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Tempo Comum - 1º Domingo Serra do Pilar, 10 janeiro 2016

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Tempo Comum

- 1º Domingo

Serra do Pilar, 10 janeiro 2016

Bendito seja Deus, que nos escolheu em Jesus Cristo!

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, em Sua misericórdia, nos chamou à salvação.

Irmãos:

É ainda em ambiente de Epifania que retomamos o Tempo Comum, aquele modo cristão de estar no dia-a-dia, no domingo-a-domingo, nas horas que fazem o quotidiano. É aí que a Graça impede a Mediocridade e vence a Monotonia.

Os passos com que os Discípulos vão caminhando não respeitam quaisquer fronteiras: não há nada que possa aprisionar a Luz, por mais que o peso das heranças culturais tente afundar-nos na impotência.

Porque apareceu entre nós um grande Profeta, Deus visitou o seu Povo!

Kyrie, eleyson! Christe, eleyson! Kyrie, eleyson!

Oremos (…)

Senhor, nosso Deus e Pai nosso, dá aos teus Discípulos

a Consciência da Luz do Mundo que são;

não deixes que desanimemos nem nos deixemos vencer na luta pela Justiça e pela Paz do teu Reino,

pois que outros povos e ilhas aguardam a Boa Nova de Jesus. Por Ele, teu Filho e nosso Irmão,

na Unidade do Espírito Santo que nos habita!

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Leitura do Livro do Profeta Isaías (42,1-4 e 6-7)

Eis o servo que eu protejo, o meu Eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz pousar o meu espírito, para que ele leve a justiça às nações. Ele

não vai andar p’raí aos berros, a falar alto, por praças e ruas. Não vai

quebrar a cana que já está rachada, nem apagar uma torcida apagada mas que ainda fumegue. Vai, sim, proclamar, com inteira fidelidade, a justiça, sem desanimar nem se deixar vencer, até que a estabeleça sobre a terra, pois os povos de além-mar aguardam o seu ensino. Fui eu, o Senhor, quem te chamou num propósito de salvação. Tomei-te pela mão, formei-te e constituí-te mediador do povo e luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão os cativos e da cadeia os que habitam nas trevas.

Canto responsorial (do Salmo 28)

O Senhor abençoará o Seu povo; O Senhor abençoará o Seu povo na paz.

Dai ao Senhor, filhos de Deus, prestai-lhe honra e louvor; dai-lhe a glória do seu nome, adorai-o em seu santuário!

A voz do Senhor faz-se ouvir sobre as águas, retumbante, faz ouvir o seu trovão!

O Senhor está sobre a vastidão das águas, elas dizem da sua grandeza!

Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos (10,34/38)

Pedro tomou a palavra e disse: Na verdade, reconheço que Deus não

faz aceção de pessoas. Em qualquer nação, quem o leva a sério e pratica a justiça é aceite por ele. Foi essa a mensagem que enviou aos filhos de Israel, ao proclamar a Boa Nova da Paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. Vós sabeis o que sucedeu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu do Espírito Santo e de fortaleza Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo Demónio, porque Deus estava com ele.

Aleluia!

Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai: Este é o meu Filho muito amado: escutai-o!

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Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (3,15-16 e 21-22)

Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. Ele, então, tomou a palavra e disse a todos: Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte

do que eu, a quem eu não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele batizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo.

Quando todo o Povo recebeu o batismo, Jesus foi também batizado e começou a orar. Então, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre ele como uma pomba. E do céu fez-se ouvir uma voz: Tu és o meu Filho muito

amado: em ti pus todo o meu enlevo.

Aleluia!

Homilia

“Ao contrário dos nossos maiores, que caminharam da Páscoa para o Natal, nós, que caminhamos no Tempo, seguimos viagem do princípio para o fim, do Tempo para a Eternidade, da História para o Reino, do Natal para a Páscoa. Anima, Senhor, os nossos passos”. Assim se orava no fim da celebração de há oito dias. Por isso, depois do Tempo natalício, as comunidades correm para a celebração da Páscoa.

O nosso grupo catecumenal em caminho trata, nestes dias, da organização anual da Liturgia: dois tempos festivos, um curto (o Natal), outro muito grande, 14 semanas e meia (a Páscoa), o Natal coincidente com o solstício do inverno, e a Páscoa com o equinócio da primavera; o restante tempo do ano a Liturgia di-lo “comum”.

A partir do solstício do inverno, os dias começam a crescer: por isso, no paganismo, ao deus Sol se dedicava uma grande festa; e nesse dia — ao tempo, a 25 de dezembro — o cristianismo começou também a celebrar o nascimento do Emanuel, do “deus connosco”, aquele que o profeta Malaquias (3,20) chamaria o “Sol da Justiça”. Esta festa, o Natal, só temos dela notícia tardiamente, no século IV: o curto tempo do Natal.

Da Páscoa, sim, sabemos dela muito mais cedo, em meados do século II, isto se não levarmos em conta a “páscoa semanal”, o “dia do Senhor”, que é o nosso domingo, o dia da Ressurreição.

Do dies dominicalis (Dia do Senhor)> domingalis> domingo temos notícia desde os tempos cristãos mais antigos: quando ainda não tinha nome, diziam-no “o primeiro dia da semana”, para o diferençar do último dia da semana, que era o dia sagrado do judaísmo.

Em resumo deste esquema, digo assim: a mais antiga criação pastoral do cristianismo foi a do primeiro dia da semana; temos de concordar que rapidamente se terá pensado e organizado, num primeiro dia da semana,

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uma festa anual da Ressurreição, sem desaproveito algum da páscoa semanal. A esta festa anual da Ressurreição chamamos nós, hoje em dia, simplesmente, a Páscoa.

Esta celebração pascal é um verdadeiro ponto de referência para toda a Liturgia: para ela tudo converge, e dela tudo resulta. Por isso na sua celebração se começa a queimar um círio novo — a Luz de Cristo —, que alumia a assembleia até à Páscoa do ano seguinte.

Se, liturgicamente falando, a Páscoa assumiu sempre o cúmulo de importância, liturgicamente falando, o Natal nunca perdeu a sua importância. Tempo houve, não é questão para aqui, em que se pretendeu fazer do tempo natalício uma cópia do tempo pascal. Não e não!, disse o bem senso (o que não foi nada fácil), porque, em importância, primeiro a Páscoa e só depois o Natal.

E fora do tempo de Natal e da Páscoa? Tempo Comum, claro!

A vida da Igreja deveria ser sempre organizada à luz deste esquema. Assim não é, e por muitas razões; na Igreja não se sabe programar. Depois, mistura-se tudo, sempre a mesma coisa, fazem-se muitas coisas mas ninguém faz nada que interesse, missinhas, misssinhas e muitas, e está tudo feito.

Este ano, na Serra do Pilar, a programação do ano pastoral não foi possível. Na incerteza da data da vinda do Bispo António Francisco, que esperámos desde os fins de 2014 mas só aconteceu em novembro passado e praticamente já às portas do Advento, tivemos de ir adiando iniciativas já pensadas. E, quando ele veio, estávamos já às portas do Advento.…

Uma das realizações várias vezes adiada foi a Assembleia da Comunidade, prevista previamente para setembro passado, depois outubro, novembro…

…e que, terminado agora o tempo de Natal, temos de realizar de imediato. Esta Assembleia tinha a ver com os 40 anos da nossa história…

Neste contexto,

1. Convoco uma Assembleia da Comunidade a realizar no sábado, dia 23 de janeiro, às 15 horas.

2. Porque a grande questão — as Bases da Comunidade — pede

alguma reflexão. A quem nela queira e possa estar presente se entrega, no fim da celebração de hoje, o texto das mesmas Bases para que todos possamos participar em alguma decisão que eu próprio desejaria ter sido feita no 40º ano da nossa história, o que não foi possível, repito, pela incerteza prolongada da visita episcopal.

3. Algumas questões mais haverá a tratar, logo veremos que disponibilidade para o debate. Algo mais direi nos domingos próximos, que não são muitos até à Páscoa.

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Preces

És o ungido de Deus, Senhor Jesus Cristo!

Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido da mulher, a fim de recebermos a filiação adotiva (Gl 4,4-5).

O Filho de Deus, pelo caminho de uma verdadeira incarnação, veio para fazer os homens participantes da sua natureza divina e, sendo rico, fez-se por nós necessitado para que nos tornássemos ricos da sua pobreza (AG 3).

Assim como Cristo realizou a obra da redenção na pobreza e na perseguição, assim a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho para comunicar aos homens os frutos da sua salvação. A Igreja não foi constituída para alcançar a glória terrestre, mas para divulgar a humildade e abnegação, também com o seu exemplo (LG 8).

A perceção tanto das coisas como das palavras inspiradas progride na Igreja, sob a assistência do Espírito Santo, quer mercê da contemplação e estudo dos crentes, que as meditam no seu coração, quer mercê da pregação (DV 8).

A Igreja, no decurso dos séculos, tende continuamente para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus (DV 8).

Ofertório Bendito seja Deus!

Pai de nosso Senhor Jesus, Jesus Cristo. Do alto dos céus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais em Cristo.

Bendito seja Deus!

Comunhão

Este é o meu filho muito amado, em quem pus o meu enlevo, escutai-o!

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O Senhor é Rei: exulte a terra, rejubile a multidão das ilhas. Ao seu redor, nuvens e trevas, a justiça e o direito

são a base do seu trono.

Oração Final Oremos (…)

Pelo teu Povo que é a Igreja, Senhor, passam os tempos e os séculos. Mas o tempo não nos envelheceu

e a tua Graça renova-nos continuamente, dos pés à cabeça, do coração às mãos, inspirando-nos novos Atos e novos Passos a pôr e a dar no Caminho da Vida e da História: renova-nos, Senhor,

a nós e às comunidades da tua Igreja, para sermos capazes de prosseguir

aquilo que começou nas margens do Jordão e nunca mais parou nem acaba aqui. Por Jesus to pedimos,

Ele, que é teu Filho e nosso Irmão, na Unidade do Espírito Santo!

Ámen!

Final Misericordias Domini in aeternum cantabo!

(Cantarei eternamente cantarei as misericórdias do Senhor!)

Confitemini Domino quoniam bónus

(Louvai o Senhor porque ele é bom,

quoniam in aeternum misericordia ejus!

porque é eterna a sua misericórdia!)

L E I T U R A S D I Á R I A S 2ª-feira: Is 2, 1-5; Sl 121; Mt 8, 5-11 3ª-feira: Is 11, 1-10; Sl 71; Lc 10, 21-24 4ª-feira: Is 25, 6-10a; Sl 22; Mt 15, 29-37 5ª-feira: Is 26, 1-6; Sl 117; Mt 7, 21. 24-27 6ª-feira: Is 29, 17-24; Sl 26; Mt 9, 27-31 Sábado: Is 30, 19-21. 23-26; Sl 146; Mt 9, 35-10. 1. 6-8

Referências

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