• Nenhum resultado encontrado

Livro de Testes - Etapas 5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Livro de Testes - Etapas 5"

Copied!
82
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)

Estas provas podem ser usadas como instrumentos de classificação ou apenas numa perspetiva formativa. Constituem um complemento às fichas e testes já pro-postos no manual, tendo sobre eles a vantagem de poderem ser apresentados ao aluno como novidade, colocando-o perante um novo desafio, uma nova situação em que as competências que desenvolveu são convocadas e postas à prova para resolver novos problemas.

Porque os ritmos de aprendizagem podem ser distintos, apresentamos aqui quatro

testes por período, ou seja, dois testes por unidade, centrados nos mesmos descritores,

mas com graus de dificuldade diferenciados: um deles de nível elementar e outro de nível mais elevado.

Os testes que se apresentam seguem sensivelmente a estrutura e os princípios

das Provas Finais de Português do 2.ociclo do Ensino Básico, embora acrescentem

um grupo de avaliação da Compreensão do Oral.

Lembramos que, caso o Professor queira tomar em consideração as classificações obtidas nestes testes, para efeito de classificação do aluno nos momentos formais de avaliação quantitativa, os resultados neles obtidos na Compreensão do Oral devem fazer média com outras classificações da Expressão Oral, obtidas em momentos de-liberadamente selecionados para esse efeito.

Aliás, as classificações obtidas entrarão na média com todas as outras classificações obtidas pelo aluno ao longo do período, como é inerente ao processo de avaliação contínua.

No final são apresentadas propostas de correção de cada teste e depois a grelha de registo da pontuação alcançada por cada aluno.

O Professor tem total liberdade para usar apenas partes de cada teste ou combinar partes deles, em função do processo de aprendizagem realmente desenvolvido, na certeza de que só pode ser testado o que foi ensinado ou treinado com os alunos.

(4)
(5)

Teste 1 (B) 12

Unidade 2 – Alguma realidade… muita imaginação!

Teste 2 (A) 17

Teste 2 (B) 22

Unidade 3 – Histórias e artimanhas

Teste 3 (A) 28

Teste 3 (B) 33

Unidade 4 – Histórias e fantasias

Teste 4 (A) 38

Teste 4 (B) 43

Unidade 5 – Cantos e embalos

Teste 5 (A) 48

Teste 5 (B) 52

Unidade 6 – À boca de cena

Teste 6 (A) 57

Teste 6 (B) 62

(6)
(7)

LEITURA

Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa Informação

Tipologia de textos: narrativos

Recursos expressivos: enumeração e personificação Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa Literatura popular e tradicional (fábulas)

Textos dos media (notícia)

ESCRITA

Língua padrão

Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê) Texto escrito

Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho

História, diálogo…

Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa

GRAMÁTICA

Nome

Adjetivo: flexão

Dicionário monolingue, de sinónimos

Relações semânticas de semelhança e oposição Pronome

Funções sintáticas: sujeito, predicado

COMPREENSÃO DO ORAL

Ouvinte

Discurso, universo de discurso Contexto

UNIDADE DOIS

Etapa Conteúdos

LEITURA

Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa Informação

Tipologia de textos: narrativos (lendas)

Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa

ESCRITA

Língua padrão

Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê) Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos

Texto escrito

Texto descritivo: retrato

Configuração gráfica: sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho.

Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa Reconto, síntese

GRAMÁTICA

Nome: flexão (género, número, grau, acompanhado de determinante ou quantificador), subclasses

Verbo regular:

– vogal temática: paradigmas flexionais da 1.ª, 2.ª e 3.ª conjugação

– verbo: formas simples e formas compostas (pretérito mais-que-perfeito), modo indicativo e modo imperativo, infinitivo impessoal

COMPREENSÃO DO ORAL

Ouvinte

(8)

UNIDADE TRÊS

Etapa Conteúdos

LEITURA

Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa Informação

Tipologia de textos: narrativos

Texto narrativo: componentes; estrutura da narrativa Narrativas da literatura portuguesa

Narrativas infanto-juvenis Textos científicos

ESCRITA

Língua padrão

Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê) Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos

Texto escrito

Texto descritivo: retrato

Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho

Carta

GRAMÁTICA

Preposição

Advérbio (valores semânticos e funções) Verbo: flexão

Frases interrogativas

COMPREENSÃO DO ORAL

Ouvinte

Discurso, universo de discurso Contexto 6

Grelhas de Etapas/Conteúdos

UNIDADE QUATRO Etapa Conteúdos LEITURA

Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa Informação

Tipologia de textos: narrativos

Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa Narrativas de literaturas estrangeiras

Textos dos media (notícia)

ESCRITA

Língua padrão

Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê) Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos

Texto escrito

Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho, descrição

Retrato

Tipologia textual - conversacional

GRAMÁTICA Preposição Derivação Afixação Quantificador numeral Adjetivo: grau Pontuação COMPREENSÃO DO ORAL Ouvinte

Discurso, universo de discurso Contexto

(9)

UNIDADE SEIS

Etapa Conteúdos

LEITURA

Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa Informação

Texto dramático: – componentes;

– organização estrutural: ato, cena, fala, indicações cénicas Textos para teatro

Textos dos media (notícia) Textos de apreciação crítica

ESCRITA

Língua padrão

Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê) Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos

Texto escrito

Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho

História, diálogo…

GRAMÁTICA

Formas verbais não finitas: particípio, infinitivo pessoal Verbo principal

Verbo auxiliar (dos tempos compostos) Vocativo Complemento direto Complemento indireto COMPREENSÃO DO ORAL Ouvinte

Discurso, universo de discurso Contexto

LEITURA

Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa Informação

Texto literário em verso Texto poético:

– estrutura compositiva; tipos de estrofe, sílaba métrica, rima, esquema rimático, plurissignificação

Poemas: poemas musicados, letras de canção… Biografias

ESCRITA

Língua padrão

Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê) Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos

Texto escrito

Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho.

Textos para expressar conhecimentos, experiências, sensibilidade e imaginário Poema

GRAMÁTICA

Determinantes: possessivos e demonstrativos Pronomes: possessivos e demonstrativos Adjetivos: qualificativo e numeral

COMPREENSÃO DO ORAL

Ouvinte

Discurso, universo de discurso Contexto

(10)

Nome N.o Turma Data 8

A

TESTE 1

A

E tapa s

Lê o texto A, adaptado de uma fábula de Esopo. Se necessário, consulta o vocabulário apre-sentado a seguir ao texto.

I

TEXTO A

Conta-se que uma vez um rato que morava na cidade foi visitar outro rato seu amigo, que vivia no campo.

Quando o rato da cidade chegou à aldeia onde morava este rato seu amigo, di-vertiu-se muito com ele. Ao jantar, o rato do campo deu-lhe a comer favas, trigo e ervas, entre outros manjares.

Depois do jantar, o rato da cidade agradeceu ao rato da aldeia a sua amabilidade e rogou-lhe que fosse com ele à casa onde morava, na cidade, pois lá lhe serviria muitas e delicadas iguarias. Tanto rogou que o rato do campo o acompanhou até à cidade.

Aí, o rato da cidade levou-o a uma cozinha na casa onde morava. Havia muitas galinhas e carne de porco, para além de outros bons manjares. O rato da cidade disse ao seu amigo que comesse à sua vontade.

Estando eles assim comendo, seguros, chegou o cozinheiro, abrindo de repente a porta da cozinha; o rato da cidade, que sabia o costume da casa, fugiu logo, enquanto o outro rato, porque não sabia o costume, ficou paralisado de surpresa. O cozinheiro correu atrás dele com um pau, para o matar, chegando a feri-lo ligeiramente; por pouco, no entanto, o rato conseguiu escapar.

O rato da cidade, vendo-o salvo, chamou-o, dizendo-lhe que se juntasse outra vez a ele e fosse comer, sem medo; contudo, o rato do campo respondeu-lhe:

– Meu amigo, nem que estivesse em jejum! Prefiro comer trigo, favas e ervas em paz a comer galinhas e capões com medo e perigo de morte. A paz, que eu sempre tenho comigo, torna os meus comeres delicados. Os teus comeres, guarda-os para ti, que eu contento-me com o que tenho.

E, estas palavras ditas, assim se separaram.

Fábulas de Esopo (adaptado) 

5

10

15

20

Manjares / iguarias: comidas delicadas e deliciosas.

Amabilidade: simpatia, gentileza.

Jejum: sem comer desde que se levantou. Capões: galos. VOCABULÁRIO E tapa s

(11)

E

tapa

s

Responde ao que te é pedido, sobre o texto que acabaste de ler.

1. Assinala a alínea que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o

sentido do texto.

1.1 O texto conta uma história em que entram as personagens: a)rato do campo e gato da cidade.

b)ratos do campo e da cidade. c)rato e gato.

d)rato, gato, cidade e campo.

1.2 “Ao jantar, o rato do campo deu-lhe a comer favas, trigo e ervas, entre outros manjares.” (linhas 4 e 5). A frase acima transcrita significa que:

a)o rato do campo ofereceu ao amigo os pratos que mais apreciava. b)o rato da cidade gostava muito de favas, trigo e ervas.

c)o gato não gostava de favas, nem de trigo, nem de ervas.

d)o rato do campo pensava estar a oferecer comida deliciosa ao amigo. 1.3 Os dois ratos tinham gostos diferentes, no que respeita a comida:

a)o rato do campo gostava de trigo e erva; o da cidade preferia favas. b)o rato da cidade gostava muito de capão, mas o do campo detestava.

c)o rato do campo gostava de favas, trigo e ervas, mas o amigo não apreciava muito. d) o gato do campo gostava de galinha, mas o da cidade detestava.

1.4 Ao dizer “Meu amigo, nem que estivesse em jejum!” (linha 19), o rato do campo: a)está cheio de fome.

b) está a fazer um sacrifício de jejum. c)recusa o convite do amigo.

d)aceita o convite do amigo.

1.5 O rato do campo e o rato da cidade falam sobre o melhor local para viverem: a) o do campo gostaria de viver na cidade e o da cidade de viver no campo. b)o da cidade gosta de viver na cidade, mas o do campo detestaria viver ali. c)o do campo prefere viver no campo; o da cidade também.

d)ambos preferiam viver na cidade.

2. Os ratos reagem de forma diferente à chegada do cozinheiro.

Copia do texto uma frase que mostre a reação:



E

tapa

s

(12)

10

TESTE 1

A

E tapa s

3. “o rato da cidade, que sabia o costume da casa, fugiu logo”. (linha 13) Diz que costume será este.

4. Imagina como se sentiria o rato da cidade, após a resposta final do amigo, e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de espírito.

Lê agora o seguinte texto, publicado num jornal online.



TEXTO B

MYANMAR

Após ciclone, país é assolado por ratos

Quatro meses após o ciclone Nargis ter devastado a antiga Birmânia, outro desastre na-tural assolou o país. Uma vez em cada 50 anos, aproximadamente, os bambus da região florescem, produzindo um fruto que atrai ratos, que se alimentam das suas sementes.

Há quem acredite que os nutrientes presentes nas sementes levam à rápida multiplicação destes roedores, gerando uma infestação. Após comerem as sementes, os ratos atacam as colheitas, destruindo plantações de arroz e milho. Milhares de aldeões estão a passar fome. Os últimos ciclos de florescimento de bambus ocorreram em 1862, 1911 e 1958. Desde o úl-timo ciclo, o regime militar de Myanmar teve 50 anos para se preparar, mas não solucionou o problema. A recente invasão de ratos está a revelar-se tão prejudicial quanto as anteriores. In Opinião e Notícia (texto adaptado), 11/09/2008

5. Ordena as frases, de a) a g), de acordo com a sequência pela qual as informações são apre-sentadas no texto. Regista as alíneas ordenadas, na tua folha de teste.

a) Os bambus floresceram pela última vez nos anos 50 do século XX. b) Um ciclone destroçou Myanmar, a antiga Birmânia, em Maio de 2008. c) Em 2008, havia camponeses a passar fome, em Myanmar.

d) Os bambus florescem a cada cinco décadas, em Myanmar.

e) As sementes dos bambus favorecem o enorme aumento do número de ratos. f) Myanmar não se preparou para a infestação de ratos, que se revelou devastadora. g) A antiga Birmânia estava a viver uma infestação de ratos.

6. Transcreve do texto B:

6.1 o nome do ciclone que destroçou Myanmar; 6.2 o antigo nome de Myanmar;

6.3 a expressão que refere “o governo de Myanmar”.

7. Segundo o texto, o governo de Myanmar tem alguma culpa nesta infestação.

Indica a razão referida.

A

(13)

E

tapa

s

Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.



8. No texto, podes ler: “o regime militar de Myanmar teve 50 anos para se preparar”. (linha 8) Escreve uma nova frase em que uses a palavra regime com um significado diferente. 9. Copia do texto uma palavra com significado semelhante a ratos.

10. Escreve uma palavra de significado oposto a natural (“desastre natural”). (linhas 1 e 2) 11. No texto, lê-se: “Desde o último ciclo, o regime militar de Myanmar teve 50 anos para se

preparar, mas não solucionou o problema.”. (linhas 7 a 9) 11.1 Substitui as expressões sublinhadas por pronomes. 11.2 Diz a que subclasse dos pronomes eles pertencem. 12. Na frase “O bambu dá alimento aos ratos.”, indica:

12.1 o sujeito; 12.2 o predicado. 13. Lê o excerto.

“os nutrientes (…) levam à rápida multiplicação destes roedores, gerando uma infestação.” (linhas 4 e 5).

Copia cada palavra sublinhada para a classe a que pertence: a) nomes; b) adjetivos.

II

Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.



2. O agricultor abre um pacote com comida.

1. O rato vive numa quinta.

4. A galinha ajuda o rato, mas a vaca e o porco dizem que não têm nada a recear.

3. O rato fica apavorado, ao ver o conteúdo do pacote.

7. A agricultora foi mordida por uma cobra.

6. A ratoeira apanhou o rato.

9. O porco, a vaca e a galinha acabam por ter de alimentar a família e amigos do agricultor.

8. A esposa do agricultor acaba por morrer, devido a uma maldade do rato.

13.1Coloca o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.

III

O rato da cidade foi passar um dia de férias com o seu amigo da aldeia e descobriu que tam-bém no campo havia perigos e motivos para ter medo.

Relata essa visita, considerando os seguintes aspetos: chegada ao campo, à casa do amigo;

acon-tecimento que põe os ratos em perigo; aprendizagens feitas; conclusão e partida do visitante.



5. O porco oferece-se para rezar pelo rato. 10. Quando vimos os outros em perigo, devemos ignorar.

(14)

12

TESTE 1

B

E tapa s

B

Nome N.o Turma Data

Lê o texto A, “O Coelhinho Branco e a Formiga Rabiga”, adaptado de uma fábula de Esopo.

I

TEXTO A

Um dia, o Coelhinho Branquinho saiu cedo de casa para ir à horta buscar uma couve para o seu caldinho. Ao voltar, encontrou a porta fechada a sete chaves e sete cadeados.

– Como é possível? – exclamou, espantado. – Deixei a porta aberta e encon-tro-a trancada? Alguém deve ter entrado sem eu dar por isso.

Bateu uma, bateu duas, bateu três vezes. De dentro, uma voz estranha perguntou: – Quem está aí?

O coelhinho fez-se valente:

– Sou eu, o Coelhinho Branquinho, que fui à horta buscar uma couve para o meu caldinho.

De dentro veio uma gargalhada:

– Pois eu sou a Cabra Cabrês que te salto em cima e te faço em três!

Tremeu o coelhinho, sem saber o que fazer. Lembrou-se então de um cão, seu amigo, que vivia numa quinta ali perto.

– Por favor, vem comigo! Em minha casa está a Cabra Cabrês que me salta em cima e me faz em três!

O cão suspirou:

– Cheguei da caça, estou cansado. Procura ajuda noutro lado.

Tremeu o coelhinho, sem saber o que fazer. Lembrou-se então de um boi, seu amigo, que pastava no prado ali perto.

– Por favor, vem comigo! Em minha casa está a Cabra Cabrês que me salta em cima e me faz em três!

O boi suspirou:

– Puxei o arado, estou cansado. Procura ajuda noutro lado.

Tremeu o coelhinho, sem saber o que fazer. Lembrou-se então de um galo, seu amigo, que cantava empoleirado na cancela de um quintal ali perto.

– Por favor, vem comigo! Em minha casa está a Cabra Cabrês que me salta em cima e me faz em três!

O galo suspirou:

– Fiz nascer o Sol, estou muito cansado. Procura ajuda noutro lado.  5 10 15 20 25 30

(15)

E

tapa

s

Chorava o coelhinho a sua triste sorte quando sentiu um ligeiro formigueiro pelas pernas acima e ouviu uma vozinha que dizia:

– Por mais que trabalhe, nunca estou cansada. Eu irei contigo à cabra malvada. Era a sua amiga formiga, atarefada como sempre, quem assim lhe falava. Mais animado, o Coelhinho Branquinho pôs-se a caminho e, em menos de três saltos e vários ziguezagues, estava diante de casa. Antes que a cabra tivesse tempo de dizer fosse o que fosse, a formiga perguntou, cá de fora:

– Quem está aí? Uma gargalhada:

– Sou a Cabra Cabrês que te salto em cima e te faço em três! A resposta da formiga não se fez esperar:

– Pois eu sou a Formiga Rabiga que te salto em cima e te furo a barriga!

Se bem o disse, melhor o fez: entrou pelo buraquinho da fechadura, saltou em cima da cabra e tantas picadelas lhe ferrou que a Cabra Cabrês, aos coices e pi-notes, rebentou com a porta, fugiu pela estrada e nunca mais foi vista. O Coelhi-nho BranquiCoelhi-nho e a Formiga Rabiga puderam assim entrar em casa, pôr a couve na panela e fazer a sopa para o jantar. Eu, que fui convidada, posso jurar que me-lhor sopa nunca provei nos dias da minha vida.

Alice Vieira, Histórias Tradicionais Portuguesas, Caminho

35

40

45

Responde ao que te é pedido, sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas.

1.Assinala a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sen-tido do texto.

1.1 O texto que leste conta uma história em que entram as personagens: a)Coelho Branco e o galo.

b)Coelho Branco, Vaca Cabrês e o galo. c)Coelho Branco, a vaca e o galo.

d)Coelho Branco, Cabra Cabrês, cão, galo, boi e formiga.

1.2 “Ao voltar, encontrou a porta fechada a sete chaves e sete cadeados.” (linhas 2 e 3) A frase acima transcrita significa que:

a)a cabra colocou sete chaves e sete cadeados na porta.

b)a cabra fechou o coelho em casa com sete chaves e sete cadeados. c)a cabra fechou muito bem a porta.

(16)

14

TESTE 1

B

E tapa s

Lê agora o seguinte texto, publicado num jornal online.



TEXTO B

Capturado coelho gigante em Inglaterra

Numa aldeia a norte de Inglaterra foi capturado um coelho gigante, batizado de Bigs Bunny, que causava a irritação dos locais por ter destruído plantações inteiras de legumes.

Os coelhos são animais bem mais pequenos do que o que foi encontrado numa aldeia a norte de Inglaterra por Brian Cadman, um agricultor local.

A princípio os habitantes não queriam acreditar, mas depois de terem observado este admirável exemplar felpudo e com orelhas enormes, ficaram com a certeza de que este era o “monstro” que teimava em devorar as plantações de legumes (em especial cenouras) da região.

Segundo a National Geographic (NG), o coelho, batizado de Bigs Bunny, que mais parece ter saído do conto Alice no País das Maravilhas, é do tamanho de um cão normal e tem cor acastanhada.

B

1.3 O recurso expressivo que permite criar animais que falam chama-se:

a)pessoalização; b)onomatopeia; c)personificação; d)enumeração. 1.4 Por ser um texto narrativo em que as personagens falam e agem como pessoas, este

texto é:

a)uma fábula; b)uma lenda; c)um poema; d)uma cantiga. 1.5 A moral desta história é:

a)As formigas são muito más.

b)Os mais pequenos podem ser muito traiçoeiros. c)As cabras são muito más.

d)Os mais pequenos podem ser muito valentes.

2. O boi e a formiga dão respostas diferentes ao pedido de ajuda do Coelhinho.

Copia do texto uma frase que mostre a posição: 2.1 do boi; 2.2 da formiga.

3. “Fiz nascer o Sol, estou muito cansado.” (linha 30). Diz por que razão o galo afirma ter feito nascer o Sol.

4. Imagina como se sentiria o Coelhinho, após a recusa de ajuda por parte do boi, e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de espírito.

5

(17)

E

tapa

s

O British Rabbit Council (BRC) acredita que o tamanho invulgar poderá ter a ver com o facto de o animal ter sido de estimação.

Gordon Marshall, representante da BRC, confirmou que estes coelhos gigantes podem ser “extremamente agressivos”. Ao que parece, este “coelho converteu-se definitivamente à vida selvagem”: justificou à NG.

Apesar do seu tamanho admirável, o destino de Bigs Bunny não é nada prometedor, sendo provável que venha a ser abatido de acordo com a lei local vigente.

Não é a primeira vez que em Inglaterra é capturado um coelho gigante. O maior alguma vez encontrado chamava-se Roberto e vivia com os seus donos numa loja em Worcester. O roedor pesava 16 quilos e media 107 centímetros de comprimento.

www.mundopt.com (17/04/2006, acedido em maio de 2013)

5. Classifica como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as frases de a) a g), de acordo com as infor-mações do texto.

a) Brian Cadman encontrou um coelho bem pequeno.

b)Os coelhos gigantes são animais de estimação muito agressivos.

c)O coelho recebeu o nome de Bigs Bunny, a partir de um desenho animado. d)O Bigs Bunny era muito fofo.

e)Bigs Bunny é o coelho da história de Alice no País das Maravilhas. f)Bigs Bunny pesava 16 quilos.

g)Bigs Bunny adorava cenouras. 6. Transcreve do texto B:

6.1 o nome do representante do British Rabbit Council; 6.2o significado de “NG”;

6.3o nome da terra onde Roberto residia.

7. Segundo o texto, o futuro de Bigs Bunny estava comprometido. Indica a razão referida no texto.

Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.



8. No texto, podes ler: “sendo provável que venha a ser abatido de acordo com a lei local vigente”.

(linha 18)

Escreve uma nova frase em que uses a palavra sublinhada com um significado diferente. 9. Copia do texto uma palavra com significado semelhante a “delegado”.

15

(18)

16

TESTE 1

B

11. Lê a frase “Um agricultor capturou e entregou à polícia um coelho gigante.”.

11.1Substitui as expressões destacadas por pronomes. 11.2Diz a que subclasse dos pronomes eles pertencem.

12. Na frase “Naquele dia, os agricultores observaram o coelho gigante.”, indica:

12.1 o sujeito; 12.2 o predicado. 13. Lê o excerto:

“Os coelhos são animais bem mais pequenos do que o que foi encontrado numa aldeia a norte de Inglaterra por Brian Cadman, um agricultor local.” (linhas 3 e 4)

Agrupa as palavras sublinhadas de acordo com a classe a que pertencem. a) nomes; b) adjetivos.

14. Diz em que grau(s) se encontram os adjetivos que transcreveste.

15.Reescreve a frase “[o coelho] vivia com os seus donos numa loja em Worcester”, começando por “Os coelhos”.

II

Escuta o texto C e completa as frases.



2. Os animais da roda informaram o coelho de que o seu chefe era…

1. O Coelho encontrou vários animais da floresta, numa roda, prontos para…

4. O Gato-Bravo discordou do Coelho, pois…

3. O Coelho disse que o Elefante não podia ser o chefe, porque...

7. Ao ouvir os passos do Elefante, o Coelho...

6. Quando soube o que o Coelho dissera, o Elefante...

9. Ao ver o Coelho às costas do Elefante, os animais da floresta…

8. O Elefante comportou-se como um criado do Coelho, visto que...

III

Imagina que o Elefante encontra finalmente o Coelho. Relata esse encontro, considerando os seguintes aspetos:

o local e a situação em que se encontram; o diálogo que se travou entre os dois; os sentimentos de cada um; forma encontrada para resolver o conflito entre ambos.

Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.



5. O Coelho prometeu aos animais da roda … 10. O Elefante ainda...

E

tapa

s

(19)

E

tapa

s

Nome N.o Turma Data

Lê o texto A, a lenda árabe “Dois amigos”. Se necessário, consulta o vocabulário apresentado a seguir ao texto.

I

TEXTO A

Dois amigos viajavam pelo deserto, caminhando em amena conversa, apesar do sol abrasador. Um deles, porém, sentindo-se contrariado pelo outro, encetou uma discussão. Erguia a voz, gesticulava e pouco faltou para insultar o compa-nheiro. Em dado momento da contenda, não resistiu e esbofeteou-o.

Admirado e ofendido, mas sem nada dizer, o amigo baixou-se e escreveu na areia: “Hoje, o meu melhor amigo bateu-me no rosto.”

Seguiram viagem, tristes e em silêncio. Absortos nos seus pensamentos, fixavam os olhos num ondulante horizonte de dunas e já caminhavam com dificuldade sob o ardor do sol. Até que avistaram um oásis verde, emergindo da areia escal-dante do deserto. Mais aliviados à sombra das tamareiras, resolveram banhar-se, comer e pernoitar no local.

Afastou-se um para recolher galhos com que pretendia acender um pequeno fogo. E o que tinha sido esbofeteado despiu-se, mergulhou na lagoa do oásis e principiou a refrescar-se. Contudo, passados minutos, perdeu o pé. E em breve se afogaria, não fosse a ajuda do amigo que, ao escutar os gritos, largou tudo e acorreu ao chamamento, mergulhando na lagoa e arrastando o companheiro para a margem.

Quando ao fim de algum tempo, este se sentiu recuperado, pegou num estilete, dirigiu-se a uma pedra e nela escreveu: “Hoje, o meu melhor amigo salvou-me a vida.”

Intrigado, o outro perguntou:

– Porque é que, depois de te bater, escreveste na areia, e agora, que te salvei, foste escrever na pedra?

A sorrir, o outro respondeu:

– Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar as palavras. Quando porém, faz por nós alguma coisa de verdadeiramente nobre, ah... aí de-vemos gravar as palavras na pedra da memória e do coração, onde nenhum vento do mundo as poderá apagar.

 5 10 15 20 25

(20)

18

TESTE 2

A

E assim se acharam reconciliados. E comeram, beberam e conversaram alegre-mente. Depois puseram-se a contemplar a Lua e as estrelas até o cansaço os ven-cer. E mergulharam, por fim, num sono profundo e retemperador.

João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete, Contos e Lendas de Portugal e do Mundo, Porto Editora, 2012

30

Encetar: dar início a. Contenda: discussão, briga.

Retemperar: recuperar, reanimar.

VOCABULÁRIO

Responde ao que te é pedido, sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas.

1.Assinala a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sen-tido do texto.

1.1 O texto que leste conta uma história em que entram as personagens: a) dois amigos. b) dois inimigos.

c) duas meninas. d) dois animais.

1.2 A frase “Contudo, passados minutos, perdeu o pé.” (linha 14) significa que: a) o rapaz ficou descalço. b) o rapaz cortou-se num pé.

c) o rapaz molhou os pés. d) o rapaz foi para uma zona muito funda. 1.3 O rapaz não morreu graças:

a) ao amigo. b) a um galho. c) a saber nadar. d) a uma boia. 1.4 Um dos rapazes escreveu duas frases:

a) na areia e na lagoa. b) na pedra e na lagoa. c) na areia e na pedra. d) na lagoa e na areia.

2.Quando chegaram perto de uma lagoa, resolveram pernoitar. Diz o que fez:

2.1um amigo; 2.2 o outro amigo.

3.“– Porque é que, depois de te bater, escreveste na areia, e agora, que te salvei, foste escre-ver na pedra?”(linhas 22 e 23)

3.1 Diz por que razão este amigo escreveu em locais diferentes.

4.Imagina como se sentiu o amigo quando foi esbofeteado e escreve duas palavras que des-crevam o seu estado de espírito.



E

tapa

s

(21)

Lê agora a notícia seguinte.

TEXTO B

Foi encontrado o corpo do jovem brasileiro que se afogou

junto ao Parque Verde

O corpo do jovem de 17 anos que estava desaparecido desde ontem no rio Mondego, em Coimbra, foi encontrado cerca das 8h40 deste domingo.

O adolescente desaparecera na tarde de sábado no rio Mondego, junto ao Par-que Verde da cidade, a cerca de 100 metros a montante da Ponte Pedro e Inês, quando tomava banho com dois amigos.

Durante cerca de quatro horas, uma equipa de cinco mergulhadores dos Bom-beiros Sapadores de Coimbra procurou ontem, sem sucesso, o corpo, que só veio hoje a ser encontrado no reatamento das operações de busca.

Cerca das 10h30, o corpo do jovem foi transportado, em carro funerário, do local para o Instituto Nacional de Medicina Legal de Coimbra.

Diário As Beiras (03/09/2012)  5 10 E tapa s

5.Faz corresponder os elementos da coluna A aos da coluna B, de maneira a obteres informa-ções verdadeiras, de acordo com o texto.

a)Data do afogamento

b)Nome do rio

c) Nome da ponte

d)Número total dos amigos

e) Tempo de procura do jovem, no sábado

f) Hora a que o corpo foi encontrado

g)Hora a que o corpo foi retirado do local do acidente

1.Pedro e Inês

2.1 de setembro de 2012

3.Oito horas e quarenta minutos 4.Mondego

5.Dez horas e meia 6.Quatro horas 7.Três

A B

Montante: nascente, ascendente.

(22)

20

TESTE 2

A

E tapa s

Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.

8.No texto, podes ler: “O adolescente desapareceu na tarde de sábado no rio Mondego, junto ao Parque Verde da cidade, a cerca de 100 metros a montante da Ponte Pedro e Inês, quando tomava banho com dois amigos.” (linhas 3 a 5)

Copia um nome próprio da frase.

9.Seleciona um nome comum antecedido de quantificador.

10.Copia da frase acima uma forma verbal que pertença à 2.ª conjugação.

11.Diz em que tempos se encontram as seguintes formas verbais da frase anterior:

11.1 desapareceu. 11.2tomava.

12.Escreve, completando a frase seguinte, um conselho que tu darias a um colega, se ele fosse passar a tarde junto a um rio:

Amigo, (ter, imperativo, 2.apessoa, singular) cuidado, que já muitos jovens se

afo-garam em rios e lagoas.

13.Reescreve a frase “Hoje, mais um jovem perde a vida num rio.”, começando pela expressão indicada e pelo tempo assinalado.

13.1 Naquele dia, … (pretérito perfeito)

13.2Já antes disso, … (pretérito mais-que-perfeito composto).

14.Lê a frase “Durante cerca de quatro horas, uma equipa de cinco mergulhadores dos Bom-beiros Sapadores de Coimbra procurou ontem, sem sucesso, o corpo, que só veio hoje a ser encontrado no reatamento das operações de busca.” (linhas 6 a 8)

Repara nas formas verbais e identifica: a) um verbo da 1.aconjugação;

b) um verbo da 3.aconjugação.

15.Reescreve a frase: “O adolescente desaparecera na tarde de sábado no rio Mondego.”, con-jugando a forma verbal sublinhada no pretérito mais-que-perfeito composto e fazendo as alterações necessárias.



6.Transcreve do texto B:

6.1 o nome do local onde o jovem se afogou; 6.2a idade do jovem;

6.3a informação sobre o insucesso das buscas no sábado.

(23)

E

tapa

s

II

Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.



III

Resume a história do homem do saco que ouviste, considerando os seguintes aspetos: • apresentação da família;

• explicação do hábito de entregar algumas mercadorias porta a porta;

• ameaça dos pais com o velho que entregava o carvão; • revolta do velho e queixa às autoridades;

• desfecho da história.

Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.



2. O pai dos três meninos era diferente dos outros.

1. O contador da história discute com os seus três irmãos.

4. Carvão, leite e pedras eram entregues porta a porta.

3. O contador tem um cão muito feio.

7. Um velho carregava às costas os sacos de carvão.

6. O carvão era entregue em sacos.

9. O velho do saco não era mau; apenas entregava o carvão.

8. O velho foi queixar-se ao padre.

5. O leite era sempre roubado das portas. 10. Nunca ninguém ameaçou as crianças com o homem do saco.

(24)

22

TESTE 2

B

E tapa s

Nome N.o Turma Data

Lê o texto A, a lenda “A truta de Celorico”. Se necessário, consulta o vocabulário apresentado a seguir ao texto.

I

TEXTO A

Celorico da Beira deve ser uma povoação muito antiga, e é crível que o velho castelo reedificado por D. Dinis, tenha sido construído sobre uma localidade luso --romana situada naquela eminência. Com Trancoso e Guarda, Celorico constitui um triângulo militar de grande poder defensivo, como foi reconhecido por Wellington Massena e outros.

Em torno do castelo decorreram vários episódios emocionantes da história pe-ninsular, desde os tempos da reconquista cristã até às invasões francesas. A sua importância militar pode depreender-se do foral e privilégios que Afonso Henri-ques lhe outorgou desde cedo e vários outros reis ao longo do tempo, foram con-firmando e ampliando.

Um desses episódios ficou estreitamente ligado à história mais comum da vila visto fazer parte do seu brasão de armas. Passou-se a história em 1245, quando D. Afonso III corria o reino a exigir vassalagem dos súbditos de seu irmão D. San-cho II, o Rei de Portugal que o Papa depusera e que se encontrava em Toledo banido e refugiado.

O novo Rei viera pôr cerco ao castelo cujo alcaide, Fernão Rodrigues Pacheco, mantinha fidelidade absoluta ao preito e menagem que jurara a D. Sancho. Dentro das muralhas, a fome apertava duramente, ao mesmo tempo que se assanhava a resistência do alcaide. Subitamente uma águia cortou os ares e deixou cair intra-muros a presa que trazia nas garras: uma enorme truta fresca, que provavelmente apanhara no Mondego.

Uma ideia surgiu imediatamente no espírito do alcaide de Celorico: mandar aquele peixe cozinhado a D. Afonso para que visse como a vila estava bem guar-necida de víveres. Assim, mandou que arranjassem um pouco de farinha – género que escasseava na fortaleza — e que guisassem a truta.

Chamou Gomes Viegas e ao entregar-lhe o pitéu que devia levar ao inimigo, jun-tou-lhe uma mensagem em que dizia: “Não culpeis a minha resistência para  5 10 15 20 25

(25)

E

tapa

s

sustentar a voz de el-rei D. Sancho, vosso irmão, que mercês recebidas, obrigações e homenagens me desculpam. Eu tenho determinado perseverar na defensão até expresso mandado seu; querendo insistir, podeis fazê-lo, pois a vila está guarne-cida de bons cavaleiros, que tendes experimentado, e provida de mantimentos como assegura este regalo: estimarei o aceiteis, atendendo ao pouco que pode oferecer-vos um cercado.”

D. Afonso recebeu o presente que o alcaide lhe enviava por Gomes Viegas, ao qual pôs a alcunha de o Peixão e decidiu levantar o cerco por considerar não valer a pena, na verdade, perder mais tempo com uma praça tão bem guarnecida de tudo e pronta a aguentar-se por tempo indeterminado.

Quanto a Gomes Viegas, o Peixão, ficou tão orgulhoso do epíteto que, acei-tando-o, o modificou para Peixoto.

AA. VV., Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a in http://www.lendarium.org/narrativa/truta-de-celorico/ (acedido em maio de 2013)

30

35

1.Assinala a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sen-tido do texto.

1.1 O texto conta uma história em que entram as personagens:

a)o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco e Gomes Viegas.

b)o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco, o Peixão e Gomes Viegas. c)o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco, o Peixoto e Gomes Viegas. d)

Crível: digno de que se acredite nele.

Eminência: lugar alto.

Foral: documento em que o rei dava

determinadas regalias a uma localidade.

Outorgou: concedeu.

Preito: vassalagem.

Menagem: homenagem.

Víveres: conjunto de alimentos.

Pitéu: petisco.

Mercês: favores.

Cercado: alguém que está a ser alvo de um cerco.

Epíteto: alcunha.

(26)

24

TESTE 2

B

E tapa s

1.2 “Uma ideia surgiu imediatamente no espírito do alcaide de Celorico: mandar aquele peixe cozinhado a D. Afonso para que visse como a vila estava bem de víveres.” (linhas 22 a 24) A frase transcrita significa que o alcaide pretendia…

a) enviar uma prenda ao rei. b)agradar ao rei.

c)enganar o rei.

d)alimentar os soldados do rei. 1.3 O alcaide de Celorico era…

a)leal a D. Afonso III. b)leal a D. Sancho II. c)um traidor.

d)um oportunista. 1.4 Gomes Viegas era...

a)tímido. b)vaidoso. c)o Peixoto. d)mentiroso.

1.5 No final desta história, o alcaide de Celorico... a)conseguiu opor-se ao rei.

b)conseguiu ver-se livre do Peixão. c)conseguiu vencer o Peixoto. d)conseguiu manter a palavra dada.

2.D. Afonso III e o alcaide de Celorico tinham posições políticas diferentes.

Copia do texto uma frase que mostre:

2.1 o que pretendia o Rei, ao deslocar-se a Celorico;

2.2o que achava o alcaide de Celorico sobre essa pretensão do rei.

3.“Uma ideia surgiu imediatamente no espírito do alcaide de Celorico” (linha 22) Diz em que consistiu essa ideia.

4.Imagina como se terá sentido D. Afonso III com a mensagem de Gomes Viegas e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de espírito.

(27)

E

tapa

s

Lê agora a seguinte notícia de uma revista online. TEXTO B

Investigadores reencontram o raro “peixe estranho”

Captura aconteceu há dois meses num poço no norte de Minas Gerais

Um peixe muito estranho, com o corpo quase transparente e sem olhos, foi reen-contrado recentemente por investigadores da USP (Universidade de S. Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de S. Paulo). O animal já havia sido capturado em 1962, num poço no norte de Minas Gerais, e reapareceu mais uma vez em terras mineiras. A descoberta vai permitir aos investigadores uma melhor compreensão da espécie

Stygichthys typhlops que, apesar de ser muito pouco conhecida, está na lista dos

ani-mais em extinção.

Segundo os investigadores, o Stygichthys typhlops é praticamente cego, mede cerca de 5 cm, tem aspeto esbranquiçado em tom cor-de-rosa e vive em água doce. Alimenta-se de uma espécie de crustáceo e viveu esquecido quase 50 anos nos aquí-feros de Jaíba, no interior de Minas Gerais.

A dificuldade em encontrá-lo deve-se ao seu parentesco pouco comum. Muito pro-vavelmente é parente da traíra, da piranha e da piaba, três espécies bem distintas.

Um artigo sobre a redescoberta do Stygichthys typhlops chegou a ser publicado na revista norte-americana Journal of Fish Biology. Até 2004, um exemplar levado há 50 anos pelo americano Joseph Tosi para os Estados Unidos era o único conhecido.

Por Rafael Peres Kassapian e Lielson Tiozzo, in revista Pesca e Companhia (texto adaptado), 07/2010 

5

10

15

Aquíferos: espécie de lagos subterrâneos.

VOCABULÁRIO

5.Faz corresponder a cada elemento da coluna A um só da coluna B.

a) Intervalo, em anos, entre os dois encontros com o peixe estranho

b) Número de anos em que o peixe viveu escondido

c) Número de peixes a que se assemelha

d) Comprimento, em centímetros, do peixe estranho

e) Data em que um peixe igual fora levado para os Estados Unidos da América

f) Número de vezes que este peixe estranho apareceu em Minas Gerais, Brasil

g) Número de peixes iguais conhecidos até 2004

1. 100 2. 3 3. 48 4.5 5. 1954 6. 50 7. 2004 8. 1 9. 2 A B

(28)

26

TESTE 2

B

E tapa s

Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.

8.No texto A podes ler: “Não culpeis a minha resistência para sustentar a voz de el-rei D. San-cho (…)” (linhas 27 e 28)

8.1Copia um nome próprio.

8.2Copia um nome antecedido de determinante. 8.3Reescreve a frase na afirmativa.

9.Diz em que tempos se encontram as formas verbais sublinhadas nas frases seguintes:

9.1“Passou-se a história em 1245.”

9.2“O novo Rei viera pôr cerco ao castelo”.

10.Copia da frase anterior (exercício 8) uma forma verbal no infinitivo impessoal.

11.Reescreve a frase “Chamou Gomes Viegas”, começando pela expressão indicada e pelo

tempo assinalado entre parênteses.

11.1Nesse momento… (presente)

11.2Já na semana anterior… (pretérito mais-que-perfeito composto)

12.Lê a frase “Quando uma águia deixou cair um peixe dentro do castelo, D. Afonso chamou Gomes Viegas e disse: – Vai até ao acampamento e entrega esta mensagem a D. Afonso.”

Associa cada forma verbal sublinhada aos conjuntos indicados a seguir: 12.1verbos da 1.aconjugação;

12.2verbos da 2.aconjugação;

12.3formas verbais no modo imperativo; 12.4formas verbais no modo indicativo.

13.Reescreve a frase “Fernão Rodrigues Pacheco mantinha fidelidade absoluta ao preito e menagem que jurara a D. Sancho”, conjugando a forma verbal sublinhada no pretérito mais --que-perfeito composto.



6.Transcreve do texto B:

6.1 o nome do estado brasileiro onde, em 2010, apareceu o peixe estranho; 6.2o nome da cidade onde o peixe estranho esteve escondido;

6.3 o nome do cientista que primeiro estudou esta espécie de peixes.

(29)

E

tapa

s

II

Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.



III

Conta agora tu uma história, considerando os seguintes aspetos: • um pescador vai à pesca;

• o pescador pesca algo estranho e que lhe cria uma situação negativa; • reação do pescador, para resolver a situação;

• desfecho da história.

Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.



2. O pescador queria comer uma baleia.

1. A lei de Moisés dizia que o homem podia comer os animais das águas.

4. O pescador guardou a baleia no seu casebre.

3. A baleia não se opôs.

7. O pescador aceitou a proposta da baleia.

6. A baleia propôs ao pescador comerem-se um ao outro.

9. O pescador juntou-se aos outros seres para encontrarem a saída.

8. Na barriga da baleia havia outros seres humanos.

5. A baleia estava farta de comer.

(30)

28

TESTE 3

A

E tapa sE tapa s

Nome N.o Turma Data

Lê o texto A, extraído do Romance da Raposa. Se necessário, consulta o dicionário de Língua Portuguesa.

I

TEXTO A

Sentada por detrás das urzes, num oiteirinho, comadre raposa namorava os figos lampos que, de pança manteiguda e reboluda, pendiam duma figueira. Mas não longe andavam ceifeiros e receava que a vissem. Estava deitando cada olho aos figos, quando aconteceu passar por ali um potro baio, todo desenganado e farsola, com ar de quem fugiu à argola.

— Para onde vais, cavalinho? — perguntou ela na sua voz mais doce e fagueira. — Para onde vou? — Vou por esses mundos além. Ouvi dizer que amanhã me iam deitar a sela, fugi…

— É muito feio ser desobediente, cavalinho, muito feio. Mas já que o mal está feito, o anjo da guarda te acompanhe. Para que banda tomas, amigo?

— Para onde haja ervas que pastar.

— Conheço os prados como as minhas mãos: vem daí, que eu te ensino. Comeste tu hoje?

— Duas reles fêveras das ribanceiras. A caminho da almargem deixei-me ficar atrás até que pastor e manada me perderam de vista. Depois, trotei, trotei toda a santa manhã.

— Pois vem comigo, vou levar-te a um campo de relva onde poderás encher a pança. — Abençoada sejas!

— O campo é além! Vês? Ao pé da figueira…? Mas como lá adiante andam os cei-feiros, que o Diabo leve, e podem desconfiar, é preciso que entres afoito, senhor de ti, como se fosse o amo que para lá te guiasse…

— Está dito, anda lá adiante.

— Não, tenho de marchar à tua ilharga por via de o sol não me bater nos olhos, que tenho catarata.

Assim o fizeram. Abrigando-se com o vulto do cavalinho, não por mor dos olhos, que de finos faiscavam, mas para não ser lobrigada pelos ceifeiros, a raposa chegou aos figos lampos, a meio do relvedo. E, a agatanhar para a figueira, disse ao poldro:

— Eu vou de mirante, cá para cima, não venham por lá aqueles homens ou teu amo. Pasta à vontadinha que, se houver perigo, eu boto alarme!

Embrenhou-se a zorra pela figueira e por lá andou tanto tempo que, à força de manducar, havendo subido lesta como um gato, desceu mais pesada que um pato.

— Vamos embora? – disse para o garraninho, que também já enchera o fole. — Pois vamos na graça e boa paz.

Aquilino Ribeiro, Romance da Raposa, Livraria Bertrand, 1981  5 10 15 20 25 30

(31)

E tapa sE tapa s

1.Seleciona a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o

sentido do texto.

1.1 A raposa não se lançava aos figos, porque… a)estava longe dos ceifeiros.

b)tinha medo de ser apanhada pelos homens. c)estava cheia de fome.

d)os figos eram barrigudos.

1.2 Enquanto a raposa olhava os figos, apareceu… a)um cavalo enorme.

b)um cavalo jovem. c) uma argola fugida. d) um ceifeiro.

1.3 O animal que apareceu à raposa… a)andava perdido.

b)vinha à procura do seu dono. c)fugira ao seu dono.

d)não tinha dono.

1.4 A raposa ofereceu-se para ajudar o animal, porque… a) era generosa e gostava de ajudar os outros.

b)era uma boa raposa, apesar de ter alguns defeitos. c) procurava ficar santa e ser recordada como boa. d)procurava resolver um problema seu.

1.5 A raposa caminhou atrás do outro animal, pois… a) não podia apanhar sol.

b)os seus olhos não suportavam o sol. c)não queria ser vista pelos homens. d)só assim podia alcançar os figos.

2.A raposa e o outro animal têm opiniões diferentes em relação à fuga deste último.

Copia do texto uma frase que mostre a opinião: 2.1 da raposa;

2.2do outro animal. 3. “fugi…” (linha 8)

(32)

30

TESTE 3

A

E tapa sE tapa s

4.Imagina como se sentiu a raposa, quando viu surgir o outro animal, e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de espírito.

Lê agora o seguinte texto de um jornal online.

TEXTO B

No fim de semana de 29 e 30 de maio, venha descobrir Santo Isidoro, no Marco de Canaveses, terra de tradições hípicas, e delicie-se com o encanto dos cavalos Puro-sangue Lusitano, que serão os protagonistas dum evento singular.

A 3.ª Prova do II Campeonato Regional – Norte de Equitação de Trabalho é orga-nizada pela Câmara Municipal do Marco de Canaveses, sob a tutela e coordenação da APSL – Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano. A dinâmica está dividida em dois dias: no sábado, dia 29 de maio, às 15:00 horas, decorre a Prova de Ensino; no domingo, dia 30 de maio, às 11:00 horas, decorre a Prova de Maneabilidade, estando agendada para as 16:30 horas a Prova de Velocidade.

A Prova será julgada por um juiz nacional, nomeado pela APSL, que avaliará a prestação dos cavaleiros nos escalões de Juvenis, Juniores e Cavalos Debutantes. Depois de cada prova, haverá reuniões entre os cavaleiros e o juiz nacional que vai explicar os critérios de julgamento e transmitir as correções que considere que os cavaleiros devem efetuar no seu trabalho, para obterem de futuro melhores resul-tados.

Aos três primeiros classificados deste Campeonato Regional, nos diferentes es-calões, será facultada a participação na final Nacional, programada para novembro próximo, na Companhia das Lezírias.

A Equitação de Trabalho foi criada com a intenção de promover a equitação tra-dicional portuguesa e os cavalos Puro-sangue Lusitano. Deste modo, pretende-se conservar e perpetuar, não só o tipo de equitação de raiz portuguesa, mas também as várias tradições, como os trajes e arreios, que fazem parte do património cultural equestre da nossa nação. (…)

In jornal A Verdade, 27/05/2010  5 10 15 20

Hípicas: relativas a cavalos. Equitação: hipismo (des-porto com cavalos).

Equestre: relativo a cavalos ou cavaleiros.

(33)

E tapa sE tapa s

5.Completa as frases seguintes, de acordo com o texto.

a) As personagens principais das festas de Santo Isidoro serão

b)A organização da 3.ª Prova do II Campeonato Regional – Norte de Equitação de Trabalho está a cargo

c)No sábado, realizar-se-á a prova

d)No domingo de manhã, realizar-se-á a prova e)O juiz nacional da prova será nomeado pela f)Em novembro terá lugar

g)Os trajes e os arreios fazem parte 6.Transcreve do texto B:

6.1 o nome do município onde se realiza este campeonato equestre; 6.2o nome dos escalões em prova;

6.3o nome da raça de cavalos que participarão nas provas.

7.Segundo o texto, este campeonato pretende promover a equitação portuguesa.

Indica o modo como essa promoção será feita.

Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.

8.No texto, podes ler: “no sábado, dia 29 de maio, às 15:00 horas, decorre a Prova de Ensino”.

(linhas 7 e 8)

Diz em que tempo e modo se encontra a forma verbal da frase.

9.No fim de semana de 29 e 30 de maio, venha descobrir Santo Isidoro, no Marco de Canaveses, (...) e delicie-se com o encanto dos cavalos Puro-sangue Lusitano, que serão os protagonistas de um evento singular.

9.1Reescreve a frase, introduzindo um advérbio de quantidade e grau.

9.2Escreve uma pergunta à qual responderias com a expressão sublinhada na frase. 10.Joana: Eu já fui a uma feira de cavalos.

Pedro: Onde?

Joana: Na Golegã. E vou voltar para o ano.

10.1Diz a que classe e subclasse pertence a palavra sublinhada. 10.2Copia uma forma verbal no presente do indicativo.

11.Reescreve a frase “os cavaleiros devem efetuar [correções] no seu trabalho”, acrescentando 

(34)

32

TESTE 3

A

E tapa s

12.Lê a frase “venha descobrir Santo Isidoro, no Marco de Canaveses, terra de tradições hípi-cas, e delicie-se com o encanto dos cavalos Puro-sangue Lusitano”.

12.1 Reescreve-a na 2.apessoa do singular.

12.2Diz em que modo se encontram as formas verbais que usaste na frase que escreveste. 13.Completa a frase seguinte com preposições.

Os cavalos Puro-Sangue Lusitano são uma raça tradicional Portugal. Poucas pessoas sabem tal facto, pois não é um assunto interesse

pessoas em geral.

14.Completa as frases seguintes, colocando as formas verbais conforme indicado:

a)Quando (ser, futuro do indicativo) a próxima corrida de cavalos?

b)No ano passado, eu (comprar, pretérito perfeito do indicativo) um Puro-sangue Lusitano.

c)Estava a perguntar se tu (gostar, presente do indicativo) de hipismo.

II

Escuta o texto C e escreve a resposta aos dados seguintes. 1. Ano (aproximado) de origem do hipismo.

2. Nome da versão mais aceite na história do hipismo. 3. Região do mundo onde mais se usava o cavalo. 4. Nome das três modalidades olímpicas de hipismo. 5. Outras três provas hípicas (não olímpicas).

6. Número de obstáculos nas competições individuais (categoria A). 7. Número de medalhas olímpicas em hipismo, para Portugal. 8. Nome de um dos melhores cavaleiros olímpicos da atualidade. 9. Classificação de Duarte Silva, em 1964.

10. Nome de uma atual variante do hipismo, na área da saúde



III

Imagina que queres pedir um cavalo ao Pai Natal. Escreve-lhe uma carta, considerando os se-guintes aspetos:

• saudação;

• características do cavalo que desejas; • o que tencionas fazer com ele;

• o nome que lhe darás (e porquê).

Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.



E

tapa

s

(35)

E tapa sE tapa s

Nome N.o Turma Data

Lê o texto A, extraído de A viúva e o papagaio. Se necessário, consulta o vocabulário apresen-tado a seguir ao texto.

I

TEXTO A

A pobre senhora Gage não conseguia dormir. Não parava de dar voltas sobre vol-tas e pensar na sua triste situação, perguntando-se como voltaria a Yorkshire e como pagaria ao reverendo Samuel Tallboys o dinheiro que este lhe havia emprestado. Sentia-se ainda mais preocupada quando pensava na sorte do pobre papagaio James. Já se lhe tinha afeiçoado e pensava que o animal devia ter bom coração para lamentar tanto a morte do velho Joseph Brand, que nunca se havia mostrado cari-nhoso com nenhum ser humano. Era uma terrível morte para um pássaro inocente; e pensou que se tivesse chegado a tempo teria arriscado a vida para o salvar.

Estava na cama, sumida nesses pensamentos, quando um toque na janela a so-bressaltou. O ruído repetiu-se várias vezes. A senhora Gage saiu da cama o mais depressa que pôde e aproximou-se da janela. Ali, para sua surpresa, sentado no pa-rapeito, havia um enorme papagaio. A chuva cessara e estava uma formosa noite de luar. De início assustou-se muito, mas depois reconheceu o papagaio cinzento, James, e a alegria embargou-a ao ver que o animal se tinha salvo. Abriu a janela, ace-nou a cabeça várias vezes e disse-lhe que entrasse. O papagaio respondeu movendo suavemente a cabeça de um lado para o outro, voou até ao chão, avançou uns pas-sos, voltou para ver se a senhora Gage o seguia e regressou ao parapeito, onde ela o observava muda de espanto.

“Os animais atuam com muito mais sentido do que nós pensamos”, refletiu. – Muito bem, James – disse em voz alta, falando-lhe como se fosse um ser humano. Vou acreditar na tua palavra. Espera um momento para que me arranje um pouco. Pôs um grande avental, desceu as escadas sem fazer ruído e saiu sem despertar a senhora Ford.

O papagaio parecia satisfeito. Avançava aos saltos uns metros à sua frente, em di-reção à casa em ruínas. A senhora Gage esforçava-se por o acompanhar. O papagaio parecia conhecer perfeitamente o caminho e dirigiu-se para as traseiras da casa, onde ficava a cozinha.

Virginia Woolf, A viúva e o papagaio, Relógio D’Água Editores, 2007  5 10 15 20 25

Formosa: linda. Embargar: suspender.

(36)

34

TESTE 3

B

E tapa sE tapa s

1.Seleciona a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o texto.

1.1A senhora Gage não conseguia dormir, porque… a)não sabia o caminho de regresso a Yorkshire. b)tinha saudades do reverendo Samuel Tallboys. c)não tinha dinheiro para a viagem de regresso. d)tinha de pedir dinheiro emprestado a alguém. 1.2A senhora Gage tinha pena…

a)que o papagaio tivesse morrido.

b)porque julgava que o papagaio morrera. c)do velho Joseph Brand.

d)do reverendo Samuel Tallboys. 1.3O papagaio…

a)tinha bom coração. b)chorava a morte do dono. c)impressionara a senhora Gage. d)era carinhoso.

1.4O papagaio queria…

a)comunicar algo à senhora Gage. b)pedir comida à senhora Gage. c)recolher-se da chuva.

d)entrar para o quarto da senhora Gage. 1.5A senhora Gage acha que os animais…

a)são muito interesseiros. b)gostam de ajudar.

c)sabem mais do que julgamos. d)dedicam-se muito aos donos.

2.A senhora Gage e o papagaio têm intenções diferentes, após ela abrir a janela.

Copia do texto uma frase que mostre a intenção: 2.1do papagaio;

2.2da senhora Gage.

3.“Os animais atuam com muito mais sentido do que nós pensamos”.(linha 19) Copia outro passo do texto que demonstre esta afirmação.

4.Imagina como se sentiu a senhora Gage quando seguiu o papagaio até às traseiras da cozi-nha, e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de espírito.

(37)

E tapa sE tapa s

Lê agora o seguinte texto de um jornal online. TEXTO B

Estudo: Os papagaios selvagens também atribuem nomes às crias

Filipa Alves (24-09-2012)

Um estudo recentemente publicado revela que as crias de Forpus conspicil-latus, adquirem chamamentos de contacto individuais parecidos com os dos irmãos e com os dos pais, quer sejam biológicos ou adotivos, o que sugere que estas vocalizações não são herdadas, mas sim aprendidas com os adultos que os criam e que as utilizam durante as suas primeiras semanas de vida.

Foi recentemente publicado na revista Proceedings of the Royal Society B:

Bio-logical Sciences, um artigo que revela que os papagaios selvagens também

atri-buem “nomes” às suas crias.

O estudo foi realizado por uma equipa formada por investigadores das Univer-sidades norte-americanas de Cornell (Nova Iorque) e da Califórnia e teve como espécie-alvo o papagaio mais pequeno do continente americano, cujo nome cien-tífico é Forpus conspicillatus.

Trata-se de uma ave que habita zonas de floresta pouco densa e de mato nos trópicos sul-americanos e cujos indivíduos possuem um “chamamento de con-tacto individual” único, que é utilizado apenas para o reconhecer, de acordo com uma investigação publicada em 1998.

Os resultados revelaram que não só o macho e a fêmea de cada casal possuíam, em todos os casos, chamamentos de contacto individuais mais parecidos entre si do que com os de outros casais, mas também as crias, independentemente de serem biológicas ou adotivas, apresentavam chamamentos semelhantes entre si e aos dos adultos que os criavam.

A comparação dos chamamentos do macho e fêmea de cada casal reprodutor antes e após a eclosão das crias, permitiu comprovar que estes não se modifica-ram e que tinham sido as crias a aprender o seu chamamento individual a partir dos progenitores e das vocalizações que lhes dirigiam individualmente nas pri-meiras semanas de vida. Para além de serem a primeira prova de que os papa-gaios selvagens também aprendem sons por imitação, estes resultados revelam que os progenitores, biológicos ou adotivos, são quem atribui às crias a vocaliza-ção de contacto que os identifica individualmente, que funciona como “nome”, nesta espécie de papagaio.

In Naturlink – sapo Notícias (24-09-2012) [http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Estudo-Os-papagaios-selvagens-tambem-atribuem-nomes-as-crias?bl=1] (adaptado, acedido em maio de 2013)  5 10 15 20 25 30

(38)

36

TESTE 3

B

E tapa sE tapa s

5.Diz se as frases seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o texto.

a)Os papagaios dão nomes aos filhotes.

b)O estudo foi levado a cabo por uma universidade.

c)O papagaio estudado habita nas florestas virgens do Brasil.

d)Os “nomes” dados pelos papagaios têm som semelhante aos nomes dos seus donos. e)Afinal, são as crias que impõem os seus nomes aos próprios pais.

f)Este comportamento funciona com filhos biológicos e adotados. g)As conclusões do estudo ainda não foram publicadas.

6.Transcreve do texto B:

6.1o nome de uma universidade envolvida neste estudo;

6.2a data que marca a descoberta de que os papagaios dão nomes às crias; 6.3o nome da espécie de papagaio estudada.

7.Segundo o texto, os papagaios dão nomes aos elementos da sua comunidade mais próxima.

Indica o modo como eles se relacionam uns com os outros. Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.

8.“A comparação dos chamamentos (...) permitiu comprovar que estes não se modificaram e que tinham sido as crias a aprender o seu chamamento individual a partir dos progenitores e das vocalizações que lhes dirigiam individualmente nas primeiras semanas de vida. (linhas 22 a 26) Copia as formas verbais:

8.1no pretérito imperfeito do indicativo; 8.2no pretérito perfeito do indicativo;

8.3no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo.

9.“Tratase de uma ave que habita zonas de floresta pouco densa e de mato nos trópicos sul --americanos e cujos indivíduos possuem um ‘chamamento de contacto individual’ único”.

(linhas 13 a 15) Copia da frase:

9.1uma preposição simples;

9.2um advérbio com valor de quantidade e grau. 10.Entrevistador: Onde foi realizado este estudo?

Cientista: Nos Estados Unidos.

Entrevistador: País onde trabalha habitualmente, certo? Cientista: Sim.

10.1Diz a que classe e subclasse pertence a palavra sublinhada. 10.2Copia uma forma verbal no presente do indicativo.

(39)

E tapa sE tapa s

11.Reescreve a frase “estes resultados revelam que os progenitores, biológicos ou adotivos, são quem atribui às crias a vocalização de contacto”, acrescentando um advérbio com valor de modo.

12.Escreve uma frase em que uses o verbo chamar no futuro do indicativo.

13.Completa a frase seguinte, usando preposições simples.

Os papagaios habitam zonas floresta e comunicam si. Têm chama-mentos contacto que usam as crias que as aprendem as primeiras semanas vida.

14.Completa as frases seguintes, colocando as formas verbais conforme indicado:

a)Quem (dar, presente do indicativo) o nome às crias?

b)Os papagaios (mostrar, pretérito perfeito do indicativo) que escolhem os sons para chamar os filhotes.

c)Quem sabe se, no futuro, se (descobrir, futuro do indicativo) que todos os ani-mais dão nomes aos filhos!

II

Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.



III

Imagina que és amigo(a) da Sr.aGage. Escreve-lhe uma carta, considerando os seguintes

as-petos: • saudação;

• a tua opinião sobre os seus comportamentos; • conselhos;

• convite para te visitar.



2. Uma raposa tomava conta do menino.

1. Um lenhador vivia com a esposa e o filho.

4. A raposa não era confiável.

3. A raposa passava muita fome.

7. A raposa atacara o menino.

6. Um dia, o lenhador viu a raposa com a boca ensanguentada.

9. Devemos seguir as opiniões dos outros.

8. O lenhador matou a raposa.

5. O lenhador sofria dos olhos. 10. Não devemos tomar decisões precipitadas.

Referências

Documentos relacionados