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Academic year: 2021

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DELIRIUM E DEMÊNCIAS

Aplicações clínicas,

diagnóstico diferencial e tratamento.

Prof. Humberto Müller

(2)

Delirium

Sinônimos:

 Estado de confusão aguda

 Síndrome cerebral aguda

 Encefalopatia metabólica

 Psicose tóxica

 Insuficiência cerebral aguda

(3)

Delirium – Conceitos Básicos

É um síndrome, não uma doença!

 Delirium “Fora do rumo” - Hipócrates utilizava a palavra delirium para definir a confusão mental decorrente de febres ou TCE.

“Perturbação da consciência e alteração da

cognição que se desenvolvem em curto período de

tempo” KAPLAN & SADOK

Início repentino, curso breve e oscilante, tendo

(4)

Delirium - Epidemiologia

Chance de apresentar Delirium:

10 – 30% dos pacientes hospitalizados;

40 – 50% dos pacientes em recuperação por

cirurgia de quadril;

90% dos pacientes cardiotomizados;

80% dos pacientes com doença terminal;

60% dos residentes de clínicas geriátricas;

(5)

Delirium – Fator de risco

Fator de risco para desenvolver Delirium:

 Idade avançada

 Episódios prévios

 Lesões cerebrais preexistentes (ex.:CA)

 Dependência de álcool

 Doenças médicas (ex.:DM, CA, Cegueira)

 Desnutrição

(6)

Delirium - Etiologia

Possíveis desencadeadores: (Uni ou Multifatoriais)  Doenças SNC;  Doenças sistêmicas;  Intoxicação ou Abstinência;

 Reação farmacológica adversa;

 Desequilíbrios eletrolíticos;

(7)

Delirium - Etiologia

Causas do Delirium:

 Intracranianas: Epilepsia, TCE, Infecções (meningite, encefalite), Neoplasias

 Subst. Farmacológicas: Anticolinérgicos, Anticonvulsivantes, Opióides, Sedativos, Insulina, Esteróides, Venenos ou metais pesados...

 Endocrinológicas: Hiper/Hipofunção em Hipófise, Tireóide...

 Doenças sistêmicas: IC, Hipoxia, Distúrbio eletrolítico, Encefalopatia hepática ou urêmica...

 Doenças carênciais: Tiamina, B12, Ac. Fólico...

 Estados pós-operatórios

(8)

Delirium - Subclassificações

 Delirium devido a condição medica geral (ex.: Infecção)

 Delirium induzido por substâncias (ex.: Cocaina)

 Delirium por causas múltiplas (ex.: TCE + D. renal)

 Delirium sem outra especificação (ex.: Privação do sono)

(9)
(10)

Delirium - Fisiopatologia

Alteração Neuroquímica:

Ach

Área neuroanatômica:

Formação reticular do tronco encefálico

(Regula excitação e atenção)

(11)

Delirium – Características clínicas

Principais alterações:

 Consciência;

 Atenção;

 Orientação (Auto / Alopsíquica);

 Memória;

 Sensopercepção;

 Conduta (do torpor à agitação);

 Alt. Neurológicas: Tremor, Incont. Urinaria, Nistagmo, falta de coordenação

(12)

Delirium – Características clínicas

Apresentação – Curso da síndrome:

Início rápido;

Duração breve;

Oscilações (dia / noite);

(13)
(14)

Delirium - Diagnóstico

Critérios Diagnósticos:

 Perturbação da consciência;

 Alteração na cognição (memória, orientação e linguagem);

 Desenvolve-se em curto período de tempo;

 Existem evidências (história, exame

físico/laboratorial) que a perturbação é causada por conseqüências fisiológicas diretas de uma condição médica geral.

(15)

Delirium - Diagnóstico

EEM

;

Exame físico (Temperatura, PA, HGT,

Inspeção e palpação, exame neurológico);

Diagnosticar doença base;

Levantar histórico do paciente (álcool);

(16)

Delirium – Curso e Prognóstico

Duração:

 Dias a semanas (causa dependente)

Prognóstico:

 20 - 30% morrem após três meses

 50% morrem após um ano Pior Prognóstico:

 Maior idade e mais delirante

(17)

Delirium - Tratamento

Tratar causa subjacente!

Tratamento não medicamentoso:

Contenção física;

Apoio sensorial;

(18)

Delirium - Tratamento

Tratamento Farmacológico:

(Sintomatológico)

APM ou Psicose: Haldol ou AP atípicos

Insônia: BDZP (Lorazepam)

(19)

DEMÊNCIA

REVERSÍVEIS

X

(20)

DEMÊNCIA

“Déficit cognitivo lento e gradual, na presença de nível estável de consciência”

“As funções cognitivas que podem ser afetadas na demência

incluem a inteligência geral, a percepção, a atenção e a concentração, o julgamento e as habilidades sociais”

“Sintomas resultam em comprometimento no funcionamento

social/ocupacional e causa um declínio considerável, comparado ao nível de funcionamento anterior”

“O transtorno pode ser progressivo ou estático, permanente ou

(21)

Demência - Epidemiologia

Doença de pessoas idosas (Após 60 anos)

Pessoas acima 65 anos: 5% D. Grave e 15%

D. Leve

Pessoas acima 80 anos: 20% D. Grave

EUA: Pacientes com D.A. ocupam 50% leitos

em instituiçôes de saúde

(22)

Demências – Classificação

 D. Alzheimer 50 – 60% (F>M)

 D. Vascular (Multiinfartos, Lacunar...) 15 – 30% (M>F)

 D. Mista 10 -15%

 Drogas ou toxinas (D. álcoolica)

 Traumáticas (D. pugilística)

 D. Neurodegenerativas (Pick, Parkinson, Huntington, ELA)

 D. Infecciosa (SIDA, Neurossífilis, Creutzfeldt-Jakob)

 D. Nutricionais (WK-B1, B12, Folato)

(23)

Possíveis causadores de

Demência...

(24)
(25)

Demência do tipo Alzheimer

Alois Alzheimer

Relato de caso:

Mulher, 51anos, com curso de quatro anos e

meio de demência progressiva – Diagnóstico

final exigiu exame neuropatológico do

(26)

Demência do tipo Alzheimer (DA)

FATORES GENÉTICOS:

 40% tem historia familiar de DA.

 DA tem ligação com cromossomo 1, 14, 21

(Gene da proteína precursora de amilóide – PPA - localiza-se no braço longo do cromossomo 21)

(27)

Demência do tipo Alzheimer

(28)

Demência do tipo Alzheimer

Características (Necropsia)

Placas Amilóides/Senis (fora neurônio) - Proc. Anormal proteína amilóide

Emaranhados neurofibrilares (dentro neurônio)

- Causado por hiperfosforilação de proteína TAU nos microtubulos neuronais.

MORTE DIFUSA DOS NEURÔNIOS NO CORTEX!

(29)

Alzheimer - Fisiopatologia

 Hipótese cascata amilóide:

 Anormalidade genética PPA -> produz peptídeos tóxicos (PT)

 -> PT se reúnem e formam Oligômeros -> Estes se aglomeram e formam Placas amilóides (PA)

 -> PA causam resposta inflamatória e liberação compostos

tóxicos -> PA + C. Tóxico causam fosforilação de proteina TAU e convertem microtubulos em emaranhados neurofibrilares no interior do neurônio...

... Placa amilóide + emaranhado neurofibrilar levam a disfunção e morte do neurônio

(30)

Alzheimer - Fisiopatologia

Placas amilóides destroem neurônios

colinérgicos no Prosencéfalo Basal (Núcleo

Meynert) causando distúrbios de memória.

Base para tto sintomático: Drogas que

reforçam a enzima Acetilcolina

(31)

Alzheimer - Fisiopatologia

Acetilcolina (Ach) e Demência:

Bloq. Recep. Colinérgico (Escopolamina)

produz distúrbio de memória em voluntários

saudáveis. Se usarmos Inib.Ache,

reverteremos o prejuízo e também

estimularemos o funcionamento da memória.

Núcleo de Meynert: É o principal centro

cerebral dos neurônios colinérgicos

(formadores de memória)

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Alzheimer

– Característica Clínica

DSM-IV-TR

A. Múltiplos déficits cognitivos (1+2) (1) Memória

(2) Afasia, Apraxia, Agnosia e/ou perturbação do funcionamento executivo

B. Déficits (1 e 2) causam comprometimento social e ocupacional associado a declínio ao nível anterior de funcionamento

C. Início gradual e declínio continuo

D. Déficits 1 e 2 não se devem por doenças SNC (Vascular, Parkinson...) ou sistêmicas (def. vitamina, HIV, TSH...) E. Déficits não ocorrem exclusivamente no curso do Delirium

(33)
(34)

Alzheimer

– Característica Clínica

 Alterações memória e personalidade

 Limitações intelectuais e esquecimento

 Evasão / negação / Confabulação

 Instabilidade emocional / Comentários desinibidos / Apatia / Aparência desleixada

 Incapacidade em reconhecer objetos ou pessoas

 Prejuízo em executar atividades motoras – com

funcionamento motor intacto

(35)
(36)

Demência Vascular

Principal causa é doença cerebral vascular múltipla.

Mais comum em homens,

especialmente naqueles com HAS ou outros fatores de risco

cardiovascular.

Afeta principalmente os vasos cerebrais pequenos e médios

As causas de infarto podem incluir a oclusão dos vasos por placas arteriosclerótica ou

trombroembolia de origem distante (ex.: Válvula cardíaca)

(37)

Demência Vascular

Sintomatologia similar a D.A.

Sintomas associados com área cerebral

(38)

Demência de PICK

Alteração comportamental precede a

(39)

Demência – Outras causas

Características clínicas:

 Doença de Parkinson  W-K (tríade clínica)  “Pseudodemência”  Transtorno Factício

(40)

“Dôto, to com poblema de memória,

que que eu tenho?”

ANAMNESE – CLÍNCA É SOBERANA!

 Cronologia do problema

 Historia médica / psiquiátrica geral

 Uso de fármacos

 Historia pregressa

 História familiar

 Exame físico (Inspeção, sinais vitais...)

 MINI MENTAL (>20) Teste: Memória, matemática, Leitura, capacidade construtiva e visuoespaciais...

(41)

“Dôto, to com poblema de memória,

que que eu tenho?”

Delirium versus Demência

Início da síndrome?

Consciência (Grau de lucidez)?

Curso da síndrome (Oscilação)?

Duração?

(42)

“Dôto, to com poblema de memória,

que que eu tenho? – Parte 2”

Exames laboratoriais

Sangue: Hmg, Eletrólitos, Toxicológico,

Função Hepática, renal e

tireóide,B-HCG,Glicemia,Vitaminas, Virologia

Urina: EQU, Toxicológico e metáis pesados

(43)

“Dôto, to com poblema de memória,

que que eu tenho? – Parte 3”

Após avaliação clínica e laboratorial:

Estabelecer etiologia

(44)

TRATAMENTO

NÃO - MEDICAMENTOSO

Suporte (prevenção acidente);

Apoio e proximidade familiar;

Adequação ambiental:

- Rotina

- Estimular orientação

(45)

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Demências irreversíveis

 Alzheimer: IAch

 Vascular: Controle HAS, Dieta, anticoagulante,

 Pick: Controle sintomático Demência reversível

 Reposição vitamina

 Estabilização eletrolítica

(46)

Conclusão

“No mundo atual está se investindo cinco vezes

mais em remédios para virilidade masculina e

silicone para mulheres do que na cura do Mal

de Alzheimer...

...Daqui alguns anos seremos velhas de seios

grandes ou velhos de pinto duro, mas que não

nos lembraremos para que servem!”

Referências

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