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Academic year: 2021

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TÍTULO: CONHECIMENTO E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TESTE DO PEZINHO TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Enfermagem SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): KELLE VIEIRA BUSSÚ AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LILIAN ROSARIO DEL CARMEN MAUREIRA ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

Este estudo propende investigar, por meio de uma pesquisa integrativa, descritiva e exploratória sobre o conhecimento e a atuação do enfermeiro no Teste do Pezinho e a importância do teste para detecção de diversas patologias encontradas por meio da triagem. A busca foi realizada nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de fevereiro a junho de 2018. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos que tenha entre os autores ao menos um pesquisador enfermeiro; artigos disponíveis na integra no sistema online; artigos nacionais em idioma português; que incluíssem os Descritores em Ciências de Saúde – DeCS. Seus resultados evidenciam a importância do profissional de enfermagem na realização do Teste do Pezinho, a necessidade de seu conhecimento teórico e técnico ampliados, a abordagem e a transmissão das informações pertinentes ao teste aos pais e familiares com clareza e segurança.

1. INTRODUÇÃO

A Triagem Neonatal comumente conhecida como teste do pezinho é um teste de rastreamento de suma importância realizado em recém-nascidos, o teste permite a identificação precoce de doenças metabólicas, genéticas e/ou infecciosas e propicia o tratamento específico, afim de reduzir possíveis sequelas relacionadas a cada doença (OLIVEIRA et al.,2008)

A primeira Triagem Neonatal no Brasil, aconteceu em 1976, quando o Dr. Benjamin José Schimidt criou um projeto de pesquisa para a doença da Fenilcetonúria no laboratório da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE) em São Paulo (SANTOS et al.,2013)

Em 1992, o Teste do Pezinho foi inserido no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Portaria GM/MS n° 22/92 uma legislação que decretava a realização obrigatória do teste em todos os recém-nascidos vivos e inclusão da avaliação para Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito (LUZ et al.,2008).

Já em 2001, foi criado o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) pelo Ministério da Saúde com o intuito de triar quatro doenças: Fenilcetonúria,

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Hipotireodismo Congênito, Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Fibrose Cística. (MESQUITA et al., 2017)

Na atualidade, o Teste do Pezinho realiza o diagnóstico de seis patologias: Fenilcetonúria, Hipotireodismo Congênito, Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase (MARQUI, 2016).

O PNTN tem o compromisso de realizar os testes em 100% dos recém-nascidos vivos, rastrear os casos suspeitos, constatar o diagnóstico, tratar e acompanhar os diagnosticados. Sua principal meta é prevenir e reduzir a morbimortalidade provocada pelas patologias triadas. (ACOSTA; STREFLING e GOMES, 2013).

O PNTN é organizado em fases e todos os estados brasileiros podem ser credenciados conforme sua capacidade de atender todas as etapas, e cada estado conta com os Serviços de Referência em Triagem Neonatal. As quatro fases do exame são: Fase I: Detecta a Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito; Fase II: Detecta a Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito e a Anemia Falciforme e outas Hemoglobinopatias. Fase III: Detecta a Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito e a Anemia Falciforme e outas Hemoglobinopatias e Fibrose Cística; Fase IV: Detecta a Hiperplasia Adrenal Congênita e a Deficiência de Biotinedase. (REIS e PARTELLI, 2014).

2. OBJETIVO

Realizar revisão integrativa a fim de abordar a importância da realização do teste do pezinho para detecção precoce de diversas doenças e dissertar sobre o conhecimento e atuação do profissional de enfermagem dentro do Programa Nacional de Triagem Neonatal.

3. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa de caráter descritivo e exploratório de artigos científicos, nas bases de dados como: Scientific Eletronic Online (SciELO) e Biblioteca Regional de Medicina (BIREME). Para o levantamento dos artigos foram utilizados os descritores: teste do pezinho, triagem neonatal, assistência de enfermagem e enfermeiro. Os critérios de inclusão utilizados para a seleção da

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amostra foram: artigos que tenha entre os autores ao menos um pesquisador enfermeiro; artigos disponíveis na integra no sistema online; artigos nacionais em idioma português; que incluíssem os Descritores em Ciências da Saúde – DeCS. Na operacionalização dessa revisão, utilizaram-se as seguintes etapas identificação do tema e seleção da questão norteadora; critérios para seleção da amostra; definição de informações a serem extraídas dos estudos selecionados; categorização dos estudos; avaliação, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. Foram utilizados 13 artigos que responderam ao objetivo do estudo.

4. DESENVOLVIMENTO

O Teste do Pezinho é composto por 5 etapas: Primeira etapa: triagem universal, onde todos os recém-nascidos devem ser triados; Segunda etapa: a busca ativa, ocorre o acompanhamento do resultado e localização do bebê quando o resultado for alterado; Terceira etapa: realização de testes de diagnóstico, ocorre a diferenciação dos resultados positivos dos falsos-positivos; Quarta etapa: o tratamento, que é monitorado pela equipe multidisciplinar do Serviço de Referência em Triagem Neonatal; Quinta etapa: avaliação periódica do sistema, que permite analisar a efetividade da triagem neonatal (ARDUINI et al., 2017).

Os requisitos necessários para que a realização do teste seja efetiva são: momento da coleta, local de punção, posição do recém-nascido e preenchimento dos 5 círculos do papel filtro. Sendo ainda significativo, o número de amostras mal coletadas, insuficiência ou excesso de sangue, ressecamento, envelhecimento e comprometimento (OLIVEIRA et al., 2008)

O enfermeiro é responsável pela execução do teste do pezinho, técnicos e auxiliares de enfermagem também podem realizar a coleta, contanto que o enfermeiro supervisione. É imprescindível que esses profissionais estejam capacitados para realização do teste e que o conhecimento teórico seja ampliado e atualizado periodicamente (BATISTTI et al., 2018)

O teste do pezinho é realizado através da punção do calcâneo do bebê com lanceta estéril. As gotas de sangue obtidas são absorvidas por papel filtro. O exame pode ser realizado a partir 48 horas de vida, tendo como período ideal entre o 3° e 5° dia de vida do bebê. Antes disso, o teste pode sofrer alteração devido o metabolismo da mãe (ABREU e BRAGUINI, 2011).

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Durante a coleta é necessário aquecer o pé do bebê c om bolsa de água morna ou compressa morna. Realizar antissepsia no local com algodão umedecido no álcool 70%, puncionar com lanceta estéril num movimento único e firme uma das laterais do calcanhar; desprezar a primeira gota de sangue; não comprimir para evitar hemólise e iniciar a coleta; permita que o sangue pingue no papel filtro e movimente o papel para auxiliar no preenchimento de cada círculo. Após a coleta, pressionar um algodão seco no local da punção para estancar sangramento (SILVA e LACERDA, 2003)

Ao termino do procedimento, a coleta da amostra de sangue do bebê será enviada para o laboratório para analise, e o resultado volta para a unidade onde o teste foi realizado (ABREU e BRAGUINI, 2011)

Segundo o Manual Técnico de Triagem Neonatal Biológica, todos os resultados deverão ser entregues aos responsáveis o mais breve possível, fisicamente ou por solução informatizada. Os resultados com alterações serão comunicados por telefone, o ponto de coleta deve ligar para o responsável assim que notificado, comunicando a necessidade de comparecimento na unidade urgentemente. Será necessária uma nova coleta para realização de exame de confirmação e o bebê será encaminhado para consulta especializada conforme consulta agendada (BRASIL, 2016).

Conforme o Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal, uma vez identificado o paciente e confirmado o diagnostico de cada uma das patologias, ele será encaminhado ao Ambulatório Especializado do Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN). Neste serviço, será realizada a completa avaliação inicial do paciente por meio de uma equipe multidisciplinar, com orientações sobre a evolução e tratamento da doença. O serviço conta, ainda, com uma rede assistencial complementar que dá suporte ao tratamento e efetua investigações diagnósticas (BRASIL, 2002).

O profissional de enfermagem que é responsável pela assistência materno-infantil, tem um papel fundamental na implementação do PNTN, é de sua competência informar aos pais sobre a importância e a finalidade do teste, a idade adequada para realizar o teste, como o procedimento é realizado, a necessidade de exames confirmatórios quando o resultado do teste for positivo, o processo de acompanhamento e recebimento dos resultados(MARQUI, 2016).

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As informações e orientações referente ao Teste do Pezinho devem ser passadas a mãe desde o pré-natal e as mesmas informações, devem ser reforçadas na maternidade aos pais e familiares, garantindo a compreensão e a adesão ao programa (ACOSTA; STREFLING e GOMES, 2013)

Em seus estudos, Batistti et al (2018) constataram que o conhecimento dos profissionais é fragmentado e reduzido, já que não souberam responder corretamente a definição da triagem neonatal, demostraram divergência ao responder sobre o período ideal para a realização do teste e que dos profissionais entrevistados, apenas metade descreveram corretamente como é realizada a técnica da coleta.

Já Reis e Partelli (2014) alegam que a maioria dos profissionais de enfermagem não conhecem as doenças que o teste pode detectar e que o não treinamento ou qualificação desses profissionais além de ocasionar erros técnicos, também afeta na qualidade do atendimento aos pais e familiares pois, a falta de conhecimento não permite que as informações sejam passadas com segurança e clareza.

5. RESULTADOS

Dos 13 artigos selecionados que atenderam aos critérios de inclusão, exploram a importância do teste do pezinho na detecção de diversas patologias e na prevenção sequelas. 06 artigos falavam sobre conhecimento e as ações do profissional de enfermagem referente a triagem neonatal. 02 artigos falavam do conhecimento materno sobre o teste do pezinho. 02 abordavam as técnicas da triagem neonatal. 01 artigo falou sobre a importância do teste. 01 artigo falou sobre a avaliação de desempenho do programa nacional de triagem neonatal. 01 abordou a prevalência das doenças diagnosticadas pelo teste do pezinho.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio desta revisão, foi possível compreender a importância da atuação do enfermeiro dentro do Programa Nacional da Triagem Neonatal. E para que esse programa seja efetivo, esses profissionais precisam ampliar seu conhecimento teórico e técnico. Saber como abordar os pais e a família, transmitir com segurança e clareza informações pertinentes como: o que é o teste do pezinho, como ele é realizado, quando deve ser realizado, quais são as doenças que o teste pode triar, a importância do diagnóstico precoce, sobre o resultado do exame e se caso o recém-nascido

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apresente alguma doença, falar sobre a importância da adesão ao tratamento para melhora da qualidade de vida dessa criança e redução de agravos posteriores.

7. FONTES CONSULTADAS

ABREU, IS; BRAGUINI, WL. Triagem neonatal: o conhecimento materno em uma maternidade no interior do Paraná, Brasil. Rev Gaúcha Enferm. 32(3):596-601 set, 2011.

ACOSTA, DF; STREFLING, ISS; GOMES, VLO. Triagem neonatal (Re)pensando a prática de enfermagem neonatal. Revista Enfermagem UFPE. 7(2):572-8, fev., 2013 ARDUINI, GAO; BALARIN, MAS; GRECCO, RLS et al. Conhecimento das puérperas sobre o teste do pezinho. Revista Paulista de Pediatria. 35(2): 151-157, 2017.

BATISTTI, AC; BORGES, AP; LUCIETTO, GC et al. Conhecimento do enfermeiro sobre a importância e operacionalização do programa nacional de triagem neonatal. Revista enfermagem UFSM. 8(20):288-303, abr/jun, 2018.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de normas técnicas e rotinas operacionais do PNTN. Brasília (DF), 2002.

BRASIL, MINISÉRIO DA SAÚDE. Triagem neonatal biológica manual técnico. Brasília (DF), 2016.

LUZ, GS; CARVALHO, MDB; PELLOSO, SM et al. Prevalência das doenças diagnosticadas pelo programa de triagem neonatal em Maringá, Paraná, Brasil 2001-2006. Revista Gaúcha enfermagem. 29(3): 446-53, 2008.

MARQUI, ABT. Teste do pezinho e o papel da enfermagem: uma reflexão. Rev Enferm Atenção Saúde 5(2):96-103 ago-dez, 2016.

MARTON DA SILVA, MBG; LACERDA, MR. Teste do pezinho: por que coletar na alta hospitalar. Revista eletrônica de Enfermagem. V.5n.2p.60-64, 2003.

MESQUITA, APHR; MARQUI, ABT; GRECCO, RLS et al. Profissionais de unidades básicas de saúde sobre triagem neonatal. Rev Ciênc. Méd. 26(1):1-7, jan/abr, 2017. OLIVEIRA, JG; SANDRINI, D; COSTA, DC et al. Triagem neonatal ou teste do pezinho: conhecimento, orientações e importância para s saúde do recém-nascido. Cuidarte Enfermagem 2(1):71-76 jan-jun, 2008.

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REIS, EFS; PARTELLI, ANM. Teste do pezinho: conhecimento e atitude dos profissionais de enfermagem. Rev.Bras.Pesq.Saúde. 16(1):25-3, jan-mar, 2014. SANTOS, LRO; ROCHA, SS; GOUVEIA, MTO et al. Teste do pezinho: avaliação de desempenho de um programa de triagem neonatal. Revista Enfermagem UFPE. 7(1): 773-8, mar., 2013.

Referências

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