• Nenhum resultado encontrado

UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE UMA PEQUENA OBRA EM MARINGÁ E UMA PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

IZABELLE MARQUES ELIAS

MARINGÁ – PR 2019

(2)

Izabelle Marques Elias

GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE UMA PEQUENA OBRA EM MARINGÁ E UMA PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Engenharia Civil, sob a orientação do Prof. Dra. Sandra Andrea Pierini.

MARINGÁ – PR 2019

(3)

FOLHA DE APROVAÇÃO

IZABELLE MARQUES ELIAS

GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE UMA PEQUENA OBRA EM MARINGÁ E UMA PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em

Engenharia Civil, sob a orientação do Prof. Dr. Sandra Andrea Pierini.

Aprovado em: ____ de _______ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Prof.ª Dra. Sandra Andrea Pierini – Doutora em Ciências Ambientais, Unicesumar

__________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)

__________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)

(4)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE UMA PEQUENA OBRA EM MARINGÁ E UMA PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Izabelle Marques Elias

RESUMO

Resíduos da Construção Civil (RCC) é um tema importante que exige destaque pelos impactos que causam no meio ambiente. O presente trabalho teve como objetivo evidenciar a quantidade de resíduos gerados, seu manejo e destinação final durante a reforma de uma sala comercial de aproximadamente 42,87m² em Maringá/PR. O trabalho evidenciou cerca de duas caçambas preenchidas com diversos materiais da construção civil distribuídas em diferentes classes. Constatou-se que os resíduos não foram separados e destinados corretamente, como preconiza a classificação da Resolução n° 307, de 5 de Julho de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Concluiu-se que, uma proposta de gerenciamento correto dos resíduos sólidos pode contribuir com a redução dos impactos ambientais, tais como, a contaminação das águas, proliferação de mosquitos, poluição e contaminação do solo, entre outros e ainda pode contribuir no setor econômico e incentivo do processo de reciclagem, que poderia ser um facilitador na gestão dos RCCs.

Palavras-chave: Entulho. Meio Ambiente. Reciclagem.

WASTE GENERATION OF A SMALL CONSTRUCTION IN MARINGÁ AND A PROPOSAL OF A CIVIL CONSTRUCTION SOLID WASTE MANAGEMENT PLAN

ABSTRACT

Civil construction waste is an important topic that requires emphasis because of the impacts that it causes in the environment. This article had as objective to evidence the amount of waste generated, its management and final disposal during the renovation of a commercial site of approximately 42.87m² in Maringá /PR. The article evidenced about two containers filled with various civil construction materials distributed in different classes. It was found that the waste was not properly separated and disposed of, as recommended by the Resolution n° 307 of 5th July, 2002 of the National Environmental Council (CONAMA). It was concluded that a correct waste management proposal can contribute to the reduction of environmental impacts, such as water contamination, mosquito proliferation, pollution and soil contamination, among others, it can also contribute to the economic sector and encourage the recycling process, which could be a facilitator in the management of civil construction waste.

(5)

1 INTRODUÇÃO

A geração de resíduos, que está diretamente ligada à sustentabilidade e à preocupação com o meio ambiente, é um assunto muito abordado no Brasil e no mundo nos últimos anos. Segundo a ABRELPE (2017), os números referentes à geração de Resíduos Sólidos Urbanos revelam um total anual de 78,4 milhões de toneladas no país. Em razão deste número expressivo de resíduos gerados, a lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos – (PNRS) previu a elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos num amplo processo de mobilização e participação social. De acordo com o art. 9º desta lei, “na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.”

De acordo com a NBR 10.004/2004, resíduos sólidos são os que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Quando se trata de resíduos, sabe-se que a construção civil é responsável por grande parte de sua geração. Em relação ao volume dos resíduos sólidos urbanos, quase 70% é composto por resíduos provenientes da construção civil (SEBRAE, 2015).

Diante disso, torna-se importante a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Segundo Gonçalves et al. (2010), “as diretrizes do PGRS estabelecem princípios, procedimentos, normas, e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos”. Este plano apresenta uma previsão de qualificação e quantificação dos resíduos gerados e propõe informações e procedimentos para que seja aplicado, monitorado e atualizado (GONÇALVES et al., 2010).

No Brasil, as construções civis chamam atenção para a grande quantidade de geração de entulho, tornando evidente um desperdício irracional de material desde a sua extração, passando pelo seu transporte e chegando à sua utilização na obra (OLIVEIRA; MENDES, 2008). Nos termos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), resíduos da construção civil são os resíduos “gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civis incluídas os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis” (BRASIL, 2010).

(6)

6

O manejo inadequado dos resíduos sólidos pode causar inúmeros impactos socioambientais negativos, tais como: degradação e contaminação do solo, poluição da água, proliferação de vetores de importância sanitária, como é o caso do Aedes aegypti (vetor da dengue), potencialização dos efeitos de enchentes nos centros urbanos, entre outros. Diante desses potenciais prejuízos, é fundamental definir e implementar políticas públicas adequadas com vistas a garantir a destinação

adequada dos resíduos sólidos (CARTILHA PGRS - MMA, 2014, p. 8).

Uma importante estratégia de preservação do meio ambiente, assim como de promoção e proteção da saúde é o manejo adequado dos resíduos, sua reutilização e reciclagem (GOLVEIA, 2012). A forma adequada de manuseio e acondicionamento dos resíduos possibilita a sua máxima capacidade de reutilização e de reciclagem, pois alguns tipos de resíduos podem se tornar irrecuperáveis se armazenados de forma incorreta.

Quando se trata de classificação dos resíduos, existem algumas normativas, como por exemplo, a NBR 10.004/2004 e NBR 12.808 da ABNT, porém é a Resolução n° 307, de 5 de Julho de 2002 do Conselho Nacional Do Meio Ambiente-CONAMA que estabelece as diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos Resíduos da Construção Civil. Assim, a referida resolução disciplina as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais (CONAMA, 2002).

Além disso, o entulho pode ser considerado um nicho de mercado de trabalho. A reciclagem desses residuos realizado por empresas ou mesmo na própria obra, têm-se destacado como uma forma de alternativa de geração de lucro, pois pode diminuir os custos com a disposição final do entulho e reduzir suas despesas. Assim, a destinação final adequada alia questões financeiras e de impacto ambiental, uma vez que se evita o descarte em lugares como rios, riachos, represas e mares. (ABRECON, 2019).

A classificação do tipo de resíduo é fundamental para sua correta destinação. De acordo com o artigo 3º da Resolução n° 307 do CONAMA, os resíduos são classificados da seguinte maneira:

1. Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto;

(7)

7

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras;

2. Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e gesso (redação da dada pela Resolução nº 431/11;

3. Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação

4. Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como, telhas e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (Resolução Conama nº 348/04).

Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a geração de resíduos gerados em uma pequena obra em Maringá/PR e propor um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). O foco fundamental do PGRS é a minimização da geração de resíduos sólidos, orientando sua reutilização, se possível, caracterização, triagem, o correto acondicionamento, armazenamento, transporte, e destinação final que proporcione a pouca, ou ainda, a não contaminação do ambiente.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa se desenvolveu em duas etapas principais: a primeira, constituiu-se de um levantamento bibliográfico (através de artigos científicos vindos do google acadêmico, manuais, cartilhas, normas e resoluções) trazendo informações essenciais sobre o PGRS, sobre a classificação dos resíduos da construção civil e a importância do correto gerenciamento destes resíduos. A segunda consistiu da aplicação dos conhecimentos obtidos na primeira etapa em um estudo de caso.

A pesquisa foi desenvolvida no município de Maringá, Paraná, sendo que a elaboração do PGRS realizou-se a partir de dados obtidos de uma reforma de uma sala comercial localizada na Rua Joubert de Carvalho, 1008. A reforma ocorreu entre os dias 30 de Julho e 18 de Outubro de 2019. A sala comercial de aproximadamente 42,87m², na qual anteriormente havia um escritório de advocacia, passou pela reforma pra atender à um espaço

(8)

8

para consultório odontológico. A escolha desta obra levou em consideração o curto período de tempo do estudo e também a possibilidade para o acompanhamento de toda a execução da obra.

A coleta de dados realizou-se por meio de visitas semanais a obra, registros fotográficos e análise do projeto arquitetônico. O armazenamento e a coleta dos resíduos da construção civil foram realizados utilizando-se caçambas contratadas de empresas especializadas. No caso estudado, a quantidade de resíduos gerados foi analisada a partir de cálculos aproximados, tendo em vista o tamanho da caçamba (5m³ ou aproximadamente 8000 kg) e a proporção visual de cada tipo de resíduos em relação ao todo. Os resíduos da reforma preencheram duas caçambas no total, sendo que foi completada a primeira caçamba nas primeiras seis semanas de obra, para posteriormente ser completada a segunda, nas cinco semanas restantes. Importante enfatizar que qualquer material que não resíduo da construção civil não foi considerado no cálculo para o resultados obtidos através dos dados.

Os tipos de resíduos foram classificados de acordo com a Resolução n° 307, de 5 de Julho de 2002 do CONAMA e com isso, foram elaborados gráficos mostrando a quantidade e os tipos de resíduos gerados nas etapas que serão analisados. Tendo em vista as necessidades de um consultório odontológico, a reforma visava certas mudanças no ambiente, exigindo a demolição de algumas paredes, a construção de outras, a retirada das janelas e das portas antigas, a troca e a readequação da parte elétrica e ainda uma adequação da parte hidráulica.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados levantados pela pesquisa evidenciaram a geração dos resíduos das caçambas (Figura 1).

(9)

9

Figura 1. Distribuição dos tipos de resíduos que preecheram as caçambas durante a obra. (A) primeira caçamba durante as seis primeiras semanas de execução da obra. (B) segunda caçamba nas cinco semanas seguintes de obra.

Observou-se que na figura 1A constituiu 85% de tijolo e concreto sendo que nesta fase da obra foram realizadas as demolições das paredes, o que justifica o maior volume deste resíduo. Os outros resíduos observados na primeira caçamba foram o papel, o papelão e a madeira, porém em menores quantidades. Já na figura 1B, o maior volume de resíduo constituiu-se de piso correspondendo com 45% do total. Isto pode ser explicado pela presença da caçamba em um período de troca de piso. Os outros resíduos desta segunda caçamba são

(10)

10

madeira, gesso, metal/latas, papel/papelão, tijolo, concreto e estão relacionados à etapa de acabamento da obra.

Utilizando a Resolução n° 307 do CONAMA, observou-se que os resíduos da classe A (concreto, tijolo) participaram com 85% do total dos resíduos gerados na primeira caçamba (Figura 2A) e apenas 8% na segunda caçamba (Figura 2B).

Figura 2. Quantitativo de resíduos de acordo com a classificação do CONAMA. (A) primeira caçamba durante as seis primeiras semanas de execução da obra. (B) segunda caçamba nas cinco semanas seguintes de obra.

Já a classe B (papel, papelão, madeira) que inicialmente correspondeu a 15%, passou a ser o principal material descartado na segunda caçamba com 47%. Entretanto, a classe C

(11)

11

(piso) contribuiu com resíduos apenas na segunda caçamba por ser um material de acabamento..

Verificou-se que, apesar da presença das caçambas, o material dentro delas não foi separado para destinação apropriada, conforme o art. 10 da resolução 307 do CONAMA. Por exemplo, o gesso, que a partir da redação dada pela resolução n° 431/11, foi considerado um resíduo de classe B, ou seja, se estivesse separado dos outros resíduos, poderia ter sido encaminhado para uma empresa específica desse setor, tornando assim possível sua reutilização na própria produção de gesso, na agricultura para controle do pH do solo e secagem de lodo de esgoto, por exemplo, além de reduzir alguns impactos ambientais já que o gesso pode contaminar o solo e os lençóis freáticos (APOLINARIO, 2015). Além disso, materiais recicláveis como plásticos, papel e papelão, pelo fato de não serem separados dos outros resíduos, dificulta ou até impossibilita sua reciclagem.

Nesta obra, as caçambas foram transportadas para uma pedreira/minedora, sendo essa empresa responsável pela destinação final, inclusive podendo aterrar parte desses resíduos. Para facilitar o processo de destinação final e evitar gerações desnecessárias, deve-se começar pelo correto acondicionamento e armazenamento, o qual se considera, a correta separação dos resíduos de acordo com sua classificação. Dentre as vantagens da separação podemos considerar a qualidade dos resíduos, diminuição dos custos de remoção dos resíduos, falicitação da reciclagem de alguns materiais na própria obra, outros separados para a coleta municipal e para a informal (coletores de material reciclável), identificação dos pontos de desperdício, e, também, muito importante, organização no canteiro de obras (SINDUSCON, 2004).

Outro fator relevante consiste no fato de que como as caçambas ficaram em área pública, é comum encontrarmos nelas materiais indevidos. Trata-se de um fato que envolve desde a conscientização de pessoas externas a obra, como também, as informações dos trabalhadores envolvidos na mesma, pois se bem instruídos estes podem manter os cuidados necessários com o conteúdo da caçamba.

Assim, deficiências no processo da construção como falhas ou omissões na elaboração dos projetos e na sua execução, má qualidade dos materiais empregados, perdas no transporte e armazenamento, má manipulação por parte da mão de obra, além da substituição de componentes pela reforma ou reconstrução podem ser consideradas causas da geração de resíduos da construção civil (PORTO; SILVA, 2008). Por esse fato, as vantagens resultantes

(12)

12

da reciclagem são inúmeras, minimiza, por exemplo, a utilização de fontes naturais que por muitas vezes não são renováveis, diminui a quantidade de resíduo que necessita de tratamento final e, ainda, reduz os dejetos que são destinados para os aterros ou que vão para incineração (BISI et al., 2013).

Analisando o conteúdo dos resíduos conforme os gráficos e figuras, foi possível identificar medidas que tornariam esta pequena reforma mais sustentável. Além da separação e caracterização dos resíduos, podem-se reutilizar certos resíduos na própria obra, por exemplo, é possível utilizar o entulho de concreto e tijolo para fazer (e/ou regular) o contrapiso dos ambientes, como argamassas de assentamento, e ainda, quando possível de serem triturados no local, podem-se tornar agregados. Os pedaços de madeira, inclusive as portas antigas podem ser utilizados para construir caixotes para auxiliar na separação dos resíduos. Uma ação tomada nesta obra, e que se alinha com as prescrições deste PGRS, foi a doação das janelas e portas de metal retiradas, que foram reutilizadas por instituições de caridade.

3 CONCLUSÃO

O levantamento dos dados na reforma mostrou que muitos dos resíduos que foram destinados em suas caçambas para aterros poderiam ter sido reutilizados na própria obra e ainda, poderiam ter ido para reciclagem, se separados corretamente, pois estes são resíduos compostos principalmente pela classe A e B, os quais a destinação é considerada mais fácil. Com exceção da etapa de troca de piso na qual o maior resíduo gerado foi o de material cerâmico, ou seja, classe C. Este contexto mostrou a necessidade e importância da elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para que estes tenham a melhor destinação possível.

Portanto, apesar deste estudo de caso ter sido realizado em uma obra pequena, com pouca geração de resíduos, pôde-se evidenciar a importância do gerenciamento dos resíduos. Sabe-se que existem diferentes tipos de obras e que obras maiores trazem um potencial maior em relação à reciclagem e reaproveitamento, o que torna o PGRS ainda mais necessário e essencial. Assim, o planejamento e acompanhamento de uma obra do começo ao fim com esta

(13)

13

perspectiva, sem dúvida, trazem inúmeras vantagens para a sociedade e ainda, para a própria obra, diminuindo os seus custos, tornando-a mais inteligente e eficiente. Evidenciou-se que o mercado de trabalho teria maiores benefícios com a aplicação de um pensamento mais sustentável, já que cada vez mais, será preciso levar em consideração qualquer cuidado com o meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos

sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004. 71p.

ABRECON. Associação Brasileira para a Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição. O que é entulho. Disponível em <http://www.abrecon.org.br/entulho/o-que-e-entulho/> . Acesso em 08 nov. 2019.

ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.

Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil- 2017. São Paulo: Abrelpe; 2017.

APOLINARIO, Giovani Mateus. Reutilização do resíduo de gesso da construção

civil. 2015.63 f. Trabalho de conclusão de curso (Engenharia Civil) – Universidade

Regional do Noroeste, Ijui, , Rio Grande do Sul, 2015.

BISI, P. H.; CATANEO, P. F.; PUTTI, F. F. Gerenciamento de resíduos sólidos: destinação e reciclagem. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, [S.l.], v. 9, n. 5, nov. 2013. ISSN 1980-0827. Disponível em:

<http://amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/forum_ambiental/article/view/541/56 6>. Acesso em: 08 nov. 2019.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Brasília, 2014. Disponível em

<https://www.mma.gov.br/images/arquivo/80063/Cartilha%20PGRS%20MMA.pdf>.

BRASIL. Lei n. 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ministério do Meio Ambiente. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2010.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos-Instrumento de

Responsabilidade Socioambiental na Administração Pública. Brasília, DF, 2014.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente (2002). Resolução Nº 307, de 5 de julho

de 2002. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Habitação. Publicada no Diário

(14)

14

GONÇALVES, M. S.; KRUMMER, L.; SEJAS, M.I.; RAUNEN, T. G.; BRAVO, C. E. Gerenciamento de resíduos sólidos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Francisco Beltrão. Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Online), n. 15, p. 79-84, 2010.

GOUVEIA, Nelson. Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. Ciência & saúde coletiva, v. 17, p. 1503-1510, 2012.

OLIVEIRA, E. G; MENDES, O. Gerenciamento de resíduos da construção civil e

demolição: estudo de caso da Resolução 307 do CONAMA. - Universidade Católica de

Goiás, Goiânia. Disponível em: <http://www. pucgoias. edu.

br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/Continua/GERENCIAMENTO% 20DE% 20RES% C3% 8DDUOS% 20DA% 20CONSTRU% C3>, v. 87, p. C3, 2008.

PORTO, M. E.; SILVA, S. V. Reaproveitamento dos Entulhos de Concreto na Construção de Casas Populares. Rio de Janeiro: XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (ENEGEP), 2008.

SEBRAE. Centro Sebrae de Sustentabilidade. Gestão de Resíduos Sólidos. Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/a4be32497f cc503a77a586af9d068ba0/$File/6015.pdf> Acesso em: 10 ago. 2019.

SINDUSCON. Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Disponível em:

<https://sindusconpr.com.br/gerenciamento-de-residuos-da-construcao-civil-1960-p>. Acesso em: 08 nov. 2019.

Referências

Documentos relacionados

Dado tratar-se de um fundo especial de investimento em valores mobiliários fechado, os resgates não são permitidos. Condições de Suspensão das Operações de Subscrição e

Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar e analisar se as atividades de voo podem desencadear alterações posturais em cadetes e pilotos da Academia da Força Aérea

Para a construção do material informativo foi importante abordar os conceitos básicos de sífilis, mecanismo de transmissão, fases clínicas da sífilis, diagnóstico,

Tabela 3 - Valores da intensi dade amostral t otal por hectare para a quantidade de serapilheira acumulada em moldura coletora muito pequena (0,25m²), nas quatro estações

Para atingir os objetivos cognitivos, os alunos serão analisarem os casos clínicos previamente apresentados (disponíveis no Moodle). Após essa etapa, será realizado

Evidenciou-se que a idade gestacional pode ter influenciado o desempenho dos lactentes e que os recém-nascidos prematuros, mesmo com a idade corrigida, ainda estão aquém dos bebês

E, para tanto, fez-se necessário um esforço para tentar compreender os processos de interação entre Estado e população quando da implementação, por meio de doação,

públicas; mas de modo mais amplo, o curso está formatado para atender às necessidades de diversos outras categorias de Servidores, tais como: encarregados da realização da