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Auditoria operacional trabalhista em uma empresa da construção civil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUI

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTABEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO-DACEC

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS.

ADRIANA FRANCO QUEIROZ

AUDITORIA OPERACIONAL TRABALHISTA EM UMA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

(Trabalho de conclusão de Curso)

IJUI RS 2013

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ADRIANA FRANCO QUEIROZ

AUDITORIA OPERACIONAL TRABALHISTA EM UMA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª. Orientadora: EUSÉLIA PAVÉGLIO VIEIRA

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AGRADECIMENTOS

Após vários anos percorrendo um caminho em busca de um objetivo de aprimorar, buscar e aplicar o conhecimento obtido nesta escolha, agradeço a DEUS, que me deu força, motivação para não desistir do meu objetivo, que me deu livre escolha de percorrer esta avenida de muitos obstáculos. A minha família, esposo, filha, irmãos, pai e em especial minha mãe que nunca mediu esforços para cuidar de minha filha que na época que comecei esta trajetória era pequena, me auxiliando nas noites que estava ausente diante dela, aos amigos e todas as pessoas otimistas que sempre acreditaram que possamos traçar nossos caminhos com nossas escolhas, certas ou erradas? Mas o fato que estou aqui superando mais uma etapa diante de várias outras que deverão vir.

Meu agradecimento a todos os colaboradores da Universidade que de uma forma ou outra sempre nos auxiliaram em seus setores, em especial ao Marcelo Didoné, pela dedicação em especial ao Curso de Ciência Contábeis pela presteza no auxílio às atividades no decorrer destes longos anos de curso.

Meu agradecimento a todos os incansáveis profissionais da área, aos MESTRES PROFESSORES, este ser hominal esforçado, dedicado, instruído, abençoado na tarefa singela de repassar ensinamento, e em especial a minha orientadora Eusélia Pavéglio Vieira, pela dedicação, incentivo no desenvolvimento deste trabalho.

Para subir na vida, dois degraus existem de suma importância. São representados por dois verbos: Amar e Servir. Jamais desanime na escalada dos valores da alma, e procure em todas as circunstâncias Amar e Servir a todos e a tudo, para ajudar ao máximo o progresso do planeta que o recebe tão generosamente, auxiliando lhe a evolução (Carlos Torres Pastorino).

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fluxograma do processo de Admissão da Empresa de Construção Civil ... 57 Figura 2: Fluxograma da movimentação da folha de pagamento da Empresa da Construção Civil ... 58 Figura 3: Fluxograma de Desligamento de Colaboradores... 60

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Programa de Auditoria Setor de Recurso Humano... 62

Quadro 02: Eventos Ocorridos na Empresa de Construção Civil... 65

Quadro 03: Papel de Trabalho 1... 67

Quadro 04: Papel de Trabalho 2... 69

Quadro 05: Papel de Trabalho 3... 71

Quadro 06: Papel de Trabalho 4... 73

Quadro 07: Papel de Trabalho 5... 75

Quadro 08: Papel de Trabalho 6... 77

Quadro 09: Papel de Trabalho 7... 79

Quadro 10: Papel de Trabalho 8... 81

Quadro 11: Papel de Trabalho 9... 83

Quadro 12: Papel de Trabalho 10... 85

Quadro 13: Papel de Trabalho 11... 87

Quadro 14: Papel de Trabalho 12... 88

Quadro 15: Papel de Trabalho 13... 90

Quadro 16: Papel de Trabalho 14... 91

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ASO – Atestado de Saúde Ocupacional CFC - Conselho Federal de Contabilidade CVM – Comissão de Valores Imobiliários CLT – Consolidação das Leis de Trabalho

CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social CPF – Cadastro de Pessoa Física

CRCRS – Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

GFIP/SEFIP -Guia de Recolhimento de FGTS e de Informações à Previdência Social GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IFAC – Federação Internacional de Contabilidade

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

LTCAT – Laudo Técnico de Condição Ambiental do Trabalho MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário PIS – Programa de Integração Social

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS... 03

LISTA DE QUADROS... 04

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS... 05

INTRODUÇÃO... 09

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO... 10

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 10

1.2 Caracterização da Organização... 10 1.3 Problematização do Tema ... 11 1.4 Objetivos ... 12 1.4.1 Objetivo Geral ... 12 1.4.2 Objetivos Específicos ... 12 1.5 Justificativa ... 12 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 14 2.1 Contabilidade... 14 2.1.1 Conceito da Contabilidade... 14 2.1.2 O Objeto da Contabilidade ... 15 2.1.3 A Finalidade da Contabilidade... 15 2.1.4 Função da Contabilidade... 16 2.2 Auditoria... 17 2.2.1 Conceito de Auditoria... 17

2.2.2. Objeto e Fins da Auditoria... 17

2.2.3 Os Objetivos da Auditoria... 18

2.2.4 Técnicas Básicas de Auditoria... 19

2.3 Normas de Auditoria... 21

2.4 Formas de Auditoria... 22

2.4.1 De acordo com a extensão do trabalho... 22

2.4.2 De acordo com profundidade dos exames... 22

2.4.3 De acordo com a sua natureza... 23

2.4.4 De acordo com os fins a que se destina ... 24

2.4.5 De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada... 25

2.5 Provas de Auditoria ... 25

2.5.1 Tipos de Prova de Auditoria ... 26

2.6 Papéis de Trabalho de Auditoria... 27

2.6.1 Finalidades e objetivos dos Papéis de Trabalho de Auditoria... 27

2.6.2 Da Estruturação dos Papéis de Trabalho... 28

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2.7.1 Planejamento deAuditoria... 29

2.7.2 Programa de Auditoria... 29

2.8 Relatórios de Auditoria... 30

2.8.1 Tipos de Relatórios de Auditoria... 30

2.9 Auditoria Operacional ... 31

2.9.1 Objetivo da Auditoria Operacional... 31

2.10 Auditoria de Recursos Humanos... 32

2.10.1 Admissão de Pessoal... 33

2.10.2 Documentação necessária para Admissão... 33

2.10.3 Contrato de Trabalho... 34

2.10.4 Contrato de experiência... 35

2.10.5 Contrato por Prazo Determinado... 35

2.10.6 Contrato por Prazo Indeterminado... 35

2.10.7 Outros ( Menor Aprendiz) ... 36

2.10.8 Jornada de trabalho e Duração... 36

2.10.9 Registro dos Empregados/ Carteira de Trabalho... 37

2.10.10 Exigências Legais... 37

2.11 Governança Corporativa... 48

3 METODOLOGIA DA PESQUISA... 51

3.1 Classificação da Pesquisa... 51

3.2 Coleta de Dados... 54

3.2.1 Instrumento de coleta de dados... 54

3.3 Análise e interpretação dos Dados... 55

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 56

4.1 Análise dos Controles Internos da Empresa... 56

4.1.1 Processo de seleção e contratação ... 56

4.1.2 Movimentação Mensal ... 58 4.1.3 Desligamento ... 59 4.2 Planejamento da Auditoria... 61 4.3 Programa de Auditoria... 61 4.3.1 Quadro de Eventos ... 64 4.4 Papel de Trabalho... 66 4.5 Relatório de Auditoria... 93 CONCLUSÃO... 100 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 102

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RESUMO

A Auditoria Operacional Interna no Setor de Recursos Humanos em uma empresa da construção civil, que busca o aperfeiçoamento nos seus controles internos, envolvendo desde a entrevista, contratação, movimentação, e desligamento do colaborador. A auditoria interna que verifica todas as atividades relacionadas ao setor de recursos humanos, examinando se não existe nenhum equívoco nos documentos e pagamentos para prevenir qualquer contratempo com uma fiscalização ou ação judicial de colaboradores insatisfeitos com possíveis fraudes ou erros. A Auditoria foi realizada na entidade com objetivo de mostrar a importância dos controles internos, informações atualizadas para uma melhor gestão burocrática e como consequência obter uma maior confiabilidade nos processos internos, na utilização das ferramentas e aprimorando a eficiência das atividades realizadas e a eficácia nos resultados finais de uma organização .É uma pesquisa aplicada e exploratória, utilizando-se da análise documental no levantamento das informações. Após a aplicação dos papeis de trabalho, constatou-se algumas irregularidades relatadas no relatório de auditoria.

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INTRODUÇÃO

Este estudo buscou ampliar o conhecimento acadêmico e obter uma visão mais global da importância da execução de uma Auditoria dentro de uma organização, por meio da realização de um trabalho, cujo assunto tratado foi a Auditoria Operacional Trabalhista.

O trabalho de um auditor muitas vezes é percebido como mera avaliação das atividades dos departamentos envolvidos e os colaboradores sentem-se vigiados, intranquilos. Esses profissionais, ainda que, em algumas situações especiais necessitem fazer fiscalizações rigorosas, não tem como objetivo policiar profissionais ou suas atividades.

A auditoria operacional é uma técnica de grande utilidade, compreendida como o conjunto de ações de assessoramento e consultoria, que permitem ao profissional auditor emitir uma opinião de aconselhamento a direção, evitando ou eliminando riscos de fraudes ou erros nos processos envolvidos dentro das organizações, garantindo precisão e segurança na tomada de decisões.

Neste contexto, o presente relatório apresenta no capítulo I, a sua contextualização, onde foi definido o tema, problema, objetivo traçados, bem como a sua justificativa.

No capitulo dois, consta a revisão bibliográfica, baseada em livros, legislação, sites e outros materiais disponíveis sobre os assuntos pesquisados, referente ao conceito de contabilidade, normas, formas e conceitos de auditoria, papéis de trabalho, relatórios e parecer de auditoria, conceito de auditoria operacional, exigências legais de recursos humanos e governança corporativa.

Na sequência o terceiro capítulo consta a metodologia da pesquisa e sua classificação, sob o ponto de vista de sua natureza, dos objetivos, forma de abordagem, procedimentos técnicos e coleta de dados.

O quarto capítulo apresenta o estudo de caso aplicado no setor de Recursos Humanos de uma empresa do ramo da construção civil, verificação dos controles internos, programa de auditoria, papéis de trabalho e por fim apresenta o relatório e a sua conclusão final, seguidas da bibliografia consultada na sua realização.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

Diante das diversas temáticas que envolve a contabilidade, o presente relatório apresenta o tema do estudo elaborado sobre a Auditoria Operacional Trabalhista e seus desdobramentos no desempenho de uma organização.

A relevância da mesma está na necessidade de ampliar o conhecimento da eficiência e a eficácia do processo realizado, buscando minimizar os riscos que podem gerar descontentamentos involuntários sobre os funcionários e que no futuro poderão se converter em reclamatórias trabalhistas.

1.2 Caracterização da Organização

A proposta de trabalho apresentada foi realizada em uma empresa do ramo da construção civil, que está atuando a dez anos no Estado.do Rio Grande do Sul. Sua sede localiza-se no município de Ijuí/RS na Rua Maranhão 375 – Centro, inscrita no CNPJ sob nº 01.888.659/0001-86 e Inscrição Estadual sob nº 065/0082026.

A empresa objeto de estudo enquadra-se como uma organização de pequeno porte, apresenta suas demonstrações contábeis pelo lucro presumido e atualmente tem um quadro funcional de cento e dez colaboradores.

A mesma é uma organização familiar composta de três sócios, atualmente atua diretamente com projetos sociais governamentais, obtendo obras em outras cidades. O departamento de contabilidade e de recursos humanos é terceirizado. Mantém em cada obra um departamento de recursos humanos onde se concentra as admissões e demissões das respectivas obras. Suas decisões são tomadas mutuamente com os três sócios, a mesma não mantem um quadro de organograma da organização.

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1.3 Problematização do tema

A prática da auditoria tem como objetivo um profundo e amplo conhecimento da Ciência e das técnicas Contábeis por parte do profissional que planeja e executa. Nos dias atuais, cada vez mais as empresas buscam a eficiência e a eficácia, e a auditoria vem a contribuir na averiguação dos processos correspondentes as informações geradas.

Esta atividade poderá contribuir para a empresa no sentido de fornecer aos gestores, em todos os níveis informações que auxiliem a controlar as operações e atividades, contribuindo com os processos de redução de conflitos ou até mesmo motivar e fazer com que a organização tenha mais produtividade.

Diante da temática que envolve a contabilidade, o objeto de estudo se direcionou para a auditoria operacional na área trabalhista em uma empresa da construção civil, tendo como proposta conhecer o processo aplicado e contribuir para amenizar os riscos futuros de reclamatórias trabalhistas, pois na mesma ocorre um grande fluxo e giro de colaboradores.

O ramo de atividade da empresa que foi analisada, por envolver um grande número de colaboradores com uma rotatividade alta, muitos deles com uma remuneração próxima ao salário mínimo, torna os mesmos bastante sensíveis na hipótese de ocorrerem erros ou redução de parcelas salariais. Esse segmento também e bastante visado em ações trabalhistas que podem ocorrer de modo individual ou coletivo. Uma ação coletiva para uma empresa de alta rotatividade com um número maior de cem funcionários podem comprometer sua sustentabilidade.

Neste contexto, torna-se fundamental a realização de uma auditoria operacional trabalhista na empresa no sentido de verificar se os processos e procedimentos neste setor estão atendendo os controles internos e também a legislação vigente, na busca de resguardar a empresa de futuras ações trabalhistas e também contribuir para que os seus colaboradores tenham confiança nos procedimentos que estão sendo executados, proporcionando a legalidade dos processos.

De acordo com o exposto questiona-se: De que forma a realização de uma auditoria operacional pode contribuir para minimizar os riscos futuros de reclamatórias trabalhistas em uma empresa no ramo da construção civil?

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1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

Avaliar os controles internos do setor de recursos humanos de uma empresa da construção civil identificando os pontos de controles, visando evitar ações trabalhistas futuras.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Realizar uma pesquisa bibliográfica, aprofundando os estudos na área de auditoria operacional, legislação trabalhista, previdenciária e dissídio coletivo na categoria da construção civil.

 Analisar os controles internos aplicando os procedimentos de normas e técnicas da auditoria na verificação das práticas e procedimentos legais dentro do setor do departamento de pessoal.

 Elaborar o programa de auditoria para a empresa e aplicação dos papéis de trabalho

 Emitir um relatório, baseado nas constatações e evidências que podem surgir na realização da auditoria, abalizar para situações de irregularidades, riscos prováveis, se for necessário sugerindo melhorias para o melhor desempenho do setor auditado.

1.5 Justificativa

A Auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o controle administrativo. A ausência de controles adequados para a organização pode expor e expõe a inúmeros riscos, frequentes erros e desperdícios.

A cada ano aumenta a competitividade de mercados, exigindo que as organizações tenham excelentes controles internos, sendo assim, quanto melhores e mais precisos forem seus controles, melhores são suas informações para a tomada de decisão.

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Os controles internos são uma ótima ferramenta para acompanhar os resultados da empresa, permitindo aos gestores uma analise clara sobre a situação da mesma.

A auditoria de recursos humanos é peça fundamental dentro da organização, pois a mesma examinará analiticamente e pericialmente as operações trabalhistas, direitos e deveres do empregado e do empregador, políticas e práticas de pessoal na organização, avaliando o seu funcionamento atual, por fim, emitindo um parecer sobre eventuais irregularidades encontradas nas análises e sugerindo melhores ações que a empresa deve tomar.

Este estudo, para a empresa foi importante na qualificação da sua gestão diária, com a aplicação de uma auditoria operacional que teve cunho preventivo, trazendo a certeza que seus processos estão corretos, ou apontando o que tem que ser melhorado, se assim foi feito, não vai incorrer em uma auditoria punitiva, com multas aplicadas por órgãos fiscalizadores, mantendo a sustentabilidade da organização e a veracidade de seus processos.

Para a acadêmica, o estudo foi uma forma de a mesma aprofundar e ampliar seus conhecimentos, buscando o seu desenvolvimento e qualificação nesta área para o exercício futuro desta atividade de auditoria interna nesta organização, proporcionando o domínio da técnica, da legislação e a experiência nesta área.

Este estudo pode contribuir com futuras pesquisas e desenvolvimento do Curso de Ciências Contábeis da Universidade, ficando este relatório como mais uma referência de pesquisa e informação a quem tiver interesse na área da auditoria operacional.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este trabalho teve o propósito de verificar se os controles internos estão sendo contemplados baseado em dados de uma empresa real, avaliando e auditando o setor de recursos humanos, baseado nas leis trabalhistas e dissídio coletivo da categoria em estudo, sendo fundamentado teoricamente por meio da pesquisa bibliográfica, subsidiadas em livros de auditoria, artigos e site de órgãos contábeis.

2.1 Contabilidade

Esta se vivenciando a Era da Informação e isto é o principal produto da Contabilidade, portanto, fazer Contabilidade é a única maneira de estar verdadeiramente inserido no mundo dos negócios. A contabilidade organizada é indispensável para que a empresa realize e preste serviço se apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e consequentemente na credibilidade da organização perante seus clientes, fornecedores e investidores.

2.1.1 Conceito da Contabilidade

A Contabilidade é Ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado decorrentes da gestão da riqueza econômica.

Estuda o patrimônio das entidades sob o aspecto qualitativo e quantitativo, segundo Basso (2011, p.26) é um “conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira”.

Para Sá (1998, p.42) “contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com a realidade, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia das células sociais”.

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O consenso é que a contabilidade surgiu na necessidade de controlar o patrimônio e estudar suas variações, ferramenta indispensável para a gestão dos negócios, as organizações necessitam de uma adequada estrutura de informações confiáveis, e a contabilidade é a principal delas.

2.1.2 O Objeto da Contabilidade

Na Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio. Basso (2005, p. 23) relata que “ o objeto da contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade”.

O patrimônio é enfocado pela contabilidade sob dois aspectos básicos, o qualitativo considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza, e quantitativo como expressão de valor econômico ou seja do ponto de vista do valor monetário.

Segundo Berti (2001, p.35) o objetivo da contabilidade decorre do conceito “registrando-o e controlando-o, com a finalidade de fornecer informações ao administrador e a terceiros sobre a situação econômico-financeira de uma entidade ou agente econômico”.

Portanto a contabilidade busca primordialmente, apreender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas pelo patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de possíveis variações, tanto podem decorrer de ação do homem, ou dos efeitos da natureza sobre o patrimônio.

2.1.3 A Finalidade da Contabilidade

Para o autor Iudícibus (1995, p. 21), “o objetivo da contabilidade, portanto, pode ser resumido no fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais”.

A Resolução 774 do (CFC 2000, p. 33) que “ a existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois caso o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra tão somente no seu objeto”.

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Para Sá (1998, p. 89) as finalidades são:

Orientação para investidores e para o mercado de capitais. Orientação para credores e instituições de crédito. Orientações sociais e trabalhistas. Análise científica para modelos de comportamento da riqueza para ensejar decisões administrativas. Modelos para a prosperidade. Controles governamentais de fiscalização e auditoria fiscal. Instrumentos de provas judiciais e perícia contábil. Previsões de ocorrências e efeitos orçamentários. Explicação de fatos patrimoniais e análises contábeis. Investigação sobre a regularidade da gestão. Dados e pesquisa social e econômica.

Logo o objetivo da contabilidade é fornecer informações fidedignas e tempestivas sobre o patrimônio, e sobre o resultado da entidade aos diversos usuários da informação contábil. Nesse aspecto, vale salientar que fundamentalmente a contabilidade deve propiciar condições para que a administração possa tomar decisões mais racionais para preservação, ampliação do patrimônio e consequentemente continuidade da entidade organizacional.

2.1.4 Função da Contabilidade

Alguns estudiosos fazem uma alusão direta das funções da contabilidade. Sendo assim Franco (1997, p.19), diz que:

A função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e as variações do patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores.

Já Crepaldi (1995, p.24) relata que:

A contabilidade é um dos principais sistemas de controle e informação das empresas. Com a análise do balanço patrimonial e da demonstraçãodo resultado do exercício é possível verificar a situação da empresa, sob os mais diversos enfoques, tais como: análises de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros, os bancos, as financeiras, ao clientes, etc.

Assim, pode-se dizer que as funções da contabilidade é composta pela classificação e registro dos fatos contábeis, de maneira a garantir o atingimento dos objetivos previstos pela mesma.

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2.2 Auditoria

Conjunto de procedimentos que examinará a integridade adequação e eficiência dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras, e operacionais da organização.

2.2.1 Conceito de Auditoria

Definição de auditoria, segundo Crepaldi (2002, p.23) “de forma bastante simples, pode-se definir auditoria como o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade”.

Portanto Franco e Marra (1982, p.20) diz que:

Auditoria é a técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções e na obtenção de informações relacionadas com o controle patrimonial de uma entidade – objetiva obter elementos de convicção que permitem julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações demonstradas.

Então, a partir das definições dos diversos autores resume-se a auditoria como sendo uma técnica contábil com características próprias, cujo objetivo é a emissão de uma opinião sustentada sobre exames realizados nas demonstrações contábeis e controles internos da entidade examinada, visando a determinar a fidedignidade dos registros e demonstrações.

2.2.2 Objeto e Fins da Auditoria

O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas ,arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interessados patrimoniais.

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Segundo Basso (2005, p. 93) ”a principal função da auditoria é a confirmação da lisura dos procedimentos administrativos, operacionais, dos registros contábeis e das consequentes demonstrações contábeis”.

Complementando Crepaldi (2002, p.23) o objeto da auditoria pode ser definido como:

Conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade dos atos da administração,[...] A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrado.

Sobre esse objeto a auditoria exerce sua ação preventiva, confirma a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações contábeis, na salvaguarda dos direitos dos proprietários, dos financiadores do patrimônio, do próprio fisco e, até da sociedade em geral. Portanto, é a auditoria que dá credibilidade às demonstrações contábeis e às informações nelas contidas. Embora a auditoria não se destine especificamente à descoberta de fraudes, erros ou irregularidades praticados por administradores ou funcionários, ela frequentemente apura tais fatos, através dos procedimentos que lhes são próprios.

2.2.3 Os Objetivos da Auditoria

A Auditoria é um modo de comprovar a regularidade ou não dos procedimentos administrativos e contábeis em uma entidade, podendo encontrar, além dos possíveis erros, ou até fraudes. Para que a auditoria seja aplicada é necessária à autorização e ou solicitação do responsável pela entidade a ser auditada.

Segundo Crepaldi (2000, p.27) “o Objetivo Principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras

Portanto Hoog e Carlin (2005, p.50), define ainda o objeto da contabilidade da seguinte forma:

O objeto do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, a assegurar que elas representam adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e

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as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios de contabilidade.

No entanto os exames de auditoria devem ser realizados de acordo com as normas de auditoria, inclusive quanto às provas nos registros contábeis e aos procedimentos de auditoria julgados necessários nas circunstâncias.

2.2.4 Técnicas Básicas de Auditoria

As técnicas da auditoria são orientações para a busca das informações do exame. Segundo Basso (2005, p.134), “As técnicas básicas de auditoria podem ser conceituada como caminhos, métodos, meios ou ferramentas utilizadas pelo auditor para a obtenção das provas auditoriais”.

Portanto Basso (2005, p.135) as técnicas básicas de auditoria consagradas na literatura especializada são:

a) Exame e contagem física: consiste no exame físico do objeto, envolvendo a identificação, contagem e verificação da sua autenticidade, qualidade, propriedade e localização.

b) Confirmação: consiste em obter declaração por escrito de alguém de fora da empresa sobre um fato que esta pessoa esteja capacitada para confirmar, essa técnica é importante no exame de contas a receber e a pagar.

c) Exame de Documentos Originais: consiste na análise de documentação que deu origem a escrituração contábil da entidade. Ao analisar os documentos originais busca-se a segurança quanto à autenticidade dos documentos, confirmar se as operações realizadas pela empresa são adequadas a sua atividade, se as operações tiveram a autorização de pessoa competente e também se os registros foram feitos adequadamente.

d) Conferência de Cálculos: essa é a mais simples e considerada a mais completa das técnicas de auditoria, nesta técnica o auditor refaz os cálculos feitos pela entidade, para comprovar a exatidão dos mesmos, é utilizada em diversas situações, também é realizada a conferencia dos documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis.

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e) Acompanhamento Retroativo dos Procedimentos da Escrituração: nesta técnica são refeitos os lançamentos já contabilizados pela entidade, desde o exame dos documentos originais, dos registros do diário e razão e o levantamento de um novo balancete. Essa técnica é útil para a certificação dos procedimentos de escrituração adotados pela entidade.

f) Investigação Minuciosa: consiste na investigação aprofundada de determinado objeto, que pode ser uma conta, um livro de registro original ou qualquer outra fonte de informação. Assim toda a vez que surgir um novo fato incomum na escrituração o auditor se utiliza desta técnica, colocando em prática todo seu conhecimento e experiência na busca de comprovação dos fatos.

g) Inquérito: esta técnica consiste na formulação de perguntas criteriosas com o objetivo de obter respostas satisfatórias de pessoas ligadas a empresa. Essas questões devem sempre buscar obter elementos que contribuam para obtenção de provas relacionadas com o processo.

h) Exame de Registros Auxiliares: nesta técnica são conciliados os livros de registros auxiliares (inventário, caixa, empregados, e outros) com os livros obrigatórios buscando a regularidade entre os mesmos.

i) Correlação de Dados: consiste em confrontar as operações com o saldo das contas entre si, nesta técnica, em boa parte da conta é possível estabelecer relação de legitimidade e exatidão dos registros e valores.

j) 0bservação: esta técnica apesar de ser auxiliar está sempre presente nos trabalhos do auditor, consiste na observação constante de tudo o que acontece, principalmente na relação entre as pessoas, para testar o funcionamento do controle interno.

Assim sendo Araújo (2001, p.78) acrescenta que as técnicas “representam o conjunto de técnicas ou métodos que permite ao auditor obter elementos probatórios de forma suficiente e adequada para fundamentar seus comentários, quando da elaboração de seu relatório”.

Deste modo, durante a execução do trabalho, o auditor deverá estar atento sobre a melhor forma de obtenção de provas necessárias ao seu trabalho, para que as técnicas e procedimentos de auditoria realmente possam ser úteis e eficientes. A prática adequada dessas técnicas, conjugada com os objetivos traçados, permitirá a auditor executar o programa de

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auditoria de acordo com tais objetivos e com segurança fornecidos pelos sistemas de controles internos avaliados.

2.3 Normas de Auditoria

De acordo com Crepaldi (2002, p.111), “as normas de auditoria orientam os auditores na realização de seus exames e na preparação do relatório”.

As normas de auditoria são requisitos a serem observados no desenvolvimento do trabalho de auditoria, segundo Basso (1989, p.115).

Normas de auditoria são entendidas como regras gerais, estabelecidas por profissionais da área e por eles aprovados, com a finalidade de auxiliar e orientar no exercício da profissão. São diretrizes básicas que orientam tecnicamente o auditor e determinam formas de conduta ética e mora

As Normas brasileiras de auditoria são regras ditadas pelos órgãos reguladores da profissão contábil do Brasil e tem por objetivo a regularização da profissão e atividades, bem como, estabelecer diretrizes a serem seguidas pelos profissionais no desenvolver de seus trabalhos. As normas atualmente em vigor no Brasil são emitidas em conjunto pelo CFC, IBRACON, Banco Central do Brasil, a CVM e a Superintendência de Seguros Privados. No âmbito internacional, a Federação Internacional de Contadores (IFAC) também emite pronunciamentos através da Comissão de Normas Internacionais de Auditoria, a qual contém orientações aos países-membros daquele órgão. As principais normas em vigor no Brasil é a Resolução CFC nº 820, de 17 de dezembro de 1997, que a prova a NBC T 11 – Normas de auditoria independente das demonstrações contábeis, e a Resolução CFC nº 821/97, de 17 de dezembro de 1997, que são periodicamente complementadas por instruções técnicas do Conselho Federal de Contabilidade.

Em função da vigência das leis 11.638/7 e 11.941/09, que introduziram modificações nas Normas de Contabilidade e de Auditoria no Brasil, as normas de auditoria em vigor antes da vigência dessas leis, estão sendo revisadas e já foram emitidas várias resoluções que adaptam as atuais normas de auditoria independente das demonstrações contábeis às normas de auditoria adotadas no exterior.

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2.4 Formas de Auditoria

Um contrato de auditoria a ser realizado, deverá considerar as características peculiares do serviço a ser realizado, o que definirá a forma do trabalho a ser executado.

2.4.1 De acordo com a extensão do trabalho

Conforme Basso (2005, p.103) “Os serviços de auditoria variam de acordo com a extensão do trabalho, a profundidade dos exames, a sua natureza, os fins a que se destinam e as relações entre o auditor e a entidade auditada”.

Magalhães (2001, p.25), complementa “as formas mais conhecidas definem-se quanto à extensão, a profundidade e a tempestividade”.

Portanto Basso (2005, p.103) afirma que: duas são as subdivisões da auditoria: a) Auditoria Geral: é aquela que se refere a todos os elementos patrimoniais, bem como a todas as operações do exercício social, sobre o que o auditor deverá, ao final de seu trabalho, emitir parecer.

b) Auditoria Parcial: esta diz respeito a exames de apenas uma ou algumas partes do patrimônio ou de algumas demonstrações contábeis, ou mesmo de algum setor específico da entidade auditada, com finalidades especiais.

Portanto a abordagem da auditoria quanto a extensão do trabalho poderá apresentar-se quanto perspectiva geral, quando abrange todas as unidades operacionais, quando abrange algumas demonstrações contábeis ou específica destinada a exames das demonstrações contábeis.

2.4.2 De acordo com profundidade dos exames

Segundo Basso ( 2005, p.104) “a profundidade dos exames refere-se à aplicação dos procedimentos de verificação no todo ou em parte dos elementos objetos de verificação”.

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Complementa dizendo Franco e Marra (2000, p.206/207) que estes procedimentos têm as seguintes subdivisões;

a) Revisão Integral: compreende o exame de todos os registros contábeis, bem como de todos os documentos e controles da entidade, com a finalidade de descobrir erros e fraudes.

b) Auditoria por Testes(Amostragens): compreende o exame de determinada parcela da população alvo, determinada com base na avaliação dos controles internos da entidade auditada.

c) Revisão Analítica: a revisão analítica aparece quando o auditor, por razões de deficiências do controle interno ou por descobertas de irregularidades, decide aprofundar os exames de determinados elementos na busca de melhores provas, capazes de dirimir dúvidas e dar-lhe novos elementos de convicção para a formação de sua opinião.

Portanto, a revisão da auditoria poderá ser geral, parcial ou limitada com a profundidade de verificação integral, por amostragem ou analítica, e poderá ser realizada permanente ou eventualmente.

2.4.3 De acordo com a sua natureza

Esta forma está ligada a duração dos serviços, segundo Basso (2005, p. 105)) está dividida entre:

a) Auditoria Permanente: aquela que é exercida em caráter permanente, como o caso da auditoria interna em certas entidades. Em alguns casos a auditoria externa pode assumir o caráter de permanente, quando o auditor estabelece um cronograma de atividades permanentes para vários anos, sem solução de continuidade.

b) Auditoria Eventual: aquela que se refere a um serviço específico, isto é, o auditor é contratado para examinar e opinar sobre uma determinada situação, sem programa de continuidade: pode ser parcial, integral ou por testes.

Segundo Franco e Marra (2000, p.210), completa com uma terceira divisão; Aauditoria de balanço com fim específico, onde;

Poderão ter por objetivo apenas as demonstrações contábeis periódicas, como o balanço patrimonial, com os fins de acautelar interesses de acionistas e investidores; controle administrativo; concessão de créditos; atender a exigências legais; e apurar o valor real do patrimônio líquido da entidade.

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Portanto, a auditoria de acordo com a sua natureza poderá ser continuada, para fins específicos e poderá ter por objetivo apenas as demonstrações contábeis periódicas.

2.4.4 De acordo com os fins a que se destina

Para Basso (2005, p.106)) diversos poderão ser os objetivos ou as finalidades dos serviços de auditoria.

a) Auditoria para acautelar interesses de acionistas e investidores: é o comum, com surgimento das empresas de capital aberto, ocorrerem situações em que a maioria dos acionistas e investidores em geral não participa diretamente da administração da empresa.

b) Auditoria para controle administrativo: que pode ser geral e permanente, e por isso se confunde com a do item anterior e também com a específica.

c) Auditoria para apurar erros e fraudes: auditoria específica contratada por entidades que não mantem auditores e que os procuram somente nos momentos em que o erro ou fraude se manifesta.

d) Auditoria para apurar o valor real do patrimônio: serviço de auditoria executado com vistas a apuração do valor real do patrimônio bruto (ou líquido) da entidade, com a finalidade de, principalmente, acertos por retirada ou admissão de sócio/acionista, colocação de ações com ágio no mercado, etc.

e) Auditoria para concessão de crédito: serviço exigido por agente financeiro para certificar-se do real estado financeiro e econômico da empresa para a qual vai conceder crédito.

f) Auditoria para cumprimento de obrigações fiscais: a auditoria geral e permanente, de certa forma faz também um exame do cumprimento das exigências fiscais.

g) Auditoria para confirmar a exatidão das demonstrações contábeis: de certa forma, todos os tipos de auditoria caracterizados concorrem para a comprovação da exatidão das demonstrações contábeis.

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Deste modo Franco & Marra (2000, p.212), salientam que “A auditoria para esse fim abrange as demonstrações contábeis que encerram a prestação final de contas dos administradores e sobre as quais o auditor da seu parecer final.”

Logo, a auditoria destina-se a concessão de créditos, apurar o valor real do patrimônio líquido, cumprimento das obrigações fiscais, para satisfazer sócios e controles administrativos.

2.4.5 De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada

A relação contratual entre o auditor e a entidade auditada estabelece a divisão fundamental dos serviços de auditoria, segundo Basso (2005 p.108), pode-se dizer que é o divisor entre:

Auditoria Externa: aquela realizada por profissional liberal autônomo ou por empresa de auditoria independente, sem vínculo de emprego, contratada para prestar um serviço especializado de auditoria permanente ou eventual, por determinado cliente.

Auditoria Interna: aquela exercida, geralmente, por funcionários da própria entidade em que atuam em caráter permanente.

Para Crepaldi (2002, p.49) complementa que na auditoria externa “os exames das operações são dirigidos principalmente visando a averiguar os reflexos destas nas operações”.

Segundo Crepaldi (2002, p.49) completa que na auditoria interna “os exames das operações são dirigidos principalmente visando aos aspectos de eficiência operacional/administrativa”.

Portanto o auditor interno é responsável por seus atos perante a empresa, o auditor externo por sua vez, presta serviço ao público em geral visando principalmente a credibilidade das demonstrações contábeis.

2.5 Provas de Auditoria

O parecer do auditor independente é um documento de responsabilidade que implica numa gama de atribuições para quem o emite, devendo o profissional possuir meios adequados e confiáveis de comprovar sua opinião a lisura das afirmações. As provas e

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evidências utilizadas pelo auditor podem ser questionadas, por isso o auditor deve possuir um censo crítico quanto à confiabilidade ou não das provas adquiridas, principalmente quanto às suas fontes, origens e natureza.

Segundo Basso (2005 p.130), “a prova auditorial significa todos os dados que o auditor conseguiu levantar para fornecer seu parecer”.

As informações contidas nas demonstrações contábeis de uma determinada entidade podem ser resumidas em cinco grandes grupos, de acordo com a sua natureza:

a) Afirmações de existências ou inexistências. b) Afirmações de fatos passados.

c) Afirmações de condições quantitativas. d) Afirmações de condições qualitativas. e) Afirmações matemáticas.

Portanto, sem provas um auditor não tem bases suficientes que lhe permitam fazer um julgamento, formar uma opinião, ou, ainda, assinar um relatório de auditoria.

2.5.1 Tipos de Prova de Auditoria

Sem provas um auditor não tem base suficiente que lhe permitirá fazer um trabalho averiguando a veracidades dos fatos. Segundo Basso ( 2005, p.132) ressalta que:

A tipificação da prova auditorial decorre de um esforço de estudiosos no assunto em formular, de acordo com a natureza das informações das demonstrações contábeis, alguns enunciados poderá evidenciar as diversas formas de obtenção de provas auditoriais, caracterizados assim:

a) Exame físico b) Documentos hábeis c) Declaração de terceiros

d) Declarações formais de administradores e funcionários e) Declarações informais

f) Cálculos feitos pelo auditor g) Controle interno satisfatório h) Atos subsequentes da entidade i) Registros auxiliares

j) Inter-relações de dados

As diferentes provas tipificadas, consubstanciadas nos papéis de trabalho de auditoria, de uma ou outra forma irão proporcionar ao auditor condições para a elaboração do relatório de auditoria e a emissão de seu parecer sobre o objeto de seu exame.

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2.6 Papéis de Trabalho de Auditoria

O contador deverá colher elementos comprobatório que o apoiem em seu parecer, os papéis de trabalho surgem com a finalidade de registrar evidências obtidas no decorrer dos trabalhos.

Sá (1980, p.142), diz que “os papéis utilizados para transcrever dados, fazer anotações, analisar contas, demonstrar cálculos, relatar situações, espelhar levantamentos, em suma, executar a tarefa de auditoria, são denominados papéis de trabalho”.

Portanto Crepaldi (2002, p.259) complementa dizendo “entende-se por papéis de trabalhos o conjunto de formulários e documentos que contem as informações a apontamentos coligidos pelo auditor, no decurso do exame, as provas por ele realizadas”.

Conforme a resolução CFC nº 1024 de 15 de abril do ano 2005, aprova a NBC T 1.3 que correspondentes a papéis de trabalho ressalta que:

O auditor deve documentar as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.

Sendo assim, os papéis de trabalho qualquer matéria que, por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de trabalho que apresentem as indagações e as conclusões do auditor.

2.6.1 Finalidades e objetivos dos Papéis de Trabalho de Auditoria

A finalidade dos papéis de trabalho segundo Hoog e Carlin (2005, p.61) relata que:

A finalidade principal dos papéis de trabalho do auditor é a de servir como base e sustentação da opinião do auditor. Eles constituem o testemunho do trabalho que o auditor efetuou, a forma como foi realizado esse trabalho e registram e documentam as conclusões a que o auditor chegou.

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Portanto Basso (2005, p.144) cita duas principais finalidades dos papéis de trabalho sendo elas:

a) Reunir provas para fundamentar a opinião do auditor contida em seu parecer b) Comprovar a execução do trabalho realizado

O papel de trabalho terá como finalidade colher elementos comprobatórios suficientes para evidenciar o trabalho realizado pelo auditor e dar fundamento em sua opinião sobre as atividades e os processos examinados.

Embora, os papéis de trabalho tenham origem dos documentos que são de propriedade da empresa eles pertencem exclusivamente ao auditor, devido ao fato de que neles está fundamentada a sua opinião. Os papéis de trabalho são de natureza confidencial e não podem em hipótese alguma ser utilizados em benefício próprio ou de outrem, uma vez que os mesmos trazem informações obtidas da empresa.

2.6.2 Da Estruturação dos Papéis de Trabalho

De acordo com Crepaldi (2002), quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deverá levar em consideração alguns aspectos relativos à forma da estrutura, a saber:

a) Concisão: os papéis de trabalho devem ser concisos, de forma que todos entendam.

b) Objetividade: os papéis de trabalho devem ser objetivos, de forma que se entenda a onde a auditor quer chegar.

c) Limpeza: os papéis de trabalho devem ser limpos, de forma a não prejudicar o entendimento destes.

d) Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados de forma lógica de raciocínio.

e) Completos: os papéis de trabalho devem ser completos por si só, evitando assim que o revisor destes tenha que recorrer a novas informações para fundamentar o que foi executado pelo auditor.

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2.7 Planejamento e Programa de Auditoria 2.7.1 Planejamento deAuditoria

Todo o trabalho executado em uma empresa antes de quaisquer procedimentos deverá ser planejado e desenvolvido um programa de auditoria com objetivos a serem alcançados, conforme Hoog e Carlin (2005, p.85):

O planejamento da auditoria pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o nível geral de competência de sua administração considerando prazo para início dos trabalhos pelos envolvidos, local, documentação e informações, forma de conclusão, postura, objetivo a ser atingido com a auditoria etc,

Todo e qualquer trabalho de auditoria deve ter um programa no qual possa detalhar o procedimento da busca das informações e como será executado dentro das normas legais e cabíveis a ele. Portanto Franco e Marra (2000, p.291):

O programa de auditoria consiste no plano de trabalho para exame de área específica. Ele prevê os procedimentos que deverão ser aplicados para que se possa alcançar o resultado desejado. Deve, entretanto, ser bastante amplo e flexível, para permitir alterações durante o andamento das verificações, segundo aconselham as circunstancias, isto é, o maior ou menor eficiência dos controles internos do cliente.

Sendo assim o planejamento de um serviço de auditoria, assim como o de qualquer outra atividade, deverá estabelecer as atividades do auditor, para serem aplicadas no sistema contratante, fixa as prioridades entre os objetivos elegidos e seleciona os meios para obter tais objetivos.

2.7.2 Programa de Auditoria

O programa de auditoria consiste de acordo com Perez Junior (1995), os objetivos do planejamento de uma auditoria se tornam mais eficientes quando este planejamento é feito por escrito, e sua emissão resultará na elaboração de programa de auditorias, onde as ideias relativas ao que fazer, como e porque fazer é convertido em procedimentos da auditoria, realizado por escrito na forma de programa.

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Segundo (Basso, 2005 p.245) a elaboração de um programa “de auditoria adequado implica, ainda, em selecionar os procedimentos de verificação que devem ser aplicados a determinadas situações.”

Portanto, estes programas terá a finalidade de obter informações adequadas que possibilite ao auditor formar sua opinião.

2.8 Relatórios de Auditoria

O relatório de auditoria será o produto final realizado pelo auditor, sua função será de informar a empresa auditada sobre o trabalho executado. Segundo Basso (2005, p.332) diz que:

O relatório é o produto do trabalho realizado e é por ele que o auditor informa as pessoas sobre o trabalho que realizou, o alcance atingido pelo trabalho, a forma como e fez e as conclusões a que chegou, que ao final culminarão com sua opinião ou parecer sobre o objeto da auditoria, em geral, as demonstrações contábeis ou outras peças examinadas.

Neste sentido, Vieira (2011, p. 14) expressa que este “consiste numa narração ou descrição ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em evidência concreta, durante os exames de auditoria operacional”.

Portanto, no que consiste o relatório de auditoria deverá relatar com fidelidade os trabalhos executados e os fatos observados, não omitindo fatos que poderá trazer prejuízos a terceiros.

2.8.1 Tipos de Relatórios de Auditoria

Os relatórios emitidos pelos auditores poderão ser classificados de dois tipos: relatórios informais e formais. Conforme Franco e Marra (2000, p.519):

[....] podemos considerar a existência de relatórios formais, elaborados de forma escrita e sujeitos e determinadas normas, muitas das quais estão contidas nas próprias normas de auditoria, como mencionaremos abaixo, existindo ainda os relatórios informais, que geralmente não consubstanciam a forma escrita, mas compreendem apenas informações verbais, transmitidas aos administradores da entidade auditada, ou a seus subordinados, e que envolvem assuntos ou erros não relevantes, que podem ser corrigidos sem que precisem constar de relatórios formais.

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Os relatórios formais ainda podem se subdividir em relatórios analíticos e sintéticos. Os relatórios analíticos normalmente tem a mesma elaboração do plano de auditoria, são longos e compreendem o parecer do auditor bem como todas as informações pelo auditor utilizadas. Os relatórios sintéticos são breves, seguem alguns requisitos estabelecidos nas Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e seguem aspectos mínimos como endereçamento, identificação e características dos exames, opinião, obediência aos Princípios e as Normas Técnicas de Contabilidade e fecho do parecer.

2.9 Auditoria Operacional

A Auditoria Operacional tem a finalidade de dar credibilidade às informações da entidade auditada com o fim específico de emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Segundo Hoog e Carlin (2005, p.56)

A Auditoria Operacional Contábil na confrontação dos elementos da contabilidade com as operações da empresa, visando especificamente dar credibilidade as informações, números e resultados que as peças contábeis devem obrigatoriamente transmitir ao público em geral, através do parecer ou mesmo apenas para entender os interesses dos proprietários e executivos quantoa transparência de gestão e prestação de contas através de relatórios específicos.

Portanto Araújo (2001, p.27), diz que a auditoria operacional “ é a análise e avaliação do desempenho de uma organização no todo ou em partes, objetivando formular recomendações e comentários que contribuirão para melhorar os aspectos de economia”.

A Auditoria Operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, dos órgãos ou entidades, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia, economicidade, efetividade e qualidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

2.9.1 Objetivo da Auditoria Operacional

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a) Avaliar o nível de operacionalização das unidades consoantes com os normativos vigentes;

b) Contribuir para otimização da dinâmica de atuação das unidades via auditoria preventiva, baseada na aplicação de checklist, cobrindo produtos, serviços e infraestrutura;

c) Verificar a adequa cidade das normas operacionais das unidades em função da evolução da tecnologia de cada organização;

d) Estimular a qualidade organizacional;

Sendo assim, Araújo (2001, p.45) salienta que o objetivo da auditoria operacional “é examinar a ação governamental quanto aos aspectos da economicidade, eficiência e eficácia”.

Desta forma, o objetivo da auditoria operacional será de dar subsídios para todos os membros da administração, com o intuito de fazer melhorar a gestão na busca da eficiência por meio da economicidade para atingir a eficácia

2.10 Auditoria de Recursos Humanos

O departamento de recursos humanos é um dos setores mais importantes de uma organização, atuará de forma vital na sua manutenção e desenvolvimento. É responsável por toda a rotina dos colaboradores dentro da empresa, desde o processo seletivo até o seu desligamento, envolvendo a legislação que estará sempre em constante atualização.

Segundo Gil (2000) a auditoria nesse setor tem muita importância, como técnica contábil, pois poderá detectar falhas ou fraudes, e ainda a não observância na legislação vigente, utilizando-se de documentos apropriados para os exames como folha de pagamento, guia de recolhimentos, encargos previdenciários e trabalhistas, buscando desta forma evidenciar possíveis erros e fraudes que acontecem ou possam vir acontecer.

Assim a auditoria de recursos humanos poderá auxiliar aos empresários a ter uma ampla visão do seu quadro de pessoal.

Para fazer auditoria no setor de recursos humanos, deve-se ter conhecimento da Legislação Trabalhista, previdenciária e conhecimentos jurídicos.

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Conforme art. 2° da CLT (2006, p.239), “considera empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumido os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”.

Conforme art. 3° da CLT (2006, p.239), “considera empregado toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”

Portanto, as empresas deverá cada vez mais procurar sua eficiência produtiva, verificando processos e sistemas, sendo assim a auditoria se torna peça fundamental para tal objetivo, pois ela estuda a veracidade das informações do controle interno, a mesma se ramifica em diversas áreas de estudo, sendo uma delas a auditoria de recursos humanos.

2.10.1 Admissão de Pessoal

Inicialmente as vagas disponíveis para o processo seletivo são divulgadas nos diversos meios de comunicação, após realizará a seleção de pessoas que se adaptam a necessidade da vaga oferecida pela organização.

De acordo com Almeida (1988, p.348) “a atividade de recrutamento significa atrair os candidatos que possuam os requisitos mínimos exigidos pelas empresas...”

2.10.2 Documentação necessária para Admissão

Realizado todo o processo de recrutamento e seleção, partirá para a parte burocrática, a hora da contratação. Antes da efetiva e definitiva contratação o primeiro passo para que se realmente firmem entre as partes um sólido contrato de serviços, e de que a empresa, às suas custas, deverá encaminhar o colaborador para um exame médico admissional. Exame este que de preferência deverá ser realizado por um médico contratado da empresa e que avalie física e psicologicamente as aptidões deste colaborador, para fins de que este, estando apto, seja de fato efetivado ao cargo. Feito o exame e estando apto o colaborador, a empresa que rege seu funcionamento pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), deverá efetuar o registro do empregado. Alguns documentos são essenciais para a

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formalização do contrato de trabalho e outros apenas recomendados. Abaixo relação de documentos necessários para o registro:

- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), mediante recibo de entrega e devolução;

- Cadastro de Pessoa Física (CPF); - Carteira de Identidade (RG);

- Carteira Motorista ( caso a função exija); - Título de Eleitor;

- Certificado Reservista para homens com mais de 18 (dezoito) anos; - Histórico Escolar;

- Menor Estudante: Atestado de frequência da instituição de ensino; - Exame Médico admissional;

- Uma Foto 3x4

- Certidão de Casamento/ Nascimento;

- Certidão de Nascimento de filhos menores de 14 anos; - Comprovante de Inscrição do PIS

- Comprovante de Residência

Tendo em posse dos documentos descritos e acertadas as questões de cargo e salário o colaborador ficará devidamente registrado a empresa em conformidade com a lei.

2.10.3 Contrato de Trabalho

O contrato de trabalho é um documento que estabelece o vínculo empregatício, mediante a assinatura do mesmo por empregador e empregado e da carteira de trabalho. Conforme a CLT (art.443), “ o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”.

Sendo assim o contrato de trabalho é todo consenso em que haja uma parte disposta a contratar e a outra parte disposta a prestar serviços mediante contra prestação que é o salário.

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2.10.4 Contrato de experiência

É um contrato de trabalho normal, porém com um período de vigência preestabelecido, sendo de noventa dias conforme artigo 445 da CLT o período máximo previsto em lei, podendo haver somente uma prorrogação.

2.10.5 Contrato por Prazo Determinado

Este contrato consiste em um acordo antecipado em relação ao início e fim da relação de emprego entre empregador e empregado. Conforme CLT (2006, art. 443, parágrafo lº) pronuncia que, "considera-se como prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou de execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão de aproximada”.

Ainda de acordo a CLT (art.445), “o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2(dois) anos, observada a regra do art.451”.

A nova modalidade de contratação criada pela lei nº 9601/98, depende sempre de precisão em convenção ou acordo coletivo e abrange qualquer atividade da empresa, devendo gerar, obrigatoriamente, aumento de postos de trabalho, novas vagas.

Portanto o contrato de trabalho por prazo determinado é uma espécie de contrato de trabalho cuja natureza ou transitoriedade das atividades justifica a predeterminação do prazo. Nenhuma disposição de contrato que contrarie normas de convenção ou acordo coletivo de trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito.

2.10.6 Contrato por Prazo Indeterminado

Este contrato de trabalho refere-se a um contrato que não há período de vigência pre estabelecido.

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Segundo Formica (1998, p.24), diz que contrato indeterminado é “ todo contrato que sucede, dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo quando se tratar de execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos”.

Considera assim que quando houver o final da vigência de um contrato de experiência, não havendo a dispensa por parte do empregador, nem o desejo de ser dispensado por parte do colaborador, entra se no período de contrato por tempo indeterminado.

2.10.7 Outros ( Menor Aprendiz)

Além, dos contratos por tempo determinado e indeterminado, existe o contrato de trabalho especial do menor aprendiz, de acordo com a Lei nº 10.097 de dezembro de 2000, “ é proibido a qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos”.

O artigo 18 da lei nº 11.180 de 2005 o artigo da CLT nº 428 passa a vigorar com a seguinte redação:

Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação."

2.10.8 Jornada de trabalho e Duração

A jornada de trabalho corresponde ao tempo que o empregado fica a disposição do empregador.

A Constituição Federal 1988 artigo 7º inciso XIII, preceitua “que a duração do trabalho normal não superior a 8hs diárias e 44hs semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

A limitação da jornada de trabalho, atualmente vigente, não impossibilita que ela seja menor, apenas assegura um limite máximo.

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2.10.9 Registro dos Empregados/ Carteira de Trabalho

Registro de empregados é um dos meios utilizados para comprovação de tempo de serviço perante a Previdência Social, servindo também para provar a vinculação entre empregado e empregador. Atualmente, o registro pode ser feito em livro ou ficha, bem como através de sistema informatizado.

O Ministério do Trabalho, através da Portaria 41 de março 2007, edita normas referentes ao registro de empregados e a anotação da carteira profissional.

O empregador poderá adotar ficha de anotações, exceto com relação a admissão e demissão, que deverão ser anotadas na carteira de trabalho do empregado, sendo que este poderá solicitar o fornecimento dos dados constantes na ficha de anotações, sendo ela de forma clara, sem abreviaturas.

O Registro de empregados a que se refere o artigo 41 da CLT, pertence ao empregador e deverá conter obrigatoriamente nome do empregado, data de nascimento, filiação, nacionalidade, naturalidade, número e série do PIS/PASEP, data de admissão, cargo e função, jornada de trabalho, férias, acidente do trabalho quando houver.

A carteira de Trabalho e Previdência Social é hoje, por suas anotações, um dos únicos documentos a reproduzir com tempestividade a vida funcional do trabalhador. Assim, garante o acesso a alguns dos principais direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e FGTS.

2.10.10 Exigências Legais

São os procedimentos relevantes que as empresas regidas pela CLT deverão observar no momento de contratar ou manter o colaborador na sua organização, formalidades pertinentes da legislação vigente.

a) livro de Inspeção do Trabalho

Conforme artigo 3º da portaria 3158 de maio de 1971, “a inspeção do trabalho destina-se a fiscalizar e assegurar o cumprimento das disposições legais, no que refere à proteção dos colaboradores no exercício das atividades.”

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De acordo com CRCRS (2012) “ a legislação estabelece para a verificação e eventuais anotações dos autos de infração e dos termos de ocorrência, que o livro de Inspeção do Trabalho deverá ser mantido em cada um dos estabelecimentos que tenham empregados”.

b) Livro ou Relógio Ponto

O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministério do Trabalho.

O parágrafo 2º do art. 74 da CLT diz que “nos estabelecimentos com mais de dez trabalhadores é obrigatória à anotação da hora de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico.”

c) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

Conforme site do MTE, O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED foi criado pelo Governo Federal, através da lei nº 4923/65, que “ instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT”.

Portanto este cadastro servirá como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada para ações governamentais, é utilizado, ainda, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.

d) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficarão obrigados a organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão interna de prevenções de acidentes – CIPA.

Conforme artigo 163 da CLT, (2006).

Será obrigatória a constituição da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.

Parágrafo único: O Ministério do Trabalho e Emprego regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAS.

Portanto Gonçalves (2011, p.48) expressa que “independentemente da classificação da empresa(grau de risco), as empresas com até (19) dezenove empregados estão desobrigadas de constituir CIPA”.

Referências

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