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NR 20 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS NR 20

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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

NR 20

NR 20

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2020

CURSO INTERMEDIÁRIO

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

NR 20

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Sumário01.

Módulo 1 Introdução Definição

Inflamáveis características, propriedades, perigos e riscos Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis Fontes de ignição e seu controle

Proteção contra incêndio com inflamáveis

Estudo da norma regulamentadora nº 20 - segurança e saúde no trabalho com in- flamáveis e combustíveis

Análise preliminar de perigos/riscos: conceitos e exercícios práticos Permissão para trabalho com inflamáveis

Conclusão

03 04 05 07 09 10 11

14 14 16 19

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MÓDULO

1

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SEGURANÇA E SAÚDE NO

TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

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1 - INTRODUÇÃO

Olá! Seja bem-vindo ao treinamento NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.

Existem diversas substâncias que se inflamam com facilidade. As principais delas são os líquidos e gases, que podem ser classificados como inflamáveis e combustíveis.

Nos mais diversos casos, o principal risco é de incêndio, pois existe a possibilidade de desencadear explosões. Devido a isso, diversas normas devem ser seguidas para a utilização desses fluidos.

A Norma Regulamentadora 20 se refere a segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis.

Ela prioriza a capacitação dos trabalhadores e descreve que os treinamentos são definidos em função das classes das instalações, as quais, por sua vez, definem-se em função da atividade e capacidade de armazenamento.

Este treinamento corresponde ao Curso Intermediário, para trabalhadores que exercem atividade de manutenção e inspeção em instalações classe I, classe II ou classe III, ou operação de atendimento de emergência em instalações classe I.

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2 - DEFINIÇÕES

2.1 - PONTO DE FULGOR

É a menor temperatura, na qual um combustível libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor. O ponto de fulgor não é o bastante para manter a combustão.

A mistura inflamável citada anteriormente é a quantidade de vapor de líquido ou gás, misturada com o ar atmosférico. Esse composto é suficiente para uma inflamação em contato com uma fonte de calor (ou seja, queima repentina do gás ou vapor). Caso seja retirada a fonte de calor, a queima (inflamação) não ocorre mais.

Na Tabela 01, temos exemplos de pontos de fulgor em líquidos combustíveis e inflamáveis.

2.2 - AUTOIGNIÇÃO (PONTO DE IGNIÇÃO)

Temperatura mínima em que os combustíveis liberam gases e vapores inflamáveis, que entram em combustão somente em contato com o comburente. Não há a necessidade de uma fonte externa de calor.

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2.3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

São líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60 ˚C, quando armazenados e transferidos, aquecidos a temperaturas iguais ou superiores ao seu ponto de fulgor; equiparam-se aos líquidos inflamáveis (item 20.3.1.1 da NR 20 Atualizada de 2019).

2.4 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS

São líquidos com ponto de fulgor > 60 ºC e ≤ 93 ºC.

2.5 - GASES INFLAMÁVEIS

Gases que se inflamam com o ar a 20 ºC e pressão-padrão de 101,3 kPa.

2.6 - LIMITES DE INFLAMABILIDADE

Para que um gás ou vapor queime, é necessário que exista, além da fonte de ignição, uma mistura com um percentual máximo e mínimo de gás combustível e o ar atmosférico (oxigênio).

2.7 - LIMITE DE INFLAMABILIDADE INFERIOR (LII)

É a mínima concentração do gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a

combustão a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações inferiores não provocam combustão, pois existe excesso de oxigênio. Nesse caso, são chamadas de “mistura pobre”.

2.8 - LIMITE DE INFLAMABILIDADE SUPERIOR (LIS)

É a máxima concentração do gás que, misturada ao ar atmosférico é capaz de provocar a combustão a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações superiores não causam combustão, pois existe excesso de combustível, sendo, portanto, chamadas de “mistura rica”.

A seguir, na Tabela 02, podem ser verificados os limites inferior e superior da inflamabilidade para diversos gases.

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O ambiente encontra-se dentro da faixa de inflamabilidade entre os limites inferiores e superiores (mistura ideal), ou seja, o risco de incêndio e explosão é iminente, como se pode verificar na Tabela 03.

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3 - INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS 3.1 - CARACTERÍSTICAS

A característica básica dos fluidos inflamáveis é a formação de vapores que, misturados com o ar, podem inflamar, gerando incêndios e explosões. As condições são determinadas pelo ponto de fulgor nos fluidos líquidos. No caso dos gases inflamáveis, essa definição é realizada para cada caso.

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3.2 - PROPRIEDADES

As propriedades devem ser diferenciadas para os gases e para os líquidos. A seguir, relacionamos as principais propriedades dos fluidos inflamáveis e combustíveis.

3.2.1 - Gases

Os gases possuem baixa densidade e capacidade de se moverem livremente. Alguns são mais densos que o ar e permanecem próximos ao solo, como o GLP (gás liquefeito de petróleo). Aqueles menos densos que o ar, sobem e se dispersam com mais facilidade. O gás natural é um exemplo.

O estado físico dos gases é uma preocupação, pois, em um vazamento podem ocupar todo um ambiente e — com exceção do oxigênio — são asfixiantes. A inflamabilidade deve ser medida constantemente, sobretudo se o gás estiver confinado. Caso haja a identificação de um ambiente com gases e vapores dentro da faixa de inflamabilidade, providências urgentes devem ser tomadas.

O procedimento-padrão pode ser:

1º. interromper a atividade;

2º. isolar a área;

3º. comunicar SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) solicitando um parecer a respeito.

Exemplos de gases:

- benzeno - butano - etano - etileno

- gás de coqueria

3.2.2 - Líquidos

As principais propriedades dos líquidos inflamáveis ou combustíveis são exatamente o ponto de fulgor e o limite de inflamabilidade.

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Exemplos:

- gasolina - querosene - óleo diesel

- derivado de alcatrão de hulha - derivado de xisto betuminoso

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- álcool etílico - gás de hulha - gás natural

- GLP (gás liquefeito de petróleo) - hidrogênio

- metano - propano

3.3 - PERIGOS

Os gases inflamáveis e combustíveis podem ocupar o espaço do ar atmosférico e provocar asfixia. Por isso, deve-se medir o teor de oxigênio existente nos ambientes. Como exemplo, pode-se definir a medição dos níveis de gases presentes em diversas oportunidades, como no início da atividade ou após uma interrupção necessária. Os maiores riscos são, sem dúvida, os incêndios que podem provocar explosões.

3.4 - RISCOS

O conhecimento dos riscos oriundos das substâncias químicas é fator de suma importância, razão pela qual a ONU (Organização das Nações Unidas) classificou e agrupou os produtos químicos em nove classes de risco. Dentre estas, encontram-se:

- Classe 1 - explosivos;

- Classe 2 - gases;

- Classe 3 - líquidos inflamáveis.

Exemplos de números da ONU para diversos fluidos inflamáveis:

Sem dúvida, quando existem substâncias combustíveis e inflamáveis, o grande risco é a presença de fontes de ignição. Um profissional habilitado deve elaborar as análises de risco das operações com fluidos inflamáveis e combustíveis.

4 - CONTROLES COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM INFLAMÁVEIS

Deve-se prever a existência de controles individuais e coletivos para as instalações com fluidos inflamáveis e combustíveis.

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ª: Classe de risco 9

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4.1 - CONTROLE INDIVIDUAL

Para cada tipo de fluido combustível ou inflamável, devem-se prever EPIs (equipamentos de proteção individual) específicos.

Os mais utilizados são:

a) Proteção para as mãos: luvas com materiais específicos para cada tipo de produto e/ou tarefa específica.

b) Proteção para os olhos: utilizar óculos de segurança com proteção lateral.

c) Proteção para a pele e corpo: utilizar calçados de segurança.

d) Proteção respiratória: linha de ar comprimido respirável isenta de óleo ou aparelho de respiração autônoma devem estar disponíveis para situações de emergência, em locais confinados.

4.2 - CONTROLE COLETIVO

As medidas de controle coletivo devem ser adotadas pelas organizações, buscando eliminar os riscos envolvidos nos fluidos inflamáveis e combustíveis. Seguem alguns exemplos:

a) automação de operações geradoras de contaminação do homem;

b) eliminação dos agentes nocivos ou substituição de sua forma de apresentação;

c) enclausuramento total ou parcial do processo de produção;

d) exaustão localizada ou geral;

e) isolamento das áreas de riscos;

f) ventilação localizada ou geral.

5 - FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE 5.1 - FONTES DE IGNIÇÃO

As fontes de ignição são toda e qualquer forma de ocasionar a ignição de substâncias inflamáveis e combustíveis. As principais fontes de ignição são:

• automóveis e outros veículos automotores;

• chamas vivas;

• cigarros acesos;

• eletricidade estática.

A eletricidade estática pode causar o choque estático, o qual é obtido pela descarga de um capacitor ou por meio da descarga eletrostática (efeito capacitivo presente nos mais diferentes materiais e equipamentos).

Dependendo do acúmulo das cargas, pode haver perigo de faiscamento ou choque elétrico.

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Exemplos:

• eletricidade estática (tensão elétrica constante);

• veículos que se movem em climas secos carregam-se eletrostaticamente.

• faíscas produzidas por atrito (ferramentas, por exemplo);

• interruptores de força e luz (tomadas);

• lâmpadas;

• motores elétricos;

• reatores;

• superfícies quentes;

• faíscas de soldagem.

5.2 - CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO

O controle das fontes de ignição é basicamente a sua eliminação, fazendo com que a mistura de gases inflamáveis não tenha como se incendiar. Uma série de atitudes e procedimentos são normalmente adotados. Seguem alguns destes:

- Serviços de soldagem - São executados somente com uma minuciosa avaliação de ausência de gases inflamáveis. Em muitos casos, apenas com as áreas e equipamentos parados e limpos de fluidos inflamáveis e combustíveis.

- Limitação de acesso a veículos - Feita em áreas sujeitas a vazamentos de inflamáveis. Realiza-se ainda um programa de inspeção para confirmar seu perfeito estado de conservação.

- Todo o material e/ou equipamento elétrico à prova de explosão - Fiação, conectores, painéis, tomadas.

Devem ser à prova de explosão e/ou intrinsecamente seguros, eliminando o risco da eletricidade. Em todos os casos, tudo deve estar em conformidade com a NR 10. Ex.: equipamento à prova de explosão que possui invólucro resistente o bastante para não propagar uma explosão e cuja temperatura superficial não provoque a ignição de uma atmosfera explosiva.

- Aterramento verificado de veículo que transporta fluidos - Todo veículo que transporta fluidos combustíveis e/ou inflamáveis deve ter o seu aterramento verificado e os operadores treinados. A eletricidade estática é de difícil identificação e pode ocorrer no deslocamento de um caminhão-tanque.

6 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS

As recomendações contidas na NR 23 (Proteção contra incêndios) devem ser inteiramente atendidas, assim como as recomendações do corpo de bombeiros da região onde se localizar o empreendimento.

Conforme descrito nessa norma, a classe de incêndio B se refere aos combustíveis líquidos inflamáveis.

Suas principais características são:

Queimam somente em sua superfície;

Após a queima não deixam resíduos;

Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.

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Para que haja efetiva proteção contra incêndios em uma determinada instalação, várias providências devem ser tomadas, dentre elas:

a) Elaborar um projeto para instalação de sistemas, considerando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente, além de atender as normas regulamentadoras vigentes.

b) Instalação de sistemas de proteção contendo extintores, espuma, resfriamento ou outro tipo de sistema de proteção que seja adequado aos fluidos combustíveis e inflamáveis manipulados;

c) Disponibilizar sistema de tubulação de água específico para incêndios com hidrantes, bombas e acessórios.

7 - PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM INFLAMÁVEIS

As emergências com fluidos inflamáveis podem ser listadas:

• incêndios

• explosões

• vazamentos

BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion) - Também chamada de “bola de fogo”, é uma combinação de incêndio e explosão, como uma intensa emissão de calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno. Já houve grandes acidentes com a ocorrência de BLEVE, dentre eles:

• Reduc (Brasil -1972) - Uma das esferas de GLP (1600 m3), com 37 mortes e 53 feridos;

• Flixborough (Inglaterra - 1974) - Ruptura de tubulação de 20”, com 28 mortos;

• Beek (Holanda - 1975) - 14 mortos e 104 feridos;

• San Juanico (México - 1984) - Ignição de nuvem de GLP, com aproximadamente 650 mortos;

• Pasadena (USA - 1986) - Vazamento em forma de nuvem, com 23 mortes e 130 feridos.

Obs.: A Organização Internacional do Trabalho (OIT) criou a Convenção 174, em 1993, que serviu de base para a elaboração da NR 20. Ela foi ratificada pelo Brasil em 2001.

Conforme a NR 23, toda instalação sujeita a incêndios deve possuir dispositivos de alarmes existentes.

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Como consequência, as organizações elaboram “Planos de Emergência”, que envolvem detalhamentos específicos quanto a:

• treinamento de todo o pessoal;

• brigada de incêndio;

• comunicação interna e para a vizinhança.

7.1- EVACUAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO

Os procedimentos de evacuação dos locais de trabalho devem ser feitos com segurança, ou seja, é preciso identificar as rotas de fuga e os pontos de encontro. Assim para chegar ao ponto de encontro, é preciso seguir a rota de fuga, indicada pelas placas. Importa ressaltar ainda que é necessário conhecer a rota de fuga do seu local de trabalho.

7.2- EVACUAÇÃO EM CASO DE INCÊNDIO

• Ao perceber o alarme de incêndio, siga o procedimento de evacuação imediatamente.

• Caso você fique preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão.

• Molhe um tecido e utilize-o como máscara improvisada.

• Feche (não tranque) todas as portas pelas quais passar. Assim você retardará a propagação do fogo.

• Antes de atravessar uma porta, toque-a com a sua mão (não toque a maçaneta), se estiver quente, não abra, mas estando fria, faça esse teste: abra a porta vagarosamente e fique atrás dela, caso você sinta calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha a porta fechada.

• Conheça o equipamento de combate a incêndio para utilizá-lo de forma eficiente, em caso de emergência.

• Um prédio pode lhe dar várias opções de evacuação. Conheça-as previamente, por meio do mapa com as rotas de fuga.

• Caso não possa sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como proteção.

• Fique perto de uma janela, se for possível. Procure abrí-la e ficar na sua parte de baixo.

• O calor e a fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior e chamar por socorro.

Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE.

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8 - ESTUDO DA NORMA REGULAMENTADORA Nº 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

O estudo da norma aborda sua abrangência, definições, aplicações entre outros e tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a gestão de segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. Faça o download da Norma para conhecê-la inteiramente antes de dar prosseguimento ao conteúdo do curso. Veja ainda a estrutura do curso ministrado, assim como a metodologia aplicada ao ensino a distância.

9 - ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS/RISCOS: CONCEITOS E EXERCÍCIOS PRÁTICOS

A análise preliminar de riscos consiste na avaliação de uma instalação e/ou processo para a identificação dos riscos e perigos da operação da mesma. Esta análise deve ser abrangente e envolver os diversos agentes da instalação:

- Ambiente operacional;

- Equipamentos de processo;

- Equipamentos de segurança;

- Instalações;

- Interface entre componentes;

- matérias primas, produtos intermediários e finais e sua reatividade;

- operações (teste, manutenção, procedimentos de emergência etc.).

9.1 REGISTROS DOS RESULTADOS

Os resultados da APR são registrados convenientemente em um formulário onde se define os riscos identificados, as causas, o modo de detecção, efeitos potenciais, categorias de frequência e severidade e risco, as medidas corretivas e preventivas, e o número do cenário. Conforme demonstrado na tabela 04 no conteúdo da aula.

Exemplos para cada um destes itens da tabela:

1) Risco

Geralmente os riscos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos às instalações, acidentes de trabalho nos operadores, ou de afetar de forma negativa o meio ambiente. Portanto, os riscos referem-se a eventos tais como liberação de material inflamável e tóxico.

2) Causa

O que pode provocar um dano. Estas causas podem estar envolvidas com falhas em equipamentos (vazamentos, rupturas, falhas de instrumentação, etc), e com erros humanos de operação e manutenção.

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3) Modo de detecção

O modo de detecção da ocorrência do perigo tanto pode ser realizado por meio de instrumentação (alarmes de pressão, de temperatura, etc), como também por percepção humana (visual, odor, etc).

4) Efeitos

Os possíveis efeitos danosos de cada risco devem ser relacionados. Os principais efeitos dos acidentes envolvendo substâncias inflamáveis e tóxicas incluem:

- Nuvem tóxica;

- Explosão de nuvem;

- Incêndio em nuvem.

5) Categoria de frequência

As categorias de frequência fornecem uma indicação qualitativa da frequência esperada de ocorrência para cada um dos cenários identificados, conforme tabela 05 demonstrada no conteúdo da aula.

6) Categoria de severidade

As categorias de severidade fornecem uma indicação qualitativa do grau de severidade das consequências de cada um dos cenários identificados. Na tabela 06 se encontram as categorias de severidade. Como demonstrado na tabela 6, anexa.

7) Categoria de risco

Inicialmente se considera 3 níveis de risco: não crítico, moderado e crítico, como demonstrado na tabela 07, demonstrada no conteúdo da aula.

Ao combinar as categorias de frequência, de severidade e de riscos obtém-se a matriz de riscos, como demonstrado na tabela 08, que fornece uma indicação qualitativa do nível de risco de cada cenário identificado na análise.

8) Medidas

As medidas são as alternativas levantadas para diminuir ao máximo o risco. Como por exemplo, propor novos controles, uso de EPIs específicos, etc.

9) Número do cenário

Trata-se de uma numeração para os diversos cenários encontrados na análise de riscos.

Exemplo

Uma utilização de gás sulfídrico (H2S) em cilindro pressurizado.

Neste caso levanta-se os seguintes riscos:

- As tubulações com H2S podem apresentar vazamento ou ruptura;

- No recebimento dos cilindros ocorre um vazamento;

- O cilindro pressurizado vasa ou rompe-se;

- O processo não consome todo H2S.

Após o levantamento de que o efeito dessas causas pode provocar fatalidades mediante a exposição ao H2S em pequeno espaço de tempo, a tarefa seguinte consiste em orientar e criar critérios para serem aplicados no projeto da planta, considerando cada um dos mecanismos de liberação em potencial.

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- instalar um sistema de detectores de H2S;

- estudar um recipiente cilíndrico dotado de um sistema de inundação disparado por um detector de vazamentos;

- minimizar o armazenamento local do H2S, sem excesso de manuseio ou de entregas como, por exemplo, armazenamento das necessidades de produção para um período de duas semanas a um mês;

- instalar o cilindro de maneira a facilitar o acesso por ocasião das entregas, mas distante do tráfego de outras plantas;

- desenvolver um procedimento de inspeção de cilindros;

- sugerir o desenvolvimento de um programa de treinamento para todos os empregados, a respeito dos efeitos do H2S e das práticas de emergência, antes da ativação inicial da planta e, posteriormente, a todos os novos empregados, junto com um estudo de um programa semelhante para os vizinhos da planta.

Observe na tabela 09, o preenchimento do formulário de APR considerando resultados utilizados nesse exemplo.

10 - PERMISSÃO PARA TRABALHO COM INFLAMÁVEIS

A permissão para o trabalho (PT) é exigida para qualquer trabalho em áreas classificadas, ou seja, em locais onde existem fluidos combustíveis ou inflamáveis.

Algumas determinações da Petrobrás quanto ao uso da PT:

— A PT é uma permissão, por escrito, que autoriza o início do serviço, tendo sido avaliados os riscos de SMS (Saúde, Meio-Ambiente, Segurança), com a devida proposição de medidas de segurança aplicáveis.

—É válida para um serviço específico e no período da jornada de trabalho do requisitante.

—Nenhum serviço poderá ser iniciado sem que a PT tenha sido emitida.

—Deverá ser disposta no local de trabalho de modo visível, além de ter sido lida pela equipe de executantes. A cópia deverá ficar em poder do emitente.

—Deverá ser preenchido a Lista de Verificação (LV) no momento de preenchimento da PT.

10.1 - REQUISITANTE DE PT

Podem requisitar a PT os seguintes profissionais:

- Colaboradores.

- Encarregados e supervisores de empresa contratada ou empreiteira que possuam treinamento de PT para requisitantes.

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10.1.1 SÃO OBRIGAÇÕES DO REQUISITANTE:

- Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos de segurança vigentes.

- Providenciar e inspecionar as máquinas, ferramentas e equipamentos de proteção Individual (EPI) e coletiva (EPC), antes do inicio dos trabalhos.

- Providenciar ventilação, exaustão e iluminação para o ambiente onde serão realizados os serviços, evitando a potencialidade de novos riscos, além de fornecer acessos seguros através de escadas ou andaimes, aplicáveis conforme o caso.

- Instalar, manter instalados e em condições de uso: sistemas e equipamentos de prevenção contra incêndio e acidentes pessoais (neblina d’água, cobertura dos coletores, de válvulas, isolamento de área etc.), conforme solicitado pelo emitente e/ ou coemitente da PT.

- Comunicar aos executantes e a todos os membros da equipe de execução dos trabalhos, todas as precauções e instruções de segurança constantes da PT.

- Acompanhar periodicamente o desenvolvimento do trabalho, a fim de detectar alterações nas condições de segurança ou descumprimento das recomendações estabelecidas.

10.2 - EMITENTE DA PT

O emitente da PT é aquele colaborador designado pelo responsável do empreendimento comprovadamente treinado em análise de riscos, que conheça as características e os respectivos riscos da área e equipamento onde será realizado o serviço.

10.2.1 SÃO OBRIGAÇÕES DO EMITENTE:

- Certificar-se de que as condições do trabalho estejam seguras o suficiente durante o período da sua execução. Para tanto, deve-se realizar verificações periódicas do trabalho ou permanecer no local. Em qualquer dos casos, permite-se designar um representante para realizar estas funções.

- Repassar ao requisitante todos os cuidados necessários ao atendimento da permissão para trabalho (PT).

- Retirar o equipamento de operação, desenergizando-o, drenando-o, despressurizando-o, limpando-o se for o caso, ao final do trabalho.

- Providenciar, para cada caso, o isolamento dos equipamentos ou linhas com flanges cegos ou raquetes, quando aplicável. Para isso, elaborando um fluxograma com indicações das raquetes e flanges cegos, devidamente identificados, de forma que ao término do trabalho, possa ser seguido adequadamente o procedimento inverso para reiniciar a operação normal.

- Fornecer condições seguras para que haja ventilação, exaustão, iluminação, além dos acessos seguros através de escadas e andaimes, aplicáveis conforme o caso.

- Solicitar ao requisitante da PT o isolamento da área, quando necessário.

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10.3 - EXECUTANTE

O executante é aquele profissional que executará os serviços.

Suas obrigações são:

-Verificar o preenchimento da PT no local da realização do trabalho, juntamente ao requisitante e ao emitente;

-Dar início e prosseguimento ao trabalho somente quando a PT estiver completamente preenchida e aprovada;

-Portar a primeira via da PT no local de trabalho de forma visível e de fácil acesso durante toda a realização da tarefa;

-Se os executantes forem exclusivamente prestadores de serviços (terceiros), estes serão representados pelo encarregado da empresa contratada, treinado e certificado para tal fim.

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11 - CONCLUSÃO SOBRE LIÇÕES APRENDIDAS

Lições aprendidas são a soma de todo o conhecimento alcançado por experiência ou por compartilhamento de informações.

Quantas vezes, em nossas organizações, vivenciamos os mesmos modos de falha, por não termos aprendido a lição?

Para Segurança de Processos, esse assunto é de extrema importância, pois não queremos que na nossa organização tenha um acidente catastrófico. Então, usar lições aprendidas e conhecimento de eventos que aconteceram no passado, em outras organizações nos ajuda a construir um local de trabalho muito mais seguro!

Bem, chegamos ao final.

Esperamos que o conteúdo apresentado contribua para a preservação da sua saúde e para uma jornada de trabalho com máxima segurança!

Até a próxima oportunidade!

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