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Exmo. Senhor General Chefe do Estado-Maior do Exército. Meu Comandante,

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Academic year: 2021

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1 INTERVENÇÃO DO COMANDANTE DA ACADEMIA MILITAR

MAJOR-GENERAL JOÃO VIEIRA BORGES

Cerimónia do Dia da Academia Militar (12 de janeiro de 2017)

[Só serão válidas as palavras proferidas pelo orador] Exmo. Senhor General Chefe do Estado-Maior do Exército. Meu Comandante, Permita que, em meu nome pessoal e no de todos os militares e civis que servem nesta Escola de Comandantes, lhe manifeste a nossa gratidão pela sua inestimável presença neste dia festivo, ao dignar-se presidir às cerimónias do dia da nossa Academia Militar.

Exmas. Senhoras Presidente da Junta de Freguesia de Arroios e Presidente da Câmara Municipal da Amadora,

A presença de V. Exas constitui um sinal inequívoco das excelentes relações que unem a Cidade da Lisboa e em particular a Junta de Freguesia de Arroios e a Cidade da Amadora à instituição militar em geral e à nossa Academia Militar em particular, que não tem fronteiras entre os seus polos de Lisboa e Amadora. O recente reforço das relações de cooperação desenvolvidas entre a Academia Militar e as instituições e munícipes que V. Exas representam é disso um excelente exemplo. Muito obrigado.

Exmo. Senhor Tenente-General Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana,

A nossa sentida gratidão pela honrosa presença do meu General, com especial significado neste ano em que se comemoram os 25 anos de uma parceria de particular sucesso entre a Academia Militar e a Guarda Nacional Republicana.

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2 O nosso profundo e sentido agradecimento pela prezada presença de V. Exª nesta sua Academia. Na sua pessoa, permitam-me que cumprimente, com especial reconhecimento, gratidão e amizade, todos os antigos Comandantes da Academia Militar, que tal como o Meu General, nos legaram esta Instituição que simboliza História, Valores, mas acima de tudo, Futuro.

Exmo. Senhor General José Manuel da Silva Viegas,

A presença de V. Exª constitui para todos nós, um sinal da estima e consideração que tem revelado para com esta sua Academia Militar.

Permita-me ainda que, na sua pessoa, cumprimente os antigos Comandantes do Exército, que constituem uma referência para sucessivas gerações de militares e em particular para os alunos que se encontram formados nesta parada centenária. Ilustres convidados (permitam-me um agradecimento muito especial ao Exmos Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Magníficos Reitores, Presidentes dos Institutos, Vice e Pró-Reitores e Diretores Gerais),

Excelentíssimos Senhores Oficiais Generais (permitam-me uma saudação especial ao Tenente-General Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército e meu ilustre antecessor e aos meus pares - Comandantes do IUM, da EN e da AFA, representados mas presentes, devido à avaliação a que estão a ser alvo hoje por parte da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior - A3ES),

Senhor Dr. Pedro Sá Nogueira, em representação da família do Marquês de Sá da Bandeira, Patrono da Academia Militar,

Senhores Adidos Militares,

Antigos alunos da Academia Militar,

Senhores professores, oficiais, sargentos, praças e funcionários civis da Academia Militar,

Cadetes e Alunos,

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3 Agradecemos calorosamente a honra e o privilégio que nos concedem com a vossa prestimosa presença.

Esta cerimónia militar, constituiu, tradicionalmente, uma oportunidade em que o Comandante evoca a Memória, sem deixar de sublinhar os aspetos mais significativos do Presente e algumas linhas de ação para o Futuro.

A evocação da Memória começou no passado dia 6 de janeiro, em Santarém, com a homenagem da Academia Militar ao seu Patrono, o General Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira, nascido em Santarém a 26 de setembro de 1795 e que viria a falecer, em Lisboa, a 6 de janeiro de 1876.

Neste dia 12 de janeiro continuámos a evocar a Memória, ao homenagearmos os ex-alunos mortos ao serviço da Pátria, numa cerimónia plena de significado que acabou de ter lugar no Paço da Rainha.

Evocamos ainda, os 180 anos da fundação da Escola do Exército, criada pelo Marquês de Sá da Bandeira em 1837, mas também os 227 anos da Escola onde se formou o Patrono, a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho criada por D. Maria I, em 1790, e que constitui a referência da nossa antiguidade como Instituição de Ensino Superior Militar em Portugal. Homenageamos também, as restantes escolas militares antecessoras da Academia Militar, designadamente a

Lição de Artilharia e Esquadria, a Escola de Guerra e a Escola Militar.

Esta Memória de uma Instituição tão estruturante para Portugal como a Academia Militar, que deu à Nação sete Presidentes da República, constitui um Património que ultrapassa certamente as fronteiras do Exército e de Portugal. Por isso deve ser cultivada, não só hoje mas todos os dias, para melhor se entender o Presente e mais sustentadamente se construir o Futuro desta centenária Escola de Comandantes que hoje forma oficiais para os quadros permanentes do Exército e da Guarda Nacional Republicana.

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4 Meu General, Minhas Senhoras e Meus Senhores

Relativamente ao Presente, gostaria de começar por sublinhar que a Academia Militar, enquadrada no novo Instituto Universitário Militar, enquanto Unidade Orgânica Autónoma Universitária Militar (a par das suas congéneres Escola Naval e Academia da Força Aérea), está hoje em processo de consolidação da recente reforma do Ensino Superior Militar Português.

Esta reforma, de e para o futuro, continuará a cuidar da elevada qualidade da formação científica, militar e comportamental dos futuros oficiais, mas também do necessário reforço das ciências militares enquanto vetor estratégico do Exército e da GNR.

Neste âmbito, encontramo-nos inclusivamente em pleno processo de avaliação e acreditação dos nossos ciclos de estudos por parte da A3ES, que contribuirá certamente para melhorarmos o nosso ensino, para consolidarmos o nosso estatuto enquanto membros de pleno direito do Ensino Superior Português, sem descurarmos a nossa especificidade militar, os princípios da hierarquia militar e a missão primária de formação de comandantes para o Exército e a GNR. Nos dias 9 e 10, tivemos a presença da Comissão de Avaliação Externa de Administração e Gestão a 2 dos nossos 12 cursos, a que se seguirão, nos próximos dias, as visitas de novas 3 comissões.

Independentemente dos constrangimentos conjunturais, a educação e a formação devem continuar a ser entendidas como um investimento fundamental pois, só assim, teremos quadros superiores com mais saber, mais carácter e maior capacidade de liderança, capazes de enfrentar o novo e complexo paradigma da segurança e defesa.

Por isso, investimos na área das novas tecnologias, desde o nosso site ao portal colaborativo, passando pelo facebook, pelo Moodle, pelo Sistema Integrado de Gestão Académica e por novas salas de informática. O resultado foi imediato, designadamente em resposta às primeiras candidaturas on-line, que levaram ao

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5 aumento de 34% do número de candidatos relativamente à média dos três anos anteriores (1.009 para 84 vagas do Exército e da GNR).

Por isso, reforçámos a criação de saber, através do aumento do número e qualidade de projetos à guarda do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar (CINAMIL), que se refletiu no apoio do Estado-Maior do Exército a 25 projetos, a par de outros 10 projetos financiados pelo Ministério da Defesa Nacional, pela Agência Europeia de Defesa, pelo H2020 e pelo Portugal 2020.

Por isso, realizámos vários eventos nacionais e internacionais, como a 2ª “Conferência em Ciber Defesa da NATO”, o 10º “Simpósio Internacional sobre Estratégia Nacional das Informações”, a “Noite da Ciência”, o “Dia da Indústria”, o “IV Seminário de Direito Militar”, o Congresso sobre “a Grande Guerra e a construção do Mundo Moderno” e as “Jornadas das Engenharias da Academia Militar”.

Por isso, investimos nos exercícios e cerimónias militares, com destaque para a entrega das espadas aos novos oficiais, que teve lugar no dia 5 de Outubro e que foi presidida pelo senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa.

Por isso, no âmbito da deslocalização do centro de gravidade para a Amadora, que faz parte da consolidação da nova estrutura orgânica, investimos na melhoria das instalações, desde os alojamentos dos alunos às infraestruturas desportivas, passando pelo Laboratório de Simulação Tática e pelo Centro de Estudos de Desenvolvimento e de Liderança.

Por isso, reforçámos as nossas parcerias nacionais e internacionais, mas também com a GNR, o INEM, a CEPOL, e muito especialmente com as Câmaras Municipais de Lisboa e da Amadora e as diferentes Juntas de Freguesia, em especial a de Arroios, no sentido de materializar a necessária e importante ligação à comunidade envolvente.

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6 São efetivamente investimentos que estamos a fazer no sentido de consolidarmos, de modo estrutural, o ensino e a formação na Academia Militar.

Foi também estrutural, a decisão tomada há cerca de 25 anos, de formar os oficiais dos quadros permanentes da GNR na Academia Militar. Neste quarto de século, a Academia Militar já formou 654 oficiais para a GNR, número que representa cerca de 80 % do total de oficiais da Guarda. É um projeto de que nos orgulhamos e nesse sentido, convido todos os presentes, assim como os ex-alunos que participam esta noite no tradicional jantar de confraternização, a visitarem, na sala de alunos, a exposição intitulada “25 Anos de Guarda Nacional Republicana na Academia Militar”. Fazemos votos para que este modelo de sucesso, que constituiu um compromisso do Estado Português, continue a ser consolidado, a bem dos interesses da Academia Militar, da GNR, das Forças Armadas e de Portugal.

Meu General, Minhas Senhoras e Meus Senhores

Relativamente ao Futuro, a prioridade da Academia Militar continuará a ser a melhoria da formação académica, militar e comportamental dos futuros oficiais dos quadros permanentes do Exército e da GNR.

E essa melhoria passará pela reformulação dos ciclos de estudos, tendo em atenção o novo paradigma da segurança e defesa, influenciado por aceleradores da mudança como a tecnologia, a globalização, o choque demográfico e as alterações climáticas. Passará também, pelo investimento na investigação, e pela consolidação das Ciências Militares, da História e da Ciberdefesa.

Passará ainda, por um maior investimento no Comando e Liderança e na Formação Militar, reforçando a ponte entre a teoria e a prática.

Passará certamente, pela melhoria e valorização do corpo docente, militar e civil, tão heterogéneo mas simultaneamente tão rico e complementar.

Passará também, pelo investimento nas novas tecnologias, pela consolidação do novo modelo de serviços e pela melhoria das infraestruturas, designadamente na

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7 execução das obras previstas para a componente desportiva da Amadora e na melhoria das condições de habitabilidade dos alunos.

Passará ainda, pelo reforço da cooperação com os nossos pares, pela ligação privilegiada com as Escolas das Armas, dos Serviços e da Guarda e pela consolidação do IUM, com elevado sentido de missão e respeito pela especificidade de cada instituição, em prol do bem comum.

Passará também, em termos internacionais, pelo reforço da cooperação técnico-militar, pelo investimento no programa Erasmus Plus, e pela ligação privilegiada com os nossos pares europeus, certamente através da partilha e desenvolvimento de novos modelos pedagógicos de educação e formação.

E passará finalmente, pela consciencialização e reforço da importância dos valores castrenses, enquanto fatores que alinham as atitudes e comportamentos, que promovem a disciplina, a confiança e a coesão entre os militares, e que levam inclusivamente à formulação dos nossos códigos de honra.

Meu General, Minhas Senhoras e Meus Senhores

Muitos autores e comentadores afirmam que, nos dias de hoje, a maior crise que atravessamos é uma crise de valores.

Tal como nos ensina a História, nos períodos em que o Ser é substituído pelo Ter, a Instituição Militar tem sido um baluarte da garantia dos valores, pela honrosa missão que implica colocar o bem comum à frente dos interesses pessoais.

O oficial do Exército e da GNR é um cidadão enquadrado pelo estatuto da condição militar, que partilha, promove e garante a cultura e valores da instituição militar como estandarte da unidade, da coesão e da disciplina.

Ainda na Academia Militar, o futuro oficial jura defender a sua pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida. Neste sentido, os alunos devem ser dotados de critérios éticos para apoio da tomada de decisão, enquanto comandantes em diferentes contextos. Por isso, em todas as circunstâncias, os valores castrenses devem fazer parte do seu ADN, logo desde a sua formação na Academia Militar. Os valores como a Honra, a Disciplina, a Lealdade, a Coragem, o Dever, a Integridade, o

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8 Compromisso, o Respeito, a Camaradagem, o Exemplo, a Honestidade, a Justiça e o Patriotismo são estudados, aprendidos e vivenciados nesta Academia Militar, no âmbito académico, comportamental e militar, com responsabilidade e intervenção direta de todos os actores do sistema formativo.

A Academia Militar tem no seu patrono, o Marquês de Sá da Bandeira, uma referência de valores enquanto cidadão exemplar, enquanto militar intrépido que se bateu corajosamente nas campanhas da guerra peninsular e das lutas liberais, enquanto comandante esclarecido e determinado e enquanto governante e homem de cultura dinâmico e inovador. Ao Marquês de Sá da Bandeira, reconhecido como um homem de convições, são atribuídos todos os valores que aqui se ensinam, com destaque para a Honra, a Disciplina, a Lealdade, a Coragem, o Dever, a Integridade, e o Patriotismo, enquadrados por um singular orgulho de pertença e por um invulgar sentido de serviço à Pátria.

A sua postura como liberal, mas sobretudo a sua luta permanente a favor da liberdade, da igualdade dos cidadãos e da abolição da escravatura, levou ainda a que a Câmara Municipal de Lisboa o escolhesse para tema central de uma exposição aberta ao público no âmbito da “Lisboa capital Ibero-americana da Cultura 2017”, que tem lugar, desde hoje, no Paço da Rainha, com o título: “Marquês de Sá da Bandeira: O Antiesclavagista.”

Como referiu o então comandante, General Abel Cabral Couto, na sua alocução do dia 12 de janeiro de 1989, “Sá da Bandeira encarna, sem dúvida, «o forte capitão, que foi também douto e ciente» reconhecido por Herculano como «o português mais ilustre do seu século» e que a todos os militares poderá servir de exemplo.” Os valores que movem montanhas, são de ontem, de hoje e de amanhã. Sá da Bandeira, o nosso patrono, constitui um verdadeiro estandarte desses valores. É tempo de pensar diferente, de lutar e combater pelos valores.

Por isso, o nosso Futuro passará também pelo contínuo investimento nos valores dos alunos da Academia Militar, de modo a que os futuros oficiais do Exército e da GNR possam estar melhor preparados para a defesa de um Portugal independente

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9 e soberano e para a garantia da proteção e bem estar de Portugueses com orgulho na sua História e com sentido de futuro.

Meu General, Minhas Senhoras e Meus Senhores

Termino deixando uma mensagem de incentivo aos alunos, futuros oficiais do Exército e da GNR, no sentido de pautarem a vida de acordo com os ditames da dignidade, da honra e do dever, à semelhança do exemplo do seu Patrono, o Marquês de Sá da Bandeira. Tal como exortou o General Morais Sarmento aos alunos que partiam para a Grande Guerra: “Sirvam sempre por forma a ter merecido mais do que vos deram”.

Agradeço aos Professores, Oficiais, Sargentos, Praças e funcionários civis e aos mais de 580 alunos da Academia Militar, todo o esforço, dedicação e empenho desenvolvidos ao longo do último ano. As distinções públicas que se seguem constituem o reconhecimento pelo trabalho de excelência que desenvolveram em prol da formação direta e indireta dos alunos. Felicito todos pelo saber, pelo empenho, pelos valores e pelo exemplo.

Agradeço ainda, o apoio fundamental das diversas instituições e entidades que vêm contribuindo para o cabal cumprimento da nossa honrosa Missão, com destaque especial para o Comando do Exército e para a Guarda Nacional Republicana.

Só com o apoio de todos poderemos continuar a afirmar a Academia Militar como uma verdadeira Escola de Comandantes, formando oficiais com Valores e com mais Saber, mais Carácter e maior Capacidade de Liderança.

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