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Seminário de Iniciação Científica CENTRO DE NEGÓCIOS FSG

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Academic year: 2021

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: LUCRO PRESUMIDO X LUCRO REAL EM UMA EMPRESA DO COMÉRCIO DE CAXIAS DO SUL

Luís Antônio Piresa, Itacir Alves da Silva b a

Acadêmico no Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário da Serra Gaúcha. b Mestre em Administração, professor do Centro de Negócios da FSG.

Resumo

A atual dificuldade na apuração dos impostos no Brasil, deixa uma constante dúvida entre os gestores e com a competitividade assustadora entre as empresas, qualquer vantagem obtida pode ser crucial. O presente trabalho buscou evidenciar qual o melhor regime tributário em uma empresa do comercio no ramo de varejo e atacado de produtos alimentícios, dando ênfase nos regimes do lucro real e lucro presumido. Ao longo do trabalho, foram estudados os principais regimes de tributação, sendo eles o simples nacional, lucro real e lucro presumido, avaliando os principais aspectos, pontos positivos e negativos de cada. Utilizando-se do método qualitativo, com pesquisa exploraria, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e foram analisados documentos reais da empresa. Foram evidenciados os resultados dos impostos nos dois regimes de tributação através da técnica de comparação. Ao final do projeto, o resultado mostrou que a tributação do lucro real possuía uma vantagem significativa em relação ao lucro presumido em uma avaliação de nove meses.

Palavras-chave:

Planejamento. Tributário. Imposto. Comércio.

1 INTRODUÇÃO

Impostos são valores pagos, realizados em moeda nacional pago por pessoas físicas ou jurídicas, ou seja, é todo montante de dinheiro que os cidadãos de um país devem pagar ao Estado para garantir a funcionalidade de serviços públicos. Devido à ocorrência de um fato gerador, calculado mediante a aplicação de uma alíquota a uma base de cálculo. Foram

Seminário de Iniciação Científica CENTRO DE NEGÓCIOS– FSG

ISSN Online: 2318-8006 V. 6, N. 2 (2017)

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criados com a finalidade de subsidiar obras de infraestrutura do governo, parcela das despesas empresariais e serviços fundamentais à população.

Com a expansão dos negócios e a necessidade de se adaptar e usar as constantes mudanças da legislação a seu favor, muitas empresas estão reforçando suas áreas tributárias, tornando-as menos operacionais e mais estratégicas. (CREPALDI, 2012)

No atual mercado, onde a concorrência é acirrada entre as organizações, torna-se fundamental uma contabilidade de qualidade. Dessa forma, o usuário pode desenvolver um planejamento estratégico que permite a avaliação de estratégias a partir da definição dos objetivos propostos. Além de a organização poder se aprofundar em seu ambiente interno, ela pode traçar novos planos a serem atingidos.

Com o sistema tributário complexo que se existe no Brasil, torna-se imprescindível o planejamento tributário nas organizações a fim de amenizar seus custos, principalmente nos pagamentos de tributos.

O planejamento tributário possibilita a redução e retardamento do valor do tributo devido, utilizando processos que permitam o estudo preciso e detalhado do cotidiano e dos diversos setores da organização. (BORGES, 2002).

Com os diversos sistemas de tributação existentes. O presente trabalho visa verificar entre dois regimes tributários para uma empresa do comercio no ramo de atacado e varejo de produtos alimentícios de Caxias do Sul, sendo eles os regimes do lucro presumido e lucro real.

No intuito de se analisar a melhor opção para se implantar no ano de 2018, será feito um estudo das tributações existentes no Brasil, assim como analisar os pontos negativos e positivos de cada uma, enfatizando os regimes do simples nacional, lucro presumido e lucro real, mostrando a apuração dos impostos em cada regime tributário.

A metodologia aplicada será dada através de uma abordagem qualitativa no qual induz o pesquisador a explanar o assunto a partir de padrões encontrados nos dados, assim, seu objetivo de pesquisa será exploratório, onde, para a coleta de dados será envolvido os procedimentos de levantamento bibliográfico e pesquisa documental da empresa, do período de janeiro a setembro de 2017.

Ao final do levantamento será feito uma de análise de dados através da técnica de Comparação, pois a mesma é utilizada quando se procura entender semelhanças e diferenças entre elementos.

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2 ASPECTOS AVALIADOS NA DEFINIÇÃO DO REGIME TRIBUTÁRIO.

A realidade tributária brasileira tornou-se notoriamente complexa, ao trazer um custo financeiro considerado enorme às empresas, causando constante insegurança aos empresários, que na grande maioria das vezes não tem a certeza de estar cumprindo com as obrigações exigidas pelo Fisco (CREPALDI, 2012).

Considerando que a empresa do estudo atualmente se encontra com prejuízo mensal constante nas demonstrações de resultados. Nesta etapa da pesquisa será apresentado o os regimes tributários brasileiros, avaliado os principais pontos do planejamento tributário, buscando correlacionar-se com a empresa, utilizando–se autores como Gustavo Pedro de Oliveira, Silvio Aparecido Crepaldi, Láudio Camargo Fabretti, Lorivaldo Lopes da Silva, Luís Martins de Oliveira, Renato Chieregato, José Hernandez Perez Junior, Marliete Bezerra Gomes.

2.1 Sistema Tributário Brasileiro

O planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, é um ato preventivo que visa encontrar mecanismos que permitam diminuir o custo financeiro com pagamento de tributos. Sendo considerada uma das ferramentas para a obtenção de resultados de uma empresa e também para decidir qual o regime tributário que vai ser aderido. Existem no Brasil, o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. (CREPALDI, 2012).

Grande parte do estudo se deve ao principal imposto pago pelas empresas que se chama Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, que dentre os três regimes é o que sofre mais alterações. Atualmente o IRPJ é um imposto adotado universalmente que obriga cada pessoa ou empresa a destinar um determinado percentual de sua renda média anual para o governo.

“O Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza é um imposto de competência da União (federal) com similares na maior parte do mundo. Cobrado desde a década de 20, durante muitos anos adotou a forma cedular inspirada no modelo francês (...), porém, a partir da década de 70, muitas alterações foram feitas com objetivo de se aumentar a arrecadação” (OLIVEIRA; CHIEREGATO; JUNIOR; GOMES, 2014).

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização tributária, previsto pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006,

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que abrange a participação de todos os órgãos competentes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Em dezembro de 2016 a empresa Ginesa LTDA, encerrava suas atividades no regime de tributação do Simples, com um faturamento até então respeitando o limite de R$ 3.600.000,00.

Considerado simplificado, tem como principal objetivo diminuir a carga tributária e simplificar a forma de recolhimento de tributos. Método que pode ser aplicado nos setores de indústria, comércio e serviços, cada um contendo sua tabela com determinada alíquota. O valor devido mensamente, será a aplicação da alíquota correspondente à atividade sobre receita bruta mensal, que em guia única recolhe os tributos devidos, incluindo o IRPJ, a essa modalidade.

Para ingressar ao sistema do Simples Nacional as empresas devem seguir uma série de requisitos previstos no art. 3º, § 4º, da Lei Complementar nº 123, 14 de dezembro de 2006.

§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;

III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;

VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;

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IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

X - constituída sob a forma de sociedade por ações.

Posteriormente tivemos a inserção no nosso sistema tributário do Microempreendedor individual (MEI). Dessa forma, o simples nacional, denominado “Super Simples”, passa a ser dividido entre: MEI (Microempreendedor individual); ME (Microempresa); EPP (Empresa de pequeno porte). Todas essas divisões têm como base a receita bruta anual, e dessa forma a classificação é de R$ 60.000,00 para MEI, R$ 360.000,00 para ME e até R$ 3.600.000,00 para EPP. (SILVA, 2013).

A solicitação pelo Simples Nacional deve ser realizada no mês de janeiro, até o último dia útil. Uma vez deferida, produz efeitos retroagido a partir do primeiro dia do ano calendário da opção. Já para as empresas com o início de suas atividades, o prazo para solicitação é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal ou estadual), desde que não tenha passado 180 dias da inscrição do CNPJ. Se deferida, a opção produz efeito retroagido a partir da data da abertura do CNPJ. Se a empresa por qualquer motivo perder o prazo de ingresso ao Simples Nacional ela poderá fazer a opção somente em janeiro do próximo ano. Lembrando que o Simples Nacional é facultativo, portanto a empresa não necessita obrigatoriamente ingressar, pois pode não ser o melhor para ela de acordo com a atividade que ela irá exercer.

O Lucro Presumido adotado no ano de 2017 pela Ginesa, é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o imposto de renda e contribuição social, restrita aos contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração do lucro real.

Para Silva (2013, p. 468), o lucro presumido se resume em:

“(...) é uma forma de tributação que leva em consideração o percentual de presunção estabelecido pelo governo federal sobre o faturamento, somando às demais receitas e ganhos de capital. É uma forma de tributação simplificada, utilizada para a determinação da base de cálculo da CSLL e do IRPJ das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. ”

As optantes do lucro presumido, geralmente empresas de menor porte e menor nível de estrutura, não estão obrigadas a possuir escrituração contábil detalhada de suas receitas e despesas, que indique seu lucro real, basta que possua e escriture o livro caixa, no qual irá

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apresentar, entre outras, as receitas realmente recebidas. (OLIVEIRA; CHIEREGATO; JUNIOR; GOMES, 2014).

A opção pelo regime do lucro presumido só pode ser executada pelas empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços, que tenham auferido no ano-calendário anterior uma receita bruta inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais). Além disso, estão impedidas de optarem por esse regime as pessoas jurídicas, com atividades financeiras e equiparadas, inclusive empresas de seguros privados e de capitalização; empresas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital originado do exterior; que autorizadas pela legislação tributaria, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do IRPJ (SILVA, 2013).

O presumido tem a finalidade de facilitar o pagamento do IR, sem ter que recorrer à complexa apuração do lucro real. (FABRETTI, 2007)

Para o Calculo da CSLL, primeiro, calcula-se 12% sobre a receita bruta. A esse resultado são acrescidas outras receitas e os rendimentos de aplicações financeiras. É sobre essa base que a empresa aplicará e recolherá os 9% de alíquota final. (CREPALDI, 2012).

A base de calculo do Imposto de renda sobre o lucro é apurada a partir da receita bruta decorrente da atividade exercida da pessoa jurídica optante e do resultado das demais receitas e dos ganhos de capital. Na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante.

Em regra geral, a base para o cálculo do imposto é de 8% do faturamento para venda de mercadorias; 1,6% revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 16% em prestação de serviços de transporte, exceto de carga; 32% prestação de demais serviços, exceto hospitalares; 16% em empresas de prestação de serviços em geral das pessoas jurídicas, com receita bruta anual de até R$ 120.000,00, exceto serviços hospitalares, de transportes e de profissões regulamentadas. A esse valor são feiras adições e exclusões, conforme previsão legal. O resultado será aplicado o IRPJ. O imposto tem 15% de alíquota básica e 10% de alíquota adicional. Somente sobre o valor acima de R$ 60.000,00 no trimestre, é pago o adicional de IR de 10% (CREPALDI, 2012).

O lucro presumido deve ser apurado trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, caso encerre as atividades ou o seu acervo liquido. (OLIVEIRA; CHIEREGATO; JUNIOR; GOMES, 2014).

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O contribuinte após definido o método no ano-calendário, não poderá fazer mudança de tributação no decorrer do mesmo.

“As vantagens do lucro presumido é que esse regime é considerado mais simples e exige menos documentação que o regime do lucro real. Tende a ser mais vantajoso para empresas altamente lucrativas. As desvantagens do lucro presumido é que nem todas as empresas podem apurar o lucro por esse regime. Há limitação conforme o volume de faturamento e também de acordo com a atividade. Não é interessante para quem tem prejuízo. Como o IR é pago com base na receita bruta e não sobre o lucro efetivo, a empresa paga mais quando ocorrem prejuízos” (CREPALDI, 2012, p. 177).

O lucro real é uma forma complexa de apuração do IRPJ e da CSLL. Tem como fato gerador o resultado contábil ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas na legislação tributária.

O artigo 247 do RIR/1999 conceitua o lucro real como: “O lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo regulamento do imposto de Renda (RIR)”.

Estão obrigados à tributação no lucro real as pessoas jurídicas cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.00,00.

Na sistemática do lucro real, a apuração poderá ser feita por período trimestral ou anual. Se trimestral, a apuração será feita em março, junho, setembro e dezembro de cada ano-calendário; se anual, a apuração será feita em dezembro de cada ano-calendário, com pagamento da CSLL e IRPJ por estimativa ou com base em balanço/balancete de redução ou suspensão (SILVA, 2013).

Conforme artigo 516 do RIR/1999, a opção pela forma de tributação será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto (IRPJ) devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. Assim, se o primeiro pagamento for com base no lucro real trimestral, será definitivo para todo o ano-calendário (SILVA, 2013).

Para Crepaldi (2012, p. 137) “A maioria das empresas brasileiras tem fraco movimento comercial nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano. Isso provoca distorções tributárias, que devem ser levadas em conta na hora de optar pelas modalidades (...)”.

Na opção pelo lucro real trimestral, este deve ser determinado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido de cada trimestre.

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Esse resultado deve ser apurado mediante levantamento das demonstrações contábeis, com observância das normas estabelecidas na legislação comercial e fiscal, o qual será ajustado pelas adições, exclusões e compensações. (OLIVEIRA; CHIEREGATO; JUNIOR; GOMES, 2014)

Na afirmação de Fabretti (2007), o IR se apura com: Lucro liquido + adições – exclusões – compensações = lucro real. No qual as Adições referem-se às despesas contabilizadas pela pessoa jurídica, mas que são limitadas ou não admitidas pela lei, exemplo de multas por infrações fiscais; as exclusões são valores que a lei permite subtrair do lucro líquido para efeito fiscal, exemplo de depreciação acelerada por incentivos fiscais, dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas avaliadas pelo custo de aquisição; e compensações que podem ser compensados os prejuízos fiscais dos períodos-base anteriores.

As empresas e atividades sujeitas à variação de lucro podem encontrar uma boa solução no real anual. A temporada de prejuízos fiscais pode ser compensada com a de lucros. Assim, mesmo que a apuração final indique ganho, o IR poderá ser menor.

“As vantagens no lucro real anual são: a empresa paga IR sobre o lucro apurado durante o ano. Nem mais nem menos. Se apurar lucro, recolhe o imposto; caso verifique prejuízo fiscal, não paga. Essa é a grande vantagem da possibilidade de, durante o ano-calendário, compensar integralmente o prejuízo de um mês com os lucros do mês seguinte.” (CREPALDI, 2012, p. 139).

Entre as empresas que optam pelo lucro real, o recolhimento anual é o mais adotado, pois tem vantagens significativas em relação ao trimestral. No trimestral, os prejuízos fiscais do primeiro trimestre, por exemplo, têm seu aproveitamento posterior sujeito à limitação de 30% do lucro registrado nos trimestres seguintes. Se uma empresa teve prejuízo fiscal em determinado período, ela pode compensar isso com o lucro do período de apuração seguinte. (CREPALDI, 2012).

Sobre o valor apurado aplica-se alíquota de 15% do IR e, se for o caso, o adicional de IR. O total do IR devido (IR + Adicional) deve ser provisionado na contabilidade como débito na despesa abatendo-se seu valor do lucro, tendo como contrapartida o crédito na conta de IRPJ, no Passivo. (FABRETTI, 2007).

Na base de cálculo o IR pago mensalmente pelo critério de estimativa deverá ser calculado mediante a aplicação dos percentuais sobre a receita bruta auferida nas atividades dos contribuintes de 1,6% para revenda de consumo de combustíveis derivados de petróleo, álcool etílico, carburante e gás natural; 8% na venda de mercadorias ou produtos, exceto

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revenda de combustíveis para consumo; 8% em prestação de serviços de transportes de cargas; 16% para prestação dos demais serviços de transportes; 32% para prestação de demais serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual especifico; 16% para prestação de serviços em geral por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00 exceto serviços hospitalares, de transporte e de profissões regulamentadas; 16% em instituições financeiras e entidades a elas equiparadas. (OLIVEIRA; CHIEREGATO; JUNIOR; GOMES, 2014).

3 METODOLOGIA

O presente trabalho foi efetuado pelo estudo de caso, que consiste num estudo de um ou poucos objetos. Possui uma natureza exploratória. Ex: Explorar situações de vida real, descrever situações de contexto, formular hipótese, desenvolver teorias, explicar as várias causas de um determinado fenômeno. (PEARSON, 2012)

A abordagem deste trabalho foi feita através do método qualitativo, pois os pesquisadores que utilizam este método buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que há de ser feito, mas não quantificam os valores (GERHARDT; SILVEIRA, 2009)

O Tipo de pesquisa foi feito pelo método exploratório, pois, a mesma envolve: levantamento bibliográfico; entrevistas com sujeitos que possuem experiência prática e análise de exemplos também práticos. Busca maior familiaridade como o problema. (GIL, 2008).

Serão analisadas as demonstrações contábeis, em cima do DRE (demonstração de resultado do exercício) e do orçamento empresarial da empresa.

A técnica de análise de dados foi dada através da Comparação, pois a mesma é uma técnica que podemos aplicar toda vez que queremos entender as semelhanças e as diferenças entre dois ou mais elementos. (MASCARENHAS, 2012)

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

O presente trabalho foi desenvolvido utilizando-se os dados fornecidos pela empresa Ginesa Distribuidora Ltda Epp. No qual localiza-se em Caxias do Sul – RS. Foi fundada em

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2005 e conta atualmente com 17 funcionários, mais 6 vendedores externos, seu foco de atuação é distribuição de produtos alimentícios para comércios dos bairros de Caxias do Sul.

A organização Ginesa, utilizou-se da tributação do Simples Nacional até dezembro de 2016, optando pelo regime do Lucro Presumido a partir de janeiro de 2017. Com base nos referenciais obtidos, nesta etapa serão considerados os resultados e apurações dos três respectivos trimestres concluídos, baseando-se de janeiro a setembro, com o objetivo de identificar qual o regime tributário se torna menos oneroso quanto ao recolhimento de tributos por parte da empresa. A seguir demonstra-se os resultados obtidos quanto ao recolhimento de tributos referentes a tributação pelo lucro presumido e pelo lucro real.

4.1 Cálculos sobre Lucro Presumido

A empresa estudada tem como principal ramo de atividades a venda de mercadorias, o percentual aplicado para a apuração da base de cálculo do IRPJ é de 8% e da CSLL é de 12%. Para apurar o valor dos impostos a pagar, são aplicadas as alíquotas de 9% para CSLL e de 15% para o IRPJ considerando o valor de 10% do adicional quando o mesmo ultrapassa o limite de R$ 60.000,00 por trimestre. Nessa modalidade de tributação o PIS e COFINS são cumulativos e são aplicados percentuais de 0,65% e 3% respectivamente sobre a receita bruta de vendas, menos as devoluções.

Figura 1: Calculo do IRPJ - Lucro Presumido

Fonte: Elaborado pelos autores

O lucro presumido é calculado trimestralmente. Para poder encontrar a base de presunção do lucro presumido, foram aplicados 8% e após encontrar a base presumida

IRPJ 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre Total Receita Bruta R$ 941.627,81 R$ 1.083.063,37 R$ 1.139.545,14 R$ 3.164.236,32 Percentual 8% R$ 75.330,22 R$ 86.645,07 R$ 91.163,61 R$ 253.138,91 Adição de Receitas Financeiras R$ 1.417,90 R$ - R$ 9.049,14 R$ 10.467,04 Calculo IRPJ R$ 76.748,12 R$ 86.645,07 R$ 100.212,75 R$ 263.605,95 IRPJ (15%) R$ 11.512,22 R$ 12.996,76 R$ 15.031,91 R$ 39.540,89 Base Adicional (-60.000) R$ 16.748,12 R$ 26.645,07 R$ 40.212,75 R$ 83.605,95 IRPJ Adicional R$ 1.674,81 R$ 2.664,51 R$ 4.021,28 R$ 8.360,59 IRRF a compensar 0 0 0 R$ -IRPJ a Pagar R$ 13.187,03 R$ 15.661,27 R$ 19.053,19 R$ 47.901,49

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calcula-se o valor de IRPJ a pagar. Sendo assim, demonstra-se que no cálculo do IRPJ pelo lucro presumido é encontrado adicional do IRPJ e calculado sobre a alíquota de 10%, obtendo assim um valor de R$ 47.901,49 a pagar.

Figura 2: Calculo da CSLL - Lucro Presumido Fonte: Elaborado pelos autores

A tabela acima demonstra os números que foram operados por trimestre de CSLL, a soma dos trimestres é de R$ 35.115,79.

Logo a baixo demonstra-se a tabela do PIS e COFINS, sendo que a alíquota da modalidade cumulativa é de 0,65% e 3% respectivamente.

Figura 3: Calculo da PIS e COFINS - Lucro Presumido

Fonte: Elaborado pelos autores

A modalidade cumulativa de apuração de PIS e COFINS não gera direito a crédito, sendo paga em cima do percentual.

4.2 Cálculos sobre Lucro Real

Levando em consideração um custo de mercadoria vendida (CMV) em 70% sobre o faturamento. O calculo do PIS e COFINS no lucro real será apurado com base na

não-CSLL 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre Total

Receita Bruta R$ 941.627,81 R$ 1.083.063,37 R$ 1.139.545,14 R$ 3.164.236,32 Percentual 12% R$ 112.995,34 R$ 129.967,60 R$ 136.745,42 R$ 379.708,36 Adição de Receitas Financeiras R$ 1.417,90 R$ - R$ 9.049,14 R$ 10.467,04 Calculo CSLL R$ 114.413,24 R$ 129.967,60 R$ 145.794,56 R$ 390.175,40 CSLL (9%) R$ 10.297,19 R$ 11.697,08 R$ 13.121,51 R$ 35.115,79 CSLL a Pagar R$ 10.297,19 R$ 11.697,08 R$ 13.121,51 R$ 35.115,79

Mês Vendas Aplicação Base de Calculo PIS COFINS

Janeiro R$ 264.726,51 R$ 909,59 R$ 265.636,10 R$ 1.726,63 R$ 7.969,08 Fevereiro R$ 340.342,54 R$ 350,54 R$ 340.693,08 R$ 2.214,51 R$ 10.220,79 Março R$ 336.558,76 R$ 157,77 R$ 336.716,53 R$ 2.188,66 R$ 10.101,50 Abril R$ 313.335,82 R$ - R$ 313.335,82 R$ 2.036,68 R$ 9.400,07 Maio R$ 371.393,67 R$ - R$ 371.393,67 R$ 2.414,06 R$ 11.141,81 Junho R$ 398.333,88 R$ - R$ 398.333,88 R$ 2.589,17 R$ 11.950,02 Julho R$ 363.923,75 R$ 2.341,44 R$ 366.265,19 R$ 2.380,72 R$ 10.987,96 Agosto R$ 386.982,08 R$ 3.075,00 R$ 390.057,08 R$ 2.535,37 R$ 11.701,71 Setembro R$ 388.639,31 R$ 3.632,70 R$ 392.272,01 R$ 2.549,77 R$ 11.768,16 Total R$ 3.164.236,32 R$ 10.467,04 R$ 3.174.703,36 R$ 20.635,57 R$ 95.241,10

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cumulatividade, ou seja, com alíquotas de 1,65% e 7% respectivamente. O cálculo do deste pode ser feito pelo regime de apuração trimestral ou anual.

Na apuração trimestral, pode-se realizar uma compensação de até 30% nos trimestres seguintes se a empresa demonstrar prejuízo fiscal no primeiro trimestre. Se uma empresa teve prejuízo fiscal em determinado período, ela pode compensar isso com o lucro do período da apuração seguinte.

No lucro real anual a empresa paga o IR sobre o lucro apurado durante o ano. Se apurar lucro, recolhe imposto, caso declare prejuízo fiscal, não paga. Essa é uma grande vantagem da possibilidade de, durante o ano-calendário, compensar integralmente o prejuízo de um mês com os lucros do mês seguinte. Uma desvantagem do lucro real anual é a não possibilidade de pagar o IR parceladamente.

As empresas sujeitas à oscilação de faturamento podem encontrar uma boa solução nesta opção, pois a temporada de prejuízos fiscais pode ser compensada com a e lucros. Com base nisso foi adotado ao trabalho o regime do lucro real anual.

Ressaltando que, em torno de 60% das mercadorias utilizadas pela empresa são classificadas como de cesta básica, possuindo em sua grande maioria isenções, alíquota zero, não incidência e tributações monofásicas. Portanto o cálculo utilizado baseou-se em 40% dos itens sendo tributados, considerando que a empresa é uma revendedora, foi calculado em cima do próprio faturamento o percentual de entrada e usado o CMV para calcular percentual de saída.

Figura 4: PIS/COFINS de Saída Fonte: Elaborado pelos autores

Mê s Ve ndas Aplicação Base de Calculo PIS de Saida Cofins de Saida

Janeiro R$ 264.726,51 R$ 909,59 R$ 265.636,10 R$ 1.753,20 R$ 8.075,34 Fevereiro R$ 340.342,54 R$ 350,54 R$ 340.693,08 R$ 2.248,57 R$ 10.357,07 Março R$ 336.558,76 R$ 157,77 R$ 336.716,53 R$ 2.222,33 R$ 10.236,18 Abril R$ 313.335,82 R$ - R$ 313.335,82 R$ 2.068,02 R$ 9.525,41 Maio R$ 371.393,67 R$ - R$ 371.393,67 R$ 2.451,20 R$ 11.290,37 Junho R$ 398.333,88 R$ - R$ 398.333,88 R$ 2.629,00 R$ 12.109,35 Julho R$ 363.923,75 R$ 2.341,44 R$ 366.265,19 R$ 2.417,35 R$ 11.134,46 Agosto R$ 386.982,08 R$ 3.075,00 R$ 390.057,08 R$ 2.574,38 R$ 11.857,74 Setembro R$ 388.639,31 R$ 3.632,70 R$ 392.272,01 R$ 2.589,00 R$ 11.925,07 Total R$ 3.164.236,32 R$ 10.467,04 R$ 3.174.703,36 R$ 20.953,04 R$ 96.510,98

(13)

Figura 5: PIS/COFINS de Entrada Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 6: Totais de PIS/COFINS a pagar Fonte: Elaborado pelos autores

O estudo do lucro real demonstra um total de R$ 5.238,26 de PIS e R$ 24.127,75 de COFINS a pagar, utilizando-se da compensação da não-cumulatividade.

Para o cálculo do IRPJ e CSLL, foi usado um demonstrativo de resultado do exercício (DRE) acumulado de janeiro a setembro.

Mê s CMV CMV Tributado Pis Entrada CMVCofins Entrada CMV

Janeiro R$ 199.227,08 R$ 79.690,83 R$ 1.314,90 R$ 6.056,50 Fevereiro R$ 255.519,81 R$ 102.207,92 R$ 1.686,43 R$ 7.767,80 Março R$ 252.537,40 R$ 101.014,96 R$ 1.666,75 R$ 7.677,14 Abril R$ 235.001,87 R$ 94.000,75 R$ 1.551,01 R$ 7.144,06 Maio R$ 278.545,25 R$ 111.418,10 R$ 1.838,40 R$ 8.467,78 Junho R$ 298.750,41 R$ 119.500,16 R$ 1.971,75 R$ 9.082,01 Julho R$ 274.698,89 R$ 109.879,56 R$ 1.813,01 R$ 8.350,85 Agosto R$ 292.542,81 R$ 117.017,12 R$ 1.930,78 R$ 8.893,30 Setembro R$ 294.204,01 R$ 117.681,60 R$ 1.941,75 R$ 8.943,80 Total R$ 2.381.027,52 R$ 952.411,01 R$ 15.714,78 R$ 72.383,24

Mês PIS de Saida Pis Entrada PIS a pagar Cofins de Saida Cofins Entrada Cofins a pagar

Janeiro R$ 1.753,20 R$ 1.314,90 R$ 438,30 R$ 8.075,34 R$ 6.056,50 R$ 2.018,83 Fevereiro R$ 2.248,57 R$ 1.686,43 R$ 562,14 R$ 10.357,07 R$ 7.767,80 R$ 2.589,27 Março R$ 2.222,33 R$ 1.666,75 R$ 555,58 R$ 10.236,18 R$ 7.677,14 R$ 2.559,05 Abril R$ 2.068,02 R$ 1.551,01 R$ 517,00 R$ 9.525,41 R$ 7.144,06 R$ 2.381,35 Maio R$ 2.451,20 R$ 1.838,40 R$ 612,80 R$ 11.290,37 R$ 8.467,78 R$ 2.822,59 Junho R$ 2.629,00 R$ 1.971,75 R$ 657,25 R$ 12.109,35 R$ 9.082,01 R$ 3.027,34 Julho R$ 2.417,35 R$ 1.813,01 R$ 604,34 R$ 11.134,46 R$ 8.350,85 R$ 2.783,62 Agosto R$ 2.574,38 R$ 1.930,78 R$ 643,59 R$ 11.857,74 R$ 8.893,30 R$ 2.964,43 Setembro R$ 2.589,00 R$ 1.941,75 R$ 647,25 R$ 11.925,07 R$ 8.943,80 R$ 2.981,27 Total R$ 20.953,04 R$ 15.714,78 R$ 5.238,26 R$ 96.510,98 R$ 72.383,24 R$ 24.127,75 Receita Bruta R$ 3.164.236,32 (-) Impostos s/venda R$ 173.818,07 ICMS R$ 145.582,63 PIS R$ 5.238,26 COFINS R$ 24.127,75 (=) Receita Liquida R$ 2.990.418,25 (-) CMV R$ 2.381.027,52 (-) Desp. Comercial R$ 46.744,04 (-) Desp. Pessoal R$ 189.126,49 (-) Desp. Gerais R$ 194.903,61

(14)

Foi utilizado o total de receitas com devoluções menos os impostos sobre vendas calculados, abatendo o CMV e as despesas, assim obtendo um lucro de R$ 178.616,59 ao longo dos nove meses.

Figura 8: Apuração CSLL Lucro Real Fonte: Elaborado pelos autores.

Para o calculo da CSLL, foi utilizado o lucro contábil menos adições e exclusões, que no presente trabalho está considerando zero. Após se obter a base de cálculo aplica-se uma alíquota de 9%, demonstrando o valor de R$ 16.075,49.

Figura 9: Apuração IRPJ Lucro Real Fonte: Elaborado pelos autores

O calculo do IRPJ não foi considerado as adições e exclusões, também não foi considerado os 10% adicionais, pois se estima que a empresa não obteve o teto de lucro antes da adição de IRPJ, portanto para o cálculo, foi utilizado o mesmo lucro contábil antes do IRPJ e CSLL menos adições e exclusões, mais o abatimento da CSLL para base de cálculo. Após apurado a base de cálculo aplica-se uma alíquota de 15%. Assim obtendo um valor de R$ 24.381,16. Calculo da CSLL Lucro Contabil R$ 178.616,59 Adições 0 Exclusões 0 Base de calculo R$ 178.616,59 CSLL a recolher 9%R$ 16.075,49 Total da CSLL R$ 16.075,49 Calculo do IRPJ Lucro Contabil R$ 178.616,59 Adições 0 Exclusões 0 (-) CSLL R$ 16.075,49 Base de calculo R$ 162.541,09 IRPJ a recolher 15% R$ 24.381,16 Total do IRPJ R$ 24.381,16

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4.3 Comparativo

Ao fazer um comparativo final entre os valores registrados nos nove meses, a análise demonstra uma diferença considerável nos valores entre os regimes tributários.

Figura 10: Comparativo entre Presumido e Real Fonte: Elaborado pelos autores

A empresa Ginesa, por não obter um lucro expressivo, se beneficia de uma alíquota baixa na apuração da CSLL e IRPJ no lucro real, ao mesmo tempo em que possui um faturamento alto, mas um custo de mercadoria de praticamente 75%, ou seja, a base de cálculo no lucro presumido é consideravelmente alta, já que este se baseia no faturamento bruto da empresa.

Na apuração do PIS e COFINS o resultado também se torna melhor, pois com a adoção do lucro real anual, a empresa passa a adotar o regime de não-cumulatividade, se beneficiando dos créditos de PIS e COFINS, nas saídas e entradas. Como 60% de seus produtos se encontram com base zero ou possuem alguma isenção fiscal, estimando que 60% do CMV e faturamento sejam com alíquota zero, se obtém mais uma vantagem em relação ao presumido em que o cálculo é realizado em cima do faturamento.

Ao final da comparação se obteve uma vantagem de R$ 129.071,28 de lucro durante os nove meses do ano, se a mesma tivesse optado pelo lucro real.

Considerando que a empresa está em ascensão e possui um lucro liquido em baixa evolução, porém constante, a avaliação da tributação demonstra que a mesma deve adotar ao lucro real para 2018. Ainda que o regime do lucro real possua uma complexidade maior, exigindo mais controles, o custo-benefício para a empresa no atual momento é indiscutível.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos estudos, o presente trabalho utilizou-se da aparente dificuldade na

PIS COFINS CSLL IRPJ Total

Luro PresumidoR$ 20.635,57 R$ 95.241,10 R$ 35.115,79 R$ 47.901,49 R$ 198.893,94 Lucro Real R$ 5.238,26 R$ 24.127,75 R$ 16.075,49 R$ 24.381,16 R$ 69.822,66

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analisar quais os principais aspectos na definição de um regime tributário em uma empresa do comercio de Caxias do Sul.

A organização estudada possui o nome de Ginesa Distribuidora Ltda. Epp, e esta, utilizou-se do regime do simples nacional até a data fim de dezembro de 2016. Com a mudança precoce em janeiro de 2017, foi escolhida a tributação do lucro presumido, porem sem um estudo aprofundado se esta escolha seria a melhor para o exercício.

Visando uma análise entre lucro presumido e lucro real, o estudo procurou verificar vários pontos essenciais em cada regime.

Conforme os dados apurados, a empresa consegue uma vantagem no lucro real devido a incidência não-cumulativa, no qual passa a se creditar dos impostos de PIS e COFINS, e outra vantagem na apuração de IRPJ e CSLL devido a este, pelo regime do lucro real ser apurado pelo lucro ao invés de faturamento, considerando que a empresa possui um lucro liquido pequeno em relação ao faturamento total que no caso tributa-se o lucro presumido.

Conclui-se que a empresa Ginesa possui um faturamento que oscila em seu lucro final, e com base nisso, mesmo o lucro real necessitando de custos para ser implementado, em uma avaliação de nove meses esse custo x beneficio será compensado com o valor dos tributos pagos a menor.

Sugere-se como estudos futuros o comparativo de doze meses para só então definir a utilização do lucro real ou não.

6 REFERÊNCIAS

BORGES, Humberto Nonavides. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e IR. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Planejamento Tributário. São Paulo: Saraiva, 2012. FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade tributaria. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de Pesquisa. Porto alegre: UFRGS, 2009.

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MASCARENHAS, Sidnei Augusto. Metodologia Cientifica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 4. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. OLIVEIRA, Luís Martins; CHIEREGATO, Renato; JUNIOR, José Hernandez Perez; GOMES, Marliete Bezerra. Manual de contabilidade tributária. 13 ed. São Paulo: Atlas, 2014.

Referências

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