D E P A R T A M E N T O D E P A T O L O G I A E C L I N I C A M É D I C A S (2.® C A D E I R A ) D ire to r: P ro f. D r. P a u lo de C a r v a lh o P e re ira FA TÔ R E S QUE IN F L U E M N A D E T E R M IN A Ç Ã O DOS V A L Õ R E S PR O TE IC O S DO SÔRO E P L A S M A (F A C TO R S IN F L U E N C IN G T H E D E T E R M IN A T IO N OF T H E P R O T E IC V A L U E S OF BLOOD SERU M A N D P L A S M A ) Le o n a r d o Mi r a n d a d e Ar a c j o * P ro f. A ssistente E d c a r d o H a r r y B I I i f í E L “ P a u l o de C a r v a l h o P e r e i r a ' P ro f. Assistente D o u to r P ro f. T it u la r Ca r i.o s Ed u a r d o Re i c h m a n n ' Jo s é Lu i z D ’An g e l i n o **** In stru to r M éd ic o V e te rin á rio
Vários são os processos de determinação das proteínas e suas frações como também, dos lipídeos totais do sóro e plasma sangüí neo; assim sendo, podemos supor que os resultados obtidos não se jam semelhantes. Esta disparidade pode resultar da conservação ou da qualidade da amostra (plasma ou sôro). Em se tratando, especificamente do plasma, as variações observadas podem depen der do anticoagulante empregado. A fo ra isto, temos variações de vidas aos métodos ou técnicas empregadas nos doseamentos.
Em vista disto julgamos ser chegado o momento de se estabe lecerem normas que padronizem o material e os métodos usados nas análises bioquímicas dos constituintes orgânicos, devendo de terminar fatores que permitam a comparabilidade dos resultados obtidos pelos diferentes métodos.
Ho w e (1921) padroniza o fracionamento protéico sangüíneo
substituindo, definitivamente o uso de sulfato de amónia pelo sulfa to de sódio, tendo seus resultados confirmados por Re i n e k” e col.
(1939).
• Assistente de P a to lo g ia e C lín ica M éd ic a s de R u m in an te s da F a c u ld a d e de M edicin a V e te rin á r ia e Zootecn ia d a U SP.
** P ro f. A ssistente D ou to r de P a to lo g ia e C lín ica M éd ic a s de R u m in an te s d a F a culdade de M ed icin a V e te rin á r ia e Z ootecn ia d a U SP.
« • « P ro f. T it u la r de P a to lo g ia e C lin ica M éd ic a s de R um in an te s da F a c u ld a d e de M ed icin a V e te rin á ria e Z o o tecn ia d a U S P .
510 Rev. Fac. Med. Vet. S. Paulo — Vol. 8 fase. 2, 1970
T a y l c r o K e y s
(1943)
fa z e n d o um estu do c o m p a r a tiv o do fr a -c io n a m e n to p r o te ic o do sô ro p o r m e io s e le t r o fo r é tic o s e pelo su lfa to de sódio, v e r ific a r a m qu e o so b re n a d a n les a p re sen ta 5 ,2 'y m ais
d e n itr o g ê n io d o q u e a in d ica d a p ela a n á lise elet r o fo r é tic a . P e t e r -
m a n n e col.
(1947)
c o n firm a m êstes resu ltados, o b serva n d o qu e ot e o r d e a lb u m in a nas d o sa gen s fe ita s p elo m é to d o de H o w e é m a io r d o q u e a q u êle o b tid o pela e le tr o fo r e s e , pois, p elo fr a c io n a m e n to sa
lin o, a fr a ç ã o a lb u m in a pode in c lu ir as fr a ç õ e s a lfa 1 e a lfa 2 glo -
bulinas.
M a jg o r (1947) observa não haver equivalências no fraciona mento salino e eletroforético, a não ser quando se faz a precipita ção das globulinas com solução de sulfato de sódio a 26,8
g (
<.G o r n a l l e col.
(1949)
a d a p ta m a re a ç ã o do b iu re to p a ra e s tim a r as fr a ç õ e s p r o lé ic a s do s ô ro sep ara d a s p elo m é to d o de H o w e
m o d ific a d o p o r KiN G SLEY
(1942)
no q u al as g lo b u lin a s são p r e c ip ita d a s p o r u m a solu çã o de s u lfa to d e só d io a 22,6 g ' t ou pelo
s u lfito de sód io a
21,0
g ' r . P o n sMuzzo (1951),
acon selh a umam o d ific a ç ã o d o m é to d o de G o r n a l l e co l,
(1949)
a u m en tan d o ac o n c e n tra ç ã o d e s u lfito d e só d io p a ra
26,9
g'/r,
pois J a g e r e col.(1950)
e P o p p e r e col.(1950)
e n c o n tra r a m v a lo r e s d e albu m in a sem elh a n tes a os o b tid o s pela e le tr o fo r e s e .Os efeitos de conservação do sôro sangüíneo para posteriores dosagens de proteínas, foram estudados per Gc r n a l l e col. (1949), Ko p p e En g i.e r t (1961), We h m e y e r (1954) e Bir g e l e cols. (1963 64), não tendo sido salientados óbices a esta conservação du rante 7 dias em geladeira.
A in te r fe r ê n c ia d e o u tro s fa t o r e s na d o sa gem d e p ro teín a s nos
líq u id o s o rg â n ic o s te m sido pou co estudada. G o r n a l l e col.
(1949)
sa lien ta m qu.e o íon a m ó n io é f a t o r de d istú rb io na rea çã o d o b iru e to , não a co n selh a n d o p o r isso o uso d e o x a la to de a m ó n io c o m o a n tico a g u la n te.Go r n a l l e col. (1949) fazendo a separação das globulinas pre cipitadas da fração líquida contendo a albumina pelo uso de éter sulfúrico, dizem introduzir no resultado um êrro de 3 f f devido a di luição da albumina. Visando eliminar esta causa de êrro Ba c il a e col. (1962) recomendam a separação das frações protéicas através filtração com papel de filtro Whatmann 42.
Tendo em vista a deficiência do conhecimento dos inúmeros fatores que interferem nas dosagens bioquímicas de constituintes do sangue de ruminantes, estudam-se no presente trabalho, a influên
cia da qualidade das amostras sangüíneas (sôro ou plasma) como também a interferência dos anticoagulantes nas determinações de proteínas e lipídeos totais: é feito um estudo das variações que ocorrem quando a separação das globulinas precipitadas se faz
Rev. Kac. Med. Vet. S. Paulo — Vol. 8 fase. 2, 1970 511
pela adição de éter sulfúrico ou pela filtração em papel Whatmann 42; além disto, compara-se o resultado obtido para a fração albu mina no sôro de caprinos, pelo método de Go r n a l l e col. (1949) com os obtidos através eletroforese.
M A T E R IA L E MÉTODOS
O presente experimento foi realizado com amostras sangüíneas dos principais ruminantes domésticos criados no Brasil (bovinos, ovinos e caprinos).
Visando verifica r a influência dos anticoagulantes sôbre algu mas dosagens realizadas no plasma sangüíneo colheu-se o sangue por punctura da jugular, sendo o mesmo recebido em frascos con tendo os seguintes anticoagulantes: etileno diamina tetracética di- -sódico (E D T A ) (1 mg do sal para 1 ml de sangue); oxalato de sódio (1,5 mg do sal a 1,5% para 1 ml de sangue). Êste anticoa gulante, em outro grupo de amostras, foi utilizado na mesma pro porção, após evaporar-se a água de dissolução; oxalato de potássio
(2 mg do sal por ml de sangue); citrato de sódio (7,6 mg do sal para 1 ml de sangue) ; mistura de H eller e Paul, como recomenda Kr a c k e (1934), na proporção de 2,4 mg de oxalato de amónio e 1,6 mg de oxalato de potássio para 1 ml de sangue.
Para obtenção do sôro, o sangue era colhido utilizando-se a técnica usual, e a separação feita após a ocorrência de retração de coágulo.
Nas amostras obtidas fez-se a determinação de seus teôres de proteína total, albumina, globulinas e cálculo da relação albumi na globulinas através o método de Go r n a l l, já utilizado por Bir g e l (1967). A dosagem de gama globulina foi realizada pelo método de Fr a t t i n i, já utilizado por Bir g e l (1967). Os lipídeos totais fo ram determinados através o método de Ku n k e l e col., já utilizado por Ar a ú j o (1967).
Para evidenciar-se a influência da concentração da solução pré cipitante das globulinas no fracionamento salino das proteínas, fez- -se a precipitação desta fração protéica usando-se soluções de sulfi to de sódio a 21, 24 e 27 g% e sulfato de sódio a 22,6 g '/ .
Procurando verificar a influência do método de separação das globulinas fez-se esta separação ou pela edição de 3ml de éter sul fúrico e centrifugação ou através filtração em papel de filtro W h at mann 42. Fazendo-se a determinação da albumina no primeiro têrço filtrado e na porção final dêste filtrado, observou-se o poder de retenção protéica do papel de filtro. Considerou-se para cálculo de proporcionalidade, o resultado obtido na fração final do filtrado como 100%.
612 Rev. Fac. Med. Vet. S. Paulo — Vol. 8 fase. 2, 1970
A comparação dos resultados obtidos por eletroforese do sôro sangüíneo de caprinos, feita em papel de filtro Whatmann n" 1, em aparelho Elphor, utilizando-se tampão de veronal acetato de p H 8,6 e fôrça iônica 0,08, seguindo, em linhas gerais, o método de Gr a s s m a n e Ha n n i n g (1954), serviu de base para comparar os re sultados da albumina e gamaglobulina, obtidos nas mesmas amos tras, respectivamente pelo método de Go r n a l l e col. e Fr a t t i n i, como recomenda Bir g e l (1967).
R E SU LTA D O S
Nas diferentes tabelas apresentadas, comparam-se os teôres lipoprotéicos obtidos através fracionamento salino ou eletroforético no sôro e em plasma sangüíneo de ruminantes.
D I S C U S S Ã O
A influência do uso de anticoagulantes nas amostras sangüí neas destinadas a dosagem das proteínas plasmáticas foi salientada por Go r n a l l e cols. (1949). Pelo delineamento proposto a esta pesquisa, reafirma-se a observação dos citados autores, verificando que o teôr de proteínas do sôro se identifica àquêle do plasma obti do de amostras contendo oxalato de sódio (sêco) e E D TA .
O maior valor obtido no plasma se deve evidentemente ao seu conteúdo em fibrinogênio. A taxa de proteína total foi menor nas amostras colhidas com anticoagulantes líquidos, apesar da corre ção de volume e diluição estabelecida. A diferença observada nas amostras em que se usou o anticoagulante de He l l e r e Pa u l, se deve provàvelmente ao íon amónio, como já salientou Go r n a l l e col. (1949), que interfere na reação de biureto.
Os teôres de albumina no plasma, qualquer que seja o anticoa gulante empregado, são menores do que os observados no respec tivo sôro; a única explicação que se tem para êste fato se liga a al terações da precipitação das frações protéicas pelas soluções sali nas empregadas.
A fração globulina, por ser obtida no método de Go r n a l l e col. (1949) por método indireto, não serve para considerações mais profundas, e as variações dos resultados obtidos se relaciona ao que já salientamos para proteína total e albumina.
Os resultados obtidos nas dosagens de lipídeos totais e gama globulina, no plasma sangüíneo de ruminantes foram maiores do que aquêles observados no sôro. O fato, para lipídeos totais, já foi salientado por Bi r g e l e col. (1964) porém não evidenciado ain da para a fração gama globulina. A diferença observada de
for-T A B E L A I — In flu ê n c ia dos a n tic o a g u la n te s s ô b re os t e ô r e s d e p r o t e ín a t o ta l (e m g p o r 100 m l) d o p la s m a d e ru m in a n te s ( V a l o r o b tid o no s ô ro fo i c o n s id e ra d o 1 0 0 % ). P L A S M A 0 E spécie A n im a l Sôro E d ta O x a la to de sódio líqu ido O x a la to de sód io sêco O x a la to de potássio liquido Líq u id o de H e lle r e P a u l C itra to de sódio M edia 7,46 7.03 7.36 7,53 7.43 7.1 — 7.9 7,16 > o V ariaçfto 6,9 — 8,1 7,2 — S.O 7.0 7,7 7,1 — 8,1 7,1 — 7.7 7.63 6,6 — 7,9 /O 100 102.3 98,6 100,9 99,6 102,3 95,9 1 V 3 M éd ia 5,86 6,06 5,76 6,06 5,70 6.16 5,40 * u ' ; S V a ria ç ã o 4.6 — 7.2 4,7 — 7.3 4.0 — (i.7 4.9 — 7,0 4.7 — 7,3 4.6 — 7,3 2.9 — 7,3 CJ • * i % 100 103.4 98,2 103,4 97.2 105,1 92,1 M édia 6.6 6,46 5,73 6,36 6,43 6.8 5,73 Q V a ria ç ã o 6,0 — 7.0 6,3 — 6,7 5,4 — 6,3 6.2 — 6.6 6.1 — 6.8 6.2 — 7,6 5,2 — 6.0 /O 100 97.S 86,8 96,4 97,5 103.0 86,8 M édia 6.64 6,72 6,28 6,65 6.50 6,86 6,09 ‘O V a ria ç ã o 4,6 — 8,1 4,7 — 8,0 4.0 — 7,7 4,9 — 8,1 4.7 — 7,7 4,6 — 7.9 2,9 — 7,9 % 100 101,2 94,5 100.1 97,9 103,3 91,7 * Q u a n d o se usou a n tic o a g u la n te em s o lu ç ã o , a t a x a p r o t é le a e n c o n t r a d a fo i c o r r ig id a p r o p o r c io n a lm e n te . R ev. Fac. M o d . V et . S . P a u lo — Vol. 8 fa s e . 2, 19 70 5 1 3
TABELA II — Influência dos anticoagulantes sóbre os teores de albumina (em g por 100 mi) do plasma de ruminantes (Valor obtido no sôro foi considerado 100%).
* Quando se usou anticoagulante em solução, a taxa proteica encontrada foi corrigida proporcionalmente.
51 4 Rev. F a e . M e d . Vet. S . P a u lo — Vo!. 8 fa s e . 2, 1 0 7 0 P L A S M A * Espécie A n im a l Sôro E d ta O x a la to de sódio liqu ido O x a la to de sódio sêeo O x a la t o de Po tássio liqu id o L iq u id o de H e lle r e P a u l C itra to de sódio M éd ia 2.53 2,33 2,3 2,3 2,27 2,7 1,87 C V a ria ç ã o 3.8 — 3,0 1,6 — 2.9 1,4 — 3,1 1.8 — 2,8 1,5 — 3,0 1.7 — 2.9 1,6 — 2,6 O % 100 92,9 90,1 90.9 89,7 106,7 72,1 « M éd ia 3.03 2,66 3,23 2.76 3.2 2,77 2,8 V a r ia ç ã o 2,1 — 4.0 1,3 — 3,8 2,8 — 3,9 1.6 — 4,0 2.8 — 3,8 1,6 — 4,0 1,6 — 3,8
u
% 100 87,8 106,5 91,1 105,2 91,4 90,2 ctf > M édia 3.6 2,93 2.66 2.96 2,87 3.07 2,53 V a ria ç ã o 3,3 — 4,0 2.5 — 3.2 2,2 3.0 2.5 — 3,4 2,3 — 3,2 2,5 — 3,5 1,9 — 3.2 0 % 100 81*4 73,9 82,2 79,7 85,2 70,2 M édia 3,05 2.64 2,73 2.6S 2,7S 2.84 2,40 cS — !? *■* V a ria ç ã o 1,8 — 4,0 1,3 — 3,8 1,4 — 3.9 1,6 — 4,0 1,5 — 3,8 1,6 — 4,0 1.6 — 3,8 2 ä % 100 86,5 89,4 87,9 91,1 93,1 78,6T A B E L A I I I — In flu ê n c ia d os a n tic o a g u la n te s s ô b re os t e ô r e s d e g lo b u lin a s (e m g 100 m l ) d o p la s m a d e ru m in a n te s ( V a l o r o b tid o n o s ô ro fo i c o n s id e ra d o 1 0 0 % ). P L A S M A * Espécie A n im a l Sôro E d ta O x a la to de sódio líqu id o O x a la to de sódio sêco O x a la to de P otássio liqu ido L iq u id o de H e lle r e P a u l C itra to de sódio B o v in a M éd ia V a ria ç ã o % 4,9 4,4 — 5,3 100 5,3 4,8 — 5,6 108,1 5,1 4,3 — 5,6 104,0 5.2 4,6 — 5,8 106,1 5,2 4,7 — 5,2 106,1 5.3 5,0 — 5,4 106,1 4.9 4,0 — 5,5 100 C a p r in a M éd ia V a ria ç ã o % 2,8 1,8 — 4,2 100 3,4 2,4 — 4,4 121,4 2,5 1.2 — 3,7 89,3 3,3 2.3 — 4,3 117,8 2,5 1,3 — 4,3 89,3 3,4 2,6 — 4,6 121,4 2.6 1.3 — 4,3 92,8 O v in a M édia V a ria ç ã o % 3.0 2,5 — 3,7 100 3,5 3,1 — 4,2 116,6 3,1 2,6 — 3,3 103,3 3,4 2,9 — 4,1 113,3 3,6 3.0 — 4,1 120,0 3,7 3,0 — 4,1 123,3 3,2 2,7 — 4,1 106,6 M é d ia g e r a l M éd ia V a ria ç ã o % 3,6 1,8 — 5,3 100 4,1 2,4 — 5,6 113,9 3,6 1.2 — 5.6 100,0 3,9 2,3 — 5,8 108,3 3,8 1,3 — 5,2 105,5 3,8 2,6 — 5,4 105.5 3,6 1,3 — 5,5 100,0 * Q u a n d o se usou a n t ic o a g u la n t e e m s o lu ç ã o , a t a x a p r o t é lc a e n c o n t r a d a f o i c o r r ig id a p r o p o r c io n a lm e n te . R ev. F a c . M e d . Vet. S . P a u lo — Vol . 8 fa s e . 2, 19 70 5 1 5
T A B E L A I V — In flu ê n c ia do s a n tic o a g u la n te s sô b re os t e ô r e s d e lip íd e o s (e m m g '” ) d o p la s m a d e ru m in a n te s ( V a lo r o b tid o no sô ro fo i c o n s id e ra d o lO O íí ). P L A S M A » Espécie A n im a l Sôro E d ta O x a la to de sódio líqu ido O x a la to de sódio sêco O x a la to de Po tássio liqu ide L íq u id o de H e lle r e P a u l C itra to de sódio V a ria ç ã o 413 829 846 834 798 851 610 M édia 377 — 476 791 — 856 806 — 894 789 — 857 791 _ 879 805 — 895 388 — 786 % 100 200,7 204,8 201.9 190,7 206,0 147,6 M éd ia 406 705 702 678 642 637 554 -r V a ria ç ã o 357 — 4 17 641 — 745 659 — 737 612 — 714 569 — 735 480 — 738 488 — 600 % 100 170,3 172,9 166,8 158,1 157,1 136,4 M éd ia 337 653 614 541 584 588 498 V a ria ç ã o 308 — 380 644 — 661 602 — 622 476 — 573 579 — 595 538 — 637 468 — 522 % 100 193,7 182,1 160,5 173,2 174,4 148,0 M édia 385 729 727 684 675 692 554
1 2
V a ria ç ã o 308 — 476 641 — 856 602 — S94 476 — S57 579 — 879 480 — 895 388 — 786 2 “ % 100 189,3 188,8 177,7 175,3 179,7 143,8 * Q u a n d o se usou a n t ic o a g u la n t e em s o lu ç ã o , a t a x a p r o t é ic a e n c o n t r a d a fo i c o r r ig id a p r o p o r c io n a lm e n te . 51 6 Rev. Fa c . M e d . V et. S . P a u lo - V ol . 8 fa s e . 2, 1 9 7 0T A B E L A V — I n flu ê n c ia cios a n t ic o a g u la n t e s sô b re os t e ô r c s d e g a m a g lo b u lin a (e m g p o r 100 m l ) d o p la s m a d e ru m in a n te s ( V a l o r o b tid o no s ô ro fo i c o n s id e ra d o 1 0 0 cf i >. • Q u a n d o se usou a n t ic o a g u la n t e em s o lu ç ã o , a t a x a p r o t é ic a e n c o n tr a d a fo i c o r r ig id a p r o p o r c io n a lm e n te . Rev. F a c . M e d . Ve t. S . P a u lo Vo l. 8 fa s e . 2, 19 70 5 1 7 P L A S M A 0 O x a la to O x a la to O x a la t o L iq u id o de C itra to Espécie
g era l E dta de sódio de sódio do Potássio H e lle r e de A n im a l
liqu id '» sêeo liquido P a u l sódio
2,00 1.57 2,17 1.97 2.37 2.07 2.23 c V a ria ç ã o 1,8 2.1 1,8 — 2.0 2.1 — 2,3 1,8 — 2,1 1.9 — 2,2 1.9 — 2,2 2.0 — 2.5 c*0 100 78,5 108,5 98,5 118,5 103.5 111.5 ctf M édia 1,83 1,83 2,03 1.9 1,83 2.2 1.9 T. V a ria ç ã o 1,7 — 1.9 1.7 — 1,9 2.0 — 2,1 1.9 — 1.9 1,8 — 1.9 1.9 — 2.7 1.8 2.1 U * 100 100 110.9 103,9 100 120.3 103,8 M édia 1,66 1,53 1,63 1,7 1.77 1,77 1,67 ci c V a ria ç ã o 1.6 — 1,8 1.5 — 1.6 1.4 — 1.8 1,6 — 1,8 1.6 — 1.9 1.6 — 1.9 1.4 — 1,8 O % 100 92,1 98,1 102,4 106,6 106.6 100,6 M éd ia 1,83 1,65 1,98 1,86 1.99 2,01 1.93 a d •c 73 «o sl/ V a ria ç ã o 1,6 — 2.1 1.5 — 2.0 1.4 — 2.3 1,6 — 2.1 1.6 — 2,2 1.6 — 2.7 1.4 — 2.5 c/c 100 90,1 108,1 101,6 108,7 109,8 105,4
T A B E L A V I — In flu ê n c ia d as difere n tes concentrações de su lfito de sódio e s u lfa to de sódio a 22,6% sôbre os teôres de a lb u m in a (e m g por 100 m l ) do sôro de rum inantes.
Espécie A n im a l
S u lfito do Sódio 27% Su lfito de Sódio 24% S u lfito de Sódio 21% S u lfa to de Sódio 22,6%
1» F i l trado 29 F i l trado ftter S u l f ú r e o l f F i l tra d o 2v F il tra d o É ter S u l furic o 1« F i l trado 2 " F il tra d o fite r S u l-fú r ir o 2« F i l trad o É te r S u l-fú ric o M éd ia 2.0 2.2 2,1 2,3 2,6 2.4 2,3 2.4 2.2 2,5 2,7 2,5 c V a ria ç ã o 1,3-2,7 1,8-2,8 1.5-2.8 1.8-2,8 2.2-3,1 1,7-3,0 2.0-2.8 2,1-2,8 2,0-2,6 1,9-3,0 2,4-3,0 2,1-3,0 X % 90,9 100 95,4 88,4 100 92,3 95,8 100 91,6 92,5 100 92,5 M édia 2.5 2.6 2,4 3.1 3,0 3,0 3,5 3,2 3.0 3,9 3,8 3,8 b V a ria ç ã o 23-2,6 2,3-3.2 2,3-3,2 2,5-3,5 2,8-3,5 2,8-3,2 3,0-4,0 2,8-3,6 2.9-3,0 3,5-4,5 3,5-4.0 3,3-4,4 CJ % 96,1 100 92,3 103,3 100 100 109,3 100 93,7 102.6 100 100 cd c M éd ia 2.9 2,9 2,9 3,5 3,5 3,5 3.6 3,5 3.5 3,9 3,9 3,6 V a ria ç ã o 2,5-3,3 2.8-3.0 2,8-3,0 2,8-3,8 3,3-3,8 3,0-3,8 2,9-4,0 2,8-3,8 2.8-3,8 3,3-4,3 3,3-4,3 3,3-3,8 O % 100 100 100 100 100 100 102,2 100 100 100 100 92,3 « ,— 'S u o % M éd ia 2,5 2,6 2,5 3.0 3,0 3.0 3.1 3,0 -i.9 3,4 3,5 3,3 V a ria ç ã o 1,3-3,3 1,8-3.2 1,5-3,0 1,8-3,8 2,2-3,8 1,7-3,8 2,0-4,0 2,1-3,8 2.0-3 S 1,9-4,5 2,4-4.3 2,1-4,4 95,6 100 95,9 97,2 100 97,4 102,4 100 Ytb.l 98,4 100 94,9 51 8 Rev. F a c . M e d . Vet. S . P a u lo — Vo l. 8 fa s e . 2, 1 9 7 0
T A B E L A V I I — I n flu ê n c ia d a s d ife r e n t e s c o n c e n tr a ç õ e s d e s u lfit o d e s ó d io e d o s u lfa t o d e só d io a 22,6% só b re os t e ô r e s d e g lo b u -lin a s (e m g p o r 100 m l) d o s ô ro d e ru m in a n te s .
Espécie
Animal
Sulfito de Sódio 27%
Sulfito de Sódio 24%
Sulfito de Sódio 21 %
Sulfato de Sódio 22,6%
1« Fil
trado
2» Fil-
trado
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trado
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trado
Êter
Sul-fúrieo
1* Fil
trado
2> Fil
trado
Êter
Sul-fúrico
a
o
ffl
Média
Variação
%
5.7
5,2-6,3
106,3
5,5
5,5
5,1-5,8 5,1-6,1
100
100
5,4
4,8-5,9
108,0
5,0
5.2
4,5-5,5 4,6-6,0
100
104,0
4,7
4,2-5,0
102,1
4,6
4,2-5,0
100
4,8
4,4-5,0
104,3
4,6
3.6-5.2
109.5
4,2
3.4-4,9
100
4,5
3,6-5,0
107.1
d
Média
3,3
3,1
3,3
3,1
3,2
3,3
2,6
2,7
3,1
2,7
2,9
2.8
B
n
a
cd
Variação
3.0-3.9 2,1-3,9 3,0-3,9
2,8-3,8 2,5-4,3 2,5-4,2 2,2-3,2 2,5-3,1 2,4-3,7
2,4-3,3 2,5-3,3 2,5-3,5
U
%
106,4
100
106,4
96,8
100
103,1
96,2
100
114,8
93,1
100
96,5
Média
3,0
3,0
3,0
2,6
2,5
2,5
2.5
2,6
2.6
1.9
1.9
1,8
c
Variação
2,8-3,1 2,8-3,1 2,8-3,1
2,3-3,0 1,8-3,0 í 2,3-3,0
1
2,3-2,6 2,5-2,6 2,5-2,6
1,8-2,0 1.5-2,3 2,0-2,5
°
%
100
100
100
104
100 i 100
96.1
100
100
100
100
94,7
Média
4,0
3,9
3,9
3,7
3,6
3,7
3,3
3,3
3,5
3.1
3,0
3,0
cã —
3 2
<1 o
Variação
3,0-5,7 3,0-5,5 3,0-5,5 2.6-5,4 2,5-5,0 2,5-5,2 2,5-4,7 2.6-4,6 2.6-4.8
1,9-4,6 1,9-4,2 1,9-442
S M
%
104,2
100
103,1
102,9
100
102,4
98,1
100
106.4
100,9
100
99,4
Rev. F a c . M e d . Vet. S . P a u lo — Vo l. 8 fa s e . 2, 19 70 5 1 9520 Rev. Fac. Med. Vet. S. Paulo — Vol. 8 fase. 2, 1970
T A B E L A V I U — T e ô re s de a lb u m in a e g a m a g lo b u lin a (em g por 100 m l ) o btidas por electroforese, c o m p aran d o -se os v a lo re s obtidos com os m éto dos de G o rn a ll e F ra ttln i, em 30 am ostras. A m o stra n» a l b u m i n a g % G A M A G L O B U L I N A g % E le ctro fo re se G o rn al e cols. S u lfito a 27 cc E lectroforese F rattin i = = _ = 1 1.61 1,4 2,78 1.7 2 2.25 2,0 2,25 1.4 3 1.86 1.8 2,72 1.6 4 2.24 1,9 2,61 1.7 5 1.98 2,2 2.09 1,4 6 2.96 3.0 1,69 1,1 7 1,95 1,6 2.78 1.6 S 1.82 1,4 2,41 1,6 9 2.31 2.0 2,38 1,4 10 2,00 1,8 3,32 1.6 11 1,94 1,9 2,72 1,6 12 1,70 1.4 3.90 2.2 13 2.49 2,3 2,18 1.2 14 1.59 1,1 3,81 1,9 15 1,18 1,8 3,78 2,0 16 2.13 1,!) 2,82 1.4 17 1,68 1,4 2,27 1,5 18 2.12 2,0 4,83 2,0 19 2.26 2,1 3,87 1,9 20 1,92 1,7 5,54 1.9 21 1.97 1,8 5,0(5 2.0 22 2.07 2,0 2,99 1.7 23 2.07 1.6 4,40 1.9 24 2.16 1.9 4,48 2.3 25 2.32 2.2 3,02 1.9 26 1,89 1.6 4.61 2.2 27 1,62 1,6 3,41 2.0 28 2.22 1.5 4.63 2.4 25) 1.72 1,5 4,90 2.2 30 1.89 1,9 4,66 M édia 1,96 1.81 3,43 1.62 V a ria ç ã o 1,18-2,96 1.1-2,2 1,69-5,54 1.1-2,4 D ife re n ç a a b so lu ta — 0,15 — 1.81 E m % — 7,65% — 52.77%
Rev. Fac. Med. Vet. S. Paulo Vol. 8 fase. 2. 1970 521
ma mais acentuada para os lipídeos totais talvez se relacione a modificações de turvação determinadas pelos anticoagulantes. Sen do os métodos de Ku n k e l e col e Fr a t t i n i, métodos turbidimétri- cos, qualquer modificação na turvação dos elementos citados pode alterar de forma variável os resultados obtidos.
Go r n a l l e cols. (1949), quando estabeleceram seu método de fraeionamento e doseamento de proteínas sangüíneas, salientaram a importância do método de separação das globulinas para a deter minação da albumina e evidenciaram que a separação pelo éter sulfúrico introduz êrro de 3 f/í no processo, devido a diluição da albumina.
Pelo planejamento proposto a êste experimento poude-se v eri ficar que qualquer que seja a solução salina usada, e independente mente da sua concentração, os resultados obtidos no filtrado inicial, que contém a fração albumina ou na amostra separada pelo éter sulfúrico, são 2 a 5'}'< menores do que o obtido no filtrado final.
O m e n o r t e ô r de a lb u m in a o b tid o na a m o s tra cu ja s g lo b u lin a s
fo r a m sep ara d a s pelo é t e r s u lfú ric o , é cau sada p o r dilu içã o , co m o
já sa lien tou Go r n a l l e col. (1 9 4 9 ). A m e n o r t a x a o b s e rv a d a no
filtr a d o in icia l, p r o v à v e lm e n te se d e v e a n ão s a tu ra çã o rá p id a do papel de filt r o W h a tm a n n 42, d e m o d o q u e p a rte da a lb u m in a é r e tid a pelo m esm o e só a p a r t ir d e sua sa tu ra çã o, o b tid a após f ilt r a r a p ro x im a d a m e n te 5 m l, d e ix a r á d e r e t e r esta fr a ç ã o p ro té ic a .
Ta y l o r e Ke y s (1943), Pe t e r m a n n e col. (1947), Ma j o o r (1947), já evidenciaram diserepâncias observadas entre os resulta dos obtidos no fraeionamento eletroforético e salino das proteínas. Devido a êste fato Ma j o o r (1947), Ja g e r e col. (1950) e Po p p e r e col. (1950), recomendam a precipitação das globulinas com solu ções salinas a 26,8 g'/t. Pelo que evidenciaram os autores cita dos, podemos deduzir que a comparabilidade dos resultados obtidos no fraeionamento protéico, só poderá ser feita se estabelecida defi nitivamente a influência da concentração dos precipitantes. O sul fito de sódio a 27 g rí, determina precipitação intensa das globulinas e os resultados assim obtidos foram 13% menores do que aquêles verificados nas frações precipitadas com êstes sal em concentra ções mais baixas, a 21 e 24 g% .
Quando se faz a precipitação das globulinas com o sulfato de sódio a 22,6r; , a diferença é mais evidente; o resultado da fração de albumina assim obtida é aproximadamente 24% maior do que o verificado quando a precipitação é feita com o sulfito de sódio a 27 g r/ (. Êste maior resultado, obtido a partir da precipitação com sulfato de sódio, segundo Ma j o o r (1947) se deve a inclusão das frações alfa, e alfa2 globulinas na fração albumina.
Evidentemente, no doseamento das globulinas precipitadas por soluções salinas em diferentes concentrações, os resultados foram
522 Rev. Fae. Med. Vet. S. Paulo — Vol. 8 fase. 2. 1970
inversos, obtendo-se maiores teôres nas frações precipitadas com soluções mais concentradas.
Uma vez estabelecido que para dosagem da fração albumina do sôro sangüíneo de ruminantes, deve-se precipitar as globulinas com soluções de sulfito de sódio a 27%, comparamos os resultados assim obtidos para a fração albumina pelo fracionamento salino com os verificados pelo fracionamento do sôro sangüíneo de capri nos. Os resultados foram comparáveis, sendo no fracionamento eletroforético 7,65% maiores do que os obtidos através meios quí micos. Os resultados são semelhantes aos obtidos por Ma.joor (1947), Ja g e r e col. (1950) e Po p p e r e col. (1950), em outras es pécies.
Os valores obtidos pelo método turbidimétrico de Fr a t t i n i para os teôres de gama globulina do sôro de caprinos, não podem ser comparados àqueles obtidos pela eletroforese, pois êstes são 52,77% maiores do que aquêles obtidos pelo método turbidimétri co.
CONCLUSÕES
Osresultados obtidos para as diferentes frações protéicas do sangue de ruminantes e as comparações efetuadas entre a influên cia do uso de diferentes anticoagulantes nos permitem as seguintes conclusões:
1 — O teôr de proteínas séricas é idêntico àquêle do plasma obti do de amostras contendo oxalato de sódio (sêco) e o E D TA.
2 — A taxa de proteína total foi menor nas amostras colhidas com anticoagulantes líquidos, apesar da correção de volume e da diluição estabelecida.
3 — A diferença observada nas amostras em que se usou o anti-coagulante de He l l e r e Pa u l, provàvelmente é devida ao uso do oxalato de amónio, pois como salienta Go r n a l l e col. (1949) o íon amónio é fator de distúrbio na reação do biureto.
4 — Os teôres de albumina plasmática, qualquer que seja o anti-coagulante empregado, são menores do que os teôres séri- cos, talvez isto aconteça devido a alterações da precipitação das frações protéicas pelas soluções salinas empregadas.
5 — Os resultados obtidos nas dosagens de lipídeos totais e gama globulina no plasma sangüíneo de ruminantes foram maio
Rev. Fae. Med. Vot. S. Paulo - Vol. 8 fase. 2, 1970 523
6 — Qualquer que seja a solução salina usada, e independente mente da sua concentração, os resultados obtidos no filtrado inicial, que contém a fração albumina ou na amostra sepa rada pelo éter sulfúrico, são 2 a 5% menores do que o obtido no filtrado final.
7 — O sulfito de sódio a 27 g%;, determina precipitação intensa das globulinas e os resultados obtidos foram 13% menores do que aqueles verificados nas frações precipitadas com êste sal em concentrações baixas, a 21 e 24 g% .
8 — N a precipitação das globulinas pelo sulfato de sódio a 22,6 g% a fração albumina é aproximadamente 24% m aior do que aquela obtida quando a precipitação é feita com o sul fito de sódio a 27% ; logicamente os resultados para as glo bulinas serão inversos, sendo maiores os teõres nas frações precipitadas com soluções mais concentradas.
9 — O fracionamento eletroforético permite a obtenção de um teôr protéico 7,65% m aior do que o obtido pelo fraciona mento salino.
10 — O fra c io n a m e n to e le t r o fo r é t ic o a p re sen ta te õ re s de ga m a glo b u lin a 52,77% m a io r do qu e o o b tid o p elo m é to d o tu rb i-
d im é tr ic o d e Fr a t t i n i, sendo p o rta n to p r e fe r ív e l p a ra essa
d osagem .
RESUM O
Os A A estudam a influência de anticoagulantes nas amostras sangüíneas para a dosagem das proteínas plasmáticas e suas fra ções, usando oxalato de sódio em solução e sêco, oxalato de potás sio em solução, líquido de He l l e r e Pa u l, citrato de sódio e etileno diamina tetracética di-sódico (E D T A ).
Estudam a influência dos mesmos anticoagulantes na determ i nação dos teõres de lipídeos totais e gama globulina.
É focalizada a influência das diferentes concentrações de sul fito de sódio e sulfato de sódio usadas no fracionamento das pro teínas, assim como a separação das globulinas nas concentrações de 21% , 24% e 27%. e sulfato de sódio a 22,6%.
Comparam os resultados obtidos na dosagem de albumina fe i ta por eletroforese e pelo método de Go r n a l l e col., assim como a dosagem de gama globulina obtida pela eletroforese e pelo método turbidimétrico de Fr a t t i n i.
Apresentam 8 tabelas com os resultados de suas observações, discutem êsses resultados e apresentam suas conclusões.
524 Rev. Fac. Med. Vel. S. Paulo — Vol. 8 fase. 2, 1970
A G R A D E C IM E N T O S
Agradecemos aos Profs. Drs. Sylvio F erri e Luiz Octávio Me deiros, da Disciplina de Histologia e Em briologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da U sP, pela valiosa colaboração nas dosagens de proteínas e suas frações através o método eletro- forético em papel.
S U M M A R Y
The authors study the influence of anticoagulants in blood samples taken fo r dosage o f plasmatic proteins and their fractions, using sodium oxalate, in dry form and in solution, potassium oxa late in solution, He l l e r and Pa u l’s liquid, sodium citrate and E D TA .
They study the influence of the same anticoagulants listed abo ve in the determination o f the total lipidic content and gamma-glo- bulin.
The influence o f different concentrations o f sodium sulphite and sodium sulphate used in the fractionization of proteins in em phasized, as well as the separation o f globulins by filtration or by sulphuric ehter. The authors used sodium sulphite in the concen trations of 2 1 /r, 24%, 27% and sodium sulphate at 22,6%.
They compare the results obtained in the dosage of albumin done by electrophoresis and by the method o f Go r n a l l et al., as well as the dosage o f gamma-globulin obtained by electrophoresis and by the Fr a t t i n i’s trubidimetric method.
The authors present 8 tables with the results of their observa tions, discuss these results and present their conclusions.
R E F E R fiN C IA S B IB L IO G R Á F IC A S
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