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Introdu¸c˜ao aos Processos Estoc´asticos

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Academic year: 2022

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(1)

Introdu¸c˜ ao aos Processos Estoc´ asticos

Luiz Renato Fontes

(2)

Tempo de chegada e Prob de absor¸c˜ ao

SejaX ∼CM(·,P). Dado A⊂ S, otempo de chegada deX emA

´e a v.a.

HA= inf{n ≥0 : Xn∈A} (conv: inf∅=∞) SejahAx =Px(HA <∞) =Px(XatingeA).

QdoAfor uma classe fechada, diremos que hxA ´e aprob de absor¸c˜ao em A(saindo dex).

SejakxA =Ex(HA) =Ex(tempo de chegada em A).

2

(3)

Exemplo

P=

1 0 0 0

1/2 0 1/2 0

0 1/2 0 1/2

0 0 0 1

Sejahx =Px( atingir 4) ekx =Ex( tempo de chegada em {1,4}).

Temos:

h1 = 0,h4 = 1,k1 =k4 = 0, e (h2 = 12h1+12h3

h3 = 12h2+12h4

,

(k2 = 1 +12k1+12k3 k3 = 1 +12k2+12k4

.

Segue queh2 = 13,h3= 23;k2=k3 = 2.

(4)

Teorema I

As probabilidades de chegadahA = (hAx) = (hxA,x∈ S) s˜ao a solu¸c˜aom´ınima n˜ao negativa do sistema de eqs lineares

(∗) hAx =

( 1, x ∈A;

P

y∈SPxyhAy, x ∈/A.

Obs. 1)fx ≡1 ´e sempre sl¸c de (∗);

2) sehAx <1 p/algumx ∈ S, ent˜ao (∗) tem mais de uma sl¸c nneg.

3) sehAx ≡1 e (fx) limitadafor uma sl¸c nneg de (∗), ent˜ao fx ≡hAx ≡1.

Dem.Primeira/e, notemos que as probs de cheg satisfazem (∗) — basta condicionar emX1 e observar que, por Markov,

Px(HA<∞|X1=y) =Py(HA <∞),x ∈/ A.

Suponha agora que (fx) satisfa¸ca (∗). Ent˜ao,fx =hAx = 1 para todox ∈A.

4

(5)

Dem. (cont)

Sex ∈/A:

fx =P

y∈APxy +P

y∈A/ Pxy

fy

z }| { X

z∈S

Pyzfz

=Px(HA = 1) +X

y∈A/

PxyX

z∈A

Pyz

| {z }

Px(HA=2)

+P

y,z∈A/ PxyPyzfz

...

=Pn

i=1Px(HA =i) +P

x1,...,xn∈A/ Pxx1· · ·Pxn−1xn fxn

|{z}

≥0

≥Px(HA ≤n),n≥1.

Logo,fx ≥limn→∞Px(HA ≤n) =Px(HA <∞).

(6)

Ru´ına do apostador

S=N;P00= 1;Px,x+1 =p = 1−Px,x−1,x≥1, p∈(0,1).

0 ´e absorvente. Sejahx =Px( atingir 0), x∈N. Neste caso, (∗) toma a seguinte forma.

h0 = 1;hx =p hx+1+q hx−1,q = 1−p.

Sep6=q (p 6= 1/2), a eq de diferen¸ca acima tem sl¸c geral dada por hx =A+Bλx para A,B constantes, onde λ=q/p.

1) Sep <1/2 (jogo desfavor´avel), ent˜ao λx → ∞qdo x→ ∞.

Comohx ∈[0,1], temos que B = 0, e ent˜ao A=h0 = 1. Logo, hx ≡1 neste caso.

6

(7)

Ru´ına do apostador (cont.)

2) Sep >1/2 (jogo favor´avel), ent˜ao λx →0 qdo x→ ∞. Como hx ∈[0,1], temos queA∈[0,1]. DeA+B =h0 = 1, segue que B= 1−Ae hx =A+ (1−A)λx =A(1−λx) +λx.

Conclu´ımos que a sl¸c m´ınima corresponde aA= 0, e logo hxx =

q p

x

,x∈N.

3) Sep= 1/2 (jogo justo), ent˜ao a sl¸c geral de (∗) ´e hx =A+Bx, e da limita¸c˜ao dehx, temos novamenteB = 0 e A= 1: hx ≡1.

Obs. Veja o ex. da cadeia de nascimento e morte no livro.

(8)

Tempos de chegada esperados

Teorema II

Os tempos de chegada esperadoskA = (kxA) s˜ao a solu¸c˜ao m´ınima n˜ao negativa do sistema de eqs lineares

(∗∗) kxA=

0, x ∈A; (i)

1 +P

y∈S

(y∈A)/

PxykyA, x ∈/A. (ii)

Dem.Vamos primeiro verificar que kA satisfaz (∗∗):

(i) ´e ´obvio; se x∈/ A, ent˜ao kxA =Ex(HA) =P

y∈SEx(HA|X1=y)

| {z }

Markov: 1+Ey(HA)

Pxy = 1 +P

y∈SPxykyA. Segx satisfaz (∗∗), ent˜ao, para x∈A,gx =kxA = 0.

8

(9)

Dem. (cont)

Sex ∈/A:

gx = 1 +P

y∈A/ Pxy

gy

z }| { 1 +X

z∈A/

Pyzgz

= 1 +Px(HA ≥2) +X

y∈A/

Pxy

X

z∈A/

Pyz

| {z }

Px(HA≥3)

+P

y,z,w∈A/ PxyPyzPzwgw

...

=Pn

i=1Px(HA ≥i) +P

x1,...,xn∈A/ Pxx1· · ·Pxn−1xn gxn

|{z}

≥0

≥Pn

i=1Px(HA ≥i),n≥1.

Logo,gx ≥P

i=1Px(HA ≥i) =Ex(HA).

(10)

Ru´ına do apostador

p≤1/2;kx =Ex(H{0}), x≥0;

(∗∗) k0 = 0,kx = 1 +q kx−1+p kx+1,x≥1.

Sek1 <∞, ent˜ao, indutivamente a partir de (∗∗): kx <∞,x ≥2.

1) Sep = 1/2, supondok1 <∞, fazendo ∆x =kx −kx−1, temos de (∗∗): ∆x = 2 + ∆x+1; iterando,

x = ∆1−2(x−1) =k1−2(x−1),x ≥1. (∗∗∗) Note, no entanto, que ∆x tem que ser ≥0 para todox ≥1.

Tomandox bastante grande, temos ent˜ao uma contradi¸c˜ao, o que nos leva `a conclus˜ao de quek1 =∞, e logokx =∞ ∀x≥1.

(Alternativa/e: de (∗∗∗), temos que kx =Px

y=1y =k1x−(x−1)x =x(k1−x+ 1),

que se torna≤x parax grande, o que ´e absurdo, e conclu´ımos que kx =∞ ∀x ≥1.)

10

(11)

Ru´ına do apostador (cont.)

2)p<1/2. Supondok1 <∞: ∆x+1=λ∆x1p,x ≥1 (?) Sl¸c geral de (?): ∆x =Aλx+B,x ≥1; subst em (?):

B = 1

q−p = 1 1−2p

Como ∆x ≥0, temos que A≥0, e logo a sl¸c m´ınima positiva de (∗∗) corresponde a A= 0:

kx =Bx = x 1−2p

(12)

Propriedade forte de Markov

Ppdde de Markov: ∀s,t fixos

P(Xs+t =·|Xr,0≤r ≤t) =P(Xs+t =·|Xt) =PXt(Xs =·) Extens˜ao para temposT aleat´orios:

P(Xs+T =·|Xr,0≤r ≤T) =PXT(Xs =·) N˜ao pode ser v´alido em geral; ex.: P=

1/2 1/2 0 0 1/2 1/2 0 1/2 1/2

,

T = sup{n≥0 :Xn= 1} (conv: sup∅= 0) ... tempo da ´ultima visita a 1.

Obs. P(T <∞) = 1

Supondoµ1=P(X0= 1) = 1, como XT = 1 (qc):

P(XT+1 = 1|XT) = 06= 1/2 =P11. Precisamos de conds sobreT.

12

(13)

Tempos de parada

Dado um e.p. (Ω,F,P) onde haja uma seqX= (Xn)n∈Nde v.a.’s, e uma v.a.T ∈N∪ {∞}, dizemos queT ´e um tempo de parada paraX, se para cada n∈N

o evento {T =n}depender apenas de {X0, . . . ,Xn}.

Exs. (Suponhamos que ∀n,Xn∈ S enumer´avel) 1)Tempo de1a passagem: dadox ∈ S, seja

Tx = inf{n ≥1 :Xn=x}.

Ent˜ao{Tx = 1}={X1 =x}, e para n≥2

{Tx =n}={X1 6=x, . . . ,Xn−1 6=x,Xn=x};

logo,Tx ´e um TP.

Obs. SobPx, tb chamamos Tx detempo de retornoa x.

(14)

Tempos de parada (exs.)

2) DadoA⊂ S,

HA = inf{n≥0 :Xn∈A}: tempo de chegadaem A.

Ent˜ao{HA = 0}={X0∈A}, e paran ≥1

{HA =n}={X0 ∈/A, . . . ,Xn−1 ∈/A,Xn∈A};

logo,HA ´e um TP.

3)Tempo de ´ultima visita: LA = sup{n ≥0 :Xn∈A}

N˜ao ´e em geral um TP:{LA =n}depende de {Xn+k,k ≥0}.

No exemplo 2 slides acima: T =L{1}. (Mas considere o ex.

P=

0 0 1 1 0 0 0 0 1

)

4) Tempos determin´ısticos s˜ao TP’s.

14

(15)

Teorema III (Ppdde forte de Markov)

SejaXuma CM eT um TP (paraX). Ent˜ao∀x;y1, . . . ,yn; x0,x1, . . .∈ S

P(

B

z }| {

XT+1 =y1, . . . ,XT+n=yn|

A

z }| {

T <∞,X0=x0, . . . ,XT−1=xT−1,XT =x)

=Px(X1=y1, . . . ,Xn=yn

| {z }

C

),n0.

Dem.P(B|A) =P(BA)/P(A) (∗) P(BA)

=

X

`=0

P(

D

z }| {

T =`,X0=x0, . . . ,X`−1=x`−1,X`=x,X`+1=y1, . . . ,X`+n=yn)

=

X

`=0

P(X`+1=y1, . . . ,X`+n=yn|X`=x,D)P(X`=x,D)

DadoX`=x,D depende apenas de{X0, . . . ,X`−1}; Markov e hom temp:

P(BA) =Px(X1=y1, . . . ,Xn=yn)P

`=0P(X`=x,D) =Px(C)P(A).

Subst em (∗), segue o resultado.

(16)

Ex.: Passeio aleat´ orio simples em Z

q= 1p(0,1)

Hx = tempo de chegada em x =H{x},x ∈Z. DadoX0 = 2 eH1 <∞, temosH0 =H1+ ˜H0, onde

0= inf{n≥0 : XH1+n= 0}.

Pela PFM, temos que, sobP2(·|H1 <∞), ˜H0 ´e ind deH1 e tem a mesma distr queH0 sobP1.

Temos ainda queH1 sob P2 tem a mesma distr queH0 sob P1, pela inv por transla¸c˜oes.

16

(17)

PAS em Z (cont.)

Logo, para 0≤s ≤1, temos

E2(sH0) =E2(sH0,H1<∞) =E2(sH1+ ˜H0|H1 <∞)P2(H1 <∞)

=E2(sH1|H1<∞)E2(sH˜0|H1 <∞)P2(H1<∞)

=E2(sH1,H1 <∞)E1(sH0) =E1(sH0)E1(sH0) =:φ2(s) Por outro lado, pela PM

φ(s) =pE2(sH0+1) +qE0(sH0+1) =psφ2(s) +qs. (?)

Logo, para cadas ∈[0,s),φ(s) satisfaz a eqps x2−x+qs= 0, cujas ra´ızes s˜ao

1±p

1−4pqs2

2ps .

Comoφ´e cont´ınua em [0,1) eφ(0) = 0:

φ(s) = 1−p

1−4pqs2

2ps (∗)

(18)

PAS em Z (cont.)

1)P1(H0<∞) = lim

s→1φ(s)(∗)= 1−√

1−4pq

2p =

(1, p ≤q;

q

p, p >q.

2) Expans˜ao de Taylor de (∗) em torno de 0. Parak ≥1:

dk dxk(

f(x)

z }| { 1−√

1−x) = 1·3···(2k−1)

2k−1 1

2k (1−x)2k−12 x=0= 2k1−1 (2k)!

2·4···2k 1 2k

= 2k1−1(2k)!

k!

1 2k

1

2k = 2k−11 (2k)!(k!)2 1

4kk! = 2k−11 2kk 1

4k

| {z }

ak

k!

Exp de Taylor def em torno de 0: f(x) =P

k≥1akxk. Logo,φ(s) =P

k≥1 1

2(2k−1) 2k

k

1

4k 4kpk−1qks2k−1 =P

j≥0pjsj,

ondepj =





0, sej par,

1 2j

j+ 1

j+1 2

pj−12 qj+12 , sej´ımpar.

18

(19)

PAS em Z (cont.)

Identificando: do acima eφ(s) =P

j≥0P1(H0 =j)sj, segue que P1(H0=j) =pj,j ≥0.

Valor esperado

E1(H0,H0 <∞) = lims→1φ0(s)

Em vez de partir de (∗), vamos diferenciar (?):

φ0 =2+ 2psφφ0+qφ0 =1−2pφs2+q −→

s↑1

p+q

1−2p =1−2p1 , pq (=∞, p=q)

pq2

p2+q

1−2pqp =1−2qq/p , p>q Logo,

E1(H0) = 1−2p1 , sep ≤q; e E1(H0|H0 <∞) = |1−2p|1 .

(20)

Valor esperado (cont.)

Sejakx =Ex(H0),x ≥1,p ≤1/2.

Notemos que dado queX0 =x, temos

H0 = ˜Hx−1+ ˜Hx−2+· · ·+ ˜H1+ ˜H0, onde ˜Hx−1=Hx−1 e H˜z = inf{n≥0 : XH˜x−1+···+ ˜Hz+1+n=z},z <x−1.

Inv p/transl: sobPx, ˜Hx−1 ∼H0 sob P1, e logo ˜Hx−1 <∞ qc.

Da PFM, sobPx, ˜H0, . . . ,H˜x−1 s˜ao iid∼H0 sobP1, e logo s˜ao todas finitas qc.

Segue prontamente que

kx =Ex(H0) =xE1(H0) = x 1−2p.

20

(21)

Recorrˆ encia e Transitoriedade

Xcadeia de Markov emS c/ matriz de transi¸c˜aoP.

O estadox ∈ S ´e dito recorrentesePx(Xn=x i.v.) = 1, onde {Xn=x i.v.}={Xn=x infinitas vezes}

={Xn=x para infinitosn’s}=i≥1j≥i{Xj =x};

ex ´e dito transit´oriosePx(Xn=x i.v.) = 0.

SejaTx o tempo de primeira passagem porx:

Tx = inf{n≥1 : Xn=x}, e fa¸camosTx(0) = 0 e

Tx(k+1)= inf{n≥Tx(k)+ 1 : Xn=x}(inf∅=Tx(k)),k ≥0.

Tx(r) ´e o tempo dar-´esima passagem de Xpor x,r ≥1.

Parar ≥1, sejaSx(r)= (

Tx(r)−Tx(r−1), seTx(r−1)<∞,

0, c. c.

Pela PFM, dado queTx(r−1) <∞,Sx(r) indep de S(1), . . . ,Sx(r−1) e Sx(r)∼S(1)=Tx,r ≥1.

(22)

Recorrˆ encia e Transitoriedade (cont.)

SejaVx o n´umero de visitas deX ax: Vx =P

n≥01{Xn=x}.

Obs. 1){Xn=x i.v.}={Vx =∞}, logo 2)x ´e recorrente ssePx(Vx =∞) = 1, e 3)x ´e transit´orio ssePx(Vx =∞) = 0.

4)Ex(Vx) =P

n≥0Px(Xn=x) =P

n≥0Pxx(n). (1)

Agora, seX0=x: Vx >r ⇔Tx(r)<∞ ⇔Sx(i)<∞,i ≤r.

Fazendofx =Px(Tx <∞):

Px(Vx >r) =Px(Sx(i)<∞,i ≤r) =

r

Y

i=1

Px(Sx(i)<∞) =fxr (2) Logo,Ex(Vx) =P

n≥0Px(Vx >n) =P

n≥0fxn. (3)

22

(23)

Teorema 1

Vale a seguinte dicotomia

(i) SePx(Tx <∞) = 1, ent˜aox ´e recorrente eP

n≥0Pxx(n)=∞ (ii) SePx(Tx <∞)<1, ent˜ao x ´e transit´orio eP

n≥0Pxx(n) <∞.

Corol´ario. Todo estado ´e ou recorrente ou transit´orio.

Dem.Se Px(Tx <∞) =fx = 1, ent˜ao de (2):

Px(Vx =∞) = limn→∞Px(Vx >n) = limn→∞fxn= 1 (x ´e rec.), e tbEx(Vx) =P

n≥0Pxx(n)=∞; por outro lado, se fx <1, ent˜ao Ex(Vx) =P

n≥0fxn= 1−f1

x <∞ ⇒Px(Vx =∞) = 0, ex ´e trans.

Obs. Vx ∼Geo(1−fx) (conv: Geo(0) =∞).

(24)

Teorema 2

SejaC uma classe de comunica¸c˜ao. Ent˜ao, ou todos os estados de C s˜ao transit´orios, ou s˜ao todos recorrentes.

Obs. Neste contexto, recorrˆencia e transitoriedade s˜ao ditas propriedades de classe, e temos classes recorrentes e classes transit´orias.

Dem.Se x↔y, ent˜ao existemi,j tqPxy(i),Pyx(j)>0. Logo, Pxx(i+k+j)

≥Pxy(i)Pyy(k)Pyx(j) ⇒Pyy(k)1

Pxy(i)Pyx(j)

Pxx(i+k+j). Logo, P

k≥0Pyy(k)1

Pxy(i)Pyx(j)

P

k≥0Pxx(i+k+j)1

Pxy(i)Pyx(j)

P

`≥0Pxx(`).

Logo, sex for transit´orio, ent˜aoy tb ´e transit´orio pelo Teo 1.

Pxy(i+j) CK=P

w∈SPxw(i)Pwy(j)Pxw(i)Pwy(j)∀x,y,z∈ S,i,j0

24

(25)

Teorema 3

Toda classe recorrente ´e fechada.

Dem.Suponha que C seja uma classe n˜ao fechada;

ent˜ao ∃x ∈ C,y ∈ C/ e i >0 tq Px(Xi =y)>0.

ComoPy(Xn=x para algumn ≥0) = 0 (cc: y ∈ C), segue que Px(Xi =y,Xn=x i.v.) = 0⇒Px(Xn=x i.v.)<1.

Logox n˜ao ´e recorrenteTeo1=⇒ x ´e transit´orio Teo2=⇒ C´e transit´oria.

(26)

Teorema 4

Toda classe fechada finita ´e recorrente.

Dem.Suponha que C seja uma classe fechada e finita.

SeX0 ∈ C, ent˜ao existex∈ C tq

0<P(Xn=x i.v.)PFM= P(Tx <∞)Px(Xn=x i.v.).

Logo,Px(Xn=x i.v.)>0, e x n˜ao ´e transit´orio.

Logo,x e C s˜ao recorrentes pelos Teos 1 e 2.

26

(27)

Teorema A

Suponha queX∼CM(µ,P) seja irredut´ıvel e recorrente.

Ent˜ao para todo y∈ S, temos que P(Ty <∞) = 1.

Dem.ComoP(Ty <∞) =P

x∈SµxPx(Ty <∞), basta mostrar que

Px(Ty <∞) = 1 para todox,y ∈ S. Podemos escolherj ≥0 tq Pyx(j)>0. Pelo Teo 1:

1 =Py(Xn=y i.v.) =Py(Xn=y para algumn ≥j+ 1)

=P

z∈SPy(Xj =z)

| {z }

P(j)yz

Py(Xn=y para algum n≥j+ 1|Xj =z)

| {z }

Marvov, HT:Pz(Xn=y para algumn≥1)=Pz(Ty<∞)

=P

z∈SP(jyz)Pz(Ty <∞)

ComoPyx(j)>0, segue da igualdade acima quePx(Ty <∞) = 1.

(28)

Recorrˆ encia e transitoriedade no passeio aleat´ orio em Z

d

1)d = 1, q= 1−p∈(0,1)

Obs. Cadeia irredut´ıvel.

SejaDn= #{saltos deXpara a direita at´e o tempon}

∼Bin(n,p)

Dado queX0= 0, temos Xn=Dn−(n−Dn) = 2Dn−n

∴Xn=k ⇔Dn= n+k2

∴ P00(n) = ( n

n/2

(pq)n/2, sen= par;

0, sen= ´ımpar.

∴ P

n≥0P00(n)=P

n≥0P00(2n)=P

n≥0 2n n

(pq)n (1)

28

(29)

PAS em Z

Se o lado direito de (1) for<∞, ent˜ao o PAS em Z ´e transit´orio;

cc, ´e recorrente.

Basta avaliar o comportamento assint´otico dos somandos em (1).

2n n

= (2n)!

(n!)2

Stirling

∼ A√

2n(2n)2ne−2n (A√

n(n)ne−n)2 =C 1

√n 4n

2nn

(pq)n ∼C 1n (4pq)n= (C

n, sep =q;

C

nλn, sep 6=q, ondeλ= 4pqp6=q< 1.

a)p = 1/2: Como P

n≥11

n =∞, temos queP

n≥0P00(n)=∞, e a cadeia ´e recorrente neste caso.

b)p6= 1/2: ComoP

n≥1 λn n ≤P

n≥1λnp6=q< ∞, temos que P

n≥0P00(n)<∞, e a cadeia ´e transit´oria neste caso.

(30)

PAS sim´ etrico em Z

2

X0 =0 (origem deZ2)

Seja ˆZ2 a redeZ2 rotacionada por 45o em torno da origem, e multiplicada por√

2. Ent˜ao, as proje¸c˜oes ortogonais de√

2Xn nos

eixos coord de ˆZ2,Xn+ eXn, s˜ao PAS sim´etricos emZ, indeps.

∴P(n)0 =P0(Xn=0) =P0(Xn+= 0,Xn= 0|X0+= 0,X0= 0)

=P0(Xn+= 0|X0+= 0)P0(Xn= 0|X0= 0)

= (P(n)0 )2 =

 h n

n/2

1

2n

i2

Cn0, n par;

0, n´ımpar.

ComoP

n≥1 1

n =∞, temos que P

n≥1P(n)0 =∞, e o PASS emd = 2 ´e recorrente.

1/4 1/4

1/4

1/4

30

(31)

PAS sim´ etrico em Z

d

, d ≥ 3

d = 3,X0 =0

Sejae1= (1,0,0), e2= (0,1,0), e3= (0,0,1).

Ent˜aoXn=Pn

i=1BiVi, onde indep

(B1,B2, . . .iid∼Ber({−1,+1}; 1/2);

Vi,V2, . . .iid,P(V1 =ei) = 1/3,i = 1,2,3.

n≥1: Nn(i)={j ≤n :Vj =ei},Nn(i) =|Nn(i)|;i = 1,2,3;

⇒ (Nn(1),Nn(2),Nn(3))∼Mult(n;13,13,13).

DadosNn(1),Nn(2),Nn(3): Un(i) :=P

(i)Bj ∼ Bin(Nn(i)),i = 1,2,3, independentes

e1 e2 e3

1/6 1/6

1/6 1/6 1/6 1/6

(32)

PASS em Z

3

Sen for ´ımpar, ent˜ao P(n)00 =P0(Xn=0) = 0; qdo n for par:

P(n)00 = 1 6n

X

n1,n2,n3 pares n1 +n2 +n3 =n

n!

n1!n2!n3!

3

Y

i=1

ni

ni/2

= 1 6n

X

n1,n2,n3 pares n1 +n2 +n3 =n

n!

(Q3

i=1ni!/2)2

n=2k= 1 62k

X

k1+k2+k3=k

(2k)!

(k1!k2!k3!)2 = 2k

k 1

22k X

k1+k2+k3=k

k k1k2k3

21 3

2k

2k

k 1

22k

| {z }

const/ n

×1

3k max

k1+k2+k3=k

k k1k2k3

No caso em quek = 3m=k1+k2+k3, pode-se checar que 3m

k1k2k3

3m

m m m Stirling

A

3m(3m)3me−3m (A

m mme−m)3 =const k 3k

sek1<m<k2: k3m

1k2k3

< k 3m

1+1k2−1k3

32

(33)

PASS em Z

3

(cont.)

Logo, P(n)00

(∗)

≤ const/n3/2, sen= m´ult de 6; = 0, se n= ´ımpar.

Mas note que P(6m)00

1 6

2

P(6m−2)00

1 6

4

P(6m−4)00

⇒(∗) vale∀ n par.

∴P

n≥1P(n)0 <∞, pois P

n≥1 1

n3/2 <∞, e logo o PASS emd = 3 ´e transit´orio.

Obs. Similarmente podemos argumentar que o PASS emZd ´e transit´orio emd ≥4.

Referências

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