• Nenhum resultado encontrado

CONTRIBUIÇÕES DO COACHING PARA A DOCÊNCIA COACHING THE CONTRIBUTIONS TO TEACHING

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "CONTRIBUIÇÕES DO COACHING PARA A DOCÊNCIA COACHING THE CONTRIBUTIONS TO TEACHING"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

International Scientific Journal – ISSN: 1679-9844 Nº 4, volume 13, article nº 5, October/December 2018 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v13n4a5

Accepted: 21/09/2017 Published: 20/12/2018

CONTRIBUIÇÕES DO COACHING PARA A DOCÊNCIA

COACHING THE CONTRIBUTIONS TO TEACHING

COACHING CONTRIBUTIONS TO TEACHING

COACHING THE CONTRIBUTIONS TO TEACHING

Juliana Leal Micheletti1, Marcus Antonius da Costa Nunes2

1Faculdade Pitágoras; Teixeira de Freitas-BA; Brasil;

juleal.mi@gmail.com.br

2Universidade Federal do Espírito Santo; São Mateus-ES; Brasil;

marcaonunes@hotmail.com

Resumo – O presente artigo é o resultado de uma pesquisa stricto sensu, em nível de mestrado, cujo objetivo foi verificar as possibilidades de contribuições do coaching para docentes no sentido de gerar autoconhecimento e reflexões sobre a própria conduta como profissional da educação. O coaching se constitui uma metodologia, com respaldo científico para se alcançar objetivos e metas, de forma processual. Apresenta-se de um estudo exploratório, descritivo e de campo, inspirado na pesquisa-ação, com abordagem qualitativa. Na parte de pesquisa bibliográfica foram estudados artigos científicos, dissertações, teses e livros sobre o campo de estudo do coaching. A parte de campo da pesquisa foi realizada em quatro etapas, sendo a primeira de delineamento do perfil dos professores e avaliação do conhecimento prévio deles, realizada por meio de ferramenta

coaching; a segunda no fornecimento de informações sobre o assunto para

os professores; a terceira numa aplicação que os docentes deveriam fazer de uma ferramenta de coaching em turma escolhida por eles; e por fim, a quarta foi a autoaplicação de uma ferramenta de coaching. Os participantes foram oito professores, sendo que destes quatro atuam no Ensino Superior e quatro no Ensino Técnico, também houve a participação de 141 discentes, de forma complementar. Dentre as boas práticas descortinadas pela pesquisa estão: O exercício constante da maiêutica, que é o diálogo com perguntas; começar o planejamento pedagógico com um objetivo em mente,

(2)

extrapolando a mera transmissão de conteúdos; criar estratégias para o desenvolvimento de competências; exercitar a escuta ativa; vivenciar profundamente a ética profissional; fazer empatia; pensar de forma metacognitiva; estimular o compromisso com a própria construção do aprendizado; elevar a consciência das responsabilidades. Os resultados encontrados, associados à literatura existente, respaldam a recomendação de que os professores participem de formação nessa área, não se fechando ao diálogo entre a docência e o coaching.

Palavras-chave: Reflexão. Autoconhecimento. Boas práticas. Competências.

Abstract - This article is the result of a restrictive research, master's level, the objective was to verify the possibilities of coaching contributions for teachers in order to generate self-knowledge and reflections on own conduct as a professional education. Coaching constitutes a methodology, scientific support to achieve objectives and goals, procedurally. It presents an exploratory, descriptive and field, inspired by the action research with qualitative approach. In the bibliographic research papers were studied, dissertations, theses and books on the coaching field of study. The part of the field of research was carried out in four stages, the first teachers of profile design and evaluation of their prior knowledge, accomplished through coaching tool; the second in providing information on the subject for teachers; the third in an application that teachers should make a coaching tool in class chosen by them; and finally, the fourth is the self-administration of a coaching tool. Participants were eight teachers, and these four work in higher education and four in technical education, there was also the participation of 141 students, in a complementary way. Among the good practices unveiled by the research are: The constant exercise of maieutic, which is dialogue with questions; get educational planning with a goal in mind, going beyond the mere transmission of content; create strategies for skills development; exercise active listening; deep experience professional ethics; do empathy; think metacognitively; stimulate commitment to the actual construction of learning; raise awareness of responsibilities. The results associated with the existing literature, advocated a recommendation that teachers participate in training in this area, not closing the dialogue between teaching and coaching.

Keywords: Reflection. Self knowledge. Good habits. Skills.

Considerações iniciais

O presente artigo é o resultado de uma pesquisa stricto sensu, em nível de mestrado profissional, cujo tema proposto foi a contribuição do coaching para a docência. Para

(3)

um melhor entendimento sobre o objeto dessa pesquisa, faz-se necessário compreender o que é coaching.

Trata-se de uma metodologia, com respaldo científico para se alcançar objetivos e metas, tanto de pessoas, quanto de empresas, tudo de forma processual. Considera-se o coaching uma metodologia, porque tem todo um conjunto de procedimentos estruturados. Ele é um processo porque ocorre durante um determinado período, geralmente entre dois a três meses, dependendo da demanda (DA MATTA; VICTORIA, 2012).

Por exemplo, o gestor de uma empresa deseja melhorar sua liderança, ele pode contratar um profissional, denominado coach, para que este o auxilie a alcançar seu objetivo. Neste caso, o gestor torna-se o coachee, ou seja, cliente de um coach.

A metodologia do coaching é estruturada num passo a passo, onde ferramentas são aplicadas no coachee, buscando despertar nele novas ideias e concedendo-lhe sempre a autonomia do processo. Estas ferramentas são construídas com base em diversas áreas do saber, tais como a educação, psicologia, administração, filosofia, entre outras.

A essência das sessões de coaching está nas perguntas. Um coach faz muitas perguntas para o seu coachee, visando estimulá-lo ao pensamento crítico-reflexivo (SOUZA, 2013). Para se tornar um coach profissional, faz-se necessário passar pelo processo de formação e ser certificado.

O objetivo deste trabalho foi verificar as possibilidades de contribuições do

coaching para docentes dos Ensinos Superior e Técnico, no sentido de gerar

autoconhecimento e reflexões sobre a conduta como profissional da educação. A visão dos alunos também foi contemplada de forma complementar. É válido ponderar que nem o professor, nem o aluno foram foi vistos como um cliente (coachee) na pesquisa, mas como um sujeito que recebeu os frutos da aplicação de algumas ferramentas.

Tal objetivo emergiu dos seguintes questionamentos: O contato com ferramentas de coaching pode ajudar o professor a refletir sobre sua profissão, gerar autoconhecimento e aprendizados? O uso de algumas estratégias do coaching, por parte do docente, ajuda os discentes a expandirem a consciência sobre o

(4)

comprometimento com a própria aprendizagem?

A ideia foi selecionar docentes comprometidos com a relação ensino-aprendizagem, mostrar proposições da metodologia do coaching, e, fazer uma pesquisa participativa conforme se poderá ler no capítulo destinado aos materiais e métodos.

Relevância da pesquisa sobre o coaching na docência

O trabalho se constitui pertinente, porquanto o coaching é um processo para gerar desenvolvimento humano e profissional (SECCO, 2012), este objetivo do

coaching é o mesmo encontrado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Brasileira, “a educação tem finalidade no pleno desenvolvimento humano” (BRASIL, 1996, Art. 2). Buscar contribuições do coaching para a docência se configura num encontro de interesses em prol do ato educativo.

Desenvolver a pessoa humana deveria ser tarefa precípua do professor (DEMO 2009), afinal na era do conhecimento não é mais possível formar pessoas com enfoque basicamente tecnicista, ora, as técnicas são importantes, mas se constituem apenas uma face do currículo desejado para um bom profissional e para a plenitude do ser humano.

Nesse sentido, a pesquisa se torna viável, pois intenta encontrar, junto com docentes, as melhores aplicações para o coaching na sala de aula, por meio de reflexões acerca dos objetivos, ética profissional, competências e compromisso. Este é um trabalho que submete à ciência o desejo de contribuir com a educação, a partir do momento em que desvela estratégias para fomentar uma prática docente consciente e transformadora.

Algumas das proposições do coaching clamam para o desenvolvimento de competências/posturas, tais como: comunicação, liderança, inteligência emocional, autoconhecimento, autonomia, capacidade de manter o foco, flexibilidade, busca de alternativas para a solução de problemas, avaliação de convicções limitantes e bloqueios, capacidade de escutar ativamente, receber e dar feedback, compreender o valor de se deixar um legado, ter consciência sobre a importância dos questionamentos para gerar ação e aprendizado (DA MATTA; VICTORIA, 2012). Tudo isso é bem vindo em ambientes de ensino-aprendizagem.

(5)

O coaching se constitui uma metodologia processual, inspirada na maiêutica do filósofo Sócrates, também conhecida como maiêutica socrática (LAGES; O’CONNOR, 2013), ou seja, na arte de saber fazer as perguntas que geram reflexão, aprendizado e consequentemente, novas ações.

O filósofo Sócrates para dar a luz às ideias utilizava-se de um diálogo com perguntas. Dorion (2011) também discorre sobre a metodologia de Sócrates, destacando a importância da descoberta que gera mais consciência, advindas dos questionamentos pertinentes. Este diálogo com perguntas deveria ser concernente ao processo de educar, porquanto vale a pena insistir na ideia de que o educando precisa vivenciar a descoberta, precisa “aprender a pescar”, e principalmente a aprender a pensar (DEMO 2009; CURY, 2013).

Ampliando o conhecimento sobre coaching

Para Lages e O’Connor (2013) o coaching é um processo, um meio para se chegar a um objetivo, e no decorrer desse processo é possível alcançar mudanças cognitivas, melhor desempenho, liberação do potencial existente no indivíduo, melhoria nos relacionamentos e aprendizados.

Da Matta e Victoria (2012) abordam o coaching como uma metodologia que ocorre de forma processual, afirmam ser também uma nova profissão com infinitas possibilidades. Sendo que o escopo deste processo é conquistar um objetivo. No andamento deve-se estabelecer uma parceria, de um lado, o coach entra com seu conhecimento, expertise e ética, e de outro o coachee (cliente do coach), com o comprometimento e disposição para a mudança. Um coach pode atuar de diversas maneiras, trabalhando com indivíduos ou empresas no alcance de suas metas. Segundo os autores, acima mencionados, o coaching é uma metodologia de eficácia comprovada cientificamente.

O autor Pérez (2009, p. 13) afirma que “o coaching é uma técnica de desenvolvimento de pessoas, que acontece no trajeto do alcance de um objetivo”, sendo vantagens do processo melhorias ou aquisição das competências, gerando novos comportamentos e qualidade de vida.

Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, a palavra coach não visa representar treinadores, mesmo que o método tenha sido a priori, inspirado no esporte, no caso o tênis. Ela é “uma palavra antiga de origem anglo-saxônica que

(6)

significa carruagem” (LAGES; O’CONNOR, 2013, p. 3). Sendo o coaching uma carruagem para transportar o coachee de um ponto ao outro, ou seja, do estado atual a um estado desejado. O coach pode ser considerado um condutor para ajudar o seu cliente chegar ao objetivo, pelos melhores caminhos.

Uma respaldada referência das ciências humanas, o filósofo Sócrates, pode ser considerado o primeiro coach da história (LAGES; O’CONNOR, 2013). Por meio da sua maiêutica, que se constitui num diálogo com perguntas, ele fazia o seu interlocutor “dar à luz” a verdade, tomar consciência de aspectos sobre si mesmo, e do contexto envolvente (DORION, 2011). A palavra maiêutica surge como uma homenagem à mãe de Sócrates que era parteira, numa analogia entre o nascer de uma vida, e o nascer de um conhecimento verdadeiro, ou uma nova ideia.

Na prática, Sócrates questionava seu interlocutor a tal ponto, que este se via obrigado a repensar as próprias ideias, então, o interlocutor se dava conta do que seria a verdade (descobrir algo novo, ter um aprendizado), surgia assim, o neoconhecimento. A forma de o filósofo questionar, com perguntas que geravam um movimento intelectual em seus interlocutores, isto inspirou, de fato, a profissão de

coach, visto que o questionamento é uma constante no processo.

Souza (2013) comenta que o coaching não deve ser entendido como modismo, porquanto tem suas raízes em bases filosóficas fortes, e também se fundamenta em áreas importantes do conhecimento/desenvolvimento humano, tais como: educação, comunicação, administração, esportes, psicologia, sociologia, linguística, bem como a já citada, filosofia. Nesse sentido as ideias que gestam as estratégias de coaching podem ser vistas como polivalentes e multifacetadas.

Relação entre o coaching e as áreas do saber

O intuito é explicitar o coaching como um processo que pode gerar desenvolvimento humano e profissional por estar interligado com diversas áreas do saber, já bem conhecidas na sociedade. A metodologia do coaching surgiu do esporte, mas evoluiu se estruturando na Filosofia, Educação, Psicologia e Administração (TORRES, 2013; SOUZA, 2013).

O coaching e suas raízes da Filosofia

(7)

corriqueiro de se julgar a filosofia como uma ciência que não tem utilidade, inclusive aponta uma pergunta como comum: “Para que filosofia?”. A autora critica a busca por utilidades práticas e rápidas para as ciências, e aponta a filosofia como necessária para se chegar ao conhecimento profundo da história, da cultura, das relações e de si mesmo. Ela afirma que a ciência filosófica incentiva perguntas embaraçosas, tais como: o que é o homem? O que é paixão? O que é razão? O que é liberdade? Ressalta, ainda, que uma atitude filosófica visa o ato de indagar, assim como será mencionado sobre os professores maiêuticos.

O ato de indagar apontado pela filósofa estrutura-se em três pilares: perguntar o que é, como é e por que é (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento), e ela adita, afirmando que a filosofia torna-se o pensamento, indagando-se a si próprio. Existe uma vertente da filosofia que é gerar a arte do bem-viver, da justiça por meio da ética, da percepção da visão de mundo, de um povo, de uma civilização de uma cultura e gerar o autoconhecimento, que a autora menciona como o “oráculo de Delfos: Conhece-te a ti mesmo” (CHAUI, 2012, p. 24).

Conforme abordado, a primeira pessoa a utilizar uma metodologia, muito parecida com o a que se utiliza do coaching foi o filósofo Sócrates, por meio de sua maiêutica. Nesse sentido, o ato de questionar, refletir, compreender, desabrochar ideias, descobertas, gerar autoconhecimento, liga partes do pensamento filosófico à metodologia do coaching.

A filosofia não é o coaching, e vice-versa, contudo ela concede parte dos seus ensinamentos para o processo, como ocorre com as demais áreas do saber. É conhecido que etimologicamente a palavra filosofia significa amor à sabedoria (DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO, 2015). Este significado se conecta a um dos objetivos do processo de coaching, que é de cada vez mais adquirir sabedoria, para tornar-se reflexivo-proativo, de modo a fazer as melhores escolhas, e realizar descobertas oportunas por meio das indagações.

O coaching e suas raízes da Pedagogia

Os processos de coaching aprenderam com as ciências pedagógicas sobre a importância da arte de conduzir conhecimentos (SOUZA, 2013). Nesse sentido, um

coach precisa aprender sobre metodologia, planejamento, didática e avaliação,

(8)

Pode-se fazer uma ponte entre a docência e coaching, e considerar aprendizados e comportamentos desejáveis tanto para coaches, quanto para professores: todos os itens acima citados e também, intraempreendedorismo, visão de futuro, consciência da missão pessoal, uso maiêutica, geração de oportunidades para o autoconhecimento e organização.

O coaching e suas raízes da Psicologia

Psicologia é a ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social (HOUAISS, 2009). Nos processos de coaching se fala em psicologia positiva, que remete ao estudo das condições e dos processos que contribuem para que se frutifique um bom, ou ótimo funcionamento de pessoas, grupos ou instituições; tendo como benefício bem estar, promoção da tenacidade interior e melhoria do desempenho (LAGES; O’CONNOR, 2013, p. 120-121).

Os processos de coaching acontecem externa e internamente, ou seja, as mudanças e aquisições que acontecem no campo tangível são um reflexo das mudanças e aquisições que acontecem no campo psicológico, na vasta seara das emoções e dos pensamentos.

Diferentemente da psicologia, o coaching não se configura como terapia, pois tem uma proposta diferente. Na terapia se trabalha o passado, e o processo de

coaching foca no futuro, mesmo assim os processos de coaching tomam

emprestado da psicologia as estratégias para melhorar o foco, gerar bem estar, lapidar o pensamento voltando-o para o que é positivo.

Para conectar este assunto com a docência, pode-se relatar que não é obra do acaso que um licenciado em pedagogia, por exemplo, estude psicologia, visto que compreender alguns processos mentais e emocionais contribui para a construção da aprendizagem.

O coaching e suas raízes da Administração

Segundo o Dicionário Etimológico (2015) a palavra administração possui o sentido de “desempenhar um cargo importante” ou “servir a uma personalidade importante”. Em outras palavras, consistia em “administrar” ou “organizar algo”. Um bom administrador precisa desenvolver capacidades de liderança para servir sua organização da melhor forma possível. De acordo com Hunter (2004), liderar é a

(9)

capacidade de influenciar pessoas de modo a se chegar a um objetivo comum, para este autor, liderar é conseguir que as coisas sejam feitas por meio das pessoas.

Um coach precisa demonstrar os comportamentos acima mencionados, ter a capacidade de organizar e gerir processos em torno de uma meta, sendo líder de si mesmo, bem como servir o seu coachee inspirado pelo objetivo estabelecido. Contudo, existe uma diferença essencial na relação de poder, porquanto o coach não é o líder do processo, quem lidera é o cliente, ou seja, o coachee.

O coaching pode ser considerado, também, uma estratégia de gestão, utilizando boas práticas dos processos administrativos e lançando mão sobre aspectos essenciais de liderança. Uma docência bem feita também deveria comtemplar estes requisitos das práticas administrativas: planejar, organizar, gerir e trabalhar por um objetivo comum.

O exposto visou demonstrar como o coaching se alicerça em importantes áreas do saber, de forma transdisciplinar para que o objetivo do coachee seja alcançado. O pesquisador Morin (2010) alega que na educação ainda se trabalha muito de forma seccionada, de modo que o conhecimento precisa se integrar/interligar mais.

Há de se considerar que as pesquisas sobre coaching são incipientes, já sobre a educação encontra-se uma diversidade enorme de publicações. Esta interligação entre o coaching e as diversas áreas do conhecimento reforça a ideia de que os dois podem dialogar, de modo a existir uma contribuição com a docência.

O coaching e os professores maiêuticos

O coaching também tem potencialidade de caminhar pela via da docência, de modo a colaborar com ideias de questionamentos para se aplicar em sala de aula. Esta seção apresenta a visão que se tem do coaching numa perspectiva do valor das perguntas para o ato educativo.

A ideia é estimular os professores para que sejam maiêuticos, ou seja, questionadores de seus alunos e de si mesmos. Retoma-se a referência das ciências humanas, o filósofo Sócrates, a forma de ele atuar, com perguntas que geravam um movimento intelectual em seus interlocutores, inspirou de fato a profissão de coach, e pode inspirar educadores para suas práticas pedagógicas.

(10)

Um professor maiêutico se esforça para despertar a autoconsciência do educando, e a sua própria, quanto ao aprendizado e a visão de mundo (FREIRE, 1996). O dicionário Houaiss (2009) traz a seguinte definição para autoconsciência: consciência que reflete sobre si própria, sobre sua condição e seus processos.

Nesse sentido, um professor maiêutico, utilizando questionamentos ou ferramentas oportunas, pode promover para seu discente um momento de refletir sobre si próprio, sobre sua condição, sobre seus processos educacionais. Assim, o aluno poderá perceber o quanto evoluiu ou regrediu, analisar também suas limitações e possibilidades atuais.

Ao utilizar a maiêutica consigo próprio, o docente poderá descobrir novas estratégias de ensino, bem como perceber sua eficácia e eficiência enquanto educador, polindo cada vez mais a capacidade profissional. O uso da maiêutica consiste na retomada consciente, planejada e constante das indagações que geram movimento e transformação no pensar e agir.

Ao se considerar as perguntas como o cerne dos processos de coaching, fez-se relevante citar exemplos de perguntas que os professores poderiam utilizar em suas aulas. Os exemplos foram inspirados e adaptados das perguntas que os

coaches utilizam, conforme descrito na obra de Da Matta e Victoria (2012):

I – O que você sabe agora que não sabia antes? Comentário: esta pergunta pode ser utilizada após a aplicação de um conteúdo novo, ou depois que o discente assistiu a um filme, participou de uma mesa redonda, ou de um evento. Nos processos de coaching é, de fato, importante despertar a consciência do aprendizado adquirido.

Um coachee precisa ter noção do ponto de partida, da evolução, do ponto de chegada. Esta pergunta é simples, mas adequada para o contexto educacional, porquanto se feita para um aluno, este pode perceber sobre o aprendizado adquirido, e ainda, oferecer ao docente um retorno do mesmo.

II – Quais competências/habilidades você precisou utilizar para fazer esta tarefa? Comentário: pergunta indicada para tarefas mais complexas, principalmente que envolvam pesquisa. Este questionamento pode abranger a consciência sobre as competências técnicas e comportamentais, sejam interpessoais ou intrapessoais.

(11)

tarefa, fica diante do desafio de lapidar as competências que já possui, de adquirir novas, de vibrar pelas que conquistou. É importante que o professor seja apoiador, que encoraje o discente em relação do desenvolvimento das competências (PEREZ, 2009).

III – Pensando num percentual de 0 a 100%, o quanto você contribuiu hoje para construir seu próprio conhecimento? Comentário: esta pergunta é para despertar o compromisso. No processo de coaching o principal responsável pela conquista do objetivo é o coachee, ou seja, ele precisa assumir o protagonismo da própria vida. Da mesma forma o aluno precisa conscientizar-se da sua responsabilidade na construção do aprendizado.

Os profissionais que atuam como coaches, e que primam pela excelência, sabem o quanto as indagações são importantes, a ideia é fazer emanar do interlocutor as melhores soluções, gerando autonomia, respeitando o ponto de vista da outra pessoa, descartando pré-julgamentos. Desse modo, fez-se relevante elencar algumas perguntas, que podem ser adaptadas do contexto das sessões de

coaching, para a prática constante em sala de aula.

Materiais e Métodos

Para realizar este trabalho, buscou-se adotar um modelo de pesquisa participativa, inspirada na pesquisa-ação, contando com a participação de professores dos níveis de ensino superior e técnico. A escolha por esta forma de pesquisa foi motivada pela oportunidade que ela oferece de intervir na realidade pesquisada.

Na parte de pesquisa bibliográfica foram estudados artigos, dissertações e teses acadêmicas, bem como livros sobre o campo de estudo do coaching. A investigação sobre as contribuições do coaching para a docência contou com uma abordagem qualitativa, que segundo Brasileiro (2013, p. 49):

É aquela que se ocupa da interpretação dos fenômenos e da atribuição dos significados no decorrer da pesquisa, não se detendo a técnicas estatísticas. Ela é descritiva e coleta dados em fonte direta. Os processos e suas dinâmicas, variáveis e as relações entre elas são dados para a construção de sentidos e os principais condutores da abordagem. Trabalha, basicamente, com dois tipos de dados: os verbais – coletados durante a entrevista ou através da narrativa; e os visuais – colhidos durante a investigação.

(12)

A busca foi por coletar informações de repercussão, de modo a dar mais visibilidade ao que seja o coaching para a comunidade científica, e como este poderá contribuir para com outras áreas do conhecimento. Houve o propósito de não perder o foco principal da docência.

Para participar da pesquisa foram selecionados oito professores, sendo que quatro destes lecionam no ensino superior, e os outros quatro no ensino técnico. Os professores foram escolhidos por meio de dois critérios: a indicação de seus coordenadores de curso e o interesse dos mesmos em fazer parte do estudo.

Aos coordenadores foi pedido que indicassem profissionais que se destacassem em quesitos tais como: trabalhar em equipe, cumprir os compromissos, bom relacionamento com os discentes, postura crítica e espírito de colaboração para com a instituição em que trabalha. Esta forma se pesquisar coaduna com a abordagem de Thiollent (2011, p. 71):

Trata-se de um pequeno número de pessoas que são escolhidas intencionalmente em função da relevância que elas apresentam em relação a um determinado assunto. Este princípio é sistematicamente aplicado no caso da pesquisa-ação. Pessoas ou grupos são escolhidos em função de sua representatividade social dentro da situação considerada. (...) o princípio da intencionalidade é adequado no contexto da pesquisa social com ênfase em aspectos qualitativos.

A parte de campo da pesquisa foi realizada em quatro etapas, sendo a primeira de delineamento do perfil dos professores e avaliação do conhecimento prévio deles, realizada por meio de ferramenta coaching; a segunda no fornecimento de informações sobre o assunto para os professores; a terceira numa aplicação que os docentes deveriam fazer de uma ferramenta de coaching em turma escolhida por eles; e por fim, a quarta foi a autoaplicação de uma ferramenta de coaching. Segue o detalhamento de cada passo:

I - Delineamento do perfil dos participantes e avaliação inicial

O perfil de cada professor foi traçado, onde informações pessoais, profissionais e questionamentos sobre o conhecimento prévio deles sobre coaching foram coletadas. O cunho das informações: nome completo, formação, tempo de experiência na profissão, nível em que atua. As entidades envolvidas foram duas, uma Faculdade de grande porte, que atende mais de quatro mil e quinhentos alunos,

(13)

e uma escola técnica, que atende mais de 200 alunos, ambas situadas no município de Teixeira de Freitas-BA.

Para a pesquisa, foi solicitado que cada professor definisse em quatro palavras-chave as expectativas que possuíam em relação à sua profissão. Esta sondagem contou, ainda, com oito questões onde o respondente deveria colocar um percentual de 0 a 100% para cada indagação proposta, com o intuito de tentar transformar sua percepção numa medida. Estas indagações tinham propósito além da sondagem, visavam gerar as primeiras reflexões. As perguntas foram as seguintes:

1 – O quanto você realiza o seu trabalho docente tendo em mente um objetivo claro para suas ações, bem como uma estruturação de metas e estratégias para alcançar este objetivo?

2 – O quanto você tem se dedicado a uma escuta ativa das intervenções discentes, de modo a buscar compreensão profunda do que está sendo dito, bem como, sendo empático, no ato da comunicação?

3 – O quanto você consegue evitar o pré-julgamento do seu discente, se abstendo de impressões iniciais, antes de conhecer a realidade dele?

4 – O quanto você consegue perceber nas falhas dos discentes, ou até mesmo nas suas eventuais falhas, uma oportunidade de receber feedback, ou seja, captar um novo aprendizado, observar os fatos sob novas perspectivas?

5 – O quanto você tem valorizado os talentos dos seus alunos (reconhecendo, elogiando, pronunciando palavras que visam um incentivo)?

6 – O quanto você, além de ministrar conteúdos, tem proposto atividades ou feito questionamentos que visem desenvolver as competências dos discentes?

7 – O quanto você concebe ser importante a ética profissional, que além de buscar um comportamento reto e virtuoso, ainda sabe manter sigilo e vivenciar a discrição, na relação entre professor e aluno?

8 – O quanto preencher esta sondagem inicial contribuiu para que você pudesse rever sua forma de trabalho, reafirmando práticas, ou até mesmo descobrindo novas possibilidades de atuação e performance?

(14)

O segundo passo foi informar aos participantes sobre o coaching, e como este pode ser aplicado na docência. O texto “Contribuições do coaching para a docência” (MICHELETTI, 2015) foi utilizado para este segundo momento. O texto foi entregue aos respondentes e alguns questionamentos sobre ele foram feitos, para que os participantes respondessem por escrito. Foi perguntado: De 0 a 100% o quanto este exto esclareceu para você sobre algumas possibilidades de aplicação do coaching na docência? Justifique sua resposta; Qual parte do texto mais chamou sua atenção? Justifique sua resposta.

É válido ressaltar que os professores participantes tiveram tratamento individualizado. Não fez parte do objetivo realizar um processo completo de

coaching com cada um dos oito participantes, mas informá-los sobre alguns

postulados na perspectiva de uma conexão do mesmo com a docência. Ficou a cargo de cada participante a iniciativa, ou não, de fazer o processo completo de

coaching ou até mesmo a formação para se tornar um coach certificado.

III - Aplicação de uma ferramenta de coaching em sala de aula

Para que os professores pudessem vivenciar uma amostra do coaching na docência, foi elaborada a ferramenta denominada “Campo de força educacional”. Ela teve o escopo de despertar o comprometimento do discente com a própria aprendizagem, e com a própria vida. O professor foi instruído a aplicá-la e logo após, compartilhar sobre as respostas com os alunos, recolher, analisar e fazer um parecer sobre a postura do aluno mediante a ferramenta. Feito isto, o material deveria ser devolvido à pesquisadora para a geração do resultado sobre as percepções do aluno.

A ferramenta indagou os discentes quanto aos seus pontos fortes e fracos, solicitando que fosse formulado um aprendizado após a análise das forças e fragilidades. Foi perguntado aos alunos sobre os seus sonhos, e, qual a relação que estes sonhos poderiam ter com o momento de estudos, então, vivenciado. Para que a pesquisa também contemplasse a visão do aluno, mesmo que de forma complementar, duas perguntas finais que constaram na mesma foi objeto de análise pormenorizada:

• O quanto esta ferramenta te possibilitou refletir sobre a importância do seu comprometimento e escolhas, para alcançar seus objetivos?

(15)

• Por favor, escreva o que esta reflexão significou para você em uma palavra ou frase (a reflexão geral após o preenchimento completo da ferramenta).

Faz-se mister ressaltar que antes do delineamento desta proposta metodológica a ferramenta foi testada em duas turmas, uma do ensino superior e outra do ensino técnico, de modo a verificar sua qualidade para obtenção de resultado fidedigno com os objetivos desta pesquisa.

IV – Autoaplicação de uma ferramenta de coaching

Os docentes vivenciaram os resultados de um momento-coaching ao se autoaplicarem uma ferramenta denominada “Competências e habilidades desejáveis para o meio educacional”, que assim como a ferramenta anterior, foi elaborada especialmente para este trabalho.

O objetivo da aplicação foi trazer mais consciência ao profissional professor sobre as competências que possui e as que precisa adquirir. A ideia era de que o professor fizesse uma profunda reflexão sobre suas competências e habilidades, para gerar autoconhecimento.

Constou nela o esboço de 30 competências, sendo elas Técnicas, Comportamentais e Intrapessoais. Cada docente deveria atribuir um percentual de 0 a 100%, sobre o quanto considerava possuir de cada competência. Três questões foram analisadas sobre a aplicação da ferramenta:

• Num percentual de 0 a 100%, o quanto esta ferramenta te ajudou a refletir sobre as suas competências?

• Num percentual de 0 a 100%, o quanto esta ferramenta despertou em você a vontade de desenvolver suas habilidades e competências?

• Com uma palavra ou expressão responda: Por que valeu a pena preencher esta ferramenta?

Ao considerar que este trabalho se alicerça no modelo de pesquisa qualitativa, o objetivo não era gerar estatísticas, visto que elas são muito eficientes e válidas em outras abordagens. Segundo esta questão, nos alerta Thiollent (2013, p. 42) “Mas é exagero querer submeter a testes estatísticos todas as hipóteses. Isto corresponde a uma visão restritiva, pois na área das ciências sociais (e humanas) nem todas as variáveis são quantificáveis”.

(16)

A proposta metodológica visou conhecer macro e microssituações dos postulados, e estratégias, de coaching em ação na realidade da docência, com o intuito primeiro de verificar sobre a contribuição das mesmas para a reflexão do professor, conforme objetivo geral dessa pesquisa.

Duas perguntas foram norteadoras da análise dos resultados, conforme orientação de Lakatos e Marconi (2013, p. 168-169): “Os objetivos foram pesquisados em profundidade? O roteiro da pesquisa foi observado à risca nos seus pormenores para que a lógica não seja apenas aparente?”. Dessa maneira, toda a trajetória metodológica da pesquisa circundou no escopo de responder ao problema, por meio das ações propostas nos objetivos.

Resultados e Discussão

Os resultados obtidos estão apresentados de maneira descritiva e analítica, relacionados com as contribuições do coaching para a docência no que toca a reflexão e a construção de aprendizados. Os docentes participantes do Ensino Superior são graduados em: A- Letras Vernáculas; B- Engenharia Florestal; C- Medicina Veterinária e Pedagogia; D- Pedagogia. Já os docentes atuantes do Ensino Técnico são graduados em: E- Ciências Biológicas; F- Administração; G- Ciência da Computação e H- Técnico em Segurança do Trabalho.

As palavras que os docentes do Ensino Superior utilizaram para definir suas expectativas quanto à docência foram: Transformação; Aprendizado; Reconhecimento; Compartilhamento; Realização; Compromisso; Experiência; Convivência; Dinheiro; Respeito; Dedicação.

Os docentes do Ensino Médio escolheram as seguintes palavras: Ensino; Experiência; Amizade; Confiança; Entusiasmo; Paixão; Diversão; Reconhecimento; Desenvolvimento intelectual; Satisfação pessoal; Partilha; Educação; Transformação; Desafio.

Verificou-se que formação diversificada dos profissionais possibilitou uma visão polivalente, visto que contempla percepções distintas de cada área. O tempo de profissão também é diverso, sendo o menor três anos e o maior vinte e quatro anos, assim podem-se contemplar as percepções de profissionais desbravadores e outros muito experientes.

(17)

Dentre as palavras-chave citadas destaca-se “Aprendizado”, que aparece em quatro respostas (50%) dos pesquisados, o que denotou uma relação destes docentes não apenas com o ensino, mas também com a aprendizagem, de si próprios e dos seus discentes. O olhar atento sobre as palavras escolhidas possibilita perceber uma visão positiva da educação em todos os níveis pesquisados, no que diz respeito às expectativas. Dando sequência a este postulado, Morin (2010, p. 11) afirma que:

O ensino, a arte ou ação de transmitir conhecimentos a um aluno, de modo que compreenda e assimile, tem sentido mais restrito, porque apenas cognitivo. (...) Mas a educação pode ajudar a nos tornarmos melhores, se não mais felizes, e nos ensinar a assumir a parte prosaica e viver a parte poética de nossas vidas.

Constatou-se que os docentes compreendem a educação por este olhar de Morin, vislumbrando não apenas oportunidade de viver a parte prosaica, no planejamento, na didática, correções, orientações, mas a parte poética, aprendendo, ganhando experiência e também se divertindo no exercício de suas profissões.

Agora, apresentam-se as perguntas e respostas dos docentes, mediante o uso da ferramenta de coaching. Cada respondente deveria escolher numa escala que vai de 0 a 100%, um percentual que traduzisse sua percepção, converteu-se este número em notas para uma leitura mais clara dos resultados. Desse modo, considerou-se nota baixa de 0 a 69; média de 70 a 89; alta de 90 a 100.

A primeira pergunta foi: O quanto você realiza o seu trabalho docente tendo em mente um objetivo claro para suas ações, bem como uma estruturação de metas e estratégias para alcançar este objetivo? As notas atribuídas foram 70 por um respondente; 80 por quatro respondentes; 90 por dois respondentes e 100 por um respondente. Isso aponta que os docentes demonstram uma preocupação em elaborar aulas com um objetivo em mente, bem como enxergam estratégias para realizá-lo.

A segunda pergunta foi: O quanto você tem se dedicado a uma escuta ativa das intervenções discentes, de modo a buscar uma compreensão profunda do que está sendo dito, bem como, fazer empatia, no ato da comunicação? As notas atribuídas foram 80 por um respondente; 85 por três respondentes; 90 por dois respondentes; 100 por dois respondentes. Nenhum dos respondentes atribuiu nota

(18)

abaixo de 85 para esta questão, é possível analisar que escutar, compreender e fazer empatia com os alunos é significativo para estes profissionais.

A terceira pergunta foi: O quanto você consegue evitar o pré-julgamento do seu discente, se abstendo de impressões iniciais, antes de conhecer a realidade dele? As notas atribuídas foram 60 por três respondentes; 80 por dois respondentes; 85 por um respondente e 90 por dois respondentes. O fato de 3 (38%) respondentes atribuírem notas baixas, e mais 3 (38%) notas médias demonstra que a proposição da pergunta é desafiante para a aplicação na relação professor e aluno, esse foi o maior índice de notas baixas. Morin (2010) afirma que se faz necessário conhecer o homem no mundo físico e vivo, nesse sentido, a proposta da questão é que se conheça o aluno, antes de julgá-lo, vislumbrando suas potencialidades e fragilidades no decorrer de uma relação, para que não se estabeleçam rótulos iniciais.

Com relação à quarta pergunta que foi: O quanto você consegue perceber nas falhas dos discentes, ou até mesmo nas suas eventuais falhas, uma oportunidade de receber feedback, ou seja, captar um novo aprendizado, observar os fatos sob novas perspectivas? As notas atribuídas foram 80 por um respondente; 90 por seis respondentes; 100 por um respondente. A incidência de 7 (88%) de notas altas, revela que os professores demonstram perfil de aprendizes, especialmente com as falhas que podem ocorrer na trajetória educacional.

A quinta pergunta foi: O quanto você tem valorizado os talentos dos seus alunos (reconhecendo, elogiando, pronunciando palavras que visam um incentivo)? as notas foram atribuídas, foram 50 por um respondente, 70 por um respondente, 80 por um respondente, 90 por quatro respondentes, 100 por um respondente. Reconhecer e valorizar os alunos faz parte da vivência de 5 (62%) dos respondentes de forma mais acentuada.

Observa-se que 1 (12%) participante atribuiu nota baixa e 2 (25%) colocaram notas médias para esta questão. Dado que indica maior dificuldade para o ato de elogiar e reconhecer os talentos dos seus alunos em 37% dos participantes. De acordo com Cury (2013), promover a autoestima dos alunos é fundamental, na visão do autor é preciso mostrar aos discentes a capacidade que eles têm. Nos processos de coaching esta valorização se faz essencial.

(19)

proposto atividades, ou feito questionamentos que visem desenvolver as competências dos discentes? Para esta questão tem-se 4 (50%) de respostas com notas medianas, e 1 (12%) de nota baixa. Manifesta-se a realidade de que planejar aulas com o foco de ultrapassar o conteúdo, para desenvolver as competências, ainda é deficitário, mas não deixa de ser uma preocupação.

O sociólogo e antropólogo Perrenoud (2013) escreveu sobre a importância do desenvolvimento de competências na vida dos estudantes, segundo o pensador não basta que se transmitam conteúdos, faz-se necessário propor questões para que estes conteúdos desafiem os estudantes às realidades da vida, existentes fora das instituições de ensino.

A sétima questão foi: O quanto você concebe ser importante a ética profissional, que além de buscar um comportamento reto e virtuoso, ainda sabe manter sigilo e vivenciar a discrição, na relação entre professor e aluno? A distribuição de notas: 50 por um respondente; 90 por um respondente e 100 por seis respondentes. Esta foi a questão com maior ocorrência da nota máxima e de notas altas, visto que 7 (88%) pessoas consideraram a importância de um comportamento ético no exercício da profissão de educador.

Por fim a última pergunta que trata do delineamento do perfil dos docentes: O quanto preencher esta sondagem inicial contribuiu para que você pudesse rever sua forma de trabalho, reafirmando práticas, ou até mesmo descobrindo novas possibilidades de atuação e performance? A distribuição de notas ficou assim: 50 por um respondente, 80 por um respondente, 90 por um respondente, e 100 por cinco respondentes. As notas altas atribuídas por 6 (75%) dos respondentes, mostra que houve uma reflexão por meio do preenchimento da ferramenta, conforme era a proposta inicial.

Não se buscava apenas saber como os docentes pensam, mas proporcionar-lhes um momento de reflexão sobre seus comportamentos enquanto professores. Nesse sentido, um índice de apenas 1(12%) respondente concedendo nota baixa, e mais 1(12%) respondente atribuindo nota média, apontam para uma eficácia da ferramenta. Segundo Lages e O’Connor (2013), cada indivíduo presta atenção a determinados aspectos das experiências, mas não a outros, a pergunta visou chamar atenção dos respondentes para possíveis reflexões sobre como realizam seu trabalho, e sobre a possibilidade de encontrar novas formas de atuar.

(20)

Em outra etapa, os professores aplicaram nos alunos uma ferramenta de

coaching denominada “Campo de Força Educacional”, cujo objetivo era gerar uma

reflexão com o escopo no despertar do comprometimento discente com a própria aprendizagem. A ferramenta atingiu um quantitativo de 96 alunos do ensino superior e 45 alunos do ensino técnico, totalizando 141 discentes.

Abaixo estão as perguntas analisadas:

1- O quanto esta ferramenta te possibilitou refletir sobre a importância do seu comprometimento e das suas escolhas, para alcançar seus objetivos?

2- Por favor, escreva o que esta reflexão significou para você em uma palavra ou frase.

Do total de 141 discentes que responderam a pesquisa, 87 (61%) atribuíram nota alta para a primeira pergunta que indagava sobre a eficácia da ferramenta em lhes fazer refletir sobre o comprometimento com a vida de estudantes e as escolhas; 37 (26%) atribuíram nota média e 17 (13%) atribuíram nota baixa para a pergunta em análise.

Os dados mostram que a maioria dos discentes (87%) conseguiu refletir sobre a importância do comprometimento e das escolhas para alcançar os objetivos. Fato que comprova que o uso de ferramenta de coaching aplicada pelo docente contribuiu para a conscientização do discente quanto ao seu compromisso com a própria aprendizagem.

Ademais, as palavras-chave escolhidas pelos próprios discentes para representar o que a ferramenta significou para eles corroboraram com esta verificação. É válido colocar em destaque algumas delas: “Dobrar o comprometimento para atingir a meta; impactante; reflexão; conquistar objetivos; foco; consciência; aprendizagem; o futuro depende das minhas escolhas”.

Estas colocações dos alunos atendem a um dos objetivos deste trabalho, que era descobrir a percepção do discente sobre a aplicação da ferramenta. Constatou-se que poucas exceções, 1,4% dos alunos, relataram que a experiência com a ferramenta não agregou em nada. No entanto, os demais demonstraram uma reflexão sobre a própria postura e o desejo de contribuir com próprio futuro.

(21)

a aplicação da ferramenta, observando a postura dos discentes para tecer os seus comentários. Todos eles receberam um questionário denominado “Análise do Campo de Força Educacional”, onde se deveria constar dados da turma, curso, e as percepções dos mesmos. Para ajudar na aplicação, constavam no questionário alguns esclarecimentos sobre o coaching na docência e sobre como proceder com a ferramenta “Campo de Força Educacional”.

A professora A, do ensino superior, relatou que inicialmente os discentes sentiram dificuldades em mensurar sobre seus pontos fortes e fracos, mas que na medida em que ferramenta foi sendo preenchida, isto foi superado. A professora B, do ensino superior, registrou que a ferramenta contribuiu para que os discentes percebessem os pontos fracos e fortes enquanto estudantes, gerando reflexões salutares.

O professor C, do ensino superior, fez uma análise detalhada da aplicação da ferramenta, registrou que a turma foi consultada sobre o interesse em participar e se dispôs. Relatou que os discentes estavam compenetrados ao participar do preenchimento da ferramenta. Segundo ele, as opiniões dos alunos sobre a ferramenta foram as seguintes: Interessante; ajuda a pensar no curso que se está fazendo; levou a refletir; muito objetivo; falar de si próprio é complicado; fez visualizar os sonhos; fez visualizar o futuro; fez pensar nas coisas que não havia pensado.

Desde o início este professor demonstrou grande interesse em colaborar. Não que os outros não tivessem interesse. Ocorre que ele se agradou da possibilidade de que os docentes pudessem refletir sobre sua profissão, e também, de se estender esta possibilidade aos alunos.

O professor C permitiu que seu nome fosse revelado de modo a contribuir com esta pesquisa por meio de uma consideração. Disse Paulo Botelho Ferreira que “faz-se necessário que o docente baseie sua prática em três pilares: planejamento, aplicação do planejamento e reflexão. Ocorre que muitas vezes fica-se apenas em dois pilares, deixando a reflexão de lado”. Esta visão do professor coaduna com a proposta deste trabalho que é usar as ferramentas de coaching como um suporte ao professor no campo da reflexão de sua prática, considerando que uma reflexão bem feita pode ser vetor de novas ideias e ações produtivas.

(22)

A professora D, do ensino superior, relatou que dos alunos que aceitaram participar da pesquisa, apenas um alegou que não acrescentou em nada, mas que de modo geral todos refletiram sobre a vida profissional demonstrando desejo de conquistarem seus espaços e se desenvolverem.

A professora E, do ensino técnico, foi a que demonstrou maior dificuldade com a aplicação da ferramenta, alegando também, que os discentes tiveram dificuldade em entender os objetivos da pesquisa e pouco interesse em responder, deduz-se que a dificuldade da professora refletiu nos alunos, embora a possibilidade de saná-las estivesse sempre disponível.

A professora F, do ensino técnico, registrou que em sua percepção a ferramenta ajudou os discentes a refletirem sobre suas metas, e o que poderiam realizar para melhorar o autodesepenho a fim de alcançá-las. Segundo a mesma, os alunos se compenetraram em fazer a pesquisa levando com seriedade o preenchimento da ferramenta.

O professor G, do ensino técnico, fez um registro valioso para esta pesquisa, segundo o mesmo, os alunos se sentiram incomodados em expor suas respostas para a turma, mas ele percebeu que houve grande reflexão individual durante o preenchimento do questionário. O professor disse acreditar que os discentes se depararam com uma realidade que os fez refletir sobre os rumos de seu aprendizado e consequentemente de suas vidas. Escreveu no questionário que a ferramenta é excelente, especialmente para turmas desmotivadas.

Por fim, o professor H, do ensino técnico, relatou sobre a necessidade de que as instituições preparem seus alunos para refletir. Alegou que os discentes tiveram dificuldade em falar de si próprios. As considerações do professor se enveredaram para a necessidade se investir em educação de maior qualidade em nosso país.

Do universo de 8 professores pesquisados, 2 (25%) explanaram sobre dificuldades com a ferramenta de coaching no que toca a capacidade de interpretação dos alunos e o interesse em participar, ambos lecionam no ensino técnico. No entanto, 6 (75%) relataram que os alunos tiveram interesse, se concentraram e conseguiram refletir sobre suas práticas de modo a expandirem a consciência quanto ao compromisso que devem dedicar na construção de seu conhecimento, para conquistar objetivos voltados para a carreira profissional.

(23)

Constituiu-se a última etapa da proposta metodológica deste trabalho que os docentes autoaplicassem uma ferramenta de coaching, denominada “Competências e habilidades desejáveis para o meio educacional”. O objetivo da mesma era trazer mais consciência ao profissional sobre as competências que possui e as que se precisa adquirir, de modo a gerar autoconhecimento e suscitar uma busca pelo desenvolvimento das competências e habilidades.

Para a análise dos resultados, manteve-se a leitura do percentual como nota e o parâmetro das outras análises, que considera como nota baixa de 0 a 69; média de 70 a 89; alta de 90 a 100. Consideraram-se as seguintes perguntas:

1- Num percentual de 0 a 100%, o quanto esta ferramenta te ajudou a refletir sobre suas competências?

2- Num percentual de 0 a 100%, o quanto esta ferramenta despertou em você a vontade de desenvolver suas habilidades e competências?

3- Com uma palavra ou expressão responda: Por que valeu a pena preencher esta ferramenta?

A pergunta 1, visou medir o quanto a ferramenta colaborou para que os docentes refletissem sobre suas competências. A atribuição de nota ficou: 80 por um respondente, 90 por dois respondentes, 95 por um respondente, 98 por um respondente e 100 por três respondentes, constituindo 87% de notas altas. Não houve nenhuma nota baixa e apenas uma nota média. Verificou-se, então, que a ferramenta ajudou os docentes a pensarem sobre suas competências intrapessoais, técnicas e interpessoais que foram contempladas pela ferramenta.

Na ferramenta em questão, havia um campo para que se traçassem estratégias com a finalidade de aprimorar ou desenvolver competências. Todos os docentes fizeram o preenchimento do mesma, muitas vezes arquitetando diversas possibilidades, o que confirma o cumprimento dessa proposta.

Maturana apud Demo (2012, p.74) apresenta que “a vida é uma atividade autopoiética de constante reconstrução autorreferente, onde aprender se confunde com viver”, nesse sentido o autor ressalta a importância do aprendizado constante e do desenvolvimento das competências existentes, bem como a aquisição de novas.

(24)

docentes a vontade de desenvolver suas habilidades e competências, tem-se as seguintes notas atribuídas, 70 por dois respondentes, 98 por um respondente, 100 por cinco respondentes. O coaching é um processo para se alcançar objetivos (PEREZ, 2009). Entretanto, para que este objetivo seja conquistado faz-se necessário refletir, gerar autoconhecimento, elaborar boas estratégias para o desenvolvimento de competências.

A posição dos docentes na questão de número 2 demonstrou que a ferramenta colaborou para que sentissem vontade de desenvolver as próprias competências, obtendo 6 (75%) notas altas, o fato mostrou que a conexão entre o

coaching e a docência pode ascender um interesse de autodesenvolvimento.

Segundo Lages e O’Connor (2013) é importante descobrir ou criar as condições necessárias e suficientes para a mudança de comportamento. Os dados apresentados demonstram que os docentes visam melhoria continua de seus comportamentos, pelo desejo constatado de ficar cada vez mais competentes.

Por fim a última questão, a qual indagou sobre o que a ferramenta significou para cada respondente. Diante do universo de 8 professores pesquisados, 5 (63%) utilizaram a palavra autoconhecimento para expressar o motivo pelo qual valeu a pena preencher a ferramenta, 3 (37%) utilizaram a expressão reflexão. Esta questão obteve respostas muito similares. Interessante que todos os docentes do ensino superior pensaram na mesma palavra, autoconhecimento.

A ferramenta de coaching possibilitou aos docentes um momento de reflexão e autoconhecimento sobre suas competências para atuar enquanto professores, porquanto toda a ferramenta foi engendrada com questões voltadas para o meio educacional. Contudo é válido ponderar que refletir e autoconhecer são ações que sempre ultrapassam a vida profissional.

Todas as etapas propostas nos “Materiais e Métodos” ocorreram conforme o planejado. Os resultados demonstraram que em menor ou maior grau, as ferramentas cumpriram os objetivos propostos, tanto para os discentes quanto para os docentes. O perfil dos professores foi delineado, o caminho metodológico possibilitou momentos de reflexão, autoconhecimento e aprendizado. A percepção do discente acerca do coaching foi capitada por meio de uma ferramenta aplicada por professor participante desta pesquisa, validando que o discente pode dilatar sua consciência de compromisso por meio de estratégias de coaching.

(25)

Considerações Finais

Diante dos resultados apresentados conclui-se que o coaching pode contribuir com a docência gerando reflexões em ambos os atores – docentes e discentes. Nesse sentido, pondera-se que o coaching contribui para com a docência como um suporte para reaviar boas práticas ou engendrar novas possibilidades de atuação. Segundo Perez (2009), ele pode colaborar com o mundo da educação, com estratégias para desenvolver o potencial humano por meio do desenvolvimento das competências e habilidades. O coaching pode gerar reflexões que ganham cunho prático.

Dentre as boas práticas estão o exercício constante da maiêutica; começar o plano de aula (ou de ensino) com um objetivo em mente, que extrapole a transmissão de conteúdos; criar estratégias para o desenvolvimento de competências; exercitar a escuta ativa; vivenciar profundamente a ética profissional; fazer empatia; pensar de forma metacognitiva; estimular o compromisso com a própria construção do aprendizado; elevar a consciência das responsabilidades. Tudo isso por meio de indagações e ferramentas que gerem reflexões e autoconhecimento.

Algumas recomendações se tornam pertinentes, por terem a pretensão de dar continuidade a estudos posteriores. Torna-se válido fazer um estudo sobre como o

coaching poderia dar suporte para o professor, no sentido de engendrar um plano de

carreira; outra possibilidade é de averiguar a eficácia de um trabalho com a maiêutica nas aulas de modo a registrar e analisar como os discentes reagem às indagações propostas.

Existem mais opções de pesquisa nessa área, poderia ser feito um acompanhamento de docentes de nível superior, ou técnico, onde alguns deles passariam por um processo de coaching instrucional e outros não, de modo a comparar os públicos para captar melhorias, retrocessos e percepções. Por fim, sugere-se que a realização de uma pesquisa com professores certificados em

coaching, indagando-lhes sobre o que mudou em suas práticas educativas após a

(26)

Os resultados encontrados, associados à literatura existente, respaldam a recomendação de que os professores participem de formação nessa área, de que pesquisem a respeito, não se fechando ao diálogo entre a docência e o coaching. É sabido que este conhecimento chega à comunidade acadêmica como algo incipiente, passível de mais testes, o que é compreensível, ao se considerar necessidade de rigor científico. Recomenda-se explorar mais essa temática, ceifando dela elementos que possam gerar excelência educacional nos mais variados níveis.

Referências

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 08 ago. 2014.

BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Manual de produção de textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Atlas, 2013.

CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 14 ed. São Paulo: Ática, 2012.

CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

DA MATTA, Villela; VICTORIA, Flora. Personal e professional coaching: livro de metodologia. Rio de Janeiro: Publit, 2012.

DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2009.

______. Habilidades e competências no século XXI. 3 ed. Porto Alegre: Mediação, 2012.

DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO. Filosofia. Administração. 2015. Disponível em: <http://www.dicionarioetimologico.com.br/>. Acesso em: 15 ago. 2015

DORION, Louis-André. Compreender Sócrates. Tradução: Lúcia M. Endlich Orth. Petrópolis: Vozes, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

(27)

HOUAISS, Antônio; VILAR Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

HUNTER, James. O monge e o executivo. Tradução: Maria da Conceição Fornos Magalhaes. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações de trabalhos científicos. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2013.

LAGES, Andrea; O’ CONNOR, Joseph. Como o coaching funciona: o guia essencial para a história e prática do coaching. Tradução: Luiz Frazão Filho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2013.

MICHELETTI, Juliana Leal. Contribuições do coaching para a docência. Jornal

SulBahia News, Teixeira de Freitas-BA, 14/05/2015. Disponível em: <

http://www.sulbahianews.com.br/colunas/contribuicoes-do-coaching-para-docencia>. Acesso em 18 maio 2015 b.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução: Eloá Jacobina. 17 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

PÉREZ, Juan Fernando Bou. Coaching para docentes: motivar para o sucesso. Porto- Portugal: Porto Editora, 2009.

SECCO, Karen Ciaccio. Coaching e formação da consciência docente. 2012. 173 p. Dissertação (Mestrado em educação). Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo – PUC-SP. Puc-SP, 2012. Disponível em:

<http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14533>. Acesso em: 03 ago. 2014.

SOUZA, Adriana Maria de. O coaching na atuação do profissional da informação. 2013, 187 p. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação). Universidade

de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: <

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-18112013-165246/pt-br.php>. Acesso em 04 maio 2015.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

TORRES, Catarina Manuela Rodrigues Calado. 10 anos (2002-2012) de produção científica em coaching e coaching executivo: meta-análise. 2013, 61p. Dissertação (Mestrado em Gestão de Recursos Humanos). Lisboa School of Economics e Management – ISEG, Lisboa, 2013. Disponível em: < file:///C:/Users/user/Downloads/DM-CMRCT-2013.pdf>. Acesso em 03 mar. 2015.

Referências

Documentos relacionados

There a case in Brazil, in an appeal judged by the 36ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo’s Civil Tribunal, 36th Chamber), recognized

As análises serão aplicadas em chapas de aços de alta resistência (22MnB5) de 1 mm de espessura e não esperados são a realização de um mapeamento do processo

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

E, quando se trata de saúde, a falta de informação, a informação incompleta e, em especial, a informação falsa (fake news) pode gerar danos irreparáveis. A informação é

Neste sentido, surge o terceiro setor como meio eficaz de preenchimento da lacuna deixada pelo Estado, tanto no aspecto da educação política quanto no combate à corrupção,

O tema proposto neste estudo “O exercício da advocacia e o crime de lavagem de dinheiro: responsabilização dos advogados pelo recebimento de honorários advocatícios maculados