão assegurar a correspondência das informações contidas em seu SIAFIC com a MSC. Essa correspondência visa assegurar que toda a informação coletada no SICONFI estará sob um mesmo padrão e que os relatórios e demonstrações gerados a partir da MSC refletem as regras previamente publicadas e debatidas pela STN e entes federativos nos Grupos Técnicos. A partir dessas informações, caberá ao SICONFI gerar os relatórios e apresentá-los aos responsáveis dos Poderes ou Órgãos do ente da Federação para validação e homologação. Essas duas últimas ações equivalem à confirmação de que os documentos gerados pelo SICONFI correspondem às declarações produzidas pelo ente. Haverá também a possibilidade de não validação de uma ou mais declarações geradas automaticamente, sendo necessária, nesse caso, a retificação das declarações não validadas.

27. A geração da MSC demandará que o ente federativo realize um mapeamento da sua estrutura de contas contábeis e informações complementares para o modelo de estrutura definido na MSC. Não é necessário que o ente utilize a mesma estrutura do PCASP Estendido ou da classificação por fonte ou destinação de recursos em seu sistema contábil, mas sim que faça a correspondência entre as suas contas e os conceitos estabelecidos na MSC. Contudo, cabe destacar que ao fazer essa correspondência, o ente federado poderá utilizar as

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regras e mapeamentos validados pelos representantes dos entes federados e que são necessários à geração de suas próprias declarações.

Das Vantagens da Utilização da MSC

28. A principal vantagem da utilização da MSC é a possibilidade de elaboração automática das declarações que são enviadas à STN, ou seja, ao invés de preencher as declarações no site de envio ou de elaborar as declarações e enviá-las uma a uma, o envio da MSC será suficiente para a elaboração de todas as declarações automaticamente.

29. Além disso, a participação da STN e de representantes dos entes federados no processo de construção da MSC e de validação dos mapeamentos proporcionará maior entendimento dos conceitos apresentados nas declarações e de como esses conceitos podem ser representados pela contabilidade. Esse entendimento será de grande utilidade tanto para a elaboração das declarações quanto para a construção dos modelos dessas declarações.

30. Pode-se destacar também que a MSC proporcionará a melhoria da qualidade e o aumento da confiabilidade das informações recebidas, reduzindo a incidência de erros no processo de elaboração das declarações.

31. A utilização da Matriz de Saldos Contábeis – MSC como padrão de envio de informações apresenta também as seguintes vantagens:

• Padronização das informações: todo sistema que reúna informações de diferentes fontes, necessita que a entrada de dados seja padronizada. O SISTN já atua dessa forma ao definir um modelo de Balanço Anual (QDCC). A MSC baseada no PCASP representa a padronização necessária para cumprir seu objetivo de ser fonte de dados para os relatórios fiscais e demonstrações contábeis;

• Mapeamento: ao se definir uma entrada de dados, todas as regras necessárias para a montagem dos relatórios e demonstrativos são originárias da MSC. Essa montagem dos relatórios geralmente envolve mapeamentos complexos, tornando-se uma atividade onerosa para os entes subnacionais. A existência de uma MSC uniforme facilita e simplifica esse trabalho por permitir a harmonização dos conceitos e uniformizar a estrutura de mapeamentos.

• Geração Automática de Relatórios: a contrapartida da entrega de um escopo de dados mais detalhado (MSC) se dá com a geração, por parte do SICONFI, dos relatórios fiscais e demonstrações contábeis para o ente federativo. Assim, caberá ao ente a validação das informações mediante assinatura digital dos relatórios gerados. Caso não concorde com a informação gerada, ou haja algum entendimento diferente para a geração das declarações, o SICONFI permitirá a edição da declaração por parte do ente.

Do Encaminhamento

32. O Programa SICONFI representa um avanço necessário da coleta e tratamento das informações enviadas à STN. Já na sua primeira fase de implantação, o sistema apresentará ganhos em relação ao SISTN no que se refere à interface com usuário, que passará a ser mais amigável e moderna, e à facilidade de inserção de informações, uma vez que será permitido o preenchimento offline de declarações. O uso do comando “colar dados” para auxiliar no preenchimento das declarações e, nos últimos estágios de implantação do

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sistema, o envio de um único arquivo – a MSC – (que pode ser gerada automaticamente pelo SIAFIC do ente) será suficiente para gerar todas as declarações a que o ente está obrigado. 33. A adoção do padrão XBRL, por sua vez, com o concomitante mapeamento das diversas declarações e da definição de uma taxonomia para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público implica um nível de transparência e padronização de conceitos que facilitará a discussão e o entendimento das diversas declarações (demonstrações contábeis, demonstrativos fiscais e relatórios diversos). E não menos importante: essa solução permite que mudanças nas declarações tenham impacto mínimo nos SIAFIC dos entes, pois tais alterações serão refletidas, na maioria das vezes, na taxonomia aplicada a essas declarações e não em códigos de programação dos sistemas informatizados responsáveis pelos registros contábeis, orçamentários, financeiros e patrimoniais.

34. Por fim, a utilização do SICONFI, da forma que está sendo construído, tornará possível o compartilhamento, pelos sistemas de coleta de dados existentes nas três esferas de governo, de informações contábeis, orçamentárias, financeira e patrimoniais produzidas pelos diversos entes da Federação. Tal fato possibilitará a racionalização e a otimização dos processos hoje existentes de envio e coleta de informações dessa natureza.

Á consideração superior. Brasília, 16 de setembro de 2013. Claudia Magalhães Dias Rabelo de Sousa

Analista de Finanças e Controle

Brasília, 16 de setembro de 2013. Henrique Ferreira Souza Gerente de Normas e Procedimentos

Contábeis

Brasília, 16 de setembro de 2013. Thiago de Castro Sousa

Gerente de Normas e Procedimentos de Gestão Fiscal

Brasília, 16 de setembro de 2013. Bruno de Sousa Simões

Gerente de Projeto

De acordo. Encaminhe-se ao Subsecretário de Contabilidade Pública. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Raquel da Ressurreição Costa Amorim

Coordenadora-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação, Substituta De acordo.

Brasília, 16 de setembro de 2013. Gilvan da Silva Dantas

Referências

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