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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE REDE CICLOVIÁRIA EM MARINGÁ-PR

DOUGLAS RAFAEL PEDERSOLI

MARINGÁ – PR 2017

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Douglas Rafael Pedersoli

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE REDE CICLOVIÁRIA EM MARINGÁ-PR

Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da UniCesumar – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil, sob a orientação do Prof. Me. Ronan Yuzo Takeda Violin.

MARINGÁ – PR 2017

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FOLHA DE APROVAÇÃO DOUGLAS RAFAEL PEDERSOLI

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE REDE CICLOVIÁRIA EM MARINGÁ-PR

Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da UniCesumar – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel(a) em

Engenharia Civil, sob a orientação do Prof. Me Ronan Yuzo Takeda Violin.

Aprovado em: ____ de _______ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________ Nome do professor – (Titulação, nome e Instituição)

__________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)

__________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)

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ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE REDE CICLOVIÁRIA EM MARINGÁ-PR

Douglas Rafael Pedersoli

RESUMO

O presente artigo vem analisar a eficiência da rede cicloviária de Maringá e busca observar o conforto, a segurança, as políticas de incentivo ao uso da bicicleta e a conectividade das ciclovias da cidade, para assim analisar se a cidade apresenta em sua rede cicloviária condições para que a bicicleta se torne na cidade um meio de transporte que possa ajudar a desafogar a mobilidade urbana. Para isso foram utilizadas visitas in loco nas ciclovias da cidade a fim de registrar por meio de fotografias a atual situação das vias, bem como foi realizada uma consulta junto às secretarias municipais responsáveis pela rede para se obter informações referentes a projetos de incentivo ao uso das ciclovias e também um panorama da localização das vias já existentes na cidade.

Palavras-chave: Bicicleta. Ciclovias. Mobilidade Urbana.

ANALYSIS OF THE EFFICIENCY OF THE CYCLING INFRASTRUCTURE IN THE CITY OF MARINGÁ-PR

ABSTRACT

The following article analyzes the efficiency of the cycling infrastructure in the city of Maringa, and seeks to observe the comfort, safety, encouragement policies for bicycle usage and the connectivity of the city’s bicycle lanes, in order to survey if the city’s bicycle network provides the necessary setup so that cycling becomes an import mean of transportation, improving the urban mobility of Maringa. In pursuance of that goal, on-site visits were made to the city’s bicycle lanes to register the current situation of those lanes through photographs, in addition to consultations with the transport municipal secretariats in order to obtain information regarding projects that stimulate the use of bicycle lanes and to have an outlook on the location of the already existing bicycle paths.

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, no Brasil um dos temas principais são os congestionamentos, ou seja, a mobilidade urbana defasada, assim o poder público está cada vez mais buscando alternativas para que as cidades possam ter fluidez no transito. Uma destas alternativas é o uso da bicicleta como meio de locomoção, fazendo com que as cidades busquem meios de possibilitar a infraestrutura necessária para que essa prática seja possível.

Para Ricieri (2017), a construção de ciclovias, ciclofaixas, como também de bicicletários entre outros, e regras para o compartilhamento de vias torna visível aos usuários o desejo e os benefícios que o uso da bicicleta como modo de transporte pode proporcionar.

Segundo Hamer e Almeida (2015), a percepção da população de que a bicicleta é um modo de transporte urbano é recente e envolve a possibilidade da substituição de veículos motorizados pelas bicicletas. Mas, por outro lado, essa percepção depende da visibilidade do usuário em ter a possibilidade de usar a bicicleta diariamente.

Em Maringá, o problema de mobilidade urbana é notório, visto que, segundo dados do Detran-PR (2017), a cidade apresenta um índice de 0,76 veículos por habitante, o maior entre as dez maiores cidades do estado, o que gera além de congestionamentos, poluição, transtornos aos usuários, entre outros problemas.

Para se ter ideia de como o uso de bicicletas não é tão difundido no Brasil, para deslocamentos diários no Brasil apenas 7% dos deslocamentos são realizados com bicicleta, enquanto em países como a Holanda 27%, Suíça 15% e Dinamarca 18%, os deslocamentos são feitos utilizando bicicletas (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007).

Segundo Hising (2017), Maringá conta atualmente com 29,3 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, sendo que está previsto no Plano Cicloviário 150 quilômetros até 2026. Algumas cidades, há alguns anos vêm enfrentando problemas com a sua mobilidade urbana, sendo o uso extensivo do automóvel a principal causa. Para Menezes e Machado (2016), o uso extensivo do automóvel apresenta externalidades negativas à cidade, envolvendo custos individuais, como tempo, e custos coletivos, como a poluição sonora e do ar, que afeta a qualidade de vida da população.

A mobilidade pode ser definida como deslocamentos independentes de qualquer modo de transporte associado à circulação de pessoas e bens, onde a mobilidade urbana é colocada como um atributo das cidades e refere-se à facilidade dos deslocamentos (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007).

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Segundo o Ministério das Cidades (2016), um sistema de mobilidade urbana deve promover uma qualidade no sistema de modo a garantir as condições de deslocamento adequadas para as pessoas.

Segundo Oliveira (2014), a questão dos problemas na mobilidade urbana, principalmente em países emergentes como o Brasil, é mais evidente e difícil de se tratar, pois estes países optaram pelo incentivo ao transporte individual, ao invés do coletivo ou dos não motorizados. No caso do Brasil este incentivo ao transporte individual foi iniciado no governo de Juscelino Kubistchek, com a implantação da indústria automobilística através da vinda de fabricantes ao Brasil nos meados dos anos de 1950.

Paula e Bartelt (2016), destacam que a formação do modelo atual de mobilidade urbana, que prioriza o transporte motorizado individual e deixa em segundo plano o coletivo, gera nas grandes e medias cidades um mal-estar, tanto que nas dez principais regiões metropolitanas do pais o tempo médio diário gasto com deslocamentos aumentou de 38,1 para 43,3 minutos.

Por isso, um sistema sustentável de mobilidade urbana faz-se necessário. A mobilidade urbana sustentável é definida como uma reunião de políticas de transporte e circulação, que integre as políticas de desenvolvimento urbano, buscando democratizar o acesso ao ambiente urbano, utilizando transportes coletivos e não motorizados, de modo a serem seguros e socialmente inclusos (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007).

Neri (2012) destaca que em todo o planeta é cada vez mais claro que o transporte motorizado, mesmo tendo suas vantagens, está causando impactos ambientais negativos como a poluição atmosférica e sonora, o que pode se ver em muitas cidades é o investimento maior em infraestruturas para o transporte motorizado.

Nas cidades médias e grandes já é inviável o uso de automóveis para deslocamentos urbanos e Maringá está trilhando o mesmo caminho, mostrando, assim, alguns pontos de imobilidade, na qual apresenta medidas exclusivas para transporte individual motorizado, como exemplo a mudança de algumas avenidas para o modo binário (OLIVEIRA, 2014).

Para Soares (2015), a bicicleta como meio de transporte alternativo agrega ao uso da via pública, podendo favorecer a melhoria dos congestionamentos, pois não necessita de grandes espaços viários, reduzindo os congestionamentos sem impacto ambiental.

Dentre as grandes vantagens oferecidas pela bicicleta em relação ao automóvel estão a grande mobilidade e agilidade no tráfego, baixo nível de ruído, baixa intrusão visual, ausência de gases poluentes, benefícios à saúde por meio da atividade física exercida, necessidade de

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pouco espaço na via e em estacionamentos, e redução dos custos viários visto o baixo custo de aquisição e manutenção de bicicletas (STIFFEL, 2012 apud SOARES, 2015).

Cabe destacar que a bicicleta em si é um meio de transporte seguro para o condutor, mas se torna vulnerável quando combinado ao tráfego motorizado. Com isso, o perigo desestimula o uso e o reduzido número de bicicletas aumenta o risco para os ciclistas pela falta de costume dos motoristas (PIRES, 2008).

Segundo Pires (2008), existem três tipos de viagens de bicicleta, são elas: trabalho/escola, utilitárias e de lazer. As viagens trabalho/escola são aquelas em que respeitam um mesmo horário e tem a intenção de chegar o mais rápido possível ao destino. As utilitárias são aquelas em que são destinadas a fazer alguma utilidade pessoal, como ir ao mercado, entre outras. Já as de lazer são viagens em que normalmente tem como destino ambientes menos povoados e sem horário de chegada obrigatório.

Para Gondim (2010), devido às restrições de espaço em áreas urbanizadas antigas na qual, muitas vezes, não tem planejamento, criar uma infraestrutura viária exclusivas para os ciclistas é um grande desafio. Para um planejamento e desenho cicloviário, existem alguns fatores básicos, que influenciam, entre eles, os principais são: a segurança viária, as rotas diretas e a rapidez delas, a coerência na facilidade de interpretação do usuário, o conforto da via e a atratividade proporcionada pela infraestrutura para a adesão do usuário para com a via (CLARK; PAGE, 2000 apud NERI, 2012).

Em Maringá existem dois tipos de vias para bicicletas: as ciclovias e a ciclofaixas. A ciclovia é o espaço destinado à circulação exclusiva de bicicletas, separado da pista de rolamento dos outros modos por terrapleno, com mínimo de 0,20 m de desnível, sendo, habitualmente, mais elevada do que a pista de veículos motorizados. No sistema viário, pode localizar-se ao longo do canteiro central ou nas calçadas laterais (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007). A figura 1 é um exemplo de ciclovia.

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Figura 1: Ciclovia na Av. Liberdade em São Paulo-SP

Fonte: www.vadebike.org (2014).

Já a ciclofaixa é o espaço destinado à circulação de bicicletas, contíguo à pista de rolamento de veículos automotores, sendo dela separada por pintura e/ou dispositivos delimitadores denominados de tachas. No entanto, de forma popular e, na linguagem de muitos fabricantes, podem ser chamados de “tachinhas”; “tartarugas”, “calotas” e “tachões”, dependendo das suas dimensões (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007).

Nos últimos anos, as ciclovias e ciclofaixas maringaenses vem crescendo, na tentativa de buscar um meio alternativo para a mobilidade urbana, mas para uma grande adesão da população, elas devem proporcionar ao usuário a qualidade necessária para uso, visando, principalmente, o conforto e também a segurança.

Com isso, a pesquisa busca analisar as ciclovias maringaenses, de modo a verificar sua eficiência à população, além de analisar o conforto e a segurança aos usuários, bem como detectar as políticas criadas pelo poder público para que este meio de mobilidade seja difundido na cidade.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desta pesquisa buscou-se conhecer quais as condições oferecidas aos usuários de bicicletas e a eficiência da rede cicloviária, para se obter uma visão de como está e o que pode ser melhorado na rede para que o uso da bicicleta possa se tornar um meio de transporte difundido e ajude a melhorar a mobilidade urbana no local da pesquisa.

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A cidade escolhida para o estudo foi a de Maringá-PR, cidade localizada no Norte do estado, com população estimada, segundo IBGE (2017), de 403.693 habitantes e eleita a melhor grande cidade do Brasil, de acordo com estudo da Macroplan (2017).

A cidade apresenta aproximadamente 30 km de rede cicloviária, sendo que está em crescimento, restando se conhecer como estão apresentadas as condições aos usuários para que proporcione a eficiência necessária para uso.

Para se verificar esta eficiência, o estudo objetiva verificar três aspectos: o conforto proporcionado pela pavimentação da via, a segurança oferecida ao usuário da bicicleta pelas formas de vias adotadas e a sinalização existente, e as políticas de desenvolvimento e incentivo usadas pelo poder público para a adesão dos habitantes a este meio de transporte.

2.1.1 Conforto da rede Cicloviária

Para a verificação do conforto da via realizou-se uma análise visual da via, detectando as condições da pavimentação e analisando as condições da mesma, bem como deformações na superfície e conservação de limpeza da mesma, sendo estas condições registradas por fotografias.

2.1.2 Segurança da Rede Cicloviária

Nesta etapa, para se verificar a segurança que a via fornece ao usuário, realizou-se uma análise visual da sinalização da via, bem como as condições em cruzamentos com vias automotivas e também a condição da separação das ciclovias e ciclofaixas em relação às vias automotivas.

2.1.3 Políticas relacionadas a Rede Cicloviária

Para esta etapa realizou-se uma consulta junto à Prefeitura de Maringá para se ter o conhecimento da existência de políticas de regulamentação e de incentivo ao uso da bicicleta, bem como de equipamentos de proteção para ciclistas e também políticas de conscientização de motoristas para a convivência no transito.

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Verificar junto a prefeitura um mapa das ciclovias e ciclofaixas existentes e analisar a conectividade fornecida por elas ao usuário, para verificar as dificuldades para que possa se fazer um trajeto utilizando apenas as ciclovias e ciclofaixas. Bem como verificar o planejamento para futuras ciclovias na cidade.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O trabalho foi à campo buscar analisar a eficiência para o usuário das ciclovias maringaenses, com isso verificou -se três aspectos importantes para a eficiência da via: o conforto, a segurança e as políticas desenvolvidas para incentivo do uso da bicicleta na cidade.

3.1 CONFORTO DA REDE CICLOVIÁRIA

Para se verificar o conforto proporcionado da rede cicloviária, foram verificadas as condições de pavimentação das vias, sendo realizados registros fotográficos para identificar as possíveis falhas.

Foram registradas algumas falhas no sistema de pavimentação das vias, como: rachaduras, deterioração do pavimento, bem como também alguns degraus causados nas vias. As rachaduras no pavimento foram as patologias mais identificadas durante a observação da via, que podem ser observadas na Figura 2.

Figura 2: Rachaduras no pavimento da via

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Outras patologias encontradas foram a degradação do pavimento e os degraus formados pela má compactação do solo, sendo estas encontradas em trechos das vias que passam por praças ou rotatórias, como mostram as Figuras 3 e 4, a seguir.

Com isso, para os usuários, causam transtornos devido às ciclovias estarem apresentando algumas irregularidades que dificultam a locomoção pelo trajeto (RPC, 2017). Porém, segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, a prefeitura está em fase de análise para a contratação de uma empresa para a manutenção e cuidados com as ciclovias da cidade. (RPC, 2017).

Por isso, Pezzuto e Sanches (2004) destacam que aproximadamente 31% dos usuários de bicicleta em Araçatuba-SP consideram o conforto como a variável mais importante para utilizar a bicicleta como meio de transporte, sendo esta a mais influenciável no uso.

Figuras 3 e 4: Degradação do pavimento e elevação do pavimento

Fonte: acervo do autor.

No entanto, a via apresenta em sua maioria trechos em boas condições de tráfego e adequada para o uso, como mostra a Figura 5, a seguir.

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Figura 5: Ciclovia em boas condições de pavimentação

Fonte: acervo do autor.

Outro ponto verificado ao percorrer as ciclovias foi a ocupação delas por pedestres, o que gera transtornos aos usuários, esse fato pode ser visualizado na Figura 6.

Figura 6: Pedestres caminhando pela ciclovia

Fonte: acervo do autor.

3.2 SEGURANÇA DA REDE CICLOVIÁRIA

A segurança da rede cicloviária foi observada por meio de verificação da condição de sinalização da via, bem como as condições nos cruzamentos com vias de automotivas, tendo em vista que a segurança é um dos fatores mais importantes para o usuário aderir ao uso da bicicleta em relação a outros meios de transporte.

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Ao longo da via foram encontradas algumas falhas no sistema, como a defasagem da pintura da sinalização da via, que causa certo perigo ao usuário, conforme mostra a Figura 7.

Figura 7: Falta de sinalização de preferência ao ciclista.

Fonte: acervo do autor.

Mas, em geral, a via apresenta boa sinalização oferecendo segurança ao usuário, possibilitando, assim, a sensação de segurança ao usuário.

Figuras 8 e 9: Sinalização das ciclovias

Fonte: acervo do autor.

Os usuários das ciclovias de Maringá admitem preocupação com assaltos, pois algumas ciclovias estão com sua iluminação defasada, o que facilita a ação de criminosos (RPC, 2017).

Quanto à segurança, os aspectos que incomodam os ciclistas estão relacionados à possibilidade de conflito com os veículos motorizados e a possibilidade de assalto, sendo que em Araçatuba 12% consideram este um fator importante na hora de escolher a bicicleta como meio de transporte (PEZZUTO; SANCHES, 2004).

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3.3 POLÍTICAS RELACIONADAS A REDE CICLOVIÁRIA

Para a verificação desta etapa, foi realizado o contato junto à Secretaria de Mobilidade Urbana do município, sendo possível observar que não existe nenhum programa ou projeto de incentivo à bicicleta ou de conscientização para motoristas sobre os direitos e deveres no trânsito a respeito do ciclista.

3.4 CONECTIVIDADE DA REDE CICLOVIÁRIA

Nesta etapa foi realizado junto à Secretaria de Mobilidade Urbana a solicitação do mapa de ciclovias existentes na cidade a fim de se obter uma visão da conectividade das ciclovias para que se possa ver o quanto o usuário consegue fazer um trajeto pelas principais avenidas da cidade, utilizando sua bicicleta e andando apenas por ciclovias, para se obter maior segurança no trajeto. Sendo assim, foi disponibilizado o mapa da Figura 10.

Figura 10: Mapa de ciclovias de Maringá

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Pode-se perceber que no mapa falta as ciclovias das avenidas Cerro Azul e Gastão Vidigal, porém, mesmo assim, consegue-se ver que a falta de conectividade ainda é existente, apesar do crescente aumento das ciclovias na cidade.

Ainda segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana estão em fase de licitação mais 6 km de ciclovias para serem acrescentadas na cidade, sendo um trecho que dá continuidade à ciclovia da Av. Brasil e outro trecho que ligará a ciclovia da Av. Guaíra ao trecho de ciclovia da Av. Horácio Racanello (RPC, 2017).

A infraestrutura é considerada um fator muito importante, na Holanda, por exemplo, como o maior incentivo ao uso da bicicleta, sendo que no país possuem rotas diversificadas que proporcionam ao usuário várias formas de realizar a sua rota (MACHADO; MENEZES, 2016).

4. CONCLUSÃO

Ao se realizar este estudo pode-se perceber o quanto o uso da bicicleta pode desafogar a mobilidade urbana de uma cidade, bem como a saúde do usuário, porém, apesar de tudo, pode-se ver a eficiência da rede na cidade. No geral, Maringá possui uma rede cicloviária de boa qualidade, proporciona conforto e segurança em relação ao trânsito, ganhando com isso uma boa opção para o desafogo da mobilidade urbana, já que foi comprovado o grande índice de automóveis por habitante na cidade.

Mas, por outro lado, pode se ver uma falta de conectividade entre as ciclovias, pois muitas das avenidas principais da cidade não possuem ciclovias ou ciclofaixas, o que faz com que o usuário venha a ter que trafegar na via de automóveis, o que traz insegurança ao usuário quanto a acidentes, ou então trafegar na calçada, o que traz um desconforto aos pedestres.

Outro ponto importante a ser observado, é o da falta de programas de incentivo ao uso da bicicleta, ou seja, não é mostrado pelo poder público ao usuário, um desejo de fazer com que este use o meio como forma de transporte, gerando, assim, um descaso com o uso da mesma.

Sendo assim, o estudo pode perceber que apesar de eficiente a rede apresenta alguns problemas. Foi possível observar também o campo para elaboração de propostas de programas de incentivo ao uso da bicicleta, bem como de projetos para a construção de ciclovias, que possam oferecer a conectividade na rede cicloviária da cidade.

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REFERÊNCIAS

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