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Avaliação de bioestimulante em soja

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JULIANO STOCHERO VIEIRA

AVALIAÇÃO DE BIOESTIMULANTE EM SOJA

Ijuí – RS Julho - 2014

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JULIANO STOCHERO VIEIRA

AVALIAÇÃO DE BIOESTIMULANTE EM SOJA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Orientadora:Profª. Drª. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger

Ijuí - RS Julho - 2014

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JULIANO STOCHERO VIEIRA

AVALIAÇÃO DE BIOESTIMULANTE EM SOJA

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita.

Ijuí (RS), 20 de julho de 2014.

Profª Dra. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger ______________________________ DEAg/UNIJUÍ – Orientadora

Profº. MSc. Luiz Volney Mattos Viau _______________________________ DEAg/UNIJUÍ

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Dedico esta conquista a toda a minha família, pelo apoio e incentivo para que eu pudesse concluir este curso superior.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e demais familiares.

À professora Dra. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger pela dedicação na orientação deste trabalho de conclusão de curso.

À empresa Camera Agro Alimentos Ltda. e à Comercial Agrícola Figueira Ltda (CAFIL), pela disponibilização dos produtos e auxílio prestado.

À todos os colegas de curso, em especial ao amigo, colega, e companheiro de trabalho Matheus Copetti pela amizade e companheirismo estabelecidos.

Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), professores e funcionários, pelo apoio, amizade e pelos ensinamentos prestados durante a vida acadêmica.

Aos funcionários do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), em especial ao César Sartori, pelo auxílio prestado, o que possibilitou a boa condução do experimento.

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AVALIAÇÃO DE BIOESTIMULANTE EM SOJA

Acadêmico: Juliano Stochero Vieira

Orientadora: Profª. Drª. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger

RESUMO

As utilizações de técnicas agronômicas que proporcionem o incremento nos componentes de rendimento da cultura da soja são de fundamental importância para potencializar o processo produtivo para o agricultor. Desta forma, manejos que aumentem o rendimento de grãos em soja, tornam-se ferramentas importantes para a cadeia produtiva da soja. O objetivo do trabalho foi verificar a produtividade da cultura da soja bem como alterações nos componentes do rendimento, promovidas pelo uso dos bioestimulantes Kip Soja, Phósman New e Glutamin Extra. O experimento foi instalado no IRDeR, pertencente ao DEAg/UNIJUÍ em Augusto Pestana, RS, com delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial, envolvendo bioestimulantes e estádios de aplicação. A cultivar de soja Brasmax Tornado RR, foi semeada em meados de novembro com tratamentos constituídos da aplicação dos bioestimulantes nos estádios fenológicos de V4, R1 e R5, além da testemunha. Foi avaliado o rendimento de grãos e seus componentes. O bioestimulante Glutamin Extra proporcionou maior rendimento de grãos, com 3.983 kg ha-1. O rendimento biológico foi menor quando utilizado o bioestimulante Kip Soja, onde este não conseguiu superar a testemunha que atingiu as 63 g.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resumo da análise de variância para distintos caracteres de produtividade em soja. ... 16

Tabela 2: Teste de comparação de médias para os caracteres RG e PP, considera- do o efeito dos bioestimulantes e a testemunha ... 17

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 8 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 10 2 MATERIAL E MÉTODOS ... 14 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 16 CONCLUSÃO ... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 20 ANEXOS ... 23

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INTRODUÇÃO

A soja (Glycinemax L.), cultura típica do continente asiático, é uma das principais culturas produtora de grãos, mundialmente produzidas dado o seu alto valor nutricional e econômico. Na questão nutricional a soja se destaca por ter elevada quantidade de proteína em seu grão, sendo, portanto excelente opção em substituir a proteína animal por uma de origem vegetal na alimentação humana. No quesito econômico, principalmente no setor agrícola, se destaca por sua capacidade de agregar rendimentos ao agricultor, o que faz dela a commodity mais produzida no Brasil.

Cabe destacar que em algumas regiões do país, seu potencial produtivo ainda não foi atingido, sendo assim, os agricultores esperam sempre obter maiores produtividades. Atrelado a isso, nos últimos anos tem ocorrido uma valorização na comercialização do grão, devido à diminuição do estoque mundial, e a grande demanda por grãos de soja destinados a produção de biodiesel, com isto, os produtores tem mais um incentivo para buscar aumentos de produtividade e desta forma, agregar mais lucro a sua atividade.

Atualmente a expansão de áreas de cultivo está praticamente estagnada, desta forma, os agricultores precisam produzir mais na mesma área. Com isso, a busca por alternativa que proporcione a cultura da soja expressar seu potencial genético com um custo reduzido tem sido frequente. Dentre estas alternativas está o emprego da adubação de solo de maneira adequada, manejo de cultivares, manejo de época de semeadura, além do emprego da adubação foliar e o uso de bioestimulantes.

Neste sentido, o uso de bioestimulantes pode proporcionar um incremento de produtividade. Isto porque, o regulador vegetal estimula a planta a promover alterações físicas, químicas e metabólicas em suas estruturas celulares, que podem contribuir em alterações no crescimento e desenvolvimento e nos componentes

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indiretos e diretos do rendimento de grãos. No entanto, a produtividade de grãos está relacionada a diversos fatores, entre eles a qualidade do solo. A necessidade de ter um solo de boa qualidade sem compactação, bem estruturado, que não tenha impedimentos, como a presença do alumínio, é indispensável, pois se o solo estiver em baixas condições de fertilidade a planta não ira absorver todos os nutrientes que ela necessita, e o uso de bioestimulante, nesta situação pode não ser efetivo a mesma.

Vale salientar que os bioestimulantes são indicados para promover incremento de produtividades em áreas consideradas de alta fertilidade. Estas áreas são manejadas seguindo as técnicas agronômicas adequadas à cultura. Desta forma, por exemplo, se a área em que o agricultor aplicar o bioestimulante for de baixa fertilidade, e os tratos culturais forem empregados inadequadamente o produtor não terá o efeito esperado com o uso desta tecnologia. Como o bioestimulante é aplicado via foliar geralmente na época do florescimento, a planta deve estar em ótimas condições nutricionais. Em áreas que apresentam baixa fertilidade ocorrem crescimento e desenvolvimento inadequado, pela escassez de nutrientes no solo, com isto, a resposta das plantas à aplicação do produto tende a ser baixa ou ausente, se considerado o rendimento de grãos. Com isso, o agricultor estará tendo um gasto financeiro com um produto que na verdade não irá fornecer um aumento de produtividade. Desta forma, o objetivo deste estudo é verificar se ocorre incremento de produtividade na cultura da soja com a aplicação de bioestimulantes além de verificar alterações nos componentes de rendimento da cultura da soja.

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A cultura da soja é a commodity de maior importância em nível nacional e mundial. No Brasil, essa cultura ocupa posição de destaque e se apresenta como a mais importante cultura em produção de grãos e em exportação (KLAHOLD et al, 2006).

A soja é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu nas últimas três décadas e corresponde a 49% da área plantada em grãos do país, pois a sua comercialização esta sendo cada vez mais valorizada principalmente pelo grande número de empresas que estão se especializado na extração de óleo para a fabricação também do biodiesel. Outro fator é o aumento da produtividade que está associado aos avanços tecnológicos, ao manejo e eficiência dos produtores. O farelo de soja é componente essencial na fabricação de rações animais e com uso crescente na alimentação humana (MAPA, 2014).

A área plantada de soja é estimada em 27.721,6 mil hectares, apresentando um incremento de 10,7% em comparação com o verificado na safra 2011/12 (25.042,2 mil hectares). Conforme registrado nos boletins anteriores, os problemas ocorridos durante a evolução do desenvolvimento vegetativo da oleaginosa não trouxeram, como se imaginava, comprometimentos graves para a produtividade. Os efeitos dessas ocorrências na safra brasileira de 2013 apontaram para uma produção recorde de 81.456,7 milhões de toneladas, comparada com 66.383,0 mil toneladas em 2011/12, representando um aumento de 22,7% (CONAB, 2014).

Devido ao mercado sempre aquecido e a demanda cada vez mais crescente do grão, os produtores de soja estão sempre em busca por formas de potencializar a produtividade, dentre elas o uso de bioestimulantes.

Os bioestimulantes são complexos que promovem o equilíbrio hormonal das plantas, favorecendo a expressão do seu potencial genético, estimulando o desenvolvimento do sistema radicular (ONO; RODRIGUES; SANTOS, 1999). Esses produtos agem na degradação de substâncias de reserva das sementes, na diferenciação, divisão e alongamento celular (CASTRO; VIEIRA, 2001).

O emprego de bioestimulantes como técnica agronômica para se aperfeiçoar a produtividade de diversas culturas, tem crescido nos últimos anos. Os fito hormônios contidos nos bioestimulantes são moléculas sinalizadoras, naturalmente presente nas plantas em concentrações basicamente pequenas, sendo

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responsáveis por efeitos marcantes no desenvolvimento vegetal (TAIZ; ZEIGER, 2004).

De acordo com Vieira (2001), a mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou de reguladores vegetais com outras substâncias de natureza bioquímica como aminoácidos, vitaminas e nutrientes são designados como bioestimulantes. Além disso, produtos de origem natural, obtidos a partir do extrato de algas Ascophyllum nodosum, também têm sido utilizados como bioestimulantes em diversas culturas (BROWN, 2004 apud SBERSE, 2013), sendo que na Comunidade Européia é frequente o uso de produtos comerciais à base de extrato de alga para aplicações foliares ou no solo, inclusive na agricultura orgânica (MASNY; BASAK; ZURAWICZ1, 2004 apud SBERSE, 2013). No Brasil, o uso do extrato de alga na agricultura é regulamentado pelo Decreto nº 4.954 (BRASIL, 1975) enquadrado como agente complexante em formulações de fertilizantes para aplicação foliar e fertirrigação. Nessa categoria, enquadra-se também o ácido L-glutâmico, aminoácido que pode ser produzido pela fermentação do melaço da cana pela bactéria Corynebacterium glutamicum (DREYER et al2 2000 apud SBERSE, 2013).

Os biostimulantes também têm sido empregados na agricultura orgânica, tendo como exemplo os aminoácidos. Na produção orgânica se busca maximizar os benefícios sociais e minimizar o uso de energia não renováveis, além da oferta de um produto com elevado valor nutricional que propicia ao consumidor e ao produtor saúde, onde ambos ficam isento do contato com agrotóxicos (OLTRAMARI; ZOLDAN; ALTMANN, R, 2002).

As ações dos bioestimulantes baseiam-se na ação sintetizadora dos aminoácidos pelas plantas (BRANDÃO, 2007; CAÇO, 2008), sendo utilizados a fim de suprir grande parte das necessidades estruturais, auxiliar na síntese de vitaminas, de vários compostos como enzima, hormônio e clorofila. Atua no armazenamento e transporte de nitrogênio, efetuando assim uma ação direta para um maior desenvolvimento vegetal e com um gasto energético reduzido, além da redução da fito toxicidade de alguns defensivos. Proporciona maior tolerância ao

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MASNY, A.; BASAK, A.; ZURAWICZ, E. Effects of foliar application of KELPAK SL and GOEMAR BM 86 preparations onyield and fruit quality in two strawberry cultivars. Journal of Fruit and

Ornamental Plant Research, v. 12, p. 23-27, 2004.

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DREYER, A.; COELLO, N.; MONDIEL, E. Utilización de la metodologia de superfície de respuesta

de laoptimización de um medio de cultivo para laproducción de L-lisin por

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dos produtos colhidos. Os biofertilizantes ou estimulantes caracterizam-se como uma alternativa à suplementação de nutrientes em hortaliças, podendo ser aplicados via solo, via sistemas de irrigação ou pulverização foliar. O aumento no uso de formulações biofertilizantes é justificado pelo baixo custo, composição variada e a existência de bons níveis de nutrientes (SOUZA, 2003).

Desde a década de 90, os biofertilizantes são utilizados em aplicações foliares como suprimento nutricional, ativador do crescimento vegetal e auxiliar no controle de pragas e doenças. No âmbito legal, os biofertilizantes, ou estimulantes, são qualificados como produtos que contém ingrediente ativo capaz de melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento das plantas (MAPA, 2008). Desta forma, não só em espécies hortaliças se destaca o uso de bioestimulantes, como também, em culturas de grãos, no entanto, sua ação em relação à maior produtividade necessita ser verificada nas diferentes condições de cultivo.

O bioestimulante proporciona incremento no número de legumes por planta e produtividade de grãos tanto em aplicação via sementes quanto via foliar, na cultura da soja. Todavia, a maior produtividade não está relacionada ao maior crescimento da parte aérea, considerando-se a altura das plantas, ramos por planta, altura de inserção do primeiro legume. Em relação ao aumento da produtividade, o bioestimulante é mais efetivo quando aplicado na fase reprodutiva (BERTOLIN et al, 2008).

No milho, Ferreira et al (2007) observaram que o tratamento de sementes com o Cellerate, na dose de 10 ml kg-1 de sementes, acima da dose recomendada pelo fabricante, reduz a emergência de plântulas de milho de linhagem e de híbrido e a germinação de sementes de linhagem, quando o tratamento é feito na pré-semeadura. Já o tratamento das sementes de milho com o bioestimulante Stimulate e com o fertilizante Cellerate não afeta a produtividade de grãos.

Ao fazer testes com bioestimulantes em feijoeiro Lana et al (2009) concluíram que a aplicação de bioestimulantes elevou a produção de grãos de feijão em relação à testemunha, mas não influenciou o peso de mil grãos e os teores foliares de macro e micronutrientes.

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Fresoli et al3 2006 (apud SBERSE, 2013) estudando efeito de bioestimulante em soja, não observaram diferença entre o tratamento de sementes e aplicação foliar no estádio V5 para produtividade, obtendo maiores produtividades com a aplicação do produto tanto em aplicação foliar quanto via sementes em relação à testemunha, obtendo produtividade aproximada de 3.205 kg ha-1 para esses tratamentos.

Os bioestimulantes são vistos pelos produtores como uma forma de aumentar a sua produção de grãos, mas quando aplicado não corresponde como o esperado. Geralmente, a falta de resposta positiva na produção de grãos não é observada devido as interferência climática, de manejo da aplicação, ou até mesmo do solo. Desta forma, os bioestimulantes apresentam aspectos negativos e positivos. Estas contradições ficaram evidentes quando Albrecht et al (2011) verificaram que o uso de biorreguladores com ação promotora no crescimento e desenvolvimento na soja, se tornou possível com o foco no aumento da produtividade. No entanto, quando a aplicação for via foliar, o que é mais indicado, doses elevadas tendem ser prejudiciais, no entanto melhor resposta tende a ser observada quando as aplicações são realizadas no estádio vegetativo.

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FRESOLI, D.M. et al. Evalución de unbioestimulanteen sojas con distintos hábitos de crecimento. In: CONGRESO DE SOJA DEL MERCOSUR, 3., 2006, Rosario. Anais... Rosario: Mercosoja 2006. p. 578-581.

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O experimento foi conduzido em uma área experimental do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), localizado no Município de Augusto Pestana – RS (28º 26’ 30” de latitude Sul e 54º 00’ 58”, com 298 metros de altitude) no ano agrícola de 2013/2014.

A área experimental possui o solo constituinte da unidade de mapeamento Santo Ângelo, classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico Típico, originário do basalto da formação da Serra Geral, caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, boa drenagem, textura argilosa com predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

O delineamento experimental foi implantado com blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial, envolvendo bioestimulantes e estádios de aplicação. Os tratamentos foram constituídos por três bioestimulantes e três estádios aplicação (V4, R1 e R5) e a testemunha. As parcelas experimentais foram constituídas de cinco linhas de cinco metros de comprimento espaçadas 0,50 metros entrelinhas, totalizando uma área de 12,5 m² por parcela e 44 parcelas ao total.

O experimento teve sua implantação no dia 14 de novembro de 2013, sendo utilizado um trator e uma plantadeira para fazer o plantio direto na palha. A cultivar utilizada foi a 6863/Tornado da BRASMAX, habito de crescimento indeterminado, porte alto e grupo de maturação 6.2, sendo feito nesta o tratamento de sementes com os produtos Avicta 500 FS 1,0 ml kg-1, Cruiser 350 FS 2,0 ml/kg, Maxim XL 1,0 ml kg-1 Glutamin CoMo 2,0 ml kg-1, e a utilização de 200 kg ha-1 de adubo da formulação 02-20-30 visando uma produtividade superior a 2 t ha-1 conforme recomendação do Manual de Adubação e Calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (MANUAL DE ADUBAÇÃO, 2004). A semeadura foi feita no sentido leste oeste, como profundidade de semeadura de 5 cm.

Os bioestimulantes utilizados foram: Glutamin Extra, Phósman New e o Kip Soja. O Glutamin Extra é um fertilizante foliar, apresentado na forma de suspensão homogênea, contendo uma relação balanceada de Macros e Micronutrientes (N 0,8%, P2O5 5%, K2O 1,0%, Mg 0,5%, S 1,0%, B 0,5%, Mn 1,5%, Mo 0,01%, Zn

0,5%) 5,5% de COT (Carbono Orgânico Total), agente quelante e aminoácidos, associados ao aminoácido Ácido L-Glutâmico obtido através de fermentação biológica. O Phósman New auxilia na divisão celular melhora o metabolismo dos

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nutrientes, a formação de cloroplastos e a produção de carboidratos. Auxilia na formação do sistema radicular, fixação de flores e frutos, promovendo maior peso, qualidade e uniformidade aos grãos. Já o Kip Soja é um produto constituinte da linha Kip Cullers, sem formulação definida.

Os bioestimulantes têm por recomendação a aplicação em estádios diferentes, porém em cada estádio se aplicava todos os produtos, com a testemunha não recebendo nem uma aplicação. As aplicações foram as seguintes: No estádio V4 com a dosagem de 3 l ha-1 de Glutamin Extra, e Kip Soja, e de 1,5 l ha-1 de Phósman New. Em estádio R1 e R5, as mesmas dosagens foram usadas.

Durante todo o ciclo da cultura foi feito os tratos culturais, onde que no inicio, logo que as plântulas tiveram sua emergência, foi feito a formação das parcelas, e ao mesmo tempo o controle da buva com capina. Durante todo o desenvolvimento da cultura foram utilizados manejos com inseticidas, fungicidas e herbicidas.

A colheita foi feita de forma manual no dia 15 de abril de 2014, onde foram colhidas duas linhas centrais de cada parcela, e trilhadas separadamente. Para o corte foi utilizada uma roçadora manual com um disco de widea, para assim proporcionar uma menos perda de colheita.

Para as avaliações dos componentes de rendimentos foram coletadas três plantas por parcela e analisados os componentes: número de legumes por planta (Nº Leg,), número de grãos por planta (N° G), rendimento biológico (RB), peso de palha (PPa) e massa de mil grão (MMG).

A avaliação do rendimento de grãos (RG) foi feita através da colheita e trilhada das plantas das duas linhas centrais das parcelas, sendo o valor transformado para kg ha-¹.

Os dados obtidos foram submetidos a análise da variância e teste de médias por Tukey a 5% de probabilidade de erro.

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Na tabela 1, da análise da variância é possível verificar que ocorreu significância estatística para duas das variáveis estudadas, considerando o emprego dos bioestimulantes nos seus respectivos estádios de aplicação. A partir disto, pode-se verificar que o rendimento de grão, e o rendimento biológico são influenciados pelo uso dos bioestimulantes Kip Soja, Phósman New e Glutamin Extra. Já, as demais variáveis referentes aos componentes do rendimento (MMG, Nº Leg, Nº G), PG, PPa, não apresentaram significância estatística.

Tabela 1. Resumo da análise de variância para distintos caracteres de produtividade em soja. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, Augusto Pestana - RS, 2014.

QM= quadrado médio, RG= rendimento de grãos, RB = rendimento biológico, PG= peso de grão, PPa= peso de palha, Nº Leg= numero de legumes, NºG= numero de grãos, MMG= massa média de grãos, GL= graus de liberdade, CV% = coeficiente de variação, * = significativo a 5% de probabilidade. QM RG RB PG PPa N° Leg N° G MMG F.V GL (kg ha-1) (g) (g) (g) (n) (n) (g) Blocos 3 477946 149 77 185 350 1966 446 Estádios 2 49402 159 17 5 107 682 206 Bioestimulantes 3 673962* 1040* 134 391 470 3344 420 ESTxBIO 6 52002 220 27 54 208 865 535 Resíduo 33 82119 99 25 79 121 776 697 TOTAL 47 MÉDIA 3661 68 34 33 75 145 248 CV % 7 14 14 26 14 19 10

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Na tabela 2, do teste de médias, para o efeito do bioestimulante é possível verificar que o rendimento de grãos foi superior para o Glutamin Extra, o que também ocorreu com o rendimento biológico. Além disto, a testemunha teve desempenho inferior ao rendimento de grãos, o que não aconteceu com o RB, sendo que o menor rendimento biológico foi verificado quando se utilizou o bioestimulante Kip Soja, no entanto, este não diferiu da testemunha.

Tabela 2: Teste de comparação de médias para os caracteres RG e RB, considera- do o efeito dos bioestimulantes e a testemunha. IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2014.

*Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro.

Diversos estudos têm sido conduzidos para avaliar o efeito de produtos caracterizados como bioestimulantes. Bertolin et al (2008) identificaram incremento de produtividade em soja utilizando um bioestimulante composto por citocinina, ácido indolbutírico e ácido giberélico quando aplicado via sementes e via foliar em diferentes estádios fenológicos (V5, R1, R5). A produtividade de grãos foi 37% superior em relação à testemunha. Estes dados estão de acordo com o observado na tabela 2, em que o bioestimulante Glutamin Extra teve melhor desempenho e foi estatisticamente superior a testemunha.

Considerando variações nos componentes do rendimento, Klahold et al. (2006) verificaram que a aplicação de bioestimulante proporcionou incremento no número de legumes, número de grãos e na produção por planta considerando a cultura da soja. No entanto, para o bioestimulante Stimulate ocorreu redução na

Variáveis

Bioestimulantes RG RB PG PPa N° Leg N° G MMG (kg ha-1) (g) (g) (g) (n) (n) (g) Glutamin Extra 3983 a 80 a 39 40 83 168 242 Kip Soja 3674 ab 58 b 32 26 70 133 255 Phósman New 3556 ab 70 ab 34 32 77 146 245 Testemunha 3429 b 63 ab 32 33 69 132 250 MÉDIA 3661 68 34 33 75 145 248

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planta, o que resultou em maior número de drenos por planta. Fato este, não observado neste trabalho, em que não ocorreu diferença estatística para os bioestimulantes nos componentes do rendimento de grãos.

Estudo com biostimulantes também têm sido realizados em outras culturas, como no caso do milho, em que Ferreira et al (2007) não identificaram efeito para o rendimento de grãos com o uso de bioestimulantes aplicado via sementes. Por outro

lado, estudos realizados em aveia branca, Sberse (2013) observou que a aplicação

foliar do ácido glutâmico e micronutriente proporcionou efeitos sobre os caracteres ligados ao rendimento de grãos e biomassa total, ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultura. Além disto, o autor indica a ocorrência de melhorias na produção, qualidade de grãos e volume de palha. Resultado semelhante ao observado neste estudo, em que ocorreu incremento no rendimento biológico, pelo uso do Glutamin Extra, favorecendo a disponibilização de palha para o sistema de plantio direto.

Cabe destacar que a produtividade da cultura foi de 3.661 kg ha-1, considerada boa, pela média histórica nacional que é de 2.637 kg ha-1 conforme IBGE (2014). Isto pode ser atribuído entre outros fatores, a adequada disponibilidade de precipitação ocorrida durante o longo do ciclo da cultura, que na maioria dos meses esta acima da normal climatológica, conforme anexo 1.

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CONCLUSÃO

O uso de bioestimulante proporcionou incremento no rendimento de grãos e rendimento biológico.

O uso de Glutamin Extra proporcionou maior rendimento de grãos, com 3.983 kg ha-1.

O rendimento biológico foi menor quando utilizado o bioestimulante Kip Soja, onde este não conseguiu superar a testemunha que atingiu as 63 g.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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de 2013 a Maio de 2014. IRDeR, Augusto Pestana – RS

Dia/Mês Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai

1 0,0 9,00 0,25 0,0 0,0 0,0 40,00 2 0,0 0,0 27,75 0,5 0 0,0 0,0 0,0 3 0,0 0,0 36,25 0,0 5,50 0,0 0,0 4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 60,0 5 0,0 30,75 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6 0,0 0,0 0,25 0,25 0,0 0,0 0,0 7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8 0,0 0,0 9,75 0,0 0,0 0,0 0,0 9 0,0 0,0 0,25 0,0 0,0 50,0 0,0 10 0,0 0,0 30,75 4,50 0,25 0,0 0,0 11 20,75 0,0 10,50 0,0 0,0 120,0 0,0 12 3,00 0,0 0,50 24,0 0,0 0,0 0,0 13 0,0 0,0 0,0 20,25 0,0 0,0 0,0 14 0,0 0,0 14,50 0,0 3,75 0,0 0,0 15 42,00 0,0 16,50 0,0 20,00 0,0 22,0 16 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 17 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 18 0,0 0,25 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 19 20,75 0,0 0,0 0,0 78,25 0,0 0,0 20 3,00 0,0 0,0 17,00 1,00 0,0 0,0 21 1,25 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 130,0 22 0,0 0,0 14,50 0,0 0,0 0,0 50,0 23 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 24 0,0 0,0 3,25 60,75 0,0 0,0 0,0 25 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 20,0 26 0,0 0,0 19,25 30,50 0,0 0,0 10,0 27 31,25 1,25 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28 0,25 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 29 0,0 5,75 0,0 0,0 3,75 24,00 0,0 30 0,0 0,50 0,0 0,0 24,75 0,0 0,0 31 0,0 33,50 0,0 0,0 1,75 0,0 80,0 Total 122,3 81,0 185,3 157,75 139,00 194,00 412,0 Normal 153,50 126,50 144,40 146,80 115,30 143,00 149,70

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Figura 1. Vista da Área Experimental de Soja em 2013 no dia da semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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Figura 2. Vista da Área Experimental de Soja em 2013 no estádio V4, época da primeira aplicação dos bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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Figura 3. Vista da Área Experimental de Soja em 2014 no estádio R1, época da segunda aplicação dos bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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Figura 4. Vista da Área Experimental de Soja em 2014 no estádio R5, época da terceira aplicação dos bioestimulantes. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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Figura 5. Vista da Área Experimental de Soja IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Fonte: Autor da pesquisa

Figura 5. Vista da Área Experimental de Soja em 2014 na fase de colheita e trilha. Fonte: Autor da pesquisa

Referências

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