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PROGRAMA DE RESGATE ARQUEOLÓGICO USINA HIDROELÉTRICA BAIXO IGUAÇU RELATÓRIO DE ANDAMENTO Nº 04

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PROGRAMA DE RESGATE ARQUEOLÓGICO USINA HIDROELÉTRICA BAIXO IGUAÇU

RELATÓRIO DE ANDAMENTO Nº 04

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PROGRAMA DE RESGATE ARQUEOLÓGICO

UHE - BAIXO IGUAÇU

RELATÓRIO DE ANDAMENTO – 15/10/2013

_____________________________________________________

EXECUÇÃO

EPPC – Estudos e Projetos em Patrimônio Cultural LTDA. ME CNPJ 15.608.400/0001-51

Rua Conselheiro Carrão, 1274, 1º Andar – CEP 80040-130 – Curitiba - PR Telefones: (41) 3408-9080 / (41) 3203-5725/ (41) 9901-1423

Responsabilidade Cientifica: Arqueólogo M.Sc. Antônio C. M. Cavalheiro E-mail: antonio.eppc@gmail.com

EMPREENDEDOR

GERAÇÃO CÉU AZUL S/A– GRUPO NEOENERGIA CNPJ 09.136.819/0001-55

Praia do Flamengo, 200, 11º e 12º Andar – CEP 22210-030 – Rio de Janeiro – RJ Telefone: (55) 3235-2800

Responsável: Gerente de Meio Ambiente Ronaldo Câmara Cavalcanti E-mail: rcavalcanti@neoenergia.com

ENDOSSO INSTITUCIONAL

Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE – UFPR) Diretora: Profª. Dr. Márcia Cristina Rosato.

EQUIPE TÉCNICA FIXA

Arqueólogo coordenador: Antônio Carlos Mathias Cavalheiro Arqueólogo 1: Jonas Elias Volcov

Arqueólogo 2: Eloi Bora

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ... 4

2. QUADRO DE ATIVIDADES REALIZADAS ... 6

3. ATIVIDADES REALIZADAS ... 7

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1. INTRODUÇÃO

A empresa EPPC – Estudos e Projetos em Patrimônio Cultural LTDA-ME, em cumprimento com o cronograma de desenvolvimento das atividades do Programa de Resgate Arqueológico, nas áreas afetadas pela planejada Usina Hidrelétrica (UHE) Baixo Iguaçu, a ser implantada sobre o rio Iguaçu entre os municípios de Capitão Leônidas Marques, Capanema, Realeza e Nova Prata do Iguaçu, apresenta por meio do presente Relatório de Andamento nº 04 a descrição dos trabalhos realizados entre os dias 16 de setembro e 15 de outubro do corrente ano.

Levando-se em consideração o ainda presente bloqueio às áreas diretamente afetadas inseridas no município de Capitão Leônidas Marques, as atividades empreendidas até o presente momento se referem a labores de laboratório e gabinete, envolvendo principalmente a curadoria dos bens arqueológicos oriundos dos seguintes sítios:

Além dos labores laboratoriais, de essencial importância para a compreensão arqueológica e o delineamento de estudos científicos, foram encaminhados e desenvolvidos alguns procedimentos em âmbito histórico-cultural, sendo levantadas bibliografias e documentações concernentes, como um todo, à Bacia Hidrográfica do rio Iguaçu.

Sítios arqueológicos já escavados e em fase de curadoria Código do

Sítio Nome Coordenadas Margem Infraestrutura

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Tendo-se em vista que todos os trabalhos realizados durante o mês foram semelhantes, optou-se por organizá-los em um único e grande bloco, que abrange todos os dias úteis concernentes ao período apresentado. Assim sendo, além de um quadro com as principais atividades abrangidas neste espaço temporal, adentrar-se-á nos meandros descritivos, traçando um perfil geral de cada uma delas. Por fim, expor-se-á um sucinto panorama dos resultados obtidos, sobressaindo-se aqueles relacionados, principalmente, aos estudos bibliográficos nos campos arqueológico, etnográfico e histórico.

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2. QUADRO DE ATIVIDADES REALIZADAS

No quadro abaixo, apresenta-se, resumidamente, as atividades realizadas até o momento, enfatizando os principais progressos obtidos em períodos de 10 e 5 dias:

Data Atividades Realizadas

16/09 – 15/10

• Lavagem e secagem de materiais arqueológicos oriundos dos sítios Gonçalves Dias (BI10CLM-ST), São Luís (BI06CLM-ST) e Marechal Lott (BI09CPM-ST);

• Fotografia das coleções;

• Identificação e marcação de peças;

• Medições e registros físicos dos vestígios arqueológicos;

• Estudos bibliográficos referentes a metodologias e técnicas de análise de materiais;

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3. ATIVIDADES REALIZADAS

Diante do bloqueio, realizado desde julho por agricultores e moradores locais, ao acesso às áreas que serão diretamente impactadas pela implementação do empreendimento no município de Capitão Leônidas Marques, todos os trabalhos de campo foram suspendidos, sendo executadas investigações documentais/bibliográficas e atividades de curadoria dos materiais já resgatados. Em relação à curadoria, adotou-se a seguinte sequência de minuciosos procedimentos: lavagem dos materiais, acondicionamento dos mesmos em caixas para secagem, realização de registro fotográfico das coleções, identificação e marcação de cada peça e, por último, medições e registro definitivo.

Na higienização dos materiais, teve-se o cuidado de manter as características originais e a integridade de cada peça, pois além de fornecerem informações imprescindíveis para a arqueologia regional, são importantes documentos do

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passado, repletos de história e sentidos. Assim sendo, para a preservação de cada material resgatado, a lavagem foi realizada por tipologia, adotando-se procedimentos diversificados e adaptados.

No que concerne à cerâmica, material este que requer muito cuidado para não afetar suas propriedades e distinções, cada fragmento foi higienizado individualmente a partir da utilização de leves jatos d’água e pincéis/escovas de sapatos de cerdas macias. Já os líticos, mais robustos e com menos chances de serem afetados por avarias no processo de lavagem, foram limpos com água corrente e esfregados, delicadamente, com escovas de cerdas macias, utilizado para a retirada total da sedimentação encrustada.

Figura 3 - Anotação das dimensões e características dos materiais arqueológicos

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Figura 4 – Preparação para marcação das peças arqueológicas

Após a lavagem, os materiais foram colocados em grandes caixas, separadas por coleções, para secarem. Depois de secas, todas as coleções passaram por um meticuloso registro fotográfico e, em seguida, por identificações, onde foram catalogadas marcadas a partir dos seguintes procedimentos:

1) Aplicação de uma suave camada de verniz em zona adequada – no caso de cerâmicas, em sua face interna e em locais onde não existem decorações e, no caso de materiais líticos, em área com a ausência ou o mínimo de lascamentos;

2) Após a secagem do verniz, marcação manual do código da peça com caneta nanquim branca ou preta, variando conforme a coloração do material; 3) Por último, cobertura da escrita com verniz translúcido para sua fixação e

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Figura 5 – Marcação das peças arqueológicas

Com o término das marcações, foram executadas análises prévias para a criação de registros definitivos dos vestígios arqueológicos. Estas análises envolveram as seguintes atividades: identificação da coleção, descrição sumária dos materiais, tipos e dimensões – altura, largura, espessura em quando circulares, diâmetros. Estes registros, além de controlarem os materiais já resgatados e os identificarem, colaboram diretamente para o desenvolvimento das investigações arqueológicas em fase de processamento, ajudando a esboçar perfis histórico-arqueológicos não somente para cada sítio, mas para a região do Baixo Iguaçu como um todo.

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4. RESULTADOS DAS ATIVIDADES REALIZADAS

Os trabalhos encaminhados neste interim mostraram-se grandemente importantes para a expansão de conhecimentos interdisciplinares, envolvendo em um grande amalgama a arqueologia do vale do Rio Iguaçu, a história do Sudoeste paranaense e a etnologia regional. Estes conhecimentos foram – e estão sendo delineados – pelos seguintes materiais bibliográficos, que englobam tanto fontes primárias quanto secundárias:

ANDERSON, A. Interpreting Pottery. Pica Press New York. P. 15, 1984.

CHMYZ, I. Arqueologia e história da vila espanhola de Ciudad Real do Guairá. In:

Cadernos de Arqueologia, Curitiba, Ano 1, nº 1, 1976- p. 07-105.

CHMYZ, I. Pesquisas arqueológicas no alto e médio rio Iguaçu. In: Publicações

avulsas do Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém, 13, 103-125, 1969.

CHMYZ, I. Projeto Arqueológico Foz da Areia: implantado nas áreas do rio Iguaçu influenciadas pela UHE Foz da Areia, no Estado do Paraná e financiado pela Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A (ELETROSUL), 1979.

CHMYZ, I. Projeto Arqueológico Santiago: implantado nas áreas do rio Iguaçu, influenciadas pela UHE Salto Santiago, no Estado do Paraná e financiado pela pelas Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A (ELETROSUL), 1979.

CHMYZ, I. (Coord.) Relatório das pesquisas arqueológicas realizadas na área

da UHE de Salto Santiago (1979-1980). Florianópolis/Curitiba, 1981.

CHMYZ, I. Subsídios Para o Estudo Arqueológico do Vale do Rio Iguaçu. In: Revista

do Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas – UFPR, Curitiba, 1, 31-52,

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CHMYZ, I. Terminologia arqueológica brasileira para cerâmica. Segunda edição revista e ampliada. In: Cadernos de Arqueologia, Curitiba, Universidade Federal do Paraná (1):119-148, 1976.

CABEZA DE VACA, A. N. Naufragios y comentarios. Madrid: Editora M. Aguilar, 1945.

FERNANDES, J. L. Os Caingangues de Palmas. Arquivos do Museu Paranaense, Curitiba, V. 1, p. 161-209, 1941.

FUNARI, P. P. A. Fontes Arqueológicas. In: PINSKY, C. (Org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 81-110.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1978. IHGB. Viagem do presidente Dr. Alfredo d’Escragnolle Taunay ao rio Iguaçu, província do Paraná, em março de 1886. In: Revista do Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro, Tomo 50, v. 75, Parte 2, p. 157-175, 187.

JONES, S. The archaeology of ethnicity: constructing identities in the past and

present. London: Routledge, 1997

KELLER, J.; KELLER, F. Relatório da exploração do rio Iguassú, feita em 1866 pelos engenheiros José e F. Keller. Jornal Dezenove de Dezembro, Curytiba, 31 de agosto de 1867, n.817.

LAMING-EMPERAIRE, A. Guia para o Estudo das Indústrias Líticas da América do Suil. Manuais de arqueologia, (2), Curitiba, Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná, 1967.

PARELLADA, C. I. Relatório Final do programa de Salvamento Arqueológico da

UHE Salto Caxias-PR. Museu Paranaense, Convênio COPEL/FUNPAR/SEEC-PR,

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TENÓRIO, M. C. (Org.) Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.

TRIGGER, Bruce G. História do pensamento arqueológico. São Paulo: Odysses Editora, 2004.

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Antônio Cavalheiro

Referências

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