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Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. Gustavo Campello Chacon Biasin. Comércio Internacional e Crescimento

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Faculdade de Economia e Administração

Gustavo Campello Chacon Biasin

Comércio Internacional e Crescimento

São Paulo

2014

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Comércio Internacional e Crescimento

Monografia apresentada ao curso de Ciências

Econômicas, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel do Insper Instituto de Ensino e

Pesquisa.

Orientadora: Camila de Freitas Souza Campos - Insper

São Paulo

2014

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Comércio Internacional e Crescimento

Monografia apresentada ao curso de Ciências Econômicas, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa

Aprovado em dezembro de 2014.

Examinadores

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Biasin, Gustavo Campello Chacon. Comércio Internacional e Crescimento. São Paulo, 2014. Monografia – Faculdade de Economia e Administração. Insper Instituto de Ensino e Pesquisa.

Resumo: Esta monografia busca relacionar o comércio internacional com renda,

dado a relevância do comércio entre países com a renda per capta dos mesmos, e assim ao poder aquisitivo da população e ao crescimento econômico dos países. Primeiramente é construído um modelo econométrico de comércio bilateral que relaciona variáveis geográficas e institucionais para explicar o volume de comércio (proxy para o comércio internacional). As variáveis geográficas e institucionais se mostraram relevantes para explicar o volume de comércio, em destaque a distância entre países e a proxy para a qualidade das leis do país importador. Posteriormente a relação, por meio de um modelo econométrico linear, entre o volume de comércio e variáveis geográficas com a renda per capta do país mostrou-se relevante, no qual o volume de comércio causa um grande impacto sobre a renda per capta.

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Biasin, Campello Chacon Biasin. International Trade and Growth. São Paulo, 2014. Monograph - Faculdade de Economia e Administração. Insper Instituto de Ensino e Pesquisa

This monograph examines the links between international trade and income, given the importance of trade between countries with per capita income, and so the purchasing power of the population and economic growth of countries. First is constructed an econometric model of bilateral trade that relates geographic and institutional variables to explain the volume of trade (proxy for international trade). The geographical and institutional variables seemed to be relevant to explain the volume of trade, highlighted the distance between countries and the proxy for the quality of the country's laws importer .After this, the relationship, through a linear econometric model, of the volume of trade and geographic variables with the per capita income of the country seemed to be relevant, in which the volume of trade has a big impact on income per capita.

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1. Introdução...6

2. Revisão Bibliográfica...11

3. Metodologia...19

4. Dados...25

5. Análise empírica e resultados...31

6. Conclusão...40

7. Apêndice...43

8. Referências Bibliográficas...49

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Introdução

A relação entre comércio internacional e crescimento econômico é estudada cada vez mais por acadêmicos dado o crescente aumento do volume de comércio entre países nas ultimas décadas e o intuito de analisar se o comércio é de fato relevante para o crescimento econômico e a que grau de importância.

O comércio internacional é a troca de bens entre países por meio da exportação e importação. A exemplo da China que exporta seus produtos para o mundo todo e recebe em troca valores monetários, conhecimento e outros produtos. A globalização e as recentes inovações tecnológicas estimularam uma tendência de comércio entre países, no qual o comércio passou a ter maior importância na composição do PIB dos países. Os mercados estão cada vez mais conectados e esta conectividade pode possibilitar a população demandar produtos de outros países e culturas, que antes do intercambio entre países não existia tal demanda. As inovações com a internet e a alta adaptação da população à mídia digital também possibilitaram a uma demanda da população ser composta com produtos de outros países, e, portanto necessita do comércio bilateral para suprir tal demanda, dado que o país não consegue produzir internamente. A exemplo do Brasil que importa produtos eletrônicos de outros países como Estados Unidos, China e Alemanha para suprir sua demanda interna de produtos eletrônicos.

Em Jones e Romer (2009) há o fato estilizado de que o aumento dos bens e pessoas, por meio da globalização, proporcionou um aumento do mercado para as indústrias e para os consumidores. Assim o comércio internacional pode ser mais relevante atualmente para o crescimento econômico, dado o aumento dos mercados.

O volume comercial, que é a troca de bens firmados por acordos multilaterais entre os países, proporcionou a países e pessoas terem acesso a uma variedade de produtos diferentes. Ocorrendo um impacto sobre as economias locais que tiveram alterações e adaptações nos seus dinamismos econômicos. E assim, impactando os rendimentos e o crescimento econômico.

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O mercado consumidor também é alterado com a possibilidade de comércio, pois há uma possibilidade de expansão de mercado e acesso a outros bens, proporcionando exportações e importações conforme o gosto, a preferência e a cultura de cada mercado.

As indústrias também impactam o comércio por meio de fatores como a produção, a tecnologia, o capital, o conhecimento e os consumidores. As inovações tecnológicas proporcionam tendências mundiais, assim estimulando a exportação de alto valor agregado dos países que produzem inovações tecnológicas.

As regulamentações também proporcionam um impacto comercial, como a assinatura de grupos comerciais e tratados. Os tratados entre países buscam estreitar a relação comercial entre os mesmos, com a redução de custos comerciais, criando regras comerciais, derrubando barreiras comerciais e alfandegárias e facilitando as trocas comerciais. O comércio entre determinados países podem aumentar muito com o tratado, a exemplo dos Estados Unidos, Canadá e México, que com a assinatura da NAFTA (North American Free trade Agreement) formaram um bloco econômico e expandiram muito seus laços comerciais. No qual os países cooperam para atingir um melhor resultado, como no Dilema dos Prisioneiros de Nash.

O comércio pode proporcionar dificuldades para a indústria nascente dos países, devido às economias de escala. Também pode criar externalidades no investimento em tecnologia e conhecimento, devido ao alto custo de inovação e o baixo custo para a apropriação do conhecimento por outros países, em que outras empresas se beneficiam da inovação tecnológica. A indústria dos países também acumulam conhecimento e experiência com o comércio, podendo influenciar na dimensão das relações comerciais. A intervenção do governo pode causar grandes alterações comerciais, como subsídios e adaptações tarifárias que fortalecem certas indústrias do país. Assim os riscos políticos e econômicos dos países podem dificultar a ampliação dos laços comerciais entre países.

Em North e Thomaz (1973) o crescimento econômico é a evolução da renda per capta ao logo do tempo, no qual a renda per capta total da população do país deve crescer a uma taxa maior que a da população do país. O crescimento econômico

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pode ocorrer por meio do progresso tecnológico, investimento em capital humano e físico, eficiência na organização econômica, como o comércio, e outros mecanismos de crescimento.

O crescimento econômico pode proporcionar um aumento do poder aquisitivo da população, aumento no padrão e qualidade de vida da população, aumento no bem-estar social e pode estimular a distribuição de renda.

Em Jones (2000), o fato estilizado número seis é há existência de uma correlação positiva entre a taxa de crescimento do PIB e a taxa de crescimento do volume de comércio. Em que o grau de abertura comercial dos países entre 1960 e 1990 aumentou. Motivando este trabalho a verificar a existência desta relação e como se comporta, dado ao aumento da abertura de comércio entre os países.

Abaixo é apresentado um gráfico retirado da base de dados deste trabalho, que relaciona a renda dos países com o seu volume de comércio, em que cada país é um ponto no gráfico, para o ano de 2005. O eixo vertical é o PIB dos países da amostra deste trabalho e no eixo horizontal está o volume de comércio dos países da amostra deste trabalho. O gráfico também possui uma reta de tendência, representada pela reta Fitted Values.

Gráfico 1- renda e volume de comércio

Fonte: do autor 15 20 25 30 2 4 6 8 10 12 (mean) volc

(mean) gdpn Fitted values

g

d

p

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No gráfico acima é evidenciado uma correlação positiva entre o PIB e o volume de comércio dos países, no qual quanto maior o volume de comércio de um país maior será o seu PIB. A reta de tendência evidencia esta relação crescente e positiva. De forma a motivar ainda mais a análise deste trabalho sobre a relação entre comércio e crescimento econômico, dado a relação positiva evidenciada no gráfico acima. O comércio pode ser afetado por meio de canais como a vantagem comparativa, dotação dos fatores, políticas comerciais e características geográficas. Na literatura econômica há vários modelos comerciais que relacionam comércio ao crescimento da renda do país. No modelo de vantagem comparativa de Ricardo, os países se especializam no que produzem com mais eficiência e exportam tais produtos, enquanto importam o que possuem menor eficiência produtiva. No modelo de Heckscher-Ohlin o padrão de comércio é estabelecido pela diferença das dotações dos fatores, exportando fatores abundantes e importando fatores escassos. No modelo de fatores específicos que possuem os fatores de produção trabalho, capital e terra, e as diferenças de recursos proporcionam a ofertas relativas diferentes, de modo a alocar as exportações e importações, em que o comércio neste modelo leva a uma convergência dos preços relativos.

Assim a relação estabelecida entre comércio e crescimento conforme as teorias econômicas apresentadas acima, de acordo com Sarquis (2011, p.52):

As teorias tradicionais ressaltam os benefícios de longo prazo da abertura comercial, que permite aos países uso mais intenso e eficiente de suas capacidades tecnológicas e de suas dotações de fatores. Certamente, estimulado pelo comércio, semelhante uso é potencialmente indutor de crescimento. Entretanto, não garante sustentados benefícios de crescimento, ou seja, necessariamente mais altas e persistentes taxas de crescimento. Em suma, o aspecto estático das teorias não permite que os ganhos de crescimento sejam dinâmicos. (Sarquis, 2011, p. 52).

As novas teorias econômicas que relacionam o comércio com o crescimento econômico que contam com regressões empíricas, como este trabalho, de acordo com Sarquis (2011, p. 53):

Segundo as novas teorias, as forças fundamentais do crescimento e dos possíveis benefícios do comércio residiriam na acumulação de capital humano, na inovação tecnológica e, subsequentemente, nos ganhos de produtividade e de diversificação da produção. Os ganhos de crescimento do comércio serão maiores ou menores em função destas forças, e não das vantagens comparativas que se impõem exclusiva ou automaticamente por

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pressões de demanda externa. Os países devem compreender as implicações das vantagens comparativas predeterminadas e procurar ir além delas. Devem, pois, nutrir vantagens comparativas dinâmicas, que dependem do desenvolvimento de capacidades educacional, tecnológica e inventiva. (Sarquis, 2011, p. 53).

A relação entre comércio internacional e crescimento econômico é relevante para as políticas públicas dos países, pois conforme a importância do comércio para o crescimento, o país irá estruturar suas leis, infraestrutura e investimento para estimular ou não o comércio. A relação também é importante para a população, pois seu poder aquisitivo e qualidade de vida mudam conforme o comércio do país. Assim como é importante para a indústria, que posiciona suas estratégias coorporativas, preços e custos de acordo com a abertura comercial e o mercado. Esta monografia tem como objetivo a analise da relação entre o comércio internacional e o crescimento econômico. As variáveis geográficas, como área e população e variáveis institucionais, como qualidade e eficiência das leis, serão relacionadas com o volume de comércio primeiramente, e depois o comércio será relacionado com a renda per capta dos países, estudando a causalidade e a correlação entre o comércio entre países e o padrão de vida da população, por meio do crescimento econômico do país e de sua população. Também será analisado como o comércio pode se relacionar com a renda, sendo relevante para políticas comerciais públicas e privadas dos países, como políticas tributárias e políticas cambiais. Serão utilizados dados e modelos empíricos para analisar tal relação. No qual as ferramentas econométricas, presentes na sessão serão utilizadas para melhor compreensão da relação e para corrigir problemas econométricos, como a endogeneidade entre o comércio internacional e o crescimento econômico.

As sessões seguintes do trabalho serão respectivamente: revisão bibliográfica que revisa os artigos base para este trabalho, metodologia que mostra a metodologia usada neste trabalho, descrição dos dados que descreve os dados utilizados, estimação no qual é estimado o modelo e a conclusão deste trabalho sobre a relação entre comércio internacional e crescimento econômico.

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Revisão Bibliográfica

De acordo com Frankel e Romer (1999), o principal objetivo é estudar a relação entre comércio internacional e crescimento econômico, analisando o padrão de vida da população, por meio de análise empírica da renda per capta e o volume de comércio.

Primeiramente os autores dizem que as variáveis instrumentais de políticas comerciais não podem explicar o impacto do comércio sobre a renda, pois estas políticas comerciais podem ser correlacionadas com o que foi omitido da equação da renda, como em (Xavier Sala-i-Martin, 1991). Depois os autores citam a importância da localização geográfica para o comércio, e dá exemplos da Nova Zelândia e Bélgica.

O trabalho utiliza variáveis instrumentais de características geográficas dos países para relacionar com o volume de comércio dos países. Os autores justificam a utilização do instrumento argumentando que as características geográficas não são afetadas pela renda, retirando a endogeneidade da regressão. Pois a endogeneidade era um problema econométrico para os autores, e foi solucionada pela escolha de variáveis exógenas ao volume de comércio, e assim a renda per capta. Como a distância entre os países, que explica o volume de comércio, no qual será o instrumento, sem endogeneidade, para relacionar comércio internacional e a renda per capta.

Segundo os autores a renda pode ser explicada pelo comércio entre residentes e estrangeiros, mas também pode ser explicada pelo comércio entre os residentes do país. Assim a geografia do país é importante para explicar o comércio interno. Pois em países maiores, há um maior número de pessoas para se comercializar internamente, em que um há exemplo dos autores da Alemanha e Bélgica. Também é analisado o comércio sobre duas óticas no país: interno e externo, com as características geográficas influenciando ambos os pontos.

Para construir uma variável instrumental para o comércio internacional, primeiramente os autores fazem uma equação de comércio bilateral e depois

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agregam os valores da equação para determinar um componente global de comércio. A equação contêm apenas componentes geográficos como variáveis explicativas: área do país, população do país, a distância entre países, se possuem fronteiras entre si (dummy) e se possuem litoral (dummy). Para a variável resposta foi utilizado pelos autores o volume de comércio, que é as importações mais as exportações divididas pelo PIB do país. As variáveis da equação estão em Ln para controle.

A equação utilizada pelos autores, de comércio bilateral, que contêm uma relação entre as variáveis para controle e busca identificar influências geográficas é:

Ln( / = + + + Ln + Ln + Ln + ( +

) + + Ln + Ln + Ln + Ln + Ln + ( + ) +

Em que é a distância entre os países, N é a população do país, A é a área do país, L é uma dummy para litoral ou não e é uma dummy para fronteira entre os

países.

Assim os autores criam uma variável instrumental , agregando os comércios bilaterais, por meio da soma de todos os comércios bilaterais. No qual o instrumento inclui fatores de acumulação dos parceiros comerciais. E também utilizam variáveis geográficas como variáveis exógenas que não proporcionam endogeneidade para o modelo. Pois os autores justificam no começo do seu trabalho que variáveis de políticas comerciais podem ser correlacionadas com a renda, proporcionando endogeneidade e visando os resultados. E segundo os autores, variáveis geográficas não podem ser afetadas pela renda e nem por fatores que influenciam a renda, como políticas comerciais e governamentais.

A regressão dos autores evidencia que as características geográficas são as maiores responsáveis pelo comércio bilateral e são relevantes para o comércio global. As variáveis de distância, população, área, área do país importador e litoral dos autores tiveram uma correlação negativa com o volume de comércio. Enquanto a variável população do outro país se mostrou correlacionada positivamente com o volume de comércio. O R quadrado da regressão dos autores foi de 36%. Os

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autores utilizam os métodos de regressão OLS e 2SLS, no qual as estimativas para variáveis instrumentais por meio do 2SLS possuem maior impacto que as do OLS.

Posteriormente os autores regridem a variável instrumental de volume de comércio, população e área em função da renda per capta. Buscando analisar a relação entre comércio e crescimento econômico. A regressão utilizada pelos autores foi:

Ln = + + + +

Em que é a renda per capta do país i, é a variável instrumental de comércio, é a população do país i e é a área do país i.

Os autores concluem que o as características geográficas do país impactam na renda. No qual a área e a população do país impactam na renda per capta, evidenciando o comércio interno e externo. Na regressão dos autores a população é positivamente correlacionada com a renda e a área é negativamente relacionada com a renda per capta no método de estimação OLS, enquanto no método IV, a área é positivamente relacionada com a renda per capta. O R quadrado da regressão ficou entre 9% e 11%.

Os autores também concluem que o comércio, por meio da variável instrumental, impacta a renda positivamente, no qual um aumento em um por cento no volume de comércio impacta em um aumento de pelo menos meio por cento da renda per capta. Assim concluem que o comércio impacta a renda estimulando a acumulação de capital físico e humano, e aumentos na produção e tecnologia.

Em James Feyrer (2009), é analisado o efeito da distância sobre o comércio, explorando um choque exógeno de distância com o fechamento do Canal de Suez, devido à guerra dos seis dias entre Israel e Egito, Jordânia e Síria. Verificando o impacto da distância no comércio, e como o comércio influencia os rendimentos, por meio do volume de comércio e do choque exógeno causado pelo fechamento do canal.

Os mecanismos de influência da distância sobre o comércio são os custos de transporte, preferências e cultura. A distância é medida pela distância do mar sobre produtos de bens de consumo, e não outros canais como tecnologia, investimento externo ou turismo.

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O autor utiliza o modelo de gravidade, devido a sua compatibilidade com choques diretos de distância, pois o autor consegue identificar os efeitos da distância no comércio bilateral no decorrer dos anos. O autor utiliza dummys para controle de características não observáveis (como se tem o mesmo colonizador ou mesma língua entre os países), uma para os países e uma para o tempo. Os efeitos da distância são log-lineares. Os dados foram divididos pelo autor em antes do canal fechar (1960-1966), durante o fechamento do canal (1970-1974) e na reabertura do canal (1978-1984).

A regressão do modelo de gravidade utilizada pelos autores foi: Ln ( ) = α + + + ẞLn ( ) + e

Em que é o volume de comércio bilateral entre países, α é a constante, é a dummy de controle para países, é a dummy de controle para o tempo e a é distância marítima entre os países. No modelo dos autores, a distância

marítima possui uma elasticidade negativa em relação ao volume de comércio entre 0.15 e 0.46, quando os choques são assumidos simétricos.

O autor conclui que nos países com maior distância, o fechamento foi mais impactante. O autor também conclui que a elasticidade com o fechamento é maior que com a reabertura, devido ao fator surpresa e ao comércio aéreo.

Depois o autor utiliza a equação de gravidade e coloca a distância aérea no lugar da marítima no modelo. No qual a distância aérea também possuiu um impacto significativo no volume de comércio.

Posteriormente o autor utiliza funções de resposta impulso para captar os choques de distância entre os países durante os anos de fechamento do canal por meio da equação:

ΔLn (trade = α + ∑ k ΔLn ( ) + +

Em que ΔLn (trade é a variação do volume de comércio, M o número de lags, é uma dummy de controle e a é variação da distância entre os países i e j com a abertura e fechamento do canal.

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O autor mostra que a resposta será a somatória dos ẞk: = ∑ . E conclui que as maiores diferenças no comércio aconteceram nos anos de transição do canal, com a elasticidade entre a distância e o volume de comércio em 0.5, e que o choque reflete bem os custos de comércio entre países.

Posteriormente o autor, também seguindo Frankel e Romer (1999), cria uma variável de previsão de comércio total de cada país, assim tendo o valor previsto total do volume de comércio de cada país. Depois cria uma variável que reflete a dimensão do choque do Canal de Suez.

O autor regride por meio do método OLS, a renda per capta dos países e o volume de comércio bilateral, com dummys de países e tempo. No qual o autor verificou uma forte relação entre o comércio e a renda per capta, na magnitude de 0.3.

Entretanto o autor sabe da fragilidade da regressão OLS e propõe o método IV para relacionar o comércio com a renda per capta. Em que é feito por dois estágios e três diferentes instrumentos. O primeiro instrumento é o valor do choque do canal estimado anteriormente. O segundo instrumento é o volume de comércio previsto, também estimado anteriormente. O terceiro instrumento é a variação de comércio com o fechamento do canal, calculado anteriormente pela função resposta impulso, incorporando a dinâmica de transição do canal.

Segundo o autor, o primeiro estágio da regressão mostra que o instrumento é relevante, devido à significância das variáveis. E que o instrumento dinâmico é o mais forte, pois pega os anos de transição do canal. No primeiro estágio, as variáveis instrumentais de volume comercial impactam positivamente o volume comercial, mas o valor do choque impactou negativamente o volume de comércio. No qual países que tem um maior choque com o fechamento, possuem maior oscilação no comércio. No segundo estágio, o volume de comércio impactou positivamente a renda per capta, entre 0.15 e 0.25.

Depois o autor faz uma função impulso para a renda, em que cada instrumento é separado. Pois segundo o autor há lags para a resposta das variáveis.

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O autor conclui que o fechamento do canal proporcionou uma importante queda no comércio após o choque ter de 3 a 4 anos. E também conclui que um simples aumento no volume de comércio aumenta a renda per capta.

Comparando James Feyrer (2009) e Frankel e Romer (1999), vemos os autores evidenciando uma relação positiva entre comércio e renda per capta. Os dois trabalhos também utilizam os métodos de estimação OLS e IV. Entretanto em Frankel e Romer (1999) são utilizadas variáveis geográficas para explicar o volume de comércio, enquanto em James Feyrer (2009) é utilizado a dimensão do choque, a variação de volume de comércio e o comércio previsto. Os dois trabalhos consideram a distância um importante fator para o comércio e ambos os trabalhos também relacionam positivamente o comércio ao crescimento econômico, por meio do aumento da renda per capta.

De acordo com Rodríguez e Rodrik (2001), o principal objetivo é analisar se países com poucas barreiras comerciais crescem rápido, controlando as principais características geográficas. Os autores também analisam a relação entre comércio e crescimento econômico, em que analisam Frankel e Romer (1999).

Segundo os autores, há uma preocupação de se o instrumento para volume de comércio com variáveis geográficas, desenvolvido por Frankel e Romer (1999), é válido. Os autores justificam que as variáveis geográficas podem determinar a renda, proporcionando endogeneidade no modelo. Pois segundo os autores, as variáveis geográficas podem afetar a saúde e a qualidade do capital humano, que se correlacionará com a renda. As variáveis geográficas também podem afetar a agricultura por fatores como qualidade do solo, fertilidade, quantidade de minérios outros recursos naturais. A geografia também influencia a qualidade das instituições, por meio da colonização, dos imigrantes e das guerras. Assim as variáveis geográficas podem ser correlacionadas com a renda, por meio de fatores como agricultura e instituições, e assim visando as estimativas IV de Frankel e Romer (1999).

Os autores estimaram a equação utilizada por Frankel e Romer (1999) no segundo estágio com a relação entre volume de comércio e renda per capta, adicionando mais três variáveis geográficas: distância do equador, porcentagem do país que está

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nos trópicos e dummys de regiões (América Latina, Leste da Ásia, África Subsaariana).

Segundo os autores, a inclusão de mais variáveis geográficas fez com que os coeficientes estimados para o volume de comércio se tornassem insignificantes, por meio da estatística T. Também concluem que as estimativas de volume de comércio do método IV tornaram-se menores que a do método OLS. Assim os autores concluem que os efeitos não comerciais das variáveis geográficas podem prejudicar as conclusões de Frankel e Romer (1999).

Comparando Frankel e Romer (1999) com Rodríguez e Rodrik (2001), vemos que se divergem em como se da a relação entre comércio e renda. Em Frankel e Romer (1999) as variáveis geográficas são relevantes para explicar o comércio, enquanto em Rodríguez e Rodrik (2001) é criticado o uso de variáveis geográficas devido a sua endogeideidade , por meio de fatores não comerciais, com a renda.

Comparando James Feyrer (2009) com Rodríguez e Rodrik (2001), vemos que se divergem na relação entre variáveis geográficas, volume de comércio e renda per capta. Pois em James Feyrer (2009) é evidenciado uma relação positiva entre comércio e renda per capta, entretanto Rodríguez e Rodrik (2001) critica o uso de variáveis geográficas, que devido a fatores não comerciais, proporciona endogeneidade no modelo e assim viesa as estimativas do modelo.

Em Dollar e Kraay (2004), é analisada a relação entre a globalização e o crescimento dos países, e posteriormente, este impacto na redução da pobreza nos países pobres. Os autores utilizam os métodos OLS e IV, com diferenças de 25 anos ou mais, para estimar a relação entre a mudança da renda per capta dos países, que reflete o crescimento, e a mudança no volume de comércio, que reflete a globalização. Os autores também incluem variáveis como inflação e consumo do governo para uma melhor estimativa.

As evidências encontradas em Dollar e Kraay (2004), apontam que a globalização proporciona um crescimento mais rápido. Os coeficientes de mudança no volume de comércio são significantes para explicar a mudança na renda per capta e as estimativas de IV são de maior magnitude de impacto que as de OLS.

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Posteriormente, os autores analisam a relação entre a mudança de renda per capta do quartil de país mais pobre com mudanças nas variáveis de controle em que os autores acham relevantes para explicar o crescimento econômico, por meio da estimação do método generalizado de momentos (GMM). Os autores encontram evidências de que a globalização é relacionada positivamente com a redução da pobreza dos países, pois os autores encontram evidências de que um aumento na taxa de crescimento dos países proporciona o aumento da renda dos países do quartil mais pobre.

Dollar e Kraay (2004) analisam o efeito das mudanças no volume de comércio, em que os efeitos das variáveis geográficas no comércio, estudado em Frankel e Romer (1999), não esta incluído. O instrumento utilizado por Dollar e Kraay (2004) pode captar uma causalidade reversa do crescimento para o comércio, diferentemente de Frankel e Romer (1999).

Assim Dollar e Kraay (2004) concluem, com base em suas evidências, que a globalização estimula o crescimento dos países e a redução da pobreza de países pobres.

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Metodologia

Esta sessão é uma discussão da metodologia, e busca entender como relacionar comércio, crescimento empiricamente e renda. A metodologia tem como base o trabalho de Frankel e Romer (1999), presente na revisão bibliográfica.

Este trabalho terá como base o trabalho de Frankel e Romer (1999), utilizando o modelo proposto no trabalho, mas com a inclusão de uma variável institucional no modelo de comércio, que mede a qualidade e eficiência das leis do país importador. Será analisada a relação entre as variáveis geográficas e institucionais e o volume de comércio no primeiro estágio. No segundo estágio, é analisada a relação entre o volume de comércio e a renda per capta.

Este trabalho possui um problema econométrico de endogeneidade para a escolha de variáveis explicativas para o volume de comércio. Pois muitas dessas variáveis que poderiam ser utilizadas, também são variáveis explicativas para a renda de forma a viesar as estimativas, por meio desta endogeneidade, em que os resultados empíricos não seriam conclusivos. A exemplo das políticas comerciais, como tarifas, que estão relacionadas diretamente com o comércio internacional, mas também estão relacionadas com a renda, como em Frankel e Romer (1999).

Dessa forma, foi escolhido para este trabalho variáveis geográficas, que segundo Frankel e Romer (1999) não possuem relação com a renda, e dessa forma são exógenas a renda. Assim solucionando o problema de endogeneidade deste trabalho. Esta escolha é similar a de Frankel e Romer (1999), que na época foi inovador esta escolha para solucionar o problema de endogeneidade das variáveis explicativas por meio de variáveis geográficas, que segundo os autores são exógenas a renda per capta.

A inclusão de uma variável institucional busca analisar se variáveis institucionais impactam o volume de comércio, e consequentemente no segundo estágio, por meio do comércio, se afetará a renda. A variável institucional será o estado de direito, “Rule of Law”, que mede a qualidade e eficiência do sistema jurídico e sua aplicação. Analisando se o estado de direito impacta no comércio, e assim na renda.

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Na regressão, a variável será referente ao país com que se comercializa, j, buscando analisar se a qualidade das instituições no outro país impactam no comércio do país local, i.

A variável Rule of Law pode nos evidenciar se as instituições jurídicas são relevantes para o comércio. No qual busca analisar se um investidor, uma empresa, um comerciante ou outros agentes de comércio podem manter uma relação mais próxima de comércio, com mais volume comercial, com países que possuem um bom estado de direito. Podendo ser uma variável relevante para explicar o comércio e pode evidenciar a relevância das instituições para o comércio, e assim ao crescimento econômico.

A escolha de utilizar a variável referente ao país com que se comercializa, j, que é o país importador, é devido ao problema de endogeneidade. Pois este trabalho supõe que não existe uma correlação entre o estado de direito do país importador, j, e a renda per capta do país exportador, i. Caso fosse utilizado o estado de direito do país exportador, i, poderia ocorrer um problema de endogeneidade entre o estado de direito e a renda per capta.

Em Junsok Yang (2013), o autor divide a variável Rule of Law em vários índices que o compõem, como segurança e ordem, justiça criminal, justiça civil, nível de corrupção e outros. E assim estima, por meio de uma regressão simples, a relação entre as variáveis que compõem o Rule of Law com as exportações. As variáveis do autor se mostram em parte significativa, com nível de confiança, proporcionando evidências de uma relação entre a qualidade do Rule of Law, estado de direito, e o volume de exportações.

Em Junsok Yang (2013) também é analisado a relação entre a renda per capita e as variáveis que compõem o Rule of Law. Em que o autor utiliza a renda per capta como variável explicativa para o índice de Rule of Law, e a renda per capta se mostrou relevante para explicar todas as variáveis que compõem o Rule of Law. Com a evidência presente em Junsok Yang (2013), da relação entre renda per capta e o estado de direito, a escolha do estado de direito do país exportador, i, proporcionaria endogeneidade no modelo, enquanto a escolha do estado de direito

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do país importador, j, pode não ter endogeneidade, em que é uma variável exógena a renda per capta do país exportador.

Segundo Jean-Yves de Cara (2006), o estado de direito (Rule of Law) proporciona o crescimento do comércio, pois segundo o autor o comércio é baseado nas leis domésticas e nas leis internacionais. As leis domésticas, segundo o autor, corrigem as falhas de mercado e asseguram as políticas públicas, de forma a estimular o comércio. As leis internacionais, segundo o autor, possuem uma função regulatória e legislativa nos acordos comerciais.

A primeira etapa é estimar o volume de comércio, e será feito por meio de variáveis geográficas e uma variável institucional, de modo a construir uma variável para o volume de comércio. O software utilizado para as regressões será o STATA SE 13. A estimação do primeiro será feita por Cross-Section, que é em um único momento de tempo, de forma bilateral, no qual o i é o país exportador (origem) e o j é o país importador (destino). Os valores estão em logaritmo para controle. Tem como base o modelo do trabalho de Frankel e Romer (1999). A equação bilateral do primeiro estágio deste trabalho é:

Ln ( = + + + Ln + Ln + Ln + ( + ) + + Ln + Ln + Ln + Ln + Ln

+ ( + ) + +

A variável resposta da primeira etapa é o volume de comércio bilateral é / ), no qual é calculada pela soma das exportações e importações do país divido pelo PIB do país. O indicador i simboliza o país em que se estuda o volume de comércio (exportador) e o j simboliza o país com qual i comercializa (importador)

A variável é a distância entre os países em um comércio bilateral, é a área do país que se estuda o volume de comércio, é a área do país que se comercializa, é a população do país que se estuda o volume de comércio, é a população do país que se comercializa, : é uma dummy que representa se o país estudado possui litoral ou não, é uma dummy que representa se o país que se comercializa possui litoral ou não, é uma dummy que representa se os países possuem

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qualidade do sistema jurídico do país que se comercializa. Também há interações no modelo entre a fronteira entre os países e as variáveis geográficas.

A diferença entre o primeiro estágio deste trabalho e o trabalho de Frankel e Romer (1999) é a inclusão da variável explicativa institucional de estado de direito do país importador. Dessa forma é acrescentada a regressão um caráter qualitativo por meio do estado de direito ser uma medida de qualidade, e que em Frankel e Romer (1999) só possui variáveis geográficas quantitativas. Também poderá ser analisada a importância institucional do direito para o comércio internacional.

Posteriormente a estimação do primeiro estágio, será utilizado o comando predict xb no STATA, no qual o programa cria uma nova variável, , no qual ficam guardados

os volumes de comércio previstos para cada relação de comércio bilateral, ou seja, entre dois países. No qual é construído uma variável para volume de comércio, =

Ln ( ̂ ). ⁄

Depois da construção da nova variável para o volume de comércio bilateral, cria-se uma variável ̂ que é a soma dos comércios bilaterais do país i (origem) com todos os países j (destino), criando uma variável de volume comercial por país. Em que ̂= ∑ . Assim foi criada uma variável para o volume de comércio dos países. As

agregações das variáveis se diferenciam de Frankel e Romer (1999), pois os autores utilizam uma variável instrumental que inclui fatores de acumulação de parceiros comerciais.

A segunda etapa do trabalho é relacionar o volume de comércio e a renda per capta. Será feito pela regressão presente no trabalho de Frankel e Romer (1999). A variável resposta será a renda per capta de cada país. As variáveis explicativas serão: ̂ é a variável criada para volume de comércio calculado na primeira etapa,

é a população do país e é a área do país.

A estimação também será feita por Cross-Section. E o modelo é referente à Frankel e Romer (1999).

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O segundo estágio analisará se o comércio impacta a renda, e se a população e área do país também impactam na renda, que segundo Frankel e Romer (1999), estas características geográficas podem favorecer o comércio interno e externo, estimulando a renda. No qual a relação entre as variáveis e ̂ é o objetivo central deste trabalho.

Discussão sobre os resultados esperados:

No primeiro estágio, será analisada a relação entre a variável criada para volume de comércio e as variáveis geográficas e de estado de direito. Espera-se que a distância entre os países possuísse uma relação negativa com o volume de comércio, com um coeficiente menor que zero. Pois quanto maior à distância, maior os gastos com logística e transporte para o comércio, assim aumentando os custos de comércio e possivelmente impactando em um menor volume de comércio.

A área pode ter uma relação positiva com o volume de comércio, com um coeficiente menor que zero. A área pode impactar o volume de comércio de forma positiva, pois quanto maior a área, maior o território em que se pode produzir para exportar e maior o território em que se pode comercializar. Em relação à área do país de destino, j, espera-se uma relação ambígua com o volume de comércio, com um coeficiente maior ou menor que zero. Pois quanto maior a área do outro país, maior a área comercializável no país em que se comercializa, entretanto, quanto maior a área do país de destino, mais áreas deste país podem produzir e comercializar. A população e o volume de comércio do país podem estar relacionados positivamente, no qual o coeficiente estimado é maior que zero. Pois quanto maior a população, espera-se que o mercado produtor e consumidor sejam maiores, e a força de mercado do país será maior, esperando que se reflita nas exportações e importações. Em relação à população do país de destino, espera-se uma relação positiva, pois quanto maior a população do outro país, espera-se que o mercado produtor e consumidor do outro país sejam maiores, refletindo nas exportações e importações.

A variável de fronteira com o mar pode estar relacionada positivamente com o volume de comércio, com um coeficiente esperado maior que zero. Pois caso o país tenha litoral, espera-se que a logística comercial fosse melhor, dado que possui

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portos e pode escoar seus produtos mais rápidos, principalmente se as distâncias forem grandes, no qual o meio de transporte para comércio bastante utilizado são navios. Em relação a variável de fronteira com o mar do país de destino, é esperada uma relação positiva com o volume de comércio. Pois caso o outro país possua litoral, espera-se que o escoamento de produtos e a logística comercial fossem melhores.

Quando os países possuem fronteiras entre si, é esperado que o comércio bilateral entre eles aumentasse, assim espera-se uma relação positiva entre os países possuírem fronteiras e o volume de comércio. Pois os custos de transporte e logística diminuem devido à proximidade e espera-se que os países mantivessem uma boa relação comercial e política, estimulando o volume de comércio.

Em relação a variável institucional de estado de direito, é esperado que houvesse uma relação positiva entre o estado de direito e comércio, com um coeficiente estimado maior que zero. Pois quanto melhor a qualidade e eficiência do sistema jurídico, espera-se um maior grau de confiança para o âmbito de negócios, assim incentivando o volume de comércio. Também por sinalizar rapidez na resolução de problemas comerciais e incentivos a não acontecer imprevistos no contrato firmado entre as partes.

No segundo estágio da regressão, é relacionado à renda per capta dos países com seu volume comercial, área e população. Espera-se uma relação positiva entre o volume de comércio e renda per capta, com um coeficiente estimado positivo e relevante, pois segundo Jones (2000) existe uma correlação positiva entre a taxa de crescimento do PIB e a taxa de crescimento do comércio. Em relação à área e a população, espera-se uma relação positiva de ambos com a renda per capta. Pois segundo Frankel e Romer (1999) em seu trabalho, se a área e a população impactarem a renda per capta, existem evidências do comércio interno e externo no país, assim estimulando o volume de comércio do país. Entretanto quanto maior a população, maior o número de pessoas para dividir o excedente, assim pode-se esperar também uma relação negativa da população com a renda per capta.

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Dados:

A amostra é composta por 176 países que foram selecionados com condições econômicas e geográficas diferentes, para refletir uma amostra mais heterogênea, analisando estas diferenças. Neste trabalho será utilizado um corte temporal amostral para o ano de 2005, dado que o trabalho de Frankel e Romer (1999) utiliza uma amostra mais antiga.

A população dos países foi retirada do The World Bank, do site

http://www.worldbank.org, como segue na referência bibliográfica. É uma variável

que representa o número de residentes e cidadãos no país e está em unidades. A renda e a renda per capta dos países também foram retiradas do The World Bank, do site http://www.worldbank.org, como segue na referência bibliográfica. A renda é a soma de toda a produção do país, a um certo nível de preços , e estão em US$ corrente. A renda per capta é a soma da produção do país dividido pela população média do ano, e está em US$ de dólares correntes em 2005.

Os dados de área, distância entre países, fronteira com o mar e entre países foram

retirados do Homepage of professor Jeffrey A. Frankel, do site

http://www.hks.harvard.edu/fs/jfrankel, também disponibilizado pela orientadora

deste trabalho, como segue na referência bibliográfica. No qual são variáveis que não variam com o tempo. A área é a área total dos países em quilômetros e visa captar o tamanho dos países. A distância entre países é à distância em quilômetros entre as capitais dos países, no qual visa captar a distância e os custos e benefícios ligados a ela. A variável fronteira com o mar é uma dummy , 0 ou 1, que se o país possuir litoral terá valor 1 e se o país não possuir litoral, a variável valerá 0, visando captar os efeitos do uso marítimo para o comércio. A fronteira entre países é uma dummy, 0 ou 1, que se os país possuem fronteira (são vizinhos) a dummy valerá 1 e se não possuírem fronteira valerá 0, visando captar as relações comerciais entre países vizinhos, no qual possuem pouca distância entre eles.

A variável institucional de Rule of Law é o estado de direito dos países, que mede a qualidade e eficiência do direito e do sistema jurídico do país. E segundo Jean-Yves de Cara (2006), o estado de direito (Rule of Law) proporciona o crescimento do

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comércio, pois segundo o autor o comércio é baseado nas leis domésticas e nas leis internacionais. A variável foi retirada do The World Bank, do site

http://www.worldbank.org, como segue na referência bibliográfica. É uma variável

construída por meio de um índice estimado dos países, captando a confiança dos agentes nas leis do país. A estimativa é um índice agregado em unidades de uma distribuição normal, sendo de -2.5 a 2.5, construída pela WGI ("The Worldwide Governance Indicators: Methodology and Analytical Issues").

A variável de volume de comércio é as exportações dos países em 2005, em unidades de 1000 US$ dólares, que foram transformados posteriormente para unidades de US$ de dólares correntes. A variável foi retirada do World Integrated

Trade Solution, do site http://wits.worldbank.org, como segue na referência

bibliográfica. No qual a variável é as exportações bruta de bens e serviços dos países, que visa captar o volume de comércio dos países.

Gráficos: os dados dos gráficos são referentes à base de dados desta monografia. O gráfico 2 representa a relação entre a área e a renda dos países para o ano de 2005. Cada ponto do gráfico é um país. O eixo vertical é representado pela variável gdpn, que representa a renda dos países. O eixo horizontal é representado pela variável arean, que é a área dos países. O gráfico também possui uma reta de tendência, representada pela reta Fitted Values. Este gráfico busca analisar se existe uma relação entre área e renda, e o sentido dessa relação. De modo a motivar a estimação do modelo.

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Gráfico 2 – renda e área

Fonte: do autor

No gráfico 2 acima, pode ser evidenciado a existência de uma relação entre a área e a renda per capta dos países. A concentração dos pontos na parte superior direita do gráfico pode evidenciar uma relação entre renda per capta e área. A reta de tendência é crescente e positiva, evidenciando uma relação positiva entre a renda dos países e a área dos países. Pois no gráfico a uma tendência de quanto maior a área do país, maior a renda do país.

O gráfico 3 representa a relação entre a população e a renda dos países em 2005. Cada ponto do gráfico é um país. O eixo vertical representado pela variável gdpn, é a renda dos países. O eixo horizontal representado pela variável pop, é a população dos países. O gráfico também possui uma reta de tendência, representada pela reta

Fitted Values. Este gráfico busca analisar a existência de uma relação entre a

população e a renda dos países, e o sentido desta relação. De modo a motivar a estimação do modelo. 15 20 25 30 2.6 2.8 3 3.2 3.4 (mean) arean

(mean) gdpn Fitted values

g

d

p

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Gráfico 3 – renda e população

Fonte: do autor

No gráfico 3 acima pode ser evidenciado a existência de uma relação entre população e renda. Os pontos se concentram em uma relação crescente entre renda e população em 2005. A reta de tendência é crescente e positiva, sinalizando uma relação e de sinal positivo entre a renda e a população dos países. Pois no gráfico quanto maior a população maior a renda dos países. Entretanto o gráfico não capta o efeito de quanto maior a população, maior o número de pessoas para dividir a renda total, o que diminuiria a renda per capta.

O gráfico 4 representa a relação entre o estado de direito dos países importadores (de destino) e a renda do país exportador ( origem), em 2005. Cada ponto do gráfico é um país. O eixo vertical representado pela variável gdpn, é a renda do país exportador. O eixo horizontal representado pela variável Rule_of_Law2, é o estado de direito do país importador. O gráfico também possui uma reta de tendência, representada pela reta Fitted Values. Este gráfico busca analisar a existência de uma relação entre o estado de direito do país importador com a renda do país exportador, e o sentido desta relação. De modo a motivar a estimação do modelo.

15 20 25 30 10 15 20 (mean) popn

(mean) gdpn Fitted values

g

d

p

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Gráfico 4 – renda e estado de direito

Fonte: do autor

No gráfico 4 acima, pode ser evidenciado a existência de uma relação entre a renda do país exportador e o estado de direito do país importador. A reta de tendência é negativamente inclinada, evidenciando uma relação negativa entre a renda do país exportador e o estado de direito do país importador. Está relação será analisada na próxima sessão, nos resultados econométricos.

O gráfico 5 representa a relação entre o volume de comércio e a renda dos países em 2005. Cada ponto do gráfico é um país. O eixo vertical representado pela variável gdpn, é a renda dos países. O eixo horizontal representado pela variável volc, é o volume de comércio dos países. O gráfico também possui uma reta de tendência, representada pela reta Fitted Values. Este gráfico busca analisar a existência e o sentido da relação entre comércio e renda, de modo a motivar a estimação do segundo estágio de estimação deste trabalho.

15 20 25 30 -1 -.5 0 .5 1 1.5 (mean) Rule_of_Law2

(mean) gdpn Fitted values

g

d

p

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Gráfico 5 – renda e volume de comércio 2

Fonte: do autor

O gráfico 5 acima pode ser evidenciado a existência de uma relação entre volume de comércio e renda dos países, e de sentido positivo. Os pontos se concentram em uma relação crescente entre a renda e o volume do comércio para os países em 2005. A reta de tendência é crescente, também evidenciando uma tendência de que o volume de comércio se relaciona positivamente com a renda. Pois no gráfico 5, quanto maior o volume de comércio, maior a tendência de ter uma alta renda. Estando de acordo com Jones (2000), no qual existe para o autor uma correlação positiva entre a taxa de crescimento do PIB e a taxa de crescimento do volume de comércio. E também motivando a estimação de segundo estágio deste trabalho, que relaciona estas variáveis.

Este trabalho continuará a analisar a relação entre os dados adiante, por meio da estimação e analise da mesma.

15 20 25 30 2 4 6 8 10 12 (mean) volc

(mean) gdpn Fitted values

g

d

p

(33)

Análise empírica e Resultados

A estimação foi feita em duas etapas: a primeira regride a variável construída para volume de comércio em relação à área, população, distância, fronteira entre países e com o mar e qualidade das leis do país de destino das exportações. A segunda etapa foi feita com a relação entre a renda per capta e a área, população e volume de comércio, em que a variável volume de comércio foi construída na primeira etapa. Os resultados da regressão da primeira etapa foram:

Esta subseção irá discutir os resultados do primeiro estágio da regressão, em que se estima o volume de comércio bilateral entre os países com relação às variáveis geográficas e de estado de direito. Com a estimação do primeiro estágio, é possível analisar e discutir os resultados da regressão.

O número de observações utilizado foi de 7080. O R quadrado da regressão foi de 45.39%, enquanto em Frankel e Romer (1999) o R quadrado foi de 36%. No qual o R quadrado da regressão deste trabalho ficou próxima do valor encontrado em Frankel e Romer (1999).

A tabela de resultados terá como base a tabela de Frankel e Romer (1999). E representa os resultados do primeiro estágio de estimação deste trabalho, da relação entre o volume de comércio e variáveis explicativas geográficas e institucionais. Em que estão presentes os valores dos coeficientes da regressão e entre parênteses o p-valor, ou a significância, das variáveis no modelo. Veja a tabela 1 na próxima página ou no apêndice.

(34)

Tabela 1 – equação de comércio bilateral Variáveis interações Constante 2.59 (0.004) Ln área -0.63 0.16 (país i) (0.042) (0.96) Ln população 0.12 -0.25 (país i) (0.00) (0.096) Ln distância -12.02 9.78 (0.0) (0.00) Fronteira com mar -0.94

(0.00) Fronteira entre países -2.87 (0.67) Ln área -0.17 -0.25 (país j) (0.458) (0.038) Ln população 0.83 -1.96 (país j) (0.00) (0.279) Rule of Law 1.12 (país j) (0.00) Amostra 7080 0.45 Fonte: do autor

A área do país, como analisado na discussão dos resultados esperados, pode impactar o comércio de forma positiva devido ao maior território para produzir para exportação e maior o território para se comercializar. Com a estimação feita neste trabalho, a área mostrou se relacionar com o volume de comércio de forma negativa, em que há evidências que se a área do país exportador crescer em uma unidade, o

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volume de comércio irá diminuir 0.6316283 unidades. Adotando um grau de significância de 10%, a área se mostra relevante para explicar o volume de comércio, com um p-valor de 0.004. No qual a área se torna um fator negativo com um baixo efeito marginal sobre o volume de comércio. A área do país pode estimular o comércio interno no país, pois há uma maior área comercializável, fazendo com que o volume de exportações caia dado que o que é produzido é parcialmente retido pelo mercado interno, assim impactando negativamente no volume de comércio que é medido pelas exportações, e possivelmente explicando a relação negativa encontrada na regressão. A interação entre a área do país e sua fronteira com outros países mostrou-se positiva e com pouca magnitude, podendo evidenciar que países com áreas grandes comercializam mais com seus vizinhos. Há evidências de que se a interação entre a fronteira entre os países acontecer e a área do país aumentar em uma unidade, o volume de comércio irá aumentar 0.1676939 unidades. Entretanto a variável não possui significância estatística, pois adotando uma significância de 10%, o p-valor da variável é de 0.96, no qual a variável não possui significância estatística para a estimação.

A população do país, como discutido nos resultados esperados, pode se relacionar positivamente com o volume de comércio. Pois quanto maior a população, espera-se que o mercado produtor e consumidor sejam maiores, e a força de mercado do país será maior, esperando que se reflita nas exportações. A estimação do primeiro estágio neste trabalho proporcionou evidências de que a população se relaciona positivamente com o volume de comércio, no qual um aumento em uma unidade de população, irá aumentar o volume de comércio em 0.12 unidades. Em que a variável população possui em efeito positivo e de baixo efeito marginal sobre o volume de comércio. Adotando uma significância de 10%, a população se mostra relevante para explicar o volume de comércio, com um p-valor de 0. Esta relação pode estar relacionada com o fato de quanto maior a população, maior a possibilidade de mão de obra, e assim podendo aumentar a produção exportada que proporcionara um maior volume de comércio, e possivelmente explicando a relação positiva encontrada na estimação. A interação entre a população e a fronteira entre países mostrou-se negativa e com baixa magnitude, podendo evidenciar que países vizinhos com grandes populações tendem a comercializar menos. No qual há evidências de que se a interação entre a fronteira entre os países acontecer e a

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população do país importador aumentar em uma unidade, o volume de comércio irá diminuir 0.2534097 unidades. Assumindo uma significância de 10%, a interação se mostrou relevante estatisticamente, com um p-valor de 9.6%.

A distância entre países, como discutido nos resultados esperados, pode estar relacionada negativamente com o volume de comércio. Pois quanto maior à distância, maior os gastos com logística e transporte para o comércio, e assim aumentando os custos de comércio e possivelmente impactando em um menor volume de comércio. Neste trabalho, na estimação do primeiro estágio foi encontrado evidências de uma relação negativa entre distância e comércio, em que se a distância entre o país exportador e o país importador aumentar uma unidade, o volume de comércio ira diminuir 12.02637. Adotando uma significância de 10%, a variável distância se mostrou estatisticamente significante, com p-valor de 0. No qual a distância é relacionada negativamente com o comércio, com um grande efeito marginal. Esta relação encontrada na estimação pode estar ligada aos aumentos dos custos de comércio decorrente do aumento da distância entre países. Na interação entre a distância e os países possuírem fronteira, foi encontrado na estimação uma relação positiva com o volume de comércio. Em que se a interação entre a fronteira entre os países acontecer e a distância, apesar de vizinhos, aumentar em uma unidade, o volume de comércio irá aumentar em 9.783565 unidades. Podendo evidenciar que países que possuem fronteira e possuem grande distância entre eles, tendem a comercializar mais. A variável se mostrou estatisticamente significante, pois adotando uma significância de 10%, o p-valor da variável foi de 0.

A fronteira com o mar pode estar relacionada positivamente com o volume de comércio, como discutido nos resultados esperados. Pois caso o país tenha litoral, espera-se que a logística comercial fosse melhor, dado que possui portos e pode escoar seus produtos mais rápidos, principalmente se as distâncias forem grandes, no qual o meio de transporte para comércio bastante utilizado são navios. Na estimação de primeiro estágio deste trabalho foi encontrada uma relação negativa entre possuir litoral e o volume de comércio, no qual se existir fronteira do país exportador com o mar, o volume de comércio irá diminuir 0.9455689 unidades. Adotando uma significância de 10%, a variável mostrou-se estatisticamente

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relevante, com um p-valor de 0. Esta relação negativa encontrada pode estar ligada a menor relevância do meio de transporte marítimo e de portos para escoar os produtos para exportação, e assim comercializar. Em que a fronteira torna-se uma variável de impacto negativo e de baixo efeito marginal.

A fronteira entre os países pode estar relacionada positivamente com o volume de comércio, como discutido nos resultados esperados. Pois os custos de transporte e logística diminuem devido à proximidade e espera-se que os países mantivessem uma boa relação comercial e política de países vizinhos. Na estimação do primeiro estágio deste trabalho, foi encontrado evidências econométricas de uma relação negativa entre fronteira entre países e volume de comércio. No qual se existir fronteira entre os países, o volume de comércio irá diminuir 2.87 unidades. Em que a fronteira torna-se uma variável de impacto negativo e de baixo efeito marginal. Adotando uma significância de 10%, a variável não possui significância estatística, pois possui p-valor de 0.67, de forma a variável não possuir relevância estatística para a estimação.

A área do outro país pode estar relacionada de forma ambígua com o volume de comércio, como discutido nos resultados esperados. Pois quanto maior a área do outro país, maior a área comercializável no país importador, entretanto, quanto maior a área do país de destino, mais áreas deste país podem produzir para exportar. Na estimação do primeiro estágio deste trabalho, foi encontrado evidências de uma relação negativa entre a área do país de destino e o volume de comércio do país de origem, em que se a área do país importador aumentar em uma unidade, o volume de comércio irá diminuir 0.17 unidades. No qual a variável de área do país importador possui efeito negativo e de baixo efeito marginal. Adotando uma significância de 10%, a variável não possui significância estatística, pois possui p-valor de 0.458. Dessa forma a variável não é estatisticamente relevante para a estimação. Na interação entre a área do país importador e os países possuírem fronteira, foi encontrada na estimação uma relação negativa com o volume de comércio. No qual se a interação entre a fronteira entre os países acontecer e a área do país importador aumentar em uma unidade, o volume de comércio irá diminuir 1.96 unidades. Podendo evidenciar que países vizinhos e com áreas grandes possuem uma menor relação comercial. Adotando uma significância de 10%, a

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variável possui significância estatística para a estimação, pois possui p-valor de 0.038.

A população do outo país pode estar relacionada de forma positiva, conforme a discussão dos resultados esperados. Pois se espera que o mercado consumidor do outro país fosse maior, refletindo no volume comercial. A estimação de primeiro estágio deste trabalho evidenciou uma relação positiva entre a população do país importador, j, e o volume de comércio do país exportador, i. Em que um aumento de uma unidade na população do país importador, o volume de comércio irá aumentar em 0.83 unidades. No qual a população do país importador possui um efeito positivo e um razoável efeito marginal sobre o volume de comércio. Assumindo uma significância de 10%, a variável mostra-se relevante estatisticamente para o modelo, com um p-valor de 0. Esta relação encontrada na estimação pode estar relacionada com o aumento do mercado consumidor do outro país, dado o aumento de população no mesmo. A interação entre a população do país importador, j, com a dummy de possuir fronteira com o mar foi estimada e evidenciou uma relação negativa. Em que se a interação entre a fronteira entre os países acontecer e a população do país importador aumentar em uma unidade, o volume de comércio irá diminuir 0.25 unidades. Entretanto, adotando uma significância de 10%, a variável não possui relevância estatística para o modelo, pois seu p-valor é de 0.279.

A variável Rule of Law reflete o estado de direito dos países, e conforme analisado na discussão dos resultados esperados, é esperado uma relação positiva entre o estado de direito dos países e o volume comercial. Pois Segundo Jean-Yves de Cara (2006), o estado de direito (Rule of Law) proporciona o crescimento do comércio, pois segundo o autor o comércio é baseado nas leis domésticas e nas leis internacionais. A estimação de primeiro estágio deste trabalho evidenciou uma relação positiva entre o estado de direito dos países e o volume de comércio. No qual se o estado de direito aumentar uma unidade, o volume de comércio aumenta em 1.12 unidades. A variável de estado de direito possui efeito positivo e de alto efeito marginal. Podendo evidenciar um possível fenômeno de confiança e estabilidade, por meio da qualidade e eficiência das leis, sobre o volume de comércio. Assumindo uma significância de 10%, a variável se mostrou ser estatisticamente significante, com p-valor de 0.

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Os resultados da regressão da segunda etapa foram:

A segunda etapa da regressão utiliza a variável T, que foi construída como a variável de volume de comércio, no qual foi criada na primeira etapa. A regressão é feita por meio da relação entre a renda per capta dos países e a área, população e volume de comércio. Vide tabela 2 abaixo ou no apêndice.

Tabela 2 – Comércio e renda per capta

Variáveis Constante 19.97 (0.00) Área -3.83 (0.019) População -0.01 (0.916) Volume de comércio 13.05 (0.00) Amostra 161 0.22 Fonte: do autor

Em relação à área e a população, espera-se uma relação positiva de ambos com a renda per capta. Pois segundo Frankel e Romer (1999) em seu trabalho, se a área e a população impactarem a renda per capta, existem evidências do comércio interno e externo no país, assim estimulando o volume de comércio do país. Entretanto quanto maior a população, maior o número de pessoas para dividir o excedente, assim pode-se esperar também uma relação negativa da população com a renda per capta. Em relação ao volume de comércio espera-se uma relação positiva com a renda per capta, pois segundo Jones (2000) existe uma correlação positiva entre a taxa de crescimento do PIB e a taxa de crescimento do volume de comércio.

Referências

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