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Introdução à Astrologia Védica

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Academic year: 2021

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Curso de Introdução à Astrologia Védica

Com Adwaita Chandra Das

Modulo 1

"O Senhor não nascido tem muitas encarnações. Ele encarnou como os planetas (grahas) para outorgar aos seres vivos os resultados devido aos seus karmas."

(Brihat Parasara Hora Shastra)

Sítio Vale das Flores - Espaço Om Mataji

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Sobre a Cultura Védica ... 4

Introdução à Filosofia Védica – O que são os Vedas ... 5

Origem dos Vedas ... 6

Resumo dos Vedas ... 7

A Verdade Absoluta ... 10

Sobre a alma ... 14

Sobre o Karma ... 15

O caminho do Yoga (*) ... 16

Etapas de desenvolvimento ... 18

Alguns princípios e conceitos do Yoga para o bem-viver ... 18

História da Astrologia Védica ... 19

Ramos da Astrologia Védica ... 21

Diferença entre os sistemas Tropical e Sideral de Astrologia ... 22

Precessão dos equinócios ... 23

Os Astros e suas influências no comportamento humano ... 25

Natureza dos astros ... 26

Surya – Sol ... 26 Chandra – Lua ... 27 Mangal – Marte ... 28 Budha – Mercúrio ... 29 Brihaspati – Júpiter ... 30 Sukra – Vênus ... 31 Shani – Saturno ... 32

Rahu – Cabeça do Dragão ... 33

Ketu – Cauda do Dragão ... 34

Amizades planetárias ... 35

Tabela de relacionamentos planetários ... 36

Poder dos planetas ... 37

Regências planetárias ... 38

Karakas ou planetas Indicadores ... 41

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Lagna ou Ascendente ... 44

A 1ª casa e o Signo Ascendente (correspondente ao Dharma, ou propósito da vida) ... 44

Resultado de Lagnadhipati (regente da 1ª casa) ocupando as diferentes casas ... 46

Resultado dos Diferentes Signos Ascendentes ... 49

Lagna Vrishabha (Touro) ... 50

Lagna Mithuna (Gêmeos) ... 51

Lagna Kataka (Câncer) ... 52

Lagna Simha (Leão) ... 53

Lagna Kanya (Virgem) ... 54

Lagna Thula (Libra) ... 54

Lagna Vrischaka (Escorpião) ... 55

Lagna Dhanus (Sagitário) ... 56

Lagna Makara (Capricórnio) ... 57

Lagna Kumbha (Aquário) ... 58

Lagna Meena (Peixes) ... 59

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Sobre a Cultura V édica

A cultura védica é uma prática de vida que busca a compreensão da Verdade Abso luta. Há milha res de anos, esta postura de vida predominou por toda face da Terra, em torno da ética do pe rfeito vive r e do idioma que bu sca a pe rfeição do discu rso, o Sân scrito.

O centro desta cultura floresceu ao norte da Índia Antiga, numa re gião onde é hoje o deserto do Rajastão, em um va le entre os rio s Indu e Saraswa ti.

Quando esta cu ltura começa va a de clinar, há cinco mil anos, o conhecim ento filosófico que a fundamenta foi re gistrado em ve rso s, em Sâ nscrito, pe la p rime ira ve z em um alfabeto – o

Devanagari. Assim aconteceu a compilação dos quatro Vedas –

Rig,Sa ma, Yayu r e Atharva – feita p ela enca rnação literária do deus Vishnu, o sáb io V yasa De va.

Vya sa De va escreveu a inda a obra Mahabharata, o maior poema épico já escrito, com mais de cem mil verso s, em que está contido o Bha gavad-gita, a canção do Senhor. Também são obras de Vya sa Deva o Vedanta Sutra, os 108 Upanish ads e mais dezo ito purana s.

Até então, este conhecimento fora transm itido na oralidade, por milh ares e milha res de anos e sempre em sucessão discipula r, se gundo esses p róprios p rimeiros re gistro s.

Além de conhecimento filosófico e d e va sta lite ratu ra, da cultura véd ica há legados importantes também para a área da saúde, com o Ayu rveda; da arqu itetura, com o Vastu -Shastra; do desenvo lvimento socia l, com o sistema de Varnashra ma; do autoconhecimento, com o Jyotishi (A stro lo gia ); e da eleva ção da consciên cia, com o sistema de Yoga.

Enfim, a cultura vé dica a inda se fa z muito presente nas manifestações de dança, teatro e artes plástica s, não somente na cultu ra indiana, m as também nas tradições cu ltura is de dive rsa s nações do mundo, como bem demonstra o pesquisad or Stephen Knapp, em sua obra Proof of Ved ic Culture ’s Global E xistence.

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Introdução à Filos ofia Vé dica – O que são os Vedas

Nos últimos tempos, a mídia d irigida a interessados em qualidade de vid a tem publicado muitos artigo s, matérias e reporta gens sobre Yoga, Ayurveda, V astushastra. De uma forma ou de outra, e stes a ssuntos remetem à milena r cu ltura védica, que floresceu no norte da Índia há mais de cinco mil anos, a poiada nos

Vedas.

Entretanto, pouco ou quase nada se comenta sobre os

Vedas e seu propósito. Quando muito, diz-se que os Vedas

abordam uma filosofia complexa que fundamenta o Hinduísmo. As enciclopédias e os dicionários apresentam ve rbetes muito va go s, confusos e incompletos sob re o termo veda, como este abaixo

encontrado num famoso dicion ário b rasile iro da Lín gua

Portu guesa:

“veda:[Do sânscr. veda, 'conhecimen to'.]. S ubs tantivo

masculino. 1.Conjunto de tex tos sa grados — hinos laudatórios, formas sacrificais, encantações, receitas má gic as — que constituem o fundamento da tra diçã o religiosa (do bramanismo e do hinduísmo) e filos ófica da Índia.”

Em livros são p oucos os auto res que abo rdam o assunto com se gu rança. Há muita s a bordagen s em edições cara s, que pela apre senta ção, parecem confiáve is, mas, na verdade, não passam de especu lações. É pre ciso muito cuidado, pois nem toda abordagem sob re o s Vedas é fidedign a.

As publicações mais confiá ve is sã o elaboradas po r

escolas trad icionais de filosofia véd ica, conhecidas como

sa mp radayas, com orientação tran smitida de mestre a discípulo.

Portanto, é sempre bom indaga r a origem da publica ção que se tem a mão sobre os Vedas. Se não houver um a sucessão discipula r filosófica que referende a publica ção, e se o autor não fize r referência à sucessão d iscipula r da qua l faz parte e ao mestre que o auto rizou, m esmo que a edito ra seja renomada, a publica ção não é conside rada genu ína.

Mas, po r que tanto cuidado? – algué m pode perguntar. E a respo sta é po rque os Vedas ap re sentam um conceito filosófico sobre Ve rdade A bsoluta, cuja compreensão é mediada pela exp licação de um mestre brahmana genu íno, ou seja , iniciado numa sa mpradaya.

Originalmente, antes de ser registra do na escrita, este conhecimento era transmitido ora lmente de mestre a discípu lo, em escolas tradicionais de filosofia véd ica. E, assim, tradicionalmente, essa transmissão se mantém nos dias atuais, mesmo depois do advento da e scrita.

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Este cuidado tamb ém faz parte de injunções contidas nos próprios Veda s. Elas p rescre vem que os e studos e e xp licações das escritu ras de vem p roceder, so b orienta ção de um mestre brahmana, para co rreta compreen são.

Origem dos Ve das

Segundo Satsva rupa Dasa Go swami, filósofo,

pesqu isado r da cu ltura védica e me stre b rah mana, e m seu livro

Introdução à filosofia védica (Bhaktive danta Book Trust – BBT), “as

escritu ras véd icas delineiam sua próp ria o rigem ”.

Satsvarupa Dasa Goswami afirma que as p róprias escritu ras védicas se descre vem como apauruseya. O que sign ifica que ela s não vêm de alguma pessoa materialmente con dicionada, mas, procedem do Supremo, uma fonte transcendental à dualidade mundana.

De aco rdo com os re gistros de Satsvarupa Dasa Goswami, o conh ecimento védico é eterno e foi reve lado ao semideus Brahma no alvo rece r da cria ção do Universo. Em segu ida, B rahma instru iu o sábio Na rada, cu jas percepções aparecem ao lon go da lite ratu ra védica.

E, em pro sse guime nto à su cessão discipula r ad vinda do semideus Brahma, o sábio Narada instruiu o sábio V ya sade va. Que, por sua ve z, há cin co mil anos, compilou e sse con hecimento em quatro livro s: Rig Veda, Atha rva Veda, Sa ma Ved a e Yajur

Veda.

Na sequên cia, V ya sade va escre veu todas as escrituras que e xplicam os V edas: Vedantasutra ; Mahabharata – no qual está contido o Bhagavad-gita, a essência dos Vedas; Upanishads; e dezo ito pu ranas – comentários romanceados sob re o s V edas, entre os quais destaca -se Srimad Bhagava ta m, como o mais importante dos puranas, porque narra histó rias da Suprema Personalidade de Deus, K rishna, na Terra.

De aco rdo com S atsvarupa Da sa Goswami, literatu ra véd ica tem como finalidade prin cipa l transmitir o conhecimento sobre auto rrea liza ção e, portanto, sobre como lib ertar-se do sofrimento. Ou se ja, a meta do pensamento véd ico é conduzir à ve rdade, cu jo re conhecimento le va à libe rdade. Co m efeito, o pensamento véd ico condu z não so mente à informação, mas à transformação.

O Bhagavad-gita , por exemp lo , descre ve o conhecimento de como aceitar a importância da auto rrea liza ção, e

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buscar filo soficamente a Verdade Absoluta. Outra percepção importante a que a lmeja o conhecimento védico é a co mpreensão dos malefícios do n ascimento, da morte, da velh ice e da doença.

Enfim, nas pala vra s de Satsvarupa, a literatu ra véd ica declara que, a despeito da aparente alegria, vida material sign ifica sofrimento. O conhecimento véd ico visa a liberta r deste sofrimento o indagado r since ro.

Vanavihari dd

Resumo dos Veda s

A Literatu ra Véd ica é composta d os escrito s mais antigos do mundo, consistindo de Shruti (ou vido ) e Samriti (lembrado ).

Shrutis é o conhecimento primá rio e considerado de origem divina, que foi diretamente re velado aos antigos sáb ios (videntes), em profunda meditação e, em seguida, transmitido pela oralidade, de gera ção em gera ção.

Sa mriti é de origem humana e corresponde aos

conhecimentos qu e foram escrito s para e xplica r o Shruti - conhecimento tran smitido pela o ralid ade - e representa a parcela

dos Vedas que foram de autoria de vá rio s sáb ios

(videntes). Shrutis (ou vido ) é mais puro do que Sa mriti (lembrado).

Shruti incluem os quatro Vedas:

Rig Contém hinos de in vocação as divindades,

conhecidas como Devas.

Yajur Aplica -se o s canto s do Rig Veda na forma de rituais conhecidos como Yagnas, que podem acessar as forças superiore s.

Sama Transforma os ca ntos do Rig Ved a em fórmulas melódicas.

Atharva Contém fórmulas mágicas e en cantamentos.

Cada Veda é co mposto de três partes p rin cipa is chamadas de:

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Janna Kanda (seções filosóficas, co nsiderada s a

"cabeça" dos Ve das e também conhecidas como

Upanishad s);

Upasana Kanda (secção que aborda os diferentes

tipos de adoração ou meditação, considerado o "coração" dos Ved as);

Karma Ka nda (tra ta das ações, lida com vários

sacrifícios e rituais e é conhecida como as "pernas" dos Vedas).

Os Aranya kas con stituem Upasana -K anda (adoração ). Os Upan ishads constituem Jnana -Kan da (conhecimento).

Os Vedas tratam d a verdade ú ltima - o absoluto em seu aspecto mais íntimo. Eles nos ensinam que o ob jetivo prin cipa l deste mundo materia l é purificar o individuo pa ra atin gir Moksha (libera ção do ciclo de mortes e na scimentos, e vo lta r ao re ino espiritua l).

De aco rdo com a s escritu ras védicas, cada a lma neste mundo tem de passar pelo ciclo d e nascimentos e mortes até purifica r a consciê ncia e ele var o seu nível esp iritua l de forma progressiva.

Depois de completar o pe rcu rso p ré-definido, a alma, finalmente, torna-se elegíve l para alcançar Mo ksha (liberação do ciclo de morte e na scimento, e reunir-se a Deus).

Em outras pala vras, podemos considerar este mundo material como uma escola, e cada etapa da vida como uma disciplina do cu rso.

Maya (ilusão ) faz o mundo material, que é um lu ga r

intere ssante pa ra nós, mas que nos mantém presos po r meio do s desejos mundanos.

Nos Vedas, Ma ya (ilusão ) é considerada como a energia e xte rna de Deus; ela é a guard iã das almas presas no mundo material.

Os Vedas nos ensinam que o caminh o do yoga ajuda a alma alcançar a liberação discip lina ndo as atividades materiais, para que o nosso Karma (a ções físicas ou mentais) possa ser purificado, nos con duzindo a Mo ksha.

Os quatro Vedas foram confiados a diferentes sáb ios para o desenvo lvimento de vária s maneiras: Rig Veda a Paila Rsi,

Sāma Veda a Jaimini, Yaju r Veda a Vaisampayana, e o Atharva Veda a Angira. Os Puranas e Itihasas foram confiados a

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Todos esses sábios eruditos, por sua ve z, confia ram esses conhecimentos a seus muitos discípu los e assim os respectivos ramos dos se guido res dos Vedas vie ram a e xistir.

O conhecimento védico, divid ido em ramos diferentes por diferentes métodos e su cessão discipula r, foi d istribu ído em todo o mundo.

Não há ramos d o conhecimento, seja mundano ou

transcendenta l, que não pertença aos Vedas originais. Os

segu idore s de V ya sa dividiram os qu atro Vedas em 1.130 ramos. O

Rig Veda foi d ividido em 21 ramos. O Yajur Veda em 100 ramos, o Sāma Veda em 1.000 ramos, e Atha rva Veda em 9 ramos.

Cada um desses ramos tem quatro subd ivisões

chamadas Sa mhita , Brah mana, A ranyaka e Upaniṣád. T odos juntos

os quatro Vedas consistem em 1.130 Sa mh itas, 1.130 B rah manas, 1.130 Aranyaka s e 1.130 Upanishad s - um total de 4.520 títu los.

Os Vedas têm seis apêndices complementares

conhecidos como o Vedangas. Um d eles é o Jyo tish Vedanga - astronomia e a strologia véd ica. Po r milhare s de ano s, muitos sábios mantive ram a trad ição da astrologia védica em u m caminho

parale lo aos Vedas. Porçõe s destes conhecimento s foram

extra ídos em vá rio s momentos e colo cados no Jyotish V edanga. Muito s sábios co mo Vashistha, Bhrgu e Garga e ram mestres da astro logia e ensinara m aos seus discípu los no

para mpa ra (suce ssão discipu lar). Ante s do in ício da atual era, Kali-Yuga, que começou em 3.102 a.C., Parasa ra Rsi o rganizou a

essência da s vá ria s escola s de astro logia véd ica do se u tempo e compilou o te xto co nhecido como o B rhad Parasara Ho ra Shastra .

Parasa ra Rsi falo u deste te xto pa ra seu d iscípulo Maitre ya Rsi, e Maitre ya o en sinou a seus discípulo s. De sta forma, os ensinamentos foram prese rvados a tra vés do s tempos.

Assim, a esco la básica de astrolo gia védica praticada na Índia é chamada a escola Parashara de astrologia. Parasha ra foi um dos últimos Rsis (grandes sábios) da e ra véd ica.

Posteriormente, vá rios outros te xto s foram compostos, os quais também são considerado s "clássico s" da astrolo gia

véd ica, como o Saravali, Ja taka Parijata, Sarva rtha

Cinta mani, e Ho rasara. Todos estes texto s se guem Parashara em

seus ensinamentos.

Vedanga (“membro s” do Veda ) são seis discip lina s

auxiliare s tradicionalmente associados com o estudo e

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Siksha é o conhecimento da fonética. Siksha lida com

pronúncia e sota que. O te xto dos Vedas é organizado em vá ria s formas ou Pathas. O Pada-pa tha dá a cada palavra sua forma separada. O Kra ma -patha conecta a pala vra em pares.

Vyakarana é a gra mática do Sânscrito. Livros da Panini

são os mais

famosos. Sem o conhecimento de Vyakarana, vo cê não pode entender os Vedas.

Chandas é a métrica para lidar com a prosódia. Nirukta é a filosofia ou etimolo gia.

Jyotisha é a astron omia e a astrologia. Ela lida com os

movimentos dos corpos cele stes, planetas, etc, e a influência destes sob re os assuntos humanos.

Kalpa é o método ou ritual. Os Srauta Sutras que

exp licam o ritua l d e sacrifícios perte ncem ao Kalpa. O Sulba, que trata das medidas que são necessárias para co loca r p ara fora a área sacrificial, ta mbém pertence ao Kalpa. Os Grihya Sutras, que dizem re speito à vida doméstica, e o s Dha rma Sutra s, que tratam de ética, costumes e leis, também pertencem ao Kalpa.

A Verda de Absoluta

As escritu ras véd icas origina is, com piladas pe lo sábio Vya sade va – os quatro Vedas e seu s comentários – a presentam um conhecimento filosófico sob re V erdade Abso luta. De aco rdo com essas escritu ras, a Ve rdade Ab soluta é uma e xistência que não só não depende de outra e xistência, como dela emanam todas as outras e xistên cias, ou ve rdades relativa s. A inda segundo a Filosofia Védica, o que é tido como ve rdade relativa, se não tiver origem na Verdade Absoluta, não e xiste. Portanto, não é ve rdade.

De acordo com os filósofos védicos Vaishnava s personalista s, a Verdade Absoluta é e terna e possui três aspectos – Brah man, Para matma e Bhagavan. O primeiro aspecto refere-se ao espírito, ou à energia impessoa l e onipenetrante da Verdade Absoluta. Que an ima a existência materia l, ou se ja, que move as ve rdades relativa s, mas não possui qu alidades mate ria is.

O segundo aspe cto refere-se à manifestação da Verdade Absoluta, na consciência individua l de toda existên cia. Como “uma outra p essoa” que o rienta e testemunha atividades.

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como o mais elevado. É a fonte de toda existência, que necessariamente p ossui inteligência e consciência.

Os personalista s identificam inte ligê ncia e consciência como indícios de personalidade. Sendo assim, a Verdade Absoluta é uma persona lid ade – já que se u terce iro aspecto manifesta inteligência e consciência – e, sendo a fonte de tudo, a Verdade

Absoluta de ve possuir as qua lidades que emana. E a

personalidade natu ralmente se ria uma delas.

Ho wa rd Resn ick, n orte-americano e d outor em Estudos Indianos pela universidade de Ha rva rd (EUA ), também conhecido

como o mestre persona lista V aishnava Hrida ya nanda Das

Goswami, e xp lica a Verdade Ab soluta a partir da obse rvação de dois aspectos do que se costuma cha mar de realidade.

Hrida yananda Da s Goswami d iz que, se gundo a Filosofia Védica, a realidade que é passa geira, ou que começa a existir em certo momento e depois deixa de existir, pode ser chamada de superficial. Quanto à realidade que sem pre existe , Hrida yananda Das Goswami diz que pode ser chamada de "ve rdade mais p rofunda".

Para e xplica r melhor, Hrida yanand a Das Goswam i conduz seu ra ciocínio usando e xemplos elementare s. Se gundo e le, embora um préd io seja passa ge iro, pode-se dize r que as leis física s que re gem a e xistência desse prédio, como as le is às qua is obedece a engenharia, têm uma existência muito mais exten sa que o próprio préd io.

Hrida yananda Da s Goswami a rgumenta, então, que, a partir do pressupo sto de que as le is fundamentais da nature za física têm uma existência muito antiga e que não mudam sempre, como a lei da gra vidade, por exemplo, ou qualquer outra lei física, pode-se d izer qu e elas são bem mais pe rmanentes que a existên cia passa ge ira de um prédio que e xista talve z há cem ou cin quenta anos. E, sem esquece r qu e as le is físicas ta mbém têm certa relatividade, Hrida yananda Da s Goswami argume nta que de vá ria s maneiras p ode-se dizer que as próp rias le is m ateria is são passage iras, embora elas sejam mais permanentes qu e os frutos de seu produto.

Ele conclui seu ra ciocín io e xp licand o que, de acordo com a Filosofia Vé dica, e xistem diferentes níve is de rea lidade. Um níve l de rea lidade é a e xistência efêmera – como um préd io – e outro n íve l é a e xistência ma is pe ren e, como as leis da nature za. Afirma que, se gun do o pensamento véd ico, uma ve rda de que é sempre verdade te m um estado, uma posição, superio r àquilo que simplesmente e xiste por um tempo passa geiro.

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véd ico a cerca da Verdade Abso luta pode ser identificado, por exemplo, no se gun do capítulo do Bha gavad-gita. Lá, K rishna diz a Arjuna que a quilo que não tem existên cia ete rna, realmente permanente, que é passage iro, no se ntido pleno da palavra, nunca alcança uma e xistê ncia completa. E re corre às pala vras d e Krishna (Bhagavad-g ita, ca p. 2, verso 16): “não há continuidade para o ine xistente”. Assim, ele argumenta que, se gundo a Filosofia Védica, o s e lementos ou o s rito s ontológico s que sempre e xistem nunca perdem sua existên cia.

Lembra, ainda, que Krishna também diz (Bhagavad-g ita, cap. 2, ve rso 16) que aqueles que ve em a verdade afirmam que a finalidade da filo sofia, ou a finalidade do conhecimento, é exatamente reconh ecer a diferença entre aqu ilo que é passage iro e aqu ilo que é pe rmanente ou eterno . Segundo Hrida ya nanda Das Goswami, para a cultu ra véd ica, em última instância, a tarefa da filosofia é de descreve r a Ve rdade Absoluta. E abso luto neste caso quer dize r uma ve rdade que é con sta ntemente ve rdade.

Aqui va le a pena registrar um comentário de

Hrida yananda Da s Goswam i sobre a exp ressão “vidente da ve rdade”. Se gundo ele, esta é uma e xp ressão muito fre quente nas escritu ras véd icas porque , de acord o com a Filo sofia Védica, a ve rdade rea lmente se pode ve r, e não simplesmente se e specula a respeito dela.

Além do fato de terem existên cia te mporária, se gundo Hrida yananda Das Goswami, as realid ades passa geiras, de acordo com o pensamento védico, possue m uma característica gera l – elas podem ser reduzidas a definições mais simple s. E essa redução che ga a ponto de se ter ao final um elemento muito diferente do elem ento original. Entretanto, de aco rd o com a Filosofia Védica, existe um e lemento permanente, etern o, que não pode ser redu zido. Trata-se, então, d a Verdade Absoluta, que não pode ser redu zid a nem pelo tempo. "Uma verdad e que é exatamente a quilo que é, e não pode ser definida de outra maneira" – afirma Hrida yananda Da s Goswami.

De aco rdo com os filósofos persona listas Vaishna vas, a Verdade Absoluta seria incompleta sem personalidade. Satsvarupa Dasa Goswami, em seu livro Introdução à filo sofia véd ica (Bhaktivedanta Bo ok Trust, 1994 ) e xp lica que o Ved anta-sutra propõe: "Pergunte mos a respeito da Verdade Absoluta ". E, ainda segundo Satsvaru pa Dasa Goswa mi, o Vedanta-su tra, então, define assim a

Verdade Abso luta: "A Verdade Abso luta é a quela da qual tudo emana".

Portanto, os filósofos personalista s deduzem que a Verdade Absoluta, a fonte de toda a va riedade cósm ica (os sere s

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vivo s, os planetas, o espaço, o tempo e assim por dia nte), de ve também possuir as qualidades que emana. Uma de tais qualidades, naturalmente, é a personalidade. Isto é, a Verdade Absoluta de ve

possuir todas a s qualidades de suas pa rtes. Assim, o s

personalista s ace itam os trê s aspectos Brah man, Pa ra matma e

Bhagavan.

O filósofo indiano personalista A. C. Bhaktivedanta S wami, na introdução da tradução co mentada, do Sânscrito para o

Inglês, que fez do Purana véd ico S rimad-B hagavata m

(Bhaktivedanta Book Trust, 1989), diz que, de aco rdo com a Filosofia Védica, o s conce itos de Deu s e de Ve rdade Ab soluta não estão no mesmo níve l. Se gundo ele, o conceito de Deus indica 'o contro lador'. Ao p asso que o conce ito de Verdade Abso luta indica 'a fonte última de todas as energias'.

O S wami e xp lica que, de acordo com o Bhagavad-gita, qualque r “controla dor” que tenha algum pode r e xtraordiná rio específico é cha mado de “controlador dotado de poder pela Verdade Absoluta ”. Ele d iz que n a cultu ra véd ica há muitos deuses com poderes específicos dive rso s, mas ratifica que a Verdade Absoluta é única e incomparáve l.

Também argumenta que o S rimad -Bh agavata m de signa a Verdade Absoluta como “fonte última de todas as energias”. Mais

detalhadamente, ele e xplica que os deuses vé dicos, ou

“controlado res”, sã o pessoas, mas eles obtêm poderes de controle da Verdade Absoluta ou Pessoa Suprema. Ainda segundo o S wami, a Pessoa Suprema é a supre ma personalidade consciente , e, porque não recebe nenhum poder de nenhuma outra fonte, possui a suprema independência.

Esta Persona lidad e Suprema sabe de tudo direta e indiretamente, diz ele. As pessoas individua is, que são partes inte grantes da Pe rsonalidade Sup rema, talve z saiba m direta e indiretamente tudo a respeito de seus próprio s corpos ou caracte rística s e xternas. Ma s a Personalidade Suprema sabe tudo sobre Seus a spectos e xterno e inte rn o.

“A fonte original de todas as ene rgias é a Ve rdade Absoluta. Este fato é expre sso em todos os texto s véd icos” – afirma o filósofo. Esta Ve rdade A bsoluta é lo gicamente aceita como a Pessoa Suprema porque é co nsciente de todas as coisas passadas, p resentes e futuras, e ta mbém de cada uma de Suas manifestações, tanto materia is, quanto espiritua is.

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Sobre a alma

De aco rdo com as escritu ras véd icas a alma é descrita da segu inte forma:

Svetasvata ra Upan ishad (5.9 )

“Quando a ponta superio r de um fio d e cabelo é d ivid ida em cem partes e n ovamente cada uma de tais parte s é ainda dividida em cem partes, cada uma de tais partes é medida da dimensão da alma espiritual”

Srimad Bhagavata m (10.87.26 )

“E xistem inumerá veis partícu las de á tomos espiritua is, que são medidas como uma décima milésima parte da porção supe rio r de um fio de cabelo”

Mundaka Upan isad (3.1.9)

“A alma é atômica em tamanho e pode ser percebida pela inte ligência pe rfeita.

Esta alma atômica flutua nos cinco tipos de are s (prana, apana, vya ma, samana e udana), está situada dentro do co ração e espalha sua influencia por todo o corpo das entidad es vivas co rporificadas por meio da consciên cia.

Quando a alma se purifica da con taminação materia l sua influência e spiritual se e xibe”

No Bhaga vad Gita o Senhor Krishna descre ve a alma espiritua l com mais detalhes no cap ítulo 2:

“Assim como uma pessoa se veste com roupas no vas, dispensando as ve lhas, de forma sim ila r a alma ace ita novo s co rpos mate ria is, d ispensando os velhos inúte is.” “Esta a lma individ ual é irromp íve l e insolú vel, e não pode nem ser qu eimada nem seca. É eterna, todo -penetrante, imutá vel, imó ve l e ete rnamente a mesma.” “A alma nunca pode ser cortada em pedaços por nenhuma arma, nem pode ser queima da pelo fogo, nem umedecida pela á gua, nem seca pelo vento.”

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“Como a alma corp orificada passa con tinuamente, neste corpo, da infância à juventude e à ve lhice, da mesma forma a alma passa a um outro co rpo depois da morte.” “Está d ito que a alma é ind ivisíve l, inconceb ível, imutá vel e inalte rá ve l.”

“Algun s conside ram a alma como algo espantoso, algun s a descre vem como algo e spantoso, e alguns ouvem falar dela como algo esp antoso, en quanto outros, mesmo depois de ter ou vid o sobre ela, não podem compreendê-la em abso luto.”

Sobre o Ka rma

A pala vra karma em Sânscrito significa a ção ou atividade e se refere aos resultado s das interações entre a alma espiritua l e co rpo material.

A lei do ka rma sustenta o proce sso de transmigração da alma.

A respon sabilidad e da alma individ ual repou sa sob re sua capacidade de livre escolha. E ste arbítrio é e xercido apenas na forma humana. Enquanto em e sp écies inferio res, o atman não toma decisões mo rais, mas em ve z disso é vincu lado por instinto.

Portanto, apesa r d e todas as e spécie s de vida esta rem sujeita s às reaçõe s de atividades p assadas, o karma é gerado apenas enquanto n a forma humana. A vida humana por si só é uma vida de responsab ilidade.

O Bhagavad-gita classifica o ka rma em três tipo s de ações humanas: (1) Karma : ações qu e elevam, (2 ) Vikarma: ações que de gradam e (3) Aka rma: a ções que libe rtam, nem boas nem más.

O karma tem trê s fases de manifestação:

1. Sanchita – obra s acumuladas ad quiridas na vida

passada que refle tem no caráte r e personalidade da pessoa, capacidad es e limitações;

2. Prarabdha – obra s em frutificação responsá veis

pelas circunstância s atuais vividas no presente; o fruto maduro para colhe r é uma única e xp eriência - o yoga pode esgotá -lo;

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3. Kriyamana – ob ra s semeadas, atua is, a frutifica r;

é o karma em produção no presente, para frutificar no futuro.

A rela ção globa l das três fases do karma pode se r exp licada pela ana logia de Bo wman.

As flechas na alja va do arque iro são o Sanchita, obra s acumuladas.

O arque iro atira u ma flecha, que, por sua ve z, não pode ser recuperada é o Prarabdha, ob ras frutificadas.

O arqueiro e stá prestes a atira r outra flecha – o

Kriya mana – ob ras atuais, cu jos resu ltados podem ser alterados.

O caminho do Yoga (*)

No pro gresso do ser vivo rumo à p erfeição do Yoga, nascer em uma família de yogis é um grande benefício. É um estímulo especia l. Entretanto, como consta no Bhagavad-gita, quando o yogi se empenha com sinceridade, e m avanço progressivo, p rocu rando se limpa r de suas contam inaçõ es, depois de muitos e muitos nascimentos de prática, ele alcança a meta suprema.

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Ou seja, quando finalmente fica livre de todas as contaminações, o yogi atin ge a perf eição do Yoga – a absorção total em Deus. Depois de mu itas vidas e xecutando atividades piedosas, quando se livra de todas as identificaçõe s que surgem das dualidades ilu sórias, ele se ocupa no serviço transce ndental a Deus.

Confirma o Bhagavad-gita que, d epois de muitos nascimentos e mo rtes, quem estive r realmente em co nhecimento se rende a Deus. Reconhecendo-O co mo causa de todas as causas e de tudo que e xiste. E essa grande alma é muito rara (B g. 7.19 ).

Diz ainda o Bhag avad-gita que, de todos o s yog is, aquele que semp re permanece com grande fé em Deus, adorando-O em serviço amoroso tran scendental, está intimamente unido a Ele em Yoga. E é o mais ele vado de todos (B g. 6.47 ).

Portanto, a culmin ação do Yoga está em Bhakti-yoga, a rendição ao serviço devocional a De us. Na ve rdade, as descrições dos estágios de Yoga no Bhagavad-gita concluem que De us é o fim último de todos o s sistemas de Yo ga.

Desde o princípio de Karma-yoga ao fim de

Bhakti-yoga, há um lon go caminho até a autorrea lização. K arma -Bhakti-yoga,

sem resultados fruitivos, é o começo d este caminho.

De fato, Bhakti-yoga é a última meta, mas, para analisá -la minucio samente, é nece ssário entende r os outro s processos. Quando Karma-yoga conduz ao conhecimento e à renúncia, o está gio se guinte pa ssa a ser Jnana-yoga, ou yoga de conhecimento. Qu ando, por meio de processo s físico s dive rsos,

Jnana-yoga condu z à meditação em Deus, e a mente se fixa ne le,

passa-se a Astang a-yoga. E, quando se ultrapa ssa Asta nga-yoga e se começa a ado ra r Deu s, então essa é a fase de Bhakti-Yoga – a culminação.

O yogi que pro grid e nos sistemas de Yoga está, então, no verdade iro ca minho da boa fortuna eterna. Porém, quem permanece em um estágio particu lar, e não pro grid e mais, é chamado por um n ome em particu lar, como karma-yogi, jnana-yogi,

dhyana-yog i, ra ja -yogi, hatha -yogi etc. Se alguém é afortunado o

bastante para ch egar à fase de Bhakti-Yoga, ente nde-se que ultrapassou todos os outros sistemas de Yoga.

Bhakti-Yoga é o último elo na cade ia do Yoga que une à

Pessoa Sup rema, Deus. Sem este elo final, a cadeia é praticamente inútil. Quem estive r ve rdadeiramente interessado na perfeição do pro ce sso de Yoga de ve fazer serviço a Deus, para ultrapassar todos os outros sistemas e atin gir a ú ltim a meta do

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18 A.C. Bhaktivedanta S wami

Tradução e edição Vanavihari De vi Da si

(*) Te xto e xtra ído livro The perfe ction of Yoga. Ed ito ra Bhaktivedanta Boo k Trust.

Etapas de desenvolvimento

Karma Y oga - Açã o.

Jnana Yoga - Cu ltivo de conhecime nto a respe ito da

ve rdade última.

Asta nga Yoga - Processo óctup lo:

1. Ya ma [cód igos morais];

2. Niya ma [pu rifica çã o e estudo]; 3. Asana [postura ];

4. Pranaya ma [controle da resp iração]; 5. Pratyaha ra [controle dos sentido s]; 6. Dharana [concentração];

7. Dhyana [meditação ]; 8. Sa madhi [contemplação].

A prática de Niya ma, Ya ma, Asa na e Pranaya ma conduz automaticamente a Pratyahara, Dharana, Dhyana e

Sa madhi.

Bhak ti Y oga - Atividade s vo ltadas diretamente pa ra

satisfação da Personalidade Absolu ta de Deus, sem motivações particula res.

Estabelece r-se em Yoga diminui considera velmente as influências do Ka rma, e esta é considerada a melhor m edida para redu zir as aflições da vida.

Alguns princípios e conceitos do Yoga para o bem-viver

Ahimsa – Não violên cia, não prejudica r nenhuma

entidade viva.

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Asteya – Honestid ade, não roubar.

Brahmac harya – Celibato, controle dos sentidos e

estudo dos te xto s sagrados.

Sucha – Limpe za e xte rna e interna.

Tapas – Austerid ades: aceita r inconven ientes pelo

crescimento esp iritual.

História da As trologia Védica

A Astrolo gia Védica faz parte da seção Vedanga dos

Vedas. Os Vedas constituem o conhecimento original m anifesto no

in ício da cria ção do Unive rso. Ele s apresentam a Verdade Absoluta como fonte de toda a criação. Vedang a é a parte do conhecimento véd ico ap licado à realidade material, as ciên cias materia is.

Chamada Jyotish, que significa conh ecimento da lu z, a Astro lo gia Védica é considerada como o conhecimento mais importante na esfera material. Rep resenta os olhos de Deus.

De acordo com a Filosofia Védica , a combinação da alma espiritua l co m a nature za materia l produ z ação (Karma ).

Kala, o tempo, manifesta o resultado dessa ação. A astrolo gia é o

instrumento por me io do qual é po ssível observar a ação no tempo, pois este se mede segundo o mo vimento dos astros.

Sua origem se perde na noite dos tempos, como dizem as lendas. Fo i apresentada há milênios, pe la primeira ve z à sociedade humana, pelos sábio s B righ u e Para shara Mun is, filho e

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bisneto do Senho r Brah ma – o criador secundá rio d o sistema planetário material – persona gens nob res do panteão véd ico.

Desde então, a A stro lo gia Véd ica tem chegado aos tempos atuais de forma intacta, por meio do processo de sucessão discipula r. E ste ainda existente em e scolas filosófica s tradicionais da cultu ra védica.

É uma das ciências materiais mais famosas da

antiguidade, po r sua precisão em combinar Matemática,

Astronomia, Filo so fia e Mitologia. S empre foi um conhecimento utilizado por grandes sábios e mestre s do passado e do presente. Pois, tem-se re velado importante instrumento de observa ção das reações das ativida des humanas ao lo ngo do tempo.

Conforme a Lei d o Karma , ou de causa e efeito, os acontecimentos p resentes são resu ltados de atitude s o u atividades do passado. Os astros side rais repre sentam esses acontecimentos. Na verdade, os astros são re sponsá ve is pelo desen vo lvimento e pela administraçã o do cosmos materia l. Assim como o Sol é responsá ve l pe lo fornecimento de lu z, calo r, ene rgia, vitalidade e conhecimento.

Todos os astro s do sistema planetário sola r ocupam funções importante s na organização u niversal. Influencia m física e psico lo gicamente o s seres vivo s. De acordo com o conhecimento véd ico, os a stro s são p resididos p or d ivindade s que possuem caracte rística s pe ssoais. Por meio delas, os se res humanos desenvo lvem aspe ctos específicos de comportamento.

A ciência Astroló gica obse rva a inte ração dos a stro s com os signos, casas e conste laçõ es estela res. Os astros são comparados a ministros do go ve rno universa l, re spon sá veis po r atividades específicas no desen vo lvimento do Unive rso . Além de influencia r elemen tos grosseiros, como água, terra, fogo, a r e espaço, eles também agem no campo da energia sutil e influenciam a mente e a inteligência d os sere s vivos.

Os signos são considerado s loca lizações no espaço. Servem de residê ncias para os pla netas, de acordo com seus movimentos side rais. Influenciam o humor de cada astro, conforme a nature za de cada signo.

As casa s repre se ntam os campos de atividades do s seres vivos, como saúde, traba lho , rela cionamentos etc. São estabelecidas de a cordo com os sign os e distribuem -se em doze, determinadas pe lo momento do nascimento.

As conste lações são divisões dos signos que

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da Lua. Demonstram o caráte r individual de cada pessoa. O que facilita a s pre visõe s de possíve is a co ntecimentos.

Por meio de um mapa levantado a partir de cálculo s matemáticos en volvendo data, horá rio, latitude e longitude da localidade de nascimento, podem-se observa r as influências dos astros nas casas do mapa natal, que rep resentam os vá rios campos de atuação do ser humano. Os signos e planetas combinados mostra m o humor do desenvo lvimento de cad a casa.

A Astro logia Vé dica facilita a descoberta da s

potencialidades e limita ções d o indivíduo. P ermite o

autoconhecimento e a busca do equilíbrio físico, mental e emocional, po r me io de várias técnicas e d isciplinas. Também é utilizada pa ra observa r as influência s dos astros no s momentos presente, pa ssado e futuro. Isso possibilita a a ção, de a cordo com as circun stância s. Ajuda a e vitar de sapontamentos e a indica r o momento mais pro pício pa ra atividad es profissionais, econômicas e afetivas.

Ramos da As trologia Védica

Astro lo gia Véd ica possui uma série de divisões, cuja origem remete à menção do sábio Maitre ya, que indica os três principais ramos d a astro lo gia: Hora, Ganita e Sa mh ita.

Os sábio s cla ssificaram a grande ciê ncia da astrolo gia em seis Vedangas, que são o s se gu in tes:

Gola: é astronom ia esférica, resu lta nte da forma

esférica dos plane tas e seus movim entos em torno de seus eixo s e ó rbita s;

Ganita: são os cálculos matemáticos relacionados

aos movimentos e as posições dos planetas no zod íaco; possui ferramenta s de diagnó stico matemático para analisa r os resu lta dos de Gola;

Jataka: é a astrologia natal, ou aná lise do mapa

de nascimento, qu e inclui todas as re gras gera is de leitu ra de horó scop o;

Prasna: que responde a perguntas específicas com ba se no tempo ou análise de gráficos erguidos pa ra o momento em que se apresenta uma pergun ta para o a strólo go;

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Muhurta: é a aná lise dos momentos favo rá ve is e

desfavorá ve is para começa r qu alque r atividade

específica;

Nimitta: é a leitura de pre ssá gios, sinais no

comportamento dos seres huma nos, animais e

fenômenos naturais.

A Astrolo gia Védica é uma escola de tradição lunar que emprega a ve rsão das casas luna res chamadas narksh atras. E las são usadas para delinear o mapa natal e o desenvo lvimento cronoló gico pe ssoa l.

A Astrolo gia Védica foca no desenvolvimento do karma, que e qu iva le aos créd itos e débitos acumulados em vidas passadas.

Existem muita s outras subdivisõe s da Astrolo gia Védica, como a astrolo gia médica, a astrolo gia mundial, e assim por diante.

Dife rença entre os sistemas Tropical e Sideral de As trologia

Na Astro lo gia V édica, e xiste u ma diferença de

apro ximadamente 24 graus, chamada Ayana msa , nas posiçõe s planetárias, em re lação às po sições dos astros nas efemérides do sistema tropical.

O Ayana msa é u m ciclo que dura 25.800 anos para completar sua ó rbita so lar de 360 graus, sendo este um ponto imaginário no zo díaco, como resultado do movimento dos equinó cio s na Terra, de apro ximadamente 48 segundo s por ano, tendo deslocado 24 graus e 03 minuto s em 1.724 anos, a té 2014.

De acordo com o ano de nascimento, tal diferença de ve ser dedu zida para o sistema véd ico, assim encontrando a posição real dos planetas n o zod ía co na hora de nascimento.

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Precessão dos e quinócios

A precessão dos equinó cio s é lite ra lmente um círculo imaginário, riscad o na esfera cele ste pela p roje ção do eixo de rotação te rre stre.

Esse risco, que há milênio s vem sen do acompanhado, se chama precess ão, é um movime nto para trás em relação ao avan ço do ponto ve rnal do e quador celeste, tomando -se como referência o ciclo a nual do sol.

O movimento retró grado co loca os eixos no rte e sul apontados para diferentes pontos, o cupados ou não por estrela s, no correr do círcu lo completo que du ra ce rca de 25.800 anos, ao fim do qual o eixo norte ou sul apontará para a mesma região eventua lmente coincidente (ou não) com uma estrela d enominada polar.

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24

De vido a este movimento, o equinócio (data em que o dia e noite têm a mesma duração) d e prima ve ra passa a acontecer com a entrada do Sol em diferentes constelaçõe s da e clíptica. A este fenômeno se deu o nome de precessão dos e quinócios.

O termo se refere ao movimento do eixo no lon go

pra zo, os mo vimentos de curto pra zo são estudados

como nutação (18,6 anos de ciclo ) e movimento do pó lo.

A inclinação do e ixo da Terra permite que se forme este sistema, este lon go ciclo, que pode ser observado pelo s cientistas a partir da posição do sol no d ia 21 d e março. Esta po sição vai te r como fundo o céu e as estrelas de se nhando as constela ções.

No inicio deste s éculo 21, essa posição do sol tem como fundo a fronteira e ntre a c onstelação de peix es e a de aquário. A cada 2.150 anos em média, esta posição do sol vai te r como fundo outra constelação , formando assim as cha madas eras astrológicas.

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Os Astros e s uas influências no comportamento huma no

A Astrolo gia Védica conside ra a in fluência de nove principais graha s (planetas):

Planeta Nome Sol Surya Lua Chandra Marte Mangal Mercúrio Budha Júpiter Brihaspati Vênus Shukra Saturno Shani

Rahu Cabeça do Dragão Ketu Cauda do Dragão

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Natureza dos as tros por Ad wa ita Chand ra Da s

Surya – Sol

Também chamado de Surya, é considerado a alma do Kala Purusha - ‘o ser do te mpo’. É maléfico porque seu intenso calo r coloca em combustão todos os planeta s que estive rem a meno s de o ito graus d e seus

raios. Entretan to, sua influência é

favorá ve l, e é chamado de Atma Karaka, o indicado r da alma, e também Pitru Karaka, o indicado r do pa i ou coisas re lativas a ele. O Sol está rela cio nado ao olho direito, nos homens, e, esque rdo, nas mulheres. Atua sobre o co ração, fígado, pulmões, cérebro, nervos e ossos. Propo rciona vita lidade, resistência, imunid ade, poder de von tade,

prosperidade, co mpreensão do mundo

fenomenal e da me dicina, sabedo ria, fama,

reconhecimento, além de sucesso e

rique za. Cobre, ouro, amendoim, coco, flores vermelha s e sândalo ve rmelho estão relacionados ao So l.

Quando não está bem situado no mapa natal, o Sol produ z pessimismo, triste za, b riga s, humilh ação, pobre za, eleva ção ou queda da pre ssão sangu ínea e indige stão. Fa vo rece, a inda, febre, diabetes, hemorra gias, e rupções no rosto, distúrb ios biliares, e problemas mentais causados por pensamentos em excesso e outros malefício s.

Os efeitos negativo s do Sol são alterados quand o recebem influências favo rá veis de Júpiter, Lua e Vênus. Ou, quando ele está posicionado n as casa s 3, 6,10, e 11. Na ca sa 10 é melhor. Segundo a Gemoterapia, re comenda-se o uso do rub i, granada e quartzo rosa pa ra harmoniza r o Sol.

Informações gerais Exa ltação: Á ries. Debilita ção: Lib ra. Signo: Leão.

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Pedras: rubi, grana da, turmalina ro sa e qua rtzo rosa. Mantra: Om Shiri Surya Na mah

Chandra – Lua

Conhecido també m como Chandra , é

conside rado um planeta benéfico.

Gove rna o eleme nto água e re ge as marés, o reino vegetal e as plantas medicinais. Seu principio é feminino, representando a mãe e a ene rgia

criadora. A ge no campo mental,

influenciando pensamentos, emoções e sensações, memória, visão e seio s. Proporciona pa z d e espírito, bem-estar,

rique za, sorte, inspiração,

determinação, intuição, bom go sto,

ju ventude, amor a poesia, belas artes, música e joia s. Quando aflita ou mal aspe ctada, dificu lta o sucesso, pro voca resfriados, tosse, febre, prob lemas nos o lhos, in sanidade, pa ralisia , epilepsia,

bronqu ite, neurose e outro s ma lefícios, tornando a vida

desconfortá vel.

Líqu idos, le ite, ce reais, a prata e a pérola estão relacio nados com a Lua.

A Gemoterapia recomenda o uso de pérola, pedra da lua e crista l para harmoniza r a Lua. Práticas d o tantra e do mantra yoga também têm contribuído muito no de sen volvimento de tratamentos para e quilib rar a Lua.

Informações gerais Exa ltação: Touro.

Debilita ção: Esco rp ião. Signo: Cânce r.

Cor: p rata, a zu l cla ro. Dia: se gunda-feira.

Pedras: pé rola, pe dra da lua e qua rtzo branco. Mantra: Om Shiri Chandra Namah

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Manga l – Ma rte

Também chamado de Magala, Kuja é conside rado maléfico, po r possuir u ma nature za a rdente. É person ificado co mo o deus da guerra . A medula óssea , o sangue, e o sistema muscular estão relacionados a Ma rte.

Gove rna co ragem, bra vu ra,

autoconfiança, vigo r, e força física.

Proporciona o rdem, organ ização,

determinação, capacidade

administrativa, ob jetividade e esp írito

independente. Também concede

habilidade técnica e mecânica,

desenvo lvendo inclina ções pa ra as

atividades de pro je tistas, ciru rgiõe s e construto res.

Quando aflito ou mal posicionado, Ma rte causa p roblemas, inclinando o indivíduo à vio lência, a gressividade, impulsividade e falta de sensib ilida de. Dificu lta os re lacionamentos, p rin cipalmente o conjuga l. Causa distú rbios no san gue e na bílis. Fa vorece cortes,

ferimentos, choques elétricos, ferimentos com armas,

queimadu ras, contusões, ra iva, ód io , hemorroida s, pe rturba ções mentais, ciru rgia s e doenças de estômago, na riz, pulmões e ouvidos. Tira amb ição, motivação e determinação do indivíduo pro vocando tendên cias pa ra pre gu iça e inatividade, e to rna difícil o sucesso na vida.

Quando está situa do nas casas 3, 4, 6, 10 e 11, seus efeitos maléficos são amenizados. Se gundo a Gemoterapia, re comenda-se o uso do co ral e ja spe de san gue, para harmoniza r Ma rte. Práticas do tantra e do mantra yoga têm contribu ído muito no desenvo lvimento d e tratamentos para equ ilibra r o astro.

Informações gerais Exa ltação: Cap ricó rnio. Debilita ção: Cânce r. Signo: Áries e E scorpião

Cor: Todos os tons do ve rmelho. Dia: te rça -feira.

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29 Mantra: Om Shiri Manga l Nama h

Budha – Mercúrio

Também conhecido como Budha,

Mercúrio é considerado um planeta benéfico. Ele é filho da Lua com a

esposa de Júp iter. Possui uma

nature za dua l, incon stante e

superficia l. Go verna inteligência,

educação, comércio e comunicação .

Proporciona desenvo lvimento dos

afazeres lite rários, conhecimento de astro logia e matemática.

Forta lece a autoconfiança,

concedendo in dependência e

habilidade para falar. O siste ma

nervoso, pulmões, intestinos, as erva s manjericão e hortelã, e as gemas esmera lda , água marinha e turmalina verde estão relacionados a Me rcúrio .

Quando aflito ou mal posicionado, Mercúrio produ z d eficiência de ácidos dige stivos, asma, inqu ietaçã o, problemas ren ais, medo,

neurose, lou cura, inse gurança , nervosismo e tendência a

dubiedade. A Gem oterapia recomend a o uso da esmeralda para harmoniza r Me rcú rio. Prática s do tantra e do mantra yoga têm contribu ído muito no desen vo lvimento de tratame ntos para equilibra r o planeta Mercúrio.

Informações gerais Exa ltação: Gêmeos. Debilita ção: Peixes.

Signos: Gêmeos e Virgem. Cor: verde.

Dia: qua rta -feira.

Pedras: esme ralda, água marinha e tu rmalina verde. Mantra: Om Shiri Buddha Namah.

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30

Brihas pati – Júpiter

Conhecido também como Brihaspati,

Júpite r é con siderado um plan eta

benéfico. Na verd ade, ele é o mestre dos semideuses.

Rege re ligião, filosofia e espiritualida de. Proporciona rique za, boa so rte, b oa reputação, fama, sucesso, hon ra e b om relacionamento co m os filhos, além de

determinar o relacionamento e o

casamento para o sexo feminino. O fígado, a circu la ção do sangue, a go rdura no organismo, a safira amarela, os metais ou ro e bron ze, os ce reais trigo e ce vada, a s flores e as frutas amarelas estão re lacionados com Júp iter.

Quando aflito ou mal posicionado, produ z artrite, icterícia, males do fígado doenças da fleuma, tuberculo se e distúrbio s do pâncreas. Pode d ificultar o p ro gresso espiritua l e a p ro criação ou relação com os filh os.

A Gemoterapia recomenda o uso da safira amare la, topá zio amarelo e citrino p ara harmoniza r Jú piter. P ráticas do tantra e do

mantra yoga têm contribu ído muito no desen volvimento de

tratamentos para e quilibra r o planeta Júpite r. Informações gerais

Exa ltação: Cânce r.

Debilita ção: Cap ricórnio. Signos: Sa gitário e Peixes. Cor: ama relo.

Dia: qu inta-feira.

Pedra: safira ama rela, topá zio amarelo e citrino. Mantra: Om Shiri Brihas pati Nama h.

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Sukra – Vênus

Conhecido também como Shukra ou

Shukracha rya, Vênus é considerado um

planeta benéfico. Gove rna as qualida des refinadas, romance , bele za, casamento,

paixão questõe s amorosas, riqu eza,

lu xo, prospe ridade, música, arte, dança,

teatro, e o quarto de dormir.

Proporciona conhecimentos de ciên cias

ocultas, a lquim ia, tan tra,

encantamentos, mantras e medicina, além de valo res por ele re gido s. O

sistema reprodutor, a ga rganta, o

queixo, a face, as frutas e as flo res brancas, o arro z, o algodão, a prata e a seda, estão relacio nado a Vênus.

Quando aflito ou mal posiciona do, produ z prob lemas no

casamento, doenças no aparelho re produtor, insuficiê ncia rena l, quistos, in chaço dos órgãos in ternos, anemia, co mplicaçõe s causadas por abu so se xual, este rilidade e baixa auto estima. De acordo com a Gemoterapia, recomenda-se o uso do diamante para harmoniza r Vênus. Prática s do tan tra e do mantra yoga têm contribu ído muito no desen vo lvimento de tratame ntos para equilibra r o planeta Vênus.

Informações gerais Exa ltação: Pe ixe s. Debilita ção: Virge m. Signos: Touro e L ibra. Cor: b ranco.

Dia: se xta -feira.

Pedras: d iamante, topázio b ranco e crista l. Mantra: Om Shiri Shukra Namah.

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32

Shani – Sa turno

Conhecido também como

Shanaishc haraya ou Shani, Saturno é

conside rado um planeta maléfico. Rege a longe vidade, o transporte, as p risões, os monges, e remitas, a madeira , o ferro, o ge rgelim, o feijão pre to, o sal, e os assistentes so ciais. Quando be m

posicionado, p roporciona sabedoria,

inte gridade, esp iritualidade, fama,

paciência, capacidade de lideran ça, autoridade, vida longa, capacidade de organiza ção, sin ce ridade, honestidad e, amor a justiça, de sapego e ascetismo. As unhas, cabelo s, dentes, o ssos e o sistema nervoso também se relacionam a Saturno. Ele é responsá ve l por uma química no corpo na qual predomina o elemento ar. Tanto a paralisia, quanto o reumatismo e a neurose estão ligado s a distúrbios de ga ses do corpo.

Quando aflito ou mal posicionado, Saturno produ z hu milhações, ações judicia is, prisõe s, medo de roubos, culpa, inimizade, pessimismo, en velhecimento preco ce , tormentos, triste za, atraso nos acontecimento s, obstácu los, de sapontamentos, desarmonia,

discussões, dep ressão, dificu ldad es, desânimo, indisciplina,

irresponsab ilidade, solidão, vícios e destru ição. Po de causa r doenças nos ou vidos, su rde z, mutismo, ansiedade, asma e insanidade.

A Gemoterapia recomenda o uso de safira a zul, ametista e lápis-la zúli, pa ra ha rmo nizar Satu rno. P rá ticas do tantra e do mantra

yoga têm contribu ído muito no desenvo lvimento de tratamentos

para e quilib rar o planeta Saturno. Informações gerais

Exa ltação: L ib ra. Debilita ção: Áries.

Signos: Capricó rnio e Aquá rio. Cor: p reto.

Dia: sábado.

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33 Mantra: Om Shiri Shani Namah.

Rahu – Ca beça do Dra gão

Pouco conhecido no Ocidente, esse

astro a ge de maneira sutil. É

conhecido como Nódulo Lunar Norte , ou Cabeça do Dra gão.

Os te xtos véd icos descre vem Rahu como um astro maléfico causador do eclip se sola r. Possui influência sobre ossos, gordu ra e pele. O ferro, espelhos, espadas, e os objetos a zuis estão re lacionado s com ele.

Sua influência é semelhante à de Saturno. Ele re ge o s pés e os instintos animale scos do indivíduo, forçando-o agir de forma

descontro lada em busca de satisfação material. Atua no

inconsciente. P rod uz efeitos maligno s de difíce is so luções como assassinatos, doe nças incu rá ve is, roubos, medos, moléstias,

aprisionamentos e acontecimentos inesperados. A niqu ila a

capacidade de ju lgamento do indivídu o. Pro voca leta rgia , pre guiça,

insensibilidade e ego ísmo. Costuma destruir o s assuntos

relacionados a casa que ocupa, influenciando também o re gente da casa. Quando bem posicionado, confere poder e sucesso na política, fama, dinheiro e be le za física. Se for asp ectado por Júpite r ou Vênus, proporciona acesso ao conhecimento secreto e ao tantra, dando h abilidade para p intura.

Embora conceda algun s benefícios, esses não du ra m muito. Segundo a Gemoterapia, recomenda -se o uso da he ssonita, para harmoniza r Ra hu. Práticas do tantra e do mantra yoga têm contribu ído muito no desen vo lvimento de tratame ntos para equilibra r o planeta Rahu. No rmalmente atua de maneira maléfica, quando situado nas casas 3,6,1 0 e 11 produz resultados favorá ve is.

Informações gerais

Exa ltação: Gêmeos, segundo a lguns a stró lo gos, Touro.

Debilita ção: Esco rp ião; Sa gitá rio , se gu ndo algun s astrólo gos. Signos: Apesa r de não rege r nenhum, tem influência sobre o signo de Virgem.

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34 Dia: qua rta e se xta -feira.

Pedra: hesson ita o u gomeda. Mantra: Om Shiri Rahu Nama h.

Ketu – Ca uda do Dragã o

Também pouco conhecido, como sua

contra -parte Rahu, Ketu é obse rvado

como Nódulo Sul da Lua ou Cauda do Dra gão. Sua influ ência é maléfica, mas não tão intensa co mo a de Rahu.

Porque indica iluminação por meio de seus

efeitos, Ketu con cede tendências

espiritua is, ascetismo e desapego. Ou torga

conhecimento espiritua l, sabe doria,

autoconhecimento e habilidades psíqu icas. Proporciona eficácia na arte da cura, da medicina natura l, aplicação de ervas, tratamentos tântricos e poder de passar despercebido. Rege a so la dos pés, os te cid os pretos e verd es escu ros, bande iras, ouro, ferro, armas e inca pacitados.

Quando mal posicionado ou aflito, produ z prisõe s, acidentes, medo, ansiedade, lepra, doenças de pele e fome. Causa pesadelos, do r na s articu lações e n ervos, e indu z participação em conspira ções.

A Gemoterapia re comenda o uso da pedra olho -de-gato ou

olho-de-tigre para h armoniza r Ketu. P ráticas de Yoga também

contribuem para e quilibra r o P laneta. Informações gerais

Amigos: Me rcú rio , Vênus, Saturno. Inimigos: So l, Lua e Marte.

Exa ltação: E sco rpião; Sagitário, se gu ndo algun s astrólo gos. Debilita ção: Touro; Gêmeos, se gundo algun s astrólo go s.

Signos: Apesa r de não rege r nenhum, tem influência sobre o signo de Peixes.

(35)

35 Dia: qua rta -feira e se xta-feira.

Pedra: olho -de-gato, olho-de -tigre e turquesa. Metal: liga dos cinco metais.

Mantra: Om Shiri Ketu Nama h.

Amiza des pla netá rias

Na Astro lo gia Védica, os prin cipais tipos de

relacionamentos entre os astros são: amizade, in imizade e neutralidade. Os relacioname ntos são importantes para se compree nder a nature za e os efeitos das influencias astrológicas.

Os astro s são be m recebidos nos signos dos planetas amigos e inse gu ros nos signos do s inim igo s, não a fetados da mesma maneira quando exa ltados o u debilitados. Co njunções e aspectos de planetas amigos em sign os de amigos ben eficiam os assuntos da ca sa e m que estão situad os.

Conjunç ões e aspectos de planetas inimigos distorcem os assuntos relacionados à casa aspectada .

Quando debilitado e em conjunç ão com pla neta exaltado, um planeta perde a debilitação. Para efeito de pre visões é esse ncial considera r e stes fatores, pois ajudam a medir as tendência s positiva s e ne gativa s.

Planetas em seu p róprio signo opera m poderosamente, produ zindo muitos bons resultados. Exce lente efeito quando exa ltado, oco rren do o in ve rso quando ocupa o signo de debilitação, p rodu zindo algumas miséria s, a menos que este ja muito bem aspectado, ou em Neechabanga (cance lamento da debilitação). Também qualque r p laneta situado entre dois planeta s maléficos torna-se aflito, prejudicand o os assuntos das casas que re ge.

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36

Tabela de relacionamentos pla netários

Planeta Amigo de Neutro com Inimigo de

Sol Lua, Marte e Júpiter Mercúrio Saturno, Vênus, Rahu

e Ketu

Lua Sol, Marte e Júpiter Vênus e Mercúrio Rahu, Ketu e Saturno

Marte Sol, Lua e Júpiter Vênus e Saturno Mercúrio, Rahu e Ketu

Júpiter Sol, Lua e Marte Saturno, Rahu e

Ketu

Mercúrio e Vênus

Mercúrio Vênus e Saturno,

Rahu e Ketu

Sol, Marte e Júpiter

Lua

Vênus Mercúrio e Saturno Júpiter, Marte,

Rahu e Ketu

Sol e Lua

Saturno Mercúrio e Vênus Júpiter, Rahu e

Ketu

Sol, Lua e Marte

Rahu / Ketu Mercúrio Vênus, Saturno e Júpiter

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Poder dos plane ta s

É importante memoriza r a força dos planetas, conforme a tabela abaixo, para poder analisa r um horó scopo.

Na Astro logia Véd ica, é usado comu mente dois tipos d e

Chakra s (rodas), ou desenhos da carta do nascimento que

determinam as posições astroló gicas n o zod ía co.

Um é mais usado no norte da Índia e outro no sul. Ambos diferencia m-se do utilizado pela Astrolo gia Ocidental, no qual o ascendente é fixado no lado oeste da roda, e as casas vão crescendo no sentido anti-horá rio, qu ase igua l ao mapa usado no norte da Índia. Enquanto que o siste ma que vamos adotar é o do sul da Índia, no qual os signos sã o fixos, e os pla ne tas, bem como o ascende nte, move m-se no sentido horário, sendo mais Planeta Ucha exaltado Neecha debilitado Swakshetra próprio signo

Sol 10º ÁRIES 10º Libra Leão

Lua 03º Touro 03º Escorpião Câncer

Marte 28º Capricórnio 28º Câncer Áries e Escorpião

Júpiter 15º Câncer 15º Capricórnio Sagitário e Peixes

Mercúrio 05º Virgem 05º Peixes Virgem e Gêmeos

Vênus 27º Peixes 27º Virgem Touro e Libra

Saturno 20º Libra 20º Áries Capricórnio e Aquário

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fácil a memoriza ção, a seguir o exemplo do desenho do sul da Índia.

Peixes Áries Touro Gêmeos Água Fogo Terra Ar

Aquário

Rasi

Câncer Ar

Elementos

Água

Capricórnio Signos Leão Terra Fogo

Sagitário Escorpião Libra Virgem Fogo Água Ar Terra

Regências plane tá rias

Cada signo no zo díaco é re gido po r um planeta e em algun s casos um planeta re ge mais de um signo, to rnando-se a morada deste ou sua casa, onde o planeta torna-se dominante, exe rcendo poder. Uma ve z dete rmina do o ascendente, o signo que está ascendendo no horizonte n o momento do nascimento, conhece-se a 1ª casa, sendo os sign os segu intes a 2ª e 3ª casas, respectivamente. Cada signo é re gido por um particular planeta, que tem co rre spon dência com a maneira de influencia r.

Áries é re gido por Marte, Touro por Vênus, Gêmeos por Mercúrio, Câ ncer pela Lua, Leão pelo Sol, Virgem por Mercúrio, Libra por Vênus, Escorpião por Marte , Sagitário por Júpiter, Capricórnio por Sa turno, Aquário por Saturno e Peixes por J úpiter.

Pode-se conhecer o estado da casa e os assuntos indicados por ela , dependendo da condição e localização do seu regente. Se ele estiver mal disp osto, aflito ou enfraquecido, estra ga o significa do da casa que re ge, acontecendo o contrário se estive r bem dispo sto. Mas também existem outros fatores que determinam o estado da casa em particula r que estive r sendo

Referências

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