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Aula 2 - Elementos de epidemiologia

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Academic year: 2021

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(1)

Elementos de

epidemiologia

(2)

Epidemiologia

Ciência que estuda a distribuição de doenças e seus

determinantes em grupos populacionais

Os determinantes são chamados de fatores de risco

 Os grupos populacionais podem ser:

 Habitantes de uma área geográfica

 Faixa etária

 Profissões

 O objeto de estudo não inclui apenas doenças infecciosas

 Doenças fisiológicas (hipertensão, diabetes, ...)

(3)

Epidemiologia

Objetivo da epidemiologia é a promoção da saúde

através da prevenção

(4)

Focos de estudo

Premissa básica da epidemiologia

A doença não se distribue aleatoriamente. Fatores de risco modelam sua distribuição

O raciocínio epidemiológico foca em três pontos:

 Nas pessoas

 Quem adoece e por que adoece?

 No lugar

 Onde a doença ocorre e por que ocorre naquele lugar?

 No tempo

(5)

Focos de estudo

Pessoas

O objetivo é identificar as diferenças das pessoas enfermas e

não-enfermas

 Diferenças demográficas

(sexo, idade, etnia, ...)  Diferenças biológicas

(estado e perfil imunológico, perfil hormonal, ...)  Diferenças socio-econômicas

(nível socio-econômico, escolaridade, ocupação, ...)  Diferenças comportamentais

(dieta, atividade física, uso de drogas, ...)  Diferenças genéticas

(6)

Focos de estudo

Lugar

O objetivo é comparar a frequência de ocorrência da

doença entre locais

Tempo

Os objetivos são:

 Determinar se ocorreram mudanças na frequência de uma doença ao longo de um período

(7)

Aplicações

Os estudos epidemiológicos são utilizados por médicos,

biólogos, sociólogos e demógrafos para:

 Identificar a etiologia das doenças

 Elucidar a história natural (desenvolvimento) das doenças

 Descrever o estado de saúde das populações

(8)

Tríade epidemiológica

A transmissão e a manutenção de uma doença são

resultantes da interação de três fatores:

 O agente

 O hospedeiro

(9)

Tríade epidemiológica

O agente

 É o fator cuja presença é essencial para a ocorrência da doença

(10)

Tríade epidemiológica

O hospedeiro

 É o organismo capaz de ser infectado por um agente.

 Para que a interação agente-hospedeiro aconteça é necessário que o hospedeiro seja suscetível

(11)

Tríade epidemiológica

O meio ambiente

 É o conjunto de fatores que promovem a interação entre o agente o hospedeiro

 No caso do homem podemos identificar três categorias de meio ambiente:

Ambiente biológico

(reservatórios, vetores e sua manutenção)

Ambiente social

(organização da sociedade na qual agente e hospedeiro estão inseridos)

Ambiente físico

(12)

Doenças subclínicas x epidemiologia

Doenças subclínicas

Infecções em que não se manifestam sintomas clínicos

Nesta categoria ainda se incluem:

 Doenças pré-clinicas

(não sintomática apenas no início)

 Doenças latentes

(13)

Doenças subclínicas x epidemiologia

Período de incubação

Período entre a exposição ao agente e o aparecimento

dos sintomas

A extensão do período de incubação depende de:

 Taxa de crescimento do agente infeccioso

 Dose de agente infeccioso

 Tipo de porta de entrada do agente

(14)

Doenças subclínicas x epidemiologia

Geralmente doenças em fase de incubação e sub-clínicas

não são diagnosticadas

 Os infectados não são alvos de tratamento

 A avaliação da doença é

subestimada (metáfora do iceberg)

 Geralmente envolve o período de maior transmissibilidade

(15)

Dinâmica das infecções

A dinâmica temporal das infecções exige um longo

acompanhamento

 O acompanhamento permite estimar o número esperado de casos para determinado período de tempo

As doenças apresentam três tipos de dinâmica temporal

Períodos endêmicos

Presença da doença em um número constante de casos ao longo dos períodos

Períodos esporádicos ou interepidêmicos

(16)

Dinâmica das infecções

Períodos epidêmicos

 Presença da doença em um número de casos acima do normal.

 Os casos surgem de maneira progressiva, inesperada e descontrolada

(17)

Medidas preventivas

De acordo com o estágio da infecção, as medidas

preventivas podem ser de três tipos:

Prevenção primária

 Procuram impedir que o indivíduo adoeça (fase pré-patogênica)

 Tenta controlar os fatores de risco

 Envolve abordagens amplas (saneamento básico, educação, ...) e

abordagens específicas de cada infecção (vacinação, uso de preservativos)

 Pode ser direcionada para toda a população ou para os grupos de maior exposição aos fatores de risco

(18)

Medidas preventivas

Prevenção secundária

 Procuram impedir que a doença se desenvolva para estágios mais graves

 Aplicáveis aos indivíduos que estão em contato com o agente

 Envolve estratégias de diagnóstico e tratamento precoce

Prevenção terciária

 Procuram reduzir complicações e incapacidade

 Aplicáveis aos indivíduos que contraíram a doença

 Envolve estratégias de reeducação e readaptação

(19)

Medidas preventivas

(20)

Estudos epidemiológicos

Os estudos epidemiológicos podem ser de dois tipos

Estudos de observação

 Investigador coleta, observa e analisa dados de ocorrência natural das doenças

 Tipo mais comum de abordagem na parasitologia humana

Estudos experimentais

 Investigador controla os grupos a serem ou não expostos ao agente

 Pouco comum nas populações humanas por questões éticas

 Geralmente envolvem testes de vacinas e drogas, experimentos com animais modelo

(21)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Os objetos da epidemiologia são os indivíduos doentes e

também os saudáveis expostos aos fatores de risco

Estes objetos são representados por números brutos ou

pela sua frequência na população

 Os números brutos são úteis para planejamento das ações de prevenção e tratamento

 Para estudos epidemiológicos geralmente se utiliza frequências

 O número e frequência de óbitos também são frequentemente utilizados

(22)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Morbidade

 É a frequência de doentes na população

 Ela pode ser expressa por meio da:

Incidência

(número de novos casos da doença)

Prevalência

(23)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Incidência

 A incidência estima o risco de adoecer

 Seu cálculo depende do acompanhamento da população

 Acompanhamento longo

 Diagnóstico precoce e preciso

𝑰𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 = 𝑵º 𝒅𝒆 𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 𝒅𝒂 𝒅𝒐𝒆𝒏ç𝒂

(24)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Prevalência

 Descreve o cenário da doença na população

𝑷𝒓𝒆𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 = 𝑵º 𝒅𝒆 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒗í𝒅𝒖𝒐𝒔 𝒅𝒐𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒏𝒂 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝑵º 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒗í𝒅𝒖𝒐𝒔 𝒏𝒂 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐

 Tem aplicabilidade no planejamento e avaliação dos programas de saúde

(25)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Incidência x prevalência

 A prevalência é incrementada com a incidência ao longo do tempo, ou seja:

(26)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Vários fatores podem influenciar a prevalência de

(27)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Mortalidade

 Expressa o número total de mortes numa população

 As mortes atribuídas a uma doença são quantificadas pelos atestados de óbito

𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝑵º 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒏𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝑵º 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒗í𝒅𝒖𝒐𝒔 𝒏𝒂 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐

(28)

Medidas utilizadas na epidemiologia

(29)

Medidas utilizadas na epidemiologia

A avaliação dos fatores de risco são feitas através de

cálculos de risco

Risco é a probabilidade de ocorrência de uma doença em um

indivíduo da população

 Existem duas estimativas de risco:

 Risco Relativo (RR)

(30)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Risco Relativo

É a razão entre a incidência de um grupo exposto a um fator de risco e a incidência de um grupo não-exposto ao mesmo fator

 Mede a força da associação do fator e a doença

𝑹𝑹 = 𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒏𝒐 𝒈𝒓𝒖𝒑𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒏𝒐 𝒈𝒓𝒖𝒑𝒐 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐

(31)

Medidas utilizadas na epidemiologia

Risco Atribuível

 Proporção de casos da doença em um grupo populacional atribuído a um determinado fator de risco

 Ex: 80% dos casos de doença de Chagas estão entre os que moram em casas de adobe

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Interpretação de dados epidemiológicos

Os resultados dos dados epidemiológicos geralmente levam a

associações entre fatores de risco e doença

Estas associações podem ser completamente espúrias (se estudo não for conduzido e/ou interpretado corretamente) Ex: ser garimpeiro aumenta o risco de contrair malária

Podem ser indiretas

(característica associada está ligada a outra característica que realmente está ligada à doença)

Ex: aumento da pluviosidade aumenta o risco de contrair malária  Podem ser diretas

(característica realmente ligada à doença)

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Categorias de fatores de risco

Existem quatro tipos de fatores de risco

Fatores predisponentes

 Relacionados à suscetibilidade

 Ex: idade, sexo, ...

Fatores facilitadores

 Favorecem o desenvolvimento da doença

 Ex: desntrição, falta de saneamento, falta de atendimento médico

Fatores precipitantes

 Exposição aos agentes da doença

Fatores agravantes

(34)

Referências

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