• Nenhum resultado encontrado

O dia D : análise do enquadramento às coberturas de Veja e IstoÉ no domingo anterior às eleições presidenciais do 2º turno

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O dia D : análise do enquadramento às coberturas de Veja e IstoÉ no domingo anterior às eleições presidenciais do 2º turno"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

O dia “D”: análise do enquadramento às coberturas de Veja e IstoÉ no

domingo anterior às eleições presidenciais do 2º turno

Flávio Agnelli Mesquita1

Resumo

Por meio da Análise do Enquadramento, a presente pesquisa volta-se ao estudo da cobertura político-eleitoral das revistas Veja e IstoÉ na edição de 1 de novembro de 2006, exatamente na semana em que ocorreria o pleito do segundo turno da corrida presidencial. Aplicando uma análise criteriosa a todas as matérias dos semanários, buscamos desvendar os enquadramentos centrais que nortearam o trabalho jornalístico das edições, tendo em vista que chegar aos enquadramentos da mídia equivale a identificar as orientações gerais que dão sentido ao texto, as escolhas textuais que muitas vezes salientam algumas características e deixam outras relegadas a um segundo plano.

Palavras-chave: Análise do enquadramento, eleições presidenciais de 2006, revistas

Veja e IstoÉ..

1. O conceito de Enquadramento nas pesquisas em comunicação

A Análise do Enquadramento constitui-se num campo teórico ainda novo nas pesquisas em Comunicação. As primeiras aplicações do conceito de enquadramento datam do final dos anos 80 e início dos anos 90, tendo como um dos expoentes Robert Entman, um dos primeiros pesquisadores voltados à definição da teoria e, posteriormente, à aplicação conceitual em fatos recorrentes da cobertura jornalística mundial.

Entman (1991) realizou um estudo comparativo sobre a cobertura da imprensa norte-americana em dois incidentes aéreos. Um deles consistia na queda de um avião coreano da KAL (Korean Air Lines), em 1 de setembro de 1983, que transportava 269 passageiros. Na ocasião, o avião fora abatido por um míssil russo. Cinco anos mais tarde, em 3 de julho de 1988, um avião iraniano da Iran Air, com 290 passageiros, foi derrubado pelos norte-americanos.

Em linhas gerais, o pesquisador verificou que o dimensionamento dado ao caso da KAL foi muito maior do que o da Iran Air, ganhando um enquadramento de tragédia muito mais intenso do que o ocorrido no Irã. O acidente com o avião coreano foi

(2)

enquadrado como sendo uma ação consciente do governo soviético, enquanto que a tragédia envolvendo os iranianos sofreu um enquadramento traduzindo um suposto incidente de execução do navio norte-americano, ao mesmo tempo em que não dramatizava o acidente na comunicação não-verbal (mas especialmente possíveis problemas técnicos de execução).

Além de Entman, há vários outros importantes precursores da análise do Enquadramento, como Gaye Tchuman (1978) e Gitlin (1980). Analisando-se o cenário brasileiro, pode-se dizer que a análise do Enquadramento encontra uma receptividade ainda recente nos estudos de comunicação, muito embora venha se intensificando a partir da segunda metade dos anos 1990.

Como pontos marcantes brasileiros na pesquisa em Enquadramento, verifica-se a atenção em duas frentes principais: a análise da relação entre mídia e política (especialmente nos momentos eleitorais) e a relação entre mídia e movimentos sociais (por exemplo, Aldé e Lattman-Weltman, 2000; Lima, 2001).

Em relação às análises entre mídia e política, nota-se uma recorrência cada vez mais freqüente ao conceito de Enquadramento. De acordo com Mauro Porto (2002, p 8),

a utilização do conceito de enquadramento por acadêmicos brasileiros expandiu-se nas pesquisas realizadas sobre a eleição presidencial de 1998. Vários autores recorreram ao conceito para ressaltar como a mídia construiu um cenário favorável à reeleição de Fernando Henrique Cardoso, principalmente no que se refere à cobertura da crise econômica que o país atravessava no período eleitoral.

A presente pesquisa configura-se também no espaço dos estudos político-eleitorais, assim como vários outros importantes pesquisadores, como Afonso de Albuquerque (1994), Gustavo Fabrício (1997), Luis Felipe Miguel (1999), Murilo César Soares (2000), Mauro Porto (2001c) e vários outros.

Em linhas gerais, tentaremos analisar como se deu a cobertura de duas importantes revistas semanais de informação – Veja e Isto É – na semana precedente ao segundo turno da eleição presidencial de 2006. Para tanto, utilizaremos a Análise do Enquadramento visando à identificação das escolhas de enfoque realizadas por cada revista, com o objetivo de esmiuçar o posicionamento dos semanários em um momento político-eleitoral de tamanha relevância para o país.

(3)

2. Definindo o Conceito

Antes da apresentação dos dados propriamente ditos, é importante comentarmos rapidamente sobre a essência do conceito de Enquadramento.

De acordo com Stephen Reese (2001, p. 7), o enquadramento refere-se ao modo como os eventos são organizados e fazem sentido. Ele permite-nos responder: precisamente, como os temas são construídos, discursos estruturados e significados desenvolvidos?

Reese considera o enquadramento numa perspectiva de construção social de valores, ou seja, os enquadramentos de mídia, segundo ele, são “princípios de organização que são socialmente divididos e que persistem ao longo do tempo, funcionando simbolicamente para estruturar os significados do mundo social”. (REESE, 2001, p. 11, tradução nossa).

James Tankard (2001, p. 96), outro importante pesquisador do enquadramento, afirma que o conceito de Enquadramento vem trazendo importantes contribuições às pesquisas em comunicação pelo fato de oferecer uma alternativa ao velho paradigma “objetividade/subjetividade”, rumo a uma investigação das ideologias presentes nas notícias, ou seja, na forma como as notícias são apresentadas.

Em relação às aplicações do conceito de Enquadramento, Michael Maher (2001, p. 89) cita Robert Entman para dizer que os estudos de Enquadramento apresentam ao menos quatro áreas no processo de comunicação: o comunicador, o texto, o receptor e a cultura. No caso de nossa pesquisa, concentraremos as análises no texto, buscando exatamente chegar aos enquadramentos aplicados pelos jornalistas e, de forma mais exata, pelas linhas editoriais das revistas Veja e IstoÉ.

3. Enquadrando Veja e IstoÉ

As pesquisas em Análise do Enquadramento utilizam-se de inúmeras categorias na abordagem às coberturas jornalísticas. Para tanto, não há metodologias fechadas e pré-determinadas que devam ser seguidas, mas, sim, um amplo leque de opções que o próprio pesquisador pode montar a partir de sua proposta.

Em qualquer escolha, contudo, é necessário utilizar categorias sistemáticas e rigorosas de aplicação, para que todo o corpus – do princípio ao fim – esteja submetido às mesmas regras de observação. Como salienta Tankard (2001, p. 98, tradução nossa),

(4)

o pesquisador deve realizar uma aproximação sistemática e homogênea de todo o corpus. “Sem uma aproximação sistemática para a definição de possíveis enquadramentos, os pesquisadores podem tender a encontrar os enquadramentos que eles, consciente ou inconscientemente, estão procurando.”

Tendo em vista essa preocupação, optamos por analisar as revistas Veja e IstoÉ segundo categorias bem definidas e aplicadas o mais homogeneamente possível em todos os textos político-eleitorais das edições pré-2o turno, datadas de 1o de novembro de 2006.

a) Matérias sobre as eleições – dados gerais

Observando as características gerais dos semanários, nota-se que a revista Veja dedicou cinco páginas a mais do que a revista IstoÉ para comentar sobre o processo eleitoral para a Presidência da República. Contudo, ambas revistas destacaram o segundo turno como matéria de capa da edição de 1 de novembro.

Capas das revistas Veja e IstoÉ, de 1 de novembro de 2006

(5)

Revista Veja

(1 de novembro de 2006)

Revista IstoÉ

(1 de novembro de 2006)

Capa: Dois Brasis depois do voto?

Subtítulo: Os desafios do presidente eleito

para unir um país dividido e fazer o Brasil funcionar.

Capa: Precisamos unir o Brasil.

Subtítulo: Não existem dois Brasis. Há um

único país e um só projeto. Passadas as eleições, é hora de superar as diferenças e atuar na direção do crescimento econômico.

Número de Páginas sobre as eleições: 17 Número de Páginas sobre as eleições: 10

Número de matérias eleitorais: 3 Número de matérias eleitorais: 4

Matéria 1: O desafio dos dois Brasis Matéria 1: Quem vai unir o Brasil?

Encerrada a eleição, começa o tempo da governança. É preciso superar as diferenças e buscar o crescimento econômico.

Matéria 2: Entre o azul e o vermelho – a

tarefa do novo presidente será diminuir o fosso que separa o Brasil moderno do Brasil arcaico.

Matéria 2: Em busca da pacificação –

começa a aproximação entre governo e oposição. Pelo PSDB, Tasso Jereissati diz que é preciso esfriar a cabeça enquanto o petista Tarso Genro concorda e anuncia que é preciso procurar consensos para avançar.

Matéria 3: Nem cassado nem impune – um

Segundo mandato de Lula vai se equilibrar entre a necessidade de apurar as denúncias e o respeito à vontade das urnas.

Matéria 3: As apostas de Lula – presidente

faz planos de renovar Ministério o quanto antes. A idéia é respeitar políticas de aliança e peso eleitoral.

Matéria 4: O novo PT – em 25 anos, o

partido foi comandado só por paulistas. Agora, novas estrelas querem mudar a sede para Brasília e fazer um Congresso para trocar os donos do poder.

b) Divisão sedimentada versus união pós-2o turno

Embora ambas revistas destacassem em suas páginas a distinção latente entre os eleitores do país, elas optaram por abordagens diferentes ao fato. Como pode-se verificar no quadro a seguir, IstoÉ enfatiza em sua matéria a necessidade de união do país, comentando apenas uma vez sobre a divisão existente entre eleitores ricos e pobres, do sudeste e do nordeste. Ainda assim, esta distinção foi usada como ponto de

(6)

partida para as considerações de união que se faria em 13 parágrafos das matérias num total de 30, portanto, em cerca de 43% dos parágrafos.

Veja, por sua vez, apresenta um número de referências à distinção dos “Brasis” maior do que o número de comentários à união (8 e 5 referências, respectivamente). Tabela 2 Revista Veja (1 de novembro de 2006) Revista IstoÉ (1 de novembro de 2006) Número total de parágrafos das matérias

eleitorais: 21

Número total de parágrafos das matérias eleitorais: 30

Número de parágrafos relativos à divisão do país: 8

Número de parágrafos relativos à divisão do país: 1

Número de parágrafos relativos à união do país após o 2o turno: 5

Número de parágrafos relativos à união do país após o 2o turno: 13

Fotos/Imagens que conotam divisão do país: 4

Fotos/Imagens que conotam divisão do país: 0

Fotos/Imagens que conotam união do país: 0

Fotos/Imagens que conotam união do país: 4

Pesquisas/ Infográficos que conotam divisão do país: 2

Pesquisas/ Infográficos que conotam divisão do país: 0

Pesquisas/ Infográficos que conotam união do país: 0

Pesquisas/ Infográficos que conotam união do país: 0

Neste item, merece destaque a utilização dos recursos visuais para a consolidação dos discursos apresentados. De maneira distinta, enquanto as imagens de Veja enfatizam uma suposta divisão do país, as imagens da revista IstoÉ conotam uma união brasileira pós eleições:

(7)

Sala de aula do Ibmec, faculdade privada de São Paulo, e classe de escola primária no interior do Pará. (Revista Veja, 01 de novembro de 2006, p. 76-77)

Revista IstoÉ, 01 de novembro de 2006. Imagem usada para ilustrar texto sobre as intenções de Serra e Aécio Neves de aderir ao diálogo de união do país.

(8)

c) Eleitores do Sul versus Eleitores do Norte

Embora os dois semanários tenham enfatizado a existência de um fosso profundo entre os eleitores dos candidatos Lula e Alckmin, não se verifica nas matérias referências diretas à região determinante dos votos de cada político. No caso da revista IstoÉ, apenas em uma ocasião houve uma citação rápida em relação a essa temática, ainda que não se tenha centralizado as discussões sob este ponto de vista:

“A cada nova pesquisa, em trocas de acusações e nas mais diferentes avaliações de especialistas, estabeleceu-se que o país estava dividido. Ora entre ricos e pobres, outras vezes com o Nordeste em contraposição ao Sudeste, os privatistas contra os estatistas, os éticos versus os aéticos.” (Revista Veja, 01 de novembro de 2006, p. 30).

À mesma medida, Veja pouco se dedicou a comentários diretos em relação aos eleitores do norte e do sul, ainda que a expressão “Brasil moderno e Brasil arcaico” tenha sido repetida cinco vezes durante as 17 páginas de cobertura político eleitoral. O único trecho em que há um comentário direto às regiões votantes ocorreu em relação ao eleitorado de Alckmin, após a revista dizer que o forte dos votos petistas era fruto dos programas assistencialistas do governo, notadamente o Bolsa Família:

“Não que os eleitores de Alckmin, concentrados nas regiões sul e centro-oeste, não tenham levado em conta o próprio bolso na hora de votar...De forma geral, no entanto, afirmam estudiosos, eleitores dos grandes centros tendem a escolher seu candidato levando em conta aspectos que não necessariamente tenham reflexos imediatos em suas vidas”. (Revista Veja, 1 de novembro de 2006, p. 74). Tabela 3 Revista Veja (1 de novembro de 2006) Revista IstoÉ (1 de novembro de 2006) Parágrafos que fazem referência à divisão

norte-sul: 2

Parágrafos que fazem referência à divisão norte-sul: 1

Referências positivas ao eleitorado do norte: Referências positivas ao eleitorado do norte: 0

Referências negativas ao eleitorado do norte: Referências negativas ao eleitorado do norte: 0

(9)

Referências positivas ao eleitorado do sul: 1 Referências positivas ao eleitorado do sul: 0 Referências negativas ao eleitorado do sul: Referências negativas ao eleitorado do sul: 0

d) Atuação do Governo

Nesta categoria de observação, pode-se perceber uma clara distinção na abordagem dos semanários. Veja dedicou 11 parágrafos de suas matérias para comentar sobre o governo Lula, enquanto IstoÉ o fez em 7 ocasiões.

No entanto, Veja aborda o atual governo de forma negativa em 9 ocasiões, ou seja, em cerca de 82% das citações. A revista IstoÉ, por outro lado, dedica três passagens para destacar aspectos positivos do período presidencial petista, mesmo número das referências negativas.

Em relação às citações do governo de Fernando Henrique Cardoso, Veja faz referência ao período em três oportunidades, sendo que, em duas delas, destacam-se medidas positivas tomadas durante o governo tucano. Na outra citação, há apenas uma referência ao período, sem qualquer destaque a características dos anos de FHC.

IstoÉ, ao contrário, não utiliza de comparações entre o atual governo e os oito anos de FHC. Em apenas uma oportunidade, a revista comenta sobre um aspecto negativo do governo tucano: a corrupção no Ministério da Saúde, divulgada, segundo a revista, apenas na gestão de Lula.

Tabela 4

Revista Veja

(1 de novembro de 2006)

Revista IstoÉ

(1 de novembro de 2006) Número de parágrafos que fazem referência

ao Governo Lula: 11

Número de parágrafos que fazem referência ao Governo Lula: 7

Número de parágrafos que fazem referência ao governo FHC: 3

Número de parágrafos que fazem referência ao governo FHC: 1

Referências positivas ao Governo Lula: 2 Referências positivas ao Governo Lula: 3 Referências negativas ao Governo Lula: 9 Referências negativas ao Governo Lula: 3 Referências positivas ao governo FHC: 2 Referências positivas ao governo FHC: 0 Referências negativas ao governo FHC: 0 Referências negativas ao governo FHC: 1

(10)

e) Recorrência a fontes

Tanto a revista Veja como IstoÉ recorrem a fontes para exposição de argumentos num número muito próximo de ocasiões: 14 e 16, respectivamente. No entanto, nota-se aqui um resultado destoante em relação à utilização de fontes ligadas ao PT, partido do candidato Lula. Enquanto Veja faz uso destas fontes em apenas 2 ocasiões, IstoÉ recorre 10 vezes a citações deste tipo.

Além disso, fato que deve ser destacado é que, na revista Veja – analisando-se as citações de cientistas políticos, economistas, professores e especialistas – apenas uma não foi usada para confirmar aspectos negativos do governo Lula. Já na revista IstoÉ, das quatro citações a fontes sem ligações partidárias, nenhuma delas destacam aspectos negativos do PT ou de Lula. Tabela 5 Revista Veja (1 de novembro de 2006) Revista IstoÉ (1 de novembro de 2006)

Número total de citação direta das fontes: 14 Número total de citação direta das fontes: 16 Recorrência a cientistas políticos,

economistas, professores universitários, advogados etc: 9

Recorrência a cientistas políticos, economistas, professores universitários, advogados etc: 4

Recorrência a políticos do PSDB ou Aliados: 3

Recorrência a políticos do PSDB ou aliados: 2

Recorrência a políticos do PT ou aliados: 2 Recorrência a políticos do PT ou aliados: 10

4. Interpretando os dados

Por meio desses cinco itens de análise, pode-se observar a utilização de alguns enquadramentos destoantes se compararmos a cobertura das revistas Veja e IstoÉ nas edições de 1 de novembro de 2006.

(11)

Em primeiro lugar, a revista Veja comenta sobre o pleito enquadrando o processo eleitoral do ponto de vista da divisão do Brasil. IstoÉ, ao contrário, aborda o tema do ponto de vista da união do país após a conclusão das eleições.

Além disso, outro enquadramento latente nos semanários diz respeito ao comportamento do atual governo e uma suposta conseqüência nas urnas. Enquanto Veja optou por abordar o período de Lula no governo segundo dados econômico-sociais negativos, IstoÉ dividiu sua cobertura para comentar tanto características negativas, quanto positivas do período em que Lula esteve na presidência da República, ainda que a recorrência a fontes não-políticas tenha se confirmado como um caráter claramente pró-Lula. Já a revista Veja, visando a construção de seus enquadramentos, recorreu a fontes diferenciadas para balizar seus discursos, mas predominantemente pró-PSDB.

Dessa forma, é possível dizer que estes foram os enquadramentos predominantes nas coberturas eleitorais dos semanários: divisão/união do país e abordagem pejorativa/ positiva do governo Lula.

Referências bibliográficas

Albuquerque, A. de. A campanha presidencial no Jornal Nacional: observações preliminares. Comunicacão & Política, 2004, vol. 1, n. 1, p. 23-40.

Aldé, A.; Lattman-Weltman, F. O MST na TV: Sublimação do político, moralismo e

crônica cotidiana do nosso estado de natureza. Trabalho apresentado ao IX Encontro

Anual da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS), Porto Alegre, 30 de maio a 2 de junho de 2000.

CARRAGEE, K. M.; ROEFS, W. The neglect of power in recent framing research. Journal of Communication, p. 214-233, June 2004.

ENTMAN, Robert. Framing U.S. coverage of international news: contrasts in

narratives of the KAL and Iran Air incidents. Journal of Communication, 2001, vol.

41, n. 4, p. 6-27.

FABRÍCIO, G. B. O Jornal Nacional da Rede Globo e a Construção do Cenário de

Representação da Política - CRP. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília,

1997.

Lima, V. A. de. Mídia: Teoria e Política. São Paulo: Editora da Fundação Perseu Abramo, 2001.

MIGUEL, L. F. Os meios de comunicação e a prática política. Lua Nova, São Paulo, n. 55-56, 2002, p. 155-184. Disponível em:

(12)

<http://www2.ufscar.br/interface_frames/index. php?link=http://www.bco.ufscar.br>. Acesso em: 03 out. 2005.

PORTO, M. A mídia brasileira e a eleição presidencial de 2000 nos EUA: a

cobertura do Jornal Folha de S. Paulo. Cadernos do CEAM, 2001, Ano II, n. 6, p.

11-32.

PORTO, M. P. Enquadramentos da mídia e política. Anais do 26o Encontro anual ANPOCS. Caxambú, 22 a 26 set. 2002.

PORTO, M. P. Media Framing and Citizen Competence: Television and Audiences'

Interpretations of Politics in Brazil. Tese de doutorado, University of California, San

Diego, 2002.

REESE, D.S.; GANDY, O.H.; GRANT, A.E. Framing Public Life. Perspectives on

media and our understanding of the social world. Mahwah, New Jersey: Lawrence

Erlbaum Associates, 2001.

RHEE, J. W. Strategy and issue frames in election campaign coverage: a social

cognitive account of framing effects. Journal of Communication, p. 26-48, Summer

1997.

SHEUFELE, D. A. Framing as a theory of media effects. Journal of Communication, p. 103-122, Winter 1999.

SOARES, M. C. Construindo o significado do voto: retórica da propaganda política

pela televisão. Tese (Doutorado), Faculdade de Comunicação e Artes, Universidade de

São Paulo, São Paulo, 1995, 371 p.

1

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, FAAC/Unesp-Bauru-SP. E-mail: flavioagnelli@gmail.com

Referências

Documentos relacionados

O objetivo desse trabalho ´e a construc¸ ˜ao de um dispositivo embarcado que pode ser acoplado entre a fonte de alimentac¸ ˜ao e a carga de teste (monof ´asica) capaz de calcular

Dos docentes respondentes, 62,5% conhe- cem e se sentem atendidos pelo plano de carreira docente e pelo programa de capacitação docente da instituição (que oferece bolsas de

There a case in Brazil, in an appeal judged by the 36ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo’s Civil Tribunal, 36th Chamber), recognized

As análises serão aplicadas em chapas de aços de alta resistência (22MnB5) de 1 mm de espessura e não esperados são a realização de um mapeamento do processo

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

para o processo de investigação, uma vez que é com base nos diários de campo.. que os investigadores conseguem analisar e refletir sobre os dados recolhidos, permitindo