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Uma Compilação sobre a Primeira Proposição Fundamental da Doutrina Secreta:

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Academic year: 2021

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Uma Compilação sobre a Primeira Proposição Fundamental da Doutrina Secreta: A Realidade Una

(A partir dos primeiros escritos teosóficos) Organizada por David Reigle

Traduzida por Bruno Carlucci Resumo

1. A primeira proposição fundamental da Doutrina Secreta: A Realidade Una 2. A unidade radical, ou não-dualidade, da Realidade Una

3. Os dois aspectos da Realidade Una 4. A Realidade Una descrita como espaço

a. espaço tanto como o vazio ilimitado, quanto uma plenitude condicionada b. espaço como o vazio sem limites

c. espaço como a plenitude condicionada (isto é, não apenas espaço vazio) 5. A Realidade Una descrita como substância (ou matéria)

6. A Realidade Una descrita como o elemento uno

7. O aspecto da Realidade Una descrito como movimento, o grande sopro, a Vida Una, Consciência não condicionada (ou Espírito), Svabhāva (“natureza inerente”), ou Força.

1. A primeira proposição fundamental da Doutrina Secreta: a Realidade Una

Um Princípio Eterno, Sem limites, Onipresente e Imutável sobre o qual toda especulação é impossível, visto que transcende o poder da concepção humana e pode tão somente ser diminuído por qualquer expressão humana ou tentativa de comparação. Está além do alcance do pensamento – nas palavras do Māṇḍūkya Upaniṣad: “impensável e indizível”.

- The Secret Doctrine (A Doutrina Secreta), vol. 1, p.14

A fim de transmitir tais ideias de modo mais claro para o leitor comum, deixemo-lo partir do postulado de que há uma Realidade Absoluta que antecede tudo o que é o ser, manifesto e condicionado. Esta Causa Eterna e Infinita – vagamente formulada no “Inconsciente” e “Incognoscível” da filosofia europeia atual – é a raiz sem raiz de “tudo que foi, é, ou sempre será.” É, portanto, destituída de todos os atributos e é essencialmente sem qualquer relação com o Ser finito e manifestado. É a qualidade de Ser ou “Ser-dade” (“Be-ness”, ou Sat em sânscrito), ao invés do Ser (Being), e está além de qualquer pensamento ou especulação.

- The Secret Doctrine (A Doutrina Secreta), vol. 1, p.14

A Lei fundamental neste sistema, o ponto central do qual tudo emergiu, em torno do qual e para o qual tudo gravita e sobre o qual se assenta a filosofia do repouso, é a

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SUBSTÂNCIA-PRINCÍPIO divina, Una e homogênea, a causa una radical. – The Secret Doctrine (A Doutrina Secreta), vol. 1, p.273 ( na recapitulação do “Resumo”).

2. A unidade radical, ou não-dualidade da Realidade Una:

A unidade radical da essência última de cada constituinte dos compostos na Natureza – da Estrela ao átomo do mineral, do Dhyāni-Chohan mais elevado ao menor dos infusórios, na acepção mais completa do termo e aplicada aos mundos espiritual, intelectual e físico – esta é lei una fundamental da Ciência Oculta. - The Secret Doctrine (A Doutrina Secreta), vol 1, p. 120.

Não importa o que se estude na D.S., a mente deve rapidamente ter como base de seu processo mental, as seguintes ideias:

A UNIDADE FUNDAMENTAL DE TODA A EXISTÊNCIA. Esta unidade é algo completamente diferente da noção comum de unidade – como quando afirmamos que uma nação ou um exército é unido; ou que este planeta está unido por meio de linhas que exercem força magnética ou algo semelhante. Este ensinamento não trata disto, mas, sim, de que a existência é UMA COISA, não uma coleção de coisas unidas. Fundamentalmente há UM SER. Este SER tem dois aspectos, positivo e negativo. O positivo é Espírito, ou CONSCIÊNCIA. O negativo é SUBSTÂNCIA, o súdito da consciência. Este Ser é Absoluto em sua manifestação primária. Sendo absoluto, não há nada externo a Si. É Todo-Ser. É indivisível, doutro modo não seria absoluto. Se uma porção pudesse ser separada, o restante não poderia ser considerado absoluto, pois imediatamente surgiria a questão da COMPARAÇÃO entre este e a parte separada. A comparação é incompatível com qualquer noção de absoluto. Portanto, está claro que esta EXISTÊNCIA UNA fundamental, ou Ser Absoluto deve ser a REALIDADE em todas as formas que há.

...

O Átomo, o Homem, o Deus (ela diz) são cada um separadamente, assim como coletivamente, Ser Absoluto em análise última, essa é a sua REAL INDIVIDUALIDADE. É esta ideia que sempre se deve ter em mente para formar a base de toda concepção que surja a partir do estudo da D.S. No momento em que se esquece disso (e é muito fácil fazê-lo, ao se envolver com os aspectos mais intricados da Filosofia Esotérica) a ideia de SEPARAÇÃO surge e o estudo perde o seu valor.

- “The Secret Doctrine and Its Study” (notas dos ensinamentos pessoais de H.P.Blavatsky a Robert Bowen), citado de An Invitation to The Secret Doctrine, pp.3-4

3. Os dois aspectos da realidade una:

Esta “Serdade” é simbolizada na Doutrina Secreta sob dois aspectos. Por um lado, Espaço absoluto e abstrato, representando a pura subjetividade, aquilo que nenhuma mente humana pode excluir de qualquer concepção, nem conceber por si mesma. Por outro lado, o Movimento abstrato absoluto representando a Consciência Incondicionada. Mesmo os nossos pensadores ocidentais mostraram-nos que a Consciência é inconcebível para nós exceto pela mudança, e o movimento

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é aquilo que melhor simboliza a mudança, sua característica essencial. Este último aspecto da Realidade Una é também simbolizado pelo termo “O Grande Sopro”, um símbolo suficientemente gráfico que não requer demais elucidações. Portanto, o primeiro axioma fundamental da Doutrina Secreta é esta SERDADE – O UM ABSOLUTO – simbolizado pela inteligência finita assim como a Trindade teológica. - The Secret Doctrine, vol. 1, p.14

Considerando-se esta tríade metafísica como a Raiz donde procede toda a manifestação, o Grande Sopro assume o aspecto da Ideação pré-cósmica. É o fons et origo [fonte e origem] da força e toda consciência individual e fornece a inteligência orientadora no vasto esquema da Evolução cósmica. Já a substância raiz pré-cósmica (Mūlaprakṛti) é aquele aspecto do Absoluto que sustenta todos os planos objetivos da Natureza.

Assim como a Ideação pré-cósmica é a raiz de todo a consciência individual, a Substância pré-cósmica é o substrato da matéria em seus vários graus de diferenciação.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.15

A REALIDE UNA; seus aspectos duais no Universo condicionado. - The Secret Doctrine, vol. 1, p.16.

4. A realidade Una descrita como espaço:

“O que é aquilo que foi, é e sempre será, haja ou não universo, haja deuses ou ninguém?” pergunta o Catecismo esotérico Senzar. E a resposta concedida é: ESPAÇO.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.6.

O Catecismo Oculto contém as seguintes perguntas e respostas:

“O que é aquilo que sempre há?” “Espaço, o Anupadaka eterno [upapāduka].” “O que é aquilo que sempre foi?” “O Gérmen na Raiz.” “O que é aquilo que sempre vai e vem?” “O Grande Sopro.” “Então, há três Eternos?” “Não, os três são um. Aquilo que sempre é, é um, aquilo que sempre foi, é um, aquilo que está sempre sendo e se tornando, também é um: e isto é Espaço.”

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.11

O que é aquilo que é eterno no universo, independente de qualquer outra coisa? Espaço.

- “Cosmological Notes (Notas Cosmológicas),” The Letters of H.P. Bavatsky to A.P. Sinnett, Apêndice II, p. 376 (por Mahatma M.)

Portanto, a doutrina secreta do Arhat acerca da cosmogonia admite apenas uma INCONSCIÊNCIA (por falta de melhor tradução) absoluta, indestrutível, eterna e incriada de um elemento (tal palavra sendo aqui utilizada por falta de um termo melhor) absolutamente independente de tudo o mais no universo; um algo sempre presente ou

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onipresente, uma Presença que sempre foi, é, e sempre será, independente de haver um Deus, deuses ou nenhum deus; independente de haver um universo ou nenhum universo; existindo durante os ciclos eternos dos Maha Yugas, durante os Pralayas assim como durante os períodos de Manvantara: e isto é ESPAÇO, o campo para a operação das Forças eternas e da Lei natural, a base (como o nosso correspondente corretamente a chama) sobre a qual ocorrem as intercorrelações eternas de Ākāśa-Prakriti, guiadas pelas pulsações irregulares e inconscientes de Śakti – o sopro ou poder de uma deidade consciente, diriam os teístas – a energia eterna de uma Lei inconsciente e eterna, diriam os budistas. Espaço, então, ou Fan, Bar-nang (Mahā-Śūnyatā [O Grande Vazio]) ou como chamado por Lao-tze, o “Vazio” é a natureza do Absoluto budista.

- “The Aryan-Arhat Esoteric Tenets on the Sevenfold Principle in Man”, H.P.Blavatsky Collected Writings, vol. 3, p. 423

Prakriti, Svabhavat ou Ākāśa é – ESPAÇO, conforme os tibetanos o concebem; Espaço preenchido com tudo o que é substância ou nenhuma substância; isto é, com substância tão imponderável que só pode ser concebida metafisicamente ... “Aquilo que chamamos de forma (rūpa) não é diferente daquilo que chamamos de espaço ([vazio] Śūnyatā) ... Espaço não é diferente de Forma [vazio] ...” (O Livro de Sin-King ou o Sutra do Coração...) - “The Aryan-Arhat Esoteric Tenets on the Sevenfol Principle in Man”, H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 3, pp.405-406 fn.

4a. Espaço tanto quanto um vazio ilimitado e uma plenitude condicionada:

Espaço não é um “vazio ilimitado”, nem uma “plenitude condicionada”, mas ambos: sendo no plano da abstração absoluta, a sempre incognoscível Deidade, que é vazio apenas para as mentes finitas, e no plano da percepção mayavica, o Plenum, o Receptáculo absoluto de tudo que é, seja manifestado ou não manifesto: é, portanto, o TODO ABSOLUTO.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.8

Espaço é aquilo que é eterno . É, conforme ensinado no catecismo esotérico, nem vazio ilimitado, nem plenitude condicionada, mas ambos. Foi e sempre será.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.35 4b. Espaço como um vazio ilimitado:

Esta Serdade é simbolizada na Doutrina Secreta sob dois aspectos. Por um lado, o Espaço absoluto abstrato, representando a subjetividade total, aquilo que nenhuma mente humana pode excluir de qualquer concepção, ou conceber por si mesma...

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.14

Espaço é aquele algo uno e eterno que podemos mais facilmente imaginar, imóvel em sua abstração e não influenciado nem pela presença, nem pela ausência de um Universo objetivo nele. É sem dimensão, em todos os sentidos, e autoexistente.

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... O TODO UNO é, como Espaço – que é a sua única representação física e mental nesta Terra, ou em nosso plano de existência – nem objeto, nem sujeito da percepção. - The Secret Doctrine, vol. 1, p.8

4c. Espaço como plenitude condicionada (isto é, não apenas espaço vazio):

“Como a substância é de um tipo diferente daquela conhecida na terra, os habitantes desta última, vendo POR MEIO DESTA, acreditam em sua ilusão e ignorância de que se trata de um espaço vazio. Não há um único milímetro [aṅgula] de Espaço vazio em todo o [Universo] Ilimitado.”

- The Secret Doctrine, vol.1, p.289, “Extracts from a private commentary, hitherto secret” “Criação” – a partir da substância pré-existente e eterna, ou matéria; esta substância, claro, de acordo com os nossos ensinamentos, é espaço ilimitado sempre existente. - The Secret Doctrine, vol. 2, p.239 fn.

Espaço, entretanto, visto como uma “Unidade Substancial” – a “Fonte viva da Vida” – como a “Causa Desconhecida Sem Causa”, é o dogma mais antigo do Ocultismo, milênios antes do Pater-Aether dos gregos e latinos.

- The Secret Doctrine, vol.1, pp. 9-10 fn.

...”Espaço, o que tudo contém e não é contido, é a manifestação primeira da unidade simples ... extensão sem limites.” ... [ Espaço é] “o receptáculo desconhecido de tudo, a PRIMEIRA CAUSA Desconhecida.” Está é a definição e a resposta mais correta, mais esotérica e verdadeira de cada aspecto do ensinamento oculto. ESPAÇO, que, em sua ignorância e tendência iconoclasta de destruir toda ideia filosófica antiga, os pedantes modernos proclamaram “uma ideia abstrata” e um vácuo, é, na realidade, um receptáculo e o corpo do Universo com os seus sete princípios.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.342

Espaço é chamado no simbolismo esotérico de “A Eterna Mãe-Pai de Sete Peles.” É composto do indiferenciado à superfície diferenciada de sete camadas.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.9

A segunda ideia a se adotar prontamente é a de que NÃO HÁ MATÉRIA MORTA. Cada átomo ínfimo está vivo. Não poderia ser diferente, visto que cada átomo é por si mesmo, fundamentalmente, Ser Absoluto. Portanto, não é algo como “espaços” de Éter, ou Akasha, ou chame do que quiser, onde anjos e elementais se entretêm como trutas na água. Essa é a ideia comum. A ideia verdadeira mostra que cada átomo de substância, não importa de qual plano, é por si mesmo uma VIDA.

- “The Secret Doctrine and Its Study” (notas de ensinamentos privados de H.P.Blavatsky a Robert Bowen), citado em An invitation to The Secret Doctrine, p.4

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“A Existência Inicial no primeiro crepúsculo do Mahā-Manvantara [após o MAHĀ-PRALAYA que se segue à cada era de Brahmā] é uma QUALIDADE ESPIRITUAL CONSCIENTE...”

“É substância para a NOSSA visão espiritual. Não pode ser chamada de tal pelos homens em seu ESTADO DE VIGÍLIA; portanto, em sua ignorância chamaram-na de “DEUS-ESPÍRITO”.

“...Como a sua substância é de um tipo diferente daquela que se conhece na terra, os seus habitantes, vendo-a a partir da própria Terra, acreditam em sua ilusão e ignorância que se trata de um espaço vazio. Não há um único milímetro [aṅgula] de Espaço vazio em todo o [Universo] ilimitado...”

- The Secret Docrine, vol. 1, p.289, “Extracts from a private commentary hitherto secret”

A primeira matéria primordial, eterna e contemporânea ao Espaço, “que não tem um início, nem um fim,” “não é quente, nem fria, mas é de sua própria natureza especial”, diz o Comentário (Livro II).

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.82

A expansão “de dentro para fora” da Mãe, chamada em outros lugares de “Águas do Espaço”, “Matriz Universal”, etc., não alude à expansão de um centro ou ponto focal pequeno, mas, sem referência a tamanho, limitação, ou área, se refere ao desenvolvimento da subjetividade ilimitada em objetividade ilimitada. “A sempre (para nós) indivisível e imaterial Substância presente na eternidade lançou a sua sombra periódica de seu próprio plano sobre o colo de Māyā.”

- The Secret Doctrine, vol. 1, p. 62-63

Se as pessoas estiverem dispostas a aceitar e a considerar como Deus nossa VIDA UNA imutável e inconsciente em sua eternidade, podem fazê-lo e cometer, assim, um grande equívoco...

Quando falamos de nossa Vida Una, também dizemos que ela penetra, ou melhor, é a essência de cada átomo de matéria; portanto, ela não só tem correspondência com a matéria, mas também tem todas as suas propriedades etc. Portanto é material, é a própria matéria...

Matéria que sabemos ser eterna, isto é, não teve início (a) porque a matéria é a própria Natureza, (b) porque aquilo que não é capaz de aniquilar a si mesmo e é indestrutível necessariamente existe – e, portanto, não poderia começar a ser, nem pode cessar de ser (c) porque a experiência acumulada ao longo de incontáveis eras e pela ciência exata nos mostra a matéria (ou natureza) agindo por meio de sua própria energia peculiar, da qual nem um átomo sequer jamais se encontra em estado de repouso absoluto, e, portanto, deve existir desde sempre, isto é, os seus materiais sempre mudando de forma, combinações e propriedades, mas os seus princípios ou elementos sendo absolutamente indestrutíveis ....

Em outras palavras, acreditamos tão somente na MATÉRIA, na matéria como natureza visível e na matéria em sua invisibilidade como o onipresente e onipotente

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Proteus invisível com seu movimento incessante que é sua vida, do qual a natureza extrai de si mesma visto que ela é o grande todo fora do qual nada pode existir ... A existência da matéria é, portanto, um fato; a existência do movimento é outro fato, a sua autoexistência e eternidade ou indestrutibilidade é um terceiro fato. E a ideia de um espírito puro como um Ser ou uma Existência – chame-lhe do que quiser – é uma quimera, um gigantesco absurdo.

- The Mahatma Letters, letter #10, 3rd Ed., pp. 53-56

A concepção de matéria e espírito como inteiramente distintos e ambos eternos certamente jamais poderia ter entrado em minha cabeça, por pouco que conheça sobre isso, pois é uma das doutrinas fundamentais e básicas do Ocultismo que ambos são um, sendo distintos apenas em suas manifestações respectivas, e somente nas percepções limitadas do mundo dos sentidos... a matéria por si própria é indestrutível e, como disse, simultânea ao Espírito – aquele espírito que conhecemos e sobre o qual podemos conceber ... Movimento é eterno porque Espírito é eterno. Mas nenhum modo de movimento pode ser conhecido a não ser que esteja em conexão com a matéria. - The Mahatma Letters, carta 22, 3rd edição. (em língua inglesa), pp. 138-139.

Purusha e Prakriti são, em suma, os dois polos de um elemento eterno e são sinônimos e termos intercambiantes... Portanto, chame-se de Força ou Matéria, sempre permanecerá o Proteus Onipresente do Universo, o elemento uno – VIDA – Espírito ou Força em seu polo negativo, Matéria em seu polo positivo; o primeiro é o Universo MATÉRIO-ESPIRITUAL, o segundo é o Universo MATÉRIO-FÍSICO – Natureza, Svabhavat ou MATÉRIA INDESTRUTÍVEL.

- “What is Matter and What is Force?” H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 4, pp. 225-226 (Blavatsky diz que este artigo é do Mahatma K.H.)

[O Swami de Almora pergunta:] O editor poderia nos satisfazer em fornecer-nos uma afirmação de que “a matéria é tão eterna e indestrutível quanto Espírito?”...

[T. Subba Row responde:] Para nosso assombro absoluto, somos chamados a provar que a matéria é indestrutível; de qualquer modo, “matéria é tão eterna e indestrutível quanto Espírito!”...

A nossa “afirmação”, pois, significa o seguinte: a matéria cósmica indiferenciada ou Mūlaprakṛiti, como é chamada nos livros hindus, é incriada e eterna... Em qualquer fenômeno objetivo percebido, seja no plano presente da consciência ou em qualquer outro plano que requeira o exercício de faculdades espirituais, há tão somente a mudança da matéria cósmica de uma forma para outra. Não há instância sequer, nem indício remoto de aniquilação de um átomo de matéria que possa ser corroborado pelos Adeptos orientais ou pelos cientistas ocidentais. Quando as experiências comuns de gerações de Adeptos em seu campo espiritual ou físico de observação e das pessoas comuns em seus próprios campos (isto é, o campo da ciência física) apontam para a conclusão de que nunca houve aniquilação absoluta de uma partícula sequer, acreditamos ter embasamento para dizer que a matéria é indestrutível, embora possa mudar suas formas e propriedades e aparecer em vários graus de diferenciação. Filósofos hindus e budistas há eras reconheceram o fato de que Purusha e Prakṛiti são

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eternos, co-existentes, não apenas correlativos e interdependentes, mas positivamente são uma e a mesma coisa para aquele que for capaz de ler nas entrelinhas. Todo sistema de evolução começa com a postulação da existência de Mūlaprakṛiti ou Tamas (trevas primordiais).

[Subba Row então apresenta duas citações em sânscrito para demonstrar isso, uma utilizando tamas, “trevas”, e outra utilizando asat, “não-ser”: tama eva purastāt abhavat viśvarūpam, literalmente: “as trevas sozinhas eram a forma de tudo no início” (compare com o Livro de Dzyan, estância 1, verso 5: “As trevas sozinhas preenchiam o todo sem limites”); e asad vā idam agra āsīt, “este (universo) era verdadeiramente o não-ser no início.”]

.... E matéria cósmica primordial, seja chamada de Asat ou Tamas, ou Prakṛiti ou Śakti, é sempre a mesma e considerada eterna tanto por filósofos hindus, quanto budistas, enquanto que Purusha é inconcebível, portanto, não-existente, exceto quando manifesta por meio de Prakriti. Em sua condição indiferenciada, alguns Advaitis se recusam a reconhecê-la como matéria propriamente dita. Entretanto, esta instância é o seu PARABRAHMAN, com o seu aspecto dual de Purusha e Prakṛiti. Em sua opinião, não pode ser chamado de nenhum dos dois, por isso que em algumas passagens dos Upanishads encontramos a expressão “PRAKṚTI-layam” mencionada, mas em todas as as passagens a palavra “Prakriti” significa, como podemos provar – matéria em um estado de diferenciação, enquanto que a matéria cósmica indiferenciada em conjunção com, ou em seu aspecto de, espírito latente é sempre referida como “MAHĀ-ĪŚVARA”, “Purusha” e “Paramapada”.

- “In Re Advaidta Philosophy,” A Collection of Esoteric Writings of T.Subba Row, 1895, pp. 109-113; Esoteric Writings, 1980, pp.480-486; T. Subba Row Collected Writings, 2001, vol. 1, pp. 134-141.

O seu poder supremo que tudo preenche existe, mas é precisamente a matéria, cuja vida é movimento, vontade, poder nervoso, eletricidade. Purusha pode pensar apenas por meio de Prakriti.

- “Cosmological Notes”, The Letters of H.P. Blavatsky to A.P. Sinnett, Apêndice II, p. 381 (por Mahatma Morya)

... a matéria in abscondito [oculta, invisível], como é chamada pelos alquimistas, é eterna, indestrutível, sem início ou fim. É considerada pelos ocultistas orientais como a Raiz eterna de tudo, ...em suma, a Essência Divina, ou Substância; as radiações Dela são periodicamente agregadas em formas graduadas, de puro Espírito para matéria grosseira; a Raiz, ou Espaço, é em sua presença abstrata a própria Deidade, o Inefável e a Causa Una Desconhecida.

- The Secret Doctrine, 3rd Ed, vol.3, p.223: “Eastern and Western Occultism,” H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 14, pp. 233-234

O leitor deve ter em mente que, de acordo com o nosso ensinamento, que considera este universo fenomênico como uma grande Ilusão, quanto mais próximo um corpo estiver da SUBSTÂNCIA DESCONHECIDA, mais próximo ele estará da realidade, visto que se retira a uma grande distância deste mundo de Maya.

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- The Secret Doctrine, vol. 1, pp. 145-146

A Realidade Una é Mulaprakriti (Substância Indiferenciada) – a “Raiz Sem Raiz”, mas devemos parar por aqui, antes que haja pouco a dizer-lhes para suas próprias intuições. - The Mahatma Letters, carta #59, 3rd Ed., p.341

6. A Realidade Una descrita como trevas:

Todo sistema de evolução tem início com o postulado da existência de Mūlaprakṛti ou Tamas (trevas primordiais).

- “In Re Advaita Philosophy”, A Collection of Esoteric Writings of T.Subb Row, 1895, p. 113; Esoteric Writings, 1980, .485; T. Subba Row Collected Writings, 2001, vol. 1, p.140

AS TREVAS POR SI SÓ PREENCHERAM O TODO ILIMITADO, POIS PAI, MÃE E FILHO ERAM NOVAMENTE UM. E O FILHO AINDA NÃO ACORDARA PARA O NOVO CICLO E SUA PEREGRINAÇÃO SUBSEQUENTE.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.27 (Estância I, verso 5, do “Livro de Dzyan”)

“Trevas” ... é aquilo sobre o qual nenhum atributo pode ser postulado: É o Princípio Desconhecido que preenche o Espaço Cósmico ... não se trata aqui de Trevas no sentido de ausência de Luz...

- “Transaction of the Blavatsky Lodge of the Theosophical Society”, H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 10, p.331

Voltemos a Estância I do Livro de Dzyan para um exemplo.

O Zohar pressupõe, assim como a Doutrina Secreta, uma Essência eterna, universal, passiva – pois absoluta – em tudo que os homens chamam de atributos...

Tal, então, é o significado:

“As Trevas sozinhas preenchiam o Todo Ilimitado, pois Pai, Mãe e Filho eram novamente Um.”

O Espaço era, e sempre é, como é entre os Manvantaras. O Universo em seu estado pré-cósmico era mais uma vez homogêneo e um – além de seus aspectos ... Diz a Doutrina Secreta:

É chamado à vida. O Cubo místico em que repousa a Ideia Criativa, o Mantra da manifestação [ou o som articulado – Vāch] e o sagrado Purusha [ambos irradiações da prima matéria] existem na Eternidade na Substância Divina em seu estado latente, durante o Pralaya.

- The Secret Doctrine, 3rd Ed., vol.3, pp. 180-181: “The Eastern Gupta Vidyā and the Kabalah”, H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 14, pp. 185-187; aparentemente citando um comentário secreto.

Espaço preenchido de trevas, a matéria primordial em seu estado pré-cósmico... e Espaço é a Deidade sempre Invisível e Incognoscível em nossa filosofia.

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7. A Realidade Una descrita como um elemento uno:

Entretanto, você deverá ter em mente que (a) reconhecemos apenas um elemento na Natureza (seja espiritual ou físico) fora do qual não pode haver Natureza, pois é a própria Natureza, que como o Akasha preenche todo o nosso sistema solar, cada átomo sendo parte dele, preenche o espaço e é espaço de fato, que pulsa como que em sono profundo durante os pralayas ... (b) consequentemente espírito e matéria são um, sendo apenas uma diferenciação de estados, não essências,...(c) que as nossas noções de “matéria cósmica” são diametralmente opostas àquelas da ciência ocidental. Portanto, se lembrar-se disto, talvez tenhamos sucesso ao transmitir-lhe os axiomas elementares de nossa filosofia esotérica mais corretamente do que até o momento presente.

- The Mahatma Letters, carta #11, 3rd Ed., p.63

Sim, como descrito em minha carta – há apenas um elemento e é impossível compreender o nosso sistema antes que uma concepção correta dele esteja firmemente fixada na mente. Deve, portanto, perdoar-me se insisto neste assunto por mais tempo do que realmente pareça necessário. Mas, a não ser que este fato primordial seja firmemente absorvido, o restante parecerá ininteligível. Este elemento é – em termos metafísicos – um substrato ou causa permanente de todas as manifestações no universo fenomênico.

- The Mahatma Letters, carta #15, 3rd Ed., p.89

Se o estudante mantém em mente que há apenas UM ELEMENTO UNIVERSAL, que é infinito, incriado, imortal e que todo o resto – como no mundo dos fenômenos – se trata apenas dos muitos e variados aspectos diferenciados e transformações (correlações, como agora são chamados) deste UM, de efeitos Cósmicos a microcósmicos, dos seres super humanos aos sub-humanos, a totalidade, em suma, da existência objetiva – então a primeira e principal dificuldade desaparecerá e poder-se-á dominar a Cosmologia Oculta.

- The Secret Doctrine, vol. I, p.75

... Os Ocultistas Orientais defendem que há apenas um elemento no universo – infinito, incriado e indestrutível – MATÉRIA; este elemento se manifesta em sete estados ... Espírito no estado mais elevado desta matéria, dizem, pois aquilo que não é nem matéria, nem algum de seus atributos é – NADA.

- “From Theosophy to Shakespeare”, H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 4, p. 602 A Luz, então, assim como o calor – do qual é a coroa – é simplesmente o espectro, a sombra da matéria em movimento, o ESPAÇO, MOVIMENTO e DURAÇÃO ilimitados, eternos e infinitos, a essência trina daquilo que os teístas chamam de Deus, e nós de Elemento Uno; Espírito-matéria, Matéria-espírito, cujas propriedades septenárias circunscrevemos sob a sua forma tripla abstrata no triângulo equilátero.

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- “What is Matter and What is Force?” H.P. Blavatsky Collected Writings, vol. 4, p.220 (Blavatsky diz que este artigo é do Mahatma K.H.)

8. O aspecto da realidade descrito como movimento, o grande sopro, a vida una, consciência incondicionada (ou espírito), svabhāva (“natureza inerente”), ou força:

É uma lei fundamental no Ocultismo, de que não há descanso ou cessação de movimento na Natureza.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.97

Diremos que está e sempre estará demonstrado que como o movimento está em tudo, o repouso absoluto é inconcebível, que sob qualquer forma ou máscara, o movimento pode aparecer, seja como luz, calor, magnetismo, afinidade química ou eletricidade – todas essas devem ser fases da Uma e mesma Força onipotente universal, um Proteus a que se curvam como o Grande “Desconhecido” (ver Herbert Spencer) e que, simplesmente chamamos de a “Vida Una”, a “Lei Una” e o “Elemento Uno”.

- The Mahatma Letters, carta #23b, 3rd Ed., pp. 155-56

SOZINHA, A FORMA UNA DA EXISTÊNCIA SE EXPANDIU ILIMITADA, INFINITA, SEM CAUSA, NUM SONO SEM SONHO; E A VIDA PULSA INCONSCIENTE NO ESPAÇO UNIVERSAL, AO LONGO DAQUELA ONIPRESENÇA QUE É PERCEBIDA PELO OLHO ABERTO DO DANGMA.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p. 27 (Estância I, verso 8, do Livro de Dzyan)

Então, no que acreditamos? Bem, acreditamos no muito desprezado phlogiston (ver artigo “What is force and what is matter? [O que é força e o que é matéria?]” Theosophist, setembro) e no que alguns filósofos naturais chamariam de nisus, o movimento incessante embora perfeitamente imperceptível (aos sentidos ordinários) ou os esforços que um corpo faz sobre o outro – as pulsações de matéria inerte – sua vida.

- The Mahatma Letters, carta #10, 3rd., p.56

Dizemos e afirmamos que o movimento – o movimento perpétuo universal que nunca cessa, nunca reduz, nem intensifica a sua velocidade, nem mesmo durante os intervalos entre pralayas, ou “noites de Brahma”, mas continua como um moinho em movimento, independente de ter algo para moer ou não (pois o pralaya significa a perda temporária de toda forma, mas de modo algum a destruição da matéria cósmica que é eterna) – dizemos que este movimento perpétuo é tão somente a única Deidade eterna e incriada que somos capazes de reconhecer.

- The Mahatma Letters, carta #22, 3rd Ed., p.135

... O Movimento Cósmico eterno e incessante; ou melhor, a Força que o move, esta Força é tacitamente aceita com a Deidade, mas jamais nomeada. É o eterno Kāraṇa, a Causa sempre atuante.

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- The Secret Doctrine, vol. 1, p.93, fn.

O que coexiste com espaço? (i) Duração.

(ii) Matéria

(iii) Movimento, pois esta é a vida imperecível (consciente ou inconsciente como pode ser o caso) da matéria, mesmo durante o pralaya, ou noite da mente.

Quando ambos Chyang ou onisciência e Chyang-mi-shi-khon ou ignorância dormem, esta vida inconsciente latente ainda mantém a matéria que a anima em movimento incessante e sem sono.

- “Cosmological Notes”, The Letters of H.P. Blavatsky to A.P. Sinnett, Apêndice II, p.377 (por Mahatma M.)

... O mundo do não ser, onde existe o movimento eterno, a causa incriada de onde procede num tipo de rotação incessante para baixo e para cima, as fontes de ser e de não-ser, o segundo, a realidade, e, o primeiro, maya, o temporário do eterno, o efeito de sua causa, o efeito se tornando, por sua vez, causa ad infinitum. Durante o pralaya, esse movimento para cima e para baixo cessa, só permanecendo a vida inconsciente e inerente – todas as forças criativas são paralisadas, tudo repousando na noite da mente.

- “Cosmological Notes”, The Letters of H.P.. Blavatsky to A.P. Sinnett, Apêndice II, p.379 (por Mahatma M.)

“A Mãe dorme, porém está sempre a respirar.”

- The Secret Doctrine, vol. 1, p. 143, aparentemente citando um comentário secreto O “Sopro” da Existência Una é utilizado em sua aplicação somente para o aspecto espiritual da Cosmogonia pelo esoterismo Arcaico. Doutro modo, é substituído pelo seu equivalente no plano material: Movimento. O Elemento Uno Eterno, ou Veículo que contém o elemento, é Espaço, sem dimensões em todos os sentidos. Coexistente com ele: duração infinita, matéria primordial (portanto indestrutível) e movimento – “movimento perpétuo” absoluto que é o “sopro” do Elemento “Uno”. Este sopro, como visto, nunca pode cessar, nem mesmo durante as eternidades Pralayicas.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.55

... ONDE ESTAVA O SILÊNCIO? ONDE OS OUVIDOS PARA SENTI-LO? NÃO, NÃO HAVIA SILÊNCIO, NEM SOM; NADA EXCETO O SOPRO ETERNO E INCESSANTE, QUE NÃO CONHECE A SI MESMO.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.28 (Estância II, verso 2, do “Livro de Dzyan”)

Esta “Serdade” é simbolizada na Doutrina Secreta sob dois aspectos. Por um lado, Espaço absoluto e abstrato, ... por outro, Movimento absoluto e abstrato representando a Consciência Incondicionada ... este último aspecto da Realidade

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Una é também simbolizado pelo termo “O Grande Sopro”, um símbolo suficientemente gráfico que não requer demais elucidações.

- The Secret Doctrine, vol. 1, p. 14

O seu atributo uno absoluto, que é ELE PRÓPRIO eterno, incessante, Movimento, é chamado na linguagem esotérica de “Grande Sopro”, que é o movimento perpétuo do universo, no sentido de Espaço ilimitado sempre presente ... O Ocultismo resume a “Existência Una” da seguinte forma: “A Deidade é um Fogo arcano, vivo (em movimento) e as testemunhas eternas desta Presença invisível são Luz, Calor, Umidade” – esta trindade incluindo e sendo a causa de todo fenômeno na Natureza. O movimento Intra-Cósmico é eterno e incessante; o movimento cósmico (o visível, ou aquilo que é sujeito à percepção) é finito e periódico.

- The Secret Doctrine, vol. 1, pp.2-3.

“O que quer que saia do Estado de Laya, se torna vida ativa; é atraído para o vórtice do MOVIMENTO [o solvente alquímico da Vida]; Espírito e Matéria são dois Estados do UM, que não é nem Espírito, nem Matéria, sendo ambos a vida absoluta, latente.” (Livro de Dzyan, Comentário III, parágrafo 18)... “Espírito é a primeira diferenciação de (e no) ESPAÇO; e Matéria a primeira diferenciação de Espírito. Aquilo, que não é nem Espírito, nem matéria – que é ISTO – a CAUSA sem causa do Espírito e da Matéria, que são a Causa do Cosmos. E AQUILO que chamamos de VIDA UNA ou de Sopro Intra-Cósmico.”

- The Secret Doctrine, vol. 1, p.258, citando um comentário secreto

Há um momento na existência de toda molécula e átomo de matéria quando, por uma causa ou outra, a última fagulha de espírito ou movimento ou vida (chame como quiser) se recolhe, e no mesmo instante, com a velocidade que ultrapassa aquela de um relâmpago de pensamento, o átomo ou molécula ou uma agregação de moléculas é aniquilada para retornar à sua pureza prístina na matéria intracósmica.

- The Mahatma Letters, carta #22, 3ª Ed, p. 139

Ao longo das duas primeiras Partes [do vol. I de A Doutrina Secreta] foi exposto que, no primeiro palpitar de uma vida renascente, Svabhavat [svabhāva], “o resplendor mutável das Trevas Imutáveis, inconsciente na Eternidade” passa, a cada novo renascimento do Cosmos, de um estado inativo a um estado de intensa atividade; que se diferencia e, então, começa o seu trabalho por meio dessa diferenciação. - The Secret Doctrine, vol. 1, pp. 634-635

Para compreender as minhas respostas, você terá de, primeiramente, ter em vista a Essência eterna, o Swabhāvat [svabhāva] não como um elemento composto que você chama de espírito-matéria, mas como o elemento uno para o qual não há nome na língua inglesa[ou portuguesa].

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O Swabhavat [svabhāva] plástico, invisível, eterno, onipresente e inconsciente dos [Svābhāvikas] é Força ou Movimento, sempre gerando sua eletricidade que é vida. - The Mahatma Letters, carta #22, 3ª Ed., p.136

O mundo da força é o mundo do Ocultismo e o único aonde o mais elevado iniciado vai para investigar os segredos do ser.

- The Mahatma Letters, carta 22, 3ª Ed., p. 140

... Você já suspeitou que a mente humana Universal, assim com a finita, pode ter dois atributos,. a “mente infinita”, que assim nomeamos apenas por convenção, pois a chamamos de FORÇA infinita ...”

- The Mahatma Letters, carta 22, 3ª Ed, pp. 133-134

Sim; há uma força tão ilimitada quanto o pensamento, tão potente quanto a vontade sem limites, tão sutil quanto a essência da vida, tão inconcebivelmente terrível em sua força dilacerante que poderia causar uma convulsão do universo para o seu centro fosse utilizada como uma alavanca, mas esta Força não é Deus, visto que há homens que aprenderam o segredo de sujeitá-la à sua vontade quando necessário. Olhe ao seu redor e veja a miríade de manifestações da vida, tão infinitamente multiforme; da vida, do movimento, da mudança. O que causou tudo isso? De qual fonte inesgotável veio? Por meio de qual agência? Além do invisível e do subjetivo, entrou em nosso pequeno campo do visível e do objetivo. Filhos do Akasha, evoluções concretas do éter, foi a Força que os trouxe à perceptibilidade e será a Força que no dado tempo removê-lo-ás da vista do homem.

- The Mahatma Letters, carta 22, 3ed., pp. 136-137

Os Ocultistas são chamados ao trabalho por chamar a Causa da luz, calor, som, coesão, magnetismo, etc, etc, de uma substância. (A “substância” do Ocultista, entretanto, é a mais refinada substância do físico, o que a matéria radiante é para o couro das botas do químico)... De modo algum – como já afirmado antes – os ocultistas debatem as explanações da Ciência, como se esta fornecesse uma solução para as agências imediatas em ação. A Ciência apenas erra ao acreditar nisso, pois já detectou em ondas vibratórias a causa próxima desses fenômenos, tendo revelado, portanto, TUDO que está além do limite dos sentidos. Ela meramente traça a sequência de fenômenos no plano dos efeitos, das projeções ilusórias da região que o Ocultismo há muito penetrou. E o Ocultismo mantém que esses tremores etéricos não são, como asseverado pela Ciência, estabelecidos pelas vibrações de moléculas de corpos conhecidos – a matéria de nossa consciência terrestre objetiva – mas aquilo que devemos buscar para as causas últimas da luz, calor, etc., etc., na MATÉRIA existente em estados supersensórios – estados, entretanto, tão plenamente objetivos para os olhos do homem espiritual, quanto um cavalo ou uma árvore para um mortal comum. Luz e calor são o espectro ou a sombra da matéria em movimento.

Referências

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