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A agricultura compõe o setor primário da economia,
tornando-se uma prática primordial para o detornando-senvolvimento das
sociedades.
A agricultura é uma prática econômica que consiste no uso dos
solos para cultivo de vegetais a fim de garantir a subsistência
alimentar do ser humano, bem como produzir matérias-primas que
são transformadas em produtos secundários em outros campos da
atividade econômica.
A história da agricultura sugere que essa prática existe há mais de 12 mil anos.
Com o passar do tempo, foram sendo desenvolvidas as
primeiras técnicas de cultivo, elaboradas a partir do momento em que o homem percebeu que algumas sementes, quando plantadas, germinavam e que animais poderiam ser domesticados.
Com isso, observou-se um lento processo de
sedentarização das práticas humanas, fruto das novas técnicas sobre o uso e apropriação do meio natural. Nascia a agricultura e, com ela, desenvolviam-se as primeiras civilizações.
Produção Agrícola antes da
revolução industrial (séc. XVIII)
Terraceamento: consiste no
parcelamento do terreno, dividindo-o em rampas inclinadas, de mdividindo-oddividindo-o que a velocidade da água é reduzida e seus impactos são minimizados.
Atualmente, a utilização do
terraceamento é mais comum no sudeste do continente asiático, sobretudo no Vietnã, onde a
produção de arroz é predominante.
Agricultura de jardinagem ou camponesa envolvem trabalhos coletivos, com técnicas rudimentares, pouca exploração de terra e baixa produtividade
Podemos perceber que o
meio rural sempre foi a
atividade econômica mais
importante para a
constituição e manutenção
das sociedades.
No entanto, com o advento
da industrialização e da
modernidade, cada vez
menos as cidades dependiam
do campo e cada vez mais o
campo dependia das cidades.
Produção Agrícola após Segunda
Revolução Industrial
Com a Segunda Revolução industrial, aumentam o numero de indústria e a aumenta a necessidade de matéria-prima para alimentar essas indústrias Os alimentos do campo precisam acompanhar essa evolução e nesse contexto se consolida a ideia do
agronegócio e da agroindústria –
principalmente em países mais
desenvolvidos e posteriormente para países emergentes
Isso gerou:
Especialização produtiva Concentração de terras
A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington. Porém, o processo de modernização agrícola que desencadeou a Revolução Verde
ocorreu no final da década de 1940.
Revolução Verde
Surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através do
desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e
utilização de máquinas no campo que aumentassem a produtividade. Isso se daria através do desenvolvimento de sementes adequadas para tipos
específicos de solos e climas,
adaptação do solo para o plantio e desenvolvimento de máquinas.
Esse programa foi financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova Iorque. Utilizando um discurso
ideológico de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado consumidor,
fortalecendo a corporação com vendas de verdadeiros pacotes de insumos agrícolas, principalmente para países em desenvolvimento como Índia, Brasil e México.
De fato, houve um aumento considerável na produção de alimentos. No entanto, o problema da fome no mundo não foi solucionado, pois a produção dos alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países ricos industrializados, como Estados Unidos, Japão e Países da União Europeia.
O processo de modernização no campo alterou a estrutura agrária. Pequenos produtores que não conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção, não atingiram produtividade suficiente para
se manter na atividade,
consequentemente, muitos se endividaram devido a empréstimos bancários solicitados para a mecanização das atividades agrícolas, tendo como única forma de pagamento da dívida a venda da propriedade para outros produtores.
A Agrobiotecnologia
(Biotecnologia
aplicada à produção
agrícola)
desenvolveu
organismos
geneticamente
modificados – os
transgênicos
Agrobiotecnologia
O aumento da produção agropecuária no decorrer de muito tempo esteve ligado diretamente à área cultivada ou expansão de suas fronteiras. Isso quer dizer que nesse período, para aumentar a produção, era preciso abrir novas áreas de
cultivo. O conjunto de tecnologias, conhecimentos e técnicas são denominados de biotecnologia. As biotecnologias são
responsáveis por produzir elementos agrícolas ou
pecuários capazes de gerar uma grande produtividade, como sementes imunes a pragas e adaptadas ao solo e clima, espécies novas de plantas entre outros.
Hoje a venda dos transgênicos é
associada a venda dos
agrotóxicos (venda casada)
a semente é mais resistente e
os agrotóxicos previnem
doenças e ervas daninhas.
Atualmente grandes empresas
dominam o mercado mundial
Monsanto, Bunge e Cargill
-exigindo pagamento de
royalties dessa sementes
transgênicas
Principais áreas com plantio de
transgênicos
Agroecologia é uma forma de agricultura sustentável que retoma as concepções agronômicas anteriores à chamada Revolução Verde. São chamadas de agroecologia as práticas de agricultura que incorporam as questões sociais, políticas, culturais, energéticas, ambientais e éticas.
Agroecologia
A agroecologia é uma forma de conhecimento que
pretende superar os danos causados à biodiversidade e
à sociedade como um todo pela prática
da monocultura, do emprego dos transgênicos,
dos fertilizantes industriais e dos agrotóxicos. Os manejos que se enquadram no conceito de agroecologia pre ssupõem a prática da agricultura orgânica e o emprego de tecnologias limpas, gerando menos externalidades ambientais negativas.
Elevada mecanização Alta produtividade
Baixo percentual de
trabalhadores empregados (setor primário)
Baixa participação no PIB Pequenas e médias
propriedades
policultura
Inovações técnicas e cientificas
Politica governamental de subsídios e financiamentos
Agropecuária nos Países
Desenvolvidos
Exemplo dos Belts nos EUA
Melhor aproveitamento agropecuário de cada parte do país, de acordo com o ambiente físicoAgropecuária nos Países
Subdesenvolvidos
Países mais pobres que ainda não
conseguiram superar situação de
pobreza ainda apresentam
características como:
Baixa produtividade
Cultivos extensivos
Técnicas rudimentares
Pouca s técnicas (irrigação,
adubos químicos)
Pequenas roças (subsistência)
Insegurança alimentar (fome e
falta de alimentos)
Mapa da fome no mundo - 2018
A produção total de alimentos hoje é suficiente para abastecer toda população, mas a distribuição de alimentos ainda é um problema, pois grande parte da produção é comercial.
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Há presença de latifúndios monocultor com grande produtividade
Grandes propriedade
improdutivas, destinadas à pecuária bovina extensiva
Existem pequenas e medias propriedade policulturas, que
abastecem o mercado interno
E comunidades com menos recursos dependentes da agricultura itinerante de subsistência
Perfil do Campo Brasileiro
No Brasil existem sistemas intensivos e extensivos
Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil passou por diversos ciclos e transformações; desde a economia canavieira, pautada principalmente na produção de cana-de-açúcar durante o período colonial, até as recentes transformações e expansão do café e da soja.
Atualmente, essas transformações ainda ocorrem, sobretudo garantindo um ritmo de sequência às transformações técnicas ocorridas a partir do século XX, como a mecanização da produção e a modernização das atividades.
O índice considera adubação, maquinas , defensivos,
conservação do solo – quanto maior o índice maior a modernização
Modernização no Campo
Ocupação de terra pela
agropecuária
• A atividade do setor agrícola é uma das mais importantes da economia brasileira,
• Embora componha pouco mais de 6% do PIB brasileiro na atualidade, é responsável por quase R$100 bilhões em volume de exportações em conjunto com a pecuária
Principais produtos agropecuários
exportados (2017)
Intensivo
Sistemas produtivos agrícolas: Combinação de técnicas e
tradições utilizadas pelo homem na sua relação com o meio
rural para obter os produtos de que necessita.
Extensivo
Voltado para mercado externo
Uso permanente do solo
Rotação de cultura
(milho, soja, trigo e pasto)
Usos de insumos,
agrotóxicos e tecnologia
Mão de obra qualificada Mecanização
Pequena e média
propriedade
Agricultura de subsistência
Milho, feijão, arroz, mandioca
Grandes propriedades
Arrendamento ou posse Técnicas ultrapassadas de
plantio (queimadas)
Pouca tecnologia, usos de enxadas, foices, arados
Mão de obra barata
Baixa produtividade
Latifúndios, extensas terras
produção em grande escala de um único produto, o que se denomina de
monocultura.
No Brasil, utilizou-se
inicialmente a cana-de-açúcar, mas depois veio o algodão, o fumo e o café.
Geralmente eram produtos tropicais que eram plantados nesses latifúndios.
Termo utilizado nos séculos XVIII e XIX
Erosão: é a devastação do solo por meio do seu deslocamento. Pode ser ocasionado por fenômenos naturais, como a chuva, e até mesmo pela ação do homem.
A chuva provoca a erosão, pois a grande quantidade de água infiltrada no solo, tira a sua estabilidade, levando ao deslocamento. Além da chuva, outras ações da natureza podem ocasionar a erosão, como o vento, vulcões e alterações climáticas.
O homem provoca a erosão do solo quando retira sua superfície vegetal para a prática agrícola, e deixando o mesmo aberto, livre para as infiltrações de água. A mineração também é uma ação que provoca a erosão, pois os solos vizinhos da região escavada irão poderá ser privados de sua estabilidade.
Laterização: ocorre com a formação da camada ferruginosa que se forma com o aumento significante de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio no solo. Esta camada prejudica a fertilidade do solo e as práticas agrícolas.
Lixiviação: nas regiões tropicais úmidas, ocorre a lavagem da superfície do solo, e os nutrientes que se encontram nesta parte são arrastados, acabando com a sua fertilidade.
Erosão
Laterização
Adubação: é um processo que retifica as imperfeições do solo, fornecendo adubos ou fertilizantes que foram removidos na colheita.
Rotação de culturas: este processo consiste na aplicação de adubo intercalando com o cultivo de novas espécies vegetais.
Curvas de Nível: é o processo conhecido por arar o solo, que revolve a terra, arejando o solo, tornando-o mais permeável.
Terraceamento: este processo se baseia na formação de degraus nas
encostas das montanhas e de morros, que são denominados terraços. Estes retêm a água, e diminuem as possibilidades de erosão.
Associação de culturas: protegem-se fileiras de produtos agrícolas cultivando plantas leguminosas que recobre o terreno, conservando a nutrição do solo.
Calagem: consiste na aplicação de alcalinizantes em solos com pH ácido, para garantir a melhoria das práticas agrícolas.
Reflorestamento: este processo consiste em recompor a cobertura vegetal, protegendo a superfície humífera.
Técnicas para evitar os problemas
ambientas
Rotação de cultura
Talvez uma das mais gritantes
incoerências de nossa sociedade
possa ser percebida no tripé:
trabalho – terra – alimentação
Utilizamos grandes áreas
destinadas a comercialização e
não a alimentação
Há pessoas subnutridas no país
Há inúmeras pessoas
desempregadas
Estrutura Fundiária
1hectare = 1000 m² 1 campo e meio de futebol
Pequenas propriedades, porém muitas proprietários – ocupam
uma pequena área
Grandes propriedades, porém poucos proprietários – ocupam
uma grande área.
Estrutura Fundiária
DIMENSÃO
Nº DE
PROPRIEDADES
ÁREA OCUPADA
Menos de 10 ha
49,7%
2,3%
De 10 a 100 ha
36,6%
17,7%
De 100 a 1000 Ha
9,7%
34,9%
Mais de 1000 Ha
0,9%
45,1%
Direta – feita pelo dono da terra
Indireta – parceria (meação) ou arrendamento (aluguel)
Ocupação – posse ou grilagem
Grileiros – pessoas que falsificam o documento de posse da
terra.
Posseiros – pessoas que ocupam um determinado local,
sendo que se este não for contestado em 5 anos, o
morador pode pedir a documentação da terra, por
usucapião.
Em 1850é promulgada a lei Eusébio de Queiros – Proibição do tráfego de escravo para o Brasil
Há expansão do cultivo e café e aumento da entrada de imigrantes
Surge a lei de Terras, que assegurava que para ter a escritura da terra, só seria efetivada a compra da escritura no cartório, o que beneficiava as pessoas ricas
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é
um dos mais importantes movimentos sociais do
Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador
do campo, principalmente no tocante à luta pela
reforma agrária brasileira.
Os objetivos do MST, para além da reforma agrária,
estão no bojo das discussões sobre as transformações
sociais importantes ao Brasil, principalmente àquelas
no tocante à inclusão social.
MST – Movimento dos Trabalhadores
sem terra
Se por um lado a luta pela terra é legítima, por outro, os
meios praticados pelo movimento para promover suas
invasões em alguns determinados casos geram muita
polêmica na opinião pública.
Em
determinados
episódios
que
repercutiram
nacionalmente, o movimento foi acusado de ter pautado
pela violência, além de ter permeando suas ações pela
esfera da ilegalidade, tanto ao invadir propriedades que,
segundo o Estado, eram produtivas, como ao ter alguns de
seus militantes envolvidos em depredações, incêndios,
roubos e violência contra colonos dessas fazendas.
Contudo, vale ressaltar que em muitos casos a violência e a
ação truculenta do Estado ao lidar como uma questão social
tão importante como esta também se fazem presentes.
Basta lembrarmos o episódio do massacre de Eldorado de
Carajás, no Pará, em 1996, quando militantes foram mortos
em confronto com a polícia.
Violência contra trabalhadores rurais
( de 1986 até 2006)
Pequenos produtores são obrigados a venderem suas terras para grandes empresas donas de grandes negócios.
Sendo extremamente difícil competir no mercado com grandes produtores, de agronegócio.
Como é o cenário atual no Brasil?
A concentração da propriedade privada no Brasil é consequência de um
processo histórico iniciado com a
colonização, que percorreu até os dias atuais.
A violência no campo, massacre de índios e posseiros é resultado desse problema.
A concentração de terras, o baixo aproveitamento da terra e a
degradação ambiental também tem parte de sua origem nessa condição fundiária.
Dos principais produtos agropecuários do Brasil, cabe
destaque para a cana-de-açúcar, o café e a laranja, dos quais
somos os maiores produtores mundiais;
a soja, o fumo e a carne bovina – segunda posição
internacional;
e o milho, produto em que o Brasil é o terceiro país em volume
de produção anual.
Produtos agropecuários
Tipos de Lavouras
Permanente: cultivo arbóreo, do qual se obtém varias safras ao longo de muitos anos Exemplo: café, laranja, manga.
Temporária: herbáceo, sendo que há apenas uma safra por plantio. Exemplo: trigo, soja, milho, arroz
A cana foi o primeiro produto de cultivo em larga escala na história
agrícola do Brasil (sistema de plantations na região Nordeste)
Atualmente, a cana é destinada também para a produção de etanol, cuja importância econômica e política é cada vez mais acentuada no
contexto geopolítico internacional dos combustíveis e da fontes de energia.
Segundo o IBGE , a cana-de-açúcar ocupa no Brasil cerca de 10% de todas as áreas utilizadas pela agricultura
é responsável por pouco mais de 17% das exportações nacionais.
Sua produção concentra-se em médias e grandes propriedades, principalmente nos estados da região Sudeste, além do litoral nordestino, Paraná e algumas localidades da região Centro-Oeste.
O café também foi um dos mais importantes produtos presentes na história agroeconômica brasileira, tendo o auge de seu ciclo vivenciado no final do século XIX e início do século XX até a chegada da Grande Depressão de 1929, quando passou a sofrer certo declínio.
É responsável por quase 10% das exportações do agronegócio.
Ao todo, quase 70% de todo o café produzido no Brasil é destinado ao mercado externo.
Assim como a cana-de-açúcar, o café é majoritariamente produzido em médias e grandes propriedades,
Embora a agricultura familiar seja responsável por quase 30% do seu cultivo
O principal estado produtor é Minas Gerais, que concentra mais da metade do cultivo e, ao lado de São Paulo e Espírito Santo, detém cerca de 83% da produção nacional.
A soja é o principal produto da agricultura brasileira, embora a liderança mundial da produção pertença aos Estados Unidos.
A maior parte de seu volume é destinada ao mercado estrangeiro.
O destino final é a alimentação de rebanhos em territórios desenvolvidos.
O aumento da produção de soja no Brasil aconteceu sobretudo com a
mecanização do campo e a expansão da fronteira agrícola.
Esse processo foi marcado principalmente pelo avanço de produtores sulistas para a região central do país.
Destaque para os estados da região Centro-Oeste (com destaque para o Mato Grosso), além do Paraná, Rio Grande do Sul, Tocantins e Bahia.
O avanço da soja
pecuária extensiva consiste na criação a pasto:
grandes latifúndios e pequenas áreas familiares.
gado solto, com certa liberdade
“gado de corte”.
No Brasil, ela responde por quase 90% de toda a atividade
agropecuária realizada.
Pecuária intensiva consiste no cultivo de animais pelo confinamento:
é considerada mais moderna
adoção de procedimentos tecnológicos, incluindo manipulação genética,
inseminação artificial, entre outras estratégias de produção.
O Brasil possui o segundo maior rebanho bovino no mundo, com mais de 200 milhões de cabeças de gado – atrás somente dos EUA.
Além da carne, o Brasil também possui uma alta produtividade de leite, este voltado, sobretudo, para o mercado interno.
A pecuária no Brasil é predominantemente extensiva, ou seja, com a
ocupação de grandes áreas, o que ocorre tanto pela alta disponibilidade de terras quanto pelas estratégias dos latifundiários para manterem suas
propriedades produtivas, evitando o seu destino para a Reforma Agrária.
Mesmo assim, vem crescendo no país a atuação da pecuária intensiva, muitas delas diretamente associadas a agroindústrias leiteiras e de corte.
Apenas 16% da carne bovina brasileira é destinada ao mercado externo, sendo a maior parte comercializada no mercado interno.