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Introdu¸c˜ao aos Processos Estoc´asticos

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Academic year: 2022

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(1)

Introdu¸c˜ ao aos Processos Estoc´ asticos

Luiz Renato Fontes

1

(2)

Exemplo — Ru´ına do apostador

Indiv´ıduo inicialmente com R$

x≤N

aposta sucessivamente em sequˆ encia de jogos independentes. Em cada jogo:

prob de ganhar R$ 1 = p = 1−prob de perder R$ 1.

Seja

Xn

= fortuna do apostador ap´ os

n

jogos,

n≥

0.

(X

n

) ´ e uma Cadeia de Markov em

S

=

{0,

1, . . . ,

N}

com as probs de transi¸c˜ ao dadas a seguir.

P00

=

PNN

= 1;

0

<x <N: Px,x+1

=

p;, Px,x−1

= 1

−p

=

q;p ∈

(0, 1).

𝑥 𝑥 + 1 0

𝑝>

𝑞

1 1

<

𝑥 − 1 𝑁

0 < 𝑥 < 𝑁

(3)

Ru´ına do apostador (cont.)

Objetivo do apostador: obter fortuna de R$

N

e parar. (Mas h´ a a possibilidade de ru´ına.)

P

=

0 · · · x · · · N

0

1

· · · ·

.. . .. . . .. .. . .. . .. .

x · · · q

0

p · · ·

.. . .. . .. . .. . . .. .. .

N · · ·

1 (X

n

)

CM(δ

x,P);δx

= (δ

xy,y ∈ S

) Interesse:

prob de ru´ına do apostador =

Px

(X

n

= 0 para algum

n ≥

0) =:

rx

.

3

(4)

Ru´ına do apostador (cont.)

Claramente,

r0

= 1,

rN

= 0. Para 0

<x<N:

rx

=

Px

(ru´ına|X

1

=

x−

1)

Px

(X

1

=

x−

1) +

Px

(ru´ına|X

1

=

x

+ 1)P

x

(X

1

=

x

+ 1)

Markov

=

rx−1q

+

rx+1p

Do que conclu´ımos que, fazendo ∆

x

=

rx−rx+1

e

ρ

=

q/p,

x

=

ρ∆x−1

,

x

= 1, . . . ,

N−

1; iterando: ∆

x

=

ρx

0 ⇒ ry =ry−rN =PN−1

x=yx = ∆0PN−1 x=y ρx =s1

(ρy−ρN

1−ρ , seρ6= 1 N−y, seρ= 1, 0≤y <N, ondes1= 1−r1. Substy= 0 acima, seρ6= 1: s1= 1−ρ1−ρN. Logo, ry = ρ1−ρy−ρNN; seρ= 1: ry = 1−Ny. (1)

(5)

Estrat´ egia conservadora ou ousada?

Suponha que na situa¸c˜ao acimay = 50 eN= 100, mas vocˆe possa escolher entre apostar R$ 1 em cada jogo ou R$ 10 em cada jogo. Qual a melhor alternativa em termos da prob de atingir o objetivo do jogo? Note que, para efeito de aplicar (1), o segundo caso se reduz ao primeiro comy = 5 eN= 10.

1) Sep= 1/2 (jogo justo): ρ= 1 e as duas estrat´egias s˜ao igualmente efetivas;

2) sep>1/2 (jogo favor´avel): ρ <1: a 1a estrat´egia ´e a melhor;

3) sep<1/2 (jogo desfavor´avel): ρ >1: a 2a estrat´egia ´e a melhor.

Obs.De fato, no caso desfavor´avel, a melhor estrat´egia ´e apostar R$ 50 de uma vez; no caso, favor´avel, melhor apostar em cada jogo o menos poss´ıvel (1 centavo, digamos). No caso justo, nenhuma estrat´egias faz diferen¸ca.

Podemos mostrar que esta prob vale 1−ry, ou diretamente, com o mesmo m´etodo usado para acharry, ou mostrando que a prob de n˜ao atingir o objetivo e n˜ao ir `a ru´ına se anula.

5

(6)

Compara¸c˜ ao de desempenho de drogas

pi

(0, 1) = eficiˆ encia da droga i: % de cura,

i

= 1, 2 Teste cl´ınico: pares ao acaso de pacientes doentes

io

membro do par recebe a droga

i,i

= 1, 2 (regime duplo cego)

Xj(i)

=

(

1, se

io

membro do

jo

par se cura ap´ os trata/o;

0, se

io

membro do

jo

par n˜ ao se cura ap´ os trata/o. ,

i

= 1, 2,

j ≥

1.

Aplica-se os trata/os aos pares sequencial/e at´ e que

(X1(1)

+

· · ·

+

Xn(1)

)

(X

1(2)

+

· · ·

+

Xn(2)

)

=

M,

onde

M >

0 ´ e um n´ umero inteiro pr´ e-estabelecido.

(7)

Compara¸c˜ ao entre drogas (cont.)

Podemos ignorar os pares para os quais

Xj(1)

=

Xj(2)

; para os demais a prob de que

Xj(1)−Xj(2)

= 1 vale

P

(X

j(1)−Xj(2)

= 1|X

j(1)−Xj(2)

= 1 ou

Xj(1)−Xj(2)

=

−1)

=

P(X

(1)

j =1,Xj(2)=0)

P(Xj(1)=1,Xj(2)=0)+P(Xj(1)=0,Xj(2)=1)

=

p p1(1−p2)

1(1−p2)+(1−p1)p2

=:

p

, e a prob de que

Xj(1)−Xj(2)

=

−1 valeq

= 1

−p. Tudo se passa

de forma an´ aloga ` a ru´ına do jogador:

0 1

−𝑀

𝑝>

𝑞

1 1

<

−1 𝑀

7

(8)

Compara¸c˜ ao entre drogas (cont.)

Seja

AM

a prob de o teste terminar em

M

; neste caso, poder´ıamos dizer que as evidˆ encias s˜ ao favor´ aveis ` a droga 1. De (1) vem:

P

(A

M

) = 1−

ρ1−ρM−ρ2M2M

=

1−ρ1−ρ2MM

=

1+ρ1M

=

1

1+ qpM

=

1

1+ 1−pp 1

1 p2 1−p2

M

Ex:

p1

= 0, 4,

p2

= 0, 6,

M

= 5:

P

(A

M

) =

1

1+ 6

4

25 '

0.0170

Obs.

1) Neste caso, podemos dizer que a prob de as evidˆ encias serem favor´ aveis ` a pior droga vale 0.017.

2) Se

M

= 10, ent˜ ao

P

(A

M

) =

1

1+ 6

4

210 '

0.0003

(9)

Exemplo — Processo de Ramifica¸c˜ ao

Crescimento de popula¸c˜ao

G0= tamanho inicial de uma popula¸c˜ao (gera¸c˜ao 0)

Cada indiv´ıduo de cada gera¸c˜ao, independente dos demais, e de maneira identicamente distribu´ıda, contribui certo n´umero de descendentes para a gera¸c˜ao seguinte.

Matematicamente: sejamX ={X,Xij,i,j≥1} uma fam´ılia de va’s inteiras n˜ao negativas iid; G0 va inteira nneg independente deX. Parak≥1, seGk−1>0, ent˜aoGk =PGk−1

j=1 Xkj; se Gk−1= 0, ent˜aoGk = 0.

Gk ´e o tamanho daka gera¸c˜ao da popula¸c˜ao; seGk−1>0, ent˜aoXkj ´e o n´umero de descendentes dojo indiv´ıduo da (k−1)a gera¸c˜ao da

popula¸c˜ao,j= 1, . . . ,Gk−1.

(Gn) ´e uma CM(µ,P) emNcomµ= distr deG0, P(x,·) = distr dePx

j=1X1j, p/x>0, eP(0,·) =δ0

SeGk = 0 para algumk ≥0, dizemos que a popse extingue/ ocorre extin¸c˜aoda pop; do contr´ario, dizemos que a popsobrevive/ocorre sobrevivˆenciada pop.

9

(10)

Simula¸c˜ ao do proc ramifica¸c˜ ao

𝐺!= 1

𝐺"= 3 𝐺#= 5 𝐺$= 3 𝐺%= 1

𝑋!!= 3

𝑋"!= 2 𝑋""= 2 𝑋"#= 1

𝑋##= 1 𝑋#$= 2

𝑋#!= 0 𝑋#"= 0 𝑋#%= 0

𝑋$!= 0 𝑋$"= 0 𝑋$#= 1

𝑋%!= 0

𝐺&= 0 Obs.

Esta popula¸ c˜ ao se extingue na 5

a

gera¸ c˜ ao.

(11)

Extin¸c˜ ao

Interesse nadicotomiaP(extin¸c˜ao) = 1 ou<1, em particular em crit´erio para distinguir os dois casos, e no valor da prob no segundo caso.

Notemos inicialmente que, p/n≥0,{Gn= 0} ⊂ {Gn+1= 0}, e logo

P(Gn+1= 0)≥P(Gn= 0), e (2)

{extin¸c˜ao}=∪n≥0{Gn= 0}= limn→∞{Gn= 0} (3) Logo,

˜

ρ:=P(extin¸c˜ao) = limn→∞P(Gn= 0) (4) Para achar o limite, vamos trabalhar com fun¸c˜oes geradoras de

probabilidade. Note que

P(Gn= 0) =ψn(0), ondeψn(s) =E(sGn) =P

k≥0P(Gn=k)sk, s∈[0,1], com a conven¸c˜ao de que 00= 1.

11

(12)

Fun¸c˜ ao geradora de prob de G

n Para 0≤s≤1, temos que p/n≥1 ψn(s) =E(sGn) =E[E(sGn|Gn−1)] =X

k≥0

E sPGn−1j=1 Xnj|Gn−1=k

P(Gn−1=k) (5) A esperan¸ca condicional dentro da soma vale

E sPkj=1Xnj|Gn−1=kG0,X··ind

= E sPkj=1Xnj

=E Qk

j=1sXnjXind

= Qk

j=1E sXnj

Xid

= Qk j=1E sX

= [E(sX)]k= [ϕ(s)]k, (6) ondeϕ(s) =E(sX) =P

k≥0P(X =k)sk. Subst (6) em (5), temos que ψn(s) =P

k≥0[ϕ(s)]kP(Gn−1=k) =E([ϕ(s)]Gn−1) =ψn−1◦ϕ(s), (7) onde◦indicacomposi¸c˜ao. Iterando (7), temos que

ψn(s) =ψn−1◦ϕ(s) =ψn−2◦ϕ◦ϕ(s) =· · ·=ψ0◦ϕ(n)(s), (8) ondeϕ(n)=ϕ◦ · · · ◦ϕ(nvezes).

Obs.No caso em queG0≡1,ψ0= id, e, logo, em particular,

ϕ(n)(0) =P1(Gn= 0). (9)

(13)

P (extin¸c˜ ao)

De (9) e (2), para qualquer distribui¸c˜ao deG0, e, em particular, para G0≡1, segue queϕ(n)(0) ´e uma seq monotˆonica (n˜ao decrescente) limitada, e logo

ρ:= limn→∞ϕ(n)(0) existe.

Segue da continui// deϕcomo f¸c em [0,1] que ρ= lim

n→∞ϕ(n)(0) = lim

n→∞ϕ◦ϕ(n−1)(0) =ϕ◦ lim

n→∞ϕ(n−1)(0) =ϕ(ρ), e logoρsatisfaz a igualdade

s=ϕ(s). (∗)

Obs.s= 1 ´e sempre sl¸c de (∗).

Segue ainda da continuidade deψ0que

˜ ρ= lim

n→∞ψn(0)(8)= lim

n→∞ψ0◦ϕ(n)(0) =ψ0◦ lim

n→∞ϕ(n)(0), e logo

˜

ρ=ψ0(ρ). (∗∗)

13

(14)

ρ = prob de extin¸c˜ ao qdo G

0

≡ 1

˜

ρ=ψ0(ρ) = 1 se e somente seρ= 1, logo vamos focar emρ; em outras palavras, no casoG0≡1.

Sejampk =P(X =k),k = 0,1,2, . . .

Casos simples

i) Sep0= 0, ent˜ao clara/eP(Gn= 0) = 0∀ n, e logo ρ= limn→∞P(Gn= 0) = 0.

ii) Sep0>0 ep0+p1= 1, ent˜ao, fazendoT = inf{n≥1 : Gn= 0}, temos queT ´e uma va Geom´etrica com prob de sucessop0>0, e logo

ρ=P(T <∞) = 1.

Suposi¸c˜ ao

De agora em diante, vamos supor quep0>0 epk >0 para algumk≥2.

Neste caso,ϕ´e uma f¸c estrita/e crescente e convexa em [0,1]:

d2

ds2ϕ(s) =P

k=2k(k−1)pksk−2>0 em (0,1).

Excluindo-se o caso trivial em queP(G0= 0) = 1⇔ψ0≡1.

inf∅conv= ∞

(15)

Dois casos — 1

o

caso

1

1 𝑠

𝜑(𝑠)

0 𝑝!

Neste caso, o gr´afico deϕest´a es- tritamente acima da id em [0,1), e logoρ= 1.

15

(16)

Dois casos — 2

o

caso

1

1 𝑠

𝑝!

0 𝜑(𝑠)

𝑠

Neste caso, o gr´afico de ϕ inter- cepta o gr´afico da id em exatamente um ponto de [0,1), a saber s. Obs. Dada a convexi// estrita de ϕ, j´a apontada acima, esta condi¸c˜ao

´e equivalente a termos ϕ(s) < s numa vizinhan¸ca de s = 1 com s<1.

(17)

2

o

caso — zoom em torno de (s

, s

)

𝑝!=𝜑(0) 𝑠

𝜑!(0) 𝜑"(0) 𝜑(𝑠) = 𝑠

Zoom em torno de (𝑠, 𝑠)

𝜑#(0)

A figura captura o fato de que ϕ(n)(0)≤s para todon≥0.

Conclu´ımos disto e (6) queρ≤s, e, logo, queρ=s.

17

(18)

Teorema 1

Seja (G

n

) o processo de ramifica¸ c˜ ao com distribui¸ c˜ ao de descendˆ encia

X

. Seja

ϕ

a f¸c geradora de prob de

X

.

ρ, a prob de extin¸c˜

ao da pop iniciada com

G0

1, ´ e dada pela menor solu¸ c˜ ao de (∗) em [0, 1].

Dem.

Os argumentos ilustrados nas figuras acima estabelecem a

validade do resultado sob a suposi¸ c˜ ao de que

P

(X = 0)

>

0 e

P

(X =

k)>

0 para algum

k ≥

2; a extens˜ ao para as demais distrs

de

X

(em

N) ´

e simples (segue de i e ii do slide 14).

(19)

Exemplos

1) Suponha quep0+p1+p2+p3= 1, p0>0 e p2+p3>0. Ent˜ao s−ϕ(s) =s−(p0+p1s+p2s2+p3s3)

=p0(s−1) +p2(s−s2) +p3(s−s3)

= (s−1)[p0−p2s−p3s(1 +s)] = (1−s)(as2+bs−c), ondea=p3,b=p2+p3>0 ec=p0>0.

Logo, sl¸cs n˜ao triviais de (∗) (6= 1) s˜ao dada por sl¸cs deas2+bs−c= 0:

a) sep3= 0, ent˜aos0:=p0/p2´e a (´unica) tal sl¸c; logo a.1) sep0<p2, ent˜aoρ=s0 =pp0

2 <1 ´e a sl¸c m´ın de (∗) em [0,1];

a.2) sep0≥p2, ent˜aoρ= 1 ´e a sl¸c m´ınima de (∗) em [0,1];

19

(20)

Exemplo 1 (cont.)

b) sep3>0, ent˜ao a ´unica sl¸c nneg deas2+bs−c= 0 ´e dada por

b2+4ac−b

2a =

(p2+p3)2+4p0p3−(p2+p3)

2p3 =:s00<1

⇔(p2+p3)2+4p3p0<[(p2+p3)+2p3]2= (p2+p3)2+4p3(p2+p3)+4p23

⇔p0<p2+ 2p3

Logo, sep0<p2+ 2p3, ent˜aoρ=s00<1; se n˜ao,ρ= 1.

(21)

Exemplo 2: X ∼ Poisson (λ)

ϕ(s) =e−λ(1−s)

Logo, o 2o caso ´e equiv aϕ(s)<s= 1−(1−s) p/algums<1 (lembre da obs no slide 16), o que equivale a

1−e−λ(1−s)

λ(1−s) > λ1 numa viz de 1 c/s<1

1−et−t > λ1 p/t numa viz positiva de 0

⇔limt&01−et−t = 1> λ1 .

Conclu´ımos que, seλ >1, ent˜aoρ <1; seλ≤1, ent˜aoρ= 1.

Como sempre,ρ´e a sl¸c m´ınima deϕ(s) =s em [0,1], o que neste caso, significa a sl¸c m´ın dee−λ(1−s) =s em [0,1] .

No caso em queλ >1, acabamos de ver que tal sl¸c ´e<1, mas n˜ao temos uma sl¸c expl´ıcita, como no exemplo anterior.

Neste e noutros casos em que n˜ao tenhamos acesso expl´ıcito aρ, mas sim aϕ, podemos obterρde forma aproximada fazendo a itera¸c˜ao ϕ(n)(0) paranbastante grande.

21

(22)

Crit´ erio para decidir qual o caso

Vamos a seguir obter um crit´erio para diferenciar entre os dois casos delineados nos slides 15 e 16 (vamos supor quep0>0 e pk >0 p/algum k≥2).

Caso 1

Neste caso, temos queϕ(s)>s para todos∈[0,1); comoϕ´e continua/e diferenci´avel em [0,1], segue que

1−ϕ(s)

1−s = ϕ(1)−ϕ(s)1−s ≤1∀s <1 ⇔ϕ0(1) = lims%1ϕ(1)−ϕ(s)1−s ≤1.

Caso 2

Neste caso, temos a existˆencia des<1 tqϕ(s) =s, e da continui//

deϕ0, do teo do valor intermedi´ario segue a a existˆencia de ˜s∈(s,1) tq ϕ0(˜s) = ϕ(1)−ϕ(s1−s ) =1−s1−s = 1, e da convexi// estrita deϕ, que implica queϕ0 ´e estritamente crescente em [0,1], segue que

ϕ0(1)> ϕ0(˜s) = 1.

(23)

Crit´ erio

Finalmente, da obs queϕ0(1) =P

k=1kpksk−1

s=1=P

k=1kpk =E(X), temos o seguinte resultado.

Teorema 2

Seja (Gn) o processo de ramifica¸c˜ao com distribui¸c˜ao de descendˆenciaX. Sejaϕa f¸c geradora de prob deX.

Supondo queP(X = 1)<1, temos a seguinte dicotomia.

i) SeE(X)≤1, ent˜aoρ= 1.

ii) SeE(X)>1, ent˜aoρ <1.

Dem.Os argumentos acima estabelecem o resultado sob a suposi¸c˜ao de queP(X = 0)>0 eP(X =k)>0 para algumk ≥2. Os demais casos s˜ao mais simples, e seguem imediata/e de i e ii do slide 14.

Obs.Verifique a consistˆencia deste crit´erio com as conclus˜oes nos Exs 1 e 2 acima.

23

(24)

Valor esperado de G

n

Lembremos que para uma va inteira n˜ao negativaZ com f¸c geradora de probφ: [0,1]→[0,1],φ(s) =E(sZ), valem

φ(1) = 1 e E(Z) =φ0(1) := lims%1φ0(s).

Disto, de (8) e da regra da cadeia, segue que

E(Gn) =ψ00◦ϕ(n)(1)×ϕ0◦ϕ(n−1)(1)× · · · ×ϕ0(1)

00(1)×ϕ0(1)× · · · ×ϕ0(1) =E(G0n, (10) ondeν =E(X).

Obs.1) Seν <1, dizemos que o proc ram est´a nafase subcr´ıtica. Neste caso limn→∞E(Gn) = 0 exponencial/e r´apido; disto e da 6= de Markov:

P(Gn>0) =P(Gn≥1)≤E(Gn)→0 (exp/e) qdon→ ∞, e segue queρ= 1 (o que fornece um argu/o alternativo p/Teo 2.i qdo ν <1).

(25)

Obs. (cont.)

2) Nafase cr´ıtica, em queν = 1, tb temos, obvia/e, queP(Gn>0)→0 qdon→ ∞, mas, sob conds relativa/e brandas§, o decaimento ´e polinomial: P(Gn>0)∼ constn .

3) Nafase supercr´ıtica, em queν >1,E(Gn) cresce exponencial/e r´apido. De fato, podemos mostrark que

W = limn→∞Gνnn

existe quase certa/e, e que, sob conds brandas∗∗, temos que P(W >0) = 1−ρ˜=P(sobrevivˆencia),

do que se conclui que qdo h´a sobrevivˆencia, a pop cresce exp/e r´apido:

Gn∼Wνn qc.

§E(X2)<∞

sempre queG06≡0

kpor m´etodos que v˜ao al´em do escopo deste curso

∗∗E(XlogX)<∞

25

(26)

Exemplo — Colecionador de figurinhas

Um ´ album ´ e composto de

M

figurinhas distintas. Um colecionador adquire sucessivamente uma figurinha ao acaso por vez entre as

M

poss´ıveis. Qual ´ e o n´ umero esperado de aquisi¸ c˜ oes at´ e o ´ album ser completado?

Seja

X0

= 0 e

Xn

= o n´ umero de figurinhas distintas na cole¸ c˜ ao ap´ os

n

aquisi¸ c˜ oes. Ent˜ ao (X

n

) ´ e uma CM com probs de trans como ilustrado a seguir.

𝑥 𝑥 + 1 0

>

𝑥/𝑀

𝑀 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑀

1 − 𝑥/𝑀

(27)

Album de figurinhas (cont.) ´

Seja

Nx

o n´ umero de aquisi¸ c˜ oes at´ e a obten¸ c˜ ao de uma figurinha nova qdo a cole¸c˜ ao cont´ em

x

figurinhas distintas. Ent˜ ao

Nx

Geom´ etrica com prob de sucesso 1

−x/M

. Queremos ent˜ ao

E

(

PM−1

x=0 Nx

) =

PM−1

x=0 E

(N

x

) =

PM−1 x=0

1

1−x/M

=

PM−1 x=0

M M−x

=

MPM−1 x=0 1

M−x

=

MPM x=11

x ∼M

log

M

.

27

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