Fichamento (Corrigido)- Esboço de Uma Teoria Geral Da Magia. in. Marcel Mauss. Sociologia e Antropologia - Mário César

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CURSO: CIÊNCIAS SOCIAISCIÊNCIAS SOCIAIS DISCIPLINA:

DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA IIANTROPOLOGIA II PROFESSOR:

PROFESSOR: RONALDO SANTIAGORONALDO SANTIAGO SEMESTRE:

SEMESTRE: 2014.2 2014.2 ALUNO:

ALUNO: MÁRIO CÉSAR FERREIRA DO NASCIMENTO MÁRIO CÉSAR FERREIRA DO NASCIMENTO FICHAMENTO FICHAMENTO Referênc! Referênc! ""#$%r&' ""#$%r&' c!( c!(

MAUSS, Marcel; HUBERT, Henri. 2003.

MAUSS, Marcel; HUBERT, Henri. 2003. Esboço de uma teoria geralEsboço de uma teoria geral da magia

da magia. In: Marcel Mauss.. In: Marcel Mauss. Sociologia e AntropologiaSociologia e Antropologia. (trad. Paul. (trad. Paul !e"es# S$ Paul.

!e"es# S$ Paul.

Re)*+$( Re)*+$(

Mauss desenvolve o seu próprio conceio de !a"ia# para isso analisa o Mauss desenvolve o seu próprio conceio de !a"ia# para isso analisa o $ue % considerado por oda u!a sociedade co!o al&

$ue % considerado por oda u!a sociedade co!o al& Ma"ia e reli"i'oMa"ia e reli"i'o ora se con(unde!# ora

ora se con(unde!# ora disin"ue!)se denro do ca!po do sa"rado#disin"ue!)se denro do ca!po do sa"rado# Mauss se desli"ou de Fra*er e e!preendeu sua própria +ornada ru!o a Mauss se desli"ou de Fra*er e e!preendeu sua própria +ornada ru!o a esa di(,cil conceiua-'o:

esa di(,cil conceiua-'o:

" Em suma, ninguém

" Em suma, ninguém nos forneceu aténos forneceu até o presente momento a noção clara, completa o presente momento a noção clara, completa e satisfatória da magia, da qual não poderíamos e satisfatória da magia, da qual não poderíamos

 abrir mão."

 abrir mão.".Mauss e /u0er 1223:415.Mauss e /u0er 1223:415

As $ualidade ari0u,das ao 6a"ene6 da !a"ia .o !7"ico5# ao As $ualidade ari0u,das ao 6a"ene6 da !a"ia .o !7"ico5# ao 6rio6.a-'o5 e a represena-'o das coisas6# e! ori"e! na

6rio6.a-'o5 e a represena-'o das coisas6# e! ori"e! na no-'o deno-'o de !ana& Elas possue! poder e

!ana& Elas possue! poder e auoridade# dessa (or!a# !ana se re(ereauoridade# dessa (or!a# !ana se re(ere ao poder do (eiiceiro# da $ualidade de al"u!a

ao poder do (eiiceiro# da $ualidade de al"u!a coisa !7"ica ou o $uecoisa !7"ica ou o $ue a"e !a"ica!ene& Co!o le!os no e8o e co!o a0ordado e! aula a"e !a"ica!ene& Co!o le!os no e8o e co!o a0ordado e! aula !ana raa)se de u!a consru-'o social $ue $uali9ca coisas

!ana raa)se de u!a consru-'o social $ue $uali9ca coisas .su0sanciaess;n

.su0sanciaess;ncia de u! o0+eo cia de u! o0+eo $ual$uer5 e a-<es de u! a"ene$ual$uer5 e a-<es de u! a"ene .seres espiriuais ou erreno

.seres espiriuais ou errenos5& A uni'o s5& A uni'o deses ele!enos n'o (oi deses ele!enos n'o (oi levadalevada e! cona por Fra*

e! cona por Fra*er# e ese % er# e ese % u! i!porane (aor na $uali9ca-'o $ueu! i!porane (aor na $uali9ca-'o $ue social!ene se ari0ui a !a"ia&

social!ene se ari0ui a !a"ia&

A !a"ia e! seus !inisros clara!ene e (acil!ene escol=idos# A !a"ia e! seus !inisros clara!ene e (acil!ene escol=idos# !es!o $ue al"u%! $ueira ne! odos pode! ser !7"icos# para $ue !es!o $ue al"u%! $ueira ne! odos pode! ser !7"icos# para $ue isso ocorra % nece

isso ocorra % necesss7rio possuir ceras caracer,sicas (,sicas es7rio possuir ceras caracer,sicas (,sicas e co!pora!enais# possuindo o indiv,duo ais caracer,sicas 9ca a

co!pora!enais# possuindo o indiv,duo ais caracer,sicas 9ca a car"ocar"o da co!unidade considera)lo !7"ico& Os aos !7"icos s'o rios# e co!o da co!unidade considera)lo !7"ico& Os aos !7"icos s'o rios# e co!o u! odo# s'o .&&&5 (aos de radi-'o& Os aos riuais .&&&5 s'o por

u! odo# s'o .&&&5 (aos de radi-'o& Os aos riuais .&&&5 s'o por ess;ncia#ess;ncia# capa*es de produ*ir al"o !ais do $ue conven-<es> s'o e!inenes

capa*es de produ*ir al"o !ais do $ue conven-<es> s'o e!inenes e9ca*es> s'o criadores .&&&5& Os rios !7"icos s'o

e9ca*es> s'o criadores .&&&5& Os rios !7"icos s'o !es!os !ais!es!os !ais paricular!en

paricular!ene conce0idos desa !aneira?# e conce0idos desa !aneira?# .p& 44)4@5> Cri%rios de.p& 44)4@5> Cri%rios de FFra*er: B& Rio !7"ico % u! rio ra*er: B& Rio !7"ico % u! rio si!p7ico> 1& O rio !7"ico a"esi!p7ico> 1& O rio !7"ico a"e "eral!ene por si !es!o# e coa"e# en$uano o rio

"eral!ene por si !es!o# e coa"e# en$uano o rio reli"ioso adora ereli"ioso adora e concilia> u! e! a-'o !ecnica i!ediaa> o

concilia> u! e! a-'o !ecnica i!ediaa> o ouro a"e indirea!enouro a"e indirea!ene ee e por u!a esp%cie respeiosa de persuas'o> seu a"ene % u!

iner!edi7rio espiriual?# .p&4)45>

A !a"ia e a reli"i'o se relaciona! a al pono de u!a possui

caracer,sicas e pr7icas da oura& A !a"ia %# porano# u! (enG!eno social& .&&&5 Te! parenesco co! a reli"i'o e .&&&5 a ci;ncia& .&&&5 En$uano a reli"i'o ende H aos p0licos# desenvolvi!eno de ideias e ideais a !a"ia ende ao privado# a vida !,sica# onde vai 0uscar suas (or-as# para !isurar)se H co!unidade e servi)la& .&&&5 Li"a)se a ci;ncias# do !es!o !odo $ue as %cnicas& .&&&5 D7 u!a i!porncia e8re!a ao con=eci!eno# e ese % u! dos seus principais recursos?# .pp& BJ) B45&

C,!-e)( Deve!os (a*er essa de9ni-'o Kde !a"ia por nossa cona# pois n'o pode!os nos conenar e! c=a!ar de !7"icos os (aos $ue (ora! desi"nados co!o ais por seus aores ou por seus especadores& Eses se colocava! e! ponos de visa su0+eivos# $ue n'o s'o

necessaria!ene os da ci;ncia&? .Mauss e /u0er 1223:445

A !a"ia co!preende a"enes# aos e represena-<es: c=a!a!os

!7"ico o indiv,duo $ue e(eua aos !7"icos# !es!o $uando n'o % u! pro9ssional: c=a!a!os de represena-<es !7"icas as ideias e as

cren-as $ue corresponde! aos aos !7"icos> $uano aos aos# e!

rela-'o aos $uais poderia! ser con(undidos& .Mauss e /u0er 1223:445 Os rios !7"icos# e a !a"ia co!o u! odo# s'o# e! pri!eiro lu"ar#

(aos de radi-'o& Aos $ue n'o se repee! n'o s'o !7"icos& Aos e! cu+a e9c7cia odo u! "rupo n'o cr;# n'o s'o !7"icos& .Mauss e /u0er 1223:44)@5

As pr7icas radicionais co! as $uais os aos !7"icos pode! ser con(undidos s'o: os aos +ur,dicos# as %cnicas# os rios reli"iosos& Os aos riuais# ao conr7rio# s'o# por ess;ncia# capa*es de produ*ir al"o !ais do $ue conven-<es: s'o e!inene!ene e9ca*es> s'o criadores> eles (a*e!& .Mauss e /u0er 1223:4@5

O se"undo cri%rio# proposo por Fra*er# % $ue o rio !7"ico a"e "eral!ene por si !es!o# coa"e# en$uano o rio reli"ioso adora e concilia> u! e! u!a a-'o !ecnica i!ediaa> o ouro a"e

direa!ene e por u!a esp%cie de respeiosa persuas'o> seu a"ene % u! iner!edi7rio espiriual& .Mauss e /u0er 1223:45

Enre os rios# =7 al"uns $ue s'o cera!ene reli"iosos: s'o os rios solenes# p0licos# o0ri"aórios# re"ulares# co!o as (esas e os

sacra!enos& No enano# =7 rios desse car7er $ue Fra*er n'o recon=eceu co!o reli"ioso& .Mauss e /u0er 1223:45

Esses dois e8re!os (or!a!# por assi! di*er# os dois polos da !a"ia e da reli"i'o: polo do sacri(,cio# polo do !ale(,cio& As reli"i<es se!pre cria! u!a esp%cie de ideal e! dire-'o ao $ual se al-a! os =inos# os voos# os sacri(,cio# e $ue as inerdi-<es proe"e!& Essas re"i<es# a !a"ia as evia& .Mauss e /u0er 1223:45

O0ive!os co! isso u!a de9ni-'o provisoria!ene su9ciene do rio !7"ico& C=a!a!os assi! odo rio $ue n'o (a* pare de u! culo or"ani*ado# rio privado# secreo# !iserioso# e $ue ende no li!ie ao rio proi0ido& Perce0e)se $ue n'o de9ni!os a !a"ia pela (or!a de seus rios# !as pelas condi-<es nas $uais eles se produ*e! e $ue !arca! o lu"ar $ue ocupa! no con+uno dos =70ios sociais& .Mauss e /u0er 1223:@B5

C=a!a!os de !7"ico o a"ene dos rios !7"icos# $uer ele se+a ou n'o u! pro9ssional&

Ade!ais# % u! erro crer $ue o !7"ico de ocasi'o se sina se!pre# no !o!eno e! $ue praica se rio# e! seu esado nor!al& .Mauss e /u0er 1223:@15

As $ualidades do !7"ico  N'o % !7"ico $ue! $uer: =7 $ualidades $ue disin"ue! o !7"ico do co!u! dos =o!ens& U!as s'o ad$uiridas#

ouras con";nias> =7 al"u!as $ue l=e s'o ari0u,das# ouras $ue ele possui e(eiva!ene& .Mauss e /u0er 1223:@35

As crian-as s'o co! (re$u;ncia# na !a"ia# au8iliares especial!ene re$uisiadas# so0reudo para os rios divinaórios& .Mauss e /u0er 1223:@@5

A siua-'o e8cepcional dos indiv,duos $ue ;! na sociedade u!a auoridade paricular pode# ocasional!ene# (a*er deles !7"icos& .Mauss e /u0er 1223:@@5

En$uano os poderes do sacerdoe s'o i!ediaa!ene de9nidos pela reli"i'o# a i!a"e! do !7"ico se produ* (ora da !a"ia& Ela se consiui por u!a in9nidade de di*e!?# e ao !7"ico n'o resa sen'o

asse!el=ar)se a seu rerao& .Mauss e /u0er 1223:25

 a opini'o# porano# $ue cria o !7"ico e as inu;ncias $ue ele li0era&  "ra-as H opini'o $ue ele sa0e de udo# $ue ele pode udo& Se n'o =7 se"redo para ele na naure*a# se o0%! direa!ene suas (or-as das (ones !es!as da lu*# do sol# dos planeas# do arco),ris ou do seio das 7"uas# % a opini'o p0lica $ue $uer $ue ele assi! se o0en=a& .Mauss e /u0er 1223:5

Qira)se !7"ico por revela-'o# por consa"ra-'o e por radi-'o& .Mauss e /u0er 1223:5

Essas condi-<es de rans!iss'o# essa esp%cie de conrao# !osra! $ue# e!0ora rans(erido de pessoa a pessoa# o ensina!eno n'o dei8a de i!plicar a enrada a u!a verdadeira sociedade& A revela-'o# a

inicia-'o e a radi-'o# so0re esse pono de visa# s'o e$uivalenes> elas !ara! (or!al!ene# cada u!a a seu !odo# $ue u! novo !e!0ro a"re"a)se H corpora-'o dos !7"icos& .Mauss e /u0er 1223:25 A ceri!Gnia !7"ica n'o se (a* e! $ual$uer lu"ar# !as nos lu"ares $uali9cados& A !a"ia e! "eral!ene verdadeiros sanu7rios# co!o a reli"i'o& .Mauss e /u0er 1223:35

Os ce!i%rios# as encru*il=adas e a oresa# os pnanos e as (ossas de derios# odos os lu"ares onde! =a0ia! as al!as do ouro !undo e os de!Gnios# s'o para a !a"ia lu"ares de predile-'o& .Mauss e /u0er 1223:35

O !ana: % u!a a-'o de u! cero ";nero# iso %# a-'o espiriual H disncia $ue se produ* enre seres si!p7icos& .&&&5 u!a esp%cie de %er# i!ponder7vel# co!unic7vel# e $ue se espal=a por si# .&&&5 (unciona nu! !eio# .&&&5% u!a esp%cie de !undo inerno especial# onde udo passa co!o se ali so!ene o !ana esivesse e! +o"o?# .p&BJ@5>

a no-'o de !ana# co!o a no-'o de sa"rado# n'o % sen'o# e! li!a an7lise# a esp%cie de cae"oria do pensa!eno coleivo $ue (unda seus  +u,*os# $ue i!p<e u!a classi9ca-'o de coisas# separando u!as# unindo

ouras# esa0elecendo lin=as de inu;ncia ou li!ies de isola!eno?# .Mauss e /u0er 1223:B445

Os esados coleivos e as (or-as coleivas: De coleivo# a !a"ia

procura conservar apenas seu car7er radicional> odo o seu ra0al=o eórico e pr7ico % o0ra de indiv,duos# ela n'o % !ais e8plorada sen'o por indiv,duos?# .Mauss e /u0er 1223:B35