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A intervenção do design na construção de grids para uma revista social: estudo de caso – Revista Cone

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Academic year: 2021

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MACHHOUR HAMOUI

A INTERVENÇÃO DO DESIGN NA CONSTRUÇÃO DE GRIDS PARA UMA REVISTA SOCIAL

Ijuí 2015

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A INTERVENÇÃO DO DESIGN NA CONSTRUÇÃO DE GRIDS PARA UMA REVISTA SOCIAL : ESTUDO DE CASO – REVISTA CONE

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Design da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, como requisito final à obtenção do título de Bacharel em Design.

Orientadora: Barbara Gündel Mendonça Ijuí

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RESUMO

Nesta monografia foram abordados temas como: Proporções e Regras, Tipografia, Cores, Layout, alguns processos cognitivos envolvidos na leitura da revista, e também um breve relato da história/origem das revistas. A partir dos dados apresentados nas análises das edições anteriores, foi optado em realizar um estudo de Grids para algumas das matérias que estão presentes nela. Com o objetivo geral de criar uma identidade mais compatível com toda a revista a partir dos grids, ajudando também na diagramação de conteúdos de maneira mais rápida e mais eficaz, ao mesmo tempo aprimorando a qualidade da apresentação das matérias mensais para os leitores. O resultado que este projeto alcançou foi uma proposta de layout para duas matérias presentes que resultaram em uma padronização eficaz para a continuidade das edições. Agilizar o trabalho de diagramação de cada uma das páginas das edições com o layout proposto também foi um resultado apresentado neste projeto que foi benéfico para a revista.

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ABSTRACT

This monograph were discussed topics such as proportions and Rules, typography, colors, layout, some cognitive processes involved in reading the magazine, and also a brief account of the history / origin of magazines. From the data presented in the analysis of previous editions, it was chosen to conduct a study Grids for some of the materials that are present in it. With the overall goal of creating a more consistent identity with the whole magazine from the grid, helping also in the layout of the fastest and most effective way content at the same time improving the quality of presentation of monthly materials for readers. The result was that this project achieved a layout proposal for two feed materials resulting in an effective standardization for the continuity of issues. Streamline diagramming work each page of the issues with the proposed layout was also a result shown in this project that was beneficial to the magazine.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Grid Simétrico ... 13

Figura 2 Grid Assimétrico ... 14

Figura 3 Regra dos Terços ... 16

Figura 4 Regra dos Ímpares ... 17

Figura 5 Layout Clássico 2:3 ... 18

Figura 6 Números Fibonacci ... 19

Figura 7 Grid Diagonal ... 20

Figura 8 Grid de Linhas de Base... 21

Figura 9: Grid Composto ... Erro! Indicador não definido. Figura 10 Cor Luz ... 27

Figura 11 Cor pigmento ... 28 Figura 12: Imagem ... Erro! Indicador não definido. Figura 13: Johann Rist ... Erro! Indicador não definido. Figura 14: Le Mercvre Galant ... Erro! Indicador não definido. Figura 15: The Ladies Mercury ... Erro! Indicador não definido. Figura 16: Gentlemen´s Magazine ... Erro! Indicador não definido. Figura 17: Female Spectator ... Erro! Indicador não definido. Figura 18: Correio Brasiliense ... Erro! Indicador não definido. Figura 19: Ilustrated London News ... Erro! Indicador não definido. Figura 20: The Economist ... Erro! Indicador não definido. Figura 21:The English Woman´s ... Erro! Indicador não definido. Figura 22: The Ladies´Home Journal ... Erro! Indicador não definido. Figura 23: National Geographic ... Erro! Indicador não definido. Figura 24: Revista Tico-Tico ... Erro! Indicador não definido. Figura 25: Revista Time ... Erro! Indicador não definido. Figura 26: The Business Week ... Erro! Indicador não definido. Figura 27: PlayBoy ... Erro! Indicador não definido. Figura 28: New York ... Erro! Indicador não definido. Figura 29: Veja ... Erro! Indicador não definido. Figura 30: Revista Cone ... Erro! Indicador não definido. Figura 31: Edições da Revista Cone ... Erro! Indicador não definido. Figura 32: Metodologia de Bruce Archer ... Erro! Indicador não definido. Figura 33: Edição 31 Revista Cone ... Erro! Indicador não definido. Figura 34: Matéria Olhares das edições 25 e 26 da revista... Erro! Indicador não definido. Figura 35: Matéria ‘O Lado da História’ das edições 28 e 29 da revista .. Erro! Indicador não definido.

Figura 36 ... Erro! Indicador não definido. Figura 37 ... Erro! Indicador não definido. Figura 38 ... Erro! Indicador não definido. Figura 39 ... Erro! Indicador não definido. Figura 40 ... Erro! Indicador não definido. Figura 41 ... Erro! Indicador não definido. Figura 42 ... Erro! Indicador não definido. Figura 43 ... Erro! Indicador não definido. Figura 44 ... Erro! Indicador não definido.

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Figura 45 ... Erro! Indicador não definido. Figura 46 ... Erro! Indicador não definido. Figura 47 ... Erro! Indicador não definido. Figura 48 ... Erro! Indicador não definido.

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SUMÁRIO

RESUMO ... 3

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ... 9

CAPÍTULO 2 – DIAGRAMAÇÃO E LAYOUT ... 11

2.1 Grids ... 11

2.1.1 Tipos de Grids ... 12

2.1.2 Anatomia da página... 14

2.1.3 Proporções e Regras ... 15

2.1.3.1 Regra dos terços ... 16

2.1.3.2 Regra dos ímpares ... 17

2.1.3.3 Layout Clássico(2:3) ... 18

2.1.3.4 Números Fibonacci ... 19

2.1.3.5 Grid Diagonal ... 20

2.1.3.6 Grid de Linhas de Base ... 21

2.1.3.7 Grids Compostos ... 22 2.2 Layout de Revistas ... 23 2.2.1 Unidade ... 24 2.2.2 Simplicidade ... 24 2.2.3 Organização ... 24 2.2.4 Contraste ... 25 2.2.5 Equilíbrio ... 25 2.2.6 Espaço em branco ... 26 2.3 Cores ... 26 2.3.1 Cor Luz ... 26 2.3.2 Cor Pigmento ... 27 2.4 Imagem ... 28 2.5 Tipografia ... 30

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2.5.1 Serifa ... 30

2.5.2 Legibilidade ... 31

2.5.3 Medidas Tipográficas ... 31

2.5.4 Famílias de Tipos ... 32

2.5.5 Tipos de Alinhamento ... 32

2.6 História das Revistas ... 33

2.6.1 Comunicação e Revista Social ... 46

2.7 Semiótica ... 47

2.7.1 Ergonomia cognitiva ... 48

2.8 O Estudo de Caso: Revista Cone ... 51

2.9 Resultados ... 55

2.9.1 Metodologia ... 55

2.9.2 Fase I – Analítica: Recompilação de Dados ... 56

2.9.3 Fase I – Analítica: Avaliação ... 57

2.9.4 Fase II – Criativa: Formulação de ideias diretoras ... 57

2.9.5 Fase II – Criativa: Escolha da ideia ... 57

2.9.6 Fase II – Criativa: Verificação ... 58

2.9.7 Fase III – Executiva: Ajuste da Ideia ... 62

2.9.8 Fase III – Executiva: Desenvolvimento ... 62

2.9.9 Fase III – Executiva: Materialização ... 70

Conclusão ... 72 Referências ... 73 Anexo 1 ... 74 Anexo 2 ... 76 Anexo 3 ... 78 Anexo 4 ... 80 Anexo 5 ... 82

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

O tema deste projeto trata-se da intervenção do design na construção de Grids para uma revista social, com o objetivo geral de criar novos grids para a revista a fim de aprimorar os elementos do design.

Estudar a história das revistas e as referências bibliográficas deste projeto, estudar os grids dos elementos dentro de uma página, pesquisar os processos de percepção (Processos Cognitivos) e Realizar análise comparativa das novas edições (já realizado o estudo de grids) com as edições antigas, são os objetivos específicos deste projeto.

Utilizar os grids para atender a demanda de uma diagramação que esteja de acordo com um projeto de design é a justificativa deste trabalho. Apresentando assim correções e modificações para que os objetivos possam ser cumpridos da melhor maneira possível.

O grid fornece uma estrutura para todos os elementos de design de uma página, o que facilita e simplifica os processos de criação e de tomada de decisão por parte do designer. Utilizar um grid aumenta a precisão e a consistência da localização dos elementos da página, fornecendo uma estrutura para um alto nível de criatividade. grids permitem que o designer tome decisões conscientes e use seu tempo de modo eficiente. (Gavin & Harris , 2009, p.11).

O problema do projeto consiste em buscar compreender quais as vantagens e benefícios que os Grids podem trazer para a revista. Com o decorrer das etapas estipuladas, foi levantado uma série de hipóteses que visam a comprovar que através dos grids a revista poderá trazer resultados mais positivos na distribuição dos elementos visuais criando uma identidade para ela. A correta distribuição dos elementos influi no fluxo de leitura visual do leitor garantindo o seu entendimento de uma maneira mais eficaz. A maneira como os grids são utilizados nas revistas também está relacionada com o sucesso desta. O posicionamento dos fólios, legendas, citações, textos, títulos, imagens e outros, devem ser levados muito em conta quando for aplicar o grid da página;

Este projeto confere um estudo de caso com a realização dos objetivos gerais e específicos. A pesquisa e levantamentos de dados serão realizados em revistas,

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livros e internet. O conteúdo dos grids será focado também em estudo de diversos tipos de proporções que futuramente poderão compor o design da revista.

A análise comparativa será realizada através de edições passadas da própria revista. Este projeto conta com o referencial teórico necessário para criar uma base de conteúdo relevante ao objetivo proposto, as considerações finais e resultados atendidos e alcançados após a implementação do projeto.

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CAPÍTULO 2 – DIAGRAMAÇÃO E LAYOUT

Distribuir os elementos do design em uma página de revista exige muita pesquisa e conhecimento, criar um amplo projeto para padronizar as páginas promovendo assim uma identidade única e incorruptível atendendo uma exclusividade pode configurar-se como um diferencial apresentado pela revista.

Medidas, tamanhos e alinhamentos dos elementos visuais da revista(que vão desde fólios até texto corrido) são colocados em grids a fim de atender a alguma proporção, para que haja uma harmonia visual na distribuição.

A proporção é usada para criar uma dinâmica entre os diferentes elementos de um design. Ela pode ser equilibrada ou privilegiar certos elementos, como imagens. (Ambrose & Harris , 2009, p.38).

Em geral, os grids irão orientar todo o decorrer da revista, a sua importância deve ser levada em conta na hora de apresentar este conteúdo para o público alvo.

Outro objetivo após realizar o estudo dos grids é fazer com que os eles não sejam perceptíveis para o leitor, ele deve apenas focar a atenção nos conteúdos da revista.

Grids também podem ser usados para ordenar o fluxo de uma página, determinando os pontos de entrada, o deslocamento de um design em função da localização de um eixo e a interação do espaço em branco com os outros elementos da página. (Ambrose & Harris , 2009, p.117).

Na apresentação dos elementos do design, mesmo atendendo a apenas um tipo de grid, ele pode ser muito versátil e dinâmico, assim a revista pode oferecer inúmeros tipos de distribuição de elementos na página sem distorcer a proporção previamente estipulada.

2.1 Grids

Grid, segundo Ambrose e Harris(2009), nada mais é do que uma base que serve para alinhar e orientar o design que será construído, assim ele poderá organizar de maneira mais rápida e eficiente os vários elementos que compõem uma página proporcionando uma rápida interpretação da informação para o leitor. Os

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grids são de suma importância, pois também são chamados de esqueleto de um trabalho adicionando alinhamentos e estruturas, sejam eles das mais diferentes formas e tamanhos.

O Grid também é um elemento que tende a simplificar o trabalho do designer, como nos processos de criação e tomada de decisão facilitam muito o objetivo final. O posicionamento dos elementos também podem ter um grande impacto na diagramação de uma página, podendo destacar informações ou imagens, levando maior facilidade de entendimento ao leitor.

2.1.1 Tipos de Grids

Existem inúmeros tipos de grids que o designer pode escolher e eleger o mais adequado para determinado projeto. O grid em geral é o elemento estrutural comum que envolve todo o trabalho agregando de maneira geral uma noção de ordem, uma consistência em todo o processo de design. Diferentes e talvez incontáveis objetivos que se apresentam nos grids, alguns ressaltam o objetivo de interagir mais com imagens enquanto outros podem se adaptar e servir melhor para textos. (Ambrose & Harris, 2009).

Embora o grid não seja visível no trabalho finalizado, sua influência é evidente no posicionamento dos diferentes elementos de design. A variedade de layouts produzidos a partir de um grid básico demonstra a flexibilidade que essa estrutura oferece. (Ambrose & Harris, 2009, p.55).

Ainda de acordo com os autores, um dos tipos de grid muito utilizados na diagramação de revistas é o grid simétrico, que é utilizado em páginas duplas de uma publicação tendo assim as suas páginas espelhadas(reto e verso), conforme figura 1. Cada bloco de texto posicionado nas duas páginas deve ser ajustado de modo que faça o espelhamento, dividindo assim o mesmo tamanho e mesma distância da margem interna e externa criando dessa forma uma só composição com as duas páginas demonstrando equilíbrio e harmonia, resultando em algo mais atraente para o leitor.

Um grid equilibrado pode se tornar limitado e repetitivo quando usado em páginas sucessivas. Porém, esse grid um tanto formal e funcional pode ser adaptado e melhorado por meio do acréscimo de outros

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elementos da página – fólios, títulos e rodapés. (AMBROSE & HARRIS, 2009, p.58).

Figura 1 Grid Simétrico

Fonte: Grids. Ambrose & Harris. (2009), p.58.

Um grid assimétrico, segundo Ambrose e Harris(2009), apresentam o mesmo layout em duas páginas de reprodução, normalmente representada com um pequeno deslocamento para o lado esquerdo ou direito da página. É como se a página reto fosse arrancada e posicionada no verso, dividindo assim com tamanhos diferentes a distância da margem interna e externa, diferenciando-se assim do grid simétrico, conforme apresenta a figura 2.

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Figura 2 Grid Assimétrico

Fonte: Grids. Ambrose e & Harris. (2009), p. 60.

“Com os grids assimétricos é possível dar um tratamento criativo a certos elementos, mantendo, ao mesmo tempo, a consistência e o ritmo geral do design”. (AMBROSE; HARRIS, 2009, p.60).

2.1.2 Anatomia da página

As páginas dentro de um projeto de design são compostas de várias partes distintas, e cada uma destas partes tem finalidades importantes na construção de uma página. (AMBROSE; HARRIS, 2009).

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Tabela 1:Anatomia da página

Fonte: Adaptado de Ambrose & Harris, 2009, p.30.

2.1.3 Proporções e Regras

As proporções e regras se baseiam em guias para a composição de layouts ajudando na reprodução de resultados dinâmicos com base em pesquisas e estudos de aplicação. (AMBROSE & HARRIS,2009).

Dentro das regras e proporções, temos a regra dos terços, a regra dos ímpares, o Layout Clássico, os Números Fibonacci, o Grid Diagonal, o Grid de Linhas de Base, e Grids compostos.

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2.1.3.1 Regra dos terços

A regra dos terços é um guia dinâmico para a composição e diagramação de uma página, apresentando assim um layout que pode ajudar a representar ótimos resultados utilizando uma superposição de um grid 3x3 básico, e conforme o seu conceito este grid cria focos ativos dentro de uma página onde os pontos de maior destaque se encontram em suas linhas de cruzamento. (AMBROSE & HARRIS,2009).

Dispor os principais elementos visuais nos focos ativos de uma composição ajuda a atrair a atenção para eles, conferindo certo equilíbrio ao todo da composição. Usar a regra dos terços para posicionar elementos introduz espaçamento proporcional ao design, o que ajuda a estabelecer um equilíbrio esteticamente agradável. (AMBROSE & HARRIS, 2009, p.50).

A divisão espacial quando aplicada na regra dos terços nem sempre é imediatamente óbvia, dependendo da maneira que for utilizado pode gerar dinamismo a uma composição. Esta regra tanto pode ser aplicada a uma única página quanto aplicada a uma página dupla.

Em uma aplicação da regra dos terços em uma página dupla pode exigir que o designer na hora de realizar a distribuição dos elementos leve em consideração a margem central entre as páginas reto e verso, o que irá resultar em 2 grids ativos, um para cada página. Os elementos de design como imagens e textos podem ser aplicados ao grid de maneira arbitrária, mas respeitando o grid, assim poderá distribuir estes elementos para que tenham um ou mais focos ativos. Conforme apresentado na figura 3.

Figura 3 Regra dos Terços

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Uma outra maneira de utilizar este grid é ignorar a margem central e criar um grid 3x3 compondo as duas páginas páginas(reto e verso).

2.1.3.2 Regra dos ímpares

A regra dos ímpares estipula que dentro de uma composição haja um número ímpar de elementos, e que acaba se tornando mais interessante do que apenas um único ou um número par, aparentando ser mais natural do que diferentes simetrias que resultam em um número par de itens e elementos dentro de uma página (Ambrose & Harris,2009).

A regra dos ímpares também está presente na regra dos terços devido a sua formação e estrutura de um grid 3x3, gerando da mesma maneira focos que potencializam as áreas ativas utilizadas como seus pontos focais.

A regra dos ímpares em geral pode passar uma ideia de movimento e interação entre os elementos sejam eles dentro de uma composição fotográfica ou também dentro de uma página e seus elementos.

Conforme a figura 4, quando esta regra for aplicada em uma página, ela pode ser usada para posicionar elementos próximos a focos, assim haverá uma interação dos itens que irão criar tensão.

Figura 4 Regra dos Ímpares

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Uma figura com vários elementos pode utilizar um par e um elemento sozinho criando assim a regra dos terços, sendo este exemplo inicial muito mais ativo e interessante para composição do que um único elemento dentro de uma página.

2.1.3.3 Layout Clássico(2:3)

Os grids que compõem o projeto podem ser desenhados de diversas maneiras, podendo criar proporções diferenciadas aplicando alguns princípios matemáticos. (AMBROSE & HARRIS,2009).

O modelo de layout clássico foi criado e desenvolvido pelo tipógrafo Jan Tshichold (1902-1974), este layout apresenta um princípio matemático que é realizado através de uma base em uma página nas proporções 2:3, sendo que a altura da mancha gráfica é a mesma que a largura de toda a página que foi aplicada este layout. Da mesma maneira que a largura da margem interna torna-se a metade da largura da margem externa, conforme apresentada na figura 5.

Figura 5 Layout Clássico 2:3

Fonte: Grids. Ambrose & Harris. (2009), p.46.

O layout clássico pode ser desenvolvido utilizando linhas diagonais e paralelas dentro das páginas delimitando cada módulo, mas em geral o mesmo trabalho destina-se a realizar este layout quando dividimos a página verso ou reto

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em um grid 9x9, e a sua mancha gráfica que será utilizada no projeto será de apenas 2/3, ou seja, utilizar apenas 6 módulos de largura e 6 de altura, podendo ter um tipo de grid simétrico ou assimétrico dependendo do projeto.

2.1.3.4 Números Fibonacci

A sequência de números Fibonacci é um grid baseado em unidades que pode ser utilizada a fim de obter proporções para a divisão harmônica de uma página, tendo como base as proporções da razão áurea 8:13. (Ambrose & Harris,2009).

Na sequência Fibonacci, cada número é resultado da soma dos dois números que o antecedem, e isso pode ser usado para determinar o valor de diferentes unidades em uma página. 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...(AMBROSE & HARRIS , 2009, p.47).

O grid composto pelas unidades da sequência Fibonacci podem ser aplicados dividindo a página em tamanho e largura de módulos de modo que suas unidades em números se assemelhem exatamente aos números do padrão Fibonacci como mostrado na figura 6.

Figura 6 Números Fibonacci

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Desta maneira para deixar uma composição harmoniosa as margens externas e internas, e os módulos e margens superior e inferior devem estar apresentados nos números da sequência Fibonacci.

2.1.3.5 Grid Diagonal

Os grids diagonais e regulares podem ser dispostos em uma página permitindo que os elementos sejam apresentados de maneiras não convencionais apresentando ângulos (Ambrose & Harris,2009).

Um grid em uma publicação pode ser utilizado em diversos ângulos, mas para um padrão de composição utilizam mais o Grid a 45 graus das linhas de base ou 30 e 60 graus (direita e esquerda), conforme figura 7.

Figura 7 Grid Diagonal

Fonte: Grids. Ambrose & Harris. (2009), p.79.

Um grid de 45 graus pode fazer com que o texto ocorra em duas orientações diferentes de maneira clara e uniforme enquanto ângulo de 30 e 60 graus podem ter até 4 orientações de texto o que podem afetar na legibilidade e na coerência do conteúdo de um texto. Pode ser mais difícil de ler quando aplicado esse Grid do que um texto horizontal ou vertical.

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2.1.3.6 Grid de Linhas de Base

O grid de linhas de base pode ser utilizado em um em uma revista onde a sua função é guiar linhas paralelas ultilizadas para posicionar elementos textuais dentro de uma arte (Ambrose & Harris,2009).

Este tipo de grid tem como objetivo manter o alinhamento e a consistência do texto entre suas diversas projeções, podendo também ajudar a reduzir erros textuais, um caractere ou palavra presente neste tipo de grid apresenta uma linha imaginária que faz o texto sentar sobre uma linha de base, assim, os caracteres que cruzam a linha das descendentes são alinhadas à altura x da fonte e não a linha de base, conforme figura 8.

Figura 8 Grid de Linhas de Base

Fonte: Grids. Ambrose & Harris. (2009), p.87.

As linhas de base podem aumentar as vantagens de um grid, elas melhoram a possibilidade do alinhamento de diferentes elementos quando o grid é construído com cuidados técnicos, consequentemente os tamanhos dos tipos podem variar sendo colocados de maneiras diferentes sobre as linhas de base, elas também podem ser utilizadas sobre linhas alternadas de maneira que diferentes textos com diferentes tamanhos possam ser utilizadas no mesmo Grid.

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2.1.3.7 Grids Compostos

O grid composto pode ser combinado com a utilização de grids simétricos e assimétricos, em geral o grid composto reúne inúmeros elementos para criar um modelo mais prático oferecendo ao diagramador uma ampla flexibilidade mantendo a capacidade de produzir artes consistentes e não engessadas (Ambrose & Harris, 2009).

Para desenvolver um grid composto é necessário delimitar as proporções seu tamanho final da página esse procedimento pode ser válido tanto para páginas simples ou duplas, independente se são simétricas ou assimétricas.

Quando as colunas são estabelecidas o passo seguinte é inserir linhas de Grid que tem como objetivo fazer toda a demarcação de colunas de texto e o espaçamento divisório entre elas, resumindo, essas guias são utilizadas para delimitar áreas verticais em que será posicionado o texto. O texto também pode ocupar mais de uma coluna e podendo até apresentar larguras diferentes criando um dinamismo para o texto.

Uma imagem pode ser utilizada em conjunto com outras linhas guias de colunas de texto, um grid de imagem pode também ser utilizado como o demarcador do posicionamento de imagens dentro de um design. Ele também pode restringir possibilidades de posição simplificando e agilizando a sua leitura para o leitor final.

Quando aplicado nas linhas de base, podem combinar com as colunas de texto oferecendo um método dinâmico e preciso para agilizar o trabalho do designer.

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Figura 9 Grid Composto

Fonte: Grids. Ambrose & Harris. (2009), p.67.

Conforme apresentado na figura 9, os elementos em si podem ser combinados em um Grid grupal, desta maneira o Grid de colunas de texto o Grid de imagens e grids de linhas de base se unem para formar um grid único e dinâmico, oferecendo uma estrutura sólida que pode servir para orientar os elementos de maneira comportada equilibrando de maneira geral todos os outros elementos presentes na composição.

2.2 Layout de Revistas

Segundo Ali (2009), o layout de uma maneira geral é o responsável em organizar todos os elementos gráficos presentes em uma revista (título, subtítulos, chamadas, texto, fotos, ilustrações, boxes), resultando em um conjunto amplo e harmonioso que é visto antes do texto. Dentro dos elementos que compõem o layout estão presentes: unidade, sequência, simplicidade, organização, contraste, equilíbrio e espaço em branco.

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2.2.1 Unidade

Cada página apresentada para o leitor final deve impor uma concordância com a missão e o formato gráfico da revista, este objetivo inicial refere-se a apresentação de uma unidade visual do começo até o fim da revista. Partes sem um fio condutor que propiciam todo o design deve estar de uma maneira identificável e não corrompida em sua apresentação para não desintegrar o seu visual. O respeito mútuo a esta identidade garante o estabelecimento geral desta unidade, e o mesmo é aplicado ao Layout das matérias (Ali, 2009).

Quando existe falta de unidade e da impressão destes elementos em uma mesma página ou página dupla elas podem disputar entre si, com diferentes pontos de foco de interesse buscando pela atenção geral do leitor. Dentro do layout de uma página a matéria que se encontra em destaque deve sinalizar de maneira clara e eficaz que se trata do mesmo assunto do início desta até o seu final. Desta maneira um layout mal organizado não atende aos requisitos mínimos e não demonstrar para o leitor a continuidade da matéria, ou seja, que se trata daquela mesma matéria (podendo assim gerar múltiplas dúvidas).

2.2.2 Simplicidade

Layouts congestionados por excesso de elementos (cores, fotos, flashes...) acabam sobrecarregando o visual da página propiciando a leitura e a sua interpretação pesada e cansativa (Ali,2009).

Portanto, a simplicidade deve ser utilizada para garantir uma identidade para a revista e atendendo ao mesmo tempo o requisito de satisfação do leitor.

2.2.3 Organização

A exata função do layout, é estabelecer uma hierarquia visual encaminhando assim o olhar de forma lógica e sensata. Cada página de matérias apresentadas em uma publicação deve ter um ponto de entrada, impor de maneira correta a direção e a ordem de leitura para o leitor.

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Ao olhar uma página, os olhos do leitor tendem a fazer um “Z”, percorrendo um caminho que começa no quadrante superior direito, para o inferior esquerdo e finalmente para o inferior direito, onde deve estar localizado o que é menos importante. O leitor tende ainda a se concentrar na parte superior das páginas, descendo o olhar se alguma coisa o atrai, ou se decidir dedicar seu tempo à leitura. No layout, o mais importante deve estar na lateral direita da página direita, e na lateral esquerda da página esquerda (ALI, 2009, p.144).

O layout lógico em uma matéria é mais fácil de ser interpretada do que outra com um layout complexo e sem hierarquia, mas isso não obriga a utilizar layouts rígidos e engessados, o layout pode ser modificado criativamente mas mantendo a sua essência (Ali,2009).

2.2.4 Contraste

Conforme Ali (2009), o contraste pode ajudar a dar movimento e graça para o layout de uma página, além de ser um recurso valioso a fim de destacar para o leitor o que é de maior importância e consequentemente transmitir o conteúdo com mais soberania. Podem ser listados o tamanho (que dependendo do tamanho dos elementos poderão acarretar na desvalorização do conteúdo a ser exposto), o peso (podendo ser tipografias muito grandes com contrastes leves, muito texto, imagens claras ao lado de outras escuras), a cor (monocromática, cor fria, cor quente), e as formas (contraste das verticais em relação às horizontais).

2.2.5 Equilíbrio

Conforme Ali (2009), para as páginas de uma revista estar equilibradas, elas necessitam que os seus elementos formem um conjunto agradável e harmonioso para o leitor. Dentro de uma composição, todos os elementos ali presentes devem estar equilibrados, e se considerarmos a página dupla apenas uma unidade do layout, estas duas também devem estar em equilíbrio.

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2.2.6 Espaço em branco

O espaço em branco é um recurso indispensável na composição do layout de uma página de revista. Ele influi diretamente na velocidade da leitura propagando assim uma maior clareza e legibilidade dos elementos visuais em geral. O espaço em branco também é responsável em não deixar a página carregada demais em sua apresentação (Ali, 2009).

2.3 Cores

Cada cor traz consigo uma longa história e o emprego estético de cada uma surge em meio a novas especialidades na comunicação visual inaugurando uma cena cultural (PEDROSA,2003).

São vários os estímulos e sensações que podem causar as cores em indivíduos, e estas sensações podem ser divididas em dois grandes grupos, o das cores luz e pigmento.

2.3.1 Cor Luz

As cores luz são as faixas coloridas que compõem o espectro solar. Elas também são chamadas de luz colorida, consideradas uma radiação luminosa classificada como uma síntese aditiva de luz, ou seja, a adição das cores resultam no branco como mostrado na figura 10.

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Figura 10 Cor Luz

Fonte: Da cor à cor inexistente. Pedrosa (2003), p.19.

Existe uma organização racional que consta em vários índices de luminosidades de imagens coloridas, denomina se assim uma escala de valores que deve ser tomada como referência. Nesta escala a harmonia pode ser dividida de três pontos: a máxima luminosidade a máxima obscuridade e a luminosidade intermediária.

2.3.2 Cor Pigmento

A cor pigmento é uma substância material ela absorve refrata e reflete raios luminosos incidentes fazendo assim nós humanos enxergarmos uma determinada cor. Quando a qualidade da luz reflete sobre esse pigmento e cria a sua identidade.

A escala de valores e tons de harmonização devem conduzir as partes de uma arte diagramada como um todo, os limites dessa escala podem ser inseridas a qualquer cor pigmento de sua escolha tendo como cuidado a claridade de cada uma delas em relação aos fatores intermediários e básicos da teoria das cores, conforme figura 11.

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Figura 11 Cor pigmento

Fonte: Da cor à cor inexistente. Pedrosa (2003), p.19.

As cores auxiliam na tomada de decisão, a cor terá a sua percepção e o domínio das interações cromáticas gerando a sua presença em áreas da pigmentação.

2.4 Imagem

Segundo Ambrose e Harris(2009), uma das finalidades do grid é que são utilizados para conter e distribuir de forma mais eficaz o posicionamento das imagens. A sua disposição no layout tem grande impacto sobre o design geral de uma publicação ou impresso. O grid funciona como um mecanismo para se unir e controlar o conteúdo dinâmico de uma imagem.

Alinhar texto e imagens pode parecer algo simples e objetivo, mas de fato oferece algumas dificuldades específicas. Alinhar texto e imagens verticalmente em uma coluna é relativamente simples, pois tanto o bloco de texto quanto o de imagem preenchem a mesma largura. (AMBROSE & HARRIS, 2009, p.88).

Para Chinen(2011), uma imagem pode ter um efeito tão grande que chega a ponto de se resumir a uma simples representação de pessoas, lugares ou objetos. Ou seja, é um espaço necessário para a publicação pois acaba sendo um instrumento de comunicação poderoso atraindo ainda mais a página da publicação.

As imagens proporcionam um contraponto visual ao texto e ajudam de forma muito relevante a atrair o público. Elas realizam uma conexão mais profunda com o

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conteúdo apresentado pelo texto, podendo auxiliar no seu entendimento junto ao texto, apresentando conotações interpretativas.

A importância de uma imagem para um projeto não está naquilo que ela representa: ela só adquire relevância quando sua composição e técnica de produção, assim como aquilo que representa, atuam em harmonia com o resto do material e cria-se assim uma mensagem integrada. (CHINEN , 2011, p.104).

Muitos fatores influenciam a maneira que a imagem está composta em uma página, e esta mesma imagem pode apresentar uma distribuição de peso equilibrada com o layout da publicação, conferindo a esta uma rápida interpretação.

Figura 12 Imagem

Fonte: Design Gráfico. Chinen (2011), p.111.

Uma única foto ou imagem pode transmitir altas doses de significados conceitual, verbal e emocional, que reproduz imagens não representadas literalmente, dando este o diferencial da imagem com o texto, assim um pode complementar o outro em sua missão de estabelecer uma comunicação exata com o leitor.

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2.5 Tipografia

A tipografia é a composição e representação de qualquer tipo de texto por meio dos tipos, cada caractere que pode representar um meio. O seu uso tem um papel de extrema importância quando se trata em atribuir uma identidade visual para uma revista, o impacto sobre ela nas mensagens e nas colunas pode atribuir mais significado ao texto, dando uma ênfase maior para o leitor na hora de aprofundar sobre o assunto lido (ALI,2009).

Na mídia impressa, raramente a tipografia não torna-se o elemento principal da página, devido a isso pode-se concluir que é essencial que uma revista tenha um estudo tipográfico, pois facilita o trabalho dos designers envolvidos com a criação além de obter uma boa composição gráfica fácil e rápida de ser compreendida.

Cada caso tem o seu formato adequando quando estiver em uma composição, porém, o tipo certo é o que mais vai acentuar o seu conteúdo. Em uma revista, quando pensada em sua continuidade deve expressar as diferenças nas matérias com tipos diferentes, apresentando uma ampla variedade de tipos.

A tipografia trata-se de uma representação com uma coleção de todos os caracteres possíveis dentro de um alfabeto, com suas variações de caixa baixa e caixa alta e suas variações de tamanho de corpo. Estas coleções de caracteres incluem números, pontuações, acentuações e símbolos (Fonseca,2008).

2.5.1 Serifa

A serifa quando presente em uma tipografia, pode atribuir mais elegância e maior legibilidade, ajudando no agrupamento das palavras facilitando a sua leitura. A serifa em geral cria uma espécie de corredor horizontal de letra que fazem nossos olhos movimentarem-se suavemente, mas garantindo rapidez em sua leitura (Ali,2009).

Quando um tipo sem serifa é utilizado em um projeto gráfico, recomenda-se que o seu uso se destine a textos pequenos(títulos, legendas, pequenas citações), por ser uma letra mais simples no seu desenho e peso.

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2.5.2 Legibilidade

A legibilidade é a qualidade apresentada em um tipo, sendo que ela deve saltar para fora da página entrando diretamente na consciência do leitor. Ler pode assim se tornar um processo trabalhoso ou agradável. Se o título e a imagem presentes na matéria conseguiram seduzi-lo, é desejável que este leia a matéria até o fim, e para que isso aconteça todos os requisitos de legibilidade devem estar atribuídos na revista.

Além do desenho, estilo e tamanho do tipo, a legibilidade é influenciada pela maneira como a tipografia é disposta na página (organizada ou confusa); a mancha gráfica (clara, escura, arejada, apertada); número e largura das colunas(colunas largas são mais difíceis de ler se compostas em tipo pequeno); espaços entre os elementos (mais espaço, mais fácil de ler); cor, textura e brilho do papel (o reflexo da luz no papel brilhante dificulta a leitura); (ALI , 2009, p.119).

O uso de diferentes tamanhos de tipos e nas mais diferentes posições dentro de uma página da matéria pode expressar uma hierarquia de importância, o uso de diferentes estilos pode atingir os mais diferentes pontos de vistas possíveis, atribuindo uma versatilidade para a revista.

2.5.3 Medidas Tipográficas

Para Fonseca (2008), o bom design ligado a uma clareza visual em textos extensos, requerem atenção a vários atributos que conferem a legibilidade (o tamanho do tipo, a largura da linha e da composição, o espaço entre caracteres, palavras, linhas e parágrafos).

O corpo do tipo é a medida da altura, que pode ser medida pela distância do alto das ascendentes até a base da descendente da letra, e mais uma certa quantidade de espaço acima e abaixo para evitar que caracteres se encostem uma nas outras.

A largura de linhas, que é outro elemento importante em composições tipográficas, podem ser divididas em largura da linha, da coluna, do espaço entre colunas, bem como das margens da página. Um número de caracteres considerado confortável de ler e não cansativo gira em torno de 50 a 70, assim o ato de ler um texto não se dá exatamente em uma sequência linear, enxergamos várias vezes de

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um ponto a outro e nessas idas e vindas lemos três a quatro palavras de cada vez. Concluindo que uma coluna não deve ser tão longo pois o leitor terá que mover a cabeça no final de cada linha até o início da outra. Também uma linha não pode ser curta demais pois pode cortar palavras ou frases que devem ser lidas em uma continuidade que não deve ser interrompida.

2.5.4 Famílias de Tipos

Para Fonseca (2008), as fontes de tipos, por suas diferentes identidades e variações, são organizadas em famílias. Uma família de tipos é um conjunto de caracteres tipográficos que em seu desenho apresentam várias características fundamentais, variando em alguns atributos apenas como peso, inclinação e largura. Cada variedade de família pode ser disponível em diversos corpos ou tamanhos.

Uma família de tipos dependendo do seu projeto e desenho, pode conter inúmeras variações, mas sem perder a essência visual em cada variação apresentada. Isso permite que o designer possa apresentar uma ampla variedade visual em uma página, ao mesmo tempo mantendo a sua aparência de unidade sem criar diferenças grotescas e exageradas.

2.5.5 Tipos de Alinhamento

São variadas as maneiras de alinhar um texto, dependendo da apresentação do conteúdo e da mancha gráfica que se opta atribuir no projeto (Fonseca, 2008).

No alinhamento vertical, o texto pode ser arranjado em várias colunas, e cada um dos estilos básicos de alinhamento podem provocar diferentes tipos de leituras, podendo trazer resultados mais satisfatórios e potencializar o objetivo da arte impressa.

No alinhamento do texto à esquerda, a parte direita do texto fica irregular adquirindo uma forma serrilhada, este formato respeita o fluxo de linguagem com o seu espaçamento não corrompido quando comparado ao estilo justificado, e este alinhamento acaba se tornando mais casual pois se assemelha a forma como escrevemos à mão textos muito longos.

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No alinhamento à direita, o lado esquerdo acaba ficando irregular. Este modo de alinhamento é pouco utilizado no design editorial, entretanto pode ser utilizado conferir legendas de imagens.

O alinhamento centralizado é alinhado a um centro de todo o espaçamento possível verticalmente, o que acaba representando formas irregulares na parte direita e esquerda do texto.

O alinhamento justificado pode ser o mais comum e mais utilizado em projetos editoriais. Ele acaba criando um espaçamento entre palavras variado quando comparado às outras linhas de texto, deixando que os contornos direito e esquerdo do texto fiquem alinhados e não irregulares.

2.6 História das Revistas

As revistas tiveram seu início em 1663 elas foram um meio de mídia que promoveram e influenciaram o pensamento de seus leitores trazendo cultura e informação para os quatro cantos do mundo. Atravessaram guerras ditaduras e vários períodos, enfrentaram também competição midiática entre cinema, televisão e internet, e mesmo assim ainda continuam sobrevivendo no mundo atual (Ali,2009).

As revistas deixaram um marco histórico entre os séculos 19 e 20 as revistas refletem a sociedade e o seu tempo, criaram mudanças e pensamentos para comunidades influenciando em seu modo de agir. Os serviços variam de publicações periódicas com tempo estipulado pela própria revista, a sociedade tem uma relação entrelaçadas com esta mídia impressa, muitas vezes elas são um reflexo da sociedade podendo influir diretamente em sua realidade conferindo a esta o direito de adaptar e realizar mudanças em seu meio.

No século 17 seu conteúdo era erudito, as revistas serviam para fóruns de intelectuais e foram se desenvolvendo através do tempo. No século 18, se desenvolveram as instituições urbanas financiando assim a Revolução Industrial, comparando com outros veículos de mídia impressa, as revistas foram as que mais influenciaram a vida das pessoas mesmo existindo livros e jornais. A sua fantástica segmentação está relacionada ao seu grupo de pessoas já que as revistas

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conseguem atribuir interesses de vida que são relacionados a seus leitores, pois, uma revista é capaz de editar os interesses e gostos do meio em que circula .

As primeiras revistas que se tem registro surgiram no século 17, durante o período do Iluminismo. Elas foram publicadas em Academias e sociedades científicas com o objetivo de promover uma colaboração sistemática entre cientistas pesquisadores e eruditos. Muitos escritores queriam impor suas ideias e seus pensamentos de uma maneira que várias pessoas pudessem ter acesso, foi quando a ciência se desenvolveu um meio para divulgar os seus avanços.

2.6.1 História das Revistas

A primeira revista que se tem registro era alemã e foi fundada em 1663 e publicada por Johann Rist (figura 13), um Teólogo poeta e autor de hinos religiosos. O nome da revista se chamava Erbauliche Monaths-Unterredungen.

Figura 13 Johann Rist

Fonte: Ali (2009), p.309

Em 1672 surgiu a primeira revista que ditava a moda, que se chamava Le

Mercvre Galant (Figura 14), era uma revista semanal que teve papel significante

para o procedimento da história das revistas. Divulgar notícias sobre a moda e objetos de luxo para as províncias francesas e outros países era a sua função. Informava a sociedade sobre debates artísticos, figurinos de modas eram representados nesta revista tendo grande influência para esta época.

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Figura 14 Le Mercvre Galant

Fonte: Ali (2009), p.310

Em 1693 surge a primeira revista feminina intitulada ‘The Ladies Mercury’ que era impressa em duas páginas com uma pequena circulação, dando conselhos sentimentais a cartas de leitores assíduos que eram respondidas nas publicações.

Figura 15: The Ladies Mercury

Fonte: Ali (2009), p.311

Ainda relatavam em suas páginas desilusões amorosas, apesar de dirigida a mulheres o seu público alvo os editores da revista eram homens tendo os seus exemplares circulados na Inglaterra.

No final do século 17, ler revistas praticamente era um prazer das classes altas. As tiragens eram pequenas pois a maior parte da população até o ano de 1800 era analfabeta. Seus assuntos variavam entre conselhos de boas maneiras, moda, religião, vida social, moral, política e literatura, as revistas tinham um vida curta pois o seu sistema de distribuição era muito primitivo e as revistas que eram lançadas nessa época passaram por dificuldades financeiras enormes (Ali,2009).

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Em 1731 surgia a revista chamada Gentlemen´s Magazine (figura 16). O editor da revista foi quem criou o termo Magazine atribuindo o seu significado para depósito de informações, apresentavam um conjunto de matérias muito variadas que variavam de notícias, opiniões, poesia e ciências. Acessíveis para as pessoas comuns e com isso conseguiram chegar a uma circulação de 10.000 exemplares sendo modelo para várias revistas seguintes dando uma continuidade para a história delas. Seus exemplares circulavam na Inglaterra.

Figura 16 Gentlemen´s Magazine

Fonte: Ali (2009), p.313

Em 1741 na Inglaterra surgiu a primeira revista feita por mulheres intitulada

Female Spectator, fundada por uma das mais importantes escritoras da Inglaterra

Elisa Haywood, que teve o seu pioneirismo quando se tratava de dar voz às mulheres pela primeira vez.

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Figura 17 Female Spectator

Fonte: Ali (2009), p.314

Era muito popular e contava com problemas pessoais das mulheres atendendo à demanda do público feminino. Tomava questões sobre comportamento, o casamento, filhos, educação, leitura, e ainda incentivava as leitoras a trabalhar e estudar.

No século 19 com a melhoria no nível da educação das classes média e baixa na Europa e nos Estados Unidos, alguns visionários lançaram publicações a preços acessíveis para as diferentes classes sociais o que contribuiu para melhorar o nível de conhecimento para as famílias e população em geral. Nasceram neste período as primeiras revistas populares, como naquela época os livros eram caros, as revistas tornaram-se disseminadores de cultura, cada exemplar era lido por um grande número de pessoas. Grandes inovações no setor de impressão foram feitas nesse período o que fez com que a tiragem das revistas fosse aumentando cada vez mais (Ali,2009).

A primeira revista brasileira de que se tem notícia foi lançada no ano de 1808, chamada Correio Braziliense (Figura 18), tinha 120 páginas e a revista circulava clandestinamente no Brasil e em Portugal distribuído assim por escritórios comerciais e viajantes. Tratava de focos políticos e assuntos comerciais. Era contra a escravidão e teve como objetivo ser crítico da situação portuguesa e brasileira até à Independência.

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Figura 18: Correio Brasiliense

Fonte: Ali (2009), p.317

Em 1842 surge a notícia ilustrada como a circulação de 130 mil exemplares por semana, a revista se chamava ‘The Ilustrated London News’ (figura 19). Vendia 10 vezes mais que o maior jornal ‘o Times’. Era considerado o mais importante veículo da Inglaterra. Teve sucesso imediato no seu lançamento e foi pioneira do jornalismo moderno cobrindo Interesses e acontecimentos. Semanalmente tratava de assuntos diversos como ciência, literatura, arte e política, sendo tudo ilustrado, seus exemplares circulavam na Inglaterra.

Figura 19: Ilustrated London News

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Em 1843, a grande revista semanal de economia ‘The Economist’ (figura 20), tratava de notícias e negócios de todo o mundo sendo editada na Inglaterra. E até hoje é considerada a maior e mais importante revista de economia do mundo. A revista tinha um posicionamento claro e transparente sendo a favor da globalização e da imigração livre.

Figura 20: The Economist

Fonte: Ali (2009), p.325

Em 1852 foi a vez da primeira revista para dona de casa, ‘The English

Woman´s Domestic Magazine’ (figura 21), foi a primeira publicação a um preço

acessível dirigida especialmente para o público feminino de classe média que teve circulação em massa. A principal diferença entre as suas antecessoras era a ênfase para a dona de casa e seus trabalhos do dia a dia sobre como cozinhar se vestir, se comportar, tomar conta das crianças, dieta e outros assuntos de interesse. Trazia ilustrações de moda e instruções de costura, teve a sua circulação na Inglaterra.

Figura 21: The English Woman´s

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Em 1883 A revista ‘The Ladies´ Home Journal’ (figura 22), foi a primeira revista a vender um milhão de exemplares, ela revolucionou o mercado de revistas femininas e criou um modelo de sucesso muito copiado para o século 20. Ensinava as leitoras a cuidar de casa e da economia doméstica. Fez campanha também para que o atendimento médico às mulheres gestantes fosse melhorado. Escrevia também conselhos sobre namoro, casamento, divórcio e cuidado com os filhos. Esta revista circula nos Estados Unidos até hoje.

Figura 22: The Ladies´Home Journal

Fonte: Ali (2009), p.336

Em 1888 surge a revista de ciência e fotografia titular da ‘National

Geographic’ (figura 23). Publicada pela National Geographic society uma

organização sem fins lucrativos sendo fundada em 1808 formado por geógrafos exploradores.

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Figura 23: National Geographic

Fonte: Ali (2009), p.338

Ela conseguiu juntar milhões de leitores apresentando em suas páginas uma oportunidade de viajar e conhecer por meio de suas publicações e fotos os lugares mais distantes do mundo. Atualmente circula nos Estados Unidos.

No ano de 1893, três editores americanos passaram a vender seus exemplares de revista por 10 e 15 centavos em vez de 25 centavos cobrados naquela época, nascendo e dando origem a revista moderna com preço baixo e popular com grande circulação em massa estabelecendo modelos imitados por todo o planeta, fazendo com que a publicação de revistas explodisse nos Estados Unidos. Com a expansão da economia após a guerra civil, as revistas se dividiram em dois grupos, a revista de elite (alta classe) e a outra para a classe popular (com preço mais acessível) (ALI,2009).

Neste momento a qualidade da impressão também evoluiu, pois com suas novas técnicas, a fabricação e impressão das revistas começaram a ter um custo menor, o que impulsionou a publicidade e fez crescer o público leitor em potencial. As revistas começaram a se tornar um negócio lucrativo.

Nesse período a propaganda foi a base para a circulação de massa, a publicidade ajudava a bancar os custos da revista e a venda de exemplares e anúncios aumentou, o que proporcionou um impulso econômico, no caso das publicações de revistas femininas a publicidade ainda apresentou resistência pois

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muitas publicações ainda não aceitavam anúncios de revista, e muitas vezes os leitores consideravam a publicidade vulgar e os anúncios mentirosos ou distorcidos. Os editores tiveram uma preocupação em proteger os leitores de anunciantes com más intenções e de anúncios não condizentes com a realidade.

Por um outro lado, a publicidade estimulou o desenvolvimento editorial de todo o projeto da revista, as agências passaram a ter uma preocupação maior quando relacionados à produção de anúncios, atenderem a um impacto visual positivo o que obrigou os editores a tornarem as tipografias e o layout das ilustrações ainda muito mais atraentes para não perder a competitividade com o anúncio presente na página da revista. Além disso, os editores podiam adquirir textos mais elaborados para autores renomados, e começou assim a ser maior a preocupação em montar equipes fortes de repórteres e de fotógrafos.

Em 1905 surge a primeira revista brasileira de história em quadrinhos criado por Luiz Bartolomeu de Souza, foi a primeira revista brasileira dirigida exclusivamente ao público infantil, sendo junto a primeira história em quadrinhos. Intitulada O Tico Tico (figura 24), foi bastante popular, com tiragens grandes que variavam de 20 mil a quase 100 mil, encarou gerações por mais de meio século, esta revista agradava também a jovens, pais, educadores e intelectuais.

Figura 24: Revista Tico-Tico

Fonte: Ali (2009), p.346

Após a primeira Guerra Mundial, as mudanças atingiram as revistas da época, os limites de comportamento social eram revistos e atualizados, o rádio dominava a imaginação do público e o volume da informação impressa tornou-se de grandes

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proporções. O sucesso e o fracasso das revistas dependia da habilidade de identificar seus públicos. Surgiram vários modelos de revistas inovadoras que transformariam o negócio em modelos nunca vistos antes conquistando novos públicos (ALI,2009).

Em 1923 surgia a revista semanal de informação ‘Time’ (figura 25), que circula nos Estados Unidos até hoje, ela representou algo radicalmente novo no campo da notícia e da informação sendo um dos mais famosos destaques editoriais desta revista a matéria de capa personalidade do ano, que tinha como objetivo eleger um indivíduo ou grupo que teve maior influência sobre um determinado assunto. A revista Time ainda é uma das maiores revistas do mundo.

Figura 25: Revista Time

Fonte: Ali (2009), p.353

Em 1929, surgia a maior revista de negócios, a intitulada ‘The Business Week’ (figura 26), era uma revista semanal que sua primeira edição sobre a tendência dos negócios registrava a perspectiva dos preços das ações, e relatava as Irregularidades do mercado. Até hoje essa revista circula nos Estados Unidos e se mantém viva relatando o mundo dos negócios.

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Figura 26: The Business Week

Fonte: Ali (2009), p.356

Em 1945, o conforto e a diversão era o desejo da sociedade, passear e praticar esportes ao ar livre, a televisão passou a ser a principal fonte de entretenimento. Enquanto as revistas novamente tiveram que atender aos interesses dos leitores (Ali,2009).

Em 1953 surgia a ‘Playboy’ (figura 27), a primeira edição foi produzida com 10 mil dólares. A revista foi um fenômeno social tornando o nu feminino algo socialmente aceito. A revista circula até hoje nos Estados Unidos e é exportada para todo o Mundo.

Figura 27: PlayBoy

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Ainda dentro das revistas de massa, em 1968 surgia a primeira revista de cidade intitulada, ‘New York’ (figura 28) que ainda circula até hoje. Esta revista relatava os acontecimentos apenas desta cidade, publicando em suas páginas o estilo de vida, a política e a cultura desta metrópole.

Figura 28: New York

Fonte: Ali (2009), p.372

Em 1968 também surgia revista Veja (figura 29), a maior e mais importante revista brasileira. Em 1981 sua circulação ultrapassou 500 mil exemplares semanais e hoje conta com mais de 1 milhão de exemplares tornando se assim a maior e mais importante revista brasileira, e a quarta maior revista semanal de informação do mundo circulando até hoje.

Figura 29: Veja

Fonte: Ali (2009), p.373

As revistas são histórias vivas, e os seus registros sobre passam durante séculos e refletem a sociedade do seu tempo (Ali, 2009).

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2.6.1 Comunicação e Revista Social

A informação Social em mídia impressa tornou-se um veículo de valores estruturados, com o objetivo de atender uma demanda muitas vezes comunitária e social, assim uma revista social atende a uma comunicação propagada em seu meio com uma visão dominante e aceita para o espaço habitado.

Sem o jornalismo presente na sociedade não se formaria uma opinião pública ou pelo menos esta teria uma configuração muito diferente da qual conhecemos hoje, porém, as dinâmicas que rodeiam a sociedade e o mero consumismo de informação foram substituídos pelos públicos de formação da opinião, o jornalismo assim se faz presente e continua sendo uma das mais antigas indústrias culturais (Correia,2005).

As relações entre o indivíduo e à sociedade criaram a formação de normas e à consolidação de divisões do mundo são cada vez mais presentes em órgãos de comunicação social, os seres humanos agem em relação à realidade nos processos de interação social e de mediação simbólica, e de acordo com essa visão a mediação linguística e a comunicação consegue desempenhar um papel fundamental para ser compartilhada por toda uma sociedade.

O real conceito da sociedade civil se oferece como uma interação social, pelos movimentos sociais e pelas formas de comunicação pública. A comunicação da vida cotidiana tem uma ampla importância na informação da atitude moral, e do conhecimento compartilhado, resumindo, tudo se adapta ao meio levantando questões de interesse central como as irregularidades do meio social. A comunicação se relaciona com os processos de sociabilidade ao seu tempo presente, abrindo uma teoria sobre relações entre a comunicação e à coletividade do seu grupo social (CORREIA,2005).

A revista social informa instrui e diverte o leitor. As colunas presentes no material impresso, matérias, artigos, reportagens, entrevistas, notícias e informações que interessam o público geral, que deve se identificar com o conteúdo presente no exemplar (ALI,2009).

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A maior ideologia de uma revista é de propor conhecimento aos leitores, propagar o conhecimento para os leitores melhorando assim a sociedade em que eles vivem ajudando a todos para compreender os fatos que afetam o seu viver e informando situações que acontecem ao seu redor. Contribuir em seus interesses em comum que vão de atividades físicas, saúde, notícias comunitárias, conhecimentos em geral.

Os principais componentes que atribuem o conceito editorial para uma revista social são: informar, interpretar, entreter, defender (uma ideia, uma causa, uma posição) e prestar serviço. A missão de uma revista editorial atende a demanda de atingir as pessoas dentro de uma sociedade para que este conteúdo lido nas páginas da revista sejam interpretados e compartilhados para o leitor (ALI,2009).

No caso de revistas o processo influi e contribui às reportagens interpretativas (objeto jornalístico central de uma revista) aos leitores da publicação. Assim pode ser reconhecido o que esta faz em relação ao presente que a cerca e com o qual ele contribuiu (ELIAS,1998).

2.7 Semiótica

O estudo da semiótica tem como objetivo demonstrar estudos sobre a interpretação e conceitos de signos, demonstrando o potencial de despertar em seus usuários efeitos que são reativos dependendo do tipo de ação, sendo esta a visão e o percurso analítico de questões relativas à natureza das mensagens, e os processos de referência ou aplicabilidade aos modos de como os receptores percebem, sentem e decodificam a mensagem diante dela (Santaella, 2005).

O signo pode ser qualquer coisa de qualquer espécie, tendo como finalidade representar uma outra coisa chamada também de objeto de signos, promovendo um efeito interpretativo em uma mente real, cujo principal objetivo é interpretar este signo de maneira que ele se relacione e o identifique de maneira coerente com relação a apresentada.

A semiótica estuda os signos, que têm a obrigatoriedade de produzir um efeito na mente humana de interpretação real, assim sendo este efeito pode ser

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chamado de interpretação dos signos. O que irá defini-lo é o objeto interpretante, concluindo que a sua posição lógica pode ocupar um processo amplo e representativo cujo significado posso variar a qualquer espécie.

O signo também irá provocar uma reação ativa ou passiva no receptor, sendo que este deve realizar um esforço físico ou intelectual para decifrar a mensagem, e muitas vezes o meio de comunicação pode representar uma ação posterior, pois esse signo será induzindo em alguma atividade.

2.7.1 Ergonomia cognitiva

“A psicologia cognitiva se trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação”. (Sternberg,2000 p.22)

A psicologia cognitiva ainda tenta alcançar uma compreensão exata sobre a mente humana e a maneira em que ela decodifica informações e aprende informações, mostrando assim as suas funções e processos cerebrais ali envolvidos. Os processos cognitivos de uma maneira geral tendem a demonstrar como os seres humanos interpretam a diferentes estímulos visuais e estéticos.

As várias áreas de estudo dentro da psicologia cognitiva se relacionam com imagens mentais destacando a atenção, a consciência, a memória, a percepção, a linguagem, a resolução de problemas e a criatividade na tomada de decisões. Demonstrando o raciocínio envolvido sobre as mudanças cognitivas durante o desenvolvimento da vida e da inteligência humana e artificial.

O sistema nervoso do ser humano é a base para atender a capacidade de entender e raciocinar sobre o mundo em que vivemos e o meio pelo qual recebemos e processamos as informações. Neste amplo processo, o órgão supremo responsável por controlar todos os processos é o cérebro, que lidera como interpretamos a informação e a maneira como pensamos. (Sternberg,2000)

O acesso léxico se trata de um aspecto importante da leitura que se caracteriza por identificar uma palavra permitindo assim a significação e o entendimento a partir da memória cognitiva do leitor podendo combinar assim

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informações de inúmeros níveis de processamento como a caracterização de letras e palavras compostas e derivadas.

Em uma leitura, as pessoas que irão exercer essa atividade terão um tempo maior de leitura em palavras mais longas do que nas mais curtas ou em palavras menos conhecidas.

O conhecimento tem sido descrito como declarativo ou de procedimento, envolvendo algum grau de habilidade cujo leitor deverá adquirir conforme sua cultura e prática.

O armazenamento de curto prazo mantém as memórias por apenas um curto tempo, o armazenamento de curto prazo armazena apenas alguns itens mas sem adição, pode também armazenar o controle dos processos que regulam o fluxo de informação durante períodos mais longos de tempo.

Quando se trata de armazenamento de longo prazo, o leitor utiliza constantemente a memória de curto prazo em todas as suas atividades de leitura guardando memórias que permanecem durante longos períodos de tempo, é aí que mantemos as informações de que necessitamos para o nosso convívio social e pessoal. Também nos preocupamos que a nossa memória de longo prazo não esteja em boa forma, pois a capacidade de armazenamento pode ser determinada porque não sabemos como descobrir o tempo de duração da memória sobre um determinado assunto.

Quando se trata da organização da informação, nossas memórias armazenadas são organizadas se referindo aos meios determinados individualmente de organização de nossas memórias.

Uma das áreas mais interessantes é a relação entre a linguagem e o contexto cultural que é usada, pois, dentro de nossa cultura os homens e as mulheres falam em uma linguagem diferente em uma comunicação ampla e transcultural. Os homens e as mulheres aprendem e desenvolvem uma comunicação conversacional em ambientes separados. O que causa uma diferença grande quando comparados a linguagem de dois gêneros distintos.

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O modo no qual adquirimos e utilizamos em nosso dia a dia a linguagem também é afetado, não apenas pelos contextos sociais e culturais, mas também pelo nosso contexto cognitivo. Assim sendo, escrever e entender depende também de como organizamos essa informação que temos acesso e que guardamos e armazenamos durante toda a nossa vida.

O processo de incubação torna se necessário para vencer obstáculos e resolver problemas, criando a necessidade de encontrar uma estratégia adequada para resolvê-lo. A incubação deve permitir a possibilidade de que o problema seja processado subconscientemente. A incubação se mostra necessária por seus resultados benéficos como quando não conservamos mais alguma coisa na memória ativa. A partir desses aspectos significativos reconstruímos novamente com menos limitações a configuração mental anterior.

Existe um modelo de teoria clássica da decisão, pois em todo o nosso tempo de vida tomamos decisões a toda hora, e são elas que refletem as forças de uma perspectiva de decisão para desenvolver um modelo de comportamento humano.

O raciocínio dedutivo como em muitos processos cognitivos pode levar a conclusões não Correntistas além desses atalhos podemos ser influenciados por outra eventualidade distorcendo os resultados presentes em nosso raciocínio.

Já o ‘raciocínio indutivo’, faz com que alcancemos este tipo de raciocínio baseado em nossas observações, assim chegamos a uma conclusão logicamente correta. (Sternberg,2000)

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2.8 O Estudo de Caso: Revista Cone

A revista cone foi fundada em 25 de fevereiro de 2012, com objetivos de trazer informação para as pessoas da população em geral que envolvia a cidade de Santa Rosa - RS, e outras cidades vizinhas.

Figura 30: Revista Cone

Fonte: Issuu.com

O seu principal diferencial encontra-se em seu tamanho que é de 175 mm (largura) X 225 mm (altura). Com o tamanho menor e diferenciado esta revista acaba se destacando das demais, e esta ideia surgiu quando foi percebida a maneira com que as revistas eram empilhadas, colocando as menores sempre em cima das maiores, o que acabou tornando-se uma marca definitiva da revista cone.

A ideia inicial da revista foi de duas irmãs (Bárbara Corrêa e Vanessa Corrêa), que tiveram a criatividade de juntar os atributos de uma revista mais os atributos de um jornal, e assim se fez a Revista Cone, conhecida como uma revista social, ela tem objetivo de trazer cultura para o seu meio, criando uma sociedade melhor e mais honesta.

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Figura 31: Edições da Revista Cone

Fonte: Issuu.com

São inúmeras as matérias presentes nesta revista, que tratam dos mais diferentes assuntos para chegar à sociedade, utilizando-se não apenas pelo meio impresso, mas também pelo meio digital.

O periódico apresenta diversas colunas/matérias, que tratam desde assuntos referente à moda e atividades física até economia e finanças e mundo tecnológico. Essa diversidade de assuntos é o que desperta interesse no público (jovem/adulto/criança, etc) atingindo diferentes faixas etárias e classes sociais. Na revista encontram-se matérias fixas e flutuantes, como demonstradas na figura 31.

‘O lado da história’ é uma matéria fixa da revista que na maioria das vezes

tem o seu assunto retratado ou compatível com a capa da edição. Ela conta sobre histórias que acontecem com pessoas da região que geralmente estão envolvidos com causas sociais ou relacionados a entidades filantrópicas. Dependendo do objetivo da edição, esta matéria também pode trazer entrevistas de pessoas que possuem uma maneira diferente de pensar sobre política, religião, economia, o mundo.

‘Craftwork’ é uma matéria que quando apresentada na edição traz muitas

opções de artes que podem ser confeccionadas com materiais descartados. Este tema tem o objetivo de propiciar com que as pessoas criem objetos de uso diário reutilizando materiais diversos. Esta página também disponibiliza o passo a passo para a confecção do objeto apresentado.

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A matéria denominada ‘Gourmet’ tem como objetivo apresentar várias receitas para que o leitor tente executá-la, criando uma interação com uma atividade prazerosa que envolva o ramo gastronômico. Ainda para facilitar a criação da receita, a matéria detalha todos os processos para a sua realização.

‘Jovem cara e Coragem’, esta coluna é muito frequente nas edições da revista

pois atende e demonstra o empreendedorismo da cidade e região, ressaltando a sua trajetória do empreendedor e as escolhas que teve de tomar para chegar ao nível que se encontra atualmente.

Por sua vez, o ‘Papo Fitness’ demonstra ao leitor o quão importante é ter uma vida saudável com a prática de exercícios físicos e regulares.

‘Olhares’ abriu uma interação com pessoas que queriam divulgar as suas

fotos que retratavam lugares rurais, bucólicos, paisagens não vistas no meio urbano. Pode ser representada nesta matéria fotos que não estamos acostumados a presenciar, demonstrando o outro lado que a maioria dos leitores ainda não conhece fazendo este ter apenas conhecimento através das fotos.

‘Oficina da moda’, esta coluna tem como objetivo demonstrar as novas

tendências do momento, dependendo do seu mês de edição apresentam as novidades quando o assunto é a moda, identificando o que há de novidade nas quatro estações do ano.

‘Finanças’ busca atualizar o leitor quanto à assuntos do setor financeiro que

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