Serviço Geológico
do Brasil – CPRM
Caracterização Geoquímica das
Rochas Ignimbríticas no Noroeste
do Estado do Espírito Santo
Valter Salino Vieira
Co-autores: Novais, L.C.C. ( Petrobras); Silva, M.A.(CPRM); Corrêa, T.R.(estudante Geologia UFMG/estagiário CPRM); Lopes, N.H.B.(estudante Geologia UFMG/estagiário CPRM)
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Silva et al. (2005)
SISTEMA OROGÊNICO MANTIQUEIRA HÁ 560 Ma
O Orógeno
Araçuaí
é o componente
mais setentrional
desse sistema
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
• MAPA GEOLÓGICO DO ESPÍRITO SANTO – ESCALA - 1:400.000 ( Vieira et al, 2013Mapa Geológico lançado no SIMEXMIN-Ouro Preto/maio/2014
Ignimbritos e rochas piroclasticas de composição riolítica a dacítica Pedro Canário São Mateus
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Detalhe das áreas ondeforam cartografadas as rochas piroclásticas, mostrando os pontos de afloramentos da
Formação Abrolhos (Eab) Grupo Espirito Santo 62-42Ma –Ar/Ar
Recorte do Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo, esc. 1:400.000, Vieira et al. 2013)
Datações Ar/Ar em três grãos analisados nas margens do Rio São Mateus, deram do
Eopaleozóico: um de 429.7 ±3.0 Ma e um feldspato pertítico de 474.3 ±1.0 Ma. Um grão máfico deu uma boa idade de 69.4 ±1.3 Ma, indicando que o cenário poderia ser uma erupção explosiva
ignimbrítica que incorporou materiais de idades diferentes ( informação verbal de Novais, set/2014)
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Histórico:
a) Primeiro trabalho: Novais L.C.C, Zelenka T, Szatmari P, Motoki A,Aires J.R, Tagliari C.V - nov/2007/maio/2008- BGP, v16. Pela primeira vez é noticiada a ocorrência de rochas igninbríticas na porção norte da Bacia do Espírito Santo
b)Segundo trabalho: Motoki A, Novais L.C.C, Sichel S.E, Neves J.L.P, Aires J.R. 2007. Bol. Geociências UNESP, v.26. Descreve rocha piroclástica félsica originada de erupção
subaquática na Bacia sedimentar do Espírito Santo.
c) Terceiro Trabalho: Gomes N.S, Suita M.T F. maio/nov.2010 - BGP, v18. Aborda a ocorrência de vulcanismo bimodal de idade Terciária na Bacia de Mucuri. Assinala de forma pontual a ocorrência de rochas vulcânicas intermediárias e ácidas em um mapa (modificado de Sobreira e França - BGP, v14, 2006) que mostra a geometria do
Complexo de Abrolhos
d) Quarto Trabalho - Cimentação hidrotermal em depósitos sedimentares paleogênicos do rift continental do sudeste do Brasil: Mineralogia e relações tectônicas. Riccomini & Lucy Sant'ana . RBG 2001 . A Fm. Resende é análoga da Rio Doce, inclusive no
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Caravelas
São Mateus
Mapa de Sobreira e França, 2006 que mostra a geometria do Complexo de Abrolhos , modificado por Gomes & Suita (2010).
As setas azuis indicam as rochas vulcânicas ácidas no continente.
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
DADOS DE CAMPO
Porção superior visualiza-se a transição da rocha fresca para um solo de composição areno-argilosa e caulinizado. ponto VS-123B
Afloramento mostrando contato entre o Grupo Rio Doce, (Fm. Abrolhos, com fácies vulcânica na base sobreposta por fácies
vulcanoclásticas e sedimentares) e o Grupo Barreiras. Local: Km 18 da BR 101, 07 Km após Pedro Canário, ES, sentido ao sul. Ponto VS-71
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Ignimbrito com cerca de 3 m de espessura exibindo disjunção colunar próximo à margem do Rio São Mateus. Ponto VS-122
Amostra do ignimbríto de composição dacítica a riolítica- Fazenda Boa Vista. Ponto VS-123
Vista do afloramento de ignimbrito, situada na BR-101, a 8 km a norte de Pedro Canário. Ponto VS-69
Rocha ignimbrítica de composição riolítica, situada na Fazendo Boa Vista. Ponto VS-123A.
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Afloramento mostrando depósito de
ground-surge, evidências de fluxo piroclástico na
margem esquerda do Rio São Mateus. Foto: Luiz C. C. Novais, 2011.
Coluna litoestratigráfica de componentes vulcânicos situados na margem esquerda do Rio São Mateus. Novais in
Universidade Nacional de Salta-Argentina (2007).
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Dados PetrográficosFotomicrografias do tufo ignimbrítico da Fm. Abrolhos - Grupo Espírito Santo. A) amostra VS-123, nicóis //, aumento de
10x; B) amostra VS-122, nicóis //,
aumento 10x; C) amostra VS-123, nicóis //, aumento de 10x; D) amostra VS-123, nicóis X, aumento de 10x; E) amostra
VS-123A, nicóis X, aumento de 4x; F)
amostra VS-123A, nicóis X, aumento 2x. V=vidro; qz=quartzo; m=matriz
constituída de material vítreo de granulação muito fina; fd=feldspato; kfd=feldspato potássico; px=piroxênio.
Seta vermelha=corrosão do quartzo por vidro ou matriz vítrea; seta
azul=possíveis shards recristalizadas. B) Local: Fazenda Boa Vista
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Distribuição dos ignimbritos do Grupo Whakamaru na região central de North Island, Nova Zelândia, mostrando os principais membros ignimbríticos:
Whakamaru, Manunui,
Rangitaiki, Te Whaiti e os do Grupo Peroa Range (PRG), aflorando em superfície. A área fonte do Grupo
Whakamaru, segundo proposta de Wilson et al. (1986) está assinalada pelas linhas tracejadas. Geologia segundo Healy (1964), Hay (1967) e Grindley (1960). Modificado de Brown (1994). Correlação Grupo Whakamaru
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Localização das amostras de ignimbritos da Formação Abrolhos- Grupo Espírito Santo (losangos azuis) e de ignimbritos do Grupo Whakamaru (quadrados vermelhos), segundo Eward (1982).
diagrama de classificação de rochas vulcânicas para amostras da Formação Abrolhos - Grupo Espírito Santo (quadrados vermelho) e
amostras de ignimbritos do Grupo Whakamaru, Nova Zelândia (triângulos verde), segundo
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Diagrama de discriminação tectônica segundo Gorton & Schandl (2000). Ignimbritos de São Mateus, ES = Losangos em azul e ignimbritos do Grupo Whakamaru, Nova Zelândia = quadrados em vermelhos. margens continentais ativas (ACM); zonas vulcânicas intraplaca ( WPVZ); basaltos intraplaca (WPB)
Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971) indicando o caráter toleiítico para os
ignimbritos da Formação Abrolhos, Grupo Espírito Santo (triângulos em vermelho) e calcio-alcalino para os ignimbritos do Grupo Whakamaru, Nova Zelândia (círculos
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
1 10 100 400 La Ce Pr Nd Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb LuS
a
m
p
le
/N
a
k
a
m
u
r
a
,
1
9
7
7
Curvas de elementos terras raras, normalizados para condrito usando
valores de Nakamura (1977), para amostras de ignimbritos da Fm. Abrolhos ( discos e triâgulos) e de ignimbritos do Grupo Whakamaru,
Nova Zelândia (quadrados)
GPS-80 GPS-81 La Ce Enriquecimento em ETRL Moderada Depleção em ETRP Enriquecimento em La -200 a 300 vezes a dos condritos Moderada depleção das ETRP em relação as ETRL indica fonte mantélica
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
0,01 0,1 1 10 100 300 Cs Ba Rb Th U Pb K Nb Ce Sr Zr Ti Tb Y Cr Ni Zn TaS
a
m
p
le
/M
O
R
B
Padrões geoquímicos normalizados para condritos de ignimbritos riolíticos da Fm. Abrolhos - Grupo Espírito Santo (discos e triâgulos) e de ignimbritos riolíticos do Grupo Whakamaru, Nova Zelândia ( quadrados) normalizados para MORB (Eve nsen, 1983)
GPS-81 GPS-80 As amostras mostram enriquecimento de LILE (Ba, Rb, K e Th) em relação aos HFSE (Nb, Zr, Ti) Fraca a moderada depleção de Nb
Ocorre uma forte depleção de Sr e
Ti, sugerindo fracioamento do plagioclásio.
CONCLUSÕES
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Complexo Abrolhos
Mapa de Sobreira & Franca, 2005 , in.
Gomes & Suita, 2010
Rio São Mateus
Rio Itaúnas Bandeamento de fluxo e variação brusca de granulometria
ARENITOS TUFÁCEOS RESERVATÓRIOS BACIA DO ESPÍRITO SANTO.
TEXTURAS DE FLUXO
Fluxo Magmático
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Ao Geólogo Inácio de Medeiros Delgado ( Ex-DEGEO/CPRM), que me convidou para realizar a integração Geológica do Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo em set/2010.
Ao Geólogo Reginaldo Alves dos Santos, atual DEGEO/CPRM, que vem apoiando os trabalhos de integração Geológica do Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo. Ao GEREMI e SUREG/BH.
À Diretoria da CPRM, principalmente com quem tenho mais contato : Dr. Roberto Ventura Santos e Dr. Manoel Barretto da Rocha Neto.
Agradecemos ao colega Luiz Carlos Chaves Novais ( Petrobras-Vitória) por ter me lavado
aos afloramentos da Fazenda Boa Vista, sem os quais seria impossível chegar aos dados geoquímicos apresentados.