vidros
vidros
Felipe
2.1.Estrutura do vidro
2.1.1. Modelos estruturais
2.1.2. Critérios sobre a formação do vidro
2.1.3. Estrutura de alguns tipos de vidro
2.2. Devitrificação ou Cristalização
Diferença estrutural entre sólidos cristalinos e vidros:
SÓLIDOS CRISTALINOS
suas unidades constituintes (íons, átomos e moléculas) se dispõem com uma
ordenação geométrica e uma periodicidade de grande alcance nas três direções do
espaço formando uma rede cristalina perfeitamente definida.
Cada rede se caracteriza porque tais unidades guardam sempre as mesmas posições
relativas e porque, tanto a distância que existe entre elas, como os ângulos que
formam as direções de sua seqüência de sua colocação são sempre constantes.
Célula unitária: menor fragmento reticular que pode existirconservando todos os elementos de simetria do cristal.
Raios X: a estrutura cristalina se comporta como uma rede de difração (as distâncias interatômicas são da mesma ordem que o comprimento de onda do raio X).
VIDROS
Espectros de difração
apenas apresentam bandas difusas
Os vidros não apresentam uma ordenação reticular. Seus íons constituintes estão
irregularmente dispostos formando uma estrutura mais ou menos distorcida, em
função das condições de resfriamento, impedindo uma ordenação regular.
Observando um vidro mais profundamente, se verifica que são formados pelas mesmas unidades estruturais primárias que constituem os sólidos cristalinos de igual composição
Associado, em boa parte, à ordenação entre seus elementos constituintes
2.1.1 Modelos estruturais
Modelo do retículo ao acaso
9
Proposto por Zachariasen9
A rigidez mecânica resulta, em um amplo intervalo de temperatura, muito semelhante a que apresenta um sólido cristalino de mesma composição.9
A diferença entre o conteúdo energético entre o estado cristalino e o vítreo é muito pequena, pois ambos os casos estão constituídos pelas mesmasunidades estruturais.
9
As bandas difusas nos raios X excluem a existência de uma rigorosa ordenação geométrica e conduz à idéia de um extenso retículo distorcidoDIFERENÇA: não está nas unidades poliédricas de coordenação e sim em sua orientação relativa.
Ex.: sílica
Si
O
SÍLICA CRISTALINA SÍLICA VÍTREA
SÍLICA VÍTREA: distribuição ao acaso das unidades estruturais; esta assimetria
proporciona o caráter isotrópico dos vidros
Distribuição desigual de energia reticular – permite explicar os limites de fusão, ao
contrário dos sólidos cristalinos que apresentam uma temperatura definida de fusão
Hipótese dos cristalitos
9
Proposta por Lebedev9
modelo oposto ao do retículo ao acaso9
os vidros estão compostos por uma agregação de cristaissubmicroscópicos (cristalitos), unidos entre si por zonas estruturalmente desordenadas
9
Se baseia nas descontinuidades observadas na variação de algumas propriedades em função da temperaturaVidros simples de sílica: os cristalitos consistiriam de fases de quartzo, cristobalita e tridimita
Vidros mais complexos: formados por compostos definidos ou por
4
.
0
2
.
0
<
<
a cr
r
Postulou que: rc: raio do cátion ra: raio do ânion Condição para formação do vidroEsta condição é completamente aceita para vidros formados pelos óxidos:
Composto Razão raios
SiO2 rSi/rO = 0,39Ǻ/1,4Ǻ ≈ 0,28 B2O3 rB/rO = 0,20Ǻ/1,4Ǻ ≈ 0,15 P2O5 rP/rO = 0,34Ǻ/1,4Ǻ ≈ 0,25 GeO2 rGe/rO = 0,44Ǻ/1,4Ǻ ≈ 0,31
BeF2 rBe/rF = 0,34Ǻ/1,36Ǻ ≈ 0,25 Este critério é porém insuficiente, pois existem óxidos como o
Este critério é porém insuficiente, pois existem óxidos como o BeOBeO que, ainda que que, ainda que cumpram essa relação, não são formadores de vidro e, reciprocame
cumpram essa relação, não são formadores de vidro e, reciprocamente outros que, nte outros que, não a cumprem, e o são.
Proposta por Zachariasen e reforçada pela difração de raios X de Warren Por exemplo, o mesmo tetraedro de
sílica que é uniformemente conectado em um cristal, é irregularmente
conectado em um vidro
A formação de uma rede tridimensional desordenada e infinita a partir de
unidades de construção de baixo número de coordenação explicou o enorme aumento na viscosidade durante o resfriamento.
A diferença de energia entre um vidro e um cristal de mesma composição é muito pequena
Deve ocorrer no vidro o mesmo estado de ligações ou unidades presentes no cristal
Com base nas considerações seguintes, Zachariasen formulou as condições para formação de vidros de óxidos (fórmula geral: AmOn)
Hipóteses:
i. As forças de ligação interatômicas em vidros e cristais devem ser
similares, dadas as propriedades mecânicas similares dos dois tipos de
sólidos
ii. Assim como os cristais, os vidros consistem em uma estrutura
tridimensional estendida, porém a característica difusa da difração de
raios X mostra que a estrutura não é simétrica e periódica como nos
cristais, pelo menos a longo alcance
Zachariasen baseava-se na suposição de que os formadores vítreos
possuem uma energia interna um pouco maior no estado vítreo do que no estado cristalino
Baseado em exames sistemáticos de estruturas formadas por diferentes poliedros de
coordenação Zachariasen mostrou que um óxido formador de vidro deve satisfazer as
seguintes regras:
1) O número de coordenação do cátion deve ser pequeno (3 ou 4); 2) Um íon oxigênio não pode estar ligado a mais do que dois cátions;
3) Os poliedros dos oxigênios podem dividir apenas vértices e não arestas ou faces;
4) Ao menos 3 vértices de cada poliedro do oxigênio deve ser dividido por outros poliedros.
Permitem a livre orientação relativa dos poliedros,
necessária para a formação de um retículo assimétrico Condições 1, 2 e 3
1) O número de coordenação do cátion deve ser pequeno (3 ou 4); 2) Um íon oxigênio não pode estar ligado a mais do que dois cátions;
3) Os poliedros dos oxigênios podem dividir apenas vértices e não arestas ou faces;
4) Ao menos 3 vértices de cada poliedro do oxigênio deve ser dividido por outros poliedros.
9 Portanto, os óxidos A2O e AO não formam vidro 9 As regras 2, 3 e 4 são satisfeitas:
A2O3 – se oxigênios formam triângulos ao redor dos átomos A AO2 e A2O5 – em coordenações tetraédricas
AO3 e A2O7 – quando os oxigênios formam um octaedro
9 Aplicando as regras aos fluoretos, apenas o BeF2 é susceptível à formação de vidro (estrutura baseada em tetraedros)
Teoria da rede de Zachariasen - Warren
As condições de Zachariasen são completamente preenchidas por
óxidos do tipo
R
2O
3RO
2R
2O
5Confirmado pela ocorrência de formas vítreas
para, p. ex., B
2O
3, As
2O
3, SiO
2, GeO
2e P
2O
5.
Óxidos puros
A formação do vidro também é possível com sistemas com muitos
componentes, p. ex. o sistema binário, R
2O – SiO
2, onde R = álcali
Se cátions como Na
+forem introduzidos em um vidro de sílica, por
exemplo, há uma modificação significativa na estrutura do vidro.
Pontes são quebradas Vidro de sílica puro: todos os
O2- são ligados a dois Si4+
O2- representam pontes entre os
íons sílica
Pontes de oxigênio
Pontes de oxigênio
Ξ Si – O – Si Ξ Introdução de Na2O abre a conexão NaO2-são chamados oxigênio não-pontes
Cada Na+ introduzido produz um oxigênio não-ponte
Ξ Si – O – Si Ξ + Na – O – Na Ξ Si – O O – Si Ξ Na
Teoria da rede de Zachariasen - Warren
1) A amostra contenha uma porcentagem suficiente de cátions circundados por tetraedros ou triângulos de oxigênio;
2) Os tetraedros ou triângulos deve dividir apenas vértices em comum;
3) Alguns átomos de oxigênio estejam ligados somente a dois destes cátions e não formem novas ligações com outros cátions.
Para óxidos vítreos mais complexos, com a adição de vários outros óxidos,
Zachariasen modificou levemente as regras. Portanto, para a formação de vidros mais
complexos é necessário que:
Isto significa que vidros óxidos devem conter uma proporção apreciável de cátions capazes de formar vidros óxidos por eles mesmos com os outros cátions sendo capazes de recolocá-los de uma maneira isomórfica.
Zachariasen classificou os cátions (ou óxidos) nos vidros como:
1) Formadores de rede: SiO2, B2O3, P2O5, GeO2, As2S3, BeF2. número de coordenação geralmente 3 ou 4
2) Modificadores de rede: Na2O, K2O, CaO, MgO - número de coordenação ≥ 6
-- modificariam as propriedades do vidro e alojariammodificariam as propriedades do vidro e alojariam--se nos vazios se nos vazios reticulares entre os poliedros de coordenação
reticulares entre os poliedros de coordenação
-- diminuem a viscosidade para que o vidro possa ser trabalhado diminuem a viscosidade para que o vidro possa ser trabalhado mais facilmente
mais facilmente
-- ao preencherem alguns dos interstícios, podem promover a ao preencherem alguns dos interstícios, podem promover a cristalização do vidro
cristalização do vidro
3) Intermediários: Al2O3, PbO
- reforçam a rede, mas por si só não podem formar um vidro
- podem, mesmo fazendo parte da rede, atuar como modificadores - promovem propriedades específicas
Teoria de Dietzel ou Critério da Intensidade de Campo
Estendeu as considerações de GoldschmidtIncluiu a influência da interação das forças entre cátions e ânions durante a solidificação
K: interação entre as forças de atração (ou repulsão)
Z: valência do cátion e ânion e: carga elementar
r: raio do cátion e ânion
2 2 2 2
)
(
a
e
Z
Z
r
r
e
Z
Z
K
c a a c a c=
+
=
Dietzel introduziu o termo ‘Intensidade de campo’ F:
2
a
Z
Através do estudo dos valores da intensidade de campo, Dietzel observou:
Formadores de Vidro:
aqueles cujos cátions apresentavam os valores de
intensidade de campo mais elevados.
Modificadores de Rede:
valores mais baixos, tais como alcalinos, alcalinoterrosos e
metais de transição.
Regras de
Regras de
Dietzel
Dietzel
:
:
1.
1. Para que dois óxidos se combinem formando um Para que dois óxidos se combinem formando um COMPOSTO QUÍMICO COMPOSTO QUÍMICO ESTÁVEL
ESTÁVEL é necessário que: é necessário que: ∆∆ INTENSIDADE DE CAMPO > 0,3INTENSIDADE DE CAMPO > 0,3
2.
2. ..↑↑ ∆∆INTENSIDADE DE CAMPOINTENSIDADE DE CAMPO = = ↑↑NNÚÚMERO DE COMPOSTOS CRISTALINOSMERO DE COMPOSTOS CRISTALINOS
3.
3. Em um sistema binEm um sistema bináário, o composto com o maior rio, o composto com o maior PF PF éé tão mais rico no tão mais rico no ó
óxido do cxido do cáátion mais fraco, quanto menor seja a tion mais fraco, quanto menor seja a ∆∆ intensidades de campo intensidades de campo dos c
Vidros de Sílica
Vidro mais simples baseado no SiO2- possui um único óxido
9 A estrutura deste vidro é a mesma proposta por Zachariasen
9 Com suporte nos resultados de difração de raios-X de Warren Divisão dos vértices dos tetraedros SiO4 que se unem para formar uma rede tridimensional infinita sem ordem a longo alcance
Para manter a neutralidade de cargas elétricas cada vértice do oxigênio é dividido entre apenas dois tetraedros
Estrutura bastante aberta
O tetraedro SiO4 assegura a ordem em pequenas distâncias União pelos vértices mas com variação da orientação
mútua dos tetraedros consecutivos
Difração de raios X
Difração de raios X da (a) cristobalita e (b) sílica vítrea. Radiação CuKα
Picos alargados
Vidros de Silicatos Alcalinos
Para reduzir a viscosidade do vidro de sílica Adição de modificador de rede
Óxidos alcalinos “amolecem” a estrutura do vidro Geração de oxigênios não pontantes
Si
Na
O
Mas,9
diminuem a resistência químicareduzir a solubilidade dos vidros de silicatos alcalinos
mantendo-se a facilidade de fusão
Adição de estabilizantes
CaO
MgO
adição de pequenas quantidades de Al2O3(0,6 a 2,5%)
aumenta a durabilidade química
Na
Si
O
Vidros sodo-cálcicos
COMPOSIÇÕES TÍPICAS DE VIDROS SODO-CÁLCICOS (% em peso) Vidro
sodo-cálcico
SiO2 Na2O K2O CaO MgO BaO Al2O3
Janela 71 - 73 12 - 15 8 - 10 0,5 - 1,5
Prato 71 - 73 12 - 14 10 - 12 0,5 - 1,5
Recipientes 70 - 74 13 16 10 13 0 - 0,5 1,5 - 2,5
B
2O
3– formador de vidro
Estrutura: Unidades triangulares planas BO
3com desordem ao acaso
Os íons B
3+se encontram
formando grupos Boroxol
Vidros de Boratos e Borossilicatos
Vidros de silicato
Adição de óxidos modificadores debilita a rede
Vidros de boro
Adição de óxidos modificadores
Comportamento anômalo
ANOMALIA BÓRICA
Adição de íons alcalinos – progressivo fortalecimento da rede
Até um máximo em uma determinada concentração
Vidros de Boratos e Borossilicatos
ANOMALIA BÓRICA
Curvas de variações de propriedades em
função do conteúdo de óxidos alcalinos
Aparecimento de máximos e mínimos nas curvas
Anomalia bórica
Ex.: Sistema Na2O – B2O3, a viscosidade aumenta até um máximo de 16 mol % de Na2O.
O coeficiente de expansão térmica diminui com o aumento de Na2O até um mínimo em 16 mol % Na2O.
ANOMALIA BÓRICA
É conseqüência, presumivelmente:
Mudança progressiva das coordenações
triangulares
por
tetraédricas
BO
4Mais rígidas
2B O + R2O 2 O B O + 2R+ O O O OExcesso de oxigênio dos óxidos alcalinos Boros – dispõe de oxigênios não ponte Fecham o retículo - fortalecem a rede Coordenações tetraédricas
Coordenação triangular Esgotados os oxigênios
2. Constituição dos vidros
2. Constituição dos vidros
2.1.Estrutura do vidro
2.1.1. Modelos estruturais
2.1.2. Critérios sobre a formação do vidro
2.1.3. Estrutura de alguns tipos de vidro
2.2. Devitrificação ou Cristalização
CRISTALIZAÇÃO (de modo geral)
Processo em virtude do qual, a partir de uma fase
estruturalmente desordenada, se forma uma fase
sólida estável, com uma ordenação geométrica regular
Ocorre diminuição da energia do sistema (quando o material
fundido se resfria abaixo da temperatura liquidus)
Substâncias vítreas – ‘congeladas’ em um
estado energético maior:
Podem evoluir (sob condições favoráveis) até a
formação de espécies cristalinas estáveis
DEVITRIFICAÇÃO DO SISTEMA
líquido se mantém, sem a ordenação dos cristais.
EQUILÍBRIO METAESTÁVEL A bolinha A se encontra numa posição metaestável e a B
numa posição estável .
Se nada for feito com a bolinha em A ela pode ficar nesta posição indefinidamente. Porém, se a partir de A for dado um empurrãozinho na bolinha suficiente para que ela passe de C, isto é, se for fornecido um pouco de energia, ela espontaneamente vai passar a ocupar a posição B, que é o ponto de menor nível de energia potencial no sistema (energia potencial é diretamente proporcional à altura em que se encontra o corpo). Por outro lado, a bolinha que se encontra na posição B, a mais estável, para chegar ao ponto A deve receber energia suficiente para passar o ponto C ou seja, mais energia do que terá quando estiver estacionada no ponto A.
à temperatura ambiente, se mantém indefinidamente como vidro
(bolinha em A). Porém, podem existir situações em que ele tende a ir para o seu estado mais estável (bolinha em B) e formar cristais,
deixando, portanto, de ser vidro.
Processo industrial para elaboração de vidro:
Misturar matérias-primas sólidas (substâncias cristalinas - areia, calcário, etc.) forma mais estável (posição B)
fornecer energia por aquecimento até obter um banho líquido (posição C) Resfriamento rápido o suficiente para se ter vidro à Tamb
que adquire, portanto um estado de equilíbrio
estável (posição B)
Durante o processo de devitrificação, são identificadas as
seguintes fases:
9
Nucleação de cristais
mas este pode ser deliberadamente devitrificado para
promover uma melhoria nas propriedades originais.
Produção de materiais vitrocerâmicos
Etapa 1:
Etapa 2:
Nucleação de cristais
Crescimento de cristais
Se caracteriza por apresentar a mesma probabilidade de sítios de
Se caracteriza por apresentar a mesma probabilidade de sítios de
nucleação para todos os pontos, ou seja núcleos distribuídos
nucleação para todos os pontos, ou seja núcleos distribuídos
aleatoriamente.
aleatoriamente.
Assim, uma condição necessária da fase ‘mãe’ é que seja quimicam
Assim, uma condição necessária da fase ‘mãe’ é que seja quimicam
ente,
ente,
estruturalmente e energeticamente homogênea sem qualquer defeito
estruturalmente e energeticamente homogênea sem qualquer defeito
. Do
. Do
ponto de vista teórico questiona
ponto de vista teórico questiona
-
-
se a ocorrência ou não desse tipo de
se a ocorrência ou não desse tipo de
nucleação, visto que cada fase real contém algum defeito, como i
nucleação, visto que cada fase real contém algum defeito, como i
nclusões
nclusões
sólidas, impurezas, superfícies estranhas, etc. No entanto, fora
sólidas, impurezas, superfícies estranhas, etc. No entanto, fora
m realizados
m realizados
alguns experimentos que conduziram a fortes evidências de que a
alguns experimentos que conduziram a fortes evidências de que a
nucleação volumétrica dos vidros do sistema Li
nucleação volumétrica dos vidros do sistema Li
22O
O
-
-
SiO
SiO
22foi
foi
predominantemente homogênea.
predominantemente homogênea.
Pode ser classificada como superficial ou volumétrica, e ainda e
m
homogênea ou heterogênea.
homogênea ou heterogênea.
HOMOGÊNEA
fase já existente. Na prática, isso pode ser conseguido adiciona
fase já existente. Na prática, isso pode ser conseguido adicionandondo--se alguns se alguns agentes de nucleação como metais (Pt,
agentes de nucleação como metais (Pt, AuAu, , AgAg, Ir), óxidos (Cr, Ir), óxidos (Cr22OO33, Fe, Fe22OO33, TiO, TiO22, , etc), sulfetos e fluoretos à composição vítrea, obtendo
etc), sulfetos e fluoretos à composição vítrea, obtendo--se materiais com se materiais com cristalização volumétrica heterogênea. Em alguns casos, bolhas,
cristalização volumétrica heterogênea. Em alguns casos, bolhas, defeitos, defeitos, superfícies, etc. servem como superfície “estranha”, favorecendo
superfícies, etc. servem como superfície “estranha”, favorecendo o crescimento de o crescimento de fases cristalinas, num processo de cristalização descontrolada,
fases cristalinas, num processo de cristalização descontrolada, indesejável na indesejável na produção de materiais vítreos.
processos anteriormente descritos, podem continuar crescendo por
processos anteriormente descritos, podem continuar crescendo por
sucessiva deposição de material sobre eles até formar cristais p
sucessiva deposição de material sobre eles até formar cristais p
ropriamente
ropriamente
ditos
ditos
.
.
Este processo depende, em maior grau que a nucleação, das
Este processo depende, em maior grau que a nucleação, das
possibilidades
possibilidades
de transporte dos constituintes químicos
de transporte dos constituintes químicos
até o cristal em desenvolvimento.
até o cristal em desenvolvimento.
Assim como na nucleação, a velocidade de crescimento dos cristai
Assim como na nucleação, a velocidade de crescimento dos cristai
s
s
depende da temperatura:
depende da temperatura:
TEMPERATURAS ELEVADAS
TEMPERATURAS ELEVADAS
→
→
crescimento é pequeno (dificuldade para
crescimento é pequeno (dificuldade para
dissipar do sistema o
dissipar do sistema o
calor de cristalização
calor de cristalização
liberado).
liberado).
TEMPERATURAS BAIXAS
TEMPERATURAS BAIXAS
→
→
crescimento é freado pelo contínuo e rápido
crescimento é freado pelo contínuo e rápido
aumento da
Como a tendência é que existam muitos núcleos distribuídos pelo
Como a tendência é que existam muitos núcleos distribuídos pelo
vidro,
vidro,
cada cada um pode crescer apenas por uma pequena quantidade até chocarum pode crescer apenas por uma pequena quantidade até chocar--se com núcleos se com núcleos vizinhos. Assim, o tamanho final do cristal no
vizinhos. Assim, o tamanho final do cristal no vitrocerâmicovitrocerâmico é pequeno, tipicamente é pequeno, tipicamente na faixa de 0,1 a 1
na faixa de 0,1 a 1 µµm de diâmetro.m de diâmetro.
¾
¾
são mais resistentes sob cargas são mais resistentes sob cargas trativastrativas ou impacto (os cristais que estão presentes nos ou impacto (os cristais que estão presentes nos vitrocerâmicosvitrocerâmicos devem limitar o tamanho das falhas que são possíveis e isto atudevem limitar o tamanho das falhas que são possíveis e isto atua no a no sentido de diminuir a taxa de propagação de trincas);
sentido de diminuir a taxa de propagação de trincas);
¾
¾
são mais resistentes à abrasão;são mais resistentes à abrasão;¾
¾
têm maior controle sobre o coeficiente de expansão térmica por atêm maior controle sobre o coeficiente de expansão térmica por ajuste de composição. juste de composição. VitrocerâmicosVitrocerâmicos com coeficiente de expansão térmica baixo ou zero são resistentcom coeficiente de expansão térmica baixo ou zero são resistentes ao es ao choque térmico;
choque térmico;
¾
¾
têm temperaturas de deformação muito maiores do que os correspontêm temperaturas de deformação muito maiores do que os correspondentes vidros de dentes vidros de mesma composiçãomesma composição