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Proposta de melhorias e adequações dos aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais, de uma propriedade rural de 126 hectares, localizada no município de Giruá-RS / Proposal for improvements and fitness of the technical, economic, social and enviro

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Academic year: 2020

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Proposta de melhorias e adequações dos aspectos técnicos, econômicos, sociais e

ambientais, de uma propriedade rural de 126 hectares, localizada no município

de Giruá-RS

Proposal for improvements and fitness of the technical, economic, social and

environmental aspects of a rural property of 126 hectares, located in the

municipality of Giruá-RS

DOI:10.34117/bjdv6n6-507

Recebimento dos originais: 08/05/2020 Aceitação para publicação: 23/06/2020

Diogo Matheus de Paula Buuron

Acadêmica do 7° semestre do Curso de Agronomia da SETREM, e-mail: diogobuuron@hotmail.com

Flaviani Boien Corrêa

Acadêmico do 7° semestre do Curso de Agronomia da SETREM, e-mail: flaviani_b@hotmail.com

Paulo Vinícius Güllich Tolomini

Acadêmico do 7° semestre do Curso de Agronomia da SETREM, e-mail: viniciustolomini@hotmail.com

Paulo André Klarmann

Mestre em Extensão Rural, Professora do Componente Curricular Prática Profissional I do Curso de Agronomia da SETREM,

e-mail: cleiasm@yahoo.com.br

RESUMO

A partir da Revolução Verde, os produtores passaram a buscar melhorias nas atividades desenvolvidas nas propriedades, visando elevar a produção e baixar o custo, surgindo assim a necessidade de implantar melhorias e adequações nas atividades para garantir a sustentabilidade da propriedade, possibilitando novos investimentos para aquisição de máquinas e equipamentos ou construção de estruturas para armazenagem da produção. O objetivo deste estudo foi propor melhorias e adequações das atividades desenvolvidas na propriedade, a partir da análise dos aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais obtidos na Prática Profissional I de uma propriedade rural localizada no município de Giruá, RS. Para isso, se fez o uso de metodologias de abordagem quantitativa e qualitativa, métodos de procedimento estatístico e estudo de caso, e, como técnicas de coletas de dados documentação indireta, pesquisa bibliográfica e observação direta intensiva através de entrevista, e análise de dados a análise de conteúdo e análise estatística. Foi possível verificar que a construção de terraços e o uso de rotação de culturas contribui para a conservação do solo. Além disso, foi proposto melhorias na condução das atividades, como o monitoramento de doenças e pragas a fim de evitar aplicações de fungicidas sem causar danos econômicos. Em relação aos aspectos ambientais se propôs que o proprietário efetue o plantio de arvores nativas em locais impróprios para o cultivo com a finalidade de atender a legislação presente, o uso de EPI’s durante a aplicação de agrotóxicos, bem como a construção de um local adequado para armazenagem dos mesmos. Considerando os aspectos sociais, verifica-se que os proprietários possuem boa convivência entre família e comunidade e a sucessão familiar já ocorreu na propriedade há alguns anos. Nos

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aspectos econômicos, verificou-se que a rentabilidade foi maior em torno de 1%, isso ocorreu pelo pela adequação de manejos. Assim, após as melhorias e adequações, pode-se concluir que a é viável economicamente e tecnicamente para a permanência do proprietário e sua família na propriedade rural.

Palavras-chave: Propostas de melhorias, Propriedade Rural, Agronegócio.

ABSTRACT

From the Green Revolution onwards, producers began to seek improvements in the activities carried out on the properties, aiming at raising production and lowering the cost, resulting in the need to implement improvements and adaptations in the activities to guarantee the sustainability of the property, allowing new investments for acquisition of machinery and equipment or construction of structures for storage of production. The objective of this study was to propose improvements and adaptations of the activities developed in the property, based on the analysis of the technical, economic, social and environmental aspects obtained in the Professional Practice I of a rural property located in the city of Giruá, RS. To that end, methodologies of quantitative and qualitative approach, methods of statistical procedure and case study were used, and, as techniques of data collection indirect documentation, bibliographic research and intensive direct observation through interview, and data analysis to content analysis and statistical analysis. It was possible to verify that the construction of terraces and the use of crop rotation contributes to soil conservation. In addition, improvements in the conduct of activities, such as disease and pest monitoring, were proposed to avoid fungicide applications without causing economic damage. Regarding environmental aspects, it was proposed that the owner plant native trees in places that are not suitable for cultivation in order to comply with current legislation, the use of PPE during the application of agrochemicals, and the construction of a suitable place for storage. Considering the social aspects, it is verified that the owners have good coexistence between family and community and the family succession has already occurred in the property for some years. In economic aspects, it was verified that the profitability was higher around 1%, this was due to the adequacy of management. Thus, after the improvements and adaptations, it can be concluded that it is economically and technically feasible for the permanence of the owner and his family in the rural property.

Key words: Proposals for improvements, Rural property, Agribusiness.

1 INTRODUÇÃO

Após a metade do século XX, começou-se o processo de modernização da agricultura e também a adoção no Brasil, da chamada Revolução Verde, em que esses processos estavam relacionados a políticas que levassem a obtenção de maiores ganhos em produtividade, tanto da terra como do capital, mão de obra, e aumento da eficiência econômica através da especialização das unidades produtivas, onde o produtor deve passar a ser um empresário do campo, tendo entendimento sobre a influência da variação dos preços nos tempos de maior oferta e demanda, visando vender sua produção em momentos onde o mercado é mais atrativo.

Além disso, os produtores começaram a buscar novas atividades, e dentre elas se encontram os sistemas integrados de propriedade rural, onde procura-se agregar margens dentro da mesma através da expansão das operações em setores de armazenamento, beneficiamento e comercialização

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da produção. E ainda, da produção animal integrada aliada á indústria, produtor e varejo dando certeza ao produtor que sua produção final será adquirida pela empresa integradora.

Assim, se faz necessário implantar melhorias e adequações nas atividades desenvolvidas para que estas elevem a sua margem de retorno, possibilitando novos investimentos na propriedade, seja esta na aquisição de novas maquinas e equipamentos como na construção e de estruturas para a armazenagem de sua produção. Pois segundo Mayer e Werlang (2016), uma administração deficiente e tecnologias insuficientes acarretam em níveis de produtividade muito baixos, elevando os custos de produção o que dificulta o sucesso na agricultura principalmente nas pequenas propriedades rurais.

Flores, Ries e Antunes (2006) destacam que a propriedade deve ser cada vez mais competitiva e estar sempre em busca de novas tecnologias, baseando-se para isso nos acontecimentos da atualidade, e no maior número de informações disponíveis sobre a atividade para que esta se desenvolva de forma satisfatória e apresente maiores lucros.

Diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo propor melhorias e adequações de uma propriedade rural que trabalha com as culturas de soja, trigo e aveia e sistema de integração de suínos em criação de creche para a empresa Alibem, RS, localizada no município de Giruá, RS.

O presente estudo é dividido em três capítulos, onde o primeiro trata dos aspectos metodológicos que norteiam o estudo e o segundo de referencial teórico acerca das atividades desenvolvidas na propriedade em estudo e, no terceiro as propostas de melhorias e adequações baseadas nas informações levantadas na Prática Profissional I.

2 METODOLOGIA

Segundo Lakatos e Marconi (2007), metodologia é o caminho a ser seguido para alcançar os objetivos, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

O presente estudo utilizou o método de abordagem quantitativo e qualitativo. O método quantitativo foi empregado para levantamento dos dados referentes ao custo de produção das atividades, rendimento dos cultivos, cálculo do patrimônio, resultados econômicos das atividades e resultado econômico global da propriedade. Já o método qualitativo foi utilizado para descrever como a família está inserida na sociedade, a participação no meio rural e cooperativo, divisão de escalas de trabalho, perspectivas futuras, e através desse levantamento propor melhorias e adequações as atividades desenvolvidas de forma que contemple os aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais.

O estudo de caso foi usado para coletar dados de como a propriedade se organiza e considera importantes os aspectos técnicos, econômicos, sociais, ambientais, a fim de propor melhorias e adequações a essas atividades.

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O método de procedimento estatístico foi usado para determinar as expetativas de produção, quantidades de fertilizantes, bem como o resultado liquido, lucratividade e rentabilidade da propriedade.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo Santos et al. (2006, p. 32) solo pode ser definido como um emaranhado de “corpos naturais, constituídos por parte líquidas, sólidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais orgânicos que ocupam a maior parte da superfície do planeta”.

Em relação aos principais atributos químicos do solo, pode-se destacar os parâmetros para medição da fertilidade do solo, os quais dão indicativo da quantidade de nutrientes disponíveis no solo, elementos tóxicos às plantas, necessidade de correção do solo, aplicação de fertilizantes e adubação equilibrada às culturas. Esses parâmetros são medidos através de uma análise química do solo.

Para determinar as condições físicas do solo são utilizados diferentes métodos para medir a condição estrutural do solo, dentre eles destaca-se a avaliação da estabilidade dos agregados, densidade do solo, porosidade e infiltração e retenção de água, levando em consideração a classe textural do solo, esses métodos indicam como se encontra atualmente a estrutura do solo (REINERT; REICHERT, 2006).

Para garantir a conservação do solo, o uso de terraços é indicado para disciplinar o escoamento das águas das chuvas, o qual é constituído de um canal e um camalhão em nível ou desnível, estando baseado no princípio de diminuir a rampa de escoamento. Em que os terraços em desnível são indicados para solos mal drenados. Enquanto que os terraços em nível são construídos com a finalidade de reter toda ou a maior parte da água das chuvas em seu canal e esta seja absorvida pelo solo (WADT, 2003). Outra prática adotada é a rotação de culturas que consiste em deixar o solo coberto durante todo o ano, através da alternância de diferentes espécies vegetais anualmente. Para isso o planejamento deve levar em consideração os propósitos comerciais e a recuperação do solo. Contudo, no momento da escolha das culturas é necessário levar em consideração o sistema radicular dessas espécies e com exigências nutricionais diferentes (PIRES, 2013).

O sistema de criação de suínos integrada consiste no fornecimento de ração, genética, logística e assistência técnica por parte das agroindústrias e, a cargo do agricultor estão as instalações, gestão ambiental, mão de obra que atenda as tecnologias da integradora e entrega dos animais dentro de um prazo determinado e quesitos de qualidade e rastreabilidade. A integração predomina principalmente na região sul do país, mas com ampla expansão para as regiões sudeste e centro-oeste (SOUZA et al., 2013).

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O dimensionamento de máquinas e equipamentos busca identificar as características das maquinas que vão atender as necessidades que são exigidas pelo sistema de produção empregado na propriedade, bem como os custos envolvidos nessas operações o que determina o retorno financeiro da atividade. Ainda, pode-se dizer que o dimensionamento envolve basicamente a determinação da capacidade trabalho e da potência que será necessária para efetuar a tarefa pretendida com determinada máquina, enquanto que o fator econômico ira determinar o custo por unidade de área trabalhada (MILAN, 2013).

Para o agricultor o armazenamento na propriedade pode trazer vantagens como a redução nos custos de transporte e frete, comercialização do produto em épocas de menor oferta e maior demanda por produto, melhor remuneração e aproveitamento dos recursos disponíveis da propriedade para a secagem e o armazenamento adequados, bem como a disponibilidade de produtos com mais qualidade e mais adaptados às condições de consumo e/ou comercialização. E ainda, o aproveitamento dos resíduos das operações de pré-limpeza e limpeza dos grãos, na alimentação animal (ELIAS; OLIVEIRA; VANIER, 2017)

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A propriedade em estudo localiza-se em Rincão dos Bugres, município de Giruá/RS, conforme demonstra a figura 1. Possuindo as coordenadas geográficas: latitude de 27° 58' 54', e longitude 54° 21' 25' e uma altitude de 385 metros acima do nível do mar. A família Scherer iniciou as atividades práticas com lavoura em meados da década de 60. No ano de 1970 iniciou-se a pratica do plantio direto em culturas de grãos. No ano de 2008 a família iniciou a atividade de suinocultura no sistema de creche integrado com a empresa Aliben.

Figura 1 – Localização da propriedade

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4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS

A propriedade é formada por duas áreas de terras produtivas (Figura 02), totalizando 126 ha. Para um melhor entendimento e compreensão as áreas estão denominadas de Gleba 01 e Gleba 02.

Figura 2 – Visão da área da propriedade

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2018.

A propriedade em estudo está dividida em 2 grandes glebas destinadas a produção de grãos. No entanto, as mesmas foram subdivididas em “parte alta” e “parte baixa”, para facilitar o manejo das atividades de produção de grãos. Na propriedade é realizado um sistema de sucessão de culturas, utilizando a soja como cultura principal de verão, e as gramíneas de inverno trigo e aveia branca, não efetuando assim uma rotação de culturas adequadas. Dessa forma foi proposto um plano de rotação de culturas que seja adequado para a realidade da propriedade.

4.1.1 Gleba 01 parte alta e baixa

A Gleba 01 possui uma área de 47 ha apresentando uma declividade média de 4%, como apresentado na figura 03, foi constatado que a propriedade possui terraços de base larga, mas os mesmos necessitam manutenção, pois não estão cumprindo a sua função na lavoura. Com a ajuda do software Terraços for Windows foi projetado e calculado o dimensionamento dos terraços. Para isso, utilizou-se um prazo de retorno de 15 anos, para precipitação média usou-se como referência a estação meteorológica de São Luiz Gonzaga de 120mm/h. Taxa de infiltração estimada em 40 mm/hora, altura do camalhão de 44 cm, profundidade do canal de 31,8 cm. Os terraços deverão ser de base larga e feitos em nível, a construção deve ser feita com o auxílio de arados de disco ou grade terraceadora. Dessa forma se definiu o número de terraços adequados para a declividade dessa gleba, totalizando assim nove terraços com uma distância horizontal de 84 metros entre eles, seguindo as curvas de nível e a declividade do terreno, a fim de diminuir vestígios de erosão laminar.

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E ainda, foi desenvolvido um plano de rotação para a parte mais alta e outra para a parte baixa da gleba a fim de facilitar o manejo da propriedade.

Figura 3 – Gleba 01

Fonte: Adaptado do Google Earth, 2018.

Assim, o plano de rotação de culturas proposto para essa gleba está descrito nos quadros 1 e 2, sendo que no quadro 1 está descrito o plano para a parte alta e no quadro 2 para a parte baixa.

Quadro 1 – Rotação de culturas para a gleba 1 parte alta

Ano\Mês Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2018 Trigo Soja

2019 Soja Nabo Trigo Soja

2020 Soja Nabo Milho

2021 Milho Milheto Aveia Branca Soja

Na gleba 01 parte alta, as culturas propostas baseiam-se na utilização da soja e milho como culturas de verão. O milho entra no sistema de rotação, sendo presente sempre em 25% da área total de produção, a fim de melhorar a estrutura física e biológica do solo, além de quebrar com o ciclo de pragas, doenças e ervas daninhas resistentes aos herbicidas. Ainda, cabe ressaltar a oportunidade de melhorar o fluxo de caixa da propriedade com a comercialização do milho nos primeiros meses do ano.

No inverno a utilização do nabo antecedendo a cultura do trigo tem por objetivo promover a cobertura rápida do solo no outono melhorando a infiltração de água do solo, além do efeito alelopático sobre invasoras e a ciclagem de nutrientes principalmente o nitrogênio beneficiando a cultura do trigo. O milheto entra no sistema de rotação com o objetivo de melhorar a estrutura do solo

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com o seu sistema radicular volumoso e fasciculado, além de incorporar mais resíduos culturais ao solo visando o aumento dos teores de matéria orgânica.

As culturas de trigo e da aveia branca seguem sendo as principais culturas de grãos. Cabe ressaltar que haverá geração de renda com a comercialização de grãos no inverno e verão em todos os anos.

Quadro 2 – Rotação de culturas para a gleba 01 parte baixa

Ano\Mês Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2018 Trigo Soja

2019 Soja Nabo Trigo Soja

2020 Soja Aveia Branca Soja

2021 Soja Nabo Trigo Soja

Como pode-se perceber no quadro 02 verifica-se que no mesmo ocorre uma sucessão de culturas através do cultivo de soja, no período do verão, uma vez que é a principal atividade da propriedade por isso a justificativa do seu cultivo em todos as safras nesta gleba.

Já no período do inverno foi proposto o cultivo de trigo e aveia branca, viando principalmente a geração de renda no período do inverno, buscando assim, diluir os custos fixos da propriedade com o cultivo de espécies destinadas a venda. Além disso, essas culturas deixam o solo coberto durante esse período facilitando o controle de daninhas para a próxima cultura.

Ainda, se indica o cultivo do nabo em duas safras como adubação verde, ou seja, somente dois meses, entre abril e maio. Esta espécie possui a capacidade de ciclagem de nutrientes, melhora a estrutura física do solo, além de ser uma boa alternativa usá-lo antes de gramíneas, afim de diminuir o uso do N.

Na tabela 01 está descrito a análise de solo referente a gleba 01 parte alta, onde a mesma necessita de correção com calagem, pois seu pH é de 5,4 e sua saturação de bases 63,9%, havendo uma necessidade de correção com 1,5 toneladas de calcário por hectare, afim de elevar o pH para o valor de referência 6. Recomenda-se o uso do calcário calcitico, nesse caso em função da saturação do cálcio em relação ao CTC está abaixo dos níveis adequados (50-55% da CTC). Os níveis nutricionais estão em faixa adequada. Quanto a matéria orgânica, o solo possui um teor de 3,2%, classificado como médio.

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Tabela 1 – Interpretação da análise de solo para a gleba 01

ÍNDICES TEORES INTERPRETAÇÃO

Argila (%) 88 Class.textural 1 pH H2O 5,4 SMP 5,9 M.O (%) 3,2 Médio P (mg L -¹) 20,0 Muito Alto K (mg L -¹) 146 Alto Ca (Cmolc L-¹) 6,0 Mg (Cmolc L-¹) 2,3 Al (Cmolc L-¹) 0,3 H+Al (Cmolc L-¹) 4,8 S (mg L -¹) 5,2 B (mg L -¹) 0,1 CTC Efetiva 8,9 CTC Ph 7,0 13,5 Saturação (%) 63,9

Para o cultivo da cultura do trigo, com expectativa de rendimento de grãos de 3,6 t\há á adubação a ser utilizada será de 200 kg\ha da formula 10-20-20, mais 72 kg\ha de ureia.

Para o segundo cultivo que será a cultura da soja, numa expectativa de rendimento de grãos de 4,2 t\há á adubação a ser utilizada será de 250 kg\há da formulação 02-25-25, mais 70 kg\ha de KCl (00-00-60) em cobertura na superfície do solo. Recomenda-se também a utilização de um inoculante especifico para a soja no tratamento de sementes além de continuar com a utilização do micronutriente CoMo, no tratamento de sementes ou via foliar na fase vegetativa. Como os teores de S e B estão abaixo dos limites críticos recomenda-se a utilização da formulação Sulfulgran (90% de SO4) na dose de 35 kg\ha em mistura com o adubo NPK. Para atender os níveis de boro sugere-se o uso de uma formulação NPK que contenha este micronutriente.

Na tabela 02 está descrito a análise de solo referente a gleba 01 parte baixa, onde a mesma necessita de correção com calagem, pois seu pH é de 5,1 e sua saturação de bases 55,3%, havendo uma necessidade de correção com 2,4 toneladas de calcário por hectare. Recomenda-se o uso do calcário calcitico, nesse caso em função da saturação do cálcio em relação ao CTC está abaixo dos níveis adequados (50-55% da CTC). Os níveis nutricionais estão em faixa adequada. Quanto a matéria orgânica, o solo possui um teor de 3,0%, classificado como médio.

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Tabela 02 – Interpretação da análise de solo para a gleba 01

ÍNDICES TEORES INTERPRETAÇÃO

Argila (%) 90 Classe.textural 1 PH H2O 5,1 SMP 5,8 M.O (%) 3,0 Médio P (mg L -¹) 11,8 Alto K (mg L -¹) 116 Alto Ca (Cmolc L-¹) 4,7 Mg (Cmolc L-¹) 1,8 Al (Cmolc L-¹) 0,8 H+Al (Cmolc L-¹) 5,4 S (mg L -¹) 3,8 B (mg L -¹) 0,1 CTC Efetiva 7,5 CTC Ph 7,0 12,2 Saturação (%) 55,3

Para o cultivo da cultura do trigo, com expectativa de rendimento de grãos de 3,6 t\há á adubação a ser utilizada será de 270 kg\ha da formula 10-20-20, mais 55 kg\ha de ureia.

Para o segundo cultivo que será a cultura da soja, numa expectativa de rendimento de grãos de 4,2 t\há á adubação a ser utilizada será de 250 kg\há da formulação 02-25-25, mais 70 kg\ha de KCl (00-00-60) em cobertura na superfície do solo. Recomenda-se também a utilização de um inoculante especifico para a soja no tratamento de sementes além de continuar com a utilização do micronutriente CoMo, no tratamento de sementes ou via foliar na fase vegetativa. Como os teores de S e B estão abaixo dos limites críticos recomenda-se a utilização da formulação Sulfulgran (90% de SO4) na dose de 35 kg\ha em mistura com o adubo NPK. Para atender os níveis de boro sugere-se o uso de uma formulação NPK que contenha este micronutriente.

4.1.2 Gleba 02 parte alta e baixa

A gleba 02 possui um total de 46 hectares, e uma declividade de 5,6%, e na figura 04 esta demonstrada a delimitação da gleba, bem como o sentido da declividade. Dessa forma, foi constatado que a propriedade possui terraços de base larga, mas os mesmos necessitam manutenção, pois não estão cumprindo a sua função na lavoura. Com a ajuda do software Terraços for Windows foi projetado e calculado o dimensionamento dos terraços. Para isso, utilizou-se um prazo de retorno de 15 anos, para precipitação média usou-se como referência a estação meteorológica de São Luiz Gonzaga, declividade do terreno de 5.6% para a gleba 02, taxa de infiltração estimada de 40 mm/hora, altura da crista do terraço de 43,46 cm , profundidade do canal de 43,5 cm.

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Os terraços deverão ser de base larga e feitos em nível, a construção deve ser feita com o auxílio de arados de disco ou grade terraceadora. Para a gleba 02 se definiu o número e a quantidade de terraços necessários para essa gleba, os quais faram em 12 terraços espaçados em 72 metros cada, a fim de diminuir vestígios de erosão laminar.

Figura 4 – Gleba 02

Fonte: Google Earth, 2018.

Assim, o plano de rotação de culturas para a gleba 02, está descrito nos quadros 03 e 04, em que no quadro 3 está descrito o plano de rotação para a parte alta e no quadro 03 para a parte baixa.

Quadro 3 – Plano de rotação de culturas para a gleba 2 parte alta

Ano\Mês Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2018 Aveia Branca Soja

2019 Soja Nabo Milho

2020 Milho Milheto Trigo Soja

2021 Soja Nabo Trigo Soja

Como pode-se verificar no quadro 03, no período do verão foi proposto o cultivo da soja em três safras, devido a sua importância econômica que a mesma possui para a propriedade. Enquanto que a cultura do milho está presente em uma safra, com o objetivo de geração de renda e diversificação do sistema radicular, uma vez que o milho possui raízes agressivas que penetram nas camadas mais profundas do solo, facilitando assim a penetração da água nessas camadas. Já no inverno se propôs, a implantação da aveia branca e trigo para a produção de grãos, com a finalidade de gerar renda ao produtor. Ainda, se indica o cultivo do nabo em duas safras como adubação verde, ou seja, somente dois meses, entre abril e maio, ele possui a capacidade de ciclagem de nutrientes, melhora a estrutura física do solo, além de ser uma boa alternativa usá-lo antes de gramíneas, afim

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de diminuir o uso do N. Da mesma forma o nabo entra como cobertura do solo, devido ao seu efeito alelopático sobre as plantas daninhas, o que facilita o seu o controle na próxima cultura.

Ainda, se propõe o milheto como cobertura de solo, devido a sua alta capacidade de penetração de raízes no solo, atingindo as camadas mais profundas do mesmo, melhorando as condições físicas do solo.

Quadro 4 – Plano de rotação de culturas para a gleba 02 parte baixa

Ano\Mês Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2018 Aveia Branca Soja

2019 Soja Nabo Aveia Branca Soja

2020 Soja Nabo Trigo Soja

2021 Soja Nabo Milho

Já no inverno se propõe duas safras de aveia branca e uma de trigo, com o intuito de quebrar o ciclo de patógenos que comprometem o desenvolvimento do trigo. Ainda, se indica o cultivo do nabo em três safras como adubação verde, no lugar de milheto, essa mudança ocorreu devido a janela ser pequena, ou seja, somente dois meses, entre abril e maio, e o nabo possui um ciclo mais rápido que o milheto.

Na tabela 03 está descrito a análise de solo referente a gleba 02 parte alta, onde a mesma necessita de correção com calagem, pois seu pH é de 5,3 e sua saturação de bases 57,5%, havendo uma necessidade de correção com 2,5 toneladas de calcário por hectare, afim de elevar o pH para o valor de referência 6. Recomenda-se o uso do calcário calcitico, nesse caso em função da saturação do cálcio em relação ao CTC está abaixo dos níveis adequados (50-55% da CTC). Os níveis nutricionais estão em faixa adequada. Quanto a matéria orgânica, o solo possui um teor de 3,4%, classificado como médio.

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Tabela 03 – Interpretação da analise de solo para a gleba 02

ÍNDICES TEORES INTERPRETAÇÃO

Argila (%) 90 Class.textural 1 PH H2O 5,3 SMP 5,7 M.O (%) 3,4 Médio P (mg L -¹) 15,4 Alto K (mg L -¹) 130 Alto Ca (Cmolc L-¹) 5,6 Mg (Cmolc L-¹) 2,4 Al (Cmolc L-¹) 0,4 H+Al (Cmolc L-¹) 6,1 S (mg L -¹) 10,0 B (mg L -¹) 0,2 CTC Efetiva 8,7 CTC Ph 7,0 14,4 Saturação (%) 57,5

No cultivo do nabo forrageiro, á adubação a ser utilizada será na dose de 200 kg da formulação 10-20-30, mais 60 Kg\há de uréia (45-00-00) em cobertura.

Para o segundo cultivo que será a cultura do milho, numa expectativa de rendimento de grãos de 6,0 t\há á adubação a ser utilizada será de 300 kg\há da formulação 12-30-20, mais 55 kg\ha de uréia (45-00-00) em cobertura.

Na tabela 04 está descrito a análise de solo referente a gleba 02 parte baixa, onde a mesma necessita de correção com calagem, pois seu pH é de 5,3 e sua saturação de bases 58,3%, havendo uma necessidade de correção com 2,5 toneladas de calcário por hectare, afim de elevar o pH para o valor de referência 6. Recomenda-se o uso do calcário calcitico, nesse caso em função da saturação do cálcio em relação ao CTC está abaixo dos níveis adequados (50-55% da CTC). Os níveis nutricionais estão em faixa adequada. Quanto a matéria orgânica, o solo possui um teor de 3,8%, classificado como médio.

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Tabela 04 – Interpretação da análise de solo para a gleba 02

ÍNDICES TEORES INTERPRETAÇÃO

Argila (%) 88 Class.textural 1 PH H2O 5,2 SMP 5,7 M.O (%) 3,8 Médio P (mg L -¹) 12,7 Muito Alto K (mg L -¹) 168 Alto Ca (Cmolc L-¹) 5,8 Mg (Cmolc L-¹) 2,4 Al (Cmolc L-¹) 0,3 H+Al (Cmolc L-¹) 6,1 S (mg L -¹) 2,7 B (mg L -¹) 0,2 CTC Efetiva 8,9 CTC Ph 7,0 14,7 Saturação (%) 58,3

Para o cultivo da cultura da aveia, com expectativa de rendimento de grãos de 3,0 t\há á adubação a ser utilizada será de 150 kg\ha da formula 30-00-20.

Para o segundo cultivo que será a cultura da soja, numa expectativa de rendimento de grãos de 4,2 t\há á adubação a ser utilizada será de 250 kg\há da formulação 02-25-25, mais 70 kg\ha de KCl (00-00-60) em cobertura na superfície do solo. Recomenda-se também a utilização de um inoculante especifico para a soja no tratamento de sementes além de continuar com a utilização do micronutriente CoMo, no tratamento de sementes ou via foliar na fase vegetativa. Como os teores de S e B estão abaixo dos limites críticos recomenda-se a utilização da formulação Sulfulgran (90% de SO4) na dose de 35 kg\ha em mistura com o adubo NPK. Para atender os níveis de boro sugere-se o uso de uma formulação NPK que contenha este micronutriente.

4.2 RELAÇÃO DAS BENFEITORIAS E DEPRECIAÇÃO

A propriedade conta com duas casas, sendo uma construída em alvenaria e outra casa em madeira que pertence ao funcionário responsável pelos suínos. Além disso, possui ainda 4 galpões de alvenaria, bem como 3 galpões destinados a criação dos suínos na fase de creche, conforme demonstra a tabela 05.

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Tabela 5 – Depreciação das benfeitorias

Item Ano M² Estado Valor de mercado (R$) Depreciação (R$)

Casa do proprietário 2008 180 Bom 200.000,00 -

Casa do funcionário 2009 96 Bom 30.000,00 960,00

Galpão de suínos 01 2009 160 Bom 150.000,00 3.000,00

Galpão suínos 02 2009 240 Bom 180.000,00 3.600,00

Galpão suínos 03 2009 320 Bom 200.000,00 4.000,00

Galpão depósito 2006 240 Bom 90.000,00 -

Galpão de máquinas 2007 450 Bom 120.000,00 -

Galpão oficina 2004 216 Bom 100.000,00 2.000,00

Galpão de depósito 2010 40 Bom 50.000,00 1.000,00

Total (R$) 1.120.000,00 14.560,00

Conforme exposto na tabela 05, o valor total das benfeitorias é de R$ 1.120.000,00, com depreciação total de R$ 14.560,00. Os valores atuais de mercado foram estimados juntamente com o produtor. O cálculo da depreciação foi efetuado partindo da seguinte fórmula: D= [Valor do bem-(valor do bem x Valor residual)]/ vida útil (anos).

Como pode-se perceber os mesmos se encontram em bom estado de conservação, não necessitando de grandes reparos em sua estrutura para atender as demandas da propriedade.

4.2.1 Relação das máquinas e equipamentos e Depreciação

Na tabela 06, estão descritos as máquinas e equipamentos existentes na propriedade, bem como o seu estado de conservação, valor atual e depreciado e o ano.

Tabela 6 – Depreciação de máquinas e equipamentos

Item Ano Estado Valor atual (R$) Depreciação (R$)

Semeadora de soja KF 850 8 linhas 2013 Bom 50.000,00 2.666,67

Semeadora de trigo KF 7040 2007 Bom 25.000,00 4.500,00

Colheitadeira SLC 6300 1993 Bom 60.000,00 4.500,00

Trator Ford 8 br 1963 Regular 10.000,00 -

Trator John Deere 6.615 2010 Bom 100.000,00 8.000,00

Pulverizador arrasto adaptado 3000Litros 2017 Bom 100.000,00 19.000,00

Caminhão VW. 11.130 1987 Bom 50.000,00 2.666,67

Distribuidor de ureia Kuhn 2011 Bom 15.000,00 2.250,00

Pé de pato Jumbo 1994 Regular 3.000,00 -

Grade niveladora Imasa 36 disco 1996 Bom 5.000,00 -

Grade aradora Campeã 16 disco 1996 Bom 8.000,00 -

Total (R$) 426.000,00 43.583,33

Conforme exposto na tabela 6 o valor total das máquinas e equipamentos é de R$ 426.000,00, gerando uma depreciação total de R$ 43.583,33.

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4.2.2 Dimensionamento de Máquinas

Os cálculos para cada máquina e cada operação estão sendo demonstrados nos quadros 05, 06,07 e 08, para cada uma das operações realizada durante o ciclo das culturas, as quais envolvem, semeadura, pulverização e colheita.

Quadro 05 – Dimensionamento de máquinas para a semeadoura de soja Dimensionamento de Máquinas

Semeadoura Soja 8 linhas

Variável Sigla Unidade Valor

S is te ma A gr á r io

Número de dias totais para a operação (Janela de Plantio) NT Dias 50 (20 out -10 dez)

Domingos e Feriados DF Dias 9

Dias Impróprios DI Dias 8

Jornada de Trabalho JT Horas 9

Tempo Disponível TD Dias 33

Horas Úteis totais HUT horas 297

Área - há 92

Velocidade de trabalho VT Km\hora 5

Largura de trabalho LT metros 4

Eficiência de Campo EC % 65 O p e rac ion

al Capacidade de campo Teórica CCT há\hora 2

Capacidade de Campo Efetiva CCE há\hora 1,3

Capacidade de há\dia CTD há\dia 11,7

Dias totais para a operação DTO Dias 8

Ociosidade OC % 75,75

Para o cálculo da semeadoura de soja, podemos observar que dos 33 dias úteis disponíveis para ela realizar a semeadura, essa máquina possui a capacidade de realizar o trabalho em 8 dias. Ficando assim 25 dias ou 75,75% do seu tempo de forma ociosa.

Quadro 6 – dimensionamento de máquinas para a semeadoura de trigo e aveia Dimensionamento de Máquinas

Semeadoura Trigo\Aveia

Variável Sigla Unidade Valor

S is te ma A gr á r io

Número de dias totais para a operação (Janela de Plantio) NT Dias 60

Domingos e Feriados DF Dias 10

Dias Impróprios DI Dias 10

Jornada de Trabalho JT Horas 9

Tempo Disponível TD Dias 40

Horas Úteis totais HUT horas 360

Área - há 92

Velocidade de trabalho VT Km\hora 5

Largura de trabalho LT metros 5

Eficiência de Campo EC % 65 O p e rac ion

al Capacidade de campo Teórica CCT há\hora 2,5

Capacidade de Campo Efetiva CCE há\hora 1,6

Capacidade de há\dia CTD há\dia 14,6

Dias totais para a operação DTO Dias 7

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Para o cálculo da semeadoura de trigo\aveia, podemos observar que dos 40 dias úteis disponíveis para ela realizar a semeadura, essa máquina possui a capacidade de realizar o trabalho em 7 dias. Ficando assim 33 dias ou 82,5% do seu tempo de forma ociosa.

Quadro 7 – Dimensionamento de máquinas para o pulverizador Dimensionamento de Máquinas

Pulverizador

Soja Trigo Aveia

Variável Sigla Unid. Valor Sigla Unid. Valor Sigla Unid. Valor

S is te ma A gr á r io

Número de dias totais para a

operação (Janela de aplicação) NT Dias 3 NT Dias 3 NT Dias 3

Dias Impróprios DI Dias 0 DI Dias 0 DI Dias 0

Jornada de Trabalho JT Horas 9 JT Horas 9 JT Horas 9

Tempo Disponível TD Dias 3 DU Dias 3 DU Dias 3

Horas Úteis totais HUT horas 27 HUT horas 27 HUT horas 27

Área - há 92 - há 46 - há 46

Velocidade de trabalho VT Km\hora 6 VT Km\hora 6 VT Km\hora 6

Largura de trabalho LT metros 24 LT metros 24 LT metros 24

Eficiência de Campo EC % 75 EC % 75 EC % 75 O p e rac ion

al Capacidade de campo Teórica CCT há\hora 14,4 CCT há\hora 14,4 CCT há\hora 14,4 Capacidade de Campo Efetiva CCE há\hora 10,8 CCE há\hora 10,8 CCE há\hora 10,8 Capacidade de há\dia CTD há\dia 97,2 CPD há\hora 97,2 CPD há\hora 97,2 Dias totais para a operação DTO Dias 1 DTO Dias 0,5 DTO Dias 0,5

Ociosidade OC % 66,66 OC % 83,3 OC % 83,3

Para as pulverizações, podemos observar que devida a grande capacidade de campo efetiva (CCE) da máquina, ela consegue realizar a operação em toda a área em apenas 1 dia, então, mesmo que a janela de aplicação seja curta, a máquina possui a capacidade de realizar a operação dentro do período necessário, ficando ainda de forma ociosa.

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Quadro 8 – Dimensionamento de máquinas para a colheitadeira Dimensionamento de Máquinas

Colhedora

Soja Trigo Aveia

Variável Sigla Unid. Valor Sigla Unid. Valor Sigla Unid. Valor

S is te ma A gr á r io

Número de dias totais para a

operação (Janela de colheita) NT Dias 20 NT Dias 15 NT Dias 15

Dias Impróprios DI Dias 6 DI Dias 6 DI Dias 6

Jornada de Trabalho JT Horas 9 JT Horas 9 JT Horas 9

Tempo Disponível TD Dias 14 DU Dias 9 DU Dias 9

Horas Úteis totais HUT Horas 126 HUT horas 81 HUT Horas 81

Área - Há 92 - há 46 - Há 46

Velocidade de trabalho VT Km\hora 5 VT Km\hora 6 VT Km\hora 6

Largura de trabalho LT metros 4 LT metros 4 LT Metros 4

Eficiência de Campo EC % 65 EC % 65 EC % 65 O p e rac ion

al Capacidade de campo Teórica CCT há\hora 2 CCT há\hora 2,4 CCT há\hora 2,4 Capacidade de Campo Efetiva CCE há\hora 1,3 CCE há\hora 1,56 CCE há\hora 1,56 Capacidade de há\dia CPD há\dia 11,7 CPD há\hora 14,04 CPD há\hora 14,04 Dias totais para a operação DTO Dias 8 DTO Dias 4 DTO Dias 4

Ociosidade OC % 42,85 OC % 55,55 OC % 55,55

Para a colheita, podemos observar que a máquina atende as necessidades da propriedade perfeitamente, sem a necessidade de contratar serviços de terceiros ou de adquirir um novo implemento.

Diante do cenário exposto e baseado em todas as informações, observa-se que a frota de maquinas dessa propriedade atende perfeitamente suas necessidades em todas as operações, não necessitando assim adquirir novos equipamentos.

4.3 ANÁLISE DAS CULTURAS DE GRÃOS

Na propriedade são cultivados no período do verão a cultura da soja e no inverno trigo e aveia, sendo essas culturas que servirão de análise nas melhorias, uma vez que fazem parte do plano de rotação para a safra 2018/19.

4.3.1 Cultura da soja

Na safra 2018/19 serão cultivados 93 hectares com uma expectativa de rendimento de 70 sacas ha-1, gerando um total de 6.510 sacas, que se fossem comercializadas nos dias atuais, seriam vendidas a um valor de R$ 75,00.

Na tabela 07 estão demonstrados os custos variáveis totais para produzir 93 ha de soja, considerando para isso os custos com insumos e serviços, gerando assim um total de R$ 140.063,61.

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Tabela 7 – Custo de insumos e serviços

Item Quant. Ha-1 Unid. Preço unit.(R$) Custo ha (R$) Custo total (R$)

Semente NA 6909 IPRO 1 Sc 300,00 300,00 13.800,00 Semete M 6410 IPRO 1 Sc 330,00 330,00 15.510,00 Adubo 02-25-25 5 Sc 83,00 415,00 38.595,00 Cloreto de potássio 00-00-60 1,4 Sc 78,00 109,20 10.155,60 Sulfugran 90% SO4 35 Kg 1,50 52,50 4.882,50 Herbicida Crucial 4 L 18,00 72,00 6.696,00 Herbicida Classic 120 Gr 42,00 5,04 468,72 Como 15% TS 100 Ml 150,00 15,00 1.395,00 Fungicida Fox 400 Ml 190,00 76,00 7.068,00

Óleo Mineral Aureo 250 Ml 16,00 4,00 276,00

Inseticida Engo Pleno 500 Ml 150,00 75,00 6.975,00

Fungicida Versarya 600 Ml 170,00 102,00 9.486,00

Fungicida Aproach Prima 400 Ml 145,00 58,00 5.394,00

Fungicida Unizeb Gold 1,5 Kg 23,00 34,50 3.208,50

Inseticida Abamex 300 Ml 25,00 7,50 697,50

Subtotal (R$) 1.655,74 124.703,82

Atividade Número de vezes Custo/Hora Horas/há Custo/há Custo total (R$)

Semeadura 1 27,56 0,8 22,05 Pulverizações 6 27,72 0,1 16,63 Colheita 1 64,68 1 64,68 Transporte 1 61,80 2 61,80 Subtotal (R$) 165,16 15.359,79 Total (R$) 140.063,61

A época de semeadura indicada é de 15 de outubro a 15 de novembro, onde se propôs que o proprietário trabalhasse com duas cultivares que se destacaram na última safra. Além disso, essas cultivares já vem com tratamento industrial o que onera os custos com a lavoura, porém traz como benefícios uma cobertura mais uniforme da semente, possibilitando uma germinação mais elevada e proteção da planta por um período de tempo maior.

Em relação á adubação, a mesma foi baseada na análise de solo para as duas glebas que receberão a cultura da soja em segundo cultivo, assim a adubação recomendada foi de 250 kg ha-1 da fórmula 02-25-25, mais 74 kg ha-1 de cloreto de potássio em cobertura e 35 kg de sulfugran (90% de SO4) no momento da semeadura, misturado junto com o adubo. E a aplicação dos micronutrientes CoMo (cobalto e molibdênio) com uma única aplicação no momento da semeadura.

O controle de plantas daninhas deve ocorrer em pré-semeadura da soja, com aplicação sequencial com intervalo entre aplicações de 15 dias e semeadura foi efetuada 5 dias após a última aplicação de herbicida.

Para o controle de doenças da parte aérea, principalmente a ferrugem (Phakopsora phchyrizi), indica-se 3 aplicações durante o ciclo da cultura, sendo que a primeira aplicação será realizada na

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constatação dos primeiros inóculos da doença na lavoura como curativa, ou se houver focos de ferrugem pela região será efetuada de forma preventiva, afim de proteger a cultura. Os intervalos entre aplicações variam de acordo com o monitoramento e com a incidência de novos focos das doenças.

Para o controle de pragas ficou estabelecido que o produtor ira utilizar o monitoramento a campo, através do pano de batida, preferencialmente devendo realizar as avaliações nas horas mais frescas do dia, por no mínimo 2 vezes por semana, a partir da formação de vagens. Está previsto o uso de inseticidas para ácaros e percevejos da soja.

4.3.2 Cultura do trigo

Para a safra de 2019, serão cultivados na propriedade 47 ha de trigo com uma expectativa de produtividade média de 50 sacas por hectare, gerando uma produção total de 2.820 sacas. Na tabela 08, está demonstrado o custo variável total da cultura do trigo considerando para isso os gastos com insumos e serviços, o qual foi de R$ 56.661,88 e por hectare de R$ 1.205,57.

Tabela 08 – Custo variável do trigo

Item Quant. ha-1 Unid. Preço unit. (R$) Custo ha (R$) Custo total (R$)

Semente Sossego 200 Kg 1,50 300,00 14.100,00 Adubo 10-20-20 200 Kg 1,54 308,00 14.476,00 Ureia 45-00-00 75 Kg 1,24 186,00 8.742,00 Herbicida Paraquat 2,5 L 16,00 40,00 1.880,00 Herbicida Hussar 120 Gr 100,00 12,00 564,00 Inseticida Kaiso 100 Ml 1,00 10,00 470,00 Óleo mineral 300 Ml 1,50 5,00 235,00

Fungicida Vitavax Thiran TS 500 Ml 18,00 27,50 1.292,50

Inseticida Much TS 200 Ml 120,00 24,00 1.128,00

Fungicida Tino 300 Ml 4,20 14,00 658,00

Fungicida Primo 300 Ml 11,70 39,00 1.833,00

Óleo Mineral Nimbus 300 Ml 16,00 4,80 225,60

Fungicida Helmustar Plus 600 Ml 28,80 48,00 2.256,00

Inseticida Kaiso 100 Ml 1,00 10,00 470,00

Óleo Mineral Nimbus 300 Ml 16,00 4,80 225,60

Subtotal (R$) 1.033,10 48.555,70

Atividade N. de vezes Custo/H Horas/ha Custo/há Custo total (R$)

Semeadura 1 27,56 0,8 22,04 Pulverizações 6 27,72 0,1 16,63 Aplicação de N 1 27,56 0,5 13,78 Colheita 1 64,68 0,9 58,21 Transporte 1 30,9 2 61,8 Subtotal (R$) 172,47 8.106,18 Total (R$) 1.205,57 56.661,88

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A cultura do trigo será semeada entre 15 de maio e 30 de maio do ano de 2019, utilizando a cultivar TBio Sossego sendo que a escolha dessa cultivar se baseou nos resultados que a mesma apresentou na safra anterior e pela sua adaptação a região.

O controle de plantas daninhas deverá ocorrer em pré-semeadura e em pós-emergência, sendo que antes da semeadura a aplicação de herbicidas foi realizada de 15 a 20 dias antes da semeadura do trigo. E em pós-emergência, logo que as plantas daninhas apresentavam tamanho adequado para o seu controle.

O controle químico, via pulverização, deve ser realizado antes que a intensidade da doença cause danos no rendimento de grãos e esses danos sejam iguais ao seu custo do seu controle. O critério utilizado neste caso baseia-se no limiar de dano econômico (LDE). O LDE deve ser calculado anualmente em função do preço do trigo, preço do fungicida e do custo da aplicação, do potencial de rendimento da lavoura e da eficiência do fungicida a ser usado.

Realizou-se o monitoramento a partir do estágio fenológico de emborrachamento, onde foram examinadas 10 plantas, examinando a folha bandeira, bandeira -1 e bandeira -2, e anotado a incidência ou não das principais doenças da cultura do trigo, como demonstra no quadro o Anexo B.

Como pode-se observar na tabela em nenhum dos monitoramentos evidenciou-se a incidência de oídio e virose. Porem as manchas foliares aparecem em 100% das plantas em todos os dias monitorados. Em virtude de o produtor já ter aplicado fungicida para as manchas anteriormente a primeira data do monitoramento, e por 100% das plantas apresentarem incidência, realizou-se o cálculo do LDE para a ferrugem da folha, afim de verificar se o produtor entrou com fungicida na hora certa ou não, e se haverá retorno financeiro com a aplicação de fungicida.

O cálculo do LDE do trigo, foi realizado utilizando a fórmula descrita no item 2.4.8 do presente. Assim, o custo de controle (Cc) foi de R$60,00/ha. Para o valor de Pp foi considerado em R$ 670.00/t, enquanto que a eficiência de controle (Ec) foi considerada para ferrugem da folha no estágio de emborrachamento de 90 % (0,9). A função de dano para o cálculo do Cd para manchas foliares é: R = 1.000 – 6,51 I.

Nesse caso, cada 1 % de incidência foliar corresponde a um dano de 6,51 Kg de grãos em uma produção de 1.000 Kg de grãos. Sabendo-se o rendimento do trigo é de 3.600 Kg/ha, através de uma regra de três, onde 1.000 está para 6,51 e 3.600 estará para X, obtêm-se X = 23,43 Kg/ha ou o correspondente Cd = 0,02343 t. Substituindo-se os valores na fórmula tem-se: ID= (60/670 x 0,02343) x 0,9 = 3,45%.

O LDE corresponde a uma incidência de ferrugem da folha de 3,43 %. Isto significa que essa incidência foliar causa uma perda de R$ 60,00/ha. O princípio de controle baseado no LDE sugere

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que a aplicação do fungicida seja realizada no Limiar de Ação (LA), ou seja, a medida de controle deve ser implementada de modo a evitar que a doença ultrapasse o LDE.

A aplicação do fungicida poderá ser feita quando o limiar for alcançado. Por outro lado, se o limiar não for atingido, não se deve efetuar o controle químico. Neste caso constata-se que o produtor demorou para entrar com a aplicação de fungicida, onde justificaria uma aplicação se houvesse 3,43% de incidência, e como podemos observar na tabela a incidência para ferrugem da folha no estagio de emborrachamento chegou a 20%. Desta forma evidenciou-se que o produtor entrou de forma tardia no controle da ferrugem. Onde ele deveria ter entrado com aplicação quando havia 3,43% de incidência.

Concluindo então que a partir de 3,43% de incidência da ferrugem da folha as perdas de rendimento do trigo são maiores que o custo de controle. Foi efetuado uma aplicação de fungicida no estádio espigamento, no da 12 de setembro, e após esse período verifica-se que na próxima amostragem ferrugem da folha e manchas foliares encontravam-se controladas.

Cabe ressaltar a importância de realizar o monitoramento de doenças a fim de reduzir o uso de defensivos, ter maior retorno financeiro e saber a hora correta a se realizar uma aplicação.

A colheita realizou-se no momento em que a cultura apresentar umidade adequada de grãos, sendo esta efetuada no final do mês de setembro e início de outubro.

4.3.3 Cultura da aveia

Na safra 2019, serão semeadas 46 ha de aveia, com uma expectativa de rendimento médio por hectare de 3.000 kg, ou 50 sacas, resultando em uma produção total de 2.300 sacas.

Na tabela 09 estão demonstrados custos variáveis da cultura da aveia, o qual resultou em custo por hectare de R$ 855,22, e o custo variável total das 46 ha foi de R$ 39.340,49.

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Tabela 09 – Custo variável da aveia

Item Quant. ha-1 Unid. Preço unit. (R$) Custo ha (R$) Custo total (R$)

Semente Corona 100 Kg 0,70 70,00 3.220,00 Adubo 30-00-20 150 Kg 1,56 390,00 17.940,00 Herbicida Paraquat 2,5 L 16,00 40,00 1.840,00 Herbicida Hussar 120 Gr 100,00 12,00 552,00 Inseticida Kaiso 100 Ml 1,00 10,00 460,00 Óleo mineral 300 Ml 1,50 5,00 230,00

Fungicida Vitavax Thiran TS 500 Ml 18,00 27,50 1.265,00

Inseticida Much TS 200 Ml 120,00 24,00 1.104,00

Fungicida Tino 300 Ml 4,20 14,00 644,00

Fungicida Primo 300 Ml 11,70 39,00 1.794,00

Óleo Mineral Nmbus 300 Ml 16,00 4,80 220,80

Herbicida Paraquat 2,5 L 16,00 40,00 1.840,00

Herbicida Hussar 120 Gr 100,00 12,00 552,00

Subtotal (R$) 688,30 31.661,80

Atividade N. vezes Custo/H Horas/ha Custo/há Custo total (R$)

Semeadura 1 27,56 0,8 22,04 Pulverizações 4 27,72 0,1 11,08 Aplicação de N 1 27,56 0,5 13,78 Colheita 1 64,68 0,9 58,21 Transporte 1 30,9 2 61,8 Subtotal (R$) 166,92 7.678,69 Total (R$) 855,22 39.340,49

A cultura da aveia será semeada entre 20 de maio e 10 de junho, onde se indica a cultivar Corona adquirida no comércio do município de Giruá, sendo que sua semeadura foi realizada com uma semeadora com espaçamento entre linhas de 17 cm.

O controle das plantas daninhas deverá ocorrer em pré-semeadura, em que esta será efetuada 10 dias antes da semeadura da aveia. Além disso, a quantidade de adubação é baseada na análise de solo, onde a quantidade de fertilizantes reduziu em comparação a safra passada ao seguir a análise de solo.

Para o controle de doenças foi realizado duas aplicações durante o ciclo da cultura, e o controle de pragas não foi efetuado indicação na parte aérea da planta.

A colheita ocorreu no momento que a cultura se encontrava com a umidade adequada e no ponto de maturação fisiológica, após isso a produção foi estocada e comercializada em casa.

4.3 SUINOCULTURA

Na propriedade são criados 8 lotes de suínos anualmente no sistema de integração com o Frigorifico Alibem de Santo Rosa, onde na propriedade os animais permanecem na fase de creche, ou seja, entre a desmama e a engorda.

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Cada lote conta com 2.000 suínos que chegam na propriedade com um peso médio de 6,5 kg por leitão, e são entregues com um peso médio 22 kg por animal, permanecendo na propriedade por 45 dias.

Os galpões existentes na propriedade para a criação dos suínos foram construídos no sentido Leste-Oeste, para evitar a entrada do sol o dia todo e ventos fortes que podem comprometer o desenvolvimento dos animais. Além disso, o funcionário responsável pelos suínos abre as lonas laterais em dias quentes e fechas as mesmas em dias frios, sendo esse procedimento realizado para ventilar os galpões, acompanhando sempre a temperatura interna dos galpões em termômetros que são instalados em seu interior.

Em relação às vacinas e medicamentos fornecidos aos animais, o mesmo segue o padrão estabelecido pela Alibem, sendo que os medicamentos são dados aos animais via água ou ração, e o que determina a escolha de um ou outro método é a fase em que se encontra a doença. E normalmente o tratamento via ração é usado de forma preventiva e via água de forma curativa. Já as vacinas são aplicadas de acordo com a recomendação da integradora e do fabricante da vacina no que diz respeito a dosagem, idade, fase do ciclo produtivo e via de aplicação.

Após a retirada dos animais dos galpões o mesmo passa por um processo de desinfecção e limpeza das baias, quebrando assim, o ciclo das doenças. Essa limpeza e desinfecção é realizada por meio da fumigação com gás, gerado através do uso de formol ou paraformaldeído + permanganato de potássio, permanecendo essa solução 20 minutos no mínimo dentro do galpão.

Além disso, os animais mortos são colocados em um local próprio cobertos com maravalha e resíduos orgânicos para serem decompostos e evitar riscos de contaminação sanitária. A composteira é construída distante dos galpões para evitar a proliferação de patógenos, além disso, a mesma possui aberturas próximo ao telhado para que possa ocorrer ventilação nas câmaras usadas para a compostagem das carcaças.

O proprietário recebe o pagamento dos lotes conforme o desempenho destes, onde são levados em consideração o peso médio final, ganho de peso diário, taxa de mortalidade e conversão alimentar.

O custo médio variável por leitão é de R$ 2,50, que ao considerar 16 mil leitões criados anualmente gerando um custo de R$ 40.000,00. E a receita bruta por animal é de R$ 7,00, ao considerar os 16 mil animais criados a receita bruta é de R$ 112.000,00. Gerando uma margem bruta de R$ 72.000,00. Importante ressaltar que tanto a receita quanto os custos podem variar de acordo com o desempenho e bonificação de cada lote. Os custos fixos da suinocultura estão relacionados á bonificação de 7% paga ao funcionário sobre a receita bruta, salário fixo de R$ 1000,00 por mês, além dos valores das depreciações. Obtendo assim uma lucratividade de 29,90 %.

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Os dejetos provenientes dos galpões de suínos são armazenados em duas esterqueiras, com capacidade de 300 m³ e 400m³, passando pelo processo de compostagem. Após este período esses dejetos são utilizados na fertilização das glebas destinadas a produção de grãos. A densidade estimada desse dejeto é de 1015, onde os teores nutricionais de N, P e k, são 2,67, 2,21 e 1,44 Kg/m³ respectivamente. Tendo em vista que a capacidade das esterqueiras são de 300 e 400 m³ e que o produtor aplica os dejetos pelo menos uma vez ao ano, através de um cálculo rápido podemos estimar que o produtor depõe sobre o solo através dos dejetos suínos cerca de 1869 Kg de N, 1547 Kg de P2O5 e 1008 Kg de K2O ao ano. Aumentando a fertilidade e reduzindo o uso de fertilizantes químicos, consequentemente reduzindo o custo com adubação.

Para suinocultura recomenda-se ao produtor que o mesmo melhore o manejo da atividade, afim de aumentar quesitos importantes no pagamento da bonificação por parte da integradora. Dentre esses manejos podemos citar: abertura das cortinas nos dias mais quentes, para proporcionar aos animais uma menor temperatura corporal, tendo assim melhores condições de bem-estar animal. Da mesma forma nos dias mais frios, realizar o fechamento das cortinas afim de propiciar um melhor conforto térmico aos animais. Outro fator que deve ser observado é a lotação de animais por área nas pocilgas. Contudo a melhoria no manejo, irá proporcionar melhores condições de bem-estar animal, e consequentemente uma melhor conversão alimentar e um maior ganho de peso, proporcionando melhores padrões de qualidade, e aumentando a bonificação da atividade, tendo um aumento significativo da rentabilidade.

4.4 CONSTRUÇÃO DE UM SILO-SECADOR

Diante da área que a propriedade cultiva, a qual é de 126 ha, e também a sua produção anual de grãos, indica-se para a mesma a construção de um silo secador, com a finalidade de agregar valor ao produto no momento da comercialização.

Para isso, foi efetuado um levantamento do custo de implantação e a planta do silo, os quais serão escritos na sequência, levando em conta que a propriedade já possui uma moega, rosca sem fim, e um sistema de pré-limpeza. Na figura 04 está demonstrada a planta do silo secador com toda a estrutura necessária para o mesmo.

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Figura 04 – Planta do silo secador

A seguir segue a descrição dos itens constantes no projeto, a começar pelo Transportador Mecânico Contínuo de Canecas, ou elevadores.

Referência no Lay-out: EL-1 Modelo: EL-30, com capacidade para 30 ton/h (considerando produto com peso específico de 0,75 ton/m3), possuindo altura do corpo de 15m, totalizando 17,96 m de altura e motor de 3 CV e, ainda todo o equipamento é construído de material galvanizado.

Referência no Lay-out: EL-2 Modelo: EL-30 capacidade de 30 ton/h (considerando produto com peso específico de 0,75 ton/m3), altura do corpo de 25m, totalizando 27,96 m de altura, além disso possui motoredutor eixo oco: 5CV e o equipamento é galvanizado.

Referência no Lay-out: EL-1 Modelo: EL-30, capacidade de 30 ton/h (considerando produto com peso específico de 0,75 ton/m3), altura do corpo de 31 metros, altura Total: 17,96 m, motoredutor eixo oco de 5CV e equipamento galvanizado.

Outro equipamento que consta no projeto é transportador mecânico contínuo de rosca, ou rosca transportadora, a qual possui capacidade de 30 ton/h (considerando produto com peso específico de 0,75 ton/m3), rotação (RPM) de 160, comprimento da Rosca 7m e motoredutor eixo oco de 3 CV.

O secador possui capacidade de 28 ton/h (considerando secagem de soja com umidade de entrada de 18% e umidade de saída de 13%), capacidade estática de 37,2 ton (considerando produto com peso específico de 0,75t/m3), vazão de Ar: 75.000 m3/h, 2 ventilador(es) de 12,5CV cada, gera

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uma quantidade de Calor (Kcal/h) de 1.944.000, considerando uma temperatura de secagem de 110°C com uma temperatura atmosférica de 20°C e umidade relativa ambiente de 60%, e a altura Máxima do Secador é de 14,54m.

Os secadores funcionam inteiramente com a torre na forma de secagem, isto é, sem resfriamento. Existem portas que transformam esse secador em um modelo com resfriamento utilizando o reaproveitamento do ar conforme a necessidade.

O secador é formado pelas seguintes partes: funil de carga, torre de secagem e para o direcionamento do ar, difusores formam o fechamento externo do secador.

A fornalha gera a quantidade de calor necessária para um perfeito funcionamento do secador. E o silo possui capacidade para 410,44 m3 de produto, com altura de 11,30 metros e diâmetro de 7,28 metros, isto é, possui capacidade de armazenagem de 326,30 ton ou ainda, 5.438,34 sacos.

O sistema de aeração trabalha por insuflação utilizando para isto, ventiladores centrífugos que disponibilizam a vazão e pressão de ar necessário para garantir a perfeita conservação dos grãos na umidade indicada na figura 05:

Figura 05 – Conservação dos grãos conforme umidade indicada

E segundo a empresa em que foi contratado o orçamento de um silo com capacidade de 301 toneladas, o custo do mesmo fica em R$ 341.599,00 mais R$ 176.000,00 em montagem, onde o custo total será de R$ 517.599 em que esse valor será financiado via banco com 15 anos para quitar, com juros de 5,25% ao ano, conforme linha de financiamento disponível pelo governo federal, PCA – Programa de Construção e Ampliação de Armazéns, as especificações desse valor se encontram descritas na figura 06.

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Figura 6 – Orçamento para a implantação do silo secador

A construção de um silo para armazenagem e secagem de grãos, beneficia o produtor, tendo em vista que ele poderá entregar sua produção com uma menor umidade, tendo assim menos descontos. Entre as vantagens apresentadas, destacam-se a possibilidade da comercialização do grão em épocas de preços mais atrativos, como as entressafras, através das vendas e lotes e contratos com Tradings e industrias de beneficiamento (rações, óleos e farinhas).

Desta forma pode-se estimar que na cultura do milho sugerida no plano de rotação, se o produtor armazenar a produção de 23 há com uma produtividade media de 9 toneladas\ha, e comercializar por lotes no período de colheita da cultura, ate o mês de abril, ele poderá barganhar receber cerca de R$ 4,00 a mais por saca, terá um adicional extra de R$ 13.800,00.

Já na cultura da soja armazenando toda a produção que será em torno de 4.900 sacos, recebendo cerca de R$ 5,00 em média por saca, com venda em lotes, ele poderá barganhar e receber um adicional de R$ 24,500.

Na cultura do trigo ele terá 3 meses para armazenamento e beneficiamento, podendo ter um retorno financeiro em relação a qualidade do produto. Onde ele produzindo 6900 sacas, ele poderá ter um retorno adicional de cerca de R$ 3,00 por saca, e um total de R$ 6.900,00.

Tendo em vista que o produtor já possui uma moega, com uma rosca sem fim e um sistema de pré-limpeza, se propõe ao produtor a construção do silo de secagem e armazenagem, pois o valor recebido pela agregação de valor dos grãos, pelo beneficiamento e armazenagem, lhe dará condições financeiras de quitar a amortização do capital investido somado aos juros.

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4.5 SUBSISTÊNCIA

Na propriedade são produzidos diversos itens para a subsistência da família onde a receita gerada por este é de R$ 12.726,00, estando apresentadas na tabela 10.

Tabela 10 – Produtos de subsistência

Alimento Quant. Cons./ano Unidade Valor unit. (R$) Valor total (R$)

Bergamota 120 Kg 1,30 156,00

Laranja 100 Kg 1,50 150,00

Carne ovina 210 Kg 18,00 3.780,00

Carne bovina 720 Kg 12,00 8.640,00

Total (R$) 12.726,00

Os animais da propriedade são alimentados a base de pasto, ficam em um potreiro próximo a sede, recebendo no cocho apenas sal comum onde são gastos 7 sacas de sal por ano resultando num custo de R$ 245,00 anualmente.

A receita anual da subsistência é de R$ 12.726,00, ao descontar o custo de R$ 245,00 a receita liquida é de R$ 12.481,00.

4.6 ASPECTOS AMBIENTAIS

A propriedade possui 126 hectares, das quais 10,2 ha são de mata nativa, resultando numa porcentagem de 8,09% de mata preservada na propriedade. Além disso, o proprietário já realizou o CAR (Cadastro Ambiental Rural).

Em relação às embalagens de agrotóxicos utilizadas na propriedade as mesmas passam pelo processo de tríplice lavagem e são perfuradas o fundo tornando-as inutilizáveis. Após esse processo permanecem guardadas em um local dentro do galpão, sendo que este local não é apropriado para deixar as embalagens, pois os mesmos ficam em contato com pessoas e animais e podem causar riscos de contaminação.

As embalagens permanecem armazenadas na propriedade até o momento que a empresa onde o produtor comprou os produtos iniciar a campanha de recolhimento das mesmas, e então o Sr. Carlos faz a entrega das embalagens neste local.

Em relação ao uso de EPIs podemos citar que o produtor tem um certo cuidado, onde para manejar qualquer tipo de produto químico, e na aplicação dos mesmos ele utiliza os EPIs apropriados (jaleco, calças, luvas, máscara, botas, óculos, touca árabe, avental).

A água da propriedade é proveniente de poço artesiano construído na mesma, usada para a pulverização das culturas e fornecimento de água para os suínos nos galpões.

Para melhoria da eficiência das aplicações, indica-se ao produtor tomar cuidado com quesitos como: ph da agua, onde para herbicidas o indicado é em torno de 3-4. Já para fungicidas e inseticidas o ph indicado varia de 5-6.

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No que se refere ao uso de bicos de pulverização, recomenda-se utilizar bicos antideriva de jato simples ou duplo jato, no caso de aplicações de herbicida, principalmente herbicidas sistêmicos, e bicos tipo cone para a aplicação de fungicida e inseticida, os quais possuem maior número e espectro de gotas por área foliar, aumentando a eficiência do controle.

Deve se observar condições ambientais ótimas para cada aplicação, como: umidade relativa do ar acima de 60%, temperaturas do ambiente acima de 10 e abaixo de 30 graus, e velocidade do vento acima de 6 Km\hora. Outros cuidados a serem tomados, é em relação as misturas de tanque para não ocorrer a fitoxidade deve-se consultar a assistência técnica seguindo as indicações de cada produto.

Dessa forma, indica-se que o proprietário realize a construção de um local adequado para o armazenamento das embalagens vazias de agrotóxicos, bem como um local apropriado para o abastecimento do pulverizador, evitando assim a contaminação do solo. Os agrotóxicos devem ser armazenados em local com boa ventilação, livre de inundações e distante de residências, instalações para animais ou de locais onde se armazenam alimentos ou rações. Os produtos devem ser devidamente agrupados em prateleiras, por classe de princípio ativo, nunca devem estar em contato direto com o piso e sempre apresentar os rótulos intactos. Não é recomendável armazenar estoques de produtos além das quantidades para uso a curto prazo (no máximo um ciclo da cultura), um bom planejamento na hora da compra é fundamental. Os restos de produtos devem sempre ser mantidos em suas embalagens originais.

Pela legislação em vigor, é obrigatório o recolhimento das embalagens vazias a uma unidade de recebimento autorizada pelos órgãos ambientais. Antes do recolhimento, é obrigatório que o agricultor efetue a tríplice lavagem inutilizando-os com furos nos tipos de embalagens que permitirem esta prática, enquanto as embalagens não laváveis devem permanecer intactas, adequadamente tampadas e sem vazamentos. As embalagens vazias devem ser acondicionadas em saco plástico padronizado que deve ser fornecido pelo revendedor. Dentro do prazo de até um ano, essas embalagens deverão ser entregues em um posto de recebimento cadastrado. O agricultor deverá receber um comprovante de entrega que deve ser guardado com a nota fiscal do produto. Caberá ao fabricante ou seu representante legal providenciar o recolhimento de todo o material depositado no posto de recebimento.

Ainda, indica-se que esse local seja construído afastado no mínimo 500 metros das casas e dos galpões de suínos e do poço, com a finalidade de evitar a contaminação dos mesmos.

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4.7 ASPECTOS SOCIAIS

Os proprietários participam da comunidade católica da cidade de Giruá, indo a missas e festas que esta promove. Além disso, o Sr. Carlos aos finais de semana joga bocha no Rincão do Bugre, onde também participam de festas que são promovidas por esta comunidade.

Na propriedade reside um funcionário que é responsável pelos cuidados com os suínos, ou seja, fornecimento de ração, água, medicamentos e cuidados com a abertura e fechamento das cortinas entre outros manejos que a atividade exige.

Além desse funcionário, no momento da semeadura e colheita é contratado um funcionário diarista que auxilia o Sr. Carlos nessas atividades durante esse período, sendo dispensado após o término de cada serviço.

Em relação à sucessão familiar a mesma ocorreu a 10 anos atrás, quando o pai do Sr. Carlos entregou a propriedade para que o mesmo a administrasse e desse continuidade nas atividades que eram desenvolvidas. No entanto, o Sr. Carlos paga a seu pai um valor de arrendamento de 1.000 sacas de soja por ano.

Carlos possui 3 irmãs, sendo que a mesma não tem interesse em atuar nas atividades da propriedade. Tendo em vista que ele é um produtor na faixa dos quarenta a cinquenta anos, irá atuar na propriedade por muitos anos, até que seus filhos, que hoje são adolescentes estiverem com formação técnica ou superior e devidamente capacitados para gerir a propriedade.

O mesmo indica-se que o produtor qualifique-se participando de palestras técnicas, faça troca de experiências com outros produtores, faça cursos de qualificação principalmente na área gestão econômica e financeira.

4.8 ASPECTOS ECONÔMICOS

Neste item estão demonstradas todas as receitas de entrada, custos variáveis e fixos, receita líquida, lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno em anos do capital investido nas atividades de grãos e suinocultura.

4.8.1 Custo fixo da propriedade

O custo fixo da propriedade envolve o pró-labore e as dívidas que a mesma possui, os quais estão demonstrados nas tabelas 11, 12 e 13.

Imagem

Figura 1 – Localização da propriedade
Figura 2 – Visão da área da propriedade
Figura 3 – Gleba 01
Tabela 1 – Interpretação da análise de solo para a gleba 01
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Referências

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