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Saiba como cultivar hortaliças para semear bons negócios

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Academic year: 2021

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CEBOLINHA CHEIRO-VERDE COENTRO SALSA

Coleção

Passo a Passo

CEBOLINHA CHEIRO-VERDE COENTRO SALSA

Saiba como cultivar hortaliças para semear bons negócios

CHEIRO-VERDE

(2)

Expediente

REALIZAÇÃO

SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional ROBERTO SIMÕES

Diretor-Presidente LUIZ BARRETTO Diretor Técnico CARLOS ALBERTO DOS SANTOS Diretor de Administração e Finanças

JOSÉ CLAUDIO DOS SANTOS Gerente da Unidade de Agronegócios

ENIO QUEIJADA

Gerente da Unidade de Marketing e Comunicação CÂNDIDA BITTENCOURT

Coordenadora da Carteira de Orgânicos, PAIS e Horticultura

NEWMAN COSTA

APOIO TéCNICO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES ESTADUAIS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

(ASBRAER)

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO DISTRITO FEDERAL

(EMATER-DF)

SEBRAE

SGAS 604/605 – Módulos 30 e 31 – Asa Sul Brasília – Distrito Federal CEP: 70200-645 – Telefone: (61) 3348 7100

www.sebrae.com.br www.sebrae.com.br/setor/horticultura

Central de Relacionamento Sebrae 0800 570 0800

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Sumário

APRESENTAÇÃO ... 5

1º Passo – MODALIDADES DE CULTIVO ... 6

2º Passo – ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO ... 8

3º Passo – ESCOLHA DA CULTIVAR ...11

4º Passo – FORMAÇÃO DE MUDAS E SEMEADURA ...14

5º Passo – TRATOS CULTURAIS ...16

6º Passo – CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS ...20

7º Passo – COLHEITA E PÓS-COLHEITA ...22

8º Passo – COMERCIALIZAÇÃO E AGREGAÇÃO DE VALOR ...24

9º Passo – COMPORTAMENTO DE MERCADO...25

10º Passo – LEVANTAMENTOS DE DADOS PARA FAZER ORÇAMENTO ...27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...29

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Editorial

Série Agricultura Familiar

Coleção Passo a Passo Cheiro-Verde

Produção Editorial

PLANO MÍDIA COMUNICAÇÃO (planomidia@gmail.com) (61) 3244 3066/67 e 9216 5879 Supervisão editorial NEWMAN COSTA (SEBRAE) Edição

ABNOR GONDIM (PLANO MÍDIA) Responsável técnico

FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS, Eng. Agr., MSc. Fitotecnia

Autores

FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS, Eng. Agr., MSc. Fitotecnia

DANIEL BARBOSA DA SILVA Engenheiro Agrônomo EMATER-DF

LUCIANA DA SILVA Economista Doméstico NS EMATER-DF

LUCIANA UMBELINO TIEMANN BARRETO Eng., Agr., MBA - Avaliação Impacto Ambiental RENATO DE LIMA DIAS

Eng. Agr. MSc. Economia Rural EMATER-DF

Projeto Gráfico e Diagramação BRUNO EUSTÁQUIO

Revisão ELIANA SILVA Fotos

GABRIEL JABUR NETO, NAIANA ALVES e FELIPE BARRA

Agradecimento

Produtor: Agnaldo Alves da Silva

Chácara 146 – P.Sul/P.Norte, Ceilândia, Brasília – Dis-trito Federal. Ao consultor técnico SILVIO CALAZANS (siviocalazans@bol.com.br) pela sessão das fotos: túnel, gotejamento e mulching

© Copyright 2011, SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL MEDIANTE A CITAÇÃO DA FONTE.

Distribuição gratuita

O arquivo dessa publicação está disponível em www.sebrae.com.br/setor/horticultura Não são permitidas reproduções para fins comerciais

ISBN CEBOLINHA CHEIRO-VERDE COENTRO SALSA Coleção Passo a Passo CEBOLINHA CHEIRO-VERDE COENTRO SALSA

Saiba como cultivar hortaliças para semear bons negóciosCHEIRO-VERDE

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HORTALIÇAS: CHEIRO-VERDE

COENTRO + CEBOLINHA

SALSA + CEBOLINHA

Agricultura Familiar

Cultive Renda e Sustentabilidade

A produção de hortaliças é a atividade que mais se identifica como opção de agronegócio para os produtores rurais familiares. As informações aqui contidas destinam-se para produtores rurais que já cultivam ou estão interessados no plantio do cheiro-verde de forma lucrativa e sustentável.

Nesta publicação, o Sebrae busca oferecer informações que possibilitem o aumento da renda e de competividade dos negócios produzidos na pequena propriedade rural. Traz orientações tecnológicas e de mercado baseadas nos princípios das Boas Práticas Agrícolas, ou seja, tornar a agricultura menos dependente de produtos químicos, menos agressiva ao meio ambiente, mais socialmente correto e, por conseguinte, mais sustentável.

A principal finalidade da Coleção Passo a Passo, da série Agricultura Familiar, é oferecer infor-mações sobre o que, quando, quanto e como produzir hortaliças. Isso tudo por meio de ações que gerem renda sem comprometer o aproveitamento da natureza pelas futuras gerações.

Boa Leitura. Bom plantio. Bons lucros

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1º PASSO

Produtor no momento de definir a modalidade de cultivo, considerar os fatores de produção e de mercado para o sucesso do seu negócio

MODALIDADES DE CULTIVO

O cheiro-verde é cultivado em todo o território nacional, se caracteriza como uma das opções mais exercitada pelos produtores da base familiar, ou seja, constituindo como principal renda familiar e que exploram pequenas áreas agrícolas nos cinturões verdes nos arredores dos grandes centros urbanos. Em outras localidades, o coentro, cebolinha e salsa, embora comercializado sozinho, são denominados de cheiro-verde.

Os fatores da decisão

A cultura do cheiro-verde pode ser plantada, por agricultores familiares, em diferentes modali-dades de cultivo. Nesta publicação, estão as mais utilizadas no Brasil. No entanto, cabe ao produtor rural a tomada de decisão para determinar a que melhor se adapta a sua realidade.

Uma boa escolha deve levar em consideração os fatores de produção: • clima

• solo • água

• infraestrutura e outros

Deve-se também observar os fatores de mercado: • proximidade do mercado consumidor

• tamanho da área

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1. Plantio a campo aberto

Realizado durante o ano todo. Os canteiros geralmente são de 0,8 a 1,0 m de largura e comporta 4,0 a 5,0 fileiras longitudinais de plantas, com espaçamento variando de 10 a 25 cm entre plantas, de acordo com as culturas e suas cultivares que compõem o cheiro-verde. O sistema de irrigação mais adotado é o de aspersão convencional, ou seja, pelo fácil manejo e adaptabilidade ao plantio de hortaliças (folhas).

2. Plantio protegido – Túnel

O túnel é construído com arcos de aço galvanizado de 1 polegada colocada sobre os canteiros, numa distância entre os arcos de 3,50 m e entre os pés dos arcos 3,20 m, com altura final 1,80 m. É colocado o filme plástico (longa vida de 75 micras, com 4,0 m de largura), que é esticado sobre os mesmos e fixado nas extremidades do túnel em peças de madeira enterradas no solo. Também são colocados sobre o filme plástico, nos intervalos dos arcos, cintas de filme plástico de 200 micras de espessura por 20 cm de largura para fixação do túnel. A dimensão do túnel padrão é de 3,20 m de largura por 50 m de comprimento, que comporta dois canteiros. O sistema de irrigação adotado é o de gotejamento, pela maior aplicabilidade para o uso da fertirrigação. Essa modalidade de cultivo recomenda-se somente para período de muitas chuvas ou de inverno extremamente rigoroso, que venha inviabilizar a produção do cheiro-verde. Embora seja um investimento a mais no sistema de produção, apresenta vantagens competitivas: possibilidade de plantio nas épocas de verão muito chuvoso ou inverno extremamente frio, colheita na entressafra, época de melhores preços; precocidade da colheita; ampliação no período de safra; melhora a qualidade do produto, principalmente na pós-colheita, há menores gastos com agrotóxicos,

Lavoura de cebolinha e coentro irrigada com sistema de irrigação convencional

Produtor rural utilizar somente a modalidade de túnel na época muita chuvosa ou extremamente fria, permitindo produção na entressafra

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2º PASSO

Levantamento de canteiros com rotoencanteirador acoplado ao trator

ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E

ADUBAÇÃO DO SOLO

Após a escolha da modalidade de cultivo, deve-se adotar as seguintes operações para o bom uso da terra:

Análise do Solo

Método usado para avaliar as propriedades químicas e físicas do solo. Com base nos seus resul-tados, é possível conhecer a quantidade de nutrientes, de matéria orgânica e o nível de acidez do solo, bem como sua textura. Isto possibilita determinar as limitações, necessidades de corretivos e fertilizantes orgânicos e minerais do solo, a fim de proceder corretamente a calagem e a adubação organomineral de plantio.

É importante considerar ainda (outros parâmetros da análise do solo) as informações de equilíbrio de bases da capacidade de trocas catiônicas (CTC), relação entre cálcio/magnésio, cálcio/potássio e magnésio/potássio e a condutividade elétrica do solo, que são componentes essenciais para o equilí-brio solo/planta.

Preparo e Correção do Solo

Proceder à operação de limpeza da área, a aração, gradagem e levantamento dos canteiros e no plantio em túnel, poderá também usar mulching. Na operação do encanteiramento, deve-se evitar o uso excessivo do rotoencateirador, por causar a destruição da estrutura do solo e propiciar a compac-tação do subsolo, que deformam e prejudicam o desenvolvimento e crescimento das raízes. Caso seja necessário realizar a descompactação do solo com equipamento escarificador ou subsolador. É impor-tante também que todas as operações no solo sejam feitas no sentido do nível do terreno para diminuir

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erosões, conservando o solo e a água. Em solos já trabalhados, principalmente em cultivo protegido é conveniente a subsolagem anual para prevenir a compactação do solo, bem como, permitir através das chuvas ou da irrigação, a lavagem do excesso de sais, que porventura existam no solo.

A calagem consiste na aplicação de corretivo agrícola, preferencialmente o calcário, com a fina-lidade de corrigir a acidez do solo e fornecer cálcio e magnésio, às plantas. Com base na análise do solo, se recomenda a quantidade de calcário necessário, haja vista, que o excesso de calcário por elevar inadequadamente o pH, cálcio e magnésio, e causar desordens nutricionais (diminuir a disponibilidade de micronutrientes do solo para a planta), diminuindo a produtividade das culturas que compõem o cheiro-verde. A calagem deve ser feita, no mínimo, três meses antes do plantio, preferentemente, com o calcário dolomítico (cálcio e magnésio), distribuir e incorporá-lo a metade da dosagem pela ocasião da aração e a outra metade na gradagem.

Adubação Organomineral do Solo de Plantio

Consiste na aplicação de adubos orgânicos e minerais no solo, antes da semeadura ou transplantio, das culturas que compõem o cheiro-verde e deve ser baseada na análise de fertilidade do solo, em decorrência da exigência da cultura e nos sistemas de produção, tais como: campo aberto ou protegido.

A adubação organomineral de plantio deve seguir os parâmetros de cada região especifica do País. Como exemplo tem a recomendação para latossolos da região do Distrito Federal e adaptada para a região do Centro-Oeste.

Adubação orgânica

As culturas que compõem o cheio-verde, respondem à adubação orgânica, especialmente em solos de baixa fertilidade e/ou compactados. É fundamental que o adubo esteja bem curtido. Recomenda-se em geral o esterco de gado na do-sagem de 30 toneladas por hectare ou um terço no caso de esterco de galinha. Acresce ainda que a adubação orgânica melhore a estrutura do solo e com isto libera e facilita a absorção de nutrientes pelas plantas e diminui o gasto com a adubação mineral.

Adubação mineral

A adubação mineral para fósforo e potássio dependerá do nível de fertilidade do solo: o fós-foro pode variar de 0 até 350 kg/ha de P205 e o potássio de 0 até 100 kg/ha de K20. Com relação ao Nitrogênio, de modo geral recomenda 50 kg/ha de N. Os micronutrientes, principalmente o boro e o zinco, ficam na dependência do histórico da área e da exigência da planta.

Adubação orgânica melhora a estrutura do solo e disponibiliza água e nutrientes para as plantas

Adubação mineral disponibiliza nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas

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Tabela 1. Recomendação de adubação mineral para as culturas coentro, salsinha e cebolinha para

produção em latossolos no Distrito Federal e adaptada em latossolos da região Centro-Oeste (kg por hectare). Fósforo Potássio P (ppm) P2O5 (kg/ ha ) K (ppm) K2O (kg/ ha ) menos de 10 250 – 35 menos de 10 75 – 100 de 10 a 60 150 – 2500 de 60 a 120 50 – 75 de 30 a 30 50 – 150 de 120 a 240 0 – 50 Mais de 60 0 – 50 Mais de 240 -x-Fonte: EMATER-DF/EMBRAPA/CNPH

Para solos de baixa fertilidade, em geral, recomenda-se 250 kg/ha de sulfato de amônia, 1500 kg/ ha de superfosfato simples e 150 kg/ha de cloreto de potássio ou 2000 kg/ha do fertilizante mineral 4-14-8. Nesta recomendação, utilizar 30 kg/ha de Bórax e 30 kg/ha de Sulfato de Zinco.

Distribuição e incorporação da adubação organomineral

O sistema mais utilizado consiste em fazer a distribuição do adubo orgânico a lanço sobre os canteiros, seguida de incorporação, que é feita utilizando enxadão ou enxada rotativa do microtrator e posteriormente os fertilizantes minerais, são distribuídos e incorporados, nos canteiros da mesma maneira da adubação orgânica. Usando a encanteiradeira acoplada a tratores os processos de incorpo-ração dos adubos e levantamento dos canteiros são realizados simultaneamente, possibilitando uma grande redução nos custos. No caso do mulching (uso do plástico para cobertura de canteiros), para cultivo protegido (túnel) devem ser maiores os cuidados para que o solo fique livre de torrões.

A distribuição e a incorporação de fertilizantes orgânicos e minerais com microtrator com enxada rotativa é prática comum entre os produtores familiares

Para interpretação da análise de solo e recomendação da adubação mineral, procurar o serviço de Extensão Rural ou um Profissional Especializado

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3º PASSO

As culturas que compõem o cheiro-verde são: coentro, cebolinha e salsinha

ESCOLHA DA CULTIVAR

O cultivo do cheiro-verde no Brasil apresenta excelentes perspectivas de expansão, conside-rando toda a cadeia produtiva, principalmente o elo mercado/consumidor, que é sem dúvida o determinante na aceitação do produto e na lucratividade do negócio.

Existe diversas cultivares das culturas que compõem o cheiro-verde, com diferentes caracterís-ticas para o mercado brasileiro.

Cultivares apropriadas

Na escolha da cultivar o produtor deve levar em consideração:

A seguir, enumeramos as características das principais cultivares disponíveis no mercado das

culturas que compõem o cheiro-verde.

Fatores de mercado:

• Proximidade do mercado consumidor; • Tamanho de mercado;

• Canais de comercialização e outros.

Fatores de produção:

• Modalidade de cultivo a ser usada; • Sistema de irrigação a ser usado; • Resistência a doenças, pragas; • Época de plantio e outros.

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Tabela 3. Principais cultivares no mercado e suas características – Salsa

Nome

Características das folhas

Início de

Co-lheita (dias) ComercialEmpresa

Cor Tipo Altura (cm)

Graúda Português Verde-escura Lisa 12 a 22 60 a 80 Isla, Feltrin, Horticeres Salsa Lisa Verde-escura Lisa 10 a 22 55 a 75 Isla, Feltrin, Horticeres Salsa Lisa HT Verde-escura Lisa 30 a 40 60 a 70 Hortec Fonte: Elaborada a partir de informações contidas nos sites das empresas comerciais de sementes. Também, consultar outras informações tais como: resistência/tolerância a doenças e ao pendoamento precoce e época de plantio.

Cebolinha: Conhecida como cebolinha verde ou

comum, (Allium fistulosum L.) originária do Oriente, ou da Sibéria, possui folhas numerosas, fistulosas, que formam um touceira com comprimento variando de 25 a 35 cm , cor verde (clara ou escura) e com me-lhor adaptabilidade em temperaturas amenas e frias.

Salsa: Conhecida como salsinha, (Petroselinum

crispum (Mill.). Nym), originária da Europa, com

fo-lhas lisas, cor predominante verde-escura, com altu-ra variando de 12 a 40 cm, e com melhor adaptabili-dade em temperaturas amena, não muito frias, nem muito quentes (em torno de 20 ºC).

Tabela 2. Principais cultivares no mercado e suas características – Cebolinha

Nome Características das folhas Início de Colheita

(dias) Empresa Comer-cial Cor Perfilhamento

Verde Verde - 100 a 120 Isla Todo Ano Verde-clara - 80 a 100 Horticeres Todo Ano Verde-médio Bom 80 a 100 Feltrin Kujo Futonequi Verde-escura Bom 80 a 100 Takii Seed Natsul Hossonequi Verde-escura Bom 80 a 100 Takii Seed Fonte: Elaborada a partir de informações contidas nos sites das empresas comerciais de sementes. Também, consultar outras informações tais como: resistência/tolerância a doenças e ao pendoamento precoce e época de plantio.

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Coentro: Conhecida como salsinha chinesa,

(Coriadrum Sativum L.), originária da Costa do Me-diterrâneo (Sul da Europa, Oriente Médio e África do Norte), folhas com cor predominante verde-escura, com altura variando de 30 a 40 cm e com melhor adaptabilidade em temperaturas quentes.

Tabela 4. Principais cultivares no mercado e suas características – Coentro

Nome

Características das folhas

Início de Colheita (dias)

Empresa Comercial

Cor Tipo Altura (cm)

Português

Super Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Isla Verdão

Super Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Isla Verdão Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 60 Horticeres Português Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Agrocinco Verdão Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 70 Agrocinco Português

HT Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 60 Hortec Verdão Verde-escura Lisa 30 a 40 50 a 60 Hortec Americano

HT Verde-escura Lisa 25 a 35 50 a 60 Hortec Português Verde-escura Lisa Grande 50 a 70 Agristar Super

Ver-dão Verde-escura Lisa Grande 50 a 60 Agristar Verdão Verde-escura Lisa Grande 50 a 60 Feltrin Português

Pacífico Verde-escura Lisa Grande 50 a 60 Feltrin

Fonte: Elaborada a partir de informações contidas nos sites das empresas comerciais de sementes. Também, consultar outras informações tais como: resistência/tolerância a doenças e ao pendoamento precoce e época de plantio.

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4º PASSO

Formação de mudas em sistema protegido para pequeno produtor familiar

FORMAÇÃO DE MUDAS E

SEMEADURA

Cebolinha

Sementeira

As mudas devem ser formadas em sementeiras. Entretanto, devido ao baixo custo, praticidade e qualidade das mudas, tem se dado preferência à utilização de bandejas de isopor ou polietileno, com 288 ou 400 células (orifícios).

Sementes e semeadura

As sementes para formação de mudas são as nuas, em decorrência do baixo preço praticado no mercado. Semeadas manualmente ou com o auxílio de semeadores encontrados no mercado.

A semeadura deve ser feita no centro da célula, na profundidade de 0,5 cm, em seguida, deve-se cobrir as sementes com o próprio substrato com uma fina camada de vermiculita (mineral usado como substrato que atua como condicionador de solos, propiciando aeração e retenção de água) ou do próprio substrato.

A irrigação deve ser feita de duas a três vezes ao dia, dependendo da condição climática, evi-tando-se o excesso de água.

Bandejas e manejo

Após o semeio, as bandejas devem ser irrigadas e empilhadas na sombra até o início da germi-nação, quando deverão ser levadas a uma casa de vegetação (estufa) coberta com plástico apro-priado e com telado antiafídeo (contra a praga pulgão), de forma a evitar a entrada de insetos transmissores de viroses. As bandejas devem ser colocadas em suportes apropriados, que devem ser nivelados na altura de 0,8 a 1m do solo, facilitando desta forma o manejo, e evitando que não

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comprometa a poda das raízes pela luz.

Existe a possibilidade de aquisição de mudas prontas, sob encomenda, de viveiristas comerciais idôneos. Também, é corriqueiro, a prática de troca de mudas entre os produtores, que geralmente apresentam baixo padrão fitossanitário.

Coentro e Salsa

Semeadura direta

O cultivo do coentro e da salsa dispensa a produção de mudas. A semeadura é realizada por sementes distribuídas diretamente nos canteiros, em linha contínua, nos sulcos de (1 – 2 cm) de profundidade e distanciados de 20 a 40 cm, um dos outros. A distribuição das sementes preferen-cialmente é manual ou com o emprego de semeadeira manual.

Qualquer que seja o método, atenção especial deve ser dada à profundidade do semeio, haja vista, se o semeio foi muito profundo (maior que 2,0 cm), as plântulas podem não emergir. Por outro lado, se o semeio foi muito superficial (menor que 1,0 cm), poderá ocorrer falhas na germi-nação, devido ao secamento da camada superficial do solo ou por ocasião de chuvas pesadas ou irrigação em excesso.

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5º PASSO

Os tratos culturais como transplantio e desbaste deixa o espaçamento ideal para cada cultura, além de aumentar a produtividade, melhora o aspecto comercial do produto

FALTA FOTO

TRATOS CULTURAIS

Tratos Culturais: Conjunto de operações realizadas após a semeadura, visando à formação e

o desenvolvimento da planta.

Irrigação

As culturas que compõem o cheiro-verde é extremamente exigente em água, em todo seu ciclo produtivo. O monitoramente da irrigação é importante, haja vista, que o excesso de água causa incidência de doenças e a falta de água, o difícil hídrico, causando a limitação da área foliar das plantas e em decorrência reduzindo seus índices de produtividade.

Irrigação por aspersão

O sistema de irrigação por aspersão convencional, em geral é o mais utilizado, pela sua adap-tabilidade as hortaliças do grupo folhas, além de responder adequadamente para o suplemente hídrica das culturas, apresenta maior facilidade no seu manejo.

Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação por aspersão, em geral, é montado no espaçamento de 12 x 12 m entre aspersores. Deve-se fazer vistorias freqüentes, eliminando os vazamentos nas conexões, com isso, aumenta-se a eficiência e unifor-midade da irrigação e reduz-se o consumo de água e energia elétrica.

Irrigação por gotejamento

Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação por gotejamen-to. Nesse sistema de irrigação são instalados dois tubos gotejadores por canteiro, com gotejado-res voltados para cima e espaçamento máximo de 30 cm. Deve ser instalada uma válvula de final de linha para reduzir o risco de entupimento.

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eliminar possíveis vazamentos e avaliar a uniformidade de aplicação da água.

Existem produtores de base familiar que vem adotando, o sistema de micro aspersão (modelo santeno), em área extremamente pequena e de baixa disponibilidade de água.

Manejo de Irrigação

O manejo de irrigação tem como finalidade tornar a irrigação mais uniforme, prevenindo a falta ou excesso da água de irrigação, prejudicial ao desenvolvimento das plantas, afetando sobremaneira a produtividade da cultura.

Irrigás É um equipamento simples, desenvolvido pela Embrapa/Hortaliças que pode ser de

grande ajuda ao agricultor no manejo diário da irrigação. Sua função básica é indicar se o solo está ÚMIDO ou SECO. Na prática, o Irrigás vai ajudar o produtor a responder duas perguntas básicas que ocorrem antes de irrigar:

Recomenda-se o serviço da extensão rural oficial ou um profissional habilitado para a ela-boração do projeto do sistema de irrigação. Um projeto bem elaborado permitirá a redução de custos de implantação e manutenção durante toda a vida útil do sistema.

Mulching

A cobertura de plástico sobre o solo, conhecida como “mulching”, recomenda-se em geral, para as culturas que compõem o cheiro-verde na modalidade de sistema protegido (túnel), para

A irrigação por gotejamento além da economia de água, energia e fertilizantes minerais, propicia ganhos de produtividade

QUANDO IRRIGAR • Já está na hora de irrigar? • Devo irrigar a cada dois, três ou

mais dias, todos os dias ou duas devo aplicar a cada irrigação? ve-zes por dias?

• Como saber qual o momento cer-to de irrigar?

QUANTO IRRIGAR • Cada vez que ligo o sistema de

irrigação, devo mantê-lo funcio-nando durante quanto tempo? Por meia hora, uma hora, duas horas ou até encharcar o solo? • Qual a quantidade de água que

devo aplicar a cada irrigação?

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épocas extremante chuvosas ou frias e que o produtor tenha canais de comercialização para a venda do produto que além de asse-gurar as despesas dos investimentos, tenha lucratividade no seu empreendimento. A co-locada do mulching deve ser após a instala-ção e teste da irrigainstala-ção. Esses plásticos são comercializados em rolos, com larguras de 120, 140 e 160 cm. A escolha irá depender da largura do canteiro. Inicialmente, é feita uma pequena vala de 10 a 15 cm de pro-fundidade ao longo das duas margens do canteiro. Desenrola-se o filme até o final do canteiro, esticando-o até, no máximo, 10% do seu comprimento, e, em seguida, cobre--se suas bordas com terra, com auxílio dos pés e de enxada. Geralmente utilizacobre--se o “mulching” na largura de 160 cm. Deve-se fazer a instalação do plástico nos canteiros nas horas mais quentes do dia, para que o mesmo fique bem esticado, tomando o cuidado de fixá-lo bem.

Cebolinha

Transplantio e espaçamento

Deve ser feito quando as mudas atingi-rem entre quatro e cinco folhas definitivas, geralmente após 30 a 40 dias depois da se-meadura, e no espaçamento entre fileiras variando de 20 a 30 cm e entre plantas va-riando de 10 a 15 cm. O transplantio das mu-das deve ser realizado nas horas mais frias do dia, de forma que a terra cubra apenas o torrão formado pelo substrato, evitando-se aterrar o colo da muda.

Quando trata-se de transplantio na mo-dalidade de túnel/mulching, cobrir total-mente o furo do “mulching” para evitar a sa-ída de ar quente, que pode queimar a muda.

Coentro e salsa

Desbaste e espaçamento

O desbaste tem a finalidade de reduzir a densidade de população de plantas, com o objetivo de diminuir a concorrência pela

água, luz e nutrientes. Deve ser feito de uma só vez, aos 20 ou 30 dias após a semeadura, deixando um espaçamento de 15 a 25 cm entre plantas. Esta variação de espaçamento deve-se levar em consideração a cultivar, época de plantio e o clima.

Deve-se fazer a instalação do mulching nos canteiros nas horas mais quentes do dia, para que fique bem esticado e fixado.

O transplantio das mudas deve ser realizado nas horas mais frias do dia e no plantio de mulching/túnel ter o cuidado de cobrir totalmente o furo do

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Capina

Realizar sempre o controle de plantas invasoras quando as mesmas estiveram causando da-nos econômicos às culturas que compõem o cheiro- verde, principalmente o coentro e a salsa, que são de semeaduras diretas com maior sensibilidade a concorrência do mato.

Adubação Complementar/Fertirrigação

Adubação de cobertura

No plantio convencional, utiliza-se a adubação complementar via solo, comumente denomi-nada de adubação de cobertura, e visa fornecer nutrientes principalmente à base de nitrogênio nos estágios que a planta mais necessita, uma vez que este nutriente facilmente sai do alcance das raízes. Recomenda-se utilizar preferencialmente o sulfato de amônia, na dosagem de 20g/ m², aos 15 dias após o pegamento das mudas e repetir esta operação a cada 15 dias, vendo o estágio nutricional das plantas.

Essas deficiências podem ainda ser supridas com a adubação foliar, utilizando uréia, na con-centração de 1,0%. Intercalar com as adubações de cobertura.

Fertirrigação

No plantio com túnel/

mulching, com irrigação por

gotejamento, utiliza-se a adu-bação complementar via água, denominada fertirrigação, que é uma técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água. É uma das maneiras mais eficientes e econômicas de aplicar fertilizantes às plantas, devido principalmente a econo-mia de mão de obra.

A recomendação é a mesma para adubação complementar via solo. No entanto, a escolha do fertilizante a ser utilizado, deve-se levar em conta a solu-bilidade, o custo e a compati-bilidade entre os sais a serem misturados na solução, tendo em vista a possibilidade de for-mação de compostos insolúveis com riscos de entupimentos dos gotejadores.

Fertirrigação complementa a adubação de solo de plantio, assegurando a produtividade e a qualidade do produto final para a comercialização

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CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS

Nas culturas que compõem o cheiro-verde, a cebolinha é a mais afetada por pragas e doenças. Por outro lado, o coentro e a salsa embora menos afetados pelas pragas e doenças necessitam também de controle fitossanitário para garantir as suas produções. Várias são as medidas utilizadas para o manejo integrado de pragas e doenças, tais como: cultivares resistentes, manejo cultural, químico e outros. Assim, haverá menor uso de agrotóxicos, evitando-se o seu uso indiscriminado.

A seguir as principais doenças das culturas que compõem o cheiro-verde:

6º PASSO

As técnicas de controle integrado como (usar cultivares resistentes, evitar solos contaminados, fazer manejo correto da irrigação, adubação equilibrada, controle químico ( quando

estiver ocorrendo danos econômicos na cultura) e outras, o uso de agrotóxicos podem ser minimizados ou até mesmo eliminados

Doença – MílDio

CEBOLINHA: Míldio - fungo: Perenospora destructor (Berk.), Queima das Pontas – fungo:

Bo-trytis spp., Raiz Rosada – fungo: Pyrenocheta terrestris (Hansen), Ferrugem – fungo: Puccinia allii

(D.C.) Rud. Tombamento – fungo: (Rhizoctonia solani e por outros fungos) e outras doenças.

Man-cha púrpura – fungo: Alternaria porri e outras doenças.

COENTRO: Míldio - fungo: Perenospora destructor (Berk.), Cercosporiose – fungo: Cercospora

sp , Antracnose – fungo: Colletotrichum gloeosporioides, – Mancha da Alternária - fungo: Al-ternaria sp., Nematóides -, das galhas - (Meloidogyne javanica, M. incognita e outros) e outras

doenças.

SALSA: Cercosporiose – fungo: Cercospora sp, Mancha da Alternária – fungo: Alternaria sp, Septoriose - fungo: Septoria petroselini, Tombamento – fungo: (Rhizoctonia solani e por outros

fungos), Mofo Cinzento – fungo: Botrytis cinerea Pers, Antracnose – fungo: Colletotrichum

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Medidas Gerais de controle de doenças e pragas para as culturas que compõem o cheiro-verde: • Evitar o plantio em solos contaminados por cultivos anteriores;

• Fazer rotação de culturas, evitando plantio da mesma família;

• Fazer o monitoramento da irrigação, pois o excesso de água é o fator que mais propicia o desen-volvimento de doenças do solo;

• Adquirir sementes ou mudas de boa qualidade, de empresas idôneas, com vistas a prevenção de doenças;

• Fazer adubação equilibrada, baseada na análise de solo, além de prevenir doenças nutricionais, as plantas resistirão mais às doenças;

• Escolher cultivares adaptadas ao clima, época de plantio e ao mercado que apresente resistência às doenças;

• Usar agrotóxicos, de preferência preventiva, quando as condições forem favoráveis à incidências de doenças e pragas.

As culturas que compõem o cheiro-verde são pouco afetadas por pragas, que venham comprome-ter a sua produção. Como insetos-pragas, enumeramos como importância econômica a lagarta rosca, vaquinha e os pulgões.

Lagarta rosca (Agrotis ssp.):

recomen-da-se o controle cultural (incorporação dos restos culturais e eliminação das plan-tas invasoras, especialmente gramíneas) e químico (as pulverizações devem ser feitas preferencialmente no período da tarde, e dirigidas à base das plantas porque as lar-vas se escondem no solo durante o dia e saem a noite para se alimentar).

Pulgões: Raramente chegam a causar

danos econômicos as culturas que com-põem o cheiro-verde, porque não ocor-rem em grandes populações. O controle indicado é o químico. Por outro lado, somente recomendamos o uso de inseticidas, quando a praga está nitidamente causando danos econômicos, que por sua vez, poderá comprometer sobremaneira a produção da cultura, causando sérios prejuízos ao produtor rural.

Vaquinha: (Diabrotica epeciosa) e para minimizar seus danos econômicos, recomendamos as se-guintes medidas de controle: evitar plantio próximo de plantas susceptíveis tais como: soja, milho, feijão, cucurbitáceas (abóbora, melancia, pepino, etc.) de outras hortaliças hospedeiras; evitar plantios consecutivos (muda tardia), pois a sucessão de safras permite a migração de pragas, aumentando a infestação; realizar o monitoramento das pragas, pelo caminhamento no campo, em zigue zague, para verificação da presença de pragas ou de sintomas de sua presença; eliminar restos de cultura imediata-mente após a colheita e o controle químico (escolher criteriosaimediata-mente os inseticidas, utilizando sempre produtos que apresentem eficiência no controle da praga, menos tóxicos e mais seletivos aos inimigos naturais; e usar, alternadamente, produtos de diferentes grupos químicos, levando-se em consideração o modo de ação do produto, para evitar a ocorrência de resistência de pragas aos inseticidas.

Controle cultural (incorporação dos restos culturais e eliminação das plantas invasoras) minimiza a incidência da lagarta rosca

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7º PASSO

Colheita do cheiro-verde juntamente com a pré-seleção para ser levado para o galpão de pós-colheita

COLHEITA E PÓS-COLHEITA

Agora é hora de colher uma boa produção do cheiro-verde, como resultado das boas práticas agrícolas adotadas.

Colheita da Cebolinha

A colheita da cebolinha inicia-se a partir de 80 a 100 dias após a semeadura, podendo variar

de acordo com a cultivar, época e sistema de plantio. As plantas são colhidas quando as folhas mais velhas ainda estão verdes, arrancando-se a planta ou cortando-se as folhas. Optando-se pelo corte é possível fazer novas colheitas a cada 50 dias. O corte é feito entre 10 a 15 cm do solo (acima da gema apical) e após transportar os produtos do campo ao galpão de pós-colheita em carrinhos de mão higienizados.

Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se fazer uma irrigação antes da colheita.

Colheita do Coentro

A colheita do coentro inicia-se a partir de 50 a 70 dias após a semeadura, podendo variar de acordo com a cultivar, época e sistema de plantio. A colheita das folhas é feita a partir do momento em que a planta possui folhas suficientes que possam ser colhidas. Após a colheita, transportar os produtos do campo ao galpão de pós-colheita em carrinhos de mão higienizados.

Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se fazer uma irrigação antes da colheita.

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Colheita da Salsa

A colheita da salsa inicia-se a partir de 60 a 80 dias após a semeadura, podendo variar de acordo com a cultivar, época e sistema de plantio. Corta-se a planta pela base ou, o que é mais aconselhável, apenas as folhas mais desenvolvidas, assim, a produção será maior. O corte é feito quando as plantas atingem cerca de 10 cm de talo. Após a colheita transportar os produtos do campo ao galpão de pós-colheita em carrinhos de mão higienizados.

Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se fazer uma irrigação antes da colheita. A salsa pode ser colhida várias vezes, a cada 30 dias, dependendo da cultivar.

Pós-colheita

As folhas das culturas que compõem o cheiro-verde, após a operação de colheita, passam por uma pré- -seleção eliminando as com defeito e em seguida elas são acondicionadas em caixas de madeira ou engra-dados de plástico e transportadas para o galpão. No galpão de higienização, na fase de pós-colheita, realizar uma lavagem por aspersão para retirada da sujeira grossa. Em seguida, selecionar e classificar o cheiro- verde, descartando-se as folhas com injúrias, e sempre evitando o amarrio de maços no campo. Em seguida, pro-ceder a operação de desinfecção ou sanitização (imersão em uma solução de hipoclorito de sódio - Tabela 5), com os produtos individualizados ou acondicionados em caixas plásticas, após levá-los para uma bancada para escorrimento, antes de transportá-los para a comercialização.

O produto cheiro-verde é comercializado em maço com diferentes pesos, conforme os canais de comer-cialização e transportado preferencialmente em veículos de carroceria fechada, a qual deve ser higienizada.

Tabela 5. Dosagens de solução Clorada (Hipoclorito de cloro ativo 12,5% – solução comercial líquida

Volume de Água Clonada 20 l 50 l 100 l 500 l 1000 l 5 ppm. (tratamento de água) 0,8 ml. 2 ml. 4 ml. 20 ml. 40 ml. 100 ppm. (sanitiza-ção de hortaliças) 16 ml. 40 ml. 80 ml. 400 ml. 800 ml. 200ppm. (desin-fecção de pisos e bancadas 32 ml. 80 ml. 160 ml. 800 ml. 1600 ml. Fonte: EMATER-DF

Para informações mais detalhadas sobre a higienização e sanitização do cheiro-verde, deve-se procu-rar o serviço de extensão rural (a Emater, por exemplo) ou um profissional especializado

Produto colhido e lavado Produto sanitizado e selecionado para ser

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8º PASSO

O produtor obterá maior margem de renumeração do seu produto, quando comercializar em diferentes canais de venda

COMERCIALIZAÇÃO E AGREGAÇÃO

DE VALOR

A comercialização do cheiro--verde é realizada em diferentes ca-nais, podendo vender seu produto na porteira a intermediários, feiras livres, nas associações ou cooperati-vas de produtores, na Ceasa, no ata-cado e varejo, em sacolões e super-mercados. É importante alertar que o produtor obterá maior margem de remuneração do seu produto quan-do diminuir a intermediação na sua comercialização.

O cheiro-verde, como outras hortaliças do grupo folhas, por ser extremamente um produto perecí-vel e exigir uma constante maior de mercado, a sua exploração é tipicamente de produtores familiares nos cinturões verdes dos centros urbanos. Também, é importante ressaltar que o tamanho do mercado é pequeno, exigindo do produtor uma programação semanal no calendário de plantio, assim, evitando desperdícios na sua produção.

O cheiro-verde apresenta baixo valor agregado, embora já existam produtores rurais que comercia-lizam seus produtos em mercados mais exigentes e vem agregando valor com embalagem de plástico, sanitizados e etiquetados com sua marca.

As culturas que compõem o cheiro-verde comercializado em maço e acondicionado em saco plástico

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9º PASSO

Produtor as informações de mercado como variação estacional de preços e calendário de co-mercialização facilita a sua tomada de decisão na hora de plantar

COMPORTAMENTO DO MERCADO

O cenário atual exige de técnicos e produtores cada vez mais informações para a tomada de decisão. Já não é suficiente a informação sobre como produzir. Muitas são as variáveis que devemos dominar para reduzir os riscos inerentes às atividades agropecuárias. É preciso reciclar conhecimentos, agregando infor-mações importantes e que contribuam para melhorar a rentabilidade das atividades agrícolas.

No Brasil, não existe quase nenhum estudo de variação estacional de preços, que mostra o compor-tamento de preços no período, que por sua vez, é um instrumento valioso na tomada de decisão pelo produtor na hora de plantar. Estudo elaborado pela EMATER-DF, com curva estacional de preços – gráficos 1 e 2, demonstraram que o cheiro-verde (coentro e cebolinha) ou (salsa e cebolinha), embora com peque-nas oscilações de preços ao logo do ano, mostraram tendências de preços mais remunerativos nos meses muito chuvosos em comparação aos meses secos e com temperatura amena.

Os estudos de calendários de comercialização elaborados pelas Ceasas existentes no Brasil, tem como objetivo apontar as flutuações da oferta e dos preços ao longo do ano, se constituindo em um importante instrumento de orientação às decisões dos produtores rurais, dos profissionais da agricultura, dos pesqui-sadores, dos compradores e dos consumidores finais.

Estas informações de mercado permitirão:

1. Aos produtores, planejar mais eficientemente a sua atividade produtiva quanto ao aspecto de sua lucratividade;

2. Aos consumidores, compor melhor as despesas com alimentação; 3. Ao governo, orientar a política para o setor.

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Cultura: CHEIRO-VERDE – (Salsinha e Cebolinha)

Salsinha 140.000 a 160.000 maços (0,10kg.) por hectare/ano - (14 a 16 t/ha/ano). Cebolinha 180.000 a 240.000 maços (0,10) por hectare/ano - (18 a 24 t/ha/ano). 1) Unidade para comercialização: maço ( 0,10 a 0,20 kg)

2) Período médio para início de Colheita: Salsinha 50 a 70 dias

Cebolinha 80 a 100 dias 3) Período de colheita: Ano Todo

Gráfico 1. Preços Médios (R$/maço) X Época Recomendada de Plantio

Fonte: EMATER-DF CEASA-DF

Cultura: CHEIRO-VERDE – (Coentro e Cebolinha)

Coentro 70.000 a 100.000 maços (0,1 kg.) por hectare/ano - (07 a 10 t/ha/ano). Cebolinha 180.000 a 240.000 maços (0,1kg.) por hectare/ano - (18 a 24 t/ha/ano). 1) Unidade para comercialização: maço (0,10 a 0,20 kg)

2) Período médio para início de Colheita: Coentro de 35 a 50 dias

Cebolinha de 80 a 100 dias 3) Período de colheita: Ano Todo

Gráfico 2. Preços Médios (R$/maço) X Época Recomendada de Plantio

Fonte: EMATER-DF CEASA-DF

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10º PASSO

Produtor para vender seu produto com melhor margem de lucratividade é essencial saber quanto vai gastar em insumos e serviços

LEVANTAMENTO DE DADOS PARA

FAZER ORÇAMEMTO

Depois de obter as informações de modalidades de cultivo e sobre o quê, como, quando e onde plantar, o produtor rural deve colocar na ponta do lápis para discriminar todas as etapas e quantidade dos insumos e serviços com o intuito de saber quanto vai gastar no hectare de cheiro-verde.

Tabela 6.

Cultura Cheiro-Verde - Campo Aberto (Coentro e Cebolinha) Solos de baixa fertilidade

Área (ha): 1,00 (0,5 ha de coentro e 0,5 ha de cebolinha)

(Produtividade: (18 t/ha/ano) ou (180.000 maços (0,1 kg.)/ ha/ano)

INSUMOS

Descrição Unidade Quantidade

Adubo Mineral (04 – 14 –08) t 2,00 Adubo Mineral (Bórax) Kg 30,00 Adubo Mineral (Sulfato de Zinco) Kg 30,00 Adubo Mineral (Uréia) t 0,20 Adubo Orgânico (Esterco de Galinha) t 6,00 Agrotóxico (Imidacloprido 700G) Kg 0,09 Agrotóxico (Iprodiona 500G/L) l 1,00 Agrotóxico (Parationa - metílica 600G) l 1,00 Energia Elétrica para irrigação kwh 642,00 Sementes (Cebolinha) Kg 1,00 Sementes (Coentro) Kg 1, 75 Subtrato para mudas (Cebolinha) Sc 8,00

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SERVIÇOS

Descrição Unidade Quantidade

Adubação (Foliar) d/h 2,00

Adubação (Adubação de cobertura) d/h 3,00 Adubos (Distribuição manual) d/h 6,00 Adubos (Incorporação mecânica) h/mtr 10,00 Agrotóxico (Aplicação) d/h 4,00

Capina (Manual) d/h 50,00

Colheita/Lavagem/Classificação Acondiciomamento d/h 60,00 Irrigação (Aspersão) d/h 10,00 Mudas (Formação em bandejas) (Cebolinha) d/h 2,00

Semeadura (Coentro) d/h 3,0

Preparo de solo (Levantamento de canteiro com

rotoencantei-rador) h/t 4,00

Preparo do solo (Gradagem) h/t 2,00

Transporte d/h 15,00

Fonte: EMATER-DF

Observações:

(1) d/h: dia/homem; h/mt : hora/microtrator; h/m: hora/máquina.

(2) Cálculo de insumos e serviços pode variar conforme a região, o clima e o sistema de produção a ser adotado pelo produtor rural.

(3) Cálculo final do custo de produção precisará levantar o preços correntes da época de plantio.

Pronaf

Para financiar suas plantações, o produtor rural pode solicitar nas agências do Banco do Brasil crédito do Pro-grama Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, conhecido como PRONAF. Trata-se da principal política pú-blica do Governo Federal para apoiar os agricultores familia-res. Executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tem como objetivo o fortalecimento das atividades produtivas geradoras de renda das unidades familiares de produção, com linhas de financiamento rural adequadas a sua realidade. Mais informações sobre o Pronaf podem ser obtidas em cartilha sobre Pronaf produzida pelo SEBRAE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O material está disponível na Biblioteca On Line do Sebrae. O endereço completo é: http://www.biblioteca.se-brae.com.br/bds/BDS.nsf/F8D5FB4FAB4789938325771C006 8DA07/$File/NT00044052.pdf

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CEBOLINHA: Wikipédia, a enciclopédia livre COENTRO: Wikipédia, a enciclopédia livre SALSA: Wikipédia, a enciclopédia livre

ZIMBOLIM, LAÉRCIO; VALE Francisco Xavier Ribeiro do. Costa, Hélcio (Ed.). Cebo-linha, Coentro, Salsa In: ____. Controle de doenças de plantas hortaliças: Vol. 1 e 2.Viçosa, MG, 2000, p.880

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Referências

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