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CAPITULO 1 DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE PRINCIPADOS E DAS DIVERSAS FORMAS DE CONQUISTÁ-LOS

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Academic year: 2021

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CAPITULO 1 – DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE PRINCIPADOS E DAS DIVERSAS FORMAS DE CONQUISTÁ-LOS

Para Nicolau Maquiavel, todos os estados e governos que tenham tido ou que tenham no presente, soberania sobre seus homens, têm sido ou são repúblicas ou principados. Dizia ele, que os principados ou são hereditários ou são novos. Esses novos são adendos, anexados ao estado hereditário do príncipe, ou são inteiramente recentes.

Todos os estados estão habituados a viver ou sob o poder de um príncipe ou como estados livres. Esses estados são conquistados por outras milícias, pelo próprio conquistador, pela sorte ou pela virtude.

CAPITULO 2 – Dos Principados hereditários

Segundo Maquiavel, os principados hereditários, habituados com a linhagem de seus príncipes, são muito mais fáceis de serem mantidos do que os principados novos, pois é necessário apenas que o príncipe não transcenda as ordens de seus predecessores e que se adapte as coisas conforme elas aconteçam.

CAPITULO 3 – Dos Principados Mistos

Aqui é falado sobre as dificuldades que um príncipe enfrentara num principado novo. Um dos primeiros desafios, é sobre a questão se ele é inteiramente novo ou se existem partes anexadas, pois se existirem essas partes, ele poderá ser chamado de misto. Outra dificuldade que se apresenta, se o principado for misto, é o fato de que, o homem ao acreditar que se beneficiará com a mudança de seu príncipe, segundo o livro, essa crença o fará empunhar armas contra o príncipe reinante.

Um príncipe, por mais que tenha uma milícia poderosa, ele sempre precisara da boa vontade de seu povo, se ele quiser se apossar firmemente de um Estado.

O autor afirma que quando um príncipe domina um estado e o anexa a seus próprios domínios, esse estado ou esta na mesma região ou não. Se não estiverem, segundo o autor, é fácil ocupá-los, pois estes não estão acostumados a se autogovernar.

É melhor extinguir a linhagem do príncipe que os regia, do que abolir as velhas instituições.

Para manter um estado, recentemente conquistado, é necessário que a linhagem do antigo príncipe seja totalmente extinta e que os impostos não sejam aumentados, para que, no menor tempo possível, o estado dominado seja incorporado ao antigo.

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Outro meio eficiente de manter o estado é criar algumas colônias em determinados lugares, para que sirvam de baluarte para o príncipe. E essas colônias não são muito dispendiosas para o príncipe. O autor conclui dizendo que os homens precisam ser adulados ou esmagados, pois se vingarão dos erros pequenos e não dos graves. O dano causado a um homem deve ser suficiente para que o príncipe não necessite temer sua vingança.

CAPITULO 4 – POR QUE RAZÃO O REINO DE DÁRIO, CONQUISTADO POR ALEXANDRE, DEPOIS DE SUA MORTE, NÃO SE REBELOU CONTRA SEUS SUCESSORES.

O autor começa este capítulo argumentando que todos os principados foram governados de uma das duas maneiras a seguinte: a primeira é por um príncipe absolutista, ao qual todos os outro são submissos, que o ajudam a governar seu reino, ou por um príncipe e pelos nobres, que são nobres não por seu soberano, mas pela antiguidade de sua linhagem.

Nos estados governado por um príncipe absoluto e seus servos, o príncipe tem muito mais poder e autoridade, pois em todo o seu domínio ninguém acredita que qualquer outro possa ser superior a ele. O autor da o exemplo da Turquia, que é governada por um senhor e todos os outros são súditos. Sendo que ele dividiu a região em distritos e nomeou governadores para cada um deles que ele mudava conforme seu gosto. Houve muita dificuldade para a conquista do império turco, embora depois de conquistado, foi facilmente mantido. O autor afirma que a dificuldade da conquista da Turquia, foi devido a seguinte questão: o conquistador não pode ser chamado à região por nenhum dos grandes nobres do estado, nem ele pode que sua tentativa seja facilitada por uma revolta daqueles que rodeiam o soberano. Quem fosse atacar os turcos deveria esperar encontrá-los unidos e deveria contar apenas com sua própria milícia. Porem, depois de terem derrotados os turcos e de dizimado a dinastia do soberano, não existirá nenhum motivo para temor.

Agora em relação a natureza do governo de Dario, que se parece em alguns aspectos com o da Turquia, foi necessário que Alexandre o atacasse com todo o seu poderio militar e o expulsasse do campo de batalha. Depois de sua vitória e da morte de Dario, Alexandre permaneceu com a posse assegurada do reino pelas razões acima explicadas.

Capitulo 5 – de que modo governar cidades ou principados que, antes de conquistados, viviam de acordo com suas leis.

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Neste capitulo o autor começa falando das formas de manter um estado, recém conquistado, acostumado com a liberdade e a se autogovernar com suas próprias leis. A primeira, segundo o autor, é arruiná-lo; a segunda é eles ali estabelecerem residência; e a ultima é permitir que eles continuem a viver de acordo com sua própria leis, fazendo assim, que aquela região se torne amigável.

Temos neste capítulo, o exemplo de Roma, que com o objetivo de conservar algumas cidades, as destruiu, mas não as perdeu. Pois quem quer que se torne senhor de uma cidade habituada à liberdade e não a destrua, tem que esperar ser destruído por ela.

O autor finaliza dizendo que, embora exista a possibilidade de permitir que aquele estado continue vivendo de acordo com suas próprias leis, é muito mais seguro, ou destruir o estado, para que depois reconstrua a seus moldes, ou ali estabelecer residência, para manter aquele estado.

Capitulo 6 – dos novos principados conquistados pelas armas e pelas virtudes do príncipe. Aqui o autor começa afirmando que os grandes homens sempre se espelharam em outros homens grandiosos para que pudessem ter êxito em sua vida. E que o homem sábio sempre deve estar um passo a frente de uma dificuldade.

É ressaltado também que um indivíduo comum que almeja se tornar um príncipe, necessita de uma enorme virtude ou uma sorte fora do comum. Porem, aquele que depender menos da sorte, se manterá melhor.

O autor da exemplos de homens que fizeram historia por suas virtudes: Moisés, Ciro, Rômulo, Teseu e outros como eles. Mostra que a única coisa que a sorte proporcionou a esses homens foi a oportunidade, e eles por suas virtudes, souberam aproveitar.

Não a nada mais difícil e perigoso, segundo o autor, do que uma tentativa de introduzir uma nova ordem de coisa em qualquer estado.

Um profeta deve estar preparado para, no caso de o povo não confiar mais nele, ser capaz de, pela força, compeli-los a acreditar.

Capitulo 7 – dos novos principados que se conquistam pelas armas e sorte dos outros. Neste capitulo o autor afirma que os indivíduos que conseguem alcançar o reinado e se tornarem príncipes apenas pela sorte e sem nenhum esforço, terão maior dificuldade para manter um estado.

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Pois estes não têm poder de persuasão para convencer os habitantes de algo e não terão o apoio nem mesmo de suas tropas. A não ser que o individuo que foi abençoado com tal sorte, tenha virtudes suficientes para manter o que a sorte lhe proporcionou.

O autor da o exemplo de César Bórgia, comumente chamado de duque Valentino, que alcançou o principado devido à sorte, mais precisamente ao seu pai, o Papa Alexandre VI. Depois de se tornar príncipe, fez tudo o que um príncipe virtuoso deveria fazer para manter um estado, mas foi tudo em vão, pois mesmo assim não conseguiu manter o estado e assim perdeu seu principado. Após isso, o Papa Alexandre VI fez de tudo para que seu filho voltasse a governar novamente, e conseguiu, duque Valentino obteve a Romanha. Duque Valentino queria tanto manter a província quanto aumentar mais seus domínios, mas havia fatores que impediam tais ações; o primeiro era que sua própria tropa não lhe parecia confiável; e a segunda é que, a vontade do rei, não era de acordo com os ideais que o duque achava justo. Apesar dos desafios, duque Valentino deu a volta por cima e conseguiu se estabilizar em seu principado enfraquecendo os partidários de Orsini e de Colonna em Roma e conquistando a simpatia dos nobres daquelas casas. Porém, os problemas do duque Valentino não acabaram por ai, com o seu principado estabilizado, ouve revolta de Orsini e de Urbino que lhe trouxeram inúmeros problemas, mas, com a ajuda da França, duque Valentino conseguiu superar os problemas e recuperar sua reputação frente aos partidários.

Apesar das grandes conquistas, duque Valentino era receoso em relação ao futuro, pois temia que o sucessor de seu pai, o Papa Alexandre, não fosse tão amigável, e que tentasse lhe prejudicar tirando o que ele havia conseguido com a ajuda de seu pai. Mas o duque foi sábio, e como um verdadeiro príncipe se precaveu de diversas maneiras, conseguindo assim, acumular grande poder para que pudesse se defender de inimigos futuros.

Duque Valentino pensou em tudo, exceto no fato de que quando o Papa Alexandre faleceu, ele estava com uma doença que logo o levaria a morte.

Duque Valentino nos serve de exemplo de um governante astuto e oportunista, que soube aliciar amigos, tornar-se temido e amado pelo povo, foi seguido e reverenciado por seus soldados e ainda substituiu a velha ordem das coisas por uma nova, foi severo e ao mesmo tempo benevolente e magnânimo e assim preservou a amizade dos reis e dos príncipes.

Capitulo 8 – Os que conquistaram o principado por meio do crime.

Neste capítulo, é tratado sobre formas de conseguir um principado por meios além de sorte e virtude. Existem dois meios de alcançar um principado sem ser pela sorte ou pela virtude; o primeiro é

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quando se alcança a soberania por meios viciosos ou execráveis; a segunda é quando um cidadão alcança a soberania de sua região pelas boas graças de seus concidadãos.

Os homens que conseguem sua soberania por outros meios considerados mais deploráveis, não conseguem manter um respeito perante seus concidadãos e acabam por ganhar apenas o temor deles. Esses meios capacitam um homem a conquistar um império, mas não sua glória.

Os cidadãos podem se revoltar ou não contra seu príncipe, dependendo de como o ele aplica a crueldade, pois uma crueldade bem aplicada, que segundo o autor é aquela que é cometida de uma vez só, pois estas serão menos sentidas, e assim fazer com que os cidadãos fiquem sem possibilidade de se rebelar contra seu príncipe. Já os benefícios devem ser feitos gradualmente, pois serão melhor apreciados, e acima de tudo, um príncipe deve ter uma relação com seus súditos em que nenhuma contingência, para o bem ou para o mal, possa trazer um variação de conduta entre eles. Pois, quando tempos adversos lhe trouxerem a necessidade de agir, não terá mais tempo de praticar o mal, e o bem que fizer não lhe trará proveito, pois será visto como tendo sido imposto e, portanto, não provocará agradecimentos.

Capitulo 9 – Dos Principados Civis

Aqui trataremos sobre os principados civis, que são aqueles conquistados sem necessitar de grande sorte ou virtude e nem por meio de traição ou violência, mas sim com a graças de seus concidadãos ou dos nobres. Aquele que se tornar príncipe através da ajuda dos nobres terá mais dificuldade em se manter do aquele que chega a essa elevada posição pela ajuda do povo.

O pior que um príncipe pode esperar do povo que não lhe é amigável, é que possa abandoná-lo; porem, nobres hostis ele tem que temer, não apenas porque possa abandoná-lo, mas por que podem se voltar contra ele.

Qualquer um que se torne príncipe pelas graças do povo, precisa se empenhar para preservar sua boa vontade, o que será fácil para ele, pois a população só lhe pedira que não a oprima. Entretanto, aquele que se tornar príncipe pelas graças dos nobres, deve de início, esforçar-se para garantir a boa vontade da população. É essencial para um príncipe tenha a boa vontade e a afeição de seu povo, caso contrário, ele ficará completamente desprovido de apoio em tempos de adversidade.

Os príncipes que tentarem transformar um governo civil em absoluto correrão grandes riscos, pois tais príncipes ou comandam pessoalmente ou através de magistrados.

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Um príncipe sábio usará métodos que façam com que os cidadãos de seu estado, sintam necessidade de sua autoridade, e assim, sempre provarão ser fiéis a ele.

Dos principados eclesiásticos

A ultima espécie de principado que iremos falar são os principados eclesiásticos, que são aqueles que para consegui-los é necessário virtude e também uma boa sorte, já para mante-los não é necessário nem um e nem outra.

Esse tipo de principado é mantido por antigos regulamentos religiosos, que impedem que o reinado do príncipe seja ameaçado. Esses são os únicos príncipes que têm estados sem precisar defendê-los, e súditos sem precisar governá-los.

Esses principados são os únicos totalmente seguros e prósperos, pois tanto para o príncipe quanto para os cidadãos, esses principados surgem e são mantidos de pelo poder divino, e seria uma missão audaciosa para qualquer homem discuti-los.

Dos deveres de um príncipe para seu exercito

Nesse capitulo, trataremos sobre o pensamento e o objetivo que se deve focar para um príncipe se consagrar. Um príncipe deve se preocupar mais com o seu poderio bélico e militar do que com o simples prazer, isso é chamado de arte da guerra. Negligenciar a arte da guerra é a principal causa da perda de seu estado, ao passo que a competência nesses assuntos é o que vos possibilita a conquistar um deles.

Um príncipe que não domine a arte da guerra, além dos outros infortúnios, na será respeitado por seus estados nem pode confiar neles. Sendo assim, a prática das armas deve ser o pensamento mais importante de um príncipe.

Um príncipe deve ter total conhecimento de sua região e até de outras para poder entender melhor como defendê-las. O príncipe que não tiver essa experiência, faltará o essencial para ser um comandante, pois esse conhecimento o ensina onde encontrar o inimigo, a selecionar lugares essenciais para um entrincheiramento, a conduzir o exercito, a ordenar as marchas, a determinar os combates e a manter vantagem no campo de batalhas.

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Um príncipe sábio deve sempre estudar em tempos de paz a arte da guerra, para que não seja pego de surpresa quando vier um guerra, devendo também diligentemente armazenar suprimentos para se garantir na adversidade, de tal forma que, quando a sorte o abandonar, ele possa estar preparado para resistir a seus golpes.

Da generosidade e da avareza.

Neste capitulo trataremos desses dois assuntos citados no titulo; a generosidade e a avareza. Ser um príncipe generoso é considerado uma coisa boa, porem, em excesso pode ser maléfica, pois com muita generosidade, o principe perde o temor dos cidadãos. Assim, o príncipe que deseja ser generoso, não deve abrir mão de sua suntuosidade. Desta forma, um príncipe assim consumira todos os seus bens e poderá ser obrigado a sujeitar seu povo a encargos extraordinários e recorrer a impostos e a medidas para angariar recursos. Com isso, ele se tornara odiado pelo povo, e quando empobrecer será condenado por todos. E quando ele se conscientizar disso, vai tentar diminuir gastos, e repentinamente estará se expondo a ser considerado avarento.

Um príncipe deve saber ser generoso sem se prejudicar e ficar com fama de avarento. Um príncipe deve gastar os seus próprios recursos e dos seus súditos ou os dos outros. Em relação aos dois primeiros, ele deve ser bastante econômico, em passo que, para gastar os dos outros, ele não deve deixar de fazer nenhum ato de generosidade. Gastar os recursos dos outros não diminuirá e sim engrandecerá sua reputação. Apenas quando gasta o que é seu é que um príncipe pode se prejudicar.

Da crueldade e da piedade. É melhor ser amado ou temido

Aqui trataremos de mais dois assuntos referentes às qualidades de um príncipe, que deve responder a seguinte questão: é melhor ser piedoso ou cruel, ser amado ou temido? Um príncipe, para o seu sucesso, deve ser piedoso, porém, deve ser cuidadoso para não abusar da misericórdia. Entretanto, um príncipe não deve se importar em ser considerado cruel quando, por causa disso, puder manter seus súditos unidos e leais.

O ideal para um príncipe, em relação a ser amado ou temido, é que fosse ambas as coisas, mas como é difícil que isso aconteça, é mais seguro ser temido que amado, quando se tem que escolher entre os dois. Já em tempos de guerra, quando um príncipe estiver à frente de seu exercito, não deve ligar se sua reputação for de crueldade, pois sem tal severidade, não conseguirá manter seu exercito unido e nem disposto a qualquer façanha bem sucedida.

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Por fim, o autor conclui com o seguinte trecho “um príncipe sábio deve sempre se apoiar na sua vontade e não na dos outros. Porém, acima de tudo, ele sempre deve se esforçar para evitar ser odiado.”

De que forma devem os príncipes manter a palavra.

Este capítulo trata sobre a questão da palavra de um príncipe. É louvável que este honre sua palavra sempre e que tenha integridade.

Precisa-se saber que ha duas maneiras de se levar adiante um disputa: uma pela lei (usada pelo homem) e outra pela força (usada pelos animais). Um príncipe deve saber como usar a natureza dos homens e também a das feras.

Um príncipe não deve cumprir seus compromissos, quando isso não estiver de acordo com seus interesses e quando as causas que o levaram a comprometer sua palavra não existam mais.

É necessário que um príncipe saiba muito bem disfarçar sua índole e ser um grande hipócrita e dissimulador. No livro, é dado o exemplo do papa Alexandre VI que, nunca ninguém teve tanta habilidade em assegurar, ou firmar compromissos com tantos juramentos e cumprir o mínimo, como Alexandre VI, e mesmo assim foi bem sucedido em suas fraudes, pois conhecia a fraqueza dos homens.

É necessário que um príncipe que conquistou um estado recentemente, não faça tudo aquilo que é feito pelos homens considerados bons. Ele deve agir, para manter seu estado, de forma oposta à humanidade, caridade e religião. Deve saber que é necessário que ele tenha um mente versátil, capaz de se modificar prontamente, de acordo com a necessidade, deve ser capaz de não se desviar do bem, mas saber como recorrer ao mal.

Como o príncipe deve agir para ser estimado

Nada torna um príncipe mais estimado do que realizar grandes e o fato de poder exibir grandes virtudes.

Também é muito importante que um príncipe dê exemplos notáveis de sua administração interna. Quando surgir a oportunidade de premiar ou punir quem estiver encarregado de assuntos civis, que tenham prestado um grande serviço para o estado ou cometido algum crime, que se comente muito isso. Um príncipe deve se empenhar em imprimir suas ações um caráter de grandeza e excelência.

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O príncipe se torna estimado quando se mostra um verdadeiro amigo ou um inimigo real. Um príncipe deve se mostrar como um amante da virtude, honrar aquele que se sobressair em qualquer uma das artes e deve encorajar seus cidadãos a seguirem suas vocações no comércio, na agricultura ou em qualquer outra atividade humana, para que os primeiros não deixem de embelezar suas propriedades por medo de lhes serem tomadas e os outros não deixem de abrir novas frentes de comércio com medo dos impostos. O príncipe deve premiar aqueles que quiserem fazer tais coisas e todos os que se esforçarem para engrandecer sua cidade ou estado.

Dos conselheiros do príncipe

Os conselheiros de um príncipe, seus ministros, para ser mais exato, devem ser escolhidos de maneira inteligente, pois se um ministro recém escolhido mostrar não ser digno, competente e leal, isso refletirá na opinião dos cidadãos sobre o príncipe, que não teve discernimento na escolha de um ministro.

Um príncipe que tem a sagacidade de distinguir o bem e o mal no que é dito ou feito será, mesmo sem ser um gênio, capaz de julgar se as ações dos auxiliares são boas ou más. Assim, o ministro, ao perceber que não poderá enganar o príncipe, continuará a servi-lo lealmente.

A maneira correta de o príncipe conhecer seu ministro é perceber se o conselheiro pensa mais em si mesmo do que nele e se em todas as suas ações buscar vantagem própria e não a do estado, então pode estar certo de que aquele homem nunca será um bom ministro e não é confiável.

Como evitar os aduladores

Um dos maiores problemas internos enfrentado pelos príncipes, é o dos bajuladores. Não há outra forma de se proteger dos bajuladores do que fazer as pessoas entenderem que não vos ofenderão se falarem a verdade. Por outro lado, quando todos se sentem a vontade para dizer-vos a verdade, costumam pensar que estão aptos a vos faltar com respeito.

O príncipe, para conseguir se defender dos bajuladores, deve escolher sabiamente seus conselheiros, escolher para seu governo apenas homens sábios e unicamente dar plenos poderes para lhe dizer a verdade. O príncipe deve se comportar com seus conselheiros de tal forma que cada um

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deles perceba que, quanto mais livremente se manifestar, mais aceito será. Fora disso, nunca deve ouvir ninguém, mas seguir o caminho combinado e ser firme em relação as suas resoluções.

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