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Educação permanente: uma ferramenta para transformação no processo de trabalho da enfermagem

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

SERGIO MURILO CONTI DE SOUZA

EDUCAÇÃO PERMANENTE: UMA FERRAMENTA PARA TRANSFORMAÇÃO NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM

FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

SERGIO MURILO CONTI DE SOUZA

EDUCAÇÃO PERMANENTE : UMA FERRAMENTA PARA TRANSFORMAÇÃO NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM

FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem em – Urgência e Emergência do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista. Profa. Orientadora: Dra. Sayonara de Fatima Faria Barbosa

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FOLHA DE APROVAÇÃO

O trabalho intitulado “Educação permanente: uma ferramenta para transformação no processo de trabalho da enfermagem” de autoria do aluno SERGIO MURILO CONTI DE SOUZA foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área de urgência e emergência

_____________________________________ Profa. Dra. Sayonara de Fatima Faria Barbosa

Orientadora da Monografia

_____________________________________ Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes

Coordenadora do Curso

_____________________________________ Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos

Coordenadora de Monografia

FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

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AGRADECIMENTO

Agradecemos inicialmente à DEUS, responsável pela nobreza de nossas vidas. Aos nossos familiares que participam diariamente dos nossos anseios e vitórias.

As Tutoras que nos guiaram para conquistarmos mais um desafio profissional. A todos os grupos pelo excelente convívio nos momentos presencias.

Agradecemos também aos gestores das Secretarias Municipais que nos indicaram nos dando a oportunidade de ampliarmos nossa capacidade através do Curso.

A Universidade Federal de Santa Catarina, através do Ministério da Saúde, proporcionando a capacitação dos profissionais para melhoria da qualidade do serviço oferecido à comunidade.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...7

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...9

2.1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE...9

2.2 EDUCAÇÃO PERMANENTE E PRÁTICA EDUCATIVA NO TRABALHO...11

2.3 METODOLOGIA ATIVA...13 2.4 APRENDIZAGEM NO TRABALHO...14 3. MÉTODO...16 4. RESULTADO E DISCUSSÃO...17 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...19 REFERÊNCIAS...19

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RESUMO

Este estudo trata de uma reflexão sobre a organização das ações educativas desenvolvidas pelo serviço de educação permanente vinculado a gerência de enfermagem, com enfoque no instrumento de levantamento de situação problema que afeta o processo de trabalho de enfermagem que demanda ações educativas. Teve como objetivo geral propor a construção de um instrumento de levantamento das necessidades que levasse em consideração os atores envolvidos no processo de trabalho do Hospital Municipal Miguel Couto/RJ. O percurso metodológico para conhecer a dinâmica do serviço de educação permanente foi a pesquisa do documental fornecido pela gerência de enfermagem, que retratou por meio do relato a organização do serviço de educação permanente desde a sua criação, assim como a forma de organização e constituição. Os resultados revelaram que as ações educativas não representam o processo de aprendizagem no trabalho, que a partir de uma reflexão, levantando problemas e necessidades de natureza pedagógica. Conclui-se que há necessidade de instrumentalizar o serviço para que exista uma articulação com a estratégia da educação permanente.

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1 INTRODUÇÃO

A educação permanente como os processo de aprendizagem no trabalho, provoca nos trabalhadores uma reflexão da sua prática de trabalho, através do levantamento de problemas e a necessidades de natureza pedagógica, determinando o enfrentamento para transformação da prática preferencialmente nos locais de trabalho. Baseado na aprendizagem significativa, admite-se que o conhecimento se origina na identificação das necessidades e na busca de soluções para os problemas encontrados. Considera também que todo conhecimento é válido, seja qual for sua origem. Este processo de aprendizagem tem sido considerado um instrumento potencial que provoca mudanças na pratica de trabalho dos serviços.

O processo de trabalho em saúde é tomado como eixo fundamental da aprendizagem profissional e objeto de reflexão, com a participação ativa dos trabalhadores. A atividade do trabalhador pode ser ponto de partida de seu saber real, determinando sua aprendizagem subsequente (LOPES ET AL, 2007).

Na Educação Permanente em Saúde o seu eixo norteador é a integralidade da atenção à saúde, porque direciona o trabalho em saúde para a abordagem transdisciplinar e multiprofissional. A integralidade envolve a compreensão dos problemas de saúde em suas várias dimensões. Envolve relação de cuidado, acolhimento e comprometimento com o processo e as pessoas. A educação permanente deve ter como finalidade a contribuição para que cada coletivo possa conquistar a capacidade de ser co-autor no processo de reinvenção das práticas e instituições de saúde (MÜLLER NETO, SCHRADER, 2011).

Os conhecimentos acumulados sobre a aprendizagem de adultos revelam que eles mobilizam para aprender quando identificam um problema ou uma situação que não conseguem enfrentar com os conhecimentos e a experiência que já têm acumulados (BRASIL, 2005b). Tradicionalmente os serviços de educação continuada /permanente hospitalar tem como modelo a capacitação de profissionais de enfermagem a transmissão de informações fragmentadas, centrada nos aspectos biológicos e tecnológicos da assistência individual muito sem um levantamento da real necessidade de capacitação para transforma a pratica do trabalho. Esta fragmentação acaba gerando grupo de especialistas que concentra saberes resultando na desqualificação dos demais saberes e a anulação da criatividade das realidades dos serviços em nome “conhecimento especializado (BRASIL, 2005).

A metodologia ativa (MA) traz no seu contexto uma concepção educativa que estimula processos de ensino-aprendizagem crítico-reflexivos, no qual o profissional possa participar e

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se compromete com seu aprendizado (LUCKESI, 1991; DIAZ-BORDENAVE, PEREIRA, 2007). A situação de ensino é muito próxima da realidade, provocando reflexão sobre os problemas, disponibilizando recursos para pesquisar as possíveis soluções e é claro a identificação e nos arranjos das soluções aplicáveis a cada situação.

A aprendizagem no trabalho é uma ação política, desencadeada uma reflexão coletiva sobre os problemas que impedem o cuidado integral em saúde como uma tarefa de todos (BRASIL, 2005). Desse modo, toda a equipe é corresponsável pelas práticas de educação permanente.

Neste estudo, o cenário foi o serviço de educação permanente de hospital de grande porte de referência para as emergências que a gerência de enfermagem desde 2009 realiza capacitações em serviço dos profissionais de enfermagem para a melhoria da assistência, sem um levantamento da situação problema com os atores diretamente envolvidos, privilegiando informações das chefias imediatas e implantação de procedimento operacional padrão (POP) nos setores. Observamos que utilização de uma metodologia pedagógica não é coerente com os processos da educação permanente em serviço, o que aponta a necessidade de um instrumento que permita a identificação de incômodos no processo de trabalho da enfermagem.

Portanto este estudo permite uma reflexão quanto a organização das ações educativas propostas aos profissionais de enfermagem no hospital, com enfoque no instrumento de levantamento da necessidade de capacitação com atores diretamente envolvidos no processo de trabalho, assim como a utilização de método pedagógico que permita um processo de aprendizado critico e reflexivo. O estudo justifica-se pela necessidade da construção de um instrumento que aponte a demanda de capacitação dos trabalhadores de enfermagem que possa colaborar na organização do cuidado integral, promovendo a articulação entre o serviço de educação permanente e os atores diretamente envolvidos, favorecendo transformação do processo de trabalho. Deste modo, pode contribuir para aperfeiçoar a qualidade da assistência prestada ao usuário e atendendo as recomendações do Ministério da saúde com uma formação baseada nos princípios do SUS, teve como objetivo geral propor a adoção da estratégia da educação permanente como uma ferramenta para melhoria da qualidade da assistência de enfermagem.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE

Dentre várias estratégias, o Ministério da Saúde propõe através da capacitação e qualificação da equipe dos serviços de saúde que sejam investidos recursos técnicos e financeiros para promover melhoria na qualidade da assistência do serviço de saúde. Dentre as capacitações, a educação permanente é uma proposta que através da identificação das demandas são realizadas capacitações em serviço da equipe de enfermagem.

Desde que foi criado, o SUS provocou profundas mudanças nas práticas de saúde e trouxe conquistas como o acesso universal aos serviços de saúde pública; a ampliação da oferta de serviços; a criação de instância intergestoras, com decisões consensuadas e o controle social, entre outros (MERHY, FEUERWERKER, CECCIM, 2006).

Os princípios e diretrizes do SUS são contra-hegemônicos na sociedade (MERHY, FEUERWERKER, CECCIM, 2006). Isso explica, em parte, a distância entre o “SUS ideal” e as práticas de saúde vigentes. E, também, o descompasso na formação dos profissionais e as necessidades do SUS, não disponibilizando para o mercado de trabalho profissionais comprometidos, com o sistema publico de saúde (BRASIL, 2005).

Para tanto devemos considerar a necessidade da educação permanente em saúde. Neste contexto observamos que uma grande parte dos cursos formam profissionais distanciados das necessidades de saúde da população; que a distribuição de cursos de formação na área de saúde no país é desproporcional, com a existência de uma concentração maior em determinada região, enquanto em outras regiões são é escassa ou inexistente.

O estudo fragmentado dos problemas de saúde, leva à formação de especialistas, que não conseguem lidar com realidades complexas. Por exemplo: profissionais que dominam tecnologias, mas são incapazes de lidar com a subjetividade e a diversidade moral, social e cultural das pessoas (CECCIM, 2004).

Diante desse contexto, a educação permanente é a estratégia proposta para melhorar a gestão, a formação, o cuidado e a participação social, fortalecendo o SUS.

Motta (2010) define a educação permanente como o processo de aprendizagem no trabalho, a partir da sua reflexão, identificando problemas e necessidades de natureza pedagógica, onde as estratégias de enfrentamento acontecem preferencialmente nos ambientes

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de trabalho. Baseia-se na aprendizagem significativa, e admite que o conhecimento é originado na identificação das necessidades e na busca de soluções para os problemas encontrados.

Todo conhecimento é válido, independentemente de sua origem. A atividade do trabalhador pode ser ponto de partida de seu saber real, determinando sua aprendizagem subsequente. O processo de trabalho em saúde é tomado como eixo fundamental da aprendizagem profissional e objeto de reflexão, com a participação ativa dos trabalhadores. Porém é necessário reconhecer as complexidades envolvidas neste processo de trabalho: disputas de poder, lógicas corporativas, problemas pouco estruturados, pouca governabilidade para enfrentar problemas críticos e organizações complexas (MERHY, FEUERWERKER, CECCIM, 2006).

O convite à mudança proposto pela educação permanente requer a provocação de “incômodos”, criando-se momentos para reflexão dos atores envolvidos sobre as limitações, insuficiências e problemas com seu trabalho. Requer, também, oferecer elementos para a construção de alternativas (MÜLLER NETO, SCHRADER, 2011).

Na Educação Permanente em Saúde o seu eixo norteador é a integralidade da atenção à saúde, porque direciona o trabalho em saúde para a abordagem transdisciplinar e multiprofissional. A integralidade envolve a compreensão dos problemas de saúde em suas várias dimensões. Envolve relação de cuidado, acolhimento e comprometimento com o processo e as pessoas. A educação permanente deve ter como finalidade a contribuição para que cada coletivo possa conquistar a capacidade de ser co-autor no processo de reinvenção das práticas e instituições de saúde.

A construção das bases para a Política de Educação Permanente em Saúde se deu em 2003, com a formulação do documento “Política de Formação e Desenvolvimento para o SUS: caminhos para a educação permanente em saúde”, pactuado na Comissão Intergestores Tripartite e aprovado na Conferência Nacional de Saúde, que gerou a Política de Educação Permanente em Saúde, pautada nos princípios e diretrizes do SUS e voltada para atender suas necessidades de saúde da população (BRASIL, 2003).

Em 2004 foi instituída a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) a portaria 198, de fevereiro de 2004, reformulada pela Portaria 1.996/2007. Estratégia do SUS para a gestão, atenção, formação e desenvolvimento dos trabalhadores e controle social e cidadania (CECCIM, FERLA, 2008).

Na época, o maior protagonismo da gestão foi o Pacto pela Saúde/Colegiado de Gestão Regional (CGR), a decisão e pactuação entre os gestores do CGR, descentralização do

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recurso financeiro, assim a vinculação das ações de EP em saúde aos pactos e respectivos planos construídos no âmbito municipal, regional ou estadual, passaram fazer parte do cotidiano de alguns dos serviços de saúde (BATISTA, GONÇALVES, 2011).

Foram criadas Comissões de Integração Ensino/Serviço (CIES) com a condução regional; realizadas através dos CGRs, com participação das CIES, e previsão da elaboração de um Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde.

Para tanto, de acordo com a Portaria 1996/2007, a abrangência do território de referência para as CIES deve seguir os mesmos princípios da regionalização instituída no Pacto pela Saúde. As CIES deverão contar com uma secretaria executiva para encaminhar as questões administrativas envolvidas na gestão dessa política no âmbito regional a Composição das CIES passa a ser composta pelos gestores de saúde municipais e estaduais, gestores estaduais e municipais de educação e/ou seus representantes, trabalhadores do SUS e/ou entidades representativas Instituições de ensino com cursos na área da saúde (distintos segmentos) e de representantes dos movimentos sociais ligados à saúde e ao controle social no SUS (BRASIL, 2011).

A definição das prioridades na área de educação permanente a partir da discussão dos problemas de saúde que podem ser superados com ações de educação permanente por meio de educação em serviço e oficinas de trabalho, “capacitações” de curta duração, apoio e cooperação técnica (consultoria institucional) ou cursos regulares: de nível técnico ou de pós-graduação passa a ser do Colegiado de Gestão Regional (MÜLLER NETO, SCHRADER, 2011).

Para efetivação da educação permanente enfrentam-se alguns desafios que podem impor um novo modelo que propicie o trabalho cooperativo, a interação entre as experiências individuais e coletivas; a mobilização dos distintos saberes envolvidos no objeto saúde; fomente a autonomia e a responsabilização dos profissionais, que ampliem seu compromisso com a missão institucional e com os resultados em saúde; articular educação e trabalho: formação e produção de processos e práticas nos locais de serviço; mudança nas práticas de formação e nas práticas de saúde, buscando a articulação ensino – gestão – atenção – controle social (TIMBÓ, 2011).

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Poderemos iniciar esta contextualização nos questionando sobre uma prática educativa que participamos, levando em consideração que Educação Permanente em Saúde propõe o pensamento crítico como indispensável para mudanças de práticas. Portando poderemos refletir sobre a experiência educativa vivida nos indagando: se insere no nosso processo de trabalho? Qual foi sua finalidade? Os atores envolvidos e seus efeitos sobre as praticas e o cuidado em saúde? Essa ação educativa possibilitou ou estimulou que você e seus colegas pensassem sobre seu trabalho, sobre sua atuação?

Partindo desta reflexão inicial, é importante discutir quais ações educativas vem sendo concebidas e trabalhadas com os profissionais de enfermagem. Os conhecimentos acumulados sobre a aprendizagem de adultos revelam que eles mobilizam para aprender quando identificam um problema ou uma situação que não conseguem enfrentar com os conhecimentos e a experiência que já têm acumulados. (CECCIM, 2005).

Tradicionalmente os serviços de educação continuada/permanente hospitalar tem como modelo a capacitação de profissionais de enfermagem e a transmissão de informações fragmentadas, centrada nos aspectos biológicos e tecnológicos da assistência individual. Esta fragmentação acaba gerando grupos de especialistas que concentram saberes resultando na desqualificação dos demais saberes e a anulação da criatividade das realidades dos serviços em nome do “conhecimento especializado” (BRASIL, 2005).

A organização das ações educativas está balizada na assistência individual que propõe treinamento a uma categoria profissional específica desconhecendo o coletivo e o sentido de equipe de saúde de forma ampla e articulada. A aprendizagem é o resultado de um processo de interação que ocorre no plano afetivo e cognitivo. Individual e coletivamente, os atores que atuam e vivenciam práticas, serviços e sistemas de saúde têm suas próprias ideias e compreensões sobre saúde, sobre produção e sobre o papel que cada pessoa ou cada unidade deveria cumprir na organização do trabalho em saúde (BRASIL, 2005).

A prática educativa tradicional por ser organizada com base na transmissão de conhecimento, não leva em conta as concepções e as ações dos sujeitos que estão envolvidos no processo de trabalho, por isso não se mostram eficazes para possibilitar a incorporação de novos conceitos e princípios das praticas (CECCIM, 2005). Temos observado que esta prática não consegue mobilizar os trabalhadores, organizar o coletivo para o cuidado integral e nem para qualificar o profissional. Esta estratégia vem cada vez mais tomando uma importância quando se discute o trabalho coletivo e como cada ator concebe as práticas.

A Educação Permanente tem como base o pressuposto da aprendizagem significativa (que promove e produz sentidos). Propõe que a transformação das práticas profissionais deva

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estar baseada na reflexão crítica sobre as práticas reais de profissionais em ação na rede de serviços (HADDAD, ROSCHKE, DAVINI, 1994). Uma ação educativa que promova o aprendizado através de uma construção com pensamento critico e coletivo para provocar uma mudança no processo de trabalho seria uma proposta desafiadora para uma mudança do paradigma sobre a metodologia de ensino e aprendizado (BRASIL, 2004).

2.3 METODOLOGIA ATIVA

Para se pensar a promoção de mudança no processo de trabalho, é preciso ter uma sintonia entre a formação e a realidade profissional. Entretanto nos anos 80 já era identificado o despreparo dos profissionais em relação a este descompasso (ALMEIDA, FERRAZ, 2008). Já naquela década, já era buscado um referencial pedagógico que propiciasse uma educação crítica que promovesse transformação social, quando então foi desenvolvido o modelo educacional de Paulo Freire, que trouxe contribuições importantes para a área da saúde (PEREIRA, 2003; LUCKESI 1991).

De modo a promover a integração entre a teoria e a prática, bem como entre o serviço e o ensino, é necessário repensar as abordagens pedagógicas que têm sido usadas na formação dos profissionais de saúde, e serem elaboradas novas propostas. Entretanto, este processo é difícil, pela ruptura com o modelo de ensino até então estabelecido e com a formação de profissionais preocupados com o cuidado humanizado (CYRINO, TORALLES-PEREIRA, 2004).

Para a adoção de novas estratégias de ensino e práticas pedagógicas inovadoras, também chamadas de metodologias ativas (CYRINO, TORALLES-PEREIRA, 2004; RODRIGUES, CALDEIRA, 2008), tem ocorrido várias tentativas políticas, tal como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e as diretrizes curriculares do curso de graduação em Enfermagem.

Sob esta ótica, salienta-se a adoção de concepções pedagógicas que aproximem a teoria da prática e problematizem situações cotidianas do trabalho na enfermagem. (MITRE, SIQUEIRA-BATISTA, GIRARDI, 2003; SILVA, SÁ-CHAVES, 2008; ALMEIDA, FERRAZ, 2008).

Entretanto, não basta o desejo de adoção de outras concepções pedagógicas, é preciso que os profissionais reflitam constantemente a sua prática com base em sua realidade, e para

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tal, é necessário o incentivo e o ajuste a diferentes práticas educativas (PINHEL, KURCGANT,2007; CARVALHO, CLEMENTINO, PINHO, 2008).

A metodologia ativa (MA) é uma concepção educativa que estimula processos de ensino-aprendizagem crítico-reflexivos, no qual o educando participa e se compromete com seu aprendizado. O método propõe a elaboração de situações de ensino que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre problemas que geram curiosidade e desafio; a disponibilização de recursos para pesquisar problemas e soluções; a identificação e organização das soluções hipotéticas mais adequadas à situação e a aplicação dessas soluções. (LUCKESI, 1991;DIAZ-BORDENAVE, 2007).

Entretanto, como pontuam Sobral e Campos (2012), as técnicas pedagógicas utilizadas podem servir tanto à metodologia ativa quanto à conservadora e que todos os métodos contribuem para a formação do profissional. Portanto, não se deve supervalorizar a aprendizagem prática em detrimento da teórica. Deve-se sempre buscar alternativas que favoreçam as duas habilidades, promovendo as capacidades individuais dos alunos.

2.4 APRENDIZAGEM NO TRABALHO

A equipe (ou facilitadores) que desenvolve a estratégia de educação permanente em saúde deve disponibilizar de diversas ferramentas que inclui: integralidade, humanização, gestão, trabalho em equipe, a produção do cuidado, o trabalho em equipe, a dinamização de coletivos, capacidade de problematizar e de identificar os incômodos da equipe (BRASIL, 2005).

A Educação Permanente traz uma discussão a construção de novos sentidos para a própria prática do trabalho, que pressupõe a aprendizagem significativa, ou seja, o processo de ensino e aprendizagem motivada pelo desejo ativo dos participantes pela apropriação de novos saberes e práticas (BRASIL, 2005).

A aprendizagem no trabalho é uma ação política, neste processo é desencadeada uma reflexão coletiva sobre os problemas que impedem o cuidado integral em saúde como uma tarefa de todos. Desse modo, toda a equipe é corresponsável pelas práticas de educação permanente.

Para produzir mudanças de práticas de gestão, formação e de atenção e controle social, é fundamental que sejamos capazes de dialogar com as práticas e concepções vigentes, problematizando-as – não em abstrato, mas no concreto do trabalho de cada lugar – e de

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construir novos pactos de convivência e práticas que aproximem os serviços de saúde dos princípios do SUS (CECCIM, FERLA, 2008). Cresce a importância de que as práticas educativas sejam tomadas como dispositivos para a análise da(s) experiência(s) local(is), pensando na organização de ações em rede, nas possibilidades de integração entre formação, desenvolvimento docente, mudanças na gestão e nas práticas de atenção à saúde, fortalecimento da participação popular e valorização dos saberes locais (BRASIL, 2005).

O processo de construção coletiva passa pelo momento de reflexão sobre a prática de atividades cotidianas com um olhar de diversos atores envolvidos no cuidado, identificando o problema e nós críticos. Com isso contribuindo para a produção da equipe de práticas integrais em saúde e produtoras de novos saberes, isso significa momento coletivo de reflexão e de produção conjunta.

As propostas surgidas e assumidas no coletivo, no campo da prática, as resistências e alianças encontradas, a maneira de lidar com os conflitos são matérias-primas para novos momentos sociais estimulando a capacidade e sensibilidade de compreender “o que”, “como”, “com quem”,“para que” e “para quem” trabalhamos e aumenta a compreensão coletiva sobre os cenários e relações de força em que estão mergulhados.

Com a produção de coletivos, construídos a partir da compreensão do processo de trabalho ou relação social, existe a possibilidade tanto de continuar fazendo o que se faz, como de se apropriar criativamente, transformar e reorganizar as práticas em busca de autonomia, de compromissos públicos, da gestão democrática e da integralidade do cuidado em saúde.

A construção coletiva a partir do enfrentamento de problemas, é possível ao reconstruir relações por dentro da equipe, entre equipes e entre instituições, finalmente chegando a constituir a malha de cuidados ininterruptos à saúde, que, necessariamente, é intersetorial, envolvendo, pelo menos, atores da saúde e da educação.

Um dos grandes desafios é a institucionalização na organização do trabalho em saúde da educação permanente, compreendida como ferramenta/estratégia para a tomada de decisão e de condução gerencial dos serviços de saúde incorporada ao cotidiano da gestão setorial (BRASIL 2005). A co-gestão pode representar uma maneira de produzir democracia na organização do trabalho em saúde, baseado em pessoas potentes para sustentá-la (MEDEIROS ET AL, 2011). Para instituir ações transformadoras, é preciso criar espaços de comunicação que possibilitem inverter esse jogo, possibilitando a construção coletiva de novos movimentos. Na prática as decisões tomadas nos processos de trabalho, não envolvem o conjunto dos atores implicados.

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Atualmente o formato dos serviços permite um espaço de decisões centralizado. Para uma mudança com novos pactos e articuladas é necessário a desconstrução das estruturas hierárquicas existentes fechadas à aprendizagem. As questões sobre a aprendizagem significativa no trabalho em saúde coloca a educação permanente em saúde como uma alternativa no processo de ampliação e acumulação das capacidades de transformação coletiva das praticas em cuidado

3. MÉTODO

O percurso metodológico para conhecer a dinâmica do serviço de educação permanente vinculada a gerência de enfermagem foi o estudo documental, com base em documentos fornecidos pela enfermeira responsável pelo serviço que retratasse como era desenvolvido o trabalho abordando o surgimento, a finalidade, profissionais envolvidos, a metodologia empregada e o planejamento dos momentos de capacitações. Foram analisados os relatórios e extraídos dados que contribuíssem para proposta e formatar um produto que pudesse ajudar no levantamento dos problemas no processo de trabalho.

O Hospital Municipal que fez parte do estudo é de grande porte e de referência para as emergências, localizado na Zona Sul do Município do Rio de Janeiro. A gerência de enfermagem do Hospital Municipal Miguel Couto, que tomou posse em outubro de 2009, vem adotando várias estratégias para dar conta de uma demanda crescente quanto à melhoria da qualidade da assistência desenvolvida pelos profissionais de enfermagem dos serviços. Surge a criação de um serviço composto por enfermeiros denominado: Serviço de Educação Permanente, com preocupação para resgatar espaços científicos, como a comemoração da Semana de Enfermagem, introduzindo cultura para treinamento em serviço, que acontecia de forma incipiente, com um grupo de gestão e de maneira diminuta.

A gerência então solicitou a formação de um grupo, contando com ajuda de facilitadores para percorrerem todos os seis plantões, respeitando o turno de trabalho, embora fosse permitido que funcionários assistissem aula em qualquer dia disponibilizado. O objetivo desta estratégia foi difundir conhecimentos e viabilizar padronização dos procedimentos, à fim de capacitar e aperfeiçoar a equipe de enfermagem, buscando melhoria contínua e motivando o grupo de enfermagem para aquisição do conhecimento científico. As aulas disponibilizadas inicialmente eram impressas e com o tempo passaram a ser enviadas por e-mail, que vem servindo de canal para comunicação entre os funcionários e o grupo, proporcionando maior integração dos diversos serviços e dos profissionais. O controle da

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frequência era registrado num livro próprio, que servia desde então para elaboração de relatórios disponibilizados para respectivas chefias. Nestes registros eram pontuados os percentuais de adesão ao treinamento e motivos para o não comparecimento às aulas.

Este serviço também elaborou junto às chefias de setores, procedimentos operacionais padrão (POPs), acerca das normas técnicas e administrativas, disponibilizando-as em todos os setores do hospital. Também implantou formulários para os registros de enfermagem em unidades fechadas iniciando a sistematização da assistência de enfermagem.

Para preservar questões éticas, a solicitação deste documento teve o consentimento da gerência de enfermagem com o devido esclarecimento da finalidade da sua utilização. Por se tratar de uma pesquisa documental o projeto não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e não foram utilizados dados relativos aos sujeitos ou descrições sobre as situações assistenciais. A preocupação com o desenvolvimento deste produto foi a forma que se constrói o processo de ensino em serviço para atender a demanda de necessidade apontada normalmente pela chefia do setor, com intenção para adequação da prática na assistência, sem um levantamento com os principais atores envolvidos no processo de trabalho e sendo apenas considerada a atividade desenvolvida pelo profissional de enfermagem buscando melhoria da qualidade e de sua competência.

A questão levantada era quais eram as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento da estratégia de educação permanente em saúde, por considerar a educação permanente como estratégica na aprendizagem significativa motivada pelo desejo dos participantes se apropriarem de novos saberes e praticas. Para tanto faz–se necessário uma reflexão coletiva sobre os problemas que impedem o cuidado integral em saúde na tentativa de produzir mudanças de práticas construído a partir de pactos de convivência e praticas.

4. RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos através da análise documental revelaram que as ações educativas não representam o processo de aprendizagem no trabalho, a partir de uma reflexão, levantando problemas e necessidades de natureza pedagógica. Conclui-se que há necessidade de instrumentalizar o serviço para que exista uma articulação com a estratégia da educação permanente.

A estratégia da educação permanente impõe ao serviço que realiza ações educativas nas instituições de serviço de saúde a adoção de metodologia ativa com a intenção de provocar um aprendizado critico e reflexivo. Segundo Bordenave (1989), na pedagogia da

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problematização, em nível individual, o aluno/profissional é constantemente ativo, motivado pela percepção de problemas reais; aprendizagem está ligada a aspectos da realidade; desenvolvimento de habilidades intelectuais de observação, análise, avaliação, compreensão, extrapolação; intercâmbio e cooperação com os demais membros do grupo; superação de conflitos como ingrediente natural da aprendizagem grupal; status do professor não diferente do status do aluno.

Entretanto, o processo ensino-aprendizagem de capacitações do serviço de Educação permanente em questão adota a Pedagogia da Transmissão: o que se transmite são informações, prática, conceitos, fórmulas, receitas, procedimentos e nem tão pouco a aquisição de hábitos fixos e rotinas de trabalho que conduzem a uma boa gestão (BORDENAVE 1989). Observamos o aluno com elevada absorção de informação; hábito de tomar notas e memorizar; passividade do aluno e falta de atitude crítica; distância teoria e prática; profundo “respeito” quanto às fontes de informação; tendência ao racionalismo radical; preferência pela especulação teórica; falta de problematização da realidade. (BORDENAVE 1989).

Neste processo, há falta de um aprendizado de maneira critica e reflexiva de uma situação problema, de modo a promover os princípios da educação permanente. Considerando que o planejamento e organização das ações educativas não são baseadas no processo de construção coletiva, este modelo parece não motivar o desejo ativo dos participantes pela apropriação de novos saberes e práticas.

Ao serem consideradas as ações educativas aplicadas no serviço aqui citado, elas são planejadas e executadas baseadas na dificuldade de execução das técnicas executadas rotineiramente, sem contextualização das situações-problema sentidas pela equipe de enfermagem, portanto, ações que não colaboram para aprendizado reflexivo. Para o processo de trabalho de enfermagem se articular com as demais praticas de enfermagem e demais setores hospitalares a educação permanente pode exercer um papel fundamental. Tem como desafio de articular experimentos de ensino e aprendizagem que motivem as pessoas envolvidas, promovendo a compreensão e construção do conhecimento, provocando a reflexão, critica favorecendo o crescimento pessoal e social e desenvolvimento da autonomia de aprender e a consciência da necessidade de formação permanente. Permite afirmar que a educação permanente é uma potencial ferramenta na transformação do processo de trabalho da enfermagem.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação permanente impõe aos serviços de ações educativas das unidades hospitalares mudança na prática de organizar o processo de capacitação voltado para a produção de conhecimento e com o desenvolvimento coletivo em serviço. A necessidade da qualificação dos profissionais de enfermagem exige um modelo de ensino-aprendizado que no território do serviço hospitalar extrapole as propostas educativas prescritivas e tecnicistas. As ações educativas para os profissionais de enfermagem devem ser estruturadas a partir da identificação de situação-problema no seu processo de trabalho com foco na transformação das práticas profissionais e da organização do trabalho. Deste modo, este estudo aponta a necessidade de instrumentalizar o serviço para que exista uma articulação com a estratégia da educação permanente, o que pode ser obtido com o desenvolvimento de um instrumento que subsidie a identificação de situações-problema relacionadas aos cuidados de enfermagem que demande um planejamento de capacitação e ou treinamento para melhoria da qualidade do processo de trabalho.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA LPG, FERRAZ CA. Políticas de formação de recursos humanos em saúde e enfermagem. Rev Bras Enferm. v.61, n. 1, p. 31-5. 2008.

BATISTA, KBC, GONCALVES, OSJ. Formação dos profissionais de saúde para o SUS: significado e cuidado. Saude soc,. v.20, n. 4, p. 884-9. 2011.

BORDENAVE, Juan E. Dias. Alguns fatores pedagógicos. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Modernização Administrativa e Recursos Humanos. Capacitação pedagógica para instrutor/supervisor área da saúde. Ministério da Saúde: Brasília, 1989

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Caminhos para a mudança da formação e desenvolvimento dos profissionais de saúde: diretrizes para a ação política para assegurar educação permanente no SUS. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria/GM n. 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de

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Referências

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