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LOGÍSTICA REVERSA PROSPECTIVA E DIFICULDADES DO PROCESSO

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Universidade Federal do ABC

Graduação em Engenharia Ambiental e Urbana

Lais Galileu Speranza

LOGÍSTICA REVERSA – PROSPECTIVA E DIFICULDADES DO

PROCESSO

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LAIS GALILEU SPERANZA

LOGÍSTICA REVERSA – PROSPECTIVA E DIFICULDADES DO

PROCESSO

Dissertação

Dissertação apresentada para disciplina “Trabalho de Graduação III” do curso Engenharia Ambiental e Urbana da Universidade Federal do ABC.

Orientador: Prof. Dr. Ricardo de Sousa Moretti

Avaliação _____________

_________________________________ Ricardo de Sousa Moretti

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do ABC.

Ao orientador Prof. Ricardo de Sousa Moretti, pelo acompanhamento pontual e competente e

toda ajuda disponibilizada.

Aos professores da Universidade Federal do ABC, especialmente os dos cursos de Graduação de Bacharelado em Ciências e Tecnologia e Engenharia Ambiental e Urbana,

que me ajudaram na minha formação.

Aos meus familiares, principalmente meu pai Mario, minha mãe Shirlei e meu irmão Vitor, por

toda educação e apoio concedidos.

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RESUMO

Os produtos circulam hoje em um sistema aberto que se inicia na produção e termina na sua destinação feita geralmente de forma incorreta para aterros sanitários que estão cada vez mais lotados. Para uma destinação mais adequada e menos poluente, pode ser aplicada a logística reversa (LR), um instrumento definido na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que envolve a volta desse material dentro de seu ciclo de vida permitindo sua reutilização, remanufatura ou reciclagem. Nesse cenário, o gerador do resíduo se responsabilizaria pela sua destinação, o que geraria benefícios ambientais e econômicos. Assim estudaram-se três casos onde a LR já era prevista por lei antes da PNRS, incluindo-se a descrição de como foi feita a adaptação dos agentes envolvidos, como é o funcionamento desse processo e quais são as dificuldades da implantação.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ciclo de vida dos materiais p. 15

Figura 2: Logística reversa no ciclo de vida dos materiais p. 16

Figura 3: Gráfico das questões importantes para a Logística Reversa p. 20

Figura 4: Processos básicos do inpEV p. 24

Figura 5: Artefatos reciclados a partir das embalagens vazias de agrotóxico devidamente lavadas

p. 28

Figura 6: Fluxograma operacional da empresa de logística p. 33

Figura 7: Resultados do programa Papa Pilhas p. 35

Figura 8: Ciclo de vida de pós-uso dos pneus p. 38

Figura 9: Pó e Granulado de Borracha p. 42

Figura 10: Destinações e produtos derivados dos pneus p. 42

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Sistemas de Logística Reversa em implantação p. 18

Tabela 2: Sistemas de Logística Reversa em implantados antes da PNRS

p. 19

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LISTA DE SIGLAS

ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AEASP – Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo AENDA – Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas ANDEF – Associação Nacional de Defesa Vegetal

ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

Coplana – Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

InpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias LR – Logística Reversa

MMA – Ministério do Meio Ambiente

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa 1.2. Objetivos 1.2.1. Objetivos Gerais 1.2.2. Objetivos Específicos p. p. p. p. p. 11 12 13 13 13 2. METODOLOGIA p. 14 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA p. 15 4. ESTUDO DE CASO 4.1. Embalagens de Agrotóxicos 4.1.1. Cenário 4.1.2. Agentes Envolvidos 4.1.2.1. Usuário (Agricultor)

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4.2.2. Agentes Envolvidos

4.2.2.1. Usuário (compradores de pilhas e baterias)

4.2.2.2. Canais de Distribuição (Varejistas e Assistências Técnicas autorizadas) 4.2.2.3. Fabricante e Importadores 4.2.2.4. Transportador 4.2.2.5. Recicladoras 4.2.2.6. Poder Público 4.2.3. Processo 4.2.4. Resultados 4.2.5. Avaliação 4.3. Pneus Inservíveis 4.3.1. Cenário 4.3.2. Agentes Envolvidos

4.3.2.1. Usuário (Compradores de pneus)

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1. INTRODUÇÃO

Pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a logística reversa (LR) é definida como (LEI Nº 12.305, 2010):

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Esta vem sendo aplicada por diversos segmentos da indústria, e não só aumenta o ciclo de vida útil dos materiais como gera um novo segmento de mercado, incentivando a reutilização dos produtos, com processos de triagem; a reciclagem, com o mercado de catadores e empresas especializadas; e a destinação correta, com empresas de co-processamento, rerrefino etc.

Esse processo surgiu muito antes da PNRS, sendo que alguns resíduos, como embalagens de agrotóxicos, já possuíam a LR regulada por lei específica. Essas legislações são necessárias para definir os responsáveis por cada ação, desde a coleta até a destinação final adequada, para que a cadeia pós-consumo possa funcionar de maneira autossustentável.

Assim a LR é um processo potencialmente benéfico para o meio ambiente, com a menor extração de matérias primas e destinação adequada de passivos ambientais. Pode ainda gerar vantagens econômicas com a circulação de capital e geração de produtos reciclados.

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1.1. JUSTIFICATIVA

A logística reversa vem sendo cada vez mais exigida pela legislação, uma vez que é um instrumento capaz de diminuir a extração de matérias-primas, diminuir a geração de passivos e garantir a destinação ambientalmente correta do resíduo.

Para a sua implantação é necessária a participação dos diversos elos da cadeia produtiva: consumidores, distribuidores, produtores e o poder público. Cada um dos agentes com papel fundamental para o sucesso do processo.

Sabendo que existem legislações específicas para alguns resíduos perigosos e esses já possuem uma cadeia reversa implantada e em funcionamento por conta da periculosidade, é importante analisar como foi o processo de adaptação desses produtos e agentes e como a LR pode ser estendida para outros tipos de resíduos.

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1.2. OBJETIVOS

1.2.1. OBJETIVOS GERAIS

O objetivo geral do projeto foi entender o processo de logística reversa e os desafios relacionados à sua implementação.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Especificando os objetivos, pretendeu-se com esse trabalho:

A. Analisar e entender o processo da logística reversa e seu funcionamento no diferentes setores de aplicação;

B. Realizar o estudo de três casos onde a logística reversa já está implementada e como esses estão adaptados;

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2. METODOLOGIA

A metodologia desse projeto mesclou um levantamento teórico e um estudo de práticas já implementadas.

Primeiramente foi realizada uma revisão bibliográfica, analisando artigos científicos publicados nos principais periódicos indexados, livros sobre a área de estudo e notícias na área, objetivando formar um sólido quadro de análise para instrumentalizar as etapas posteriores e, se necessário, reformular o processo. Assim conheceram-se os processos de logística reversa, a sua importância e suas formas de aplicação.

Como uma segunda etapa do projeto, realizou-se a análise de três casos específicos de resíduos já regulados para verificar como está sendo praticado o instrumento estudado através dos sites e contato por telefone com as empresas e organizações participantes.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para a compreensão da logística reversa, cumpre avaliar o ciclo de vida dos materiais, e como esses se tornam um resíduo. Resumidamente, o ciclo inicia-se como matéria prima (extração), passando pela indústria, onde ocorre sua produção, pela rede de distribuição, pelo consumidor e por fim para sua destinação final como resíduo.

Figura 1: Ciclo de vida dos materiais

Como organizador desse ciclo surge a Logística, que pode ser definida como o planejamento, controle do fluxo e armazenagem dos produtos, assim como a implementação dos processos, informações e serviços associados a esse caminho. Essa vem sendo estudada profundamente e assim visa não só a obtenção de menores custos como um melhor atendimento e destino do produto, reduzindo custos e oferecendo ao consumidor uma maior segurança e qualidade.

Por ser aberto, no final do ciclo, o material é descartado, sendo muitas vezes de forma incorreta, em lixões ou aterros impróprios, ou até mesmo superlotando os aterros existentes, gerando um grande impacto ambiental. Uma maneira de diminuir essa geração de resíduos seria a recirculação de parte de produtos com a logística reversa, que pode ser definida como o processo contrário a logística comum, por tratar os mesmos processos que um planejamento convencional, mas no sentido oposto (MUELLER, 2005).

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ao consumidor, sendo essa logística vista como um custo para as empresas. A logística reversa de pós-consumo, a estudada nesse projeto, equaciona a logística de devolução após o uso e a vida útil do produto, sendo um instrumento de gestão ambiental, pois implementa programas de produção e consumo sustentáveis.

Lacerda, em seu texto, a define como (LACERDA, 2005):

Processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado.

Dessa maneira os resíduos poderiam ser reutilizados (reaproveitado sem mudanças estruturais, como o caso de embalagens), remanufaturados (quando recebem alguns ajustes ou trocam algumas peças, como no caso de geladeiras etc.), reciclados (sofrem mudanças e voltam a ser matéria prima) ou ainda poderiam simplesmente receber a destinação correta pelo seu produtor, como no caso de alguns produtos perigosos.

Nesse processo o gerador do resíduo (empresa fabricante do material), seria responsável pela sua destinação final, sua responsabilidade seria do "início ao fim", de forma a reduzir o impacto ambiental. As próprias empresas organizariam canais reversos para o retorno dos materiais (para conserto ou após o seu ciclo de utilização), para terem a melhor destinação: reutilização, reparo, reciclagem ou outras formas de tratamento. (SOUZA e FONSECA, 2008).

Figura 2: Logística reversa no ciclo de vida dos materiais

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dependente da responsabilidade compartilhada dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes pelo ciclo de vida dos produtos, sendo esses responsáveis pelo retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e pelo manejo dos resíduos sólidos. Estão sujeitos a esse instrumento: agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, e lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes, assim como resíduos, embalagens e outros produtos, que após o uso constituem resíduos perigosos.

O Decreto No. 7.404 surge em 2010 para regulamentar a PNRS com a mesma definição para logística reversa no artigo 13. Ele define que a LR será implementada e operacionalizada por meio de acordos setoriais, regulamentos expedidos pelo Poder Público ou termos de compromisso.

Os acordos setoriais são firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes para a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, podendo ser iniciado por qualquer um dos agentes com a abertura de editais de chamamento ou apresentação de proposta formal. Os regulamentos são veiculados por decreto editado pelo Poder Executivo, precedidos de consulta pública e implantam diretamente a LR. Os termos de compromisso são celebrados pelo Poder Público com os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, devem ser homologados pelo órgão ambiental competente e visam o estabelecimento da LR quando não houver um acordo setorial ou regulamento específico ou para a fixação de compromissos e metas mais exigentes que o previsto em acordo setorial ou regulamento.

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Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o comitê foi instalado em 17 de fevereiro de 2011 pelo Governo Federal, com a finalidade de definir as regras para devolução dos resíduos à indústria (limitando-se aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado), para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos (MMA, 2013).

Dentro desse comitê foram criados, no dia 5 de maio de 2011, cinco Grupos Técnicos Temáticos que discutem a Logística Reversa para cinco cadeias inicialmente identificadas como prioritárias com a finalidade de gerar subsídios para o edital e para o estudo de viabilidade técnica e econômica. São eles: descarte de medicamentos; embalagens em geral; embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, e eletroeletrônicos. Atualmente, segundo MMA, a implantação da LR se encontra na situação apresentada na Tabela 1 para esses setores:

Tabela 1: Sistemas de Logística Reversa em implantação (MMA, 2013) SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA EM IMPLANTAÇÃO – PNRS

Produtos Situação Atual

Previsão de Publicação do Acordo Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes Acordo assinado em 19/12/2012 - Lâmpadas de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista

Consulta Pública prevista para 04/13

(2 propostas recebidas) 07/13 a 10/13 Embalagens em

Geral

Consulta pública prevista para 04/13

(4 propostas recebidas) 09/13 a 12/13 Produtos

Eletroeletrônicos e seus Resíduos

Publicação do Edital de Chamamento

Aguarde de propostas 10/13 a 02/14

Descarte de Medicamentos

Elaboração de Estudo de Viabilidade

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devem se responsabilizar pela retirada dos produtos após o seu uso e encaminhamento para a destinação final ambientalmente adequada, dentro do sistema de logística reversa previsto na Lei Federal e ainda existem projetos de lei específicos para alguns resíduos como lâmpadas (Ato nº 1.137, 2011).

Além da PNRS, ainda existem algumas legislação anteriores que já previam a existência da LR, assim alguns setores já utilizam esse instrumento. A Tabela 2 mostra esses setores e as legislações referentes.

Tabela 2: Sistemas de Logística Reversa em implantados antes da PNRS (MMA, 2013) SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA IMPLANTADOS – ANTERIORES À PNRS

Produtos Legislação Data

Embalagens de Agrotóxicos Lei 7802/1989 Lei 9974/2000 (Alteração) Decreto 4.074/2002 11/07/1989 06/06/2000 04/01/2002 Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado Resolução CONAMA 362/2005 Resolução Conama 450/2012 23/06/2005 06/03/2012 Pneus Resolução CONAMA 416/2009 30/09/2009 Pilhas e Baterias Resolução CONAMA 401/2008

Resolução Conama 424/2010

04/11/2008 22/04/2010 Um exemplo é LR aplicada no retorno das embalagens de agrotóxicos através do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), uma entidade fundada pelos fabricantes de defensivos agrícolas e por entidades privadas representativas dos elos da cadeia produtiva agrícola. Segundo o instituto, são destinadas corretamente, 95% das embalagens primárias (aquelas que entram em contato direto com o produto); 94% das embalagens plásticas e 80% do total das embalagens comercializadas (INPEV, 2011).

Com essa alta quantidade de legislações publicadas abordando a LR, novos resíduos começam a ser considerados cabíveis desse instrumento, como, por exemplo, peças de veículos.

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quanto ao custo. Como exemplo, quando uma indústria reaproveita uma embalagem, acumula a vantagem de não precisar comprar a matéria-prima, e ainda economizar dinheiro e energia.

Em todos os casos, sendo tratada como obrigação ou como forma de redução de custos, a logística reversa (quando regulamentada por leis Nacionais, Estaduais ou até mesmo Municipais) é de dever do gerador do passivo, isto é, seu fabricante. Porém na prática essa cadeia depende de todos os agentes envolvidos, sendo de papel fundamental a educação ambiental para atingir os usuários finais dos produtos.

O que se observa é que a aplicação da LR não possui uma “receita” para sua adesão e esta deve vir acompanhada de diversos outros instrumentos como as formas de destinação de resíduos, conscientização ambiental e principalmente juntamente com a preparação setorial da empresa, isto é, uma reorganização dos seus sistemas de produção, distribuição e comercialização, e comunicação com os consumidores.

Segundo pesquisa realizada por Marchese, os fatores que mais importam para a implantação da LR são a educação ambiental, a aplicação da legislação, a existência das empresas desse serviço e os acordos setoriais (MARCHESE, 2013), como é demonstrado na Figura 3.

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Com isso, é possível observar que após um pouco mais de dois anos da PNRS, a logística reversa está ganhando espaço, mas ainda tem muito a desenvolver já que poucos setores começaram sua utilização e esses ainda não estão totalmente estruturados.

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4. ESTUDOS DE CASO

Para entender o funcionamento da logística reversa foram selecionados os casos regulamentados por leis anteriores a PNRS, como a legislação abordando óleo lubrificante usado ou contaminado é muito recente e ainda não possui dados suficientes, esse caso não foi analisado. Assim os três casos estudados foram:

 Embalagens de agrotóxicos, que é o caso mais antigo e consolidado identificado;

 Pilhas e baterias, que é um produto mais abrangente com consumidores e produtores mais difusos;

 Pneus inservíveis, que abrange um mercado que tende a devolver o resíduo ao fabricante por facilidade.

4.1. EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

4.1.1. CENÁRIO

As embalagens de agrotóxicos são consideras resíduos classe 1, portanto quando destinadas de forma inadequadas, prejudicam o meio ambiente e a população.

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São Paulo (AEASP) e a Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba (Coplana). Em 1994, a Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas (AENDA) é incluída no projeto e nesse ano a unidade piloto começa a funcionar.

Com a publicação da NBR 13.968/1997, pela ABNT, é regulamentada a lavagem das embalagens vazias, que passam a ser passíveis de reciclagem, passando a ser enquadradas como resíduos classe II.

As responsabilidades pela destinação foram estabelecidas com a Lei nº 9.974, em Junho de 2000, que inclui no artigo 6, da Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que:

As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes.

(Lei 7.802, 1989, modificada pela Lei 9.974, 2000)

Em 04 de Janeiro de 2002, a legislação anteriormente citada é regulamentada pelo Decreto Nº 4.074, que afirma que “Deverá ser dada destinação e tratamento adequado às embalagens, aos restos de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins, aos produtos agrícolas e aos restos de culturas, de forma a garantir menor emissão de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos no meio ambiente.” (Decreto Nº 4.074, 2002) e define a organização do processo de logística reversa do setor, com o papel de cada participante do fluxo, os consumidores (agricultores), comércios (canais de distribuição), produtores (indústria) e poder público.

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devolução de 3.700 toneladas de embalagens vazias.

Sua estrutura é definida por três processos: de suporte, básicos e administrativos, sendo o segundo subdividido em seis, como mostra a figura a seguir.

Figura 4: Processos básicos do inpEV (inpEV, 2011)

O instituto é financiado pelas empresas associadas, que incluem 99% das empresas fabricantes de defensivos agrícolas do Brasil e nove entidades, tendo recebido mais de R$ 50 milhões em 2010, para o programa de logística reversa das embalagens. As responsabilidades e os custos são divididos entre todos os participantes da cadeia produtiva, e a infraestrutura das unidades de recebimento, a logística e a destinação final das embalagens são os responsáveis pelos maiores custos.

Atualmente, logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos, conhecida como “Sistema Campo Limpo” gera mais de 2.500 empregos, diretos e indiretos, envolvendo os diferentes elos da cadeia e conta com 421 unidades de recebimento, em 25 Estados e Distrito Federal.

4.1.2. AGENTES ENVOLVIDOS 4.1.2.1. Usuário (Agricultor)

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inutilizá-las para evitar o reaproveitamento; fazer o armazenamento adequado temporário na propriedade; entregar na unidade de recebimento indicada na nota fiscal até um ano após a compra (arcando com os custos) e deve manter os comprovantes de entrega das embalagens por um ano para a possível comprovação, como previsto no Decreto 4.074/2002 e sob penalidade de fiscalização de seu produto,

4.1.2.2. Canais de Distribuição (revendedores e cooperativas)

Ao vender o produto, os canais de distribuição devem indicar o local de entrega na nota fiscal, disponibilizar e gerenciar os locais de recebimento, o qual divide os custos da construção e administração com a indústria fabricante. Por fim, são de sua responsabilidade a emissão do comprovante de entrega do produto, e as atividades de orientação e conscientização dos agricultores.

4.1.2.3. Fabricante (Indústria)

A indústria é responsável pelo custo dividido com os canais de distribuição pelas unidades de recebimento, além dos custos de logística e destinação final, devendo recolher as embalagens vazias devolvidas às unidades, dar a destinação final correta (Reciclagem e Incineração) e organizar as informações para os programas de orientação e conscientização do agricultor, arcando com cerca de 80% dos custos do processo.

4.1.2.4. Transportador

A empresa que efetua o transporte é contratada pelos fabricantes (no caso da inpEV, a contratada é a Luft Agro), e deve ser responsável não só pela logística de transporte, que envolve os custos financeiros, temporais e ambientais, mas também pelo rastreamento e disponibilidade de informações da carga.

4.1.2.5. Recicladoras e Incineradoras

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material já separado e classificado e produzem novos artefatos para a venda e recuperação de investimento, enquanto as incineradoras são contratadas para receberem os materiais que não são passíveis de reciclagem e precisam receber a destinação correta.

4.1.2.6. Poder Público

Ao governo cabe fiscalizar o funcionamento do sistema de destinação final, licenciar o funcionamento das Unidades de Recebimento de acordo com os órgãos competentes de cada Estado e Resolução CONAMA 334/2003, apoiar os esforços de educação e conscientização do agricultor quanto às suas responsabilidades dentro do processo em conjunto com fabricantes e comerciantes.

4.1.3. PROCESSO

O processo inicia-se no momento da venda do produto, seja via distribuidor, cooperativa ou venda direta da Indústria, onde o agricultor (comprador) deve receber informações sobre os procedimentos de lavagem, acondicionamento, armazenamento, transporte, devolução de embalagens vazias e endereço da unidade de recebimento mais próxima (que deve constar no corpo da Nota Fiscal do produto).

Depois de utilizar o produto, o usuário prepara as embalagens vazias para entregá-las às unidades de recebimento, esvazia as embalagens, identifica as laváveis, realiza a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão no momento do preparo da calda e inutiliza a embalagem com uma perfuração no fundo.

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interior do tanque do pulverizador.

Depois de realizada a dosagem do produto no tanque (sua mistura com água), o fitossanitário pode ser aplicado de acordo com as recomendações de rótulo e bula; e as embalagens vazias podem ser temporariamente armazenadas nas caixas originais, dentro da propriedade, ao abrigo de chuva, em local coberto, ventilado, longe de residências e alimentos e os produtos vencidos devem ser devolvidos para os fornecedores.

Quando se acumula uma quantidade que justifique o transporte, o usuário encaminha as embalagens vazias até a unidade de recebimento indicada na nota fiscal, no prazo de um ano da data da compra, sendo que essas não devem ser transportadas com pessoas, animais, alimentos, medicamentos ou ração animal e nem dentro de cabines dos veículos automotores.

Essas unidades de recebimento de embalagens são licenciadas com no mínimo 80 m2 de área construída e são geridas por uma Associação de Distribuidores e/ou Cooperativas. Nelas são recebidas as embalagens, é feita a inspeção, classificação (entre lavadas e não lavadas) e é emitido o recibo confirmando a entrega das embalagens.

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Já prensadas em fardos, as embalagens plásticas, juntamente com as embalagens metálicas e tambores contendo vidro moído, são envidas das centrais de recebimento para o destino final, sob responsabilidade do inpEV, que possui parceria com nove (9) empresas, situadas nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, que realizam a reciclagem das embalagens (adequadamente lavadas), produzindo uma variedade de dezessete (17) diferentes produtos reciclados (Figura 5). As embalagens não lavadas são transportadas em sacos especiais diretamente para incineração, realizada por cinco (5) empresas, localizadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Figura 5: Artefatos reciclados a partir das embalagens vazias de agrotóxico devidamente lavadas (inpEV, 2011)

4.1.4. RESULTADOS

No Brasil, em 2010, atingiu-se um resultado de mais de trinta mil (30.000) toneladas de embalagens vazias destinadas, o que significa 80% das embalagens e 94% quando considerado apenas as de plástico. Somando-se, desde o início do instituto (de 2002 a 2010), 168.652 toneladas de embalagens já foram destinadas.

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4.1.5. AVALIAÇÃO

No caso da logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos, observa-se uma cadeia bem estruturada e talvez observa-seja o observa-setor que apreobserva-senta melhores resultados. Cumpre destacar, porém, que a operação exige a injeção de recursos, ou seja, apenas 16,5% do montante investido foram recuperados até 2009 (WILKE, 2009).

O papel do poder público se mostra fundamental para todo processo, sendo que este deve realizar o processo de licenciamento e fiscalização, além de incentivar as campanhas de conscientização, que não seria efetiva apenas com os esforços das indústrias.

A devolução de 100% das embalagens é dificultada pela venda para compradores pequenos e/ou não frequentes, que não possuem volume suficiente que justifique o transporte; os produtos que entram de forma ilegal no país, que não possuem instruções de como realizar a lavagem dos produtos e que não são controlados e/ou rastreáveis; e pela não uniformidade da cadeia no país, sendo que ainda há regiões com poucas e insuficientes unidades de recebimento.

Por fim, deve ser favorecido o processo de reciclagem, diminuindo cada vez mais a incineração, que é um processo caro e centralizado em três estados. A lavagem deve ser feita de forma correta para viabilizar a reciclagem, pois ainda há um volume muito grande de embalagens laváveis encaminhadas para a incineração e é importante haver o investimento em novas técnicas de fabricação para tentar eliminar as embalagens não laváveis. e não recicláveis.

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4.2. PILHAS E BATERIAS

4.2.1. CENÁRIO

A reciclagem e destinação correta de pilhas e baterias são recentes: a primeira legislação que trata do assunto é a Resolução CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999, que em seu primeiro artigo cita:

As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, (...) após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.

Essa legislação define que as pilhas e baterias precisam receber a destinação correta, mas não define especificamente como cada agente da cadeia deve agir e o que é responsabilidade de cada um. Assim, até o surgimento de Resolução CONAMA Nº 401, de 4 de novembro de 2008, a devolução das pilhas e projetos de conscientização era feita como propaganda de empresas privadas, muitas vezes sem relação com os produtores das pilhas e baterias, que através de programas, faziam o recolhimento dos produtos e encaminhavam para a destinação correta.

Um exemplo é o programa Papa Pilhas, do Grupo Santander, que surgiu em 2006 e já conta com 2,8 mil postos de coleta instalados em todo o território nacional (Santander, 2011).

A Resolução CONAMA Nº 401 determina como responsabilidade dos fabricantes e importadores o processo de segregação até a destinação final, citando:

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Mas foi só com a implantação da PNRS, que realmente houve uma mobilização dos fabricantes. Em novembro de 2010, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) iniciou o programa de Logística Reversa de pilhas e baterias de uso doméstico de âmbito nacional, que ainda está em fase de consolidação e expansão, e prevê que o produto seja devolvido pelo consumidor ao comércio e daí encaminhado, por uma transportadora certificada, para a reciclagem desse material.

Foram espalhados mais de mil postos nas capitais e grandes cidades, através da parceria com o setor varejista. Os fabricantes e importadores legais contrataram a GM&C, uma empresa de logística, que fica responsável por toda a parte de transporte, sendo os custos divididos entre os contratantes. Esses também arcam com os custos da destinação final que é feita pela empresa Suzaquim Indústria Química, localizada na grande São Paulo.

As pilhas das marcas que fazem parte do programa e da ABINEE (Bic, Carrefour, Duracell, Energizer, Elgin, Kodak, Panasonic, Philips, Pleomax, Qualita, Rayovac e Red Force), seguem os trâmites normais dos processos, enquanto que com as demais, a ABINEE, quando regulares, notifica suas fabricantes para que assumam seus passivos e, quando irregulares, informa aos órgãos públicos, como IBAMA, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Polícia Federal, entre outros para tomarem as medidas cabíveis.

Assim o programa, como no caso das embalagens de agrotóxicos, depende da participação de todos os elos da cadeia.

4.2.2. AGENTES ENVOLVIDOS

4.2.2.1. Usuário (compradores de pilhas e baterias)

(32)

32

4.2.2.2. Canais de Distribuição (Varejistas e Assistências Técnicas autorizadas)

A rede de estabelecimentos que comercializam pilhas e baterias e assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores devem receber os produtos usados dos usuários, funcionando como pontos de coleta, sendo facultativo o recebimento de produtos de outras origens. Esses, depois de acumularem uma quantidade suficiente, devem acionar a empresa de logística para a retirada.

4.2.2.3. Fabricantes e Importadores

Os fabricantes e Importadores, através da ABINEE, devem arcar com os custos do processo de logística reversa, a partir de sua coleta nos canais de distribuição. Mesmo quando não associados à ABINEE, são notificados para assumirem os seus passivos, através da contratação de empresa que realiza o transporte, armazenamento e a destinação final.

Pela Resolução CONAMA No 401, devem:

I - estar inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais – CTF, de acordo com art. 17, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981;

II - apresentar, anualmente, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA laudo físico-químico de composição, emitido por laboratório acreditado junto ao Instituto Nacional de Metrologia e de Normatização – INMETRO;

III - apresentar ao órgão ambiental competente plano de gerenciamento de pilhas e baterias, que contemple a destinação ambientalmente adequada, de acordo com esta Resolução.

4.2.2.4. Transportador

(33)

33

Figura 6: Fluxograma operacional da empresa de logística. Fonte: GM&C, 2011

4.2.2.5. Recicladoras

As pilhas e baterias são direcionadas para as recicladoras que reciclam, tratam e utilizam os produtos para a produção de sais e óxidos metálicos (as pilhas e baterias são desencapadas e seus metais queimados em fornos industriais de alta temperatura, dotados de filtros que impedem a emissão de gases poluentes). A Suzaquim Indústria Química é a empresa contratada pela ABINEE para este trabalho.

4.2.2.6. Poder Público

(34)

34

4.2.3. PROCESSO

Os estabelecimentos comerciantes e assistências técnicas são obrigados a receber as pilhas e baterias comercializadas. Lá os usuários devem ser orientados sobre a necessidade da devolução dos produtos perigosos e podem entregar em pequenas quantidades as pilhas e baterias usadas.

Os estabelecimentos são responsáveis em fazer o repasse para os fabricantes, assim fazem o armazenamento até acumularem uma quantidade justificável para o transporte e depois entraram em contato com a empresa transportadora que faz a retirada no local.

No programa de logística reversa da ABINEE, as pilhas e baterias são retiradas pela GM&C que faz toda a triagem, divide os custos entre os fabricantes e já encaminha os produtos para destinação final, onde essas são recicladas ou recebem a destinação correta em aterro industrial licenciado.

Outra maneira de ocorrer a reciclagem das pilhas e baterias é pelos programas de empresas privadas que recolhem e destinam por conta própria o produto encaminhando diretamente para a empresa de reciclagem.

4.2.4. Resultados

O programa de âmbito nacional, administrado pela ABINEE, iniciou-se em 2010 e ainda não foi possível mensurar seus resultados.

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Figura 7: Resultados do programa Papa Pilhas. Fonte: Santander, 2011

Esses resultados, porém, não são suficientes para verificar a real efetividade dos programas, umas vez que entram mais de um bilhão de pilhas e baterias por ano no mercado, existem muitas pilhas ilegais e o Papa Pilhas mensura em toneladas coletadas, o que inclui nos resultados uma parcela de lixo tecnológico.

4.2.5. Avaliação

O projeto consegue segregar a responsabilidade de cada fabricante e principalmente dividir os custos, porém por ser um produto muito difuso ainda falta divulgação e abrangência.

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36

Segundo a Resolução CONAMA No 401:

Os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes destas pilhas e baterias, ou de produtos que as contenham para seu funcionamento, serão incentivados, em parceria com o poder público e sociedade civil, a promover campanhas de educação ambiental, bem como pela veiculação de informações sobre a responsabilidade pós-consumo e por incentivos à participação do consumidor neste processo.

Assim ainda falta uma definição da responsabilidade pela educação ambiental.

O consumidor final se mostra um elo fundamental e ainda extremamente frágil, isso porque ainda não recebe nenhum estímulo para retornar o produto, muitas vezes nem tendo conhecimento da legislação, desse modo, é importante focar em possíveis alternativas para estimular os usuários de pilhas e baterias a retornarem os produtos usados. Algumas práticas como desconto na compra de novos produtos e reembolso de parte do valor pago anteriormente no produto podem ser aplicadas, porém não é o observado no cenário mundial, onde apenas com a conscientização dos consumidores e os pontos de coleta, grande percentual das pilhas e baterias é reciclado.

(37)

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4.3. Pneus Inservíveis

4.3.1. CENÁRIO

Os pneus inservíveis quando destinados de forma incorreta levam cerca de 100 a 400 anos para se desmanchar, ocupam muito espaço nos lixões, além de acumularem água parada que pode gerar a proliferação de insetos transmissores de doenças, como a dengue. Sua destinação adequada se tornou mandatória em 26 de agosto de 1999, com a Resolução CONAMA No. 258:

[...] as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades fabricadas e/ou importadas.

Em 30 de setembro de 2009, foi publicada a Resolução CONAMA No. 416 que afirma que:

Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais de pneus e o Poder Público deverão, em articulação com os fabricantes e importadores, implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis existentes no país, previstos nesta Resolução.

O histórico de pneus inservíveis inicia-se no Brasil em 1936 com o início das atividades da indústria de pneumáticos; em 1960, ocorre a fundação da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), uma entidade civil sem fins lucrativos que prevê defender os interesse e objetivos comuns dos fabricantes de pneumáticos; em 1999 inicia-se o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela Anip que evoluiu para a Reciclanip, uma entidade sem fins lucrativos fundada em 2007 pelas fabricantes Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, com a aderência da Continental em 2010 (RECICLANIP, 2011).

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da Espanha; porém as empresas que atuam no exterior, mesmo não tendo fins lucrativos, são remuneradas pelos agentes da cadeia produtiva para cobrir as despesas operacionais e garantir a destinação de pneus em seus países. Na Reciclanip, apenas os fabricantes de pneus novos arcam com os custos de coleta e destinação de pneus inservíveis, como transporte, trituração e destinação e nesse processo já foram investidos US$ 154,4 milhões (até junho de 2011). A previsão total de 2011 é de US$ 41,5 milhões (RECIPLANIP, 2011).

A Reciclanip foi criada para (RECIPLANIP, 2011):

 Estruturar a cadeia de coleta e destinação de pneus inservíveis com a participação da rede de revendedores e reformadores, poder público e sociedade, em todo o país;

 Destinar de forma ambientalmente adequada os pneus inservíveis disponíveis.

 Apoiar estudos e pesquisas sobre o ciclo de vida do pneu e estimular novas formas de destinação do pneu inservível, aquele que não serve mais para uso veicular;

 Desenvolver, em conjunto com o poder público, programas e ações de conscientização ambiental para à população.

A logística reversa do pneu é baseada em um ciclo que depende da ação do usuário do pneu e principalmente das oficinas de troca.

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4.3.2. AGENTES ENVOLVIDOS

4.3.2.1. Usuário (Compradores de pneus)

Os compradores e usuários de pneus devem se responsabilizar pela devolução do pneu inservível (que não pode mais ser recapado, remoldado ou recauchutado) nos pontos de coleta ou mesmo na borracharia que realizou a troca. Assim quando for necessário trocar o pneu, o consumidor pode deixá-lo no estabelecimento comercial que realizou a troca.

4.3.2.2. Canais de Distribuição e Troca (Estabelecimentos comerciais de pneus e borracharias)

As lojas, borracharias e recapeadoras, devem funcionar como ponto de coleta direto do consumidor, podendo ou não ser um ponto de coleta oficial da Reciclanip. No momento da troca, devem receber o pneu inservível, armazenando até o momento de transportá-los para os pontos de coleta oficiais ou juntar uma quantidade suficiente para solicitar a retirada (se já for um desses pontos).

4.3.2.3. Pontos de Coleta

Os pontos de coleta devem respeitar as normas de segurança e higiene (sendo cobertos, evitando o acúmulo de água e impedindo a entrada de pessoas não autorizadas, por exemplo) e devem receber os pneus recolhidos pelo serviço da prefeitura, aqueles levados diretamente por borracheiros, recapeadores, descartados voluntariamente pelo munícipe. Geralmente esses pontos são disponibilizados e administrados pelas Prefeituras Municipais, isso porque exige um espaço grande e apropriado e não há um repasse de dinheiro pela Reciplanip para a sua manutenção.

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40

4.3.2.4. Fabricantes

Os fabricantes de pneumáticos se uniram em 1960, formando a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP). Para cuidar da logística reversa dos pneus foi criada a Reciclanip que é financiada pelos fabricantes para realizar a coleta e destinação do resíduo, que arcam com os custos de transporte e destinação.

4.3.2.5. Transportadores

Segundo a ANIP, o processo e operação da logística reversa são comandados pela Reciclanip que conta com 64 caminhões que retiram dos pontos de coleta cerca de 850 toneladas de pneus inservíveis diariamente. Desse total, 23 caminhões (300 toneladas) seguem com pneus inteiros para serem usados em fornos de cimenteiras, 27 caminhões vão para trituração e de lá saem 13 caminhões (350 toneladas) com material encaminhado também para fornos de cimenteiras, e os outros 14 caminhões (180 toneladas), seguem para a granulação e depois o material segue para a produção de outros produtos (ANIP, 2011).

4.3.2.6. Recicladores

Os pneus recolhidos pela Reciplanip são destinados para diversos setores, servindo como combustível para a indústria de cimento, para a fabricação de solados de sapatos, como borrachas de vedação, manta asfáltica, entre outros, sendo todos acompanhados e aprovados pela indústria de pneumáticos e homologadas pelo IBAMA.

4.3.2.7. Poder Público

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formalizar o acordo.

4.3.3. PROCESSO

Os usuários deixam o pneu nos estabelecimentos comerciais, nos locais autorizados de troca ou diretamente no ponto de coleta. Quando não deixados nos pontos de coletas, esses devem ser encaminhados até lá através do responsável pelo recebimento.

Os pontos de coleta de pneus, geralmente administrados pelas Prefeituras Municipais acumulam a quantidade necessária para viabilizar o transporte e então entram em contato com a Reciclanip que é responsável pela retirada, transporte e destinação. São 726 pontos espalhados em todo o país.

O reaproveitamento de pneus pode envolver os seguintes processos:

 Co-processamento – Os pneus podem ser utilizados como combustível alternativo em fornos de cimenteiras, em substituição ao coque de petróleo por causa de seu alto poder calorífico.

 Laminação – Os pneus não radiais são cortados em lâminas que servem para a fabricação de persintas (indústrias moveleiras), solas de calçados, dutos de águas pluviais, entre outros.

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Figura 9: Pó e Granulado de Borracha. (Reciclanip, 2011)

 Artefatos de borracha – A borracha retirada dos pneus inservíveis pode ser usada para gerar diversos artefatos, como tapetes para automóveis, pisos industriais, pisos para quadras poli-esportivas, e artigos para jardinagem.

Figura 10: Destinações e produtos derivados dos pneus (BRIDGESTONE, 2011)

4.3.4. Resultados

Desde 1999, já foram recolhidos e destinados adequadamente 1,82 milhão de toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 364,3 milhões de pneus de passeio pela ANIP.

(43)

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apenas 85 em 2004 e agora já são 726, graças aos acordos de cooperação com as prefeituras.

O programa também proporcionou a eliminação de diversos depósitos de pneus no Brasil, como mostrado no mapa.

Figura 11: Depósitos irregulares de pneus extintos (Reciclanip, 2011)

4.3.5. Avaliação

Diferente dos outros projetos os fabricantes contam com acordos com as prefeituras municipais, o que diminui os custos e as responsabilidades.

Os pneumáticos possuem uma gama maior de destinação, porém por causa de seu tamanho a cadeia logística acaba sendo mais complexa e pelo seu alto uso, as reciclagens possíveis ainda não são suficientes para todo resíduo produzido.

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geralmente faz isso em comerciantes ou borracheiros, Porém as borracharias deveriam receber uma maior instrução ou incentivo, uma vez que o transporte desse resíduo só é financiado pelos fabricantes a partir de pontos de coletas autorizados (os das prefeituras), e esses demandam um espaço que os comerciantes não possuem.

(45)

45

5. DISCUSSÃO

Comparando os estudos de casos percebem-se algumas convergências entre as cadeias dos produtos e as aplicações da logística reversa, assim é possível definir alguns fatores necessários e algumas dificuldades para o funcionamento desse instrumento.

Tabela 3: Comparação dos estudos de caso Comparação dos Estudos de caso

Embalagens de

Agrotóxicos Pilhas e Baterias Pneus

Legislação Inicio 1989 1999 1999 Def. LR 2002 2008 2009 Organização Inicio 2000 2010 1999 - 2007 Participação das empresas 99% (22 fabricantes) 60% (ABINEE) 21% (5 maiores) Programas Independentes - Programa do Grupo

Santander (2006) -

N9 de unidades de recebimento 421 Mais de mil 726

Res ponsa bil ida de s Entrega na unidade de recebimento Consumidor Consumidor / Terceirizada (mais de 30 kg) Consumidor Educação Ambiental Distribuidor Fabricantes / Poder Público Poder Público / Fabricantes Poder Público / Fabricantes Armazenamento Consumidor / Distribuidor Consumidor / Distribuidor Distribuidor / Poder Público Custo – Unidades de recebimento Distribuidor /

Fabricantes Distribuidor Poder Público Custo – Logística e

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A respeito do armazenamento, esse geralmente é de responsabilidade do distribuidor e isso facilita para o consumidor o processo de devolução. Além de que o transporte, reciclagem e destinação final, em todos os casos, ficam em responsabilidade de empresas terceirizadas contratadas pelos fabricantes dos produtos, assim percebe-se a formação de um novo nicho de negócios e mercados.

Uma cadeia produtiva bem definida e estruturada contribui para a implantação e sucesso da LG. Uma situação ideal seria aquela onde todos os agentes (compradores e vendedores) fossem registrados e assim controlados. Dessa forma compradores pequenos e/ou não frequentes bem como as importações provenientes de vendedores não rastreados geram dificuldades. Algo que evidencia isso é a maior porcentagem de recolhimento de embalagens agrícolas que de pilhas e baterias, que possui consumidores mais dispersos.

Cada elo dessa cadeia deve exercer seu papel, sendo que todos são fundamentais. O poder público deve garantir a existência e o cumprimento de leis. Os produtores devem fazer o incentivo inicial e, junto ou não ao poder público, devem garantir a existência de unidades de recebimento (pontos de coleta), o transporte adequado, a divulgação necessária e a instrução aos consumidores (investimento em educação ambiental). Por sua vez o consumidor, precisa adquirir essa consciência ambiental, garantindo o retorno do produto/embalagem.

O usuário final se mostra a maior fragilidade da cadeia, por ser de difícil fiscalização e geralmente muito difuso. Nessa esfera, surge o desafio de garantir que o consumidor leve o produto ao ponto de coleta. Algumas soluções possíveis são medidas de exigência que demandariam fiscalização (e assim se mostram de difícil aplicação para produtos pequenos e difusos como pilhas) ou medidas de estímulo, como a implantação de campanhas de educação ambiental, desconto na compra de um novo produto ou mesmo um estímulo financeiro, com o pagamento do produto devolvido.

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principalmente dos custos; a estruturação de um fluxo de conteúdos e informações juntamente com o fluxo de produtos; a obrigação/incentivo da devolução do produto usado para a compra de um novo; e a criação ou estruturação do ciclo de vida pós-coleta, que pode ser o tratamento do resíduo, a volta como matéria prima ou mesmo um mercado para os recicláveis.

Uma dificuldade se encontra no capital inicial para o desenvolvimento da cadeia logística e a inclusão desse processo no custo final do produto. Quando o material retornado possui um mercado, isto é, possui valor, a logística reversa se mostra mais viável e assim os próprios produtores poderiam encontrar uma justificativa para sua implantação, porém quando esse é apenas um resíduo esperando pela sua destinação correta, é preciso que todos os produtores assumam esses custos.

Outro fator importante são os aspectos legais. O mercado e os aspectos ambientais ainda não são suficientes para a mobilização das empresas e fornecedores para a implantação da logística reversa. A conscientização ambiental do consumidor está aumentando, mas ainda não garante que esse faça a escolha da marca por isso. Como exposto no trabalho de Ladeira, no caso das embalagens de defensivos agrícolas as pressões legais possuem mais influência na hora da devolução que a preocupação com o meio ambiente (LADEIRA, 2012).

Entre as vantagens da logística reversa, evidenciadas nos estudos de caso, destacam-se as vantagens ambientais de redução de resíduos destinados a aterros, destinação correta dos mesmos e a possibilidade de reutilização e transformação dos resíduos em matéria prima ou subproduto, o que poderia ainda acarretar em vantagens econômicas.

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48

6. CONCLUSÃO

A logística reversa é uma ferramenta que vem sendo cada vez mais utilizada, sendo que seu funcionamento depende da ação de todos os agentes envolvidos.

Os três estudos de caso foram importantes para avaliar e entender o funcionamento da logística reversa (suas vantagens e fragilidades). As vantagens incluem principalmente fatores ambientais de destinação de resíduos sólidos e geração de novos mercados com possíveis vantagens econômicas.

Mesmo em diferentes segmentos foi possível identificar convergência e fatores essenciais para sua implantação, como a legislação e a fiscalização necessárias e o papel de cada elo da cadeia (produtores, revendedores, consumidores e poder público).

Assim, em uma visão ampla, observa-se que os mercados são capazes de se adaptar a essa nova tendência. A logística reversa pode ser aplicada, com uma definição e organização da cadeia produtiva, legislações e principalmente com o investimento em educação ambiental para os consumidores.

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7. BIBLIOGRAFIA

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