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SEGURANÇA NO TRABALHO

1 NOME DO AUTOR: Marco Antônio Vezzani

2. BIOGRAFIA: Engº agrícola, engº esp em engª de segurança do trabalho e mestre em planejamento turístico, professor de planejamento turístico das Faculdades Alves Faria – ALFA/Goiânia/GO, coordenador de estágios do curso de turismo e empresa júnior, professor de metodologia científica do curso de administração em marketing das Faculdades Alves Faria – ALFA, professor de ergonomia e segurança industrial, administração mercadológica e metodologia do curso de engª de produção da Universidade Católica de Goiás – UCG/Goiânia-GO.

3 ENDEREÇO ELETRÔNICO – marcovezzani@cultura.com.br

RESUMO: Uma política de segurança deve ir além de aspectos ergonômicos,

físicos, químicos e biológicos, deve abarcar as questões relativas ao meio ambiente do trabalho. Assim, a elaboração de um plano de gestão de segurança no trabalho – PGST seria uma ferramenta importante, nesse processo multifacetado resultante da interação de vários fatores de origem física, biológica, psicológica, social ou cultural, de prevenção dos acidentes, pois o homem está inserido nesse ambiente de forma integral.

PALAVRAS-CHAVE: Ambiente de trabalho, fenômeno multifacetado,

prevenção de acidentes.

ABSTRACT: One security politics must go beyond ergonomic, physical, chemical aspects and biological, it must accumulate of stocks the relative questions to the environment of the work. Thus, the elaboration of a plan of management of security in the work - PGST would be an important tool, in this resultant multifaceted process of the interaction of some factors of physical, biological, psychological, social or cultural origin, of prevention of the accidents, therefore the man is inserted in this environment of integral form.

KEYWORKS: Environment of work, multifaceted phenomenon, prevention of

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PRINCÍPIOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO INTEGRADO DE SEGURANÇA NO TRABALHO

1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Uma política de segurança deve ir além dos aspectos ergonômicos, físicos, químicos e biológicos, deve abarcar as questões relativas ao meio ambiente do trabalho, pois o homem está inserido nesse ambiente de forma integral, bem como, o seu local de trabalho.

Uma política de segurança que se destine ao meio ambiente do trabalho, deverá estar associada a questões relativas a segurança ambiental, social e do trabalho. Tornam-se necessárias as verificações das condições inseguras e a neutralização dos riscos por meio de processos de gestão adequados ao meio-ambiente como um todo.

Existem normas específicas que implicam no controle de situações inseguras como: pisos escorregadios, derrame de líquidos, objetos contundentes, limpeza e higiene, controle de vendas de bebidas alcoólicas, combate á incêndios e catástrofes, além do envolvimento com meio ambiente. Elas determinam o estudo das possíveis condições inseguras, o conhecimento das áreas e as condições de uso.

A elaboração de um plano de gestão de segurança no trabalho – PGST seria uma ferramenta importante nesse processo de prevenção dos acidentes. Um acidente sempre deverá ser interpretado como sendo um fenômeno multifacetado e resultante da interação de vários fatores, quer de origem física, biológica, psicológica, social ou cultural.

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Desta forma, um plano de gestão de segurança no trabalho - PGST, deverá lançar mão de duas premissas básicas: a primeira é a preservação das pessoas em detrimento dos bens materiais e a segunda de que, os responsáveis por qualquer atividade de trabalho, deverão responder pelos danos decorrentes ao ambiente de trabalho que propiciam aos seus colaboradores.

Esta argumentação aponta para a necessidade de criação de programas de conscientização para segurança, direcionados a criação de mecanismos de gestão específicos. Tendo-se em vista que todo acidente é incerto, indesejável e até mesmo remoto, ele poderá acontecer se houver um deslize. É necessário, então, o estabelecimento de uma política de segurança, que faculte aos colaboradores condições, meios e recursos para que as atividades laborais sejam executadas com segurança ou, pelo menos, em condições de risco controladas.

De acordo com Cavassa (2001: p 55) um dos fatores geradores de acidentes está associado à personalidade. Em análise feita sobre sob a ótica dos estudos realizados por Jenkins, ele conseguiu demonstrar, associando as questões relativas a personalidade dos indivíduos como: problemas psicológicos, sociológicos e familiares e as relativas a disposição para acidentes, descobriu que existe um elo de ligação muito forte. Assim, a distração indica que um multiacidentado se distrai facilmente de uma determinada tarefa que executa, ocasionando respostas como: dificilmente me concentro no que estou fazendo. Por sua vez, a falta de discernimento demonstra a irresponsabilidade ante alguma tarefa, ocasionando respostas como: faço coisas perigosas para brincar.

No quesito sentimento, demonstra independência social; o multiacidentado não se sente afetado pelas regras sociais, o que provoca respostas como: me sinto só quando estou em grupo. Quanto aos aspectos atitudinais, o multiacidentado não se importa com o prejuízo e consegue até sentir-se satisfeito em prejudicar a outros, as respostas obtidas são: acho que as pessoas sentem muito medo de me machucar.

Quando a questão é relativa ao excesso de confiança em si mesmo, o multiacidentado não enxerga as complicações ou as dificuldades, ocasionando respostas como: decido tudo rapidamente. E, finalmente, no que concerne às

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atitudes sociais agressivas e pouco integradoras, o multiacidentado não partilha os fins com o grupo a que pertence e sente que os outros não se interessam por ele, o que gera respostas como: não permito que as pessoas fiquem na minha frente durante um show.

Um processo de gestão de segurança no trabalho deverá se iniciar pela identificação e análise dessas características, bem como, dos perigos existentes no ambiente laboral. Os riscos serão avaliados logo após e na seqüência comparados aos padrões tolerados, a fim de tratá -los e minimizá-los.

Desta forma, seguindo a filosofia do conhecimento ético-motivacional, o quadro referencial 1 mostra toda a abrangência do ambiente, indo do conhecimento das instalações, suas deficiências e limitações, até o estabelecimento de um plano de gestão de segurança no trabalho – PGST. Este por sua vez direciona para implantação de normas adequadas ao bem-estar das instalações e dos usuários, as avaliações econômicas - custos, resultados, atualizações e correções constantes e a promoção de segurança no trabalho de uma maneira geral.

Em uma unidade de produção a filosofia a ser adotada, deverá estar atrelada as questões regionais e familiares, tais como: o apelo para a relação família/filhos/perdas por insegurança. As normas deverão ser: universalmente aceitas, estarem de acordo com a infra-estrutura do trabalho existente, serem particulares, comparativas e passíveis de verificação, devendo ficar a cargo de todos os envolvidos com o processo de produção.

Quanto aos níveis de atuação, devem contemplar os diretores, os colaboradores e a população local. A composição destes três elementos irá gerar a política geral de segurança do trabalho de uma empresa; muito semelhante aos sistemas mais modernos, onde existe uma função segurança adaptada a realidade estrutural de todos os pólos emissores de trabalho, sendo responsabilidade de todos os envolvidos.

Uma vez implantada a política geral de segurança, poderão ser implementadas as políticas secundárias, tais como: as políticas de comodidade - a segurança adquirida impulsiona a comodidade e os desejos de melhorias -, políticas de benefícios - comparação de resultados custo/benefícios a curto, médio e longo prazo, políticas de recursos humanos - prevenção; formação

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profissional; aspectos sociológicos e de higiene e limpeza - e a política ergonômica - os fatores humanos, materiais e organizacionais.

A adoção de uma política geral de segurança no trabalho irá corroborar para sistematização da segurança, facilidade de compreensão e execução de tarefas pertinentes a segurança, direcionando para eficácia do sistema de segurança, ao fortalecimento dos elos entre as diversas atividades e a segurança, a formação e conscientização dos colaboradores, dirigentes e população, permitindo o excelente estado de uso das instalações e equipamentos e a homogeneização dos meios e procedimentos de segurança.

QUADRO 1: Demonstração da política geral de segurança no trabalho (Cavassa, 2001: p 34).

Normas

Filosofia Organização Níveis

Política de Segurança

Conhecimento Humano

Segurança do colaborador

Ambiente Iluminação, temperatura, ruídos,

condições inseguras, etc...

Política Geral

de Segurança

Política de Recursos Humanos Política Ergonômica

Prevenção Aspectos Sociológicos

Formação Higiene Fatores Humanos

Fatores

Organizacionais

Fatores Materiais

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2 PLANO DE GESTÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO

O plano de gestão de segurança no trabalho - PGST deverá conter as técnicas de identificação dos perigos e análise da segurança. Esta segunda consiste na análise dos riscos, na identificação dos eventos perigosos, causas, conseqüências e o estabelecimento de medidas de controle, tendo por objetivo uma área ou um sistema, abarcando, num sentido mais amplo, todo o conhecimento, motivação, consciência e reconhecimento da necessidade de segurança, além da certeza dos resultados. Deverá ter uma abrangência geral, como no caso de uma unidade trabalho. Ela irá abarcar, desde o gestor mor ao colaborador menor graduado.

O PGST será constituído de oito etapas básicas: descrição do objeto alvo, seleção dos elementos do objeto alvo, seleção dos eventos perigosos c indesejáveis, identificação das possíveis causas do evento perigoso, identificação das conseqüências, estabelecimento das medidas de controle das emergências, repetição dos processos para outros eventos perigosos e a seleção de outros objetos alvo a fim de que possam ser repetidos os processos. Deverá contar, ainda, com técnicas auxiliares, como a Amfe2 e as listas de verificação – LV3, registro das ocorrências, inspeção planejada, monitoramento, controle e estatísticas.

A implementação de um plano de gestão de segurança no trabalho requer um item de suma importância, cuja palavra-chave é conscientização. A conscientização abarca, num sentido mais amplo, todo o conhecimento, motivação consciência e reconhecimento da necessidade de segurança, além de uma certeza nos resultados. Deverá ter uma abrangência geral, como no

2

Análise dos modos de falhas e efeitos – Amfe.

3

A lista de verificação consiste na abordagem de um objeto de estudo, verificando-se a conformidade de seus atributos aos padrões pré-existentes. O objeto da LV poderá ser uma área, sistema, instalação, processo, equipamento. Poderá apresentar subdivisões de acordo com a especialidade ou qualquer outra que se fizer necessária. É conhecida como check/ist

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caso de uma unidade de trabalho. Ela deverá abarcar todos os envolvidos, bem como, outros que venham usufruir do mesmo ambiente de trabalho. O grau de êxito deste plano irá depender, exclusivamente, do interesse dos gestores, eles deverão promover a segurança e o seu grau de aceitação dentre os colaboradores.

Dentre as razões, já elencadas sobre a implementação do PGST; convém salientar algumas de cunho específico, principalmente no que se refere ao:

• o conhecimento e a consciência de que os riscos são inerentes a todas as atividades humanas;

• a satisfação do desejo e a motivação dos gestores no sentido de que este PGST venha abarcar as suas necessidades;

• a participação coletiva dos colaboradores e dos dirigentes, no que concerne à aceitação e cumprimento do plano;

• a vontade dos gestores em investir em segurança;

• a conscientização dos gestores de que investir em segurança é rentável em níveis de curtos e médios prazos;

• a conscientização dos gestores e colaboradores, em aceitar as disposições e melhorias a serem propostas pelo PGST como meios para se evitarem os acidentes e

• a ampliação do senso hierárquico das funções e responsabilidades de cada um.

Portanto, as razões elencadas acima sobre a implementação do PGST, deverão estar atreladas aos processos de conscientização de todos os envolvidos, a fim de que eles possam ser os difusores do plano, somente assim, irão promover, efetivamente, a criação de mecanismos de segurança para o trabalho, em conformidade com as organizações e de acordo com medidas preventivas propostas.

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2.1 O MODELO DE PLANO A SER SEGUIDO

O plano de gestão de segurança. no trabalho - PGST deverá obedecer determinadas estratégias e objetivos gerais definidos em função de seu entorno variável. Por meio desta observação, torna -se possível a visualização das principais ações a serem realizadas em: curto, médio e longo prazos, a fim de que seja possível a minimização dos riscos e a obtenção dos benefícios do plano proposto.

Desta forma, o PGST deverá contar com 8 sub-planos que irão compor todo o seu arcabouço constitutivo, são eles:

• plano preventivo de segurança;

• plano corretivo de segurança;

• plano de formação e capacitação de recursos humanos;

• plano de meios;

• plano de emergências; plano normativo de segurança;

• plano de segurança das instalações e

• plano de segurança da imagem.

No plano preventivo de segurança serão visualizados: a segurança e observadas as ações que visem a eliminação dos riscos existentes ou a manutenção destes em níveis aceitáveis, também os eventos danosos, as condições inseguras e os comportamentos perigosos, levando-se em consideração os custos de implantação e implementação.

O plano corretivo, por sua vez, deverá contemplar a aplicação de ações corretivas às situações de disfunção do sistema de gestão do ambiente laboral alvo, bem como, os seus custos.

O plano de formação e capacitação de recursos humanos deverá abarcar as questões relativas aos processos de treinamento e capacitação necessários a ampliação dos conhecimentos técnicos dos gestores, colaboradores e outros interessados no sentido de enaltecer e reforçar o processo de cognição para segurança.

No que concerne ao plano de meios, ele deverá abarcar o conhecimento do meio físico no qual esteja inserido o ambiente laboral, analisando-se suas

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características, possibilidades, limitações, condições latentes de perigo, a fim de que sejam evitados os procedimentos inseguros.

O plano de emergências será exclusivo e relativo ao conhecimento das emergências como: incêndios, assaltos, vazamentos e outros. Neste plano poderão ocorrer parcerias com o corpo de bombeiros, polícia militar, CREA/GO, AGEST, vigilância sanitária e outros parceiros envolvidos com as práticas de contenção de emergências.

O plano normativo de segurança estará direcionado ao conhecimento das normas de segurança e a criação de novas aos gestores, colaboradores e outros interessados, pautado-se nas Normas Regulamentadoras – NR, vigentes e exigidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

Já o plano de segurança das instalações estará direcionado a viabilização das ações e medidas voltadas as instalações físicas das unidades de trabalho, com vistas a resguarda-las contra os elementos externos que possam vir perturbar o desagregar as condições de segurança da unidade laboral.

E, finalmente, o plano de segurança da imagem que deverá estar voltado para o marketing positivo da segurança, do quanto ele irá proporcionar, tranqüilidade e satisfação aos que dela se utilizam, bem como, os seus custos de implantação e implementação, estando a cargo do gestor e sua assessoria de comunicação.

Visto desta forma, a proposta do PGST denota a necessidade de disponibilização de um grande desembolso financeiro a fim de que sejam atingidos seus objetivos. Assim, tornam-se necessárias análises criteriosas de cada uma das etapas dos sub-planos já elencados e suas reações de causa-efeito relativas ao conjunto, eventuais correções a serem introduzidas e minimizações dos efeitos negativos, todos sob a égide do planejamento estratégico de efetivação do PGST.

O quadro 2 mostra uma seqüência lógica de execução proposta, dispondo os sub-planos de acordo com a ordem de prioridades de execução. A passagem de uma etapa para outra, irá ocorrer desde que haja capacidade orçamentária, por parte da organização, entretanto caso haja necessidade de passagem a outras etapas, sem a observação da seqüência esboçada na figura, esta poderá acontecer, desde que mantidos os preceitos de cada sub-plano.

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QUADRO 2 – Esquema de seqüência dos sub-planos no plano de gestão de segurança no

trabalho – PGST (Cavassa, 2001: p 117).

Na exemplificação a seguir pode-se perceber como isto poderá ocorrer: a unidade de trabalho encontra-se na etapa de implementação do sub-plano de formação de recursos humanos, ou seja, em fase de orientação à capacitação e conscientização de pessoal. Neste momento, surgem problemas de fluxo de caixa devido a uma ocorrência anormal gerada por um acidente mutilador na mão de um colaborador em uma laminadora. Este acidente gerou uma divulgação muito grande na imprensa, gerando uma mídia negativa à organização, definindo-a como insegura perante a sociedade. Neste ponto, os gestores, poderão optar em ampliar o sub-plano de capacitação ou fomentar, de forma imediata a etapa do sub-plano de segurança da imagem, a fim de sanear os aspectos negativos advindos do acidente.

Conforme a exemplificação, não existem, portanto, critérios rígidos, quanto à seqüência dos sub-planos, esta poderá variar de acordo com o fluxo

PGST Plano Preventivo de segurança Plano de Segurança das Instalações Plano de Meios Plano de Formação de Rec Humanos Plano de Emergências Plano Normativo de Segurança Plano de Segurança da Imagem Plano Corretivo de Segurança

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de caixa, com as necessidades ou os problemas diagnosticados, ou ainda, de acordo com as alterações nas estratégias definidas pelo gestor e seu corpo técnico.

2.2 OS OBJETIVOS

O PSGT terá por objetivo a criação de um sistema de mecanismos de segurança, adaptados as organizações existentes, visando a implementação de medidas preventivas relativas a gestão de riscos, a minimização e identificação das falhas, inclusive a segurança alimentar, quando a organização tiver o serviço de alimentação aos seus colaboradores. Entende-se, que isto irá fomentar o desenvolvimento normal das atividades laborais e irá permitir a promoção de uma gestão de segurança que envolva os gestores da organização, os colaboradores e outros envolvidos indiretamente.

2.3 OS CRITÉRIOS

O PSGT está fundamentado na criação de uma política de segurança geral para o ambiente laboral, diferenciada e direcionada, de forma a envolver os gestores, colaboradores e outros envolvidos, abarcando todo o entorno físico de uma organização. Os critérios a serem considerados serão de ordem técnica, social e humana, embasados em mecanismos de revitalização como: análises, deduções e correções, de forma a permitir o maior potencial de flexibilização e a permanente atualização.

2.4 ASPECTOS REFERETES AO PLANEJAMENTO

O planejamento do PSGT deverá abranger os seguintes aspectos: definição das metas e objetivos viáveis, organização e/ou reestruturação de toda a infra-estrutura encarregada de estudar, planejar e controlar a política de segurança, implementar uma relação de estreita colaboração com as autoridades constituídas, em nível regional, municipal, estadual e nacional, se

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necessário, a fim de estruturar e fundamentar uma política de segurança que preveja alcances e responsabilidades dos envolvidos, capaz de suscitar medidas preventivas e preservacionistas relacionadas ao processo de gestão.

Deverá, ainda, planejar os meios e estudos referentes as necessidades locais, inerentes a cada organização; organizar as equipes responsáveis pela segurança, supervisão e controle das normas de gestão da segurança, elaborar os manuais4 e atualizá-Ios constantemente, bem como, criar os sub-planos conexos ao PGST.

2.5 AS ESTRATÉGIAS A SEREM UTILIZADAS

No estabelecimento das estratégias que irão reger o PGST existem inúmeras questões a serem observadas. A mais importante delas se refere a eliminação e/ou diminuição dos acidentes ou eventos danosos, bem como, a minimização das condições inseguras existentes no ambiente laboral da organização alvo, servindo como eixo central da atuação da gestão de segurança.

Posto desta forma, as principais estratégias do PGST podem ser:

a) Estratégias preventivas - decisões de orientação e direção da ação principal visando a eliminação dos riscos e das condições inseguras; b) Estratégias corretivas - decisões e orientações de ações que

possibilitem a retroalimentação ou retroação5 e a correção das atividades causadoras de acidentes;

c) Estratégias de rentabilidade - decisões e orientações no sentido das

4

O manual de prevenção de riscos deverá conter instruções sobre os de procedimentos de prevenção de emergências para os seguintes casos acidentes automobilísticos, afogamentos, lascas de madeira, espinhos, sufocamentos, ataque cardíaco, estrangulamento, choque diabético e insulínico, como mover feridos, contusões, olhos feridos, convulsões, cortes, arranhões, escoriações, corpo estranhos nos olhos, na garganta e no nariz, choque e descargas elétricas, desmaios, deslocamentos dores abdominais e apendicite, dores de ouvido, resfriamentos e congelamentos, fraturas na coluna vertebral, fraturas de ossos, furúnculos, hemorragia intensa, feridas inflamadas, isolamentos, intoxicações por ingestão de substâncias químicas (líquidas, gasosas ou sólidas), lesões cranianas, mordidas ou picadas de animais (abelhas, cães, cobras, escorpiões e outros), partos e casos urgentes, perdas de memória, ingestão de plantas venenosas, queimaduras solares, químicas ou por água fervente, respiração artificial e paradas respiratórias, reanimação cardiopulmonar e ausência de pulso e entorces ou deslocamentos (Sânchez, 1995: p 126-127).

5

Sistema de retroação -processo de receber e utilizar informações; é o processo de ajustamento as contingências do ambiente exterior e ao nosso viver efetivo dentro desse ambiente (BARRETO, 2000: p23 apud Wiener, 1950: p 27).

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ações principais incrementarem a rentabilidade da unidade de trabalho;

d) Estratégias de conscientização - decisões e orientações no sentido de dirigir as ações principais para motivação, preparação e conhecimento da importância da segurança a fim de aumentar o nível de confiabilidade da unidade de trabalho;

e) Estratégias de relações e imagem - decisões e orientações no sentido de dirigir a ação principal à motivação e reforço da imagem da unidade de trabalho e das atitudes positivas relativas à gestão de segurança no trabalho aos colaboradores e outros envolvidos e

f) Estratégias de proteção integral - decisões e orientações no sentido de dirigir para atuação e motivação do pessoal de projeto, colaboradores e outros envolvidos, como forma de fomentar a preocupação com a manutenção e a gestão de segurança das instalações.

2.6 A FORMA DE EXECUÇÃO

A execução do PSGT irá requerer a realização de estudos mais detalhados sobre a segurança de pessoas, do comportamento dos colaboradores, dos mecanismos de controle de emergências (combate a incêndios e outras emergências), das normas de segurança vigentes, da higiene e limpeza dos equipamentos e também das atividades de lazer no ambiente laboral. Estes estudos irão determinar, de acordo com as circunstâncias, quais serão os procedimentos inseguros existentes no sistema, quais os planos de prevenção específicos a cada caso, fomentar a supervisão das atividades relativas à segurança e as que tenham conexão com ela, além de possibilitar a criação de um sistema permanente de controle estatístico dos acidentes e das condições anormais. Além disto, esse controle irá corroborar para colocar em prática as normas relativas a segurança, no que concerne, a higiene e limpeza dos ambientes laborais por meio de inspeções periódicas e permanentes. Poderão, ainda, servir como base de dados aos organismos de fiscalização e controle do trabalho, bem como, parâmetros para outras organizações. Tais dados irão servir como subsídios à mídia, informando as reais condições de trabalho nas unidades laborais, facultando o marketing

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positivo sobre a segurança.

2.7 O CONTROLE, AVALIAÇÕES E CONCLUSÕES A SEREM ESTABELECIDAS

O acompanhamento e controle se equivalem aos procedimentos de qualquer planejamento. Iniciando-se com a identificação e correção dos desvios ou bloqueios e outras etapas de um planejamento. Assim, o controle efetivo, somente irá ocorrer se forem estabelecidas unidades de medição prévias, bem como, a adoção de critérios de mensuração. A título de exemplificação pode ser citado o controle do número de ocorrências anormais num determinado período de tempo, a fim elaborar ou melhorias das medidas mitigadoras.

Assim, o acompanhamento, controle, avaliações e conclusões; serão estabelecidas e alteradas, ao longo do processo de implantação do PGST. Surge aqui a necessidade da correta utilização dos métodos e instrumentos por parte da administração, bem como, a elaboração de relatórios, boletins, estatísticas, entrevistas, gráficos e vídeos, que irão se constituir no processo de documentação. A periodicidade será determinada para que se possa garantir a continuidade do PGST.

Quanto dinâmica de controle a ser utilizada, esta deverá pautar-se no estabelecimento de unidades de medida, acompanhamento das ações, coleta de informações, correção dos procedimentos executados e revisão do plano. Finalmente, deverá ocorrer a avaliação do processo, processada de forma a criticar ou orientar o re-planejamento de algumas das ações, quando necessárias. Ainda, nesta fase, todos os resultados das ações serão examinados e comparados com critérios determinados, tais como: descrição do plano, exp licitação dos parâmetros pretendidos, descrição dos dados obtidos antes, durante e depois da implantação do plano de gestão, confronto entre os parâmetros e metas e, finalmente, a realização das sugestões visando à realimentação.

As conclusões sobre o PGST são genéricas, mas, basicamente, deverão se restringir ao plano como sendo o termômetro do bem-estar físico e da

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segurança das partes envolvidas, instalações e o empreendimento como um todo. Isto coloca o plano como sendo um fator de aumento da rentabilidade econômica, social e humana capaz de minimizar custos e condições inseguras, suscitando o estabelecimento de um marketing positivo, favorecendo a melhoria da imagem e das condições dos ambientes laborais como um todo.

2.8 O DIAGRAMA HOLÍSTICO – UMA FERRAMENTA DE APOIO

As ações a serem desenvolvidas têm nesta ferramenta de apoio e respaldo para atender as relações entre gestores, colaboradores e consumidores, facultando ao PGST melhorias no ambiente laboral e seu entorno.

As melhorias que se fazem necessárias, são aquelas ligadas as questões de segurança, preservação ambiental e o desenvolvimento de pessoas. Elas deverão estar ligadas, igualmente, as questões relativas a qualidade e produtividade, assim como, pautadas dentro da visão holística conforme o diagrama apresentado na quadro 3. Este diagrama apresenta uma sugestão serial da hierarquização das ações, distribuídas de acordo com a missão, a produtividade, a qualidade dos produtos, a segurança, a preservação ambiental e o desenvolvimento de pessoas.

Nas questões relativas ao desenvolvimento de pessoas, o espectro de abrangência vai desde os patrocinadores, colaboradores, comunidade e consumidores, visando a promoção condições de ascensão das necessidades básicas de todos os envolvidos.

Assim, na primeira série serão abordadas a missão e todas as funções necessárias para o cumprimento desta. Na segunda série serão colocadas as produtividades e todas as funções referentes à produção. Na terceira série as funções que promovem a qualidade dos produtos, inclusive as relativas ao atendimento. Na quarta série serão incluídas a segurança e as funções de proteção, contenção e prevenção. Na quinta série serão colocadas as que promovem a preservação ambiental, incluindo-se as funções de preservação, reciclagem, coleta seletiva e outras. Na sexta série, serão colocadas as funções que envolvam a promoção e o desenvolvimento das pessoas; juntamente com as funções de treinamento, rodízio, esclarecimento e outras.

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Desta forma, a ferramenta, servirá de apoio para elaboração do PGST nas unidades laborais e também para abordar todas as funções relativas ao como fazer, a fim de que sejam possíveis as respostas aos por quês levantados.

QUADRO 3: Diagrama holístico para análise das funções (Cardella, 1999: p 180).

2.9 QUADRO RESUMO DAS ATIVIDADES

O quadro 4 apresenta o resumo das atividades e apresenta como outra ferramenta importante, capaz de servir como roteiro básico a ser seguido, de forma útil e agrupada, os passos a serem seguidos na elaboração do PGST. Salientando-se que este quadro tem como base as recomendações relativas a elaboração do programa de prevenção de riscos ambientais - PPRA, instituído pela portaria número 25, de 29 de dezembro de 1994 e pela norma regulamentadora número 9 - NR-9, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

Como? Por quê?

Missão

Produtividade

Qualidade dos Produtos

Segurança

Preservação Ambiental

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O QUE FAZER ? COMO FAZER ?

Elaboração do plano base do PGST Elaboração dos sub-planos.

Definição dos padrões

Definição da política e das necessidades. Estabelecimento das metas e das prioridades. Determinação das estratégias, metodologia, formas de avaliação e divulgação.

Reconhecimento dos riscos Coleta de dados.

Informação sobre colaboradores e clientes.

Identificação dos riscos. Análise das falhas.

Levantamento do ambiente existente. Elaboração do mapa de riscos.

Verificação dos danos médios ocupacionais. Atas de reuniões.

Relatórios de análise dos acidentes. Entrevistas – Brainstorning.

Inspeções dos locais. Avaliação dos riscos.

Levantamento da exposição dos colaboradores e clientes.

Avaliação dos dados levantados (fase de reconhecimento).

Realização de avaliações ambientais. Comparações com as normas existentes. Controle dos riscos.

Medidas de proteção coletivas. Medidas administrativas.

Aferições dos níveis dos agentes agressivos6

Alterações/substituições. Controle.

Redução dos níveis de acidentes. Normas de trabalho e conduta. Alteração dos processos e métodos. Gerenciamento de EPIs.

Avaliações ambientais. Exames clínicos.

QUADRO 4: Quadro resumo para a verificação das atividades e passos do PGST

(Fatureto et all, 1996: p 80).

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Agente agressivo é o agente constituído por um agente nocivo (nuvem de gás tóxico, raios X) ou um veículo de agente nocivo (vespas, cobras, etc). A denominação de agressivo indica qualidade ou estado potencial do alvo atingido ou a ser atingido. Alvo é a pessoa, a passa a ser denominada de vítima. Os agentes agressivos podem ser físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos. (Cardella, 1999: p 216).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A abordagem sobre as questões relativas a segurança do ambiente laboral suscitaram a visão de que ela deva ser tratada como sendo um sistema organizado que faculte a prática saudável das atividades laborais.

Daí surgiu a idéia de que as unidades laborais devam apresentar uma gestão de riscos, que as auxilie no controle das falhas humanas, principalmente, e todos os itens relacionados a elas, inclusive os ambientes interno e externo.

Assim, a elaboração de um plano de gestão de segurança no trabalho – PGST, único, cooperativo e que objetive, em sua amplitude, a criação de um sistema integrado de mecanismos de segurança, adaptado as unidades laborais; capaz de fomentar a implementação de medidas mitigadoras relativas: a gestão de riscos, gestão do ambiente laboral, gestão do entorno, gestão de emergências, gestão de pessoas, gestão de falhas, gestão da imagem da organização e gestão da segurança, a fim de que seja possível contensão de uma das maiores causas da infelicidade humana: os acidentes, esta foi a tônica de deste trabalho.

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REFERÊNCIAS

CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e preservação de acidentes, uma abordagem holística. São Paulo: Atlas, 1999.

CAVASSA, Ramírez César. Hoteles: gerencia, seguridad y manteniemento. México: Trillas, 1997.

__________________________. Hotéis: gerência, segurança e manutenção.São Paulo: Rocca, 2001.

FATURETO, Agenor Moreira, FUDOLI, Josevan Ursine e GÀRIOS, Marcelo Giordano. Manual técnico do PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Belo Horizonte: USIMINAS, 1996.

MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e medicina do trabalho. São Paulo: Atlas, 44 ed., 2000.

SEGURIDAD EM TURISMO, Medidas prácticas para los destinos. Madrid: OMT, 1997.

VEZZANI, Marco Antônio. Gestão de segurança no turismo em Aruanã – GO: Avaliações e proposições. 2002. 120 f. Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário Ibero Americano –UNIBERO. São Paulo, 2002.

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